20
JORNAL ESCOLAR - ANO LECTIVO 2006/07 N.º 6 JUNHO 2007 ESCOLA SECUNDÁRIA DO CASTÊLO DA MAIA Suplemento A ÁGUAElaborado por alunos do 12º ano, no âmbito da Área de Projecto. PÁGS. 7 A 14 A Nossa Escola O desporto em acção. PÁGS. 16 E 20 VISITAS DE ESTUDO. PÁG. 18 GAAF PÁG. 20 Segurança Em destaque A Segurança na escola e na sociedade . PÁGS. 3 A 5 Ler e escrever Textos criativos e de opinião. PÁGS. 6 E 15 Concurso “Lê e Escreve” Textos sobre obras lidas. PÁG. 15

Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal da Escola Secundária do Castêlo da Maia

Citation preview

Page 1: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

jornal escolar - Ano lectivo 2006/07 n.º 6 jUnHo 2007

escola secundária do castÊlo da maia

suplemento “A ÁguA”elaborado por alunos do 12º ano, no âmbito da área de Projecto.PÁgs. 7 A 14

a nossa escolao desporto em acção. PÁgs. 16 e 20

VisitAs de estudo. PÁg. 18 gAAF PÁg. 20

Segurançaem destaque

a segurança na escola e na sociedade

.PÁgs. 3 A 5

ler e escrever textos criativos

e de opinião.PÁgs. 6 e 15

concurso “lê e escreve”

textos sobre obras lidas.PÁg. 15

Page 2: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Adivinho que o aviso

não surtiu efeito. Vai

mesmo ler o editorial e

sujeitar-se às funestas consequências.

Pois devo informá-lo de que dispõe

de três parcos minutos, antes de uma

destruição devastadora. Vai precisar de

toda a agilidade mental de que se possa

servir (se não dispuser de massa cinzenta

utilize massa tenra ou massa folhada)

e da sua atenção e concentração na

potência máxima (ligue o dispositivo dos

neurónios na posição ON). Em seguida

inspire o máximo que puder dada a

importância da oxigenação cerebral e,

prepare-se para o pior. Este editorial foi

considerado subversivo e sofreu uma

ameaça terrorista, reclamada de pronto

pela frente separatista LMPM. O porta-

voz desta frente recusa-se a compactuar

com pessoas que se dedicam a cercear a

criatividade dos editorialistas e a impor

limites à sua escrita. Reclama ainda a

exclusividade de quatro páginas (pelo

menos) de editorial e, se estas condições

não forem satisfeitas, o título do jornal

da escola passará a ser “Deixamos de Ser

Jornal”. Até ao momento, sabe-se que

os dois membros da Direcção do jornal,

Dr. José Nuno Araújo e Drª Margarida

Santos, continuam intransigentes e não

fazem tenções de ceder às pretensões do

elemento terrorista. Quanto à editorialista,

essa anda a monte …

Licínia Maria Polónia MartinsMembro da direcção do jornal

Direcção: Licínia Martins, Margarida Santos, José Nuno Araújo Edição: Licínia Martins e José Nuno Araújo Arranjo Gráfico: Margarida Santos. Redacção e repórteres de imagem: Marco Santos, Vasco Branco (9ºB), Licínia Martins e José Nuno Araújo. Colaboração: Alunos - 9.ºAno: Carina e Sara Ferreira (9ºD); Ana Cláudia G. Pires (9ºE); 10.º Ano: Rita Luísa (10ºB); Bruna Corrêa Volpini (10ºE); 11.º Ano: Ana Campelo, Flora Silva (11º C); Ana Renata Guedes e André Gomes (11ºD); Ana Couto, Sara Valga e Giselda Azevedo (11ºE); 12.º Ano: Sara Sousa, Ana Maia, Sara Silva, Alexandra Sousa (12ºC); Grupo de “Prática Social” (12ºE); Colaboração especial: Susana Borges (GAAF); Professores – Daniel Prata, Lúcia Teixeira, Maria Artur Barros, Paula Romão, Paulo Jorge Carvalho, Rute Ribeiro, Silvina Pais, Teresa Barbosa. Tiragem: 500 exemplares. Endereço: [email protected].

F i c h a T é c n i c a

e d i T o r i a l

Editorial ArmadilhadoPara sua segurança não leia este editorial!!!

o Q U e e l e S d i Z e M

1º o que acha da segurança na escola?2º o que acha da segurança a nível nacional?3º Qual a sua posição perante o terrorismo?

Sr. antónio Pinto1º Acho que é boa.2º A nível nacional está muito fraca.3º Não o entendo e acho mal que o pratiquem.

d. isabel ricardo1º A segurança nunca está a 100%, por vezes não se sabe se são realmente os pais dos alunos que os vêm buscar ou não, no entanto, acho que a escola tem bastante segurança.2º Em certos sítios devia haver mais segurança, mais polícia e assim andaríamos mais à vontade.3º Acho-o horrível e péssimo.

Sr. José Pimentel 1º Boa.2º A segurança podia ser melhor.3º Acho que é mau.

d. Paula Seara1º Bastante razoável, penso que falta mais vigilância entre a portaria e a paragem dos autocarros.2º Melhorou-se ao nível dos transportes públicos, onde eram frequentes os roubos de carteiras, mas sobretudo à noite não se sente segurança nenhuma. Até os próprios agentes (PSP e GNR) têm medo. Chegou-se ao ponto de, no nosso Portugal, não se dar meios nem apoio aos agentes, daí a total insegurança existente a todos os níveis. 3º Sou totalmente contra. Deviam ser tomadas medidas muito radicais, assim talvez os terroristas pensassem duas vezes ou começassem a ter medo e mais respeito.

d. ana Maria1º Dantes era muito pior. Agora, com a ajuda de todos os funcionários e das câmaras instaladas nos pavilhões, todos os cantos da escola estão sobre vigia.2º Podia ser muito melhor, se a polícia agisse de outra maneira, promovendo mais segurança.3º Sou absolutamente contra o terrorismo, porque, na maior parte das vezes, morrem pessoas inocentes e isso revolta-me.

d. ida Peixoto1º Apesar de não ter nenhuma razão de queixa, penso que se deve apostar em mais meios de segurança que protejam a comunidade escolar de eventuais problemas.2º Penso que se devia dar mais atenção a este tema, porque vivemos num país em que tudo é perigoso e nunca se sabe o que pode acontecer quando saímos à rua. Hoje em dia, em qualquer lugar, podemos correr o risco de sermos assaltados, e nem sempre somos socorridos, como deveríamos, pelas entidades competentes! Acho que devia existir mais policiamento e uma capacidade de resposta mais rápida por parte destes.3º O terrorismo é um dos maiores flagelos da sociedade em todo o mundo. É uma injustiça termos de andar sempre sobressaltados, porque nunca sabemos quando podemos ser vítimas de um ataque terrorista. Todos os dias, os noticiários trazem até nós imagens absolutamente chocantes de actos terroristas que acontecem em todo o mundo. Isto é frustrante porque é algo que depende de nós, seres humanos, para acabar de vez.

Questionados por Marco Santos e Vasco Branco, 9ºB

02 SomoS Jornal | JUNHO 2007

Page 3: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

OPINIÃO

Reflectindo sobre INsegurança

Paula RomãoPresidente do Conselho Executivo

Sabendo já há algum tempo que o tema desta edição seria a segurança, passei a estar especialmente atenta a todos os fenómenos do dia-a-dia que implicavam este termo e o contexto em que esta estava presente.

Parecendo à priori que todos sabemos o que quer dizer segurança, constatei que não é bem assim; genericamente há a considerar a seguran-ça das pessoas e dos espaços e cada um personifica um conceito diferente, senão vejamos alguns exemplos em contexto escolar:

. Para os professores de Biologia a preocupação com a segurança passa pela segurança alimentar e com a boa utilização dos recursos naturais imprescindíveis à segurança do planeta e das pessoas, para os de Física e Química com a manipulação de produtos laboratoriais possivelmente perigosos, para os de Educação Física com a qualidade das instalações e dos equipamentos, para os de Informática com a segurança da informação disponibilizada (redes) e na protecção dos computadores perante vírus destrutivos, para os de História e Economia com a segurança proporcionada pelo governo ao bem estar socio-económico das populações, etc.

. os auxiliares de acção educativa preocupam-se muito com a segurança física dos alunos e com o estado das instalações e dos locais de acesso aos mesmos.

. os nossos administrativos, tentam assegurar a máxima qualidade das informações que prestam aos utentes bem como se preocupam em assegurar o sigilo dos dados a que têm acesso e a sua segu-rança máxima em termos de acesso.

. Na óptica dos alunos, a segurança depende do nível de indisciplina e de violência na escola, do nível de roubos de que são alvo e da forma como os funcionários, professores e os próprios colegas reagem quando se magoam ou, por algum motivo, se sentem fragilizados ou ofendidos.

. Para alguns pais, segurança significa levar e ir buscar todos os dias os filhos à escola; para outros é exactamente o contrário pois sentem-se seguros ao reconhecer que os seus filhos já sabem deslocar-se sozinhos para qualquer lado, estando assim protegidos na medida em que estão preparados para qualquer eventualidade. Em contexto de escola, os pais confiam que a escola controla quem entra e quem sai, que os actos de indisciplina estão sob controlo e que os de violência gratuita são residuais.

a grande questão, a que divide opiniões é: prevenção ou acção no momento? Qual a que nos traz mais segurança?

Provavelmente a resposta a esta questão depende de que tipo de segurança estamos a falar (segurança alimentar, segurança rodoviária; segurança física e psíquica; segurança ambiental; segurança no emprego; segurança familiar; segurança económica, segurança das instalações, etc). No entanto há uma que na escola é fundamental assegurar (para além da segurança pessoal de todos quantos a frequentam, como é óbvio), que é a Segurança digital: a segurança dos dados digitais está ligada tanto a uma parte essencialmente técnica como humana. Em última análise, é o ser humano que altera e corrompe a informação existente num sistema. os factores de risco numa organização podem surgir de ataques externos e do mau uso ou abuso interno. o controlo de acessos a dados confidenciais/reservados e os processos de autenticação/auto-rização podem ser violados por utilizadores da própria rede, mesmo que irreflectidamente.

mas o maior problema da escola neste momento, em termos de se-gurança, é a falta de condições do pavilhão gimnodesportivo que serve as duas escolas. É já um “velho” problema que radica num desencontro entre a DREN e a Cmm.

Temos esperança de que, aquando da publicação desta edição do SomosJornal, este problema se encontre resolvido, ou melhor, estejam já asseguradas e garantidas as condições para se proceder às obras durante os meses de Julho e agosto, a fim de iniciarmos o próximo ano lectivo em completa IN*(Segurança).

*IN (em inglês – dentro).

Numa escola a segurança é um aspecto de primordial im-portância a vários níveis: a nível do controlo de entradas, da preservação dos bens e património da escola, a nível da preservação da integridade física e psicológica dos alunos e restantes elementos da comunidade educativa, a nível alimentar e também na aprendizagem de regras de actuação em situações de emergência.

a segurança da nossa escola aumentou com o uso do cartão magnético do SIGE (Sistema Integrado de Gestão Escolar) que permite não só impedir a entrada de estranhos como controlar as entradas e saídas dos alunos em tempo de aulas. alguns alunos reclamam que a escola parece uma prisão e não podem sair quando querem, mas a segurança dos alunos é responsabilidade da escola e, exceptuando a hora do almoço, os pais podem ficar descansados sabendo que os filhos estão sob a protecção da escola.

o Sistema de Videovigilância da escola permite proteger os bens da escola contra intrusos, pois as câmaras estão viradas para as entradas (portas e janelas), mas também permite verificar os autores de comportamentos incorrectos em determinados locais.

as agressões físicas e psicológicas entre alunos não são muito frequentes nesta escola, mas este ano já aconteceram alguns casos de ameaças, bullying e mesmo agressões que foram devidamente sancionadas e os alunos agressores foram alvo de processos disciplinares em que as medidas foram conduzidas de forma a incutir nos alunos a consci-ência da gravidade e da reparação do seu comportamento. a equipa da Escola Segura da GNR está sempre disponível para qualquer emergência e tem colaborado com a escola em várias situações.

a segurança alimentar é outra preocupação da escola, quer no bufete quer na cantina, onde a empresa uniself cumpre escrupulosamente as regras de higiene e confecção das refeições saudáveis segundo os princípios da HaCCP (Hazard analysis Critical Control Points).

Em casos de emergência (incêndio, sismo…) é neces-sário que a comunidade escolar tenha incutido as regras de segurança e evacuação da escola de forma ordeira e rápida. Daí que todos os anos se realize pelo menos um exercício de evacuação da escola. Foi o que aconteceu no passado dia 12 de abril, com a realização de um simulacro de incêndio no laboratório de Química, onde os alunos em aula testa-ram os procedimentos a tomar para controlar o incêndio e toda a comunidade educativa foi evacuada ordeiramente e seguindo as regras previstas no Plano de Prevenção e Emergência da escola.

Como Delegada de Segurança da escola posso concluir que a segurança é uma preocupação da escola, mas que cabe a cada um de nós zelar pela nossa segurança e pela dos que nos rodeiam, cumprindo as regras básicas da segurança e o Regulamento Interno da escola.

Lúcia Teixeira(Vice-Presidente do Conselho Executivo)

a Segurança na nossa escola

JuNHo 2007 | SomoS Jornal 03

*

Page 4: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Um dos perigos a que se está exposto enquanto criança e que cada vez se dá menos importância, envolve brin-quedos: muitos acidentes acontecem quando se tropeça ou se pisam brin-quedos desarrumados. No entanto, os mais perigosos têm a ver com a exis-tência de pequenas peças que podem ser engolidas. Ainda outro acidente que pode ter consequências graves provém dos objectos com mecanismos de dobragem (carrinhos de bonecos, tábuas de engomar, etc.) e que podem provocar cortes profundos ou mesmo am-putações nos dedos frágeis das crianças.

Com vista a prevenir es-te tipo de acidentes, quan-do comprados brinquedos, os pais devem ter em aten-ção certos pormenores. Um deles, é a verificação do símbolo gráfico de aviso de idade e o seu cumprimento. Este símbolo sig-nifica que o brinquedo em causa não deverá ser dado a crianças com menos idade do que a indicada. Outro, é se o objecto possui arestas, bordas cortantes ou bicos que possam magoar a crian-ça. Por fim e não menos importante, consiste na análise de peças peque-nas ou peças que se possam destacar.

Assim e segundo a lei dos brin-quedos que visa garantir que estes, quando utilizados para o fim a que se destinam, não sejam susceptíveis de pôr em perigo a segurança e saúde da criança, existem brinquedos específi-cos por idades e tipos. Para crianças com menos de um ano deve-se ter cuidado com o comprimento dos fios, cabos, o nível de ruído produzidos pe-los brinquedos que chiam e o seu peso. Para as crianças de um a três anos é

necessária precaução em relação ao tamanho, pe-ças destacáveis e se o seu funcionamento é a pilhas. Já para as crianças entre os três e seis anos, é necessá-ria atenção para os meca-nismos de dobragem, ao peso, arestas cortantes e ao tamanho. Mesmo nesta idade, continua a existir a

possibilidade de engolir peças.Em suma, apesar de ser frequente dar brinquedos a crianças, especialmen-te em épocas festivas como o Natal ou mesmo o aniversário, tente tomar o mínimo de precaução em relação àquilo que compra. “ Cuidar dos brin-quedos é cuidar das crianças”

Flora Silva, 11ºC

S E G U R A N Ç A S E G U R A N Ç A

Todos os dias nos jornais e telejornais lemos e ouvimos falar de assaltos, tanto a pessoas como a bens e estabe-lecimentos comerciais. Actualmente, isto tornou-se quase como uma rotina desta sociedade.

Muitos destes assaltos são feitos por pessoas que vivem à margem da sociedade (os marginais), que não tendo como se sustentar, acabam por roubar não se importando com as con-sequências que advirão dos seus actos (como a prisão), nem do que terão de fazer para conseguirem atingir o seu objectivo. Outros fazem-no por diversão, mesmo não precisando do dinheiro, apenas para mostrarem que conseguem ser maus.

Muitos destes assaltantes usam a força e/ou armas para retirarem o que querem às pessoas; já outros, os chamados burlões, vão a casa das pessoas em pleno dia dizendo que são vendedores ou representantes de alguma organização, e através do seu lindo discurso conseguem enganar as pessoas, levando a que estas lhes entreguem todas as suas poupanças.

Há algum tempo atrás, a maior parte dos assaltos eram feitos à noite e

nas ruas menos movimentadas. Hoje em dia já não é bem assim, visto que muitos dos assaltos são feitos de dia e em sítios com grande movimento.

Perante estes acontecimentos, as au-toridades responsáveis pela segurança do país são pouco eficazes a resolver este tipo de problemas, demorando muito tempo para encontrar os assal-tantes e a condená-los pelo que fizeram.

Também nas escolas a segurança não é a melhor, já que muitos alunos continuam a ser roubados dentro e nas imediações das escolas, por alu-nos mais velhos e não só. Estes não têm alternativa se não entregarem tudo o que têm, porque muitas vezes são ameaçados com facas.

Agora, com o programa “Escola Segura” já existe maior controlo, pois a polícia ronda as escolas para tentar que situações como as acima enunciadas não aconteçam.

Assim, sendo grande parte da sociedade portuguesa tem medo e sente-se insegura em andar na via pública, pensando que a qualquer momento pode ser-se assaltado.

Giselda Azevedo, 11ºE

Segurança... Quando ouvem esta palavra em que pensam?! Homens musculados que prote-gem mulheres bonitas ou o nos-so fantástico cartão da escola?!

Para mim, nem numa coi-sa nem outra. Ao contrário de todas as expectativas, lembro-me da (inexistente) segurança rodoviária.

Tal facto deve-se a uma razão muito particular. Recen-temente decidi iniciar-me como so-corrista na Cruz Vermelha Portuguesa e quando muito empolgada me dirigi à sede para me inscrever, disseram-me que o primeiro passo seria cons-ciencializar-me da minha decisão.

Tive acesso a todo o tipo de ma-teriais. Desde estatísticas a horríveis imagens de acidentes, o medo foi uma constante.

Perguntam-se medo de quê... Pois bem, não medo de ir socorrer a tais cenários, mas de um dia me tornar em mais um inconsciente. Num incons-ciente que acredita que só ele sofre as consequências dos seus actos.

Sabiam que mais de 30% das 1247 pessoas que morreram nas estradas portuguesas não foram as desenca-deadoras do choque, não eram tão-

pouco ocupantes do veículo desenca-deador?! Tratava-se de transeuntes ou de pessoas que viajavam no seu carro sem esperar a morte. Alguém é que, literalmente, conduziu a morte até elas. Pode parecer algo desprezível mas não é. Imaginem oito autocarros, dos quais quatro estariam cheios de crianças entre o primeiro e o nono anos de vida, a caírem como no de-sastre da ponte Entre-os-Rios. O rio transbordaria de cadáveres que apon-tariam para a nossa única e exclusiva responsabilidade.

Caiu em desuso o slogan “Se con-duzir, não beba”…

Agora há um melhor: se conduzir, não mate!

Ana Campelo, 11ºC

Os brinquedos e as crianças

Socorro social

Se conduzir...

04 SomoS Jornal | JUNHO 2007

Page 5: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Cuidados mínimosMuros altos, grades de ferro e alarmes sofisticados nem sempre são sinónimos de segurança. Em alguns casos, podem até estimular a imaginação – as fortalezas chamam a atenção e são atraentes para os ladrões. Por isso, a protecção contra roubos e assaltos pode ser mais uma questão de hábitos e atitudes do que barreiras físicas e recursos tecnológicos.

Não existem fórmulas que garantam 100% de segurança, mas seguir orientações sobre como prevenir e agir em situação de perigo é sempre uma boa opção. Guardar jóias e dinheiro em casa, bem como comentar sobre os seus bens e a sua vida pessoal com estranhos e funcionários são atitudes imprudentes. O possuir de uma arma também é desaconselhado. As estatísticas alertam para os fins trágicos dos casos em que a vítima reage ao assalto.

Para prevenir este tipo de situações é necessário que tenha em atenção o abrir a porta a porta a estranhos; em caso de prestadores de serviço, verifique se a pessoa é realmente funcionária da empresa contratada; em caso de viagem, não comente os seus planos com estranhos; antes de contratar alguém para serviços domésticos, confirme os documentos e referências apresentadas, fornecendo somente as chaves dos locais que os funcionários devem ter acesso e nem sempre possível mas que serve como reforço é a posse de um cão treinado, não para atacar mas somente para afastar os invasores.

Quanto à habitação, é necessário cuidados mínimos como manter a casa bem fechada, possuir portas e janelas sólidas e ter caixilhos bem fixos nas paredes. Se quiser ser um poço mais cauteloso pode sempre ter um alarme bem visível, nunca deixe janelas e marquises abertas, mesmo em andares mais altos, não guarde quantias avultadas de dinheiro em casa, dê uma aparência de actividade à sua residência, anote em lugar seguro as marcas, modelos e números de série dos electrodomésticos e não hesite em ter a velha tabuleta “cuidado com o cão”.

Apesar destas recomendações, ninguém está livre de ver a sua casa assaltada. Se for vítima de furto deve em primeiro lugar, participar imediatamente à autoridade policial e se possuir seguro, contacte à sua seguradora.

Não se esqueça que “Pequenas atitudes e hábitos no dia-a-dia fazem a diferença quando o assunto é segurança”.

Flora Silva, 11ºC

O Homem, enquanto peão, condutor e passageiro, é consi-derado o elemento fundamental do sistema de circulação rodoviária e as suas falhas constituem as principais causas de sinistralidade rodoviária.

Portugal é um dos países onde se regista um maior nú-mero de acidentes rodoviários mortais. Assim, é essencial desenvolver medidas que permitam a urgente diminuição deste índice.

Entre as várias causas da sinistralidade rodoviária desta-cam-se as seguintes: o excesso de velocidade, as manobras perigosas, a condução sob o efeito de álcool (principalmente por parte dos jovens até aos 25 anos), o desrespeito pelas regras (uso de telemóvel enquanto se conduz, por exemplo), a má condução, a constante ausência de civismo, ligada ao culto do “Chico-espertismo” (o português quer é passar à frente), as más infra-estruturas e falhas na sinalização e traçado das ruas e, finalmente, as condições meteorológicas adversas, que levam à redução da visibilidade do condutor, à perda de aderência do automóvel à via e a um maior desgaste da viatura.

Sendo assim, é necessário implementar um regulamen-to específico para que seja possível reduzir o número de acidentes rodoviários e aumentar a segurança na estrada. Existe, para isso, a Prevenção Rodoviária Portuguesa. Ac-tualmente, têm sido tomadas várias medidas para esse fim, sendo as mais significativas: a introdução da obrigatoriedade de inspeccionar periodicamente os automóveis (regra já implementada na década de 90); o reforço da fiscalização nas estradas e das verbas destinadas ao seu melhoramento e à respectiva sinalização; a introdução de alterações ao nível da legislação rodoviária, nomeadamente à subida do valor das coimas; a criação de semáforos e passadeiras para os peões e de pistas próprias para os ciclistas, ambos equipados com material reflector, por exemplo. Uma outra medida importante é manter sempre a distância de segurança com o veículo da frente. É também essencial que se apele à consciência das pessoas, particularmente dos jovens, para os perigos nas estradas e para a necessidade de se cumprirem as regras estabelecidas no domínio rodoviário. Para isso, são criadas as campanhas de prevenção rodoviária (recorrendo aos meios de comunicação social para a sua divulgação). Para uma melhor mudança da mentalidade das pessoas, é necessário começar a sensibilizar as crianças desde cedo para os problemas rodoviários.

Em suma, é fundamental cumprir todas as regras de segurança rodoviária, mesmo porque ela é uma tarefa co-lectiva.

Ana Couto e Sara Valga, 11ºE

“Segurança” é um termo muito usado por nós no quotidiano, principalmente, sob o ponto de vista de evitar contacto com desconhecidos ou, então, da forma como guardamos os nossos va-lores: carteira, relógio, computador,... Apesar do termo “segurança”, ou de palavras indiciadoras de tal, já ser usado frequentemente, o seu uso intensificou-se nos últimos anos. Cada vez mais o crime, os roubos e/ ou os raptos são visíveis. Nesta linha, resta a cada cidadão proteger-se do pior, porém, nem sempre é possível!

Os adolescentes, que dizem não ter medo de na-da, e que são mais “aluados” estão, constantemen-te, a ser avisados pelos seus pais: “Cuidado com

quem vais e para onde vais. Já agora, esse local é de segurança?” ou “Presta atenção à carteira e ao telemóvel, senão ainda te roubam!”. Por vezes tor-na-se irritante e até aborrecido mas, na minha pers-pectiva é essencial que os jovens estejam conscien-cializados do lado “mau” da vida. Caso contrário serão facilmente enganados e vítimas de burla.

Apesar desta acepção de “segurança” ser de uso mais comum existem outros sentidos nos quais ela pode ser empregue, como é o caso de “Segurança Social”, “Segurança militar” e “Segurança no trabalho”.

Mariana Pereira, 11ºB

S E G U R A N Ç A S E G U R A N Ç A

Várias perspectivas

Prevenção rodoviária ……

JUNHO 2007 | SomoS Jornal 05

Page 6: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

O Retrato do Homem IdealO homem ideal seria aquele a quem todas chamamos de perfeito, aquele por quem, nos nossos sonhos, inti-tulamos de príncipe encantado…

Dizem que a beleza não é tudo e que o que importa é o interior…isso é verdade, mas não invalida o facto de preferir a beleza de um à beleza de outro. Por isso, encantar-me-ia com um homem alto, moreno, de cabelo curto e despenteado e com cor de chocolate, olhos cor de mar límpido onde se podem ver as profundezas. Teria um corpo bem traçado como o de um quadro pintado por um artista. Suas mãos seriam fortes, seu olhar intenso e meigo. De sorriso sempre nos lábios suaves e nada carregados, a sua pele aspiraria em mim toda a vontade de o abraçar; os seus braços acolhedores confortar-me-iam em todos os momentos, e a sua voz seria grave e calma como um rio em pleno leito.

Ao olhar-lhe nos olhos sentir-me-ia segura, feliz, transmitir-me-iam paz e serenidade. O seu amor estaria sempre presente para todos verem, sua compreensão estaria combinada com a preocupação de me ver bem e feliz.

Seria sobretudo um amigo, um amigo especial ou até mais do que um amigo, seria aquele que estaria sempre lá, que me daria todo o seu apoio, que me entendesse, que me corrigisse, que me explicasse o que não sei, que me ouvisse, que risse e chorasse comigo, que soubesse de cor todos os meus traços, a minha música preferida, a minha comida predilecta, que cantasse comigo e para mim, que sentisse o que sentiria por ele,… que fosse para mim o que seria para ele!

Não seria aquele que me magoaria…não seria insen-sível, nem intransigente! Não seria bruto, nem gozaria comigo…não seria egoísta, nem egocêntrico… não seria obsessivo, nem liberalista… apenas teria de me querer como sou, de respeitar como vivo, de aceitar aquilo que gosto de fazer e dou importância.

Seria assim o homem dos meus sonhos, o meu prínci-pe encantado, o meu herói, o homem perfeito, o homem ideal ou simplesmente “Aquele Especial”!

Rita Luísa, 10ºB

1. O assunto de que vou falar, tornou-se aos olhos de alguns países, algo tremendamente inaceitável, e noutros algo que, embora injusto, se pratica

frequentemente. A pena de morte é julgada, por muitos, como sendo algo horrível. O facto é que muitos desses indivíduos apenas a aplicam por determinados interesses.

Por essa razão, presumo que alguns ou talvez a maioria, se vá opor ao que vou dizer, no entanto, ao contrário do que talvez fosse suposto, ou não, eu não sou contra a pena de morte.

É certo (não tão certo como parece) que todos temos os mesmos direitos, e que ninguém é me-lhor do que ninguém, embora isso nem sempre seja reconhecido, porém, se somos todos iguais perante a lei (coisa cada vez mais difícil de acre-ditar nos dias que correm) do mesmo modo que matamos, devíamos ser mortos.

Penso que os seres humanos são tão cruéis, mesmo ao ponto de se matarem uns aos outros, que não faria qualquer diferença um imbecil desses ficar ou não por aqui.

Ora vejamos: quantas e quantas vezes, temos notícias na televisão e nos jornais ou ouvimos a informação de que avós ou até mesmo pais matam crianças?! Vezes sem conta, que crimes se tornam ocultos ou dados como encerrados e

os verdadeiros culpados permanecem impunes?! Quantas vezes? Ou então, quando provas são dadas, e pessoas, (se é que assim as podemos chamar), passam uns aninhos presas, coisa que não lhes deve fazer grande diferença, e voltam cá para fora, como se o crime que cometeram tivesse de alguma forma desculpa.

Uma vez que esta sociedade está cada vez mais decadente, e que, sem dúvida, se cometem, mais crimes propositadamente, creio que seria justo que sofressem tal e qual aquilo que fizeram sofrer.

Mas retomando a questão inicial, estou cer-ta de que se alguma vez este mundo decidisse definitivamente ser justo, coisa de que muito sinceramente duvido, a pena de morte seria um bom começo. A meu ver, o problema foi e con-tinuará a ser esse mesmo, estas leis continuam a ser as mais injustas, e aqueles que tão soberana-mente nos governam, persistem na estupidez a na ignorância.

Fala-se em pena de morte, e todos associam às mulheres e crianças mortas injustamente em países pouco desenvolvidos, mas será que a pena de morte se restringe só a isso?!

Não me parece! Apenas precisamos de pro-vas...

Carina, 9ºD

2. Há muito tempo que a pena de morte, em Portugal, foi abolida, no entanto, existem ainda países onde esta é so-lução para os criminosos.

Por um lado, sou contra a pena de morte por-que a vida é sagrada e só deve ser tirada pela própria natureza. Não é justo que uma pessoa pague tão caro por um crime que cometeu, sem que lhe seja dada uma oportunidade de reco-nhecer o erro e corrigir-se da melhor forma possível. É certo que existem erros impossíveis de remediar, como por exemplo no caso dos homicídios, pois nada poderá trazer uma pes-soa à vida depois desta lhe ter sido tirada, mas toda a gente merece uma segunda oportunidade.

Na minha opinião, a pena de morte deve ser uma última alternativa e aplicada, só, em casos extremos. E é considerando estes mesmos que eu sou a favor da pena de morte, visto que há pessoas sem qualquer escrúpulo que nunca mudam e matam indiscriminadamente inocentes. Esses tiveram muitas oportunidades para se corrigirem mas deitaram-nas a perder.

No entanto, o ideal seria não existirem moti-vos para aplicar a pena de morte, para isso, seria necessário mudar muitas pessoas, algo que não nos é possível fazer... Mas podemos fazer a nossa parte, não nos tornando parte desse grupo.

Sara Ferreira, 9ºD

P E N A D E M O RT E

Prós e contras

06 SomoS Jornal | JUNHO 2007

Page 7: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

As memórias da minha escola primária Recordo-me tão bem do meu primeiro dia de aulas. De como ia entusiasmadamente com a minha prima descobrir aquele mundo novo. Por sorte, como temos a mesma idade, sempre fomos da mesma turma. Em-bora a escola já fosse conhecida e parte dos colegas também, o simples facto de saber que ia ter uma nova professora e aprender imensas coisas, deixava-me um certo friozinho na barriga que, na noite anterior, me havia provocado uma insónia.

Hei-de-me sempre lembrar daquele “Bom dia” com que todos os dias a nossa professora nos cumprimentava com uma voz carinhosa e alegre. Era baixinha e simpá-tica. Num estrado, em frente ao quadro preto, escrevia com giz de várias cores. Por cima existia um relógio do Mickey que ansiosamente mirávamos aguardado a chegada dos intervalos. Aí a minha perdição era jogar à macaca e correr por um lugar nos baloiços que raramente estavam livres. Procurava qualquer pedrinha que servisse para o efeito e desenhava o meu próprio jogo, porque a macaca já pintada no chão era muito cobiçada.

Lembro-me da horrível bata que muitas vezes fingia ter perdido na esperança de não ter de a usar. Lembro-me também de uma empregada que nós tanto detestáva-mos. Era má e os seus castigos amedrontavam qualquer um! Quando comia na cantina, obrigava-me a comer tudo o que tivesse no prato, que gostasse quer não, e só saia daquela mesa quando terminasse.

Recordo-me que as sextas-feiras eram o dia de “Expressão Plástica” em que tínhamos uma tarde mais prática: fazíamos desenhos, trabalhos manuais…eram os meus dias preferidos.

Lembro-me perfeitamente da minha festa de fina-listas…de fazer o livro de curso, escrever dedicatórias e textos para toda a gente, das cartolas, das bengalas, de cantar o hino da despedida…até mesmo de tantas fotografias que tirámos nesse dia que marcava o fim de mais uma etapa das nossas vidas!

Rita Luísa, 10ºB

O livro que gostei mais de ler foi “Visto do Céu” escrito por Alice Sebold.

Este livro trata de uma história surreal. É um belo romance sobre a vida e a morte, o perdão e a vingança e a memória e o esque-cimento.

Susie Salmon é o nome da personagem principal.

Susie tem um olhar vivo e irrequieto dos seus catorze anos. Observa o desenrolar da vida na Terra: os colegas da escola, a família, o lento passar dos meses e das estações. Está tudo muito calmo, tudo parece acolhedor. Um único pormenor desmente tanta placidez: é que Susie já morreu.

O céu de Susie é como o recreio da sua escola e de lá ela observa e descreve o que se passa na Terra.

Também fica com a noção de que é o centro das atenções: os seus colegas comen-

tam o seu desaparecimento, a família ainda acredita que ela poderá ser encontrada e o seu assassino que tenta esconder as pistas do crime que cometeu, visto a ter violado e a ter esfaqueado.

Susie também realça a pureza do seu Céu e o Inferno existente na Terra.

No final do livro todos se adaptam ao desaparecimento de Susie tal como a própria Susie Salmon, que “vive” eternamente no seu Céu.

Na minha opinião, este livro é muito in-teressante, pois à medida que o lemos acon-tecem situações impossíveis de acontecer na Terra.

O contexto desta narração é assustador, mas é contado de uma forma plácida e serena o que, sem dúvida, o torna numa história bela.

Ana Cláudia G. Pires, 9º E

Concurso “Lê e Escreve”

A nossa escola promoveu a realização do concurso “Lê e Escreve”, no âmbito das comemorações da Semana da Leitura 2007 entre 5 e 9 de Março.

A actividade foi dinamizada pela Biblioteca da nossa escola e pelo grupo de Português, tendo posto em evidência que os nossos alunos gostam de ler e deu a conhecer o que lêem.

Salienta-se a adesão que suscitou e apresenta-se a lista dos três primeiros classificados no Ensino Básico (1º lugar - Ana Cláudia, nº3, 9º E; 2º - Catarina Monteiro, nº 5, 9º E; 3º - Isabela Martins, nº 14, 9º C) e no Ensino Secundário (1º lugar - Bruna Vôllpini, nº 26, 10ºE; 2º - Sara Valga, nº 17, 11ºE; 3º - Sílvia Costa, nº 21, 11º C).

Teresa Barbosa (PQND) – texto adaptado.

Visto do céu

Em uma bela tarde de sol, numa pequena cidade, um menino de pés descalços estava soltando sua pipa verde que ele próprio ti-nha construído. Do alto da montanha ele a controlava, fazia zigue-zague e cantarolava canções de roda quando ela atingia uma altura que resplandecia no céu e fazia companhia às branquíssimas gaivotas.

De repente, um vento que soprava na direc-ção contrária da pipa foi-se intensificando e trazendo consigo uma extensa nuvem negra. A luz radiante do sol desapareceu, o céu escu-receu e começou a chover. Nesse momento, a criança iniciou uma batalha contra os impera-dores do céu para recuperá-la. Enfrentou os retinidos graves dos trovões que se pareciam com o som de grandes espadas inimigas debatendo-se, a tempestade que escorria-lhe pela cabeça e os clarões dos relâmpagos que se lhe afiguravam fantasmas.

O menino de pés descalços lutou bra-vamente pela sua pipa, mas infelizmente a linha do carretel arrebentou e a pipa foi-se embora para o céu. O seu dono sentiu pesar o coração ao vê-la, dizendo-lhe adeus. Ele tentou alcançá-la até onde pôde, mas já era tarde demais.

Passado um tempo, o sol voltou a cinti-lar no céu, o pequeno homenzinho estava de cabeça baixa e , quando a levantou,

fez um grande sorriso. Estava diante dele a paisagem mais bonita da sua vida: um horizonte imenso e infindável sem princí-pio nem fim. Ele compreendeu que tinha vencido a batalha com o céu... O horizonte estendia-se para dentro de si e a pipa estava guardada consigo para sempre como uma lembrança inesquecível.

Bruna Corrêa Volpini, 10ºE

Obra: “Os caçadores de pipas”Autor: Khaled Hosseini

A pipa verde

JUNHO 2007 | SomoS Jornal 15

Page 8: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

No passado dia 23 de Março, o Grupo de Educação Física em conjunto com o Grupo de Biologia e Geologia, alunos do 10º I - Curso Profissional de Informática e 11ºH – Curso Tecnológico de Desporto, organizou uma actividade que incluía uma caminha-da e um passeio de BTT com partida, no período da manhã, da nossa escola até ao Parque Municipal de S. Pedro de Avioso. O percurso da caminhada fez-se pelas freguesias de Santa Maria de Avioso e S. Pedro de Avioso, já o percurso de BTT era um pouco mais extenso e passou pelas fregue-sias de Santa Maria de Avioso, Silva Escura, S. Mamede do Coronado, Muro, Alvarelhos e S. Pedro de Avioso. O regresso efectuou-se ao nosso estabelecimento de ensino a meio da tarde. É de louvar o número elevado de participantes nesta actividade, pois os alunos, professores e funcionários, aderiram num número bastante significativo, cerca de 600 elementos da nossa comunidade. Os percursos à ida foram diferenciados culminando no parque, onde todos partilharam do espaço verde para fazerem um piquenique e conviverem. Esta actividade contou com o patrocínio da Lactogal e da Pedalar. Também a GNR deu uma ajuda preciosa, regulando o trânsito em determinados locais por onde passámos.

Silvina Pais (PQND - Representante do grupo

de Educação Física)

Desporto escolar

O Desporto Escolar, na “nossa escola”, atingiu o seu ponto auge, no início deste período lec-tivo, com imensos encontros entre os diversos Grupos/Equipas. As equipas que represen-tam a nossa escola no Desporto Escolar são as seguintes: Ténis Feminino, orientado pelo profes-sor Paulo Jorge Carvalho, no escalão de Iniciados; Futsal, dirigido pela professora Teresa Alves, no escalão de Juniores Masculinos; Danças Sociais, com a professora Isabel Manada, no escalão dew Vários/Misto e por último, Voleibol Feminino, com o professor Mário Lopes, no escalão de Juniores.

De salientar e destacar (…) o excelente desempenho da equipa de Ténis Feminino da es-cola, que nos dois torneios em que participaram, um na Quinta da Gruta e outro no CLIP-Por-to, contabilizaram outras tantas vitórias, quer a nível individual, quer a nível colectivo. (…)

De registar ainda, o brilhantismo com que o grupo/equipa de Voleibol Feminino, orientado pelo professor Mário Lopes, conseguiu ultrapassar a primeira fase da competição, obtendo vitórias expressivas em todos os jogos dis-putados, encontrando-se apurado para a fase seguinte da prova, com os primeiros classificados do CAE do Porto.

MeGasprINterRealizou-se no passado dia 24 do mês de Março de 2007, na Pista Municipal da Maia, o Megsprinter. Esta prova de atletismo consistiu num teste de velocidade máxima (40 metros), com o objectivo de apu-rar os 2 alunos mais rápidos, em cada escalão e sexo de todas as escolas da região norte do país.

De salientar que para chegar a esta fase regional era necessário que anteriormente tivesse existido uma fase de escola. Esta fase foi realizada na nossa escola no dia 14 de Março, onde à imagem da prova anterior se apuravam também os 2 alunos mais rápidos em cada escalão e sexo, em cada uma das escolas participantes neste projecto, que é apadrinhado pela Federação Portuguesa de Atletismo (…)

Paulo Jorge Carvalho (PQND - Coordenador

do Desporto Escolar)

prova De orIeNtação

O Grupo de Educação Física, em conjunto com a turma do 11º H, Curso Tecnológico de Desporto, organizou no passado dia 21 de Março uma prova de orientação no Parque Municipal de S. Pedro de Avioso, destinada a todas as turmas do décimo segundo ano. Participaram 120 alunos divididos em 19 equipas. A prova teve início cerca das 10 horas e terminou por volta das 12h 30m. Deste modo, os alunos puderam por em prática os seus conhecimentos adquiridos nas aulas de Educação Física num espaço natural e consequentemente mais atractivo. É de salientar o empenho na competição por parte dos alunos e o balanço desta actividade foi bastante positivo. Quanto aos resultados, passamos a referir os três primeiros classificados:

1º lugar – “Quase 9” (12º D); 2º lugar – “Sparkamus” (12º D); 3º lugar – “MB” (12º G). Esta actividade contou com o patrocínio da Lactogal e da

Pastelaria S. Marcos (pastelaria que fornece a nossa escola).

CAMINHADAE PASSEIO DE BTT

d e s p o rto e m a c ç ã o

16 SomoS Jornal | JUNHO 2007

Page 9: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Área de Projecto de InformátIca 12ºano

no geral, a disciplina de área de Pro-jecto no 12º ano representa um espaço curricular próprio para que alunos e professores criem oportunidades que aproximem a escola da comunidade e da sociedade em que esta se inse-re. constitui uma oportunidade para os alunos conhecerem e reflectirem sobre os problemas sociais, eco-nómicos, tecnológicos, científicos, artísticos, ambientais e culturais de forma integrada, criando condições para investigar, utilizar metodolo-gias sistemáticas e rigorosas que os sensibilizem para as diversas formas de construção do conhecimento.

de facto, em área de Projecto de Informática os alunos (21 alunos das turmas 12ºa, 12ºB e 12ºd) têm a oportunidade de adquirirem

competências variadas relacionadas com as tecnologias de Informação e comunicação. foi neste intuito que, no início do corrente ano lectivo, os alunos propuseram elaborar um bo-letim informativo da disciplina, que mensalmente informasse a comuni-dade escolar sobre a evolução dos vários projectos. todos os meses cada grupo de trabalho elabora uma notícia relacionada com o seu projecto, e todos os meses é atribuída a tarefa da compilação do Boletim Informativo a um grupo diferente. este grupo deve recolher as notícias e organizá-las pelo espaço do Boletim, juntamente com imagens e outras informações importantes sobre a evolução das tIc. a divulgação do Boletim In-formativo é feita via e-mail para professores e alunos da escola, através do Portal da educação e

são afixados exemplares do Boletim na Sala de Professores, Polivalente e Bloco a. esta actividade paralela aos projectos dos alunos promove a ex-ploração da expressão escrita, cria-tiva e crítica sobre a evolução dos projectos, fornecendo informação actualizada sobre as seguintes te-máticas: robótica, domótica, arte digital, Literacia digital, Perigos da Internet e Hardware e Software. Para mais informa-ções sobre o trabalho desenvol-vido pelos grupos de trabalho consultem os blogs de grupo e não percam as sessões de apresentação dos projectos e dos produtos finais no dia 24 de maio, na nossa es-cola! (Ver última página).

Rute Ribeiro (PQZP)

Palestra sobre robóticaNo dia 15 de Fevereiro, pelas 15:30, no Polivalente, o Doutor luis Paulo reis do Núcleo de Inteligência Artificial e robótica da FeUP (Faculdade de engen-haria da Universidade do Porto) falou-nos sobre robótica, a convite do grupo de informática. o objectivo da palestra foi sensibilizar os alunos para uma das variadas áreas de aplicação das tic - a robótica - e dar a conhecer alguns dos projectos de investigação da FeUP.

o Doutor luis reis fez-se acompan-har de cães robô aibo, produzidos pela sony, que mostraram os seus dotes dançarinos e malabaristas. este tipo de robôs tem participado em campeonatos mundiais de futebol robótico e a FeUP tem se destacado positivamente, tendo ganho recentemente o robocup 2006 World champions, na alemanha. estes simpáticos “animais” são computadores com instruções em memória que respon-dem (através da sua inteligência artificial) a vários estímulos vindos do exterior.

Para mais informações:

http://paginas.fe.up.pt/~lpreis/

Rute Ribeiro (PQZP)

tens gosto pela investigação? tens gosto

pela descoberta? consulta -

http://pt12g.no.sapo.pt/

e e terás uma ideia dos trabalhos

desenvolvidos pelo 12ºG na Disciplina

de Projecto tecnológico do curso

tecnológico de informática. Visita-nos ...

camInHadae PaSSeIo de Btt

i N F o r m á t i c a e m a c ç ã o

JUnHo 2007 | SomoS Jornal 17

Projecto Tecnológico do 12ºG

Page 10: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

AcrósticoEntre vales e montesCerto homem destaca-se pelas suas palavrasAlegres, cínicas, românticas, realistas mas sempre comoventes.

De postura firme e pena na mãoEscrevia até que lhe doesse a alma e coração.

Quando escreviaUma magia fluía pelos seus gestosEnriquecendo as suas obras como se a mundoImaginário nos levasse.Revoltado, lutava contra osOportunistas que queriam fazer da poesiaSomente uma arte sem valor.

André Gomes, 11ºD

Comentário

A visita de estudo realizada à casa de Tormes, em Vila Nova, foi, sem dúvida, uma das experiências mais agradáveis e importantes da minha vida de estudante, na medida em que me proporcionou a oportunidade de contactar directamente (sem ser através de textos ou imagens) com a realidade que, em tempos, envolveu e inspirou um dos maiores génios da literatura portuguesa: Eça de Queiroz.

Na verdade, nunca imaginei ficar tão maravilhada logo à entrada da famosa Quinta da Vila Nova, em torno da qual imperava uma paisa-gem majestosa e encantadora. O ar puro e fresco da serra acariciava-me a face à medida que caminhava em direcção à casa, e, à volta, as flores, com os seus magníficos perfumes, os campos, com diversas tonalidades de verde, e os pássaros, com os seus cânticos suaves, pareciam dar-me as boas vindas. O meu entusiasmo crescia a cada passo. Não conseguia deixar de pensar como era emocio-nante fazer o mesmo percurso que Eça terá feito tantas vezes, enquanto pro-curava, na beleza e serenidade cam-pestres, pensativo e sonhador, ideias para expandir o seu mundo literário.

Em relação à casa, fiquei bastan-te satisfeita por verificar que o seu aspecto, simples e modesto, corres-pondia ao que eu tinha imaginado, pois isso demonstra, na minha opi-nião, que não foi preciso Eça viver rodeado de luxo e de riqueza para se tornar num escritor brilhante, o que enaltece ainda mais a sua figura.

Quanto a mim, o que é certo é que, ao atravessar novamente o portão da Quinta da Vila Nova e voltar-me para observar mais uma vez a sua paisagem imponente, compreendi que, realmen-te, só uma alma tão nobre e grandiosa como a de Eça merecia habitar na-quele paraíso escondido entre serras.

Ana Renata Guedes, 11º D

Visita de Estudo a Instalações Desportivas

V i s i ta d e e s t u d o a to r m e s

18 SomoS Jornal | JUNHO 2007

No dia 21 de Abril, as turmas H do 10 e 11ºs anos do Curso Tecnológico de Des-porto, na companhia dos professores Sil-vina Pais e Eduardo Silva, realizaram uma visita de estudo no âmbito da disciplina de Organização e Desenvolvimento Despor-tivo a várias instalações desportivas nas cidades de Braga e Guimarães. Em Braga, visitaram o Estádio Municipal de Braga e em Guimarães o Pavilhão Multiusos, o Complexo Desportivo do Vitória Sport

Clube e o Estádio D. Afonso Henriques.Um dos aspectos interessantes desta visita é o facto de hoje em dia já se ter alguns cuidados ambientais na construção des-tes espaços. Assim, no Estádio de Braga, faz-se o reaproveitamento das águas da chuva assegurando, deste modo, cerca de 90% das necessidades anuais. Quanto ao Pavilhão Multiusos, um dos pavilhões está construído de modo a só ser alimentado por luz artificial com o cair da noite. Estes

cuidados são cada vez mais importantes a ter em conta na construção, não só das ins-talações desportivas, como na construção em geral, pois assim pode-se poupar, não apenas, nos custos da manutenção, como também o nosso Planeta Terra.

Silvina Pais (PQND – Representante do grupo

disciplinar de Educação Física)

Page 11: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Ao longo do 2.º Período, na Biblioteca, a activi-dade continuou… Na leitura presencial – nor-malmente para pesquisa ou estudo – e nas mais de 150 requisições domiciliárias por mês (de monografias, periódicos, CDRom, CDÁudio ou DVD/vídeo), nota-se sempre um acréscimo de afluência na época dos testes e da elaboração de trabalhos. A taxa de utilização dos computadores continua próxima dos 100%, independentemente da época.

Ao nível do tratamento documental, conti-nuamos a catalogação das obras e em breve co-meçaremos a colocar as etiquetas nas lombadas. A interrupção lectiva da Páscoa foi aproveitada para a renovação da sinalética dos assuntos das estantes, com a respectiva notação da C.D.U. (a Classificação Decimal Universal, que atribui um número a cada assunto e que, como o nome indica, é válida em Portugal como em qualquer outro país).

Quanto às actividades de animação, destacam-se o Concurso Lê e Escreve, (…) a exposição de trabalhos realizados nas aulas de Educação Visual (…).

O nosso acervo documental tem vindo a en-riquecer-se com as aquisições proporcionadas pelo S.A.S.E. de acordo com sugestões de alunos, professores e funcionários e também com ofertas várias: o Bruno Moreira, do 7.º A, a Joana Freitas, do 12.º E, a Marília, do 9.º B, a Sra. D. Augusta e a Associação de Pais ofereceram obras de es-tudo ou lazer, que muito agradecemos porque vão contribuir para o enriquecimento cultural da nossa comunidade escolar. Alguns professores têm também oferecido manuais escolares para apoio ao estudo.

Recebemos a visita da Sra. Dra. Emília Pinho, representante da Rede de Bibliotecas Escolares, que apreciou a disposição e organização do es-paço, a diversidade dos documentos e a taxa de frequência da BE, tendo deixado algumas suges-tões que estamos a tentar pôr em prática. Também temos trocado experiências com outras Bibliotecas Escolares nas reuniões de coordenadores da RBEP (Rede de Bibliotecas Escolares do Porto) e do S.A.B.E. (Serviço de Apoio às Bibliotecas Esco-lares) da Biblioteca Municipal da Maia.

Na página da nossa Escola no Portal da Edu-cação, a informação sobre a Biblioteca está agora mais acessível a partir do menu da página inicial, graças ao trabalho do professor Paulo Montei-ro; em breve funcionarão as hiperligações que hão-de permitir aceder a listas de sites úteis e a sugestões práticas sobre pesquisa e apresentação de trabalhos.

Nos últimos tempos deparamo-nos com dois tipos de problemas: a falta de espaço, devido à exiguidade das nossas salas e estantes para os documentos que vamos adquirindo, e a falta de condições de trabalho para quem quer realmen-te estudar ou ler em silêncio, visto que alguns alunos que frequentam a biblioteca em O.E.A. nem sempre se comportam de forma adequada. Gostaríamos de poder contar com o contributo de todos para melhorar o serviço da Biblioteca Esco-lar, ajudando-a a desempenhar cada vez melhor o seu papel estruturante na (in)formação de todos os seus utilizadores. Se quiserem deixar críticas, sugestões ou outros comentários à BE, escrevam para [email protected]!

A Equipa da BE

Na Biblioteca

JUNHO 2007 | SomoS Jornal 19

Page 12: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

O GAAF destina-se a todos os alunos que procuram ajuda e que solicitam um apoio diferente dentro da comunidade escolar. Este gabinete surge no âmbito do Pro-jecto de Mediação Escolar, sedeado no SOS-Criança, cuja entidade promotora é o Instituto de Apoio à Criança (IAC). O IAC é uma instituição particular de solidariedade social fundada em 1983 e trabalha em defesa e promoção dos direitos da criança.

O Projecto de Mediação Escolar sur-giu, a partir das solicitações e denúncias apresentadas à linha do SOS Criança e que se referiam a situações vivenciadas no espaço escolar. O Projecto de mediação Escolar baseia-se num trabalho de parceria e funcionamento em rede procurando uma abordagem sistémica das problemáticas que afectam a vida da pessoa do aluno. Este projecto, operacionaliza-se através da criação de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família que assumem como finalidade

responder às necessidades do aluno nas suas dimensões pessoais, escolares, fami-liares e comunitárias. Deste modo o GAAF tem como objectivos: prevenir o abandono escolar, o absentismo, a violência, detectar comportamentos de risco, ajudar o aluno a lidar com alguns conflitos, problemas, ex-pectativas e apoiar o processo de aprendiza-gem e de integração na escola. Colocando o aluno como o “principal actor dentro da escola” os técnicos procuram, através do aluno, estabelecer uma ligação entre a es-cola, a família e a comunidade, trabalhando sempre em parceria com outras entidades dentro e fora da escola. O GAAF baseia o seu trabalho numa abordagem individual e informal do aluno, intervindo através da criação de uma relação estável, de con-fiança e empatia com os alunos e partindo daí para todos os outros contextos de vida.

O Gabinete realiza a mediação esco-lar com base no princípio de que se pre-vinem as consequências dos problemas actuando sobre as suas causas.

O Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) é um gabinete onde o aluno, a sua família, a escola e a comuni-dade em geral poderão encontrar sempre alguém com quem partilhar, reflectir e encontrar estratégias de intervenção mul-tidisciplinares.

Susana Borges

No âmbito do Clube Europeu e da disci-plina “Área de Projecto”, o grupo “Prá-tica Social” do 12º E realizou, no dia 17 de Abril do ano corrente, um torneio de basquetebol em cadeira de rodas. O ob-jectivo da concretização desta actividade consistiu na sensibilização da comunida-de escolar para a realidade das pessoas portadoras de deficiência. Na promoção do torneio, o grupo organizador contou com a ajuda da Câmara Municipal da Maia (através do transporte do material

necessário e de um ajudante) e da APD (Associação Portuguesa do Deficiente), a qual forneceu 10 cadeiras de rodas e nomeou um dos seus membros, o Sr. Serafim (veterano da Associação), para ajudar na concretização da actividade. O evento decorreu entre as 14:30h e as 15:30h, no pavilhão gimnodesportivo da escola EB 2,3 do Castêlo da Maia. As equipas, constituídas por alunos e um professor da nossa Escola, eram com-postas por 5 elementos cada. Antes do

início do torneio, os participantes tiveram uma pequena preparação, a cargo do Sr. Serafim, na qual este ensinou as regras do jogo e explicou como jogar em cadeira de rodas. O acontecimento contou com uma imensa plateia, composta por alunos e professores da nossa escola e da escola E.B. 2,3 do Castêlo da Maia. No final do torneio, todos os presentes aplaudiram o nosso “herói” (o Sr. Serafim), que nos demonstrou que ser deficiente é ser capaz!

Grupo de “Prática Social”, 12º E

e s c o l a s e c u n d á r i a d o c a s t ê l o d a m a i a

GAAF Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família

No dia 22 de Março de 2007 decor-reu na escola o Dia das Ciências com várias iniciativas, a saber, workshops de informática, campeonato de jogos matemáticos e de astronomia, labora-tórios interactivos de física, química e biologia e exposições. Os alunos

do 4º ano de escolaridade de várias escolas circundantes participaram nesta iniciativa, tendo interagido com as ex-periências nos três laboratórios e parti-cipado nos workshops, sob a orientação dos alunos da nossa escola e de alguns professores. A organização desta ac-

tividade implicou um envolvimento dos alunos da nossa escola, não só na dinamização das mais diversas expe-riências e nos jogos didácticos, mas também na preparação dos espaços, tendo-se conseguido mobilizar grande parte da comunidade educativa.

DiA DAS CiênCiAS

Basquetebol em cadeira de rodas

Page 13: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Simbologia Pág.8

Saúde Pág.9

A Poluição Pág.12

Desportos aquáticos Pág.13

Autoras Sara Sousa, Ana Maia, Sara Silva e Alexandra SousaGrupo C, 12º CÁrea de Projecto Química

JUNHO 2007 | SomoS Jornal

S U P L E M E N T O

Page 14: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Em química:líquido incolor, transparente, inodoro e in-sípido, composto por moléculas formadas por dois átomos de hidrogénio e 1 átomo de oxigénio, quando quimicamente pura.

O que é a água?

A água é um elemento essencial à vida e como sabemos só uma quantidade mui-to limitada se encontra em condições de ser utilizada pela população. Ao longo dos anos muitos países têm vindo a entrar em conflito por causa de água, tendo sido escrito em 1995 um relatório pelo Banco Mundial, onde se podia ler que “as guerras do próximo século serão por causa de água e não por causa de petróleo ou política”.

Actualmente, aproximadamente 250 milhões de pessoas, em 26 países, sofrem com carência de água permanente. Estima-se que em 30 anos este número irá para os 3 milhões de pessoas em 52 países. Durante essa época países situados no Médio Oriente e na África, que já sofrem com escassez de água, vão ver reduzida a cerca de 80% a pouca quantidade de água já disponível.

A população chinesa é outra das que mais sofre com a falta de água, devido em grande parte, ao enorme crescimento po-pulacional e à procura desta pela indústria e pela agricultura. A procura mais acentuada

verifica-se na agricultura, onde é gasta cerca de 85% de água, ficando somente 8% para a indústria e apenas 7% para o uso doméstico.

Das 500 cidades chinesas, 300 são ca-racterizadas pela carência de água. Dia-riamente, aproximadamente cerca de 80 milhões de chineses percorrem mais de 1.5 km, para conseguirem a água neces-sária, para sobreviverem. A China não é o único país que sofre com a privação de água, outros como o Chile, a Argentina, o Noroeste do México, o oeste dos Estados Unidos e muitos países africanos, padecem do mesmo mal.

Não é demais lembrar que embora ainda não exista uma situação em Portugal tão deplorável como nestes países, é necessário tomar medidas para que não se chegue a este extremo e para que não venhamos a ter, num futuro próximo problemas tão sérios e graves. É necessário prevenir o problema e não deixá-lo aparecer e tentar resolvê-lo depois, pois já poderá ser: tarde demais.

A água e o mundo

Simbologia

Desengane-se quem pensa que a água tem como único objectivo servir para a nossa alimentação, para a nossa higiene diária, ou para o nosso lazer. Muito pelo contrá-rio, a água é um dos símbolos mais importantes de todas as culturas e religiões, tomando em cada um deles diferentes sentidos.

Eis alguns exemplos: a Grécia e outros países do mundo admitem a existência de quatro elementos, sendo eles: o ar, a água, a terra e o fogo. Nestes países a água assume a importância de ser o elemento pri-mordial de um ciclo evolutivo; em alguns países asiáticos, a água é vista como uma fonte de vida, de fertilida-de, força e pureza tanto para a alma, como para o corpo; nas religiões judaica e cristã, esta é vista como o símbolo de uma mãe, estando liga-da à alegria da vida, ao casamento,

à família, ao amor e à fertilidade; nas filosofias de iniciação maçó-nica, a água é reconhecida como o terceiro elemento. Era sinónimo de emotividade e sensibilidade. Nesta filosofia a água é considerada um estádio de evolução espiritual que antecede a realidade divina sólida que é representada pelo elemento terra; por último no Zodíaco, a água é o elemento ao qual pertencem os signos de Caranguejo, Escorpião e Peixes, transferindo-lhes emoção e sentimento, transformando-os em seres humanos generosos e com-preensivos.

Por este e outros motivos de-vemos fazer o que nos é possível para a proteger, pois este elemento tem grande importância tanto para a vida física, como para a psicológica estando ligada aos nossos costumes e às nossas crenças.

Nome: H2O

Aniversário: 22 de Março

Quantidade no Mundo:Água salgada: 97,5%Água doce: 2,5%

- Gelo ou glaciares: 1,76%- Disponível para consumo: 0,74%

Estados: Sólido: Água da neve, gelo, granizoLíquido: Mares, rios, águas subterrâneas, da chuva, do orvalhoGasoso: Vapor de água

Ponto de ebulição: 100ºPonto de Fusão: 0º

Em biologia:parte líquida da Terra, presente nos oce-anos, nos mares e em alguns lagos (água salgada) e nos rios, nos poços, nas fontes etc. (água doce), Hidrosfera.

DiCiONÁriO VErBO LíNGUA POrTUGUEsA

08 SomoS Jornal | JUNHO 2007

H2O

Page 15: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

“Salum Per aquam” (SPA)

AlimentAçãoSe as chaminés das fábricas estão regis-tadas no inconsciente colectivo como si-nónimo de poluição, ou as águas escuras dos rios como sinal de lançamento de dejectos orgânicos e industriais nestes, o mesmo não se pode dizer da poluição invisível que acompanha os alimentos.

ao comprar uma maçã, por exemplo, é impossível detectar o banho de 60 pesticidas que esta leva antes de chegar à nossa mesa. Se por um lado reconhece-mos os produtos orgânicos pelo selo de certificação, nos rótulos dos alimentos cultivados através da agricultura con-vencional, não consta todos os produtos químicos utilizados.

as frutas e legumes possuem alto teor de água e deveriam predominar na nossa dieta. a água desses alimentos é importante para a nutrição e limpeza do organismo, transportando os nutrientes para todas as células do corpo e promo-vendo a desintoxicação.

De acordo com um estudo em Ingla-terra, é possível medir a poluição dos países através da análise de manteiga. este estudo defendia que os PCBs (bi-fenilas policloradas), dioxinas e alguns pesticidas transportadas pelo ar eram depositados nas pastagens que serviam de alimento para as vacas. Desta forma, uma vez que a manteiga é constituída por 80% de leite e sendo na gordura dele que os poluentes se acumulam, analisando as características desta é possível detectar o nível de poluição da

região.assim, deduz-se que a poluição envolve-nos independentemente da nossa percepção dela, o que leva a que esta interfira com a nossa alimentação e consequentemente provoca distúr-bios no nosso organismo, cabe-nos fazê-la parar!!!

entende a importância de beber água! a tua saúde vai mudar, pois muitos dos problemas que sentes poderão desapare-cer, somente por ingerires a água que o organismo necessita…

Não consumir água suficiente poderá ser tão prejudicial ao coração de uma pes-soa quanto fumar, já que beber um elevado volume de água actua no sentido de afinar o sangue, diminuindo o risco de coágulo, daí a diminuição significativa do risco de doença cardíaca. estudos demonstram que homens saudáveis que bebiam 5 ou mais copos de água durante o dia tinham uma redução de 54% de risco de doença cardíaca fatal, quando comparado com os que bebiam apenas 2 copos de água. Já as mulheres que consumiam 5 copos de água diários reduziam tal risco em 41%.

a água actua no nosso organismo eli-minando venenos e toxinas produzidas. Para que esta tarefa seja feita de forma satisfatória necessitamos de ingerir cerca de 2 a 4 litros de água, no seu estado mais puro, pois, caso a água fornecida ao nosso corpo não esteja devidamente tratada, as toxinas ficarão retidas na pele formando resíduos incrustados, deixando-a seca, áspera e vulnerável ao ataque de agentes externos. Tal acumulação de agentes tó-xicos poderá desencadear o aparecimento ou o agravamento de males como artrite, cálculos renais, diabetes, obesidade, perda de audição e outras incontáveis disfun-ções. De acordo com o adágio popular,

a diminuição da quantidade de água à medida que envelhecemos é visto como um processo de secagem.

Para saber se a quantidade de água que tomas é suficiente, basta atentar sobre dois aspectos: a quantidade de urina eliminada e a cor da mesma. quando a quantidade de água é suficiente, a urina é eliminada em grande quantidade e numa tonalidade clara, quase transparente como água.

mas, como beber água? Devemos in-gerir água ao longo do dia, mesmo que não tenhamos sede. O ideal seria não a beber junto das refeições, pois atrapalha

a digestão, sendo benéfico bebe-la meia hora antes e uma hora após as refeições. Para que não te esqueças de a beber, co-loca-a ao teu alcance.

mas porquê água? a substituição da água por bebidas alternativas nem sem-pre é vantajosa como forma de re-hi-dratação. Na verdade, a ingestão desses líquidos poderá estar a sobrecarregar, “poluindo” o nosso organismo, em vez de contribuir para o limpar e o hidratar de forma saudável.

a importância dos recursos hídricos na saúde pública é um dado já conhecido

desde a antiguidade clás-sica, actualmente conhe-cido como recurso termal. esta designação é devida ás propriedades medici-nais na água, cuja tempe-ratura ultrapassa os 25º Celsius. É de realçar que estas águas necessitam

de manter as respectivas propriedades contra a possibilidade de poluição, visto não poderem sofrer qualquer tratamento sob pena de lhe ser alterado o respectivo quimismo. Os mais antigos registos da utilização da água em banhos e abluções datam 4000 ano a.C., na Índia, tendo adquirido, mais tarde, com os povos nó-madas dos desertos, grande importância, assumindo aspectos de normas religiosas a serem cumpridas.

a água é um bem do presente e do futuro…

Não abras mão do ambiente!

JuNHO 2007 | SomoS Jornal 09

Page 16: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Apesar de ser conhecido como um rio muito poluído, que não traz nenhum be-nefício à população, a não ser servir de depósito de lixo, o Leça tem um papel importante junto de uma minoria. Em Alfena, a população decidiu desviar o Leça, para que este passasse entre as casas. Assim, o rio é utilizado para benefício da população, apesar de não ser nada saudável para o próprio. Neste local as pessoas, principalmente as mais velhas utilizam

Pode-se dizer que a Etar de Parada é uma das Etar’s mais importantes do nosso país, já que foi a pioneira na transformação das lamas que resultam do tratamento das águas. Enquanto que noutras Etar’s, as lamas são enviadas para aterros, aqui são transformadas em correctivo agrícola orgânico, popularmente designado de fertilizante.

Parada recolhe todas as lamas do con-celho da Maia, excepto da Etar de Ponte Moreira, uma vez que estas possuem uma grande concentração de metais pesados. Neste caso são enviadas para um aterro de resíduos perigosos.

Em termos gerais, uma Etar, não tem co-mo objectivo transformar uma água poluída numa água potável, mas sim transformá-la numa água límpida, despoluindo-a ao máximo, para que os níveis de poluição sejam compatíveis com o meio receptor. O objectivo é que os ecossistemas existentes nesse meio receptor consigam degradar a matéria orgânica que ainda se possa encon-trar nessa água.

As águas que chegam às Etar’s são de origem doméstica e industrial. Enquanto que as domésticas vêm directamente para as Etar’s, as que advêm das indústrias, são obrigadas a passar por um pré-tratamen-to ou um tratamento total, antes de serem descarregadas nos colectores municipais, pois possuem metais pesados, como zinco e crómio, toxinas e substâncias inflamáveis, prejudiciais aos microrganismos presentes

nos tanques de arejamento, que são res-ponsáveis pela despoluição da água. Como a parte biológica é a mais importante no tratamento, tem-se que ter um cuidado extra, para não enviar para esses tanques materiais perigosos. A alimentação desses microrga-nismos está dependente da matéria orgânica presente nas águas, pois não se adiciona nenhum outro tipo de substrato para os alimentar. Esse alimento é constituído pelas designadas moléculas grandes, das quais fazem parte, os lípidos, as proteínas e os hidratos de carbono, que ao serem degrada-dos pelos microrganismos transformam-se em nitratos, sulfatos, fosfatos, ou seja em moléculas mais pequenas.

Nenhuma Etar está dimensionada para tratar as águas dos rios. Como a Etar de Parada se encontra numa das margens do rio Leça, esta vê-se obrigada a fechar, na altura das cheias. Nessas alturas, as águas são enviadas directamente para o rio sem tratamento. Nestes casos, quando a Etar está parada mais que uma hora, é obrigatório alertar a direcção regional do Ambiente, pois trata-se de um procedimento perigoso.

Concluímos então, que as Etar’s têm um papel fundamental para a despoluição dos rios, evitando a sua contaminação; concluí-mos também que a Maia, é uma cidade muito evoluída em questões ambientais, uma vez que foi a primeira a criar uma estação de tra-tamento de águas residuais que tem integra-do, um centro de transformação das lamas.

Etar de Parada

Apesar de ser muito massacrado e humi-lhado, o Leça é um rio muito especial, uma vez que possui, ao longo do seu trajectos, vários mecanismos naturais que funcionam como meios de despoluir o rio. Estes mecanismos são muito pare-cidos com as cascatas que se observam por vezes na televisão nos grandes rios mundiais.

Em ponto mais pequeno mas igual-mente belas. Estas encontram-se espa-lhadas ao longo do rio e vão travando a descida de poluentes, no entanto, perto de Ermesinde, estes mecanismos são completamente inúteis, pois a poluição é imensa. No entanto, um pouco depois da nascente, existem belas cascatas, que ainda não sofreram com o efeito da poluição.

Por isso se querem continuar a ter e a ver paisagens naturais agradáveis e belas, evitem poluir ainda mais os nossos rios. O Leça é só um exemplo de rios Portu-gueses que têm um encanto especial, mas

Despoluidor Natural

no entanto são desprezados e até mesmo esquecidos devido ao seu aspecto. No en-tanto os rios só têm esse aspecto devido à população. Por isso é necessário “cuidar “ do aspecto dos nossos rios.

esta fracção do rio para lavar a roupa. No entanto, as quantidades de sabão, lixívia entre outros produtos utilizados para o tratamento das roupas, apesar de serem em pequena quantidade com o passar dos anos vai transformar aquele troço de rio num local desagradável, tanto em termos visuais como olfactivos.

Por isso, habitantes de Alfena protejam a vossa parte do rio enquanto nós tentamos proteger a nossa.

10 SomoS Jornal | JUNHO 2007

Ó povo que lavas no rio

Page 17: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Rio LeçaO rio Leça nasce na Aldeia do Redundo, em Monte Córdova (Serra da Agrela), próximo da citânia de Sanfins a uma al-titude de 475metros, apresentando uma bacia de 180km². Ao longo do seu percurso de 43 km passa por Alfena, Ermesinde, Milheiros, Maia, sendo a sua foz o Porto de Leixões, em Matosinhos. É de realçar que os índices de poluição apenas se fazem notar a partir de Alfena, local onde mais intensamente contacta com pessoas…

O rio Leça que, num passado recente, constituiu um significativo bem de usu-fruto comum, quer como principal origem de água para as actividades ribeirinhas (essencialmente a agricultura e a indús-tria), quer como local de recreio e lazer, viu, nas últimas décadas, a sua qualidade

degradar-se significativamente, tendo-se convertido num verdadeiro colector a céu aberto. São vários os factores que limitam a qualidade dos recursos da bacia hidro-gráfica do Rio Leça, como a má qualidade da água, a expansão urbana e a existência de indústrias ao longo das linhas de água. Mas, embora poluído, este Rio ainda é habitado por algumas espécies. Apesar da sua presença pouco conhecida, o la-gostim vermelho habita estas águas, em contrapartida não convêm ser consumido, devido aos níveis de poluição que o meio que habita apresenta.

Apesar de conhecido como um rio ex-tremamente poluído e desagradável, o Le-ça possui também características positivas que o tornam único e atractivo.

O Leça é tudo menos um rio convencional, a começar pela sua nascente. Aliás é um rio que possui duas nascentes: uma nascente de Inverno e outra de Verão.

A de Inverno é uma nascente diferente, pois a água só aparece à superfície quando o lençol freático sobe, em alturas de muita pluviosidade, tornando-a inconstante.

Neste local, a flora não é a que se ob-serva normalmente numa nascente, não existem salgueiros, nem outras árvores

características. Por sua vez, na época de ca-lor, apesar de já não possuir água, este local torna-se muito vivo, com flores, e animais como libelinhas e borboletas (animal que raramente se encontra à beira rio).

A nascente de Verão, pelo contrário é uma nascente típica, com vegetação verdejante.

Esta possui água durante todo o ano sendo utilizada pelas pessoas para uso doméstico.

Uma nascente diferente

ERA UMA VEz UM RIO LíMPIdO...

JUNHO 2007 | SomoS Jornal 11

Page 18: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

Poluição da água Causas, formas e efeitos a poluição da água é um problema mun-dial muito grave que tem que ser tratado com muita seriedade, pois é um problema que afecta a população em geral indepen-dentemente da sua raça, poder económico ou religião. ao longo dos anos foi piorando até que na actualidade é um problema que afecta muitos milhões de pessoas e com o tempo irá afectar muitas mais.

actualmente a percentagem de água po-tável no mundo, encontra-se em declínio. as principais causas desta situação são: o crescimento populacional e a industrializa-ção, uma vez que estas levam a um maior consumo e consequentemente a um maior desperdício de água, e também aumentam os poluentes que contaminam a água; a agricultura, devido ao uso de adubos e pesticidas que são posteriormente arras-tados pela chuva; a indústria petrolífera, por causa dos acidentes em alto mar e da

lavagem de materiais usados nas refinarias, o que leva a descargas de grandes quanti-dades de petróleo para as águas.

Quanto às formas de poluição, podemos considerar quatro formas: a térmica, pro-vocada por descargas de afluentes a altas temperaturas; a química, traduzida pela deficiência de toxicidade e da eutrofização; a física, constituída por resíduos sólidos; por último temos a biológica onde se ve-rifica a elevada concentração de agentes patogénicos e vírus.

É importante salientar que a água é um elemento vital que interage com todo o ecossistema. a poluição hídrica reflecte-se na biosfera, na geosfera e na atmosfera, provocando um desequilíbrio entre sis-temas. em consequência destes factos é nosso dever evitar o desperdício e proteger as fontes de água que ainda não foram contaminadas.

a poluição dos rios é um problema que afecta o nosso planeta desde o início das primeiras civilizações. Grandes civiliza-ções como a da mesopotâmia e da China antiga foram criadas ao longo de grandes rios como o rio tigre e eufrates e o rio amarelo e Yangtse respectivamente.

a poluição dos rios é provocada pelos lixos orgânicos, que incluem as excreções humanas e animais e resíduos provenientes da agricultura. Com o passar dos anos e com o aumento da população e o avanço da tecnologia, nomeadamente com o apa-recimento da indústria, a poluição dos rios não parou de aumentar.

a organização mundial de saúde, em 1961, criou uma definição para a poluição das águas doces: “um curso de água con-sidera-se poluído, logo que a composição ou estado da água são directa ou indirec-tamente modificados pela actividade hu-mana, de tal maneira que a água se presta menos facilmente às utilizações que teria

no se estado natural.” as principais fon-tes poluidoras incluem as águas residuais urbanas, as águas de origem industrial e a água proveniente da agricultura, que transporta adubos, insecticidas e outros tipos de químicos.

Deste modo é necessário tomar uma série de medidas que impeçam o despejo destes poluente para os rios, como por exemplo o envio de águas residuais, indus-triais e agrícolas para centros de tratamen-to, para serem minimamente despoluídas antes de serem enviadas para os rios.

Poluição dos Rios

Tamisaem 1856, o rio tamisa já era um rio poluído, possuindo um odor muito característico e intolerável, o que levou a que se construíssem grandes canos que levavam até próximo do mar os resíduos das cidades circundantes. essa medida provocou um breve benefício para o rio, que deixou de existir por volta de 1900. a partir deste ano a poluição deste rio aumentou sempre até que em 1950, devido às descargas industriais e à poluição térmica das estações de energia, a população já afirmava que o rio se encontrava morto, uma vez que este já não possuía qualquer tipo de vida. o rio encontrava-se num estado lastimável e improdutivo. a água estava muito alterada levando a

que não existisse oxigénio suficiente, o que levou à inexistência de vida. os esforços para despoluir este rio, começaram nos anos 60, com a criação de serviços de tratamento de esgotos e a diminuição de descargas industriais. estas medidas permitiram que o rio se despoluísse gradualmente e por volta dos anos 70, já se começavam a observar salmões e outros tipos de peixe. actualmente pode-se dizer que este rio é dos mais limpos do mundo e um exemplo a seguir por muitos países.

um exemplo a seGuir

12 SomoS Jornal | JuNHo 2007

Page 19: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

CanoagemSão vários os desportos que podem ser praticados na água: é o caso do windsurf, o surf, a natação, pólo-aquático, vela, canoagem entre outros. Cada um destes desportos tem a sua história. Vamos aqui realçar um pouco da história da canoa-gem. Desde muito cedo que o Homem utiliza vários tipos de embarcações, para navegar nos rios, lagos, mares… a pri-meira canoa que se tem conhecimento foi construída pelos índios, no Canadá. estes utilizavam esta embarcação para pescar, caçar e para as guerras que se disputavam entre tribos adversárias. as primeiras canoas que surgiram eram construídas com madeira e ossos e posteriormente revestidas com peles de animais. a ca-noagem começou a ser praticada como desporto a partir de 1840 através do escocês John mac gregor, que percorreu vários rios, inclusive o Rio nilo. Foi também o pioneiro na organização de várias competições na europa. Uns anos mais tarde, neil e Kendall, dois navega-dores ligaram o lago george em nova Iorque à Florida. esta travessia é até hoje uma das maiores travessias que foram realizadas. em Portugal, pode-se dizer que esta modalidade foi introduzida nos anos 30, quando uns espanhóis desceram o rio Douro e deixaram nas instalações da mocidade portuguesa, no porto, uma canoa. Devido à descida dos espanhóis pelo rio, que impressionou os portugue-ses e à presença da canoa, esta associação sentiu-se motivada pela prática desta modalidade que rapidamente se espalhou por todo o país. a Federação Portuguesa de Canoagem, foi fundada em 1979 e actualmente conta com diversas partici-pações em competições internacionais. a canoagem é um desporto que se pode praticar em rios, disponível á maioria das pessoas. É um desporto saudável mas que apela a que existam boas condições de prática, o que implica que os rios este-jam devidamente limpos.

o desporto aquático, hoje em dia, tem ganho cada vez mais adeptos. São conhe-cidos pelo público muitas modalidades, algumas das quais olímpicas, nomeada-mente a natação, a natação sincronizada, o pólo aquático e os saltos para a água.

assim, destacamos: hóquei subaquáti-co, mergulho, natação, remo, surf, biribol,

bodyboard, canoagem, esqui aquático, motonáutica, pólo aquático, saltos, wind-surf. Tal como sabemos, o corpo humano é composto por mais de 65% de água, da qual mais de 60% se encontra dentro das células. Uma má performance de um atleta poderá ser devido a um défice de água, tanto no compartimento intra como extra celular. a condutividade térmica da água, isto é, a velocidade de troca de calor entre

a temperatura do corpo do atleta e da água (piscina, mar, etc) é vinte e quatro vezes maior na água do que no ambiente fora de água. Com isto, quando o atleta se encon-tra dentro da água, a temperatura do corpo iguala-se à temperatura da água bem mais rápido do que fora deste ambiente.

naTaçãoConhecida há muitos séculos, por permitir o movimento da maioria das articulações e dos músculos, a natação é vista como um dos melhores exercícios físicos para o desenvolvimento do homem.

no passado, esta modalidade era usada pelo ser humano como um meio de sub-sistência, nomeadamente na procura de alimento ou como meio de sobrevivência aquando da fuga de predadores.

na actualidade, é vista como uma forma de lazer e um desporto, tendo a possibilida-de de ser usada para evitar o afogamento. É de realçar o seu lado mais sóbrio, no qual esta prática auxilia a investigação da fauna e flora, por cientistas.

existem vários estilos de natação: bruços, mariposa, costas e crawl. É visto

como um desporto de eleição pelas suas vantagens a nível físico e psíquico, pois exercita todo o corpo, não sendo impedida a prática a idosos, crianças ou deficientes. Considerada como uma das práticas des-portivas mais populares em todo o mundo, é aconselhável para a melhoria da postura, para o alívio de dores e de tensões. entre as inúmeras vantagens consequentes da prá-tica da natação, salientam-se as seguintes: assegura a pressão sanguínea baixa, uma vez que o corpo se encontra numa posição horizontal; mantém o ritmo do coração estável, aquando de um esforço contínuo; minimiza os ricos de lesões, ao contribuir para o fortalecimento dos músculos, bem como para o aumento do equilíbrio, para o relaxamento muscular e da coluna ver-

tebral; diminui os espasmos e aumenta a flexibilidade.

o que perturba a harmonia entre a prática de natação e a natureza é a poluição. esta, ao interferir com a água, para além de causar um grave impacto nos animais que a habi-tam, também modifica propriedades deste bem precioso, desenvolvendo um meio repleto de substâncias, por vezes, nocivas à vida humana e por isso impeditivas à prática do desporto. em suma, a natação é uma actividade aquática fundamental no desenvolvimento das qualidades físicas, psicológicas e sociais de todas as pessoas.

DeSPoRToS aquáticos

JUnHo 2007 | somos Jornal 13

Page 20: Jornal ESCM - nº6 - Junho 2007

e s c o l a s e c u n d á r i a d o c a s t Ê l o d a m a i a

SabiaS que...

• O ser humano pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem água?

- Porque é que sentimos sede?

a água que temos no nosso organismo possui uma elevada quantidade de sódio dissolvido.

Quando perdemos líquido através da urina, suor ou ainda na forma de vapor, pela respiração, aumenta

a concentração desse mineral no sangue. o cérebro, ao evidenciar o excesso de sódio, estimula

a produção de certas hormonas, pela hipófise, que desencadeiam a inconfundível e desagradável

sensação de sede.

• a partir de 1950 o consumo de água, em todo o mundo, triplicou.

• Para cada 1.000 litros de água utilizada pelo homem resultam 10.000 litros de água

poluída (ONu, 1993).

• Há 2.000 anos, a população mundial correspondia a 3% da população actual, enquanto a

disponibilidade de água permanece a mesma.

• Proporção de água no corpo humano é igual à do planeta Terra, 70%.

• No nosso organismo os órgãos que apresenta uma maior quantidade de água na sua

composição são os pulmões e o fígado, apresentando na sua composição 86% da mesma.

• O consumo médio de água, por habitante, aumentou cerca de 50%?