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Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - TAVIR A Número 22, setembro 2013 — janeiro 2014 BIBLIOTECA ESJAC Prémios de Mérito Ciências Sociais e Humanas Eco dos Espaços Línguas Projetos Artes Visuais Ciências Experimentais Cinema Projetos Concursos Nesta edição: O,50 PROJETO COMENIUS «Working with movies: changing people and their ideas» O primeiro encontro em Tavira A semana de 11 a 15 de novembro foi vivida muito intensamente pelos participantes do Projeto Co- menius de Parceria Multilateral de escolas: “Working with movies — moving people and their ideas”, cujo primeiro encontro decorreu em Tavira. Do 10º aos 12º anos, trinta e dois alunos da nossa escola hos- pedaram em suas casas igual nú- mero de alunos europeus, vindos de seis escolas: Gymnasium Ken- zingen, Alemanha; Gimnazija “M. A. Reljkovic”, Vinkovci, Croácia; Instituto de Enseñanza Secundaria Gran Capitan, Córdoba, Espanha; Lycée Louis Thuillier, Amiens, França; Liceo Scientifico Statale “Galileo Galilei”, Bitonto, Itália; e Prof. Faik Somer Güzel Sonatlar Ve Spor Lisesi, Atasehir, Istambul, Turquia. Os alunos estrangeiros vieram acompanhados por doze professo- res e os trabalhos ao longo da se- mana foram orientados por seis professoras nossas envolvidas no projeto. Do conjunto de atividades reali- zadas, destacam-se: duas sessões de cinema, uma a curta-metragem realizada por Rúben Jesus (12º A3), “Good Kids”; uma longa- metragem do realizador Joaquim Leitão, “A esperança está onde menos se espera”; os fóruns de análise e comentário aos filmes vistos; a filmagem de algumas ce- nas de uma curta-metragem coleti- va; a eleição do melhor car- taz alusivo ao filme “Good Kids” e do logótipo do pro- jeto; visitas a Lagos, Sa- gres e Cacela Velha; e jan- tar de despedida, entre ou- tros eventos de socializa- ção e partilha de carácter informal Da avaliação efetuada, concluiu-se que todos os objetivos foram alcançados e que este primeiro encon- tro, cuja língua de trabalho foi o inglês, foi muito bem sucedido. O segundo encontro de- correrá, em março próximo, em França, enquanto o ter- ceiro ocorrerá na Alema- nha, em maio.

Jornal ECOESTUDANTIL, N.º 22, JAN 2014

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Jornal escolar editado pela Biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira

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Agrupamento de Escolas

Dr. Jorge Augusto Correia - TAVIRA Número 22, setembro 2013 — janeiro 2014

BIBLIOTECA ESJAC

Prémios de Mérito

Ciências Sociais e Humanas

Eco dos Espaços

Línguas

Projetos

Artes Visuais

Ciências Experimentais

Cinema

Projetos

Concursos

Nesta edição:

O,50

PROJETO COMENIUS

«Working with movies: changing people and their ideas» O primeiro encontro em Tavira

A semana de 11 a 15 de novembro foi vivida muito intensamente

pelos participantes do Projeto Co-menius de Parceria Multilateral de escolas: “Working with movies — moving people and their ideas”, cujo primeiro encontro decorreu em Tavira. Do 10º aos 12º anos, trinta e dois alunos da nossa escola hos-pedaram em suas casas igual nú-mero de alunos europeus, vindos de seis escolas: Gymnasium Ken-zingen, Alemanha; Gimnazija “M. A. Reljkovic”, Vinkovci, Croácia; Instituto de Enseñanza Secundaria Gran Capitan, Córdoba, Espanha; Lycée Louis Thuillier, Amiens, França; Liceo Scientifico Statale

“Galileo Galilei”, Bitonto, Itália; e Prof. Faik Somer Güzel Sonatlar Ve Spor Lisesi, Atasehir, Istambul, Turquia. Os alunos estrangeiros vieram acompanhados por doze professo-res e os trabalhos ao longo da se-mana foram orientados por seis professoras nossas envolvidas no projeto. Do conjunto de atividades reali-zadas, destacam-se: duas sessões de cinema, uma a curta-metragem realizada por Rúben Jesus (12º A3), “Good Kids”; uma longa-metragem do realizador Joaquim Leitão, “A esperança está onde menos se espera”; os fóruns de análise e comentário aos filmes vistos; a filmagem de algumas ce-nas de uma curta-metragem coleti-

va; a eleição do melhor car-taz alusivo ao filme “Good Kids” e do logótipo do pro-jeto; visitas a Lagos, Sa-gres e Cacela Velha; e jan-tar de despedida, entre ou-tros eventos de socializa-ção e partilha de carácter informal Da avaliação efetuada, concluiu-se que todos os objetivos foram alcançados e que este primeiro encon-tro, cuja língua de trabalho foi o inglês, foi muito bem sucedido. O segundo encontro de-correrá, em março próximo, em França, enquanto o ter-ceiro ocorrerá na Alema-nha, em maio.

PROJETOS

A minha opinião? O meu testemunho sobre esta

semana? Foi sem dúvida uma das melhores semanas da minha vida, uma semana enri-quecedora e que desmistificou possíveis ideias que fazia sobre as pessoas de cada país. Em minha casa ficou uma francesa cha-mada Noémi. Completamente diferente de mim pelo que eu vi dela no Facebook e pelo que já me tinha dito via internet. Era uma incógnita se iria ou não gostar de mim, se seria esquisita com a comida, se teria maus hábitos… Eu cá estava de braços e mente totalmente abertos para a receber. Ela tinha os seus hábitos franceses que tentou adap-tar aos meus hábitos portugueses, estra-nhou, eu também. Eu não falo francês, ela não fala português, e falamos mal inglês. Entendemo-nos, acomodámo-nos e, entre palavras francesas, portuguesas, inglesas e gestos, entendemo-nos como se falássemos a mesma língua. Este projeto permitiu-me conhecer tam-bém pessoas de outras nacionalidades para além da que eu tinha acolhido. Os espanhóis são fantásticos, comprovei que afinal falam mesmo super-rápido, mas também me abriu os olhos para perceber que afinal, quando dominamos uma língua, falamos todos com muita rapidez – ainda que os espanhóis sejam os mais rápidos de todos. São pareci-dos connosco, são latinos! Contaram-me coisas do país deles que acharam esquisitas no meu, como a minha francesa que achou estranho o facto de mordermos as velas depois de cantarmos os parabéns, pormeno-res a que nós nem ligamos, mas, afinal, são diferentes de país para país. Numa festa de anos, cantámos os parabéns em todas as línguas… Quando me disseram que vinham turcos, achei estranho. Como é que uma cultura tão diferente da nossa iria sobreviver uma sema-na a hábitos ocidentais, com o nosso grande hábito de comer carne de porco, e outras coisas que a religião deles restringe. Pelo que sei, ninguém queria ficar com turcos por serem tão diferentes e tão desconhecidos. Porém, sinceramente, foram os que mais me marcaram por serem tão diferentes e se

mostrarem tão iguais. Mos-traram-me que as culturas

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não têm de ter rótulos. São adolescentes como eu, ainda que talvez com mais interdi-ções, mas são adolescentes que lutam pelos seus objetivos dentro de uma religião um pouco mais restrita. Vieram para Portugal de mente aberta e quiseram seguir os nossos hábitos (nunca pondo de parte os seus cos-tumes de origem - como não comer carne de porco). Arrisco-me a dizer que foram os que mais me surpreenderam. São pessoas incrí-veis! O jantar de despedida em que se con-centraram os diferentes alunos de cada nacionalidade, pais e professores, foi mara-vilhoso. A alegria e a boa disposição que vivenciei, bem como o espanto dos nossos colegas de diferentes nacionalidades pelo “rancho folclórico” a que nós, portugueses, não damos valor, foram engraçados. O com-panheirismo que se criou ao longo da sema-na foi visível no jantar onde parecia que todos já se conheciam há imenso tempo, como se fosse um grande jantar de amigos que não se viam há muito, muito tempo. Esta semana fez-me perceber que o meu país é demasiadamente pequeno e que existe um mundo todo lá fora que quero explorar, culturas que quero vivenciar e que jamais me limitarei a este pequeno grande país. São projetos como este que nos enrique-cem interiormente, nos abrem horizontes, nos abrem a mente e nos levam para a fren-te na vida, que nos fazem sentir realmente felizes e realizados, que nos fazem conhecer culturas por dentro, que nos mostram que a vida é muito mais do que aquilo de que esta-mos à espera. Nesta semana sei que fiz amigos que provavelmente não irei ver mais, ainda que espere um dia voltar a encontrá-los todos, todos os que participaram nesta grandiosa semana. Foi uma semana para a qual não tenho adjetivos que a qualifiquem de tão gratificante e fantástica que foi. Obrigada a quem se lembrou de um dia criar este pro-jeto, irá deixar saudades! Recomendo!

Bem, esta semana foi... de loucos. Foi das melhores semanas que alguma vez tive. Conheci tanta gente e de tão longe. São apenas pessoas normais, adolescentes como eu, que vivem a dura realidade da adolescência num país totalmente diferente do meu e, sinceramente, não podia ter sido melhor. Adorei mesmo e nunca irei esquecer esta semana nem estas pessoas. Obrigada.

Isabel Martins, 11º C2

As culturas não têm que ter rótulo Por Patrícia Nogueira, 12º C1

Posso afirmar que esta foi uma das melhores experiências que já tive. Em pri-meiro lugar, gostava de agradecer a todos os professores que colaboraram e contribuíram para a realização deste fan-tástico projeto que, na minha opinião, correu “cinco estrelas”. Nesta semana não só aprofundei o meu inglês como também as outras línguas faladas por todos os nossos hóspedes (principalmente o italiano, dado que eles não aguentam dois minutos de silêncio). Para além deste grande benefício, também tive a oportunidade de fazer novos amigos, não só estrangeiros mas também colegas da escola com quem não falava no dia-a-dia. Contudo, nada se compara com a rela-ção que estabelecemos com uma pessoa que passa uma semana na nossa casa e vê como nós realmente somos. Acredito que continuaremos em contacto e que até nos iremos encontrar outra vez, num futuro próximo. Fiquei com boas e imensas memórias de todos em grupo, com o grupo dos italia-nos e só com a minha hóspede que espero recordar para sempre. Adorei esta semana! Espero que conti-nuem com este projeto nos próximos anos e que me guardem uma vaga, pois enquanto o projeto existir, eu inscrevo-me todos os anos. Beijo e obrigada pelas boas memórias.

Joana Teixeira, 10ºC1

Achei este projeto muito "fixe" mesmo, conheci muita gente e fiquei tão amiga de muitos deles, que, até agora, continuo em contacto. A "minha" rapariga croata quase todos os dias me diz que está cheia de saudades de Portugal e que adorou. Acho que entre todos criámos laços . Eu, a Lisa e a Joana Teixeira até já estamos a planear ir a Bitonto no próximo verão visitar os italianos.

Carolina Santos, 11ºC2

Agradeço a todos os professores que permitiram que esta semana fosse tão inesquecível!

Lisa Reinecke, 11º C2

PROJETOS

N a EB Horta do Carmo e na EB 2/3 Dom Paio Peres Correia tiveram lugar sessões teóricas e práticas sobre a temática da “postura cor-

poral” que foram dinamizada pela fisioterapeuta, Ana Pereira, e pela terapeuta ocupacional, Adriana Torres, do Centro de Saúde de Tavira. Estas sessões pretenderam focar os principais proble-mas resultantes das más posturas do nosso quotidiano e que, no futuro, podem interferir na qualidade de vida de todos.

Postura corporal Por Luís António Silva (Coordenador de projetos do 1º/2º/3ºciclos/ PES )

Sessão para Encarregados de Educação na EB HORTA do CARMO

Por Luís António Silva (Coordenador de projetos do 1º/2º/3ºciclos/ PES )

T eve lugar, no estabele-cimento de ensino EB Horta do Carmo, no

dia 6 de novembro 2013, uma sessão de esclarecimento para encarregados de educação (EE) onde foram abordados diversos temas relacionados com a saú-de e dadas respostas às ques-tões apresentadas pelos 67 EE

presentes. Esta sessão foi aberta pelo presidente da CAP – professor José Baía; a coordenadora de estabelecimento da EB Horta do Carmo – professora Jovita La-deira; a vogal da CAP - profes-sora Ricardina de Jesus e o co-ordenador de projetos do 1º/2º/3ºciclos – professor Luís Silva. Contou ainda com a pre-

sença de uma equipa do Centro de Saúde de Tavira constituída por fisioterapeuta, higienista oral e enfermeiras. Esta prática pretende favore-cer não só uma maior aproxima-ção dos EE com a comunidade escolar como sensibiliza-los para uma aplicação responsável de práticas saudáveis.

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PRÉMIOS DE MÉRITO

Reconhecimento pelo excelente aproveitamento escolar

O Rotary Clube de Tavira, com o apoio do Agrupa-

mento de Escolas Dr. Jorge Au-gusto Correia, o Agrupamento de Escolas Dom Manuel I e a Câ-mara Municipal de Tavira, distin-guiu, no dia 25 de outubro de 2013, os melhores alunos das escolas do nosso concelho atri-buindo-lhes um Prémio de Mérito Escolar. Os premiados foram Carlos Teixeira (12º ano), Catarina Fer-reira e Mariana Afonso (9º ano) .

No dia 29 de novembro de 2013, Dia do Diploma na Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, houve lugar a igual reco-nhecimento para os finalistas dos cursos científico-humanísticos e cursos profissionais. Foram ainda distinguidos pelo excelente aproveitamento Carlos Moura Teixeira (12º ano, Cursos Científico – Humanísticos), Rú-ben dos Santos (12º ano, Cursos Profissionais), Fátima Cereja (11º ano) e Rita Esteves (10º ano). Estamos certos de que estes atos são um incentivo para uma renovada aplicação ao estudo.

Por Ana Cristina Matias (Professora de Português)

Rúben dos Santos, Prémio de Mérito e Excelência, Cursos Profissionais

Fátima Cereja, Prémio de Mérito,

11º ano

Rita Esteves, Prémio de Mérito,

10º ano

Testemunhos de professores

A aluna Catarina Fer-reira fez parte da

minha direção de turma entre o 7º e o 9º ano de escolaridade na Escola D. Paio Peres Correia de Tavira e ficará na minha memória como um exemplo a vários ní-veis. A sua prestação enquanto alu-na e no que diz respeito aos re-sultados escolares foi sempre um sucesso. Empenhada, participati-va, atenta e constantemente a procurar evoluir. Esse foi o nível a que habituou os conselhos de turma que a acompanharam ao longo dos anos. Página 4

(Continua na pág. 20)

À Mariana Afonso: Há alunas que nos marcam. Pela sua inteligência. Pela sua sereni-dade. Pela sua maturidade. Pela sua simplicidade. Mesmo quando as vemos partir, ficam connosco. Para sempre.

Miguel Cunha (Professor de Físico-Química)

(Continua na pág. 20)

PRÉMIOS DE MÉRITO

E nquanto vos escre-vo este texto, aca-

bo de entrar de “férias” para co-meçar o estudo para os exames. Há poucos meses, estive na vos-sa posição. Testes, trabalhos, exames nacionais e a azáfama própria do Ensino Secundário, sempre com um olho no presente e outro no futuro. Como será a Universidade? Que curso esco-lho? Será que me vou conseguir adaptar a outra cidade e outros colegas? Serei apenas um nú-mero? Passado quase um se-mestre, percebi que muito do que ouvimos são mitos. Queres saber quais?

#1: Serei apenas um número. Nin-guém me conhece nem reconhece.

Chegado à faculdade, tens dois caminhos: fazer o curso ou não fazer. Se mostrares interes-se, não serás apenas um número – serás um aluno empenhado e curioso, com nome, voz e um corpo. Se fores educado e pers-picaz nas tuas observações, bem como claro e oportuno, serás re-conhecido.

#2: A adaptação à universidade é du-ra.

Tudo se resume à atitude da pessoa. Tens de te lembrar que não és a única pessoa nova que chega à tua faculdade. Há centenas de outros alunos que também acabaram de chegar e estão tão ansiosos quanto tu por conhecer pessoas. Por isso, não podes ter medo de meter conver-sa. Ao início será conversa de circunstância – de onde vens, como te chamas e que gostas de fazer. E podes até não ter os

mesmos interesses que essa

pessoa, mas será, se calhar, es-sa que estará contigo nos primei-ros dias até conheceres ainda mais gente. Vai, de forma entusi-asmada, atenta e curiosa, abor-dando os outros “caloiros” para conheceres e seres conhecido.

#3: A Universidade é muito mais tra-balhosa que o Secundário.

Depende do curso, da faculda-de e do próprio aluno. Quem já tem uma boa ética de trabalho, vai ter de saber mantê-la ou in-tensificá-la um pouco mais. Os que estão habituados a uma pos-tura de “serviços míni-mos” (usando linguagem de gre-vista - situação que dá cabo dos horários de qualquer alfacinha) vão ter de dar muito mais de si se quiserem, pelo menos, acabar o curso.

#4: Na faculdade, basta passar às cadeiras, pois as notas não interes-sam. No meu caso, não é bem as-sim. Na NOVA School of Busi-ness and Economics, a partir do segundo semestre do primeiro ano, os alunos com maior média tem prioridade na escolha dos horários. Por isso, não é assim tão indiferente. Além disso, se tiveres horizontes de empregabi-lidade razoáveis, uma média de 14 é o mínimo recomendado – segundo várias empresas que se deslocaram à minha faculdade.

#5: A praxe não vale a pena.

Varia. Mais uma vez com re-curso à minha experiência pes-soal te digo que a minha praxe foi muito boa. Inclusive alguns dos meus melhores amigos aqui na NOVA conheci na praxe. Des-de que esta seja lúdica, estimule

as relações interpessoais e tenha linhas bem claras de respeito pe-los alunos e respetivas convic-ções, merece a tua participação. Já agora, nenhum aluno antipra-xe foi discriminado. Tive dois na minha turma, e estão muito bem integrados.

#6: Tenho de me esforçar apenas em tirar grandes notas.

Totalmente falso. Das muitas empresas que já passaram pela NOVA, a linha comum é que as soft skills e as atividades extra-curriculares são cruciais. Muitas das vezes, este campo do currí-culo é visto antes da média. Por isso, não te foques só no 19 ou 20. Pensa também em ter outros interesses e abraçar outros pro-jetos.

Sem surpresa, o facto de ter estado na ESJAC nunca me dei-xou em desvantagem – muitas vezes, até estive e estou em van-tagem face a muitos de escolas reputadas. As bases e o ritmo de trabalho que aí ganhei em três anos, tal como o entusiasmo, o reconhecimento e apoio de todos os professores e colegas, fize-ram a diferença. Foram três de anos de muita aprendizagem, crescimento e histórias com per-sonagens que nunca mais vou esquecer. Aproveita o Secundá-rio ao máximo porque a Universi-dade promete ainda mais. Em todos os sentidos.

Página 5

Sempre com um olho no presente e outro no futuro Por Carlos Moura Teixeira,

Prémio de Mérito e Excelência 2013, Cursos Científico – Humanísticos

Licenciatura em Economia na NOVA School of Business and Economics, 2013/2014

ciências sociais e humanas

N os finais do século XVIII, Franz Joseph

Gall começou por estudar Freno-logia, considerando que, pela observação do crânio de uma pessoa, seria possível saber-se a personalidade do indivíduo. Gall fundamentou a teoria das locali-zações cerebrais cuja tese de-fendia que, pelo estudo da forma do crânio, seria possível localiza-rem-se diferentes áreas cere-brais especializadas em determi-nadas funções. Defendia que o cérebro estava compartimentado em secções estanques.

Casos como o de Rodrigo, estudado por Drauzio Varella, provam que áreas cerebrais lesi-onadas perdem as suas capaci-dades mas, mais tarde, vêm a recuperar, o que pôs em causa a teoria de Gall. Provou-se, após a morte, que as zonas cerebrais continuavam lesionadas (as célu-las nervosas não regeneram), mas as suas funções tinham sido transferidas para zonas cerebrais adjacentes, sendo, deste modo, recuperadas as competências perdidas como a linguagem, a escrita e a leitura.

António Damásio, neurocien-tista luso-americano, fundamen-tou o conhecimento sobre o fun-cionamento do cérebro, afirman-do que este, em desacordo com a teoria de que o cérebro é um todo diferenciado, é, simultanea-mente, especializado e integra-do. O cérebro é um todo especia-

lizado, constituído por várias áreas diferenciadas / especializadas em

determinadas funções. Porém, é um todo integrado cujo funciona-mento contribui para um objetivo comum, objetivo esse que, se de facto existe, é a estabilidade e manutenção do ser e do cérebro. Para capacidades mais comple-xas como a linguagem, a memó-ria, a imaginação ou o amor é necessário um funcionamento integrado de várias zonas cere-brais.

António Damásio aplica tam-bém um conceito segundo o qual as diferentes zonas cerebrais estão aptas para uma transferên-cia de funções, denominada fun-

Psicologia

Página 6

Cérebro: um todo diferenciado

que funciona de forma sincronizada

Por Hélder Baptista, 12ºC2

ção vicariante. Esta função foi verificada no caso do jovem Ro-drigo.

Verificamos, assim, que a per-da de capacidades de Rodrigo, resultante de um acidente de au-tomóvel do qual veio, mais tarde, a recuperar, foi resultado de o cérebro ser um todo diferencia-do, mas que funciona de forma sincronizada, permitindo que ca-pacidades perdidas fossem transferidas para zonas adjacen-tes através da função vicariante do cérebro.

Trabalho orientado pela professora de Psicologia,

Edite Azevedo

ciências sociais e humanas

S ou uma alma, uma al-ma sim, o corpo é ape-

nas um complemento. Sou uma alminha irrequieta e curiosa, sempre o fui. Lembro-me de correr à volta da casa pa-ra a minha mãe não me apanhar, lembro-me de saltar da secretá-ria para o colo do avô (era uma brincadeira habitual), lembro-me de subir aos aviões de guerra antigos com a ajuda do meu pai... Sempre gostei de me aven-turar e sempre me foi permitido fazer as minhas próprias experi-ências. Recordo com uma sau-dade imensa a casa de campo da avó e quando escorregava dos montes de palha com a mi-nha tia mais nova, os passeios a cavalo de manhã e as dores de barriga que me fizeram perceber

que não se deve comer maçãs ainda verdes. De tudo isto res-tam saudades, mas foram experi-ências que moldaram a minha personalidade, de forma positiva, obviamente. Tive uma boa educação, com tudo o que é necessário para ter uma boa vida. Sempre lutei pelos meus objetivos, tentando nunca depender de ninguém. A minha herança cultural permite a aquisi-ção de novos conhecimentos e experiências e, quanto mais sei, mais quero saber. O mundo é algo imenso, incrível que quero descobrir até onde me for permi-tido. O facto de quase tudo me ser permitido, a minha vontade de querer mais e mais faz com que me torne uma pessoa mais culta, e ter cultura é bom, a cultura é necessária!

Psicologia

Quanto mais sei, mais quero saber

Por Alina Aleksandruk, 12ºC1

Página 7

A personalidade molda-se conforme o que aprendemos, e a minha é um reflexo disso. Apren-di a aceitar as experiências ne-gativas e a pensar constante-mente de forma positiva, pois a vida é algo maravilhoso, algo in-crível e deve ser vivida com a maior alegria possível. Estamos aqui, estamos vivos, foi-nos dada a oportunidade de viver e deve-mos aproveitá-la ao máximo. A nossa vida é o que nós fa-zemos dela e, se nos arrepen-dermos do que corre mal, não estamos a viver, estamos a ten-tar deixar para trás aquilo que, de certa forma, faz parte de nós, moldou-nos e ensinou-nos a ser pessoas melhores.

Trabalho orientado pela professora de Psicologia,

Edite Azevedo

A Fundação EDP, de 18 de março a 25 de ou-

tubro de 2013 ofereceu o DVD do documentário “Quem se importa”, de Maura Mourão, a todas as insti-tuições que se inscreveram através do seu site. As Mentes Empreende-doras aderiram à iniciativa, compro-metendo-se a organizar uma sessão de visionamento e debate coletivo, a título gratuito, que decorreu no Inter-câmbio Mentes Empreendedoras 2013, de 29 a 31 de julho.

Durante três dias cheios de ani-mação e companheirismo, jovens de Tavira e de Camarate tiveram opor-tunidade de partilhar os seus proje-tos e a sua experiência como mem-bros de um Clube Mentes Empreen-dedoras e de conhecer projetos ins-piradores, como o Cuida do Teu Bairro, O Bairro i o Mundo e Mala-posta, entre outros.

No dia 8 de outubro de 2013, a convite de Margarida Pinto Correia, responsável pela Fundação EDP, os

Clubes Mentes Empreendedoras de Tavira e de Camarate, acompanha-dos por Marta Correia, Mentes Inspi-rational Officer, marcaram presença no Portugal no Coração, na RTP1. Num programa dedicado ao Em-preendedorismo Social, Margarida Pinto Correia desmitificou o conceito de Empreendedor Social e apresen-tou o documentário vencedor de cin-co prémios de cinema nacionais e internacionais. Raquel Silva e Mari-ana Carlota, do Clube Mentes Em-preendedoras Tavira, e Marco Tei-xeira, Sílvia Oliveira e Patrícia Mi-randa, do Clube Mentes Empreen-dedoras Camarate, tiveram também o seu tempo de antena para mostrar que as novas gerações são capazes de encontrar soluções inovadoras para resolver problemas sociais e transformar o mundo num lugar me-lhor. As Mentes Empreendedoras é um projeto sem fins lucrativos que inspira e apoia jovens a concretizar ideias próprias. Este ano está pre-sente em vinte escolas secundárias, com a colaboração de jovens univer-sitários que estão em formação des-de o começo de outubro, integrados no novo Programa Mentes Empre-endedoras Leadership Fellow.

Se és jovem e tens uma ideia que desejas muito tornar real, só tens de te dirigir ao Clube Mentes Empreen-dedoras da tua escola secundária. E, se ainda não existe, por que não criar um? A atitude Mentes Empre-endedoras é Eu quero, Eu posso, Eu faço. Não esperes mais!

Participar no Clube ME é : CLUBE

Por Raquel Silva Aluna da Escola Secundária Dr. Jorge

Augusto Correia, 12º C1, 2012/2013

Licenciatura de Ciências da Comunicação na

Universidade Nova de Lisboa, 2013/2014

ATIVA A TUA MENTE

“Aprender”, Raquel Silva

“Investir”, Jorge Minhalma

“Arriscar”, Mariana Carlota

ciências sociais e humanas

Página 8

ciências sociais e humanas

Página 9

Trabalho orientado pela professora de Filosofia, Maria Alberta Fitas Soluções na pág. 11

1 - Caracteriza a ação humana segundo o raciocínio dos deterministas moderados.

2- A que dizem respeito as condicionantes �sicobiológicas.

3- Caracterís�ca dos fatores �sico-biológicos.

4- Como é a ação do agente, exis�ndo causas ou condições que influenciam a ação.

5- Molda a nossa forma de pensar, sen�r e agir.

6- Causas ou condições que tornam possível a ação.

7- Não é absoluta.

8- Caracterís�ca da condicionante �sicobiológicas em que os indivíduos sem incluem.

9- As questões da filosofia são diferentes desta área do saber.

10- Que �po de frase é a proposição.

11- Como é chamado um conjunto de várias proposições, que antecedem uma conclusão, num argu-

mento.

12- Antecede a decisão.

13- Defende que o determinismo é compa'vel com o livre-arbítrio.

14- Defende que o determinismo é falso.

15- Depende do acontecimento.

16- Pra�ca a ação.

17- As premissas levam à …

18- O determinismo radical é uma …

Vamos lá pôr à prova os conhecimentos de Filosofia

Por Andreia Romeira e Bernardo Mana, 10ºA1

PALA

VRAS

CRUZADAS

ciências sociais e humanas

Página 10 Trabalho orientado pela professora de Filosofia, Maria Alberta Fitas

ciências sociais e humanas

E

sta pintura magnífica

de René Magritte causa grande

impacto ao observador, levando-

nos à reflexão filosófica, “Por que

é que a nuvem está ali?”, ”Que

propósito teria ao atravessar a

porta?” e “Que faz essa nuvem

solitária num céu límpido, des-

provido de nuvens?” são ques-

tões que nos surgem de imediato

à nossa mente.

De facto, esta solitária nuvem

poderá ser remetida ao tempo de

Platão, e facilmente associada à

Alegoria da Caverna.

Estes dois detalhes de extre-

ma minúcia, mas bastante rele-

vantes quase que evidenciam a

alegoria por detrás deste quadro,

mostrando que o caminho para a

sabedoria está ao alcance de

qualquer um, sendo apenas ne-

cessário esforço e dedicação pa-

ra o atingir.

Entendo que esta nuvem está

quase “a escapar” do mundo de

comodismo em que estava, co-

mo que atrevendo-se a ir mais

além, onde nenhuma outra nu-

vem esteve. É segundo esta

perspetiva que poderemos articu-

lar o quadro com a Alegoria da

Caverna, pois nesse texto um

prisioneiro atreve-se a escapar

do mundo que conhecia para ver

mais além, e, no fundo, descobrir

o que estará por detrás daquela

porta.

Esta pintura também apresen-

ta uma maçaneta, mas não apre-

senta fechadura, simbolizando

que todos têm acesso a este

mundo e não apenas a quem

possui a chave para nele entrar.

Do mesmo modo, é possível

verificar sulcos de arrastamento

na areia, simbolizando a dificul-

dade que esta solitária nuvem

passou para abrir a referida

“porta”, ou dimensão.

Filosofia: “Uma porta para a vida”

Ou uma outra leitura da Alegoria da Caverna de Platão

Por Juan Calero, 11ºE

Sugestão de Leitura

Platão e um ornitorrin-

co entram num bar... :

filosofia com humor , de

Daniel Klein e Thomas

Cathcart.

Página 11

Palavras Cruzadas (pág. 9)

Soluções: 1- Livre; 2-Fisiologia;

3- Permanente; 4- Condicionada; 5- Tempo histórico; 6- Condicionantes;

7- Liberdade humana; 8- Espécie;

9- Ciência; 10- Declarativa; 11- Premissas; 12- Deliberação;

13- Determinismo moderado;

14- Libertismo; 15- Ação; 16- Agente; 17- Conclusão; 18-Teoria.

Obra aconselhada pelo

PNL

disponível na Biblioteca

eco dos espaços

Sessão de formação de utilizadores na biblioteca

O presente relatório dá conta de uma visita guiada à bi-blioteca da Escola

Secundária Dr. Jorge Correia, no âmbito da disciplina de Portu-guês, com o intuito de conhecer melhor a biblioteca, aprender a utilizar o espaço e conhecer a exposição do mês das bibliote-cas escolares com o tema “Uma porta para a vida”. A visita teve lugar no dia 1 de outubro de 2013 e envolveu os alunos do 10º ano da turma C1. A atividade teve início na sala de aula onde a professora expli-cou como decorreria a aula, divi-dindo a turma em dois grupos. O primeiro visitou a biblioteca na primeira parte da aula, e o outro na segunda. Cada grupo dirigiu-se para o bloco 2, onde se encontra a bibli-oteca e à chegada foi recebido pela professora bibliotecária, que apresentou uma pequena exposi-ção de algumas pinturas abstra-tas e surrealistas dos pintores Vieira da Silva e René Magritte. Depois de as interpretarmos e falarmos um pouco dos pintores, a professora passou a explicar como se organizava a biblioteca, mostrando-nos os diferentes es-

paços: receção, zona de leitura in-formal, zona de

computadores e de visualização de filmes, zona de acesso e con-sulta de documentos impressos. Em seguida, falou-nos de que modo os livros estão organiza-dos. Os livros encontram-se or-ganizados de acordo com a Clas-sificação Decimal Universal (CDU). Começa na categoria das “Generalidades”, que correspon-de à classe zero, e termina na classe nove, “Geografia e Histó-ria”. Posteriormente, a professora mostrou-nos diversos livros, das diferentes categorias, entre eles um livro do pintor Malangatana. Por fim, foi-nos pedido, pela coordenadora, que procurásse-mos em pares um determinado livro. Ao terminarmos, despedimo-nos da professora bibliotecária, agradecemos a visita e regressá-mos então à sala de aula. Na nossa opinião, não houve qualquer aspeto negativo a apon-tar em relação ao decorrer da atividade. Concluímos, assim, que a visi-ta guiada foi imensamente pro-veitosa, visto que tivemos a opor-tunidade de aumentar a nossa cultura geral e explorar a nossa biblioteca.

Página 12

por Maria Pires e Filipe Lameira, 10ºC1

Texto orientado pela professora de Português, Lina Correia

A biblioteca é um céu azul, onde os livros são nuvens e nós somos o sol, o sol que ilumina a leitura, uma verdadeira aventura!

Beatriz Oliveira, 10º B

A biblioteca é

como os verdadeiros amigos:

nunca nos deixa ficar mal!

André Rodrigues, 10ºB

Na biblioteca podemos aprender

a abrir a nossa alma e

a imaginar um mundo melhor.

Inês Domingos,10ºB

A biblioteca é como o universo,

os planetas são os livros e o

sol o conhecimento adquirido.

Rúben Vitória,10ºB

A biblioteca é como adoçar o gosto, uma doce sensação

de muita imaginação.

Beatriz Barradas, 10ºB

A biblioteca é onde nós podemos

aprender um pouco de tudo com

pessoas que nos falam com letras.

Joana Campos, 10ºB

A biblioteca é

um mundo de imaginação.

Sofia Faria, 10º B

Atividade de escrita orientada pela professo-ra de Português, Ana Paula Mana

Vieira da Silva, Biblioteca, 1955 René Magritte, La lunette d’approche, 1963

eco dos espaços

Página 13

Sugestões para o contrato de leitura autónoma Os alunos do 11º A1 fizeram as suas escolhas de obras para objeto de leitura autónoma, apresenta-ram uma apreciação crítica global e conceberam cartazes publicitários para as mesmas. Selecionámos alguns exemplos e deixamo-los como sugestão de leitura a realizar durante o segundo período, já que todas estas obras estão disponíveis na nossa biblioteca.

A professora de Português, Ana Cristina Matias

Por Mónica Fernandes Por Vasco Martins

Por Joana Reis Por Rita Esteves

FIOLHAIS, Carlos; MARÇAL, David, Darwin aos tiros e outras histórias de ciência, 3ª ed., Lisboa: Gradiva, 2012, 282 p. (Ciência aberta; 190)

SANTOS, José Rodrigues dos,

Fúria Divina, 6ª ed., Lisboa:

Gradiva, 2009, 583 p.

SARAMAGO, José, Ensaio sobre a cegueira, 8ª ed., Lisboa: Caminho, 1985, 310 p.

WILDE, Oscar, O retrato de Dorian Gray, Amadora: Clube Internacional do Livro, 1995, 275 p. (Grandes génios da litera-tura universal)

LÍNGUAS

A

ntes de mais, gos-taria de começar

por dizer que, no meu ponto de vista, o maior inimigo da Humani-dade vai ser sempre o Homem. O seu potencial nunca irá funcio-nar apenas numa direção, mas consistir sempre numa dualidade que favorece tanto o progresso como o retrocesso. Creio que, cada vez mais, po-demos observar que nunca esti-vemos tão bem como estamos, tanto a nível de saúde, de espe-rança de vida, de educação, de civilização ou de organização social. Estamos mal, mas nunca estivemos tão bem. Claro que a grande parte daquilo que poten-ciou as nossas condições de vida e coexistência foi, sem dúvida, o progresso técnico e o avanço tecnológico, que, regra geral, tendem a partir da ciência. A evolução está presente: observamos cada vez mais as novas tecnologias, os novos apa-relhos, aquele que nos parece um futuro iminente, coisas que as pessoas, há 100 anos, nunca poderiam vir a imaginar. E não falo apenas das questões mais sensacionalistas, como a cura para a SIDA, a clonagem ou a exploração espacial. Falo tam-bém das mais subtis e mais im-portantes, como é o caso da er-gonomia. Temos acesso a inúmeras fer-ramentas que nos proporcionam prazer e comodidade. Podemos pegar no telemóvel, tirar uma fo-tografia e partilhar com milhares

de pessoas em menos de um minuto; podemos

pegar no computador e imediata-mente estar a falar em tempo real com alguém que se encontra no outro lado do oceano; com uns quantos cliques, e numa pesquisa rápida, conseguimos encontrar informação suficiente para encher cinquenta bibliote-cas e nem nos damos conta dis-so, porque, da forma como estão enraizadas na nossa sociedade, estas coisas são tomadas como garantidas. No nosso dia-a-dia, são poucos os que realmente imaginam como viveriam sem este tipo de ferramentas. A necessidade pode ser a mãe das invenções, mas a pre-guiça é definitivamente o pai. A primeira webcam de sempre foi inventada por estudantes da Uni-versidade de Cambridge que não queriam perder tempo numa via-gem até à máquina de café, cor-rendo o risco de esta se encon-trar vazia. E é relativamente fácil observar o que nos rodeia e en-contrar algo que apela à preguiça ou à pouca vontade de locomo-ção, como as escadas rolantes ou a segway. Isto não faz das

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mesmas invenções ociosas, ape-nas demonstra que o ser huma-no gosta de adaptar o ambiente à sua maneira, tornando-o mais cómodo e confortável. Obviamente que tudo tem ris-cos e desvantagens. Talvez aquele que recentemente tem dado mais que falar é a falta de privacidade: com o caso de Edward Snowden e da NSA, as pessoas ficaram de pé atrás com as redes sociais e meios de co-municação. Ficou-se a saber (embora esta fosse uma possibi-lidade da qual muitos de nós já suspeitavam que existisse) que o Governo dos Estados Unidos es-pia não só a União Europeia co-mo vários países da América do Sul e da Ásia. Claro que esta ideia só é realçada e reforçada pela vontade que os poderosos têm de eliminar sites, como Wi-kileaks, e deter Julian Assange, assim como de ocultar os ideais exibidos por outros grupos de ativistas, como os tão mediáticos “Anonymous”. Obviamente que a ideia de

O progresso científico e tecnológico

Por Rúben Jesus, 12ºA3

Talvez precisemos de rever os nossos valores

LÍNGUAS

saber que tudo aquilo que passa pelo nosso telemóvel ou compu-tador, por mais insignificante que seja, fica guardado é uma reali-dade que assusta muitos. Cada vez mais a noção de “privacidade virtual” ou “segurança online” é um conceito com menos credibili-dade, a partir do momento em que sabemos que jovens de 18 e 19 anos, a partir da casa de suas mães e utilizando o seu portátil, são capazes de roubar informa-ção da base de dados da nação mais poderosa do planeta e ain-da deixar mensagens em tom de gozo sobre o assunto. Provavelmente em Portugal não existe tanta polémica e con-trovérsia com esta temática, da-da a pouca importância que nos é atribuída no plano internacional (nem fazemos parte da lista de países que os Estados Unidos espiam), como as nossas outras preocupações mais imediatas, como o estado financeiro do país e a que horas é o jogo do Benfi-ca. Não podemos esquecer tam-bém outros problemas trazidos pelo avanço tecnológico e cientí-fico: o afastamento social e o ví-cio dos telemóveis, que é refuta-do por muitos. Contudo, não me atrevo a concordar com essas pessoas. Dou por mim, numa mesa com os meus amigos em que metade está aos tic-tacs com o ecrã, ignorando aqueles que estão mesmo à sua frente. Isto para não mencionar a irritan-te mania de tirar fotografias a tu-do, a todos e a todo o momento, com particular incidência a pratos de comida e ao céu. Já percebe-mos, é um hambúrguer e está de chuva\ Fantástico! Claro que estes são aqueles problemas mais observáveis e mais facilmente comentados nos dias que correm, visto que exis-tem questões de maior calibre,

sendo que muitas estão relacio-nadas com a saúde. O tratamen-to para o cancro é caro, o trata-mento para a SIDA é caro, o tra-tamento para a leucemia é caro, e há quem esfregue as mãos de contentamento com isso. Eu acredito que existam men-tes empreendedoras cheias de vontade de erradicar muitos dos males do mundo, mas a verdade é que a indústria farmacêutica não deve partilhar os mesmos interesses. (Eu digo a indústria farmacêutica porque estou a falar dum caso específico, certamente que existem muitas mais indús-trias que partilham as filosofias desta). Talvez uma cura para o cancro ou para a SIDA não seja tão rentável quanto um longo e demorado tratamento, com men-salidades na casa dos milhares de euros. Os interesses prevale-cem. Não é à toa que se gasta mais anualmente em financiar guerras do que em financiar ciên-cia. E, consequentemente, tam-bém não é à toa que surgem mo-vimentos de contracultura todos os dias que têm vindo a ganhar impacto ao longo dos anos (um dos casos mais populares é o artista de rua Banksy, que já atin-giu proporções mundiais e já te-ve direito a um documentário). Nestes casos, a contestação so-cial é mais que esperada: é inevi-tável. Talvez a nossa sociedade ca-

pitalista tenha uma certa paixão e luxúria pelo dinheiro. Talvez o desenvolvimento humano seja um fim por arrastamento e não por prioridade. Talvez a satisfa-ção pessoal tenha sido sobreva-lorizada em certos casos e com-pletamente ignorada noutros. Talvez a falta de aposta na cultu-ra seja um produto daquilo que temos vindo a causar a nós pró-prios. Talvez a nossa apatia seja resultado duma sociedade que tem a sua pirâmide de ideais in-vertida. Talvez a nossa socieda-de valorize mais as notas que o conhecimento. Talvez os concei-tos de educação e inteligência sejam frequentemente confundi-dos. Talvez a pressão para “ser um membro útil da sociedade” seja aquilo que nos levou às cir-cunstâncias presentes. Talvez os pseudointelectuais e os pseudo-rebeldes sejam a outra face da mesma moeda. Talvez Charles Chaplin tivesse razão. Talvez precisemos de rever os nossos valores no meio de tanta “evolução“. Talvez a doença que existe com o “sucesso”, com a “fama”, com o “dinheiro” e com o “poder” seja a única doença que realmente não tem cura.

Trabalho orientado pelo professor de Português, Luís Gonçalves

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Ode

Por Sara Leiria , 12º TCM1

LÍNGUAS

Página 16 Trabalhos orientados pelo professor de Português,

Luís Gonçalves

Mãe Por Joana Guerreiro , 12º A3

M

aior não implica melhor. Podemos ter a certeza disto quando chama-

mos “mãe” à rainha lá de casa. Esta mera palavra possui somen-te três letras e, no entanto, tem um significado enorme nas nos-sas vidas. Desde carregar con-nosco nove meses até cuidar de nós quando estamos doentes, a mãe é alguém que está sempre lá para nós.

Não há palavras suficientes para descrever o quão importan-te é ter a mulher da nossa vida junto a nós. Caso contrário, quem seria o nosso exemplo? Quem seria a nossa referência? Com quem falaríamos sobre o rapaz mais bonito da escola? Quem nos encorajaria a arriscar? Quem aturaria as nossas crises emocionais, dizendo que temos de ser fortes? Quem nos diria: “Não faz mal, para a próxima se-rá melhor!”? Quem gritaria por nós? Quem nos defenderia com garras e dentes? Quem nos pro-tegeria? Quem encontraria as coisas perdidas que não vimos,

“Mãe e filho” (Marie-Therese e Maya), Pablo Picasso,1938

Provoco o choro para voltar a sonhar,

porque para sonhar preciso de adormecer.

Ode ao sonho que me faz lutar,

Ode à luta pelo que um dia quero ser.

mesmo que estas estejam em frente aos nossos olhos? Quem riria das nossas piadas sem pia-da nenhuma? Quem nos alertaria para as dificuldades da vida, pa-ra não seguirmos maus cami-nhos e para sermos alguém no futuro?

Digam o que disserem, mãe será sempre insubstituível, mãe é sempre mãe. Porque, quem tem uma mãe, tem tudo. Não im-portam as divergências, não im-portam as dificuldades, não im-porta o meio. Relações entre mãe e filho são fortes, são úni-cas.

Sim, eu tenho tudo. Tenho tudo porque tenho uma mãe. Te-nho uma mãe que tem todas as características acima referidas. Tenho uma mãe que é a melhor do mundo. Tenho uma mãe que me suporta, que me apoia e que me aceita. Tenho uma mãe que será sempre um orgulho. Tenho uma mãe que é forte, que me faz ver a luz ao fundo do túnel. Te-nho uma mãe e só por isso já me considero uma sortuda.

Obrigada, mãe.

Assim como durmo para sonhar,

sonho para o que um dia vou ser.

Ode ao sono, que não faz parar

a mente de imaginar e poder.

Ode à vida que me faz lutar,

por curiosidade de um dia saber,

se por tudo o que lutei para conquistar,

me tornou no que queria ser.

LÍNGUAS

E

u sou contra a inter-rupção voluntária da

gravidez, porque acho que todos os seres vivos têm o direito à vi-da. Os fetos são seres humanos a partir do momento da conceção e, como tal, o aborto intencional é uma forma de homicídio, o que vai contra o mandamento “Não matarás”. Se matar uma pessoa no nos-so dia-a-dia é crime, matar um ser indefeso e sem culpa da nos-sa irresponsabilidade também é, seja em que semana de gesta-ção for. Se todos nós tivemos o direito à vida, a uma casa, a uma

família, a amor e a carinho, por que é que aquela futura criança que está prestes a desaparecer não pode ter as mesmas coisas? Esse ser não fez nada de mal, apenas pediu para crescer, para transmitir amor e recebê-lo em troca. Ele está a pedir para cres-cer, mas não foi ele que pediu para ser concebido, foi talvez a irresponsabilidade ou a falta de cuidado dos pais que falou mais alto. Não importa se as circuns-tâncias financeiras não são as melhores, não importa se o meio onde vai crescer não oferece as melhores condições. Se tiver pro-teção e amor, essa criança irá

Não matarás Por Maria Murillo,11º A3

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Quem sou eu? Por Sara Leiria, 12º TCM1

"Quem sou eu?" é uma per-gunta que me assalta a mente quase todos os dias... E, respon-dendo a mim mesma, pergunto-me também: serei quem eu acho que sou, ou me sinto? Ou serei quem todos veem que sou? E, se eu não me sentir al-guém? Se me sentir ninguém, e os outros insistirem que sou... a Sara. Estarão a insinuar que sou alguém? Ou serei ninguém com nome próprio de Sara?

ser muito feliz. Hoje em dia, só engravida in-voluntariamente quem é mesmo irresponsável. Promovendo o Planeamento Familiar, não é pre-ciso despenalizar o aborto. O que não falta por aí, nos dias de hoje, são campanhas a sensibilizar os jovens, e não só, sobre os métodos contracetivos que existem. As escolas organi-zam palestras sobre o aborto, os centros de saúde ajudam qual-quer casal a esclarecer as suas dúvidas e os seus medos, por isso só engravida mesmo quem quer ou quem é irresponsável. Para finalizar, reitero que não é correto provocar um aborto se-ja em que circunstância for. Se já há uma nova vida dentro da mu-lher, esse ser tem o direito à vi-da, tal como todos nós tivemos. O feto é um futuro ser humano, não é nenhum objeto que se po-de “usar e deitar fora”, é um ser que não se pode defender, nem dar a sua opinião. Lembrem-se:

As escolhas são momentâneas, mas o arrependimento

é para toda a vida!

Trabalho orientado pela professora de Português, Lina Correia.

Eu sou o que me sinto, e os ou-tros acham que sou... Mas serei? Ou serei só mais alguém? Será o espelho resposta? Ou qualquer tipo de reflexo da minha imagem? Serei uma imagem? Mas eu penso... logo existo? Todos pensamos, todos existi-mos? A existência determinará quem sou? O que faço? O que faço é viver... Viver será típico de alguém? Serei alguém? Fisicamente estou presente, sou

alguém. Eu penso, logo sou al-guém. Porém, serei consciente ao ponto de ser alguém? Ou não passarei de alguém que não pas-sa de ninguém? "Quem sou eu?", eu não sou alguém nem ninguém, eu sou o típico "Quem" da questão, por isso... "Quem sou eu?!".

Trabalho orientado pelo professor de Portu-guês,

Luís Gonçalves

LÍNGUAS

Bullying: Que sociedade é esta? Por Inês Garcia, 12ºA3

“Que calças engraçadas! Vais à conquilha?”

Ouvi, ignorei e virei as costas. Pensei em todas as razões pos-síveis para merecer aquele "elogio" e nenhuma pareceu fa-zer sentido.

Horas depois, já no meu quar-to, ainda pensei que devia ter respondido, que não me devia ter resignado. Mas, afinal, não foi isso que me ensinaram. Ensina-ram-me, sim, a ignorar os infeli-zes, aqueles que não estão bem senão a rebaixar os outros.

Então agora pergunto: que sociedade é esta? Que socieda-de é esta onde não nos podemos expressar sem que nos contradi-gam? Onde não podemos respi-rar sem nos sufocarem? Onde não podemos correr sem que criem uma barreira? Que socie-dade é esta onde não podemos ser nós próprios?

Não há lugar para a diferença. Se és rapariga e jogas futebol, és homossexual. Se és rapaz e usas blusas cor-de-rosa ou cal-ças justas, és homossexual. Se tens boas notas, és marrão. Se não conheces todas e cada uma das pessoas na tua escola, és antissocial. Se não fumas, és atadinho. Se fumas, és delin-quente. E por aí em diante. Vive-mos numa sociedade de precon-ceito e de estereótipos, uma so-

ciedade que julga os outros pe-lo que parecem e não pelo que Página 18

são. Uma sociedade que não pá-ra um segundo para refletir no que lhe falta para ser melhor, mas é bem capaz de parar uma vida para observar os outros, in-vejá-los e criticá-los, julgá-los e desprezá-los. Agora eu falo para vocês, vo-cês que sabem bem quem são, vocês que me tentaram jogar abaixo e continuam a fazê-lo a muitos outros. Parem, reflitam, aceitem, estimulem, ajudem! Lembrem-se que um dia podem estar do outro lado! A rapariga de óculos e borbu-lhas na cara que um dia será ci-entista, como disse o Pedro Bar-roso, um dia poderá vir ser vossa patroa; o rapaz com roupa preta, piercings no nariz e com uma guitarra às costas, um dia poderá vir a ser um grande músico; a rapariga loira, alta e de roupa justa que todos achavam a mais burra da turma, um dia poderá vir a tirar um 20. Mas tu, rapaz ou rapariga dito “normal”, que gos-tas de julgá-los e rebaixá-los, um dia poderás vir a precisar deles.

Somos todos tão diferentes, mas feitos à mesma imagem. Que importa se somos de dife-rente raça, religião, orientação sexual, origem, ou mesmo se usamos uns sapatos cor-de-rosa com uma blusa verde? Isso faz de nós piores que vocês? Não, isto faz-nos especiais, faz-nos únicos.

Portanto, agora eu respondo-te:

“Não, eu não vou à conquilha, vou a caminho do sucesso, da felicidade. E enquanto tu te ren-des à monotonia desta socieda-de, eu orgulho-me de participar na evolução.”

Texto orientado pelo professor de Português, Luís Gonçalves

S

e o Padre António Vieira vives-

se na época em que vivemos, tinha mui-to que criticar aos peixes (homens).

Para começar, apesar de os tempos mudarem, algumas ‘coisas’ permane-cem iguais, nomeadamente as más. Tudo o que o Padre disse há cerca de quatro séculos atrás mantém-se igual, de uma forma ou de outra.

Por exemplo, os “peixes” comem-se uns aos outros e os grandes comem os pequenos. O significado de “comer” é “explorar”, aproveitar-se de alguém. Basta olharmos para a situação atual do nosso país. Estamos a ser comidos co-mo quem come pão, ou seja, a toda a hora e de qualquer forma. Quer seja por cortes nos subsídios ou reformas, quer seja pelo aumento dos impostos, esta-mos a ser completamente explorados. Que acharia Vieira disto?

Em segundo lugar, para além de haver “coisa” que prevalecem, há “coisas” que se agravam. Como se já não bastasse, pioram!

Este é o caso da ignorância e ce-gueira que os homens demonstram. Estas têm-se vindo a agravar no caso do vestuário. Tal como no tempo de Vieira, os homens são atraídos por retalhos “de pano”. E o pior é que estes são ainda mais valorizados. As pessoas não con-somem roupas, consomem marcas! Compram uma roupa só pelo seu logóti-po, por um desenho, e pagam-nas mais caras só para estarem na moda. “Pode haver maior ignorância e mais rematada cegueira que esta?”

Por fim, se os tempos mudam e cer-tas “coisas” perduram (enquanto outras se agravam), e se os nossos antepassa-dos o pudessem confirmar, confesso que ficariam envergonhados. Porque, apesar de avançarmos no tempo, pare-ce que retrocedemos.

Texto orientado pela professora de Português, Lina Correia

Estamos a ser comidos

Por Frederico Guedes,11ºC1

LÍNGUAS

Ode à roda

Por João Francisco Rodrigues , 12º A3

Ó

roda, és realmente uma brilhante invenção

do ser humano. És hoje algo tão banal, tão comum, que já nin-guém reconhece o quão impor-tante foi a tua criação.

Tu foste aperfeiçoada ao lon-go dos tempos e desempenhaste uma papel importantíssimo no desenvolvimento da sociedade e no progresso humano. Tiveste tantas funções ao longo do tem-po, ajudaste-nos a descobrir e a conquistar continentes, a obter alimento, foste importantíssima na revolução industrial, na cria-ção e no desenvolvimento de máquinas, como o carro, o com-boio, o avião, que nos permitem, simples seres humanos, percor-rer grandes distâncias num abrir e fechar de olhos. E para além disto, tu consegues e sempre conseguiste algo tão fascinante como fazer nascer um sorriso no rosto de uma criança.

És o fruto de um momento de inspiração de um ser humano e és agora a base da criação e do desenvolvimento de vários ele-mentos do nosso dia-a-dia, de algo tão complexo e tão útil, co-mo um automóvel, e de algo tão simples e que tem um efeito tão substancial numa criança, como um brinquedo.

Ó roda, a vida sem ti seria tão diferente que nós nem consegui-mos imaginar como ela seria.

Texto orientado pelo professor de Português, Luís Gonçalves

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INGLÊS The importance of English

by Carolina Monteiro, 10ºA3

W hen we think in

English, it is clear that it’s the most important language in the world, because it’s the language that we all know, recognize and use. We learn English as a fo-reign language, like most coun-tries in Europe, except England, where it is not compulsory to le-

arn a foreign language. We find and need English eve-rywhere: in films, technology, sports, business, air travel\ We also find English words eve-rywhere, such as on the internet, where we use some words like sign in, link, upload, download, Facebook and many others. To sum up, it is important to know English because it is eveywhere.

“Letters to Juliet” was a movie that I loved from the beginning to the end. First of all, romantic comedies are my favourite type of movies and second, the main actress is one of my favourite. Lots of peo-ple had told me how beautiful it was and that I should definitely watch it, but I hadn´t had any time yet! I also loved the fact that they (the main characters) had to go looking for the right person and had lot of tries, until they found the right one. Generally, I loved this movie and it has a very well written script.

“ Letters to Juliet”: a fantastic movie by Inês Paixão, 10ºA3

Textos orientados pela professora de Inglês, Margarida Beato

PROJETOS

Contudo, quero também sali-entar o seu valor enquanto pes-soa, reconhecido pelos colegas que a elegeram repetidamente como delegada de turma, e reco-nhecido pelos professores que sempre realçaram a sua disponi-bilidade para ajudar os outros e o seu bom senso na análise das questões que se colocavam no quotidiano escolar. No tempo em que vivemos em que as pessoas tendem a querer dar nas vistas e os jovens a que-rer ser populares, a Catarina nunca precisou de impressionar os outros pelo caminho do espe-táculo/fama. A aluna demonstrou que o sucesso de uma pessoa não passa pela busca desenfrea-da da popularidade. Há cami-nhos bem mais interessantes a seguir e que têm por base os va-lores do trabalho, do empenho e

da dignidade.

A professora de História, Teresa Brito

Tavira, 20/11/2013

Prémios de Mérito: testemunhos de professores (Continuação da pág. 4)

Sobre Catarina Ferreira À Mariana Afonso

A Mariana é uma excelente aluna, mas é também um ser humano admirá-vel, pela grande humanidade e solidari-edade que sempre demonstrou pelos outros, mas que fez sempre de uma forma muito discreta. Estou-lhe grata por ter passado pela minha vida e desejo-lhe muitos suces-sos e felicidades.

Isabel Pinheiro

(Professora de Português,)

A Mariana é uma menina cheia de encantos e qualidade das quais destaco as mais notá-veis: É dotada de um espírito crítico e assertivo, com objetivos bem definidos que procura atingir com tenacidade e tranquilidade. Desejo-lhe muitas felicidades e sucessos pela vida fora. Um abraço da Professora de Geografia,

Esmeralda Gonçalves

Projeto: Developing Training

Materials for Teaching

Golf Tourism

O projeto Developing Training Materials for Teaching Golf Tou-rism insere-se no

âmbito do programa europeu Le-onardo da Vinci. Trata-se de um programa dirigido aos alunos dos cursos profissionais, com vista ao desenvolvimento de compe-tências adicionais ao currículo, facilitadoras da integração no mercado de trabalho.

No âmbito do projeto, deslocar-se-ão duas alunas da turma 11º TTUR, em março, a Bilbao, Es-panha, onde se encontrarão com colegas de outros seis países europeus, trocarão experiências e contactos.

Ainda no âmbito deste projeto, realizou-se uma reunião na Tur-quia, na cidade de Diyarbakir, em novembro, onde estiveram pre-sentes os professores António Silva e Fátima Pires.

Neste projeto participam dois institutos europeus de certifica-ção de competências, três esco-las secundárias com cursos pro-fissionais e duas escolas de tu-rismo. Pretendemos, por um la-do, aperfeiçoar as nossas práti-cas, através do trabalho em equi-pa, aprendendo com aqueles que têm melhores resultados e mais experiência, e contribuir, por ou-tro lado, com o que estiver nas nossas possibilidades, em prol dos alunos e da Europa. Página 20

Professor José Baía (Presidente da CAP do AEJAC), Catarina Ferreira (Prémio de Mérito) e Rui Horta (Presidente do Rotary Clube de Tavira)

Dr. Jorge Correia (Patrono do AEJAC), Mariana Afonso (Prémio de Mérito) e Rui Horta (Presidente do Rotary Clube de Tavira)

Por Fátima Pires (Coordenadora de Projetos)

ARTES VISUAIS

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CINEMA

Trabalho orientado pela professora de filosofia, Maria Alberta Fitas

Q uinta-feira, 28 de novembro, foi dia de ida ao cinema, no

âmbito do Programa JCE (Juventude, Cinema e Escola). Após o visionamento da curta-metragem de Regina Pessoa, História trágica com final feliz e do filme Persépolis, de Marjane Satrapi, tentámos encontrar as semelhanças e as diferenças en-tre estas duas películas.

História trágica com final feliz:

Esta curta-metragem mostra uma menina que tem um coração que bate muito forte, o que inco-moda toda a vizinhança. Esta situação faz com que a menina seja posta de parte pela popula-ção, por ser diferente dela. Há aqui um paradoxo: quem é diferente porque tem um grande coração, ou seja, quem é grande porque se afeiçoa aos outros, é que é diferente e, então, até po-de ser rejeitado por isso. Voltando à história, vemos que, aos poucos, as pessoas se vão acostumando e acabam in-corporando aquele som nas suas vidas. Porém, um evento incrível muda tudo. Este evento simboli-za a liberdade de espírito da me-nina. Com umas asas eleva-se ao céu. Liberta-se pela morte?

Persépolis: O filme relata a história de

uma rapariga que, em cresci-mento, conta a história da revo-

lução islâmica, que ocorreu no Irão, em 1979. Marjane pertence a uma família de intelectuais que pretendem lutar a favor dos seus direitos e contra o regime imperi-alista do Xá. Este filme divide-se em três momentos: A infância da rapariga, na qual se vai apercebendo da história do seu país e, simultaneamente, das injustiças que os fundamen-talistas islâmicos impõem sobre as mulheres, como estas serem obrigadas a usar o véu. Por fim, a revolução tão desejada che-gou, mas cheia de defeitos, tal como a monarquia do Xá. A ida da rapariga para a Euro-pa. Onde esta é submetida a muitas injustiças, porque é enca-rada como a expressão do extre-mismo e fundamentalismo religi-oso que sempre se associa ao Irão. De novo regressada ao Irão, ela percebe que pouco mudou e que, apesar de ser profundamen-te iraniana, não pode continuar a vivar lá, devido aos grandes pre-conceitos e injustiças aí existen-tes. Assim, decide trocar a sua terra natal pela França, cheia de otimismo em relação ao futuro. Relação entre as duas películas: Nós pensamos que estes fil-mes mostram que existem pes-soas em todas as culturas que lutam contra os preconceitos, o que nos fez lembrar o texto da Alegoria da Caverna e a lição que dele tiramos. Consideramos que há várias outras semelhanças, como é o facto de a menina da curta-metragem ser posta de parte e “gozada” por ter um sentimento diferente das outras pessoas e, na longa-metragem, a jovem Marjane quando é enviada para a Europa, porque os seus pais

receiam pela sua vida, afinal, também lá é rejeitada, já que le-vava consigo a marca de uma cultura. Apesar disso, a jovem arrojada luta contra esses pre-conceitos. Outra semelhança é que tanto uma como outra história são con-tadas por raparigas, que, numa idade precoce, começam a tomar consciência do que se passa consigo ou à sua volta.

A nossa apreciação:

Nós achamos que estas histó-rias de animação são muito co-moventes e sentimentais e mos-tram como a partir dos olhos de uma criança se pode perceber a história de um país, ou levar-nos a pensar melhor sobre o signifi-cado da diferença - de novo. Re-lembrámos, por isso, o texto pla-tónico. Também achamos que existe uma luta contra os precon-ceitos em ambos os filmes.

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História Trágica com final feliz / Persépolis Por Diogo Gonçalves e Luís Duarte,10º A2

CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

A pós ter desen-volvido e sub-

metido ao júri do projeto, ainda no ano letivo transato, um tra-balho onde foi analisado o efei-to da radiação de baixa fre-quência e criado um suporte de comunicação e divulgação ele-trónico do mesmo (ver o traba-lho em http://www.coulombianos.blogspot.pt/), a equipa os Coulombianos foi considerada, de entre um con-junto de equipas de todo o país - continente e ilhas -, e por una-nimidade, uma das três vence-doras. A equipa vencedora era

constituída pelos seguintes ele-mentos: Alice Abreu, Ana Pires, Beatriz Silva, Bruno Fernandes e Kevin Rodrigues. Na 4ª edição do MEDEA, o prémio dos alunos foi constituído por “Diploma de vencedor 1º Pré-mio personalizado”, “Pasta com elementos da SPF (Gazeta de Física, caneta e tapete para ra-to)”, inscrição como sócio da So-ciedade Portuguesa de Física (1 ano, início em janeiro de 2014), “Inscrição na 19ª Conferência Nacional de Física” e “Cheque FNAC”. Tal como aconteceu na edição anterior, a sessão solene e públi-ca irá decorrer na 19ª Conferên-cia Nacional de Física, que de-

Equipa de alunos da escola vencedora do

projeto MEDEA 4 — 2012-2013

Por Norberto Mestre ( Professor de Física e Química)

correrá em setembro de 2014 na Universidade de Lisboa | Instituto Superior Técnico. Foram colaboradores ativos em determinado momento do trabalho desenvolvido, os profes-sores Cristina Castilho, José Afonso, Maria da Conceição Santos e Paula Viegas. A res-ponsabilidade e coordenação do projeto perante a Sociedade Por-tuguesa de Física esteve a cargo do professor Norberto Mestre. É gratificante saber que os nossos alunos desenvolvem competências e conhecimentos que depois são reconhecidos a nível mais alargado e por outros atores que não os da escola. Página 23

CONCURSO

O s alunos de Econo-mia A e Economia C

estão muito empolgados com a sua participação no Young Business Talents (YBT) 2013. Este concurso, organizado pela NIVEA e a Book-it, com o apoio da Secretaria de Estado do Desporto e Juventude, é o mais importante ao nível da Europa, sendo o primeiro ano que o mesmo se realiza em Portugal. O YBT é uma competição de gestão com base num simula-dor de terceira geração que permite pôr em prática alguns dos conhecimentos teóricos

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Ficha Técnica

Chefe de Redacão: Ana Cristina Matias Conselho de Redação: Carmen Castro, Lina Correia,

Mª Antonieta Couto e Ana Paula Mana Redação: Alunos e Professores do AEJAC

Paginação: Ana Cristina Matias

Agrupamento de Escolas

Dr. Jorge Augusto Correia - TAVIRA

BIBLIOTECA ESJAC

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sobre gestão, aprendendo a gerir uma empresa virtual. Desde novembro que as seis equipas da nossa escola, orien-tadas pela professora Carmen Castro, têm correspondido aos desafios semanais propostos por este concurso. São elas: Equipa RCR (André Rodrigues, Gonçalo Romão e Victor Chiscã) e Equi-pa Brilteam (Beatriz Oliveira, Inês Domingos, Lia Cavaco e Rúben Vitória) do 10º B; Equipa Vocks Economy (Rui Pereira, Sérgio Rato, Stan Weterings e Mário Nunes) e Equipa RAM In-corporated (Rúben Frangolho, Marcos Araújo e António Ama-

ral), do 11ºB; Equipa RGMBusi-ness (Rositsa Kutreva, 11ºB, Giulia Bittel , 11º A3 e Marco Tor-quato, 11º E); e Equipa J3M (Luís Conceição e João Afonso, 12º B, João Nobre e João Luís, 12º A3). Esperamos que as nossas equipas não esmoreçam e que continuem a gerir as suas empre-sas com determinação e eficácia, permitindo que a maioria aceda à prova final.

GESTORES PROMISSORES

Clube Mentes Empreendedoras continua em ação

O Clube Mentes Empreende-doras já angariou novos mem-bros e a par de outros elementos que estão a dar seguimento a

projetos iniciados em anos tran-satos continua muito ativo. Com a presença da mentora Marta Correia e as professoras

Ana Cristina Matias, Carmen Castro e Teresa Afonso realiza-ram um workshop no dia 30 de outubro de 2013 e reúnem-se com regularidade à sexta-feira à tarde. A sessão de trabalho de 29 de novembro de 2013 contou novamente com a presença da mentora, Marta Correia. O que é certo é que um dos projetos apresentados em 2013 já produziu efeitos práti-cos, tendo a Comissão Adminis-trativa Provisória concretizado o desejo de muitos alunos: a escola já está equipada com cacifos para os alunos.