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SomosRevista nº5 Escola Secundária do Castêlo da Maia março 2012

Revista ESCM - nº5 - Março de 2012

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SomosRevista, Revista da Escola Secundária do Castêlo da Maia

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SomosRevista nº5Escola Secundária do Castêlo da Maiamarço 2012

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editorial

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aconteceu

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palavras à solta

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fora de portas...

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vale a pena

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pontos de vista

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assim fazia a minha avó... 84

sabias que...

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galeria

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editorial

Educação em 2020, que desafios nos esperam?

Tendo em consideração o documento School’s over: Learning spaces in Europe in 2020: an Imaging exercise on the future of learning, este defende que, num futuro próximo, a escola alargará os seus horizontes, aumentando assim “a sua heterogeneidade e diferença” uma vez que englobará alunos mais heterogéneos entre si (a nível cultural, económico, social) o que levará o docente e as escolas a terem a preocupação e a necessidade de atender a esta mesma diversidade. Neste sentido, este alargamento do processo formativo exige uma reformulação do papel dos objectivos, metas de aprendizagem e competências. Actualmente o nosso sistema de ensino assenta numa matriz muito centralizadora e hierárquica, em que o Ministério da Educação (ME) define currículos (em Portugal, segundo o PISA 2009, as escolas não têm praticamente nenhuma autonomia nos currículos dos alunos), determina as horas da componente lectiva e não lectiva dos professores e está muito presente em quase todas as decisões na medida em que tudo está legislado centralmente. A avaliação das instituições e das pessoas (professores, funcionários) não é excepção; também ela está ancorada num modelo muito normativo, que, embora deixe margem de manobra para as escolas se apropriarem dele, moldando - o à sua realidade, encontra-se ainda num formato muito centralizador, porquanto balizado por uma ampla produção legislativa. Por outro lado, emerge uma nova vaga que coloca uma parte importante da aprendizagem “fora dos perímetros das instituições formais de educação” o que vai obrigar a repensar esta hierarquia, obrigando à necessidade de “formalizar a informalidade” e cedendo terreno a sistemas de referência mais heterárquicos; consideramos que provavelmente esta será uma boa oportunidade para reforçar a autonomia das escolas, deixando que elas implementem os seus projectos, sempre numa lógica de prestação de contas sobre o seu desempenho, tendo como principal objectivo formar indivíduos

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competentes, académica e socialmente. Nesta lógica, a avaliação dos alunos deixará de existir unicamente para testar os conteúdos adquiridos em contexto de sala de aula, passando a ser mais abrangente e globalizadora, tendo como principal objectivo dotar os alunos de competências académicas e pessoais.Perante o exposto, na nossa opinião, deverão continuar a existir objectivos e competências gerais definidas pela tutela, bem como uma parte do currículo deverá ser definida pelo ME de modo a fornecer orientações que uniformizem as competências básicas em cada área curricular e/ou disciplina, ajudando o professor na sua prática, sem, no entanto, lhe retirar o grau de autonomia e de gestão do tempo, tão importantes para uma educação bem sucedida. Este desafio tem tendência a agravar-se com o fim de” one size fits all” na educação, decorrente da personalização da aprendizagem. A “crescente importância da aprendizagem informal” (…) assente numa aprendizagem “fora dos velhos limites dos muros institucionais” e a criação de “redes de aprendizagem alargadas” irão alterar o actual paradigma educativo, na medida em que, contrariamente ao ensino tradicional, no qual o professor era o centro do conhecimento, na aprendizagem informal, a informação não é recebida, exclusivamente, pela transmissão dos conhecimentos, mas o aluno tem de construir, procurar e reflectir sobre a sua aprendizagem. Assim, o profissional de educação deverá continuar a estruturar o processo formativo planeando a sua acção com o intuito de desenvolver competências nos seus alunos, através de situações-problema, tentando ir, sempre que possível, ao encontro das suas necessidades, interesses bem como tendo sempre presente a emergência do investimento no capital humano. Um dos maiores desafios que se vai colocar no domínio da educação nos próximos tempos é a questão da equidade na medida em que sociedades menos equitativas conduzem a sistemas de ensino muito desiguais: será que as escolas irão conseguir atenuar as diferenças da sociedade permitindo casos de sucesso em alunos que à partida estão em desvantagem? Recuperar o atraso de uns e simultaneamente estimular os mais proficientes é, quanto a nós, talvez o maior desafio das “escolas do séc. XXI”.

Diretora da ESCM Paula Romão

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O Dia da Filosofia traz a cada consciência a facticidade do Filosofar, latente em cada ser que pensa e sente.Saramago tem razão quando afirma: “acho que na sociedade atual nos falta filosofia.”Por condição somos todos cúmplices do aprender a pensar, do nascimento à morte. E da potência ao ato, revisitamo-nos dentro e fora de nós, ao longo dos diferentes estádios etários, em cada vida…Aqui, neste dia, nos pequenos textos, diários de bordo, marcadores, fotografias, imagens, o testemunho vivo dos alunos da nossa escola. Não só do ensino secundário, mas também e vincadamente, dos nossos alunos do oitavo ano.É este privilégio de termos em nossas mãos tanto potencial, que nos ressuscita a vontade de repartir saberes, numa entrega feliz, que vai acordando e se vai revelando, na riqueza genuína do aprender a ser…Na verdade, “dentro de nós, há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.” Que o Dia da Filosofia se repita todos os anos, porque”sem ideias não vamos a lado nenhum”.

Professora Marinela Guimarães

O Dia da Filosofia

“Se podes olhar vê, se podes ver, repara” Saramago

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Dia de S. Martinho – Venda de plantas e hasteamento da bandeira verde das Eco Escolas

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No dia 11/11/11, foi feita uma venda simbólica de plantas dos jardins da escola, dinamizada no âmbito do Projeto Jardins com Futuro e integrada nas atividades conjuntas de comemoração do dia de S. Martinho. Todas as plantas vendidas foram enriquecidas com quadras alusivas a este dia festivo, realizadas por alunos de diferentes turmas, em parceria com o Clube de Línguas. A verba apurada será destinada a apoiar alunos carenciados da nossa escola. Esta atividade permitiu sensibilizar todos para a importância da preservação de plantas que serão alienadas no processo de construção da nova escola. Contou, ainda, com a prestimosa colaboração de quatro alunas do 9º B (Beatriz, Carlota, Catarina e Sofia).Aproveitando esta comemoração tão alargada e na sequência do empenhamento da comunidade educativa da nossa escola pela defesa do ambiente, nela e fora dela, foi hasteada a bandeira verde – galardão - atribuída pelas Eco Escolas, pelo trabalho desenvolvido nesta temática ao longo do ano letivo transato. Realça-se o envolvimento mais ativo dos alunos das então turmas do 10ºC e 11ºF, da Chefe dos serviços administrativos, D. Isabel Serôdio, da agente operacional D. Fátima Mandim e da nossa Direção. Professores Helena Fernandes e Nuno Gomes

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Na troca direta dum bem por outro não é utilizado qualquer outro meio intercalar ou dinheiro, não existindo qualquer mediação monetária. Nos tempos mais remotos, com a fixação dos homens à terra (sedentarismo), surgia a primeira manifestação de comércio: o escambo, que consistia na troca direta de mercadorias (cada uma das partes interessadas entrega à outra um bem ou serviço para receber da outra parte outro bem ou serviço sem que um dos bens seja moeda) como o gado, sal, grãos, pele de animais, cerâmicas, cacau, café, conchas, ajuda nos serviços agrícolas, conserto de calçado, …. (moeda-mercadoria). Quando as populações começaram a especializar-se nas suas atividades passaram a produzir mais do que aquilo que consumiam, o que lhes permitiu trocar entre si produtos diferentes. À medida que a especialização aumenta surgem excedentes de produção usando o bem intermédio, a moeda, para proceder às trocas (troca indireta).Apesar da monetização da sociedade moderna, o escambo continua a fazer parte do nosso quotidiano - quando um amigo conserta o seu computador em troca de um outro serviço qualquer, como por exemplo, uma boleia ou mesmo o

empréstimo do veículo para passear. Acresce que esta prática, do escambo, tem vindo a revitalizar-se com a Internet, através de sítios para troca on-line de mercadorias e serviços. No facebook, há o aplicativo INIO (I need, i offer) que permite aos usuários listarem os produtos e/ou serviços que oferecem e os de que necessitam e, dessa forma, verificar as coincidências para realizar as trocas. O blog “Escambo Fashion” organiza em Campo Grande, frequentemente, encontros em bares para realizar as trocas. No site “Economia Viva” há outra sugestão de organização que utiliza moedas solidárias. Outro dos exemplos de troca direta é o “Banco do Tempo”, tão presente nos nossos dias. É um espaço para troca de produtos, serviços e saberes sem o uso de dinheiro, de uma forma solidária e promovendo a cooperação em vez da competição, ficando resolvidos os problemas das duas partes sem qualquer custo para ambos. Em diversas regiões do globo, as trocas diretas de géneros, objetos e utensílios de trabalho continuam a ser prática corrente. Historicamente, é ainda habitual o escambo readquirir importância em épocas de crise económica e de inflação, quando o dinheiro perde grande parte do seu valor.

Troca direta

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Relacionando os objetivos do Clube “Economia Doméstica” com os anos de crise que Portugal, a Europa e o Mundo estão a viver, as responsáveis pelo projeto decidiram pôr em prática os usos mais antigos da nossa história para que todos nós possamos recordar as dificuldades vividas e ultrapassadas, ao longo dos tempos. Impõe-se a pergunta - por que não havemos de conseguir desta vez? É agora que as sociedades estão melhor preparadas para enfrentar os desafios e as mudanças constantes a que nós, cidadãos do mundo, assistimos todos os dias. Há que pensar global mas agir local. Foi por isso que, no âmbito do Clube, realizámos, na escola, no passado dia onze de novembro, a feira de troca direta e planeámos para o segundo período a atividade “Banco do Tempo”. A Feira de Troca Direta foi um espaço de aprendizagem e de convivência para os nossos alunos, visto que nela foi possível aprender e compreender estratégias de solidariedade onde foi trabalhada e estimulada uma ideia inovadora, lúdica, mas ao mesmo tempo pedagógica, com o objetivo da prática da economia solidária como inclusão social. Professora Gorete Porto

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Eu e o cavalo…

Após uma longa espera pela realização de atividades equestres na nossa escola, no dia 28 de Novembro duas lindas criaturas foram recebidas com muito carinho pela comunidade escolar.Com a colaboração da escola EQUI MAIA, que prontamente aceitou presentear-nos com dois cavalos que vieram aquecer este dia!Foi dada a oportunidade, aos alunos, de poderem montar o Cobalt, ou darem um passeio na Charrette puxada pelo Russo. Para muitos o encanto passou apenas por uma festinha na cabeça destes animais, para outros montar tornava-se já um vício. A experiência foi, de tal modo, acolhida por todos que juntaram-se a esta não só alunos, mas também professores e funcionários. Vejam bem que até a Directora Paula Romão não resistiu a uma voltinha na Charrette!A ideia desta atividade surge com a vontade de criar uma maior interação entre nós, seres humanos, e os animais; mais uma tentativa de mostrar que eles merecem tanto como nós. Pedem respeito, necessitam de carinho, precisam de alguém que os ame, alguém que cuide deles incondicionalmente!Fica, então, a vontade de se repetir este dia: “O animal e eu”, neste caso o cavalo e eu. Joana Moreira |12E

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"Blindness is when you refuse to see...Dumbness is when you refuse to talk...Deafness is when you refuse to hear...Physical handicap is when you refuse to move...Disability in life is a matter of behaviour!“ Isabel Marques (professora estagiária)

“If you saw people with the heart and not through their disabilities you would build the perfect world!”Andreia Carvalho (professor estagiária) We shouldn't discriminate disabled people but understand and help them. Kindness is the language which the deaf can hear and the blind can see." Lúcia Teixeira (professora da turma)

"In our opinion, people who have disabilities are normal people. They don't like to be discriminated. They are as they are and they are happy that way! We must make part of that happiness by accepting them as they are and not discriminating them." Rita Freitas e Beatriz Maia|9B

“I think that one should never judge people with disabilities, because they see the world from a different perspective from ours, but they all feel the same way. Never judge people for their appearance but for what they really are!” Gisela, Gonçalo, Bruno Alves e Renata | 9B

« The real disability is the disability of giving up. »« The only obstacle in our lives is the one that makes us think that we can't do this or that, because we can do everything we want! »« We shouldn't judge people by what we see, but by what we feel. »« With their heart, disabled people can see the most beautiful scenery, they can listen to the most beautiful melody and they can speak much better than us about the most beautiful feeling: love! » Sofia, Rita Marques, Rafael e Jack |9B

''The only deaf people are the ones who don't want to hear''.''Blindness is the most beautiful way to see the world. They see the world with their heart.'' Inês, Gustavo, Veronika e Julio |9B

“Disabilities e Discrimination”

Na aula de Inglês do dia 14 de Novembro, dinamizada pela estagiária Isabel Marques e no âmbito dos temas “Disabilities e Discrimination”, os alunos do 9ºB foram convidados a escrever algumas frases dando a sua opinião sobre o tema. As professoras deram o exemplo. Aqui ficam algumas delas que nos fazem refletir sobre a nossa atitude para com os deficientes com quem convivemos dia a dia.

As professoras Lúcia Teixeira, Isabel Marques e Andreia Carvalho

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Atividade Braço Direito - um dia no teu futuro

Alguns dos nossos alunos tiveram a oportunidade de participar nesta atividade porque a Escola Secundária do Castelo da Maia é uma, de entre muitas outras, que se inscreveu no programa empreendedorismo promovido pela Junior Achievement Portugal (JAP), associação sem fins lucrativos, empenhada em levar às escolas programas que desenvolvem o empreendedorismo, o gosto pelo risco, criatividade, responsabilidade, iniciativa e inovação. O envolvimento e a inspiração dos jovens são baseados em três valores essenciais: respeito, integridade e excelência. A atividade Braço direito – um dia no teu futuro, lançada pela primeira vez este ano letivo, pela JAP, possibilitou o acompanhamento de um aluno em todas as tarefas de um profissional “Voluntário”, no seu local de trabalho, durante um dia. A atividade decorreu entre os dias 14 e 18 de Novembro. Esta experiência foi aceite com muito interesse por alguns alunos porque compreenderam que se iria estabelecer uma ponte entre a educação e o mundo laboral. De igual modo, esta nova experiência só pode ser vivenciada pelos alunos dada a abertura a novas e boas práticas e ao espírito de renovação e mudança das metodologias nas escolas, visão da Exma. Diretora da escola, Paula Romão, e da professora Gorete Porto. São os depoimentos de alguns alunos participantes, que levarão os leitores a compreender o quão importante foi, para eles, esta nova experiência.Depoimentos sobre “Braço Direito”

Na segunda-feira, dia 14 de novembro, tive a oportunidade de ficar a conhecer um pouco melhor a realidade da Sonae e da sua atividade. O meu dia foi passado a ver exatamente o que faz uma pessoa dos Recursos Humanos. São várias as suas funções, desde tratar de salários e de outros compromissos com os trabalhadores da empresa, até contactar com pessoas exteriores à mesma. Nos últimos dias, tem sido realizado um processo de seleção devido a um programa para jovens universitários. Foram-me mostrados todos os passos desta seleção, incluindo o contacto telefónico com o candidato para averiguar o interesse (ou não) em aceitar esta oportunidade. Além disso, foi-me também explicado todo o processo de contratação de funcionários e colocação de pessoal (já pertencente ou não à empresa) nos cargos com défice de funcionários. Por outro lado, a voluntária que me acompanhou também me explicou em que consiste toda a atividade desta grande empresa, bem como os diferentes setores da economia em que esta está presente. Fiquei também a conhecer um pouco mais sobre a história de um dos maiores grupos nacionais e todo o processo de expansão que o transformou na empresa de grande importância que é atualmente.Agradeço a esta grande empresa a disponibilidade que teve para me receber e acredito que esta atividade contribuiu imenso para a minha formação.

José Miguel Soares |12E

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O dia passado na empresa Sonae, com as voluntárias Maria João Ramalho e Alexandra Mendes, foi um dia diferente, mas muito bom, onde pude aprender mais sobre a grande empresa, sobre as funções de cada equipa do Departamento de Recursos Humanos, sobre como elaborar um currículo e uma carta de apresentação. Assisti de perto a um dia de trabalho de duas técnicas do Departamento referido, podendo, assim, compreender as funções que cada uma exercia. Este dia foi muito enriquecedor, pois permitiu-me saber como tudo é organizado e feito na Sonae, de modo a que todos os produtos cheguem ao local certo e sem falhas. Gostei muito da experiência, mesmo não sendo a área que desejo seguir no futuro. Ana Carolina|12E

Gostei bastante de ter participado na atividade “Braço Direito”, pois pude estar com um profissional no seu dia-a-dia. Apesar de acharmos que sabemos como é um dia de trabalho, a verdade é que só percebemos a realidade quando lá estamos. Fui escolhida para estar no balcão de informações do Continente, mas a pessoa com quem estive fez-me uma visita guiada por toda a loja, pelo armazém e pelos escritórios, e explicou-me não só a sua função como também a função de cada trabalhador, o que foi bastante enriquecedor. Bárbara Lopes|12ºE

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A turma de Desporto do 11ºI, no âmbito da disciplina de Organização e Desenvolvimento Desportivo, em associação com o projecto “Vencer o tempo nas 7 cidades”, organizou uma atividade, denominada “jogos tradicionais para os idosos”, realizada na manhã do dia 16 de dezembro de 2011.Para que esta atividade se realizasse, vários “planos” foram feitos para que no dia nada faltasse.A turma foi dividida em 4 grupos, e cada um organizou o espaço, fez o regulamento e fichas de jogo para o jogo tradicional que lhes correspondia.No dia da visita, os idosos foram recebidos pela turma do 11ºG e, de seguida, encaminhados para o pavilhão C para outra atividade decorrente nesse dia, denominada “Mesas de Natal”. Lá puderam comer e saborear os mais típicos doces de Natal.Mais tarde, chegou então a hora em que foi realizada a atividade proposta pelos alunos do 11ºI, onde se pôde constatar que os idosos se divertiram a jogar os jogos da sua geração, relembraram os bons velhos tempos e conviveram entre si e com os alunos e professores presentes com muita alegria e prazer. João Costa e Raquel Gonçalves |11I

“Vencer o tempo nas 7 cidades”

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No dia 16 de dezembro de 2011, recebemos uma visita muito agradável de um grupo de seniores do projeto “Vencer o tempo nas 7 Cidades”, do qual alguns alunos da nossa escola fazem parte.Sabendo antecipadamente desta visita, os alunos do 11ºG decidiram prontamente participar na atividade. Como estávamos na época natalícia decidimos criar um coro de Natal, com o objetivo de recebermos de uma forma diferente e muito mais divertida, o grupo de seniores. Com a concordância de todos, a turma preparou tudo ao pormenor, incluindo roupas e acessórios, com o apoio incondicional das professoras Emília Cabral e Silvina Pais, a quem agradecemos.Foi um momento único para todos, principalmente para nós, alunos, pois tivemos a honra de fazer alguém sorrir numa época tão especial como o Natal.E não há nada melhor do que fazer alguém sorrir. Daniela Lameira e Mariana Teixeira |11G

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Hoje em dia, a tarefa de cativar os alunos é cada vez mais difícil e atribuir a uma aula algo que a diferenciação consegue, motivar os alunos para a aprendizagem, é gratificante. Foi essa a estratégia da professora Gorete Porto ao transformar uma aula que, inicialmente, se figurava como mais uma aula de Sociologia, num momento agradável, de convívio, de aprendizagem, onde o fator diferença permaneceu desde o início até ao final. “Uma aula diferente” marcou o dia de todos os presentes. Abordando o tema “cultura”, a turma E do 12º ano aprendeu com colegas de outras turmas que cada um de nós se insere numa determinada cultura e que, por vezes, dentro da mesma cultura existem subculturas. A cultura possui, assim, um carácter temporal e espacial. Mas, afinal, o que é a cultura? Esta aula começou com uma pequena abordagem ao termo “cultura”, sendo definido como um todo complexo que inclui os conhecimentos, as crenças religiosas, a arte, a moral, os costumes e todas as outras capacidades e hábitos que o homem adquire enquanto membro da sociedade.Após esta pequena introdução, assistimos a uma apresentação de vários alunos da nossa escola provenientes de diversos países como Brasil, África do Sul, Venezuela, Equador, China, Moldávia, Ucrânia e Bélgica. Cada um falou um pouco sobre o seu país. Abordaram aspetos como a história, a comida típica, as festas, a música, a educação, a religião. A maioria destes alunos considera Portugal um país acolhedor, onde não encontraram grandes obstáculos para se integrarem. Nem mesmo a língua!

Uma aula diferente

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Uma aula diferente

A turma transmitiu uma atitude interessada e participativa, querendo sempre saber mais. Por exemplo, no caso da Bélgica, a aluna deu-nos a conhecer o hino do seu país, fazendo com que todos os presentes tivessem cantado, ou pelo menos tentado. Foi uma aula muito enriquecedora e, como já referi, diferente. Diferente porque não foi a típica aula onde o professor expõe os seus conhecimentos relativos a um assunto, mas porque houve depoimentos de cidadãos das culturas representadas na nossa escola e também nesta aula e que nos apresentaram marcas tão distintas de cultura para cultura.No final, também a turma quis deixar uma marca de Portugal, cantando com todo o orgulho e mão ao peito o Hino Nacional.

Em nome dos restantes presentes, posso afirmar que foi um enorme prazer conhecer estes alunos pois, no fundo, eles são tão diferentes mas tão iguais a todos nós! Sinto que sou cada vez mais capaz de respeitar a diferença e sei que nenhuma cultura se pode sobrepor às outras. Somos todos iguais dentro de um mundo tão diferente! Ana Rita Areosa|12E

para quem quiser espreitar a aula: http://www.youtube.com/watch?v=Hq6VGBm9DFE

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No dia 4 de novembro, os alunos da turma F do oitavo ano de escolaridade realizaram uma visita ao Lar Prof. Dr. Vieira de Carvalho, no âmbito do projeto “Velhos são os trapos”, desenvolvido na disciplina de Formação Cívica. Esta atividade (que contou também com a colaboração das professoras Raquel Lopes e Ana Mª Silva do Clube de Teatro e com o apoio inexcedível dos pais/EE da turma) foi o culminar de um processo longo (iniciado no ano letivo anterior), que tinha como principais objetivos a tomada de consciência da importância dos mais velhos na nossa vida e na construção da nossa pessoa e estimular o espírito de partilha e o gosto de fazer / construir algo para os outros. O impacto desta visita foi surpreendente e excedeu todas as expectativas, quer junto dos utentes da instituição quer junto dos alunos, tendo ficado inclusive o convite por parte da Direção do lar para que se repitam estes momentos de partilha e de convívio intergeracional. As Diretoras de Turma, Alice Sousa e Ana Caseiro

“Velhos são os trapos”

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Canção “Velhos são os trapos” (letra dos alunos do 8F da ESCM, música de António Variações)

Começa a envelhecerComo uma flor a renascerSerena e calma a contemplar

Após tudo vencer.

Vencer não é ter tudoNascemos p’ró Mundo mudarUma pequena doaçãoBasta p’rá ajudar.

Refrão:Um velho não é um trapoUm velho não é um fardo Um velho é uma pessoa Com as marcas do passado.

Ajudar com afectoOferecer um lar É a melhor forma De acarinhar.

Para acarinharO que devemos fazer?Cantar esta cançãoP’rá esperança prevalecer.

Refrão:Um velho não é um trapoUm velho não é um fardo Um velho é uma pessoa Com as marcas do passado.

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Não será muito difícil agregar a esta Lei as transformações que a nossa escola está a viver. É verdade que quando atravessamos os seus portões já podemos ter um pequeno vislumbre de como será e adivinhamos que a vida da nossa comunidade vai ser alterada. O espaço físico está a ser metamorfoseado, mas o que marca a nossa identidade permanece: as nossas pessoas, as nossas convicções, os nossos objetivos, as nossas metas, as nossas memórias, o nosso amadurecimento! Não, isso não será eliminado, apenas nos vai ser dada a oportunidade de trabalharmos com melhores condições, espaços mais confortáveis, mais acolhedores e mais bonitos.Foi neste contexto que nós, as Professoras de Educação Visual, resolvemos lançar um desafio aos alunos do 8ºano, criar um novo logótipo para a escola, e o início de 2012 seria a altura ideal para o fazer. Não pretendemos mudar por mudar, queremos que o novo logótipo espelhe e integre este momento único: 20 anos de escola e um novo edifício. O passado e o futuro de mãos dadas…Mas criar um logótipo, renovar o BI da escola, não é tarefa fácil, pensamos nós… e surgiu a ideia: - Por que não convidar um Designer para abordar o tema com os alunos? E assim foi!

No dia 06 de Janeiro, as cadeiras do auditório da junta de freguesia de S.ta Maria do Avioso, que gentilmente nos emprestou o espaço, não chegaram para sentar todos os alunos que foram “falar” e “aprender” com o Designer Álvaro Montanha. O que significou para os nossos alunos este encontro pode ser lido nos seus depoimentos. A nós professoras, interessa-nos averbar o quanto foi bom e gratificante ver tantos dos nossos alunos interessados, com vontade de aprender, alguns a registarem notas do que se foi dizendo e, assinale-se, o comportamento exemplar com que nos brindaram. Estão de parabéns!Falta dizer o quão aliciante foi a promessa, em forma de desafio e de prémio, com que o Designer Álvaro Montanha brindou a plateia: ao autor do logótipo escolhido será proporcionada a possibilidade de o acompanhar durante uma semana, quer no trabalho do seu atelier, quer nas visitas e reuniões com os seus clientes. Quanto não vai esse aluno(a) poder aprender…Resta esperar que este momento tão agradável seja inspirador e que as propostas para o novo logótipo sejam fantásticas. Estamos certas que sim! Professora Júlia Santos

“A falar também se aprende!” com o Designer Álvaro Montanha

“Em qualquer sistema, físico ou químico, nunca se cria nem se

elimina matéria, apenas é possível transformá-la de uma forma em

outra. Portanto, não se pode criar algo do nada nem transformar

algo em nada (Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se

transforma) - Lei de Lavoisier”. wikipedia

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Na minha opinião a conversa com o designer foi uma experiência muito interessante visto que pudemos ter a possibilidade de ouvir em primeira mão como é ser designer, como é o seu trabalho, alguns conselhos e explicações sobre trabalhos que estamos e iremos produzir em Educação Visual e inclusive alguns aspectos da vida do profissional. Achei o designer uma pessoa muito acessível e prestável, o que foi possível constatar quando este lançou o desafio sobre o logótipo para a nova escola, dizendo que o vencedor terá a oportunidade de passar uma semana com ele no seu escritório e vivenciar o mundo do design, incluindo todo o processo de criação!Esta conversa para além de informal, foi divertida e sem dúvida muito útil. Álvaro Montanha conseguiu despertar a curiosidade para o mundo das artes e mais especificamente para o design. Foi sem dúvida uma experiência que enriqueceu todos os alunos que a ela assistiram! Catarina Correia |8C

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Na passada sexta-feira os alunos do oitavo ano e algumas professoras reuniram-se, para uma palestrana, na Junta de Freguesia de Santa Maria. Esta foi dada por Álvaro Montanha, um designer com a sua própria empresa, e destinava-se a introduzir um trabalho que vamos desenvolver na disciplina de Educação Visual, criar um novo logotipo para a escola.Durante a palestra, o designer deu-nos vários conselhos, disse-nos para nunca ficarmos satisfeitos à primeira, que devemos querer sempre mais e que se não conseguirmos um bom trabalho para não nos darmos por vencidos e voltar a tentar. O designer deu-nos também um prémio fantástico: quem ganhar pode, durante uma semana, observar o seu ambiente de trabalho e perceber como é a vida de um designer. Gostei imenso. Penso que nos vai ajudar bastante a desenvolver o nosso trabalho. Sofia Ferraz|8G

Na sexta feira passada, dia 6 de Janeiro de 2012, os alunos do 8ºano tiveram a oportunidade de conviver com o designer Álvaro Montanha, que lhes falou acerca de logotipos.Explicou que logotipo ou logótipo são palavras exactamente com o mesmo significado, sendo apenas diferente a forma como foram escritas e a sua pronuncia. Também explicou que + = - (mais é igual a menos), ou seja, quanto mais simples formos na realização dos nossos trabalhos mais bonitos ficam, pois muito pormenor empobrece-os.O designer surpreendeu todos os presentes, com a novidade de que irá propocionar ao vencedor do logotipo para a nossa escola uma semana de estágio com ele, durante as férias da Páscoa.Foi um momento único e interessante em que pudemos aprender bastante com o designer Álvaro Montanha, que nos incentivou para a execução do logotipo! Mariana Sá Pinto|8ºF

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Na última semana de aulas do primeiro período o pavilhão A encheu-se de cor em forma de mensagens de Natal, escritas nas diferentes línguas estudadas aqui na escola e também na eslovena, não estivesse uma das nossas turmas a participar no projeto Comenius… Lado a lado com as mensagens podiam ver-se “pinheiros”, uns elaborados com círculos e um, maior, a lembrar as tão desejadas prendinhas, formado por inúmeros embrulhos de natal. Com estas instalações natalícias a nossa escola ficou mais bonita!

Estão de parabéns os alunos que, como já é tradição, nas aulas de Educação Visual realizaram os trabalhos que a todos agradaram. Deixamos aqui algumas imagens do resultado final para mais tarde recordar... Professora Júlia Santos

É Natal, é Natal...

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No dia 16 de Dezembro de 2011, realizou-se, na nossa escola, mais uma atividade “Mesas da Natal” organizada pelos elementos que constituem o Departamento de Ciências Sociais e Humanas. Com esta atividade pretende-se espalhar o espírito de Natal, da partilha, da alegria e da paz, promovendo a participação e o convívio entre alunos, professores, funcionários, membros da Associação de Pais e outros elementos das comunidades escolar e civil. Este ano pudemos contar com a agradável presença dos mais velhos do Projeto “Vencer o Tempo em Sete Cidades” que animaram de forma especial a nossa festa.É de salientar o empenho dos membros organizadores desta atividade na decoração do espaço que ganhou uma nova vida com as cores e os símbolos que marcam o Natal de todos nós e em todas as tarefas que implicam a dinamização da atividade.As mesas decoradas para colocar as delícias trazidas pelos vários membros da comunidade escolar estavam magníficas de cor e objetos alusivos a esta quadra natalícia e convidavam os presentes a saborear as iguarias expostas.No ar pairavam sons, aromas, alegria, brilhos e polvilhos de marcas do Natal como o peru, as rabanadas, os sonhos, as

Mesas de Natal

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delícias de chocolate e todas as iguarias apresentadas que deram vida à manhã de sexta - feira que ficou marcada pela grande participação de todos os que fazem parte da nossa escola e não só. Aliás, esta atividade reflete na perfeição a importância de abrir a escola à comunidade e da participação de todos na vida da sua escola. Da escola de todos nós!Tenho a certeza que todos os que fizeram parte desta aventura viram reforçados os laços de amor, amizade, solidariedade, alegria e paz que apregoamos nesta época natalícia, mas que só têm sentido quando os colocamos em prática e os partilhamos com os outros! Professora Margarida Braga

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A música está no ar…

A música é a melodia da alma, já dizia o poeta. Não é por acaso que frequentemente o nosso corpo embala em determinado ritmo mesmo quando não compreendemos o idioma em que determinada canção está a ser cantada ou mesmo quando desconhecemos os instrumentos que produzem tais sons. Ora só faria sentido que a música e as diferentes línguas invadissem os espaços da nossa escola no último dia de aulas. De repente parece que os corredores e pavilhões se tinham tornado, quase que por magia, em diferentes países e cidades, pois vozes cândidas e doces ecoavam sons de diferentes línguas que se espalhavam por todos os cantos! Não obstante as condições acústicas e climatéricas não serem as mais adequadas, os nossos cantores deram o seu melhor e cantaram e encantaram a todos!

Professora Raquel Lopes

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A Magia do Natal

Muitas coisas mágicas e surpreendentes acontecem porque estamos no mês do Natal…e a nossa escola como sempre não é exceção. Umas mais percetivas, outras mais subtis, o que é um facto é que algo inexplicável ocorre…há mais sorrisos, há mais otimismo, não obstante as circunstâncias exteriores não serem, por vezes, as mais favoráveis, a verdade é que todos ficamos imbuídos de um espírito diferente.O dia 16 de dezembro foi precisamente de encontro a todas estas manifestações. A escola ganhou outra cor…as decorações sempre originais, fruto da imaginação e criatividade das colegas do departamento de Expressões, a par das iguarias das mesas de Natal organizadas meticulosamente pelos colegas do departamento de Ciências Sociais e Humanas, com uma pitada de boa disposição do coro de línguas, começava a dar os primeiros sinais de que estávamos a passos cada vez mais pequenos da grande festa que é o Natal.E porque estamos no mês de Natal há gargalhadas que ecoam pelo ar, a harmonia e a sintonia parecem assumir os ingredientes diários, procurando deixar para trás mágoas e ressentimentos e tudo parece quase perfeito!Para coroar as festividades, houve a ceia de Natal, na qual uma vez mais o departamento de Expressões primou pela autenticidade, carinho e acolhimento de todos. Foi um momento de encontros, de boa disposição, no qual o fiel amigo “bacalhau” esteve no seu melhor, muito bem acompanhado pelos discípulos de Baco e envolvidos pela “doçura” natalícia partilhada por todos os presentes.Deixemos, por isso, que esta magia perdure no tempo, pois só assim vale a pena viver…só assim faz sentido! Professora Raquel Lopes

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Estávamos no 2º ano de organização da Ceia de Natal. Se no ano passado já foi nossa preocupação arranjarmos um local que conseguisse conciliar a qualidade com o baixo preço (este baixo preço é sempre relativo) este ano, devido à contextualização económica que se vive no nosso país, ainda mais pertinente se tornava esta nossa preocupação. Desde muito cedo, ainda estávamos em Outubro, e já andávamos a sondar (numa linguagem mais adequada às nossas ciências, pesquisar, investigar, analisar,…) preços. Depois de muito procurar, chegámos à conclusão que,

numa perspectiva economicista, era melhor voltarmos a realizar a Ceia nas nossas instalações, onde todos os participantes teriam de se fazer acompanhar de uma multa (bebida, entrada ou sobremesa). Assim, no dia 16 de Dezembro, durante a tarde, os colegas do Departamento de Expressões, numa azáfama entre aulas e por isso com pouco tempo disponível, decoraram o polivalente, montaram as mesas, num corrupio entre a cozinha, no meio dos pratos/talheres/copos, e o polivalente. À noite, por volta das 20h, estavam prontos a receber os estimados professores,

funcionários, representantes da Associação de Pais e da Assembleia Geral, num total de 95 pessoas. Aproveitámos o momento natalício para homenagear os nossos entes queridos, já aposentados, o prof. Neto, a D. Brilhantina e o Sr. Evaristo. A este grupo deveria juntar-se a D. Maria que, por motivos de força maior, não pôde estar presente (com muita pena nossa).Depois da entrega da prendinha, que é da praxe, em troca de uma mensagem de Natal, lá fomos para o palco do polivalente dar o nosso pé de dança para queimarmos as calorias do jantar.

Ceia de Natal

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Foi mais uma Ceia de Natal da nossa escola, num espaço de que brevemente nos iremos despedir dele para dar lugar às novas instalações e onde o convívio marcou a sua presença bem acentuada.Deste modo, aproveito este momento para agradecer a todos os que estiveram presentes e justificando e compensando o nosso empenhado envolvimento nesta organização.A todos um bem-haja pela vossa presença.

A ooordenadora do Departamento de Expressões,

Professora Silvina Pais

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No passado dia 25 de novembro de 2011, os alunos das turmas do 9º ano da Escola Secundária do Castêlo da Maia assistiram a uma worskshop sobre Tráfico de Seres Humanos, no âmbito da unidade curricular Racismo e Tolerância. A sessão apresentou situações em que os jovens poderão ser atraídos para redes de tráfico, sem tomarem consciência da sua gravidade e das consequências que daí poderão advir.Dentro da panóplia de situações que constituem Tráfico de Seres Humanos, foram apontadas ofertas atrativas de trabalho no estrangeiro, em troca da identidade das vítimas, as quais acabam, muitas vezes, exploradas sexualmente. Os jovens foram ainda alertados acerca dos perigos online, nunca devendo revelar as suas verdadeiras identidades ou aceitar encontros com estranhos. Esta sessão foi muito profícua para esclarecer algumas situações e perigos em que a maioria dos jovens pode incorrer, assim como para despertar as consciências para os perigos do Tráfico de Seres Humanos, em concreto na web. Professora Paula Vinhais

Human trafficking

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On the 25th november, in the local council of Santa Maria de Avioso, we attended a workshop about human trafficking. We learnt that there are various kinds of trafficking in human beings such as: attractive job offers abroad that are simply fake; teenage girls that end up in the streets, forced to prostitution and doing drugs. These people from eastern Europe countries usually have their ID´s taken away on arrival and are trafficked for sexual exploitation.We should neither accept any kind of proposals from strangers nor post any personal information online.

Ana Neves, Diogo Sousa; Fábio Santos; Marisa Freitas; Pedro Dias|9C e Paula Vinhais

On the 25th November, the 9th grade classes went to the local council of Santa Maria de Avioso to attend a workshop about human trafficking, which is a more and more frequent situation nowadays. We were told several real stories about teenagers who had been lured and attracted with the promise of a better and easier life. Unfortunately, these teenagers, mainly girls, end up sold, doped and forced into the world of prostitution, from which they hardly ever come out again. The lady, who was presenting this workshop, represents an association that has already helped many victims of human trafficking. In conclusion, we have to be careful with what we do, who we meet and the decisions we make, because these acts can influence negatively the ones around us.

Beatriz|9E and Paula Vinhais

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Faltava pouco para as 14:15h, quando os bombeiros foram alertados para um incêndio que deflagrava no laboratório de química da escola. Em simultâneo, o alarme acústico sinalizador de incêndio foi ativado e funcionários, alunos e professores seguiram as instruções previstas nos planos de evacuação e emergência da escola. Felizmente, tratava-se de um exercício de evacuação. O alarme de incêndio era falso. Este exercício destinava-se a testar o plano de segurança da escola, a incutir na comunidade escolar sentimentos e hábitos de prevenção e autoproteção, assim como a rapidez da evacuação. Procedeu-se, ainda, a uma breve reunião entre a direção, a encarregada operacional e os bombeiros onde se apontaram os pontos fortes e fracos relacionados com esta atividade. Professora Inês Marques

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Simulacro de incêndio

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Ser Educadora Social é Saber, é Saber Ser, é Saber Fazer. Acima de tudo é ser mais reflexiva, mais questionadora, mais crítica e mais atenta às necessidades dos indivíduos e dos grupos. Foi precisamente por estar atenta às necessidades dos outros que encontrei nesta comunidade escolar a oportunidade de ser “um agente de mudança”, contribuindo para melhorar as competências de cada um de modo a provocar neles a vontade de transformarem a sua vida. Entendo que todos nós somos muito mais assertivos quando estamos diante de toda a informação, só assim podemos assegurar escolhas acertadas e traçar caminhos bem definidos para a nossa vida. Os jovens de hoje, assim como os de ontem, têm necessidade de informação, é preciso chegar até eles e decifrar enigmas, (des)construir preconceitos, tabus. É preciso estabelecer com eles relações de empatia, proximidade, de modo a valorizar as suas potencialidades. É acreditando que eles são capazes que me entrego neste projecto de voluntariado. No início quando comecei a dinamizar algumas sessões informativas, questionava-me muito se este

seria o caminho. Hoje tenho plena consciência de que é por aqui que tinha de começar.É preciso que as crianças tomem consciência de que determinados comportamentos ou escolhas podem comprometer o seu estado de saúde a vários níveis. Se tivermos em conta que os comportamentos ou hábitos adquiridos determinam os comportamentos futuros, então reforçamos a importância de acções deste tipo, que visam a prevenção primária e que consciencializam os adolescentes para a adopção de comportamentos saudáveis. A ausência de informação incapacita e/ou dificulta a tomada de decisão. Daí, a importância da abordagem dos temas como o Tabagismo, Perigos Eminentes do Álcool, a Droga, em meio escolar. O meu contributo vai no sentido de capacitar os adolescentes de avaliarem, com espírito crítico, o meio social em que estão integrados e de valorizarem a sua transformação positiva e progressiva. A experiência é muito enriquecedora,

Encarregada de educação Paula Filomena Sá Educadora social

Educação social

sessões informativas na escola

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Concurso de leitura

No dia 15 de dezembro, de 2011, os alunos da Escola Secundária do Castêlo da Maia reuniram-se no Clube de Línguas para assistirem ao Concurso de Leitura,” A Voz das Línguas”. Participaram alunos de várias turmas e de vários anos de escolaridade, apresentando leituras em língua portuguesa e em línguas estrangeiras, ficando apurado, nesta 1ª eliminatória, apenas um aluno de cada ano. No final do ano, os alunos e os professores reunir-se-ão de novo para selecionarem os melhores leitores da escola. Catarina Chaves|7E ( notícia adaptada)

Somos um grupo de seis alunos do 12ºE (área de Economia) e estamos a desenvolver, no âmbito da disciplina de Economia, o projeto “A Empresa” em parceria com a empresa Transnacional Junior Achievement e o voluntário, Dr. Hugo Martins, Diretor Comercial do Grupo Salvador Caetano. O projeto consiste num serviço totalmente inovador, dirigido aos hipermercados, e que irá mudar a sua vida, enquanto consumidor. A nossa empresa tem como principal missão promover a qualidade de vida da população, disponibilizando um serviço revolucionário que assenta em dois princípios fundamentais: a racionalização dos recursos e a poupança de tempo. Já imaginou o tempo que pouparia se não tivesse que esperar nas filas de pagamento? Com a Waterloo, AE fará as suas compras à velocidade da Loo! Visite o nosso site www.waterlooae.pt.tl e a nossa página do Facebook www.facebook.com/waterloo.ae

Ana Areosa; Ana Carolina; João Ferreira; João Dias; José Soares; Patrícia Carina |12E

Waterloo

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Criatividade manifesta

Hoje, uma parte de ti (em mim) tem percorrido as subtis montanhas do meu rosto, desaguando no vale sequioso dos meus lábios. Não tenho percorrido os caminhos que me levam até ti, mas penso que me queres por perto, não fosse a tua presença nas janelas da minh’alma. Não entendes que me tens, que sou una contigo, ontem, hoje, eternamente! Há ocasiões em que me observas e eu com o olhar perdido no teu horizonte. Outras há, que enxaguas o manto cinzento que me cobre, tornando-o um pouco mais reluzente. Há momentos de ternura manifesta ou de agitada controvérsia. Hoje, mais do que ontem, a controvérsia está implementada no meu corpo de mulher. Tenho-me mantido firme, como um guerreiro que enfrenta a corrente do rio que flui em sobressalto. Cuido do canastro que alberga a minh’alma, sem procurar pedir-lhe mais do que o simples fluir, espontaneamente, sem sobressaltos ou sem grandes expressões de criatividade, a mesma que é manifestada em cada segundo da tua existência. Esta que pode ser observada em cada pormenor, aparentemente insignificante, da tua delicada natureza.Hoje, constato que nunca te comportas conforme o meu querer. Quando espero que estejas calmo, aporto no teu cais e estás incrivelmente agitado. Outras há que preciso da tua força e manifestas uma serenidade pesarosa. Será por isso que não vou até ti? Será por isso que não tenho desejado o nosso encontro?Hoje, mais que nenhum outro dia, sinto o meu corpo, tal como o teu imenso físico em dias tempestuosos, com uma necessidade de criar e manifestar o dom criativo que abrigo ou que almejo apreciar. Que todas as minhas moléculas se associem em gotículas de ternura, formando células de amor, num seio aquietado com sabor a flor.Já que não caminho na tua direcção, aporta no meu cais e permite a manifestação da criatividade no meu corpo de mulher. Professora Carla Madureira

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Qualquer palavra tem uma força, um peso, um poder. Tem a capacidade de nos fazer sorrir, sonhar, refletir, acreditar, voar, mas, também nos faz chorar, desistir, cair. Afinal, o que diferencia as palavras? É simples: quem, quando e como as pronuncia.Tanto são mar, profundas e plenas, como autênticos desertos, vazias e desprezadas. Podem levar-nos por caminhos diversos, uns com saída, outros com uma enorme muralha a impedir a passagem. Podem levar-nos a reviver recordações guardadas na enorme e resistente arca onde são colocadas todas as memórias ou levar-nos a uma viagem ao passado mais sombrio. Podem fazer-nos encontrar a felicidade ou mesmo perdê-la. Podem dar-nos força para continuar a lutar ou, contrariamente, fazer-nos baixar as armas e desistir.Vários sentimentos e diversas emoções podem ser despertadas por simples palavras. São capazes de nos transportar para outros mundos, para novos horizontes, para novas descobertas, são capazes de provocar o renascimento do nosso ser. A razão de tudo isto acontecer? É simples: qualquer palavra tem uma força, um peso, um poder! Vânia Marques |10D

A Força da Palavra

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Lá, era tudo tão sereno, tão calmo. Aquele sítio escuro, iluminado por pequenos espectros distantes. Aquele infinito inconstante era arte para mim: como é que algo tão delicado poderia ter sido fruto de tão brusca criação? Era impensável, apenas uma divindade seria capaz de criar tanta perfeição!Durante anos, foi o meu porto seguro, o meu mais desejado sonho e também, mais tarde, a minha maldição. Nele eu via a razão e o respeito que em outros questionava.Eu, por ele, lutei, pelas certezas e incertezas que me transmitia, tudo por ele eu fiz, dei a volta à minha palavra, enfrentei as maiores autoridades e tudo o que ele me trouxe foi uma morte incerta e o pesadelo de sem ele viver.Hoje, já não o consigo olhar nos olhos, ele já não me transmite conhecimento, apagou-me da sua vida… mas eu jamais o afastarei da minha. Carlota Santos |9B

Galileu personificado

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Aprendi que ninguém nasce a saber pensar, mas que nos vamos construindo por dentro com os nossos erros e as nossas experiências de vida. Aprendi que todos nós devemos ter “a cabeça arrumada e as gavetas organizadas” e que eu devo ser um barco, e os adultos que me rodeiam devem dar-me os remos; mas não posso deixar que façam tudo por mim. Compreendi também que uma pessoa equilibrada é sempre responsável pelos seus atos, que pensa antes de falar e de agir. Que não magoa com as suas palavras mas que não tem medo de as usar.Aprendi também que se deve ter sempre a razão e o coração de mãos dadas, pois separados criavam uma pessoa demasiado fria e cruel ou demasiado irracional.

Aprendi ainda que uma imagem pode ter vários significados, dependendo da pessoa e do contexto em que está inserida.Finalmente, já mais tarde, aprendi que nunca saberei o fim da minha vida. Mesmo quase a dar o toque para a saída a professora perguntou se alguém ainda não sabia o que era a disciplina. Alguns ainda tinham dúvidas, mas a professora esclareceu-os de imediato. Mariana Pereira |8F

Numa aula de pensamento crítico no estudo aprendi …

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Um último respirar...

Corro por entre as árvores tentando libertar o que vai dentro de mim.A raiva, a tristeza, a solidão, o desespero. Grito o mais alto que posso e ouço o eco da minha voz ao longe.Tropeço num tronco de árvore caída e caio de joelhos em cima de uma poça de água. Olho para o meu reflexo.O meu olhar está sombrio, sem vida, sem brilho. O meu sorriso brilhante desapareceu por completo.O meu cabelo está desgrenhado e sem cor.As lágrimas, que tanto querem cair, não caem. O desespero tenta ao máximo sair.A tristeza tenta ao máximo dar de si.A solidão cada vez mais impera em mim.E a raiva...A raiva corre-me nas veias juntamente com o sangue a toda a velocidade.Olho uma última vez para o meu reflexo...Olho uma última vez para a rapariga sem vida...Olho uma última vez ao meu redor...Dirijo-me ao penhasco que havia a alguns metros dali.Um último olhar.Uma última lágrima.Um último sentir.E...Um último respirar. Rita Garcia|10F

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Requiescat in pace – Descansa em paz …

Ainda estou de luto. Perdi um amigo há oito meses e as saudades não deixam de apertar. Não era o meu melhor amigo, nem nada que se pareça, mas era um companheiro fiel e presente em todas as horas. Na tristeza confortava-me, na alegria descontraía-me. Quando estava entediada espicaçava-me e quando estava nervosa acalmava-me. Estava presente após uma boa refeição, mas em boa verdade também não faltava à chamada antes. Agora sinto-lhe a falta, em particular o meu cérebro, coitado, que ficou mais pobre. A classe de neurónios responsável pelo bom humor (do 1578 ao 234 693) esvaiu-se em lágrimas e o apagão que se deu nos neurónios

associados à criatividade (1 milhão deles) foi pior que aquele que se prevê devido à TDT (pelo menos no que me diz respeito: sou boaZON). Como já referi antes, eu perdi um amigo mas, em contrapartida, ganhei uma amiga que também não me larga. E, se o meu cérebro ficou mais pequeno, a minha barriga aumentou e ficou proeminente. Num mecanismo compensatório fiquei gulosa e virei Popota. Uma Popota com pulmões mais saudáveis, é certo, mas com a perspetiva horrível de ter de me

inscrever na próxima série do Peso Pesado, ou então, de acabar a fazer anúncios para o Continente. Não me revejo muito nesta última hipótese porque me identifico muito mais com o Jumbo. Eu explico a associação de ideias: Jumbo – elefante - trombas. A escritora Rita Ferro respondeu, a propósito dos desejos para o ano de 2012 : “Deixar de fumar e emagrecer 15 quilos é incompatível? Pois era mesmo isso que eu queria!” E com esta se conclui que não existem idades para acreditar no Pai Natal. Para a Rosa Cruz com carinho Licínia Martins

PS: Para arranjar inspiração e conseguir escrever este artigo defumei---me com lenha de azinho (como os presuntos). É que há hábitos muito arreigados … Professora Licínia Martins

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O leão e o anjoA história de um pequeno anjo que sonhava ser amigo de um leão...

Tudo normal! Acordei e vi-me ao espelho. Parecia estar mais alto a cada dia que passava. Quem pensar em mim pode reter uma imagem bastante calma e sossegada, mas faltava alguma coisa... Sim! Sem dúvida que faltava alguma coisa! Mas o que seria? Não estava Sol, por isso não levava boné; não estava chuva por isso guarda-chuva também não iria precisar; mas... tinha a certeza de que me faltava alguma coisa... Já sei! A minha auréola! Sim! Era mesmo isso! Tinha tudo... menos

a auréola! Voltei a casa e fui direitinho à caixinha onde guardava o meu pequeno bem, que pode não parecer nada mas era muito importante! Aquele meu pequeno círculo doirado, feito com o pó celestial, era a minha grande fortuna. Já pronto, atravessava o prado do Paraíso e todos sabiam que era eu. -Lá vai o nosso menino com aqueles cabelos loiros e aqueles olhinhos azuis cor do céu... Parece um menino de cinco aninhos! Todos me achavam muito calminho e muito envergonhado, mas eu gostava era de aventuras! Sonhava eu que um dia iria ser um grande

descobridor... Uma noite, deitei-me na relva fresca e curtinha, a olhar para o céu estrelado... Cada estrela era uma nova descoberta e eu, na minha inocência, tentava contá-las, pois, se elas tivessem conta certa, eu seria um grande anjo da matemática... E todos aqueles pontinhos no quadro negro que era o céu se tornavam para mim uma grande maravilha... Mas o meu maior sonho era ser amigo de um leão. Queria poder sentir a liberdade de ter um amigo diferente, um amigo que não fosse um anjo. Se ainda não me acham um aventureiro... vão achar com certeza quando vos contar como conheci o Óscar. Estão de certeza a questionar-se: “Quem é o Óscar?”. Pois então digo-vos que o Óscar é meu amigo, mas não é um anjo. É um leão amável e dócil que eu conheci. Estava eu a caminho de casa quando ouvi um gemido que me parecia vir de um animal ferido. E era! Era o Óscar deitado no chão,

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ferido, a tremer de frio e a gemer de dor. E eu fiquei a noite toda com ele, a rezar para que melhorasse.-Por favor meu Deus, ajuda este ser a recuperar porque está ferido e tem frio! E foi aí que desceu sobre ele uma manta feita de lã que o cobriu, deixando apenas a cabeça de fora. E ele parou de tremer. De manhã, ajudei-o a levantar-se e levei-o para a minha casa. Preparei um espaço no meu jardim e ele deitou-se lá. Desde esse dia que o alimentei e tornámo-nos amigos. E foi assim que realizei o meu sonho. Mas a história não acaba aqui! Os meus olhos tinham outro brilho, os meus gestos outra eficácia e eu voava com mais energia. Eu estava feliz! Sem sombra de dúvida que era o anjo mais feliz no enorme Paraíso. Agora, eu dava mais importância a tudo: à amizade entre o lobo e as ovelhas, ao som pacífico da água cristalina a correr por entre ervas e pedrinhas e até mesmo ao maravilhoso chilrear dos passarinhos. Agora tudo tinha mais cor e alegria! Tudo me parecia mais vivo e único! Tudo era bom. Foi então que pensei para mim mesmo: “Agora que cumpri o meu sonho tenho de encontrar outro!”. Pensei, pensei e pensei até que me surgiu uma ideia: - Óscar, e se arranjássemos outro amigo? Não sei se concordou, mas eu comecei logo a imaginar como seria o nosso novo amiguinho: uma tartaruga, um koala, uma catatua...Quem seria? Como seria? De repente ouvi uma melodia que me fazia lembrar...a minha campainha! Fui abrir a porta e qual não foi o meu espanto quando vi um cesto com algo dentro, mas como tinha uma manta por cima não percebi de imediato do que se tratava. O cesto tinha um bilhete, o qual me apressei a ler. O bilhete dizia: “Aceita o meu presente porque é dado com carinho, levas dentro desse cesto um pequeno cordeirinho” Seria de imaginar que eu estava mais que contente! Eu tinha um novo amigo! O seu nome era...Tinha de pensar num nome para ele. Sendo ele um cordeiro, não havia muito por onde escolher...mas ele tinha algo de especial: tinha duas pequenas manchas pretas. Decidi chamar-lhe Malhado. Agora tinha a certeza que o meu coração estava preenchido.

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Ana Sampaio|8G

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Quadras vencedoras do Concurso "Quadras de S. Martinho" que ocorreu durante o mês de novembro de 2011 na escola.

2º PrémioSe eu já tivesse idadeProvava o nosso vinhoAssim deixo para mais tardeQuando já for crescidinho. João Pedro|8B

3º ciclo

1º PrémioEstava um dia chuvosoQuando apareceu S. Martinho.E com um gesto generosoPôs o dia mais quentinho! João Lopes|8C

3º PrémioNos outros pensou,Ninguém o impediu,As pessoas ajudouE isso conseguiu.

Matilde Viegas|7D

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3º PrémioNum dia de tempestadeCom um mendigo a suplicarSão Martinho partilhou a capaE o sol voltou a brilhar. Sara Cunha|11C

Ensino Secundário

1º PrémioA crise é mundialA Troika está em PortugalE as castanhas são carasPorque as poupanças são raras. Diana|11H

2º PrémioNo dia de S. MartinhoNão quebres a tradição,Compras castanhas e vinhoPara alegrar o coração. Ana Cristina|11D

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Houve um tempo em que o mundo era a preto e branco. A rádio transmitia estaticamente as notícias da Grande Guerra; as pessoas fugiam dos seus lares para tentar a sorte num sítio mais calmo, longe de tudo; famílias eram desfeitas pela tirania de outros; as crianças não conheciam o riso nem o futuro, apenas a obediência e o mutismo; as colheitas não medravam, eram destruídas, e a fome crescia e crescia. Tudo estava pejado da fugaz morte. Salvação ou danação?

Era nisto que a velha pensava enquanto contemplava a fraca luz do sol que raiava palidamente o teto do seu quarto. Tal como o estado precário e doente do mundo, o seu aposento era pequeno e poeirento de tantos anos de desleixo. Para além dela, apenas pirilampos deprimidos em frascos lascados numa das prateleiras e uma papoila sem cor, murcha, no beiral seco da janela rachada do rés-do-chão viviam naquela quietude enclausurada. O marido há muito havia partido, homem do exército, e os filhos, tristes e contritos, mal a visitavam. E se o fizessem, era apenas para lhe desejar um Feliz Natal que já ninguém sentia, ou um aniversário apático, ou para se certificarem que ela ainda não partira, estando assim prostrada por tanto tempo, sozinha. Vazia.Vazia relembrava o seu amor de infância, amor que morrera por ela, levando todo o sentido. Já não tinha forças para visitar a sua campa, tão longe que era… por isso confinava-se aos seus deprimidos pirilampos e à sua papoila sem cor, ponderando a lenta evolução do mundo.De cada vez que fechava os olhos, tentava visionar a paz. E quando estava quase lá, quando só faltava mais um pequeno passo, um piscar de olhos, acordava novamente para o cinzento do dia. E todas as manhãs soltava um suspiro triste.Um dia, algo mudou. Quando a velha abriu os olhos rugosos, sentiu algo estranho no ar. Uma cadência diferente, mais leve. O que seria?Apurando os sentidos, relatou que a luz de sempre que afagava a janela parecia mais viçosa. Iluminava melhor, como se tivesse um novo propósito. Com espanto viu a papoila a agitar as suas pálidas pétalas, ganhando a cor vermelha da vida enquanto endireitava o caule, jovial outra vez.Outra distinção do habitual era um som… - A velha susteve a respiração pesarosa para poder escutar melhor – um som desafinado… animal…

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Um fim no começo

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seriam… gaivotas?Levantando a cabeça na direcção do vidro, aguardou, expectante, que o cantar aumentasse. Quando veio, tudo o que distinguiu foi um som barulhento e revoltoso como as ondas do mar. Elevou-se nos céus, dando lugar à verdadeira algazarra de vozes. Mas desta vez eram humanas. Canções.Não… Uma canção. Num repente que abanou o quarto da velha, o ar soprou, derrubando o frasco lascado e libertando os pirilampos para a luz, onde renasceram e pairaram por cima da velha, expectantes. As canções subiam de tom, agora berrando de felicidade mal contida. A velha distinguiu crianças aos guinchos, homens aos berros e mulheres celebrando rua fora, todos embandeirados e com as mesmas palavras nos lábios: “Somos livres! Somos livres! Não voltaremos atrás!”

Os portugueses continuavam nos seus cantares. Lentamente, tomando consciência, a liberdade abriu caminho no mirrado coração da velha, alojando-se e tornando-o fogoso outra vez.O ar tornou-se fresco, doce para as suas narinas como há tantos anos o fora. Liberdade! Estaria finalmente livre? Olhou a papoila e os pirilampos, ouviu as crianças e os adultos a festejar e fechou os olhos uma derradeira vez, finalmente encontrando a paz num pequeno e ligeiro suspiro feliz.Muito longe dali, uma borboleta bateu as asas e levantou voo. Andreia Pimenta|10F

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Ao longo do 10º ano, o programa de Português prevê o contacto do aluno com uma grande diversidade de textos do domínio transacional/utilitário, nomeadamente Declarações, Contratos, Regulamentos, Relatórios, Requerimentos, entre outros …Este ano, prosseguindo este mesmo estudo que deverá sempre implicar o envolvimento direto dos alunos, e na minha qualidade de professora de Português a lecionar o 11º ano, decidi desafiar os meus alunos para a elaboração de Cartas de Reclamação, deixando-lhes liberdade de escolha do(s) motivo(s) que estaria(m) na base da sua redação.Assim, criou-se um amplo espaço de crítica pessoal,

mais ou menos pertinente, mas necessariamente importante no sentido de desenvolver nestes jovens a capacidade de observarem criticamente a sua/a nossa realidade, tantas vezes injusta e/ou desadequada às nossas necessidades! Reconhecendo em todos nós, Portugueses, uma tendência quase que estrutural (!) para a resignação passiva e “preguiçosa”, penso que se tornou ainda mais desafiante esta atividade no contexto da aula de Português!Difícil foi selecionar, de entre tantas, apenas uma ou duas Cartas de Reclamação, conforme as orientações desta equipa que tão bem constrói esta Revista / Jornal!Aqui vão elas:

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Vera RosaRua da Bajouca, 15904475-114, Gemunde Ministério da Educação Rua da Frente, 114 4578-190,Lisboa

Gemunde, 5 de novembro de 2011-11-16 Assunto: excesso de tempo passado na escola

Exmos. Senhores, Venho por este meio, comunicar a V.Exas. o meu desagrado perante o excesso de tempo passado nos estabelecimentos de ensino, por parte dos alunos.Embora perceba que a escola seja importante para a nossa vida, uma vez que ela que nos prepara para o futuro, o tempo que aí passamos é de alguma forma excessivo, pois um aluno que entre na escola no primeiro hora da manhã e saia apenas na última hora da tarde passa, exactamente, dez horas na escola! Juntando a essas dez horas as nove horas que um adolescente deve dormir, ficaríamos apenas com cinco horas do dia para desfrutar. Como na adolescência o ideal seria praticar duas horas de exercício físico, ficaríamos então com três horas; mas não nos podemos esquecer que o jantar e a higiene pessoal também ocupam

Professora Margarida Miranda

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algum tempo! Suponhamos que estas duas tarefas ocupam cerca de uma hora e trinta minutos, teríamos uma hora e meia para dedicarmos à família e aos estudos. Mas, como é normal na personalidade de um adolescente, esse tempo raramente é dedicado aos estudos. Por isso, gostaria que reduzissem o tempo de aulas e de horas passadas na escola para que os adolescentes tenham mais tempo para estudar e para se prepararem para o futuro.Sem outro assunto, os meus melhores cumprimentos, Vera Rosa |11B

Maria Vieira Santos Silva Rua Banda da Música de Moreira nº93 1º Dto. Tras4470-197 Moreira da [email protected] Dr.ª Lara Lopes Presidente do Conselho Executivo Escola Secundária da Banda Da Música Rua Mestre Clara 4470-270Moreira da Maia, 17 de novembro de 2019Assunto: Falta de tempo para os meus amigos

Cara Dr.ª Lara Lopes

Venho, por este meio, comunicar a V. Exa. que nos últimos dois meses não tenho tido tempo para estar com os meus amigos! Deste modo reclamo o meu direito a estar com eles. Como qualquer jovem, o convívio com eles é necessário, e tal situação tem vindo a ser-me negada pela escola: a carga horária excessiva e os trabalhos de casa abundantes não me permitem tempos de lazer e, como tal, nestes últimos dois meses tenho negligenciado as minhas amizades. Devo informá-la que nenhum dos meus amigos frequenta o mesmo estabelecimento de ensino que eu frequento, o que torna ainda mais complicado estar com eles.Deste modo, venho solicitar a V. Ex.ª que me reduza a carga horária e, se possível, o número de trabalhos

de casa. Se tal situação não se verificar já na próxima semana, irei recorrer às vias legais necessárias para fazer valer os meus direitos. Considero que a minha sanidade mental e as minhas capacidades sócio - afectivas estão a ser seriamente afetadas e não hesitarei em processar este estabelecimento de ensino, se não fizerem valer os meus direitos.Sem outro assunto de momento, apresento os meus melhores cumprimentos, e subscrevo-me, Maria Vieira Silva|11B

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A Marina Pinto é aluna do 10ºB da ESCM e descobriu recentemente uma paixão singular: participar com os seus amigos de quatro patas em competições caninas. Em conversa com a SomosRevista, partilhou connosco experiências e alguns conselhos para aqueles que se interessem pela modalidade.

SR- Quando começou o teu interesse por participar em competições de cães?

MP- Bem, desde que me conheço que gosto de cães e fui tendo alguns rafeiritos... Mas a minha grande paixão sempre foram os Retrievers (Goldens e Labradores). Mais ao menos há cinco anos comecei a ir à exposição canina na Exponor, e desde aí que me tenho vindo a interessar por exposições. Mais concretamente, em 2011, comecei a pensar em participar. Foi nessa altura que comprei a minha cadela, uma suposta Golden Retriever, que depois viemos a descobrir que não era pura... Mais tarde, em Setembro conheci uma criadora de Flat Coted Retriever em Aveiro. Fui descobrindo mais coisas sobre a raça e acabei por ficar com um dos cachorros. E aí passei para a acção e inscrevi-me com o meu cão na exposição canina em Braga.

SR- É uma paixão só tua ou partilhada pelos outros membros da tua família?MP- Por exposições é mais minha... Por cães, toda a minha família materna a partilha comigo.

SR- O que é que uma participação desse género implica, em termos de tempo, dinheiro, preparação?

MP- Tempo: muito tempo e muita paciência... Disposição para passar um domingo ou um fim-de-semana inteiro por outras zonas do país.Dinheiro: depende da idade do cão e da classe em que participa. Por exemplo, se é um cão que se enquadra na classe de bebés (dos 4 aos 6 meses de idade), o valor da inscrição é inferior à de um cão que participe na classe de cachorros (que vai dos 6 aos 9 meses). Se for uma raça nacional, os valores de inscrição são inferiores, talvez para promover a divulgação da mesma. Depois, claro, acresce o valor das deslocações e refeições.Preparação: o cão tem de estar tratado (banho tomado, escovagem...) e tem de ser treinado e corrigido, isto é, saber como andar em ringue e como ficar em posição.

SR- Que competições nacionais existem, com que frequência e quantos participantes têm em média?MP- Todos os anos há pelo menos uma exposição por mês, ou seja, um mínimo de 12 por ano. O número de participantes varia bastante, dependendo se a

à conversa com a aluna mariana Pinto|10B

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exposição é só de beleza, ou se inclui obediência e “agility”.

SR- De que forma é que os teus cães reagem ao momento da competição? E tu?MP- A meu ver, o meu cão acha aquilo “uma brincadeira para meninos”. Ele adora o ambiente e porta-se muito bem. Eu fico mesmo muito nervosa, mas até agora ainda só participei numa... Por isso ainda não posso dizer muito.

SR- Que conselhos darias a alguém que gostasse de inscrever o seu cão numa competição?MP- Primeiro: o cão tem de ter toda a documentação, LOP/Pedigree para poder participar em exposições de beleza.Se quiser competir em “agility” ou em obediência até pode ser um cão rafeiro... Mas não pode participar em competições internacionais, o que acho uma injustiça, visto que tanto um cão rafeiro como um cão de raça pode ser obediente ou ter

''bom corpo'' para “agility”. Em beleza os rafeiros já não podem participar visto que não há um escalão (padrão definido) para poder ser avaliado e pontuado.Segundo: paciência, tempo, persistência e acima de tudo dedicação. Terceiro: se ainda não tem um cão e este mundo é apelativo, ponderar muito bem a raça a escolher, conhecer vários criadores (e não ''criadeiros'', que pedem uma tuta e meia por um cão. Isto revela que provavelmente a pessoa que está a vender os cães não criou as condições mínimas de saúde e bem estar tanto da cadela como dos cachorros, e que estes possivelmente irão desenvolver doenças) e ver o que cada um oferece. Conhecer sempre o pai e a mãe e pedir despistes das doenças das raças em questão. Se alguma dúvida permanecer, falar com um veterinário ou dirigir-se ao Clube Português de Canicultura. A compra a ''criadeiros'' facilita

a proliferação de doenças genéticas e o estrago das raças. Um cão comprado a um criador desses até pode vir a ser campeão de uma exposição de beleza, mas a sua compra fácil pode também resultar em abandono. Por exemplo, comprar um cão a 75 euros é totalmente diferente de comprar um cão a 1000 euros, isto é, o cão de 75 euros é fruto do cruzamento entre uma cadela e o cão dum amigo do amigo pelo qual nem se pagou a monta e se sobrarem cachorros até podem ser abandonados, daí cada vez se ver mais cães de raça em canis e abrigos. Já o de 1000 euros é fruto duma criação em excelentes condições com a escolha de dois bons reprodutores. Qualquer criador eticamente correcto não permite que cães com defeitos genéticos se reproduzam. equipa SomosRevista

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SR- Quando era pequena, o que queria ser quando fosse crescida?DC- Desde sempre tive um fascínio pelo desenho, sendo que muito do meu tempo livre, para além das brincadeiras de grupo próprias de qualquer criança, passava muitas horas a desenhar e a criar as minhas histórias com os lápis de cor e marcadores. Enquanto adolescente, olhava com admiração as minhas professoras de Educação Visual e sempre me vi crescida a desempenhar o mesmo papel. Ensinar aquilo que mais gostava de fazer, num ambiente descontraído e propício para o ato criativo.

SR- Em que projetos está envolvida atualmente? DC- Dar aulas de Educação Visual continua a ser a minha profissão e por isso também a minha prioridade, e também ela é um projeto, pois os

desafios são constantes e com eles estamos em permanente enriquecimento e aprendizagem. Em paralelo, mantenho acesa a minha paixão pelo desenho e pelas artes plásticas, no seu sentido mais lato. Adoro e sempre que posso vou ao cinema, a concertos, exposições, teatro, etc. Encontrando-me no “mundo das Artes”, é imperioso manter-me atenta aos vários domínios que a Cultura nos proporciona. Como artista plástica, tenho o dever para comigo de estar atualizada, estar minimamente informada sobre as constantes transformações que ocorrem nas Artes. Sempre que me é possível vou expondo os meus trabalhos. Recentemente, fui co-fundadora de uma associação cultural, esta de nome “ Ó da casa!”( www.guimaraesnocnoc.com ) e que surge no âmbito do Guimarães NocNoc, projeto anual cujo

à conversa com a Professora Délia de Carvalho, por Alice SousaProfessora de Educação Visual na nossa escola; coordenadora da “Somos Revista”; fotógrafa; artista plástica…

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mote é criar um roteiro artístico pedestre, na zona do centro histórico de Guimarães, onde é permitido ao público uma interação, um contato direto, não só com as obras de arte, como também com os seus autores, nos seus ateliers, casas particulares, associações, lojas e ruas. A ideia foi fazer chegar a arte a todos os públicos em ambientes não institucionais, mais descontraídos, intimistas e informais e, ao mesmo tempo, conseguir não só um maior envolvimento e participação da população local, como também proporcionar uma maior colaboração entre os criadores. Esta mostra de artes integra múltiplas disciplinas, como: cinema; pintura; dança; escultura; teatro; literatura; performance; fotografia; música, enfim, todas as formas resultantes do ato criativo eram passíveis de serem expostas. Dado o sucesso deste projeto, e tendo obtido o apoio da Capital Europeia da Cultura na divulgação do evento, foi necessário criar uma associação cultural e assim surge a “Ó da casa!”, que entretanto, tem para breve um outro evento que mais, uma vez, promete animar toda a gente. Chama-se “Guimarães yé yé” e, tal como o nome sugere, será um dia dedicado, desta feita, à música rock portuguesa que irrompeu nos anos sessenta, setenta e oitenta… é a história do chico fininho contada nos dias de hoje. Estão previstos concertos de bandas da época, tertúlias com nomes sonantes da música, como Adolfo Luxúria Canibal, documentários de música, peças de teatro e os bares e cafés locais estarão em sintonia com o evento, tendo a música yé yé sempre como “pano de fundo”. Este evento está agendado para o dia cinco de maio, não se esqueçam! Um outro projeto que acabo de desenvolver chama-se “A New Face Portrait of a diary” (www.newface.eu). Este surgiu a partir de um convite de uma artista plástica holandesa Yolanda Bovens, que tendo conhecimento do evento NocNoc, aliciou-me para integrar/colaborar num projeto seu, no qual são convidados 220 artistas de 30 países diferentes até ao ano de 2018, tendo já iniciado em 2008. O projeto “A New Face” consiste na auto representação diária do artista durante uma periocidade de três meses, num diário que nos é fornecido pela autora do projeto. Uma das finalidades deste projeto é ser exibido em algumas das Capitais Europeias da Cultura. SR- O que a levou a “abraçá-los”?DC- É mais uma forma de me manter ativa, “acordada” e realizada profissionalmente. Todos estes projetos envolvem equipas, pessoas com quem partilhamos ideias, conversas, companhias, sorrisos, planos.

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Aprendemos, damos e, sobretudo, recebemos. Por vezes, e não querendo subestimar os resultados, a participação num novo projeto é o mais desafiante e todo o percurso é descoberta e aprendizagem.

SR- Fotografa e pinta. São duas formas diferentes de alcançar o mesmo fim?DC- Julgo que todos os processos criativos nascem de um ímpeto, de uma vontade interior que tem necessidade de ser exteriorizada, não necessariamente, ou nem sempre, à procura de atingir um fim. O ”fim”, neste caso, deverá ser se conseguimos fazer passar a mensagem. No que às minhas obras diz respeito, pretendo que elas “falem” sozinhas, e se assim não ocorrer, o meu trabalho não resultou. Para mim, é essencial que trabalho criativo comunique com o espectador. Cumpre ao desenho/pintura/fotografia dar a conhecer ao outro novos caminhos, novos possíveis, novas estórias, por isso, sim o mesmo fim.

SR- Prefere fotografar/pintar pessoas ou outros elementos da realidade envolvente? Porquê?DC- Sem hesitar, pessoas. Talvez por as pessoas serem mais complexas, mais misteriosas. Interessa-me captar as emoções e sentimentos, especialmente, os mais escondidos, e todos Nós, somos pessoas com mais Eus. Muitas vezes, (talvez porque estejamos habituados às regras ditadas pela sociedade na qual estamos inseridos) vestimos outras capas, outras roupagens e acabamos por ocultar, algumas vezes até de nós próprios, o nosso mais verdadeiro Eu. Depois, para além da panóplia de capas/máscaras que possamos recorrer, ou

não, somos todos em primeiro lugar seres únicos e irrepetíveis. Para mim, as pessoas são o referente máximo para as estórias que pretendo contar através do meu trabalho.

SR- Pinta quando lhe apetece, quando lhe chega a inspiração ou define horários de trabalho, momentos do dia ou da semana que marca na agenda para realizar essa atividade?DC- Idealmente, pinto quando surge a chamada inspiração. Quando o dever pede que seja feito de outra forma, como por exemplo, quando tenho que levar a cabo uma encomenda e esta tem um prazo de entrega, o trabalho torna-se mais lento, menos atrativo, está em negação. No meu entender, as encomendas, por vezes, podem inibir um bom resultado, pois existe uma preocupação extra – o ter de agradar a outro - e negligenciamos, deste modo, mesmo que inconscientemente, a nossa criatividade, o voo, o improviso. No entanto, gosto de pintar em qualquer hora, dia, noite, manhã ou tarde, desde que tenha tempo livre e a vontade a chamar.

SR- Quem são os seus pintores preferidos? Porquê?DC- Egon Shielle, Modigliani, Klint, Paula Rêgo, Lucien Freud, Alice Neel, Soutine, Stanley Spancer e muitos outros. Refiro estes porque também eles são figurativos. As suas obras são para mim uma fonte de inspiração e admiração. São pinturas cujas cores e pinceladas revelam muito mais que impulsos ou gestos, transmitem sensações e não ficamos indiferentes ao visioná-las.

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SR- Insere-se em alguma escola de pintura? Como definiria a sua pintura?DC- Na contemporaneidade existe uma maior liberdade de criação, não existe um movimento artístico específico que vingue. São muitos os caminhos, as opções, as técnicas, as temáticas e tudo pode ser válido. O importante é arriscar sem medos. No meu caso, em concreto, a minha pintura é figurativa e, apesar de já ter um traço que me caracteriza (pelo menos assim espero), também se denotam influências do passado, da escola expressionista, sobretudo.

SR- Já fez várias exposições. Como seleciona os trabalhos a apresentar ao público?DC- Preocupo-me que sejam coerentes entre si, ou seja, que tenham as mesmas técnicas e materiais e que abordem o mesmo tema. De preferência com as mesmas dimensões, mas, fundamentalmente, procuro que juntos contem uma história. Normalmente os meus trabalhos enquadram-se por séries que datam de um determinado período.

SR- Enquanto docente, considera que a arte está bem tratada pelo nosso sistema de ensino ou mudaria alguma coisa ao nível dos currículos?DC- Julgo que o ensino das artes é muito descurado no nosso país. São muitos os pais, que ainda hoje, revelam grande preocupação aquando os seus filhos apontam como sonho ou carreira uma via artística. Ainda não entenderam que, para ser-se um bom profissional, é necessário estar-se apaixonado pelo que se faz. Só deste modo poder-se-á marcar a diferença, sobretudo nos dias

de hoje, onde a concorrência e rivalidades são cada vez mais ferozes. As profissões da “moda”, ou que em outros tempos garantiam uma posição monetariamente mais confortável nem sempre são sinónimo de realização pessoal, para além do facto que o status social, que outrora uma determinada carreira augurava há uns anos atrás, hoje é já um conceito obsoleto.Relativamente aos currículos que vigoram nas escolas portuguesas denotam também eles uma visão a meu ver um pouco arcaica, no sentido em que as Artes são consideradas disciplinas de importância menor. A carga horária é curta e em muitas escolas secundárias tão pouco existe a opção de um ensino orientado para as artes. Numa sociedade onde o poder da imagem e a comunicação visual são extremamente marcantes, seria necessário que o ensino de disciplinas como o teatro e oficinas de expressão plástica tivessem uma presença mais vincada nas escolas. O ensino das artes contribui para a formação de qualquer indivíduo, não só desenvolvendo o seu sentido estético, como também a sua desenvoltura, socialização com os outros, o seu sentido crítico e maior capacidade de raciocínio abstrato.

equipa SomosRevista

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à conversa com o meu professor deEquitação Diogo Ferreira

JM- A partir de que momento e de que forma a equitação surge na tua vida? E quem foram os teus mestres?D.F. – Aos 14 anos, penso eu, fui com o meu pai e outros amigos a Silva Escura, onde tinha cavalos. Nessa altura os cavalos não despertavam a minha atenção, mas o meu pai montava e eu ficava a vê-lo. Até que um dia, ele decidiu comprar uma égua e aí eu pedi para dar uma volta. A primeira vez tive medo e não quis mais. Depois, um dia, senti uma vontade enorme de montar; então, pedi a uma amiga para aparelhar a égua e levei-a para o picadeiro, sem o meu pai saber. Montei sozinho, cerca de 1h30, e no entretanto o meu pai apareceu e foi-me dando algumas dicas. Foi, então, a partir daqui que o meu gosto começou a crescer pela equitação.Quanto aos meus mestres, só os tive quando fui para Alter do Chão (EPDRAC), no Alentejo, foram eles: Martins Abrantes, Luís Lupi e Balula Cid.

JM- Quando te assumiste como cavaleiro federado? Qual a tua modalidade de eleição?D.F. – Só me inscrevi na Federação Equestre Portuguesa, quando fui para a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão, porque tinha de participar em provas para as quais era uma

condição eu ser federado. A minha modalidade de eleição é salto de obstáculos.

JM- Quais foram os principais momentos do teu percurso até te tornares cavaleiro profissional?D.F. – Embora já tenha um percurso na vida equestre, não me considero cavaleiro profissional, pois, no meu entender, esses são aqueles que conduzem a sua vida em função das provas, e eu não faço isso.

JM- Há algum ou alguns cavalos que tenham sido importantes no teu caminho?D.F. – Sim, há, a minha Lady, porque foi com ela que eu aprendi a montar, embora possa parecer estranho foi ela que me ensinou. E tive, também, um cavalo, o Bacardi, que foi “emprestado” por um colega do meu curso para eu o poder realizar.

JM- Falando agora das competições e prémios, há

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algum ou alguma que recordes com maior orgulho?D.F. – Não há nenhum que recorde com mais orgulho, sendo que dou mais importância à participação para o alcance de uma maior experiência, tanto a mim, cavaleiro, como para o cavalo.

JM- Existem alguns cavaleiros ou cavalos, da atualidade, que acompanhes com interesse?D.F. – Os únicos cavaleiros que acompanho, neste momento, com interesse, são os meus alunos visto que noto neles uma grande dedicação, tentam sempre dar o seu melhor e, por fim, são o reflexo do meu trabalho. Vê-los evoluir é para mim um orgulho, pois por detrás dos cavaleiros que eles são está todo o meu esforço como professor.

JM- Existe algum episódio ou acontecimento particular da tua carreira que queiras lembrar?D.F. – Durante a realização de uma prova, montando a minha égua, a Lady, eu atrapalhei-me, esqueci-me do percurso e a égua tomou a decisão por mim e saltou o obstáculo à sua frente. Como eu não esperava tal comportamento, desequilibrei-me e agarrei-me ao pescoço dela, ficando pendurado, sendo que ela continuou em andamento. Por fim, deixei-me cair e fiquei por baixo dela, entre os pés e as mãos. Posto isto, a égua espreitou para ver o que se passava e, gentilmente, levantou o pé direito para eu sair.

JM- Atualmente, és professor e dono da tua própria escola de equitação – EQUI MAIA. Quais são os teus planos para o futuro? Apenas pensas continuar como professor?D.F. – Sim, para já quero continuar a dar aulas e, talvez, quando surgir a oportunidade, competir outra vez, quem sabe quando levar algum aluno que esteja preparado para tal.

JM- O que consideras mais importante na equitação?D.F. – Para mim, o mais importante é a relação desenvolvida entre cavalo e cavaleiro, porque o cavaleiro tem de confiar plenamente na sua montada para conseguir uma boa prestação com

o cavalo. Devem atuar, portanto, como um só. Esta ligação não é fácil de conseguir, não basta montar, é preciso acarinhar e mimar o cavalo, tratar dele!JM- Visto que ensinas jovens a montar, quais são as principais características que um cavalo de ensino deve possuir?D.F. – O cavalo ideal para ensinar principiantes na disciplina de equitação deve ser tranquilo, calmo e já com muito trabalho. Estas características são normalmente associadas a cavalos já com alguma idade.

JM- Quais os princípios básicos de um treino para se chegar ao sucesso?D.F. – A experiência do cavaleiro e do cavalo são muito importantes na caminhada para o sucesso. Para que seja um treino completo, deve montar-se vários cavalos e trabalhar as diferentes modalidades de forma a criar alguns obstáculos ao cavaleiro para este evoluir cada vez mais.

JM- Que conselho deixarias para os jovens cavaleiros que queiram optar pela equitação, e pelo ensino em particular, a nível profissional?D.F. – O conselho que eu deixo é que, se, realmente, querem optar pela equitação, devem estar cientes de que é um desporto dispendioso e obriga a uma vida dedicada aos cavalos, pois é preciso tratar deles todos os dias. Para aqueles que queiram ter o seu cavalo, devem ter consciência que têm de ter conhecimentos para poder prestar todos os cuidados necessários ao animal. Assim sendo, pratiquem primeiro e só quando estiverem completamente decididos quanto ao que querem seguir, aí, sim, optem por ter cavalo próprio.

Uma cavaleira orgulhosa do seu professor,Joana Moreira |12E

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vale a pena

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A história do Jardim Botânico do Porto confunde-se com a da família Andresen, antiga proprietária da quinta. Os avós de Sophia de Mello Breyner (conhecida autora de uma riquíssima obra poética e em prosa) foram os principais responsáveis pela riqueza e exotismo dos jardins, em parte, devido à competição “feroz” com os vizinhos do lado, os Burmester: ambas as famílias queriam ter as mais belas e variadas plantas, oriundas das mais diversas partes do mundo. A casa da família, recentemente restaurada, apresenta-se agora em todo o seu esplendor, enquadrando-se em todo o espaço de forma harmoniosa, pela sua simplicidade e simetria. O jardim dos Jotas, um dos muitos jardins da quinta, homenageia os avós de Sophia, João e Joana, e é nesse local que foi recentemente colocado um busto da escritora. Por estas razões e pelas que se seguem, vale mesmo a pena visitar o Jardim Botânico do Porto, porque…

visitar o Jardim Botânico do Porto

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“é um lugar calmo e relaxante, cheio de plantas maravilhosas e novos cheiros. É perfeito para um passeio romântico…” Ricardo Rodrigues|8F

“é como viajar pela flora de imensos países apenas num só jardim, no meio de uma cidade atribulada, e conhecer a vida de Sophia de Mello Breyner Andresen e os sítios onde se inspirava, num sopro!” Mariana Pereira|8F

“é um local enorme, cheio de vida, (…)é o local ideal para o estudo da Biologia.” José Pedro Areosa|8F

“a casa da família de Sophia é interessantíssima, pela sua história e arquitetura inovadora.” Gonçalo Maia|8F

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vale a pena

Informações úteis: o Jardim Botânico do Porto situa-se na Rua do Campo Alegre e é um espaço com mais de quatro hectares, aberto ao público todos os dias e de entrada gratuita. Oferece também um serviço de visitas guiadas para grupos.

Professora Alice Sousa

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Vale a pena ler...

O meu gosto pela leitura vem de muito cedo. Em criança gostava de ler as aventuras dos famosos Cinco, o imortal Tio Patinhas, etc. Na adolescência, devorava os livros de bolso, especialmente os de cow-boys, os de terror, não falando das famosas fotonovelas, que eram um vício naquele tempo. Com o passar dos anos, os meus gostos foram variando, passando a ler Agatha Christie, Sherlock Holmes, Ernest Hemingway, entre outros.Tal gosto pela leitura talvez se tenha devido em

grande parte pela inexistência da televisão e outros meios audiovisuais. Os livros eram, portanto, uma forma de viajarmos pelo mundo, de imaginarmos cidades, povos e costumes. Ao lermos um livro, era como se estivéssemos a ver um filme, tal era a nossa imaginação. Houve muitos livros que me marcaram. Entre eles destaco uma trilogia cuja autora recebeu o prémio Nobel da literatura de 1938. Trata-se de Pearl S. Buck, uma escritora norte americana que passou grande parte da sua vida na China. Os títulos que formam a trilogia são: Terra Bendita, Os Filhos de Wang Lung e Casa Dividida. A história do lavrador Wang Lung e da sua mulher O-lan é uma história de luta pela sobrevivência, pela posse de um pedaço de terra. É comovente, uma obra que nunca me canso de ler e que recomendo vivamente. Augusta Santos, Assistente Operacional

A escrita deste livro é de uma profundidade tremenda e particularmente interessante!A forma como as situações são descritas é realmente excepcional! Enquanto lia o livro, consegui mesmo encarnar a personagem, sentir tudo como se tudo estivesse a acontecer diante dos meus olhos. Mas, para mim, o melhor de todo o livro é o enredo que se forma à volta de um segredo que é guardado a todo o custo, independentemente das consequências. Aliás, uma das personagens principais, Hanna, acaba por se envolver em crimes nazis, de forma a proteger o seu segredo.Todos sabemos que o período Nazi foi um dos períodos mais negros de toda a história da humanidade, e a obra apresenta uma reflexão profunda, por parte de uma das personagens

principais, Michael Berg, acerca deste tópico.Para mim, é absolutamente extraordinária a maneira como Hanna sofre e ao que se sujeita apenas para não ter que revelar o seu segredo! Toda a sua vida, todas as decisões e todas as suas acções se constroem em volta de algo que não quer revelar. Mas será que Hanna conseguirá ocultar o seu segredo com a sua morte ou alguém irá descobri-lo e, talvez até, revelá-lo?

Maria Vieira Silva|11B

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O que ando a ler?Um romance do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, “Cem anos de solidão”.Esta é a história de uma família ao longo de várias gerações, cujo olhar do narrador se vai repartindo igualmente entre as figuras femininas e as masculinas, revelando ao leitor as suas relações, mais ou menos harmoniosas, mais ou menos conflituosas. O que mais me seduz na escrita de Garcia Marquez é mesmo a riqueza interior das suas personagens, a sua humanidade crua e despojada de artifícios. As mulheres e homens que povoam este e os outros romances do autor são como nós, seres humanos cheios de defeitos e fragilidades, mas capazes de se darem aos outros, sem reservas, nos momentos de maior urgência. Cada personagem é um mundo de emoções e sentimentos, íntimos e apaixonados, em conflito com a frieza e a secura de uma sociedade inevitavelmente espartilhada, que muitas vezes nos impede de viver, de realmente viver. Esta é uma obra que transborda emoções, que nos inquieta, que nos enche a alma e o coração, que acorda em cada um de nós os sentimentos e os valores mais importantes, e, para mim, isso é o que faz de um livro um grande livro, um dos muitos a que nos apetece voltar, qualquer dia… Professora Alice Sousa

Recomendo para descontração nas férias a leitura do livro " A Bíblia de Barro" da escritora Julia Navarro, cujo enredo nos prende desde o início até à última página, pela diversidade de personagens, épocas e locais onde a história se desenvolve e todo o enigma à volta da provável existência de uma bíblia escrita em tabuinhas de barro, ditada pelo próprio Abraão a um discípulo. A história decorre durante a invasão do Iraque colocando-se em causa a origem da mesma e os seus objetivos, com a grande espoliação dos seus objetos de arte, mas levando-nos

também ao tempo de Abraão e ao período nazi. A escritora mantém o leitor empolgado e ansioso até ao fim do livro com as várias personagens que nele intervêm, mas essencialmente com um grupo de anciãos milionários de vários países, que partilham um propósito comum, a eliminação da família Tannenberg. É uma leitura apaixonante que prende todos os leitores, mesmo os menos entusiastas.

Alina Torres, Encarregada de Educação da aluna Ana Cláudia

Torres 11B

" A Bíblia de Barro"

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Seguido o conselho anteriormente dado de uma visita ao norte de França, eis-nos, de novo, a sugerir um roteiro. De facto, a França não se esgota numa só publicação, numa só sugestão, numa só viagem. Despedindo-nos dos gauleses, dos crepes, do artesanato bretão, do ar campestre das montanhas e das águas frias do Oceano Atlântico, rumamos, agora, em direção ao sul, às águas quente e “glamoureuses” do Mediterrâneo. Verdadeiramente cosmopolita, o sul da França proporciona uma diversidade de vivências, a todo o tipo de visitante. Toulouse, cidade universitária, obriga-nos a uma paragem. Esperam-nos monumentos marcantes da Idade Média: Basilique de St.Sernin, Les Jacobins e Musée des Augustins. Já começamos a sonhar? Não?! Então, imaginamo-nos na Lua...Brincamos aos astronautas na Cité de l’Espace e numa nave espacial partimos de Toulouse para Carcassone e retomamos a nossa viagem no tempo. Em Carcassone, procuramos os vestígios dos nossos antepassados romanos. Burgo que protegeu as populações durante séculos, a cidade fortificada faz-nos reviver a época das cruzadas, não só quando nos passeamos nas ruas agradavelmente pitorescas, mas também quando visitamos o Château Contal e a Basilique Saint- Nazaire. A Carcassonne juntam-se outros destinos bem interessantes onde é inevitável o encontro com os gladiadores romanos ora na arena de Nîmes ora na de Arles, verdadeiros documentos da presença da civilização romana na velha Gália. Descobri-los, será certamente,

Ainda a França….Bienvenus à la Rivière Française!

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vale a pena

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um prazer! E se quisermos contemplar toda a região de Languedoc- Roussillon, nada melhor que um balão de ar quente, sobrevoando-a até ao mar. Chegamos, então, à exótica e multirracial cidade de Marseille. Em Notre Dame de la Gare agradecemos o percurso feito e vislumbramos toda a cidade, incluindo a ilha onde se localiza o Chateau D’If, espaço escolhido por Alexandre Dumas para o fatídico destino do Conde de Monte Cristo. Antes de partir, uma passagem pelo Musée des Beaux Arts, no Vieux Port, do qual, depois de saborearmos um delicioso peixe, navegamos em direção a Saint-Tropez. Caminhando lado a lado com o pitoresco e com o charme, percorremos os muitos cafés e as “petites boutiques” que caraterizam esta antiga cidade, destino dos artistas que, desde os anos vinte, buscam a inspiração nos seus maravilhosos recantos. Estamos em plena Riviera Francesa…a brisa conduz-nos até à magnífica cidade de Cannes, onde, por momentos, vivemos a magia do cinema. Espera-nos a soberba Promenade de la Croisette , até ao Palais des Festivals. Em qualquer esquina, podemos encontrar uma estrela de cinema, sobretudo em Maio, mês em que se realiza o famoso festival de cinema de Cannes. Mas, se não nos cruzarmos com a nossa “estrela” poderemos sempre descobri-la no jardim circundante…é só olhar para o chão!

Fascínio, ilusão, colorido, “glamour”: eis o local que se segue – Nice. Começamos por uma caminhada na “Promenade des Anglais”, sentindo a brisa marítima. Confortavelmente instalados, saboreamos um cocktail numa esplanada sobre as praias, enquanto admiramos as águas calmas do Mediterrâneo e sonhamos com a experiência de um Carnaval passado à beira mar. Referimo-nos ao segundo maior Carnaval da Europa que decorre ao longo de 12 dias festivos plenos de alegria. C’est la folie !!!Acordamos do nosso sonho? Ainda não! Alugamos uma limousine e subimos a Corniche até ao principado do Mónaco, e sentimos, indefinível, a fronteira entre o real e o irreal. Extasiamo-nos numa viagem onde o mar abraça as montanhas, num recorte desigual, misterioso e singular que nos enleva num sonho inesquecível e paradisíaco. Seguimos pelos extraordinários jardins exóticos até ao Palácio dos Grimaldi, sem esquecer uma breve visita à catedral. Depois, subimos a MonteCarlo (quem sabe ao volante de um Ferrari?) e tentamos a sorte no Grand Casino…Finalmente…acordamos deste aparente devaneio … Espera-nos o regresso! E na próxima edição espera-vos um outro destino em França…”Surprise”!!! Professoras Elisabete Oliveira e Margarida Portela

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La ville de Toulouse vue par une étudiante portugaise, Daniela Costa|12E

Toulouse - La Ville Rose

La France m’a toujours fasciné, donc dès la 7e année que j’étudie la langue française et les dernières grandes vacances, je suis partie en France et j’ai décidé d’y faire mes études supérieures. Université choisie ? Toulouse.Dans cet article, je vous présente ce que j’ai éprouvé quand j’ai visité cette belle région française.Pour ceux qui aiment un patrimoine culturel riche et diversifié, plein de souvenirs historiques pour découvrir, la ville de Toulouse nous présente un monde où tous nos désirs se réalisent.Visiter la Salle des Illustres à l’intérieur du Capitole, le Jardin des Plantes ou même se balader au bord de la Garonne est, dans tous les cas, un retour au passé, aux origines toulousaines. On peut, en fait, sentir l’essence humaine, cette force intérieure qui transforme la matière en art vivante.Si vous n’êtes pas prêts à absorber toute l’intensité artistique du centre toulousain, il y a d’autres lieux calmes également beaux et fascinants. Le village de Muret nous offre aussi des services sociaux nécessaires pour jouir des moments spéciaux avec

une qualité, un confort et une simplicité surprenants. L’existence de plusieurs organisations culturelles permet de classer Muret comme une attraction pour les amants du théâtre, de la dance, enfin, des arts en général. Les choix sans fin plaisent tous les goûts. ALLEZ-Y !! Bon Voyage ! Je suis sûre qu’il n’y a pas de roman si beau comme une relation passionnante entre le présent et le passé. « Paris pour voir Lyon pour avoir Bordeaux pour dépendre Et Toulouse pour apprendre. »

(Dicton datant probablement de la Renaissance)

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Sabias que...

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... a nossa escola sempre apostou em projetos da mais variada índole, não só a nível nacional, mas também envolvendo parcerias com outros países europeus? É o caso do Projeto Comenius "Beyond the Obvious" ("Para além do óbvio"), que estabelece uma parceria entre a ESCM e uma escola em Koper, na Eslovénia.Este projeto está a ser desenvolvido pela turma G do 8º ano e desenvolve-se em torno de três eixos fundamentais: a herança cultural, a robótica e a solidariedade. Este último eixo começou a ser trabalhado no ano passado, em parceria com o CAT da Prosela "A Causa da Criança", e envolveu várias atividades para recolha de donativos e visitas à instituição.A exposição realizada no dia 5 de Dezembro de 2011 e um inquérito disponibilizado a toda a comunidade escolar (alunos, professores, agentes

operacionais, pais e encarregados de educação) foi a forma escolhida para apresentar o trabalho a desenvolver nesta parceria à nossa comunidade educativa. A próxima atividade, em março, envolve uma deslocação de 12 dias a Koper, na Eslovénia, onde os nossos alunos terão oportunidade de partilhar vivências, costumes e tradições com alunos eslovenos da mesma faixa etária e viver experiências inesquecíveis,Em 2013, será a nossa vez de acolher os nossos parceiros eslovenos, estando prevista a participação no evento Roboparty, organizado pela Universidade do Minho.Por agora, preparamos as malas e (e as nossas famílias!) para a nossa viagem a Koper. Em breve, teremos muitas histórias para contar... Professora Rita Gonçalves

Projeto Comenius "Beyond the Obvious"

sabias que ...

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Uma Escola Com Vida e Pela Vida

Sabias que...A nossa escola está mais uma vez a participar no Projeto “Energia com vida faz a diferença!”, promovido pela EDP Gás no âmbito da Plataforma “Rede Escolas Solidárias”.Com o lema “Através dos Jovens, pelas Escolas, com a Comunidade” pretende-se ensinar e motivar os jovens a construir uma rede de solidariedade para ajudar os que hoje precisam, dando-lhes a oportunidade única de chegarem à idade adulta com o sentimento de que conheceram os problemas e agiram no sentido de os resolver.Todos estão convidados a participar, contando com o apoio dos Diretores de Turma e do Clube de Cidadania, com vista a angariarmos o maior número de artigos de primeira necessidade – bens alimentares não perecíveis e produtos de limpeza e higiene – que serão posteriormente distribuídos por cabazes solidários a entregar a idosos e a famílias carenciadas do Concelho.Em nome daqueles que atravessam momentos difíceis, agradecemos desde já a generosidade de todos. Professor Ilídio Machado

Sabias que......a nossa ex-aluna Joana Montanha, que frequentava o 9B no ano lectivo anterior, já ganhou o seu primeiro concurso como designer gráfica, com um postal de natal criado para a empresa GVP...Parabéns Joana! Professoras de Educação Visual

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Sabias que...

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Como já deves saber a nossa escola, através da equipa da somosrevista e em parceria com a editora Edita-me, lançou um novo desafio aos alunos dos 7º ao 12ºano de escolaridade: serem co-autores do livro “Palavras com cor”. Uma edição com textos e imagens produzidas por alunos.

O evento do lançamento do livro está previsto para o dia 6 de Junho de 2012, às 18:45h, aqui nas escm. Aparece! equipa somosrevista

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A língua é um património vivo. Como todo o tipo de património, ela deve ser apreendida, cuidada, trabalhada e preservada. Este património em particular, divide-se em duas vertentes distintas, mas não independentes: a língua oral e a escrita. O papel que uma instituição de ensino desempenha, pode (e deve) ir além do ensino da língua. Conseguir motivar para uma correcta e completa utilização, no nosso mundo em que, por força das tecnologias, proliferam as mnemónicas que em nada contribuem para um correto desenvolvimento da escrita, é um objetivo que deve ser encarado com coragem e determinação.A língua escrita é talvez a melhor forma de comunicação conhecida. Através dela, eternizam-se pensamentos, sentimentos, ideias e emoções.Preparar os mais novos para desde cedo, fazerem não apenas um correcto uso da linguagem escrita, mas exercerem sobre ela um domínio que lhes possibilite utilizá-la como uma mais-valia efectiva no futuro, é um dos maiores desafios a que nos podemos propor.Porque acreditamos que a boa escrita, nasce do exercício da mesma, propomo-nos a apresentar aos mais novos incentivos para que eles se sintam motivados para a prática desse exercício, não com uma finalidade inócua, mas com aquele que talvez seja o fim mais nobre que um qualquer escrito possa ter: o fazer parte constituinte de um livro.E porque um dos aspectos fundamentais de qualquer língua é a sua compreensão, o que acontece nos primeiros estádios

de desenvolvimento, convidamos os mais novos, os que ainda não dominam a língua escrita, a desenvolverem a sua participação através da ilustração dos textos que os mais velhos desenvolveram, procurando desta forma, estreitar relações de cooperação e cumplicidade entre todos.Assim nasceu este projecto. Esperamos que através dele, nasçam muitos livros. Cada vez melhores. Cada vez “maiores”. Com cada vez mais e melhores autores.

A Escola Secundária do Castêlo da Maia, surge como uma das instituições que, com consciência do seu papel activo e interventivo na comunidade educativa, decidiu abraçar este projecto e proporcionar aos seus alunos, a possibilidade de uma (eventual) primeira participação num livro, através das palavras e ilustrações por eles produzidas.Parabenizando os elementos da equipa “Somos Revista”, é com prazer que vemos nascer mais este projecto, que estamos certos, irá deixar uma marca muito positiva em todos quantos nele participarem e, quem sabe, abri-lhes as portas do mundo da escrita publicada em livro. Carlos Lopes (editor)

edita-Me, Editora, Lda.E-M@il: [email protected]: 965 393 431www: http://www.edita-me.ptblog: http://edita-me.blogspot.com

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7º ano

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Leonor 7G

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Ana Celeste 7G João Pedro 7D

Ana Fernandes 7D

José Francisco 7D

David 7F

Duarte 7F

Margarida 7GCatarina 7E

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Wilson 7E

Maria Castanheira 7D

Margarida 7G

Bernardo C. 7D

Jorge 7D

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Matilde 7D

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Emanuel 7C Inês Cunha 7F

Tiago 7G

Sara 7C

Sofia Ferreira 7D

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8º ano

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pontos de vista

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“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.

Todos nós ouvimos esta expressão desde muito

pequeninos, na rua, na escola e até em casa,

sentados no colinho dos avós, enquanto estes nos

contam as suas histórias de criança. Como já nada

é como era dantes - e todos conhecemos o seu

significado - com o passar do tempo, o mundo em

que vivemos altera-se, evolui e, com ele, todos nós.

Há alguns anos atrás, assuntos como o divórcio,

o sexo antes do casamento e tantos outros eram

evitados e até mesmo considerados moralmente

incorrectos, enquanto que, nos dias de hoje,

são mencionados, numa simples conversa de café. No

entanto, a sociedade actual ainda apresenta tabus para algumas pessoas de

outro tempo, de outras gerações.

Mas o que é, na realidade, uma geração? Podemos simplesmente delimitá-las?

Falar de uma geração de dez em dez anos? Ou será que há algo que nos ajuda

a distingui-las?

Não podemos dizer que sejam momentos importantes da História da nossa

nação que as diferenciam, pois tão rapidamente encontramos a “Geração 25

de Abril” como a “Geração Dartacão”.

O “fator tempo” também não parece ser relevante, pois uma geração tanto

pode abranger 5 como 20 anos de História.

Se pensarmos bem, nem é possível dar um nome fixo a uma determinada

geração. Por exemplo, as expressões “Geração à Rasca” e “Geração Canguru”

apenas representam dois fatores que marcam uma mesma geração!

Assim, cada um de nós pode simplesmente dar um nome à geração de que faz

parte, sem ter de se preocupar com a relevância do que a torna única, quer

seja um acontecimento como uma 3ª Guerra Mundial ou um simples desenho

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SomosRevista 77

animado que se torne popular.As pessoas mais velhas dizem-nos, inúmeras vezes, que a nossa geração é

abençoada, pois temos muito mais facilidades, aos mais variados níveis, sendo

as novas tecnologias uma das predominantes. Poderíamos mesmo chamar à

nossa geração a “Geração Clique”!No entanto, as gerações mais antigas, com certeza, também tiveram a sua

quota-parte de “momentos felizes”. Lembro-me dos meus pais me contarem

as suas aventuras e brincadeiras, enquanto tentavam namorar às escondidas.

Lembro-me das traquinices da minha irmã, quando me tentava ensinar a andar

de patins. Até as maluqueiras que os meus primos diziam viver diariamente, me

estão presentes na memória.Talvez aquilo do que sinto mais falta sejam esses pequenos momentos de

liberdade que vivi apenas em criança e com limitações, enquanto outros, outras

gerações, os puderam aproveitar ao máximo. Jogar bola até as onze da noite,

correr à chuva e encher as ruas de berlindes coloridos…Gostava de fazer parte de uma geração que vivesse tudo isso … e muito mais,

uma “Geração Bolinha de Trapos”.Todos nós temos uma visão própria do mundo e, por isso mesmo, todas as

gerações se tornam abençoadas, se souberem retirar o pior dos melhores

momentos. Selene Silva |11B

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pontos de vista

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Muito se tem falado (ou pouco) nos últimos tempos de idosos que acabam por ser encontrados mortos, após dias, meses (e anos!) de “desaparecimento”. É com alguma ligeireza, e até, por vezes, de sorriso nos lábios, que os vizinhos entrevistados vão dizendo “já não o (a) via há duas, três semanas”; “via-a (o) todos os dias aqui na rua”. E à pergunta se não estranharam deixar de ver a pessoa respondem tão simplesmente sim… como se fosse normal. Estranho é ninguém estranhar, ninguém se questionar ou preocupar. Esta invisibilidade, este ninguém saber (querer saber) nada de ninguém é altamente preocupante. Quem viveu em meios pequenos sempre se queixou do contrário. Os vizinhos conheciam as rotinas, os horários e os hábitos uns dos outros. Tanto que, por vezes, incomodava! Era mal visto e criticável. Todos apontavam o dedo à vizinha que espreitava por detrás da cortina e sabia a que horas saíamos, entrávamos, com quem íamos e com quem regressávamos. Era a “coscuvilheira” que sabia tudo da vida dos outros. Há pouco tempo, um

aluno dizia-me «Adoro aquele programa, não consigo deixar de ver! É viciante! Quando quis saber que programa, eis a surpresa perante a minha ignorância: «A professora não vê a “Casa dos Segredos”?», «Não conhece o/a… ?». De onde vem este interesse pela vida do outro? O que se quer ver? O que se quer saber? O que faz com que tanta gente goste, acompanhe, viva programas onde se “espreite”, espie a vida dos outros? As audiências desses programas batem recordes constantemente, mas questionados se vêem (O meu computador acabou de colocar o acento circunflexo na forma verbal. Vou deixá-lo ficar, porque, está muito frio e não quero constipar o “e”.) os portugueses não admitem. Talvez seja este sentimento que os faz nas sondagens à boca das urnas ocultar o seu real sentido de voto! Esta negação, esta não assunção dos nossos actos parece estar a enraizar-se. Não sei se se trata de falta de responsabilidade ou de maturidade para arcar com as consequências do que fazemos ou receio de sermos criticados ou prejudicados pelas

«Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante.»(José Saramago, discurso de entrega do prémio Nobel, Estocolmo, 10 de Dezembro de 1998)

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decisões tomadas. Quando um governo eleito começa a implementar medidas negativas e que fazem descer os índices de popularidade, é frequente as pessoas desculparem-se dizendo «não votei neles, quem votou agora que se “amanhe” como puder!» ou atacarem quem declaradamente assumiu a sua preferência! A democracia deu-nos esse enorme direito de podermos escolher, mesmo que depois nos arrependamos ou não. Hoje, mais do que nunca, estamos perto de tudo, «à distância de um clique», repete o slogan, mas longe de quem está perto, digo eu. Conversámos com amigos (alguns que pessoalmente nunca vimos), familiares, colegas de trabalho e até desconhecidos estejam eles onde estiverem. Trocamos mensagens, comentários; partilhamos fotografias e momentos; convidamos para eventos e jogos, ligações e aplicações… Passamos horas e horas ligados para estar em contacto… às vezes com pessoas que passam dias e dias ao nosso lado. Nessas alturas, lado a lado, de olhos nos olhos, não conversamos. Trocamos palavras de circunstância

«Olá, então tudo bem?» e continuamos o nosso caminho, mal ouvindo a resposta e retribuindo a mesma sem escutar o retorno. Mas depois no nosso “PC”, por detrás da distância física que nos separa, dentro das quatro paredes que nos resguardam /escondem do mundo, aí já somos sociáveis, afáveis, meigos e carinhosos, preocupados e interessados por tudo e por todos. (Para quem por circunstâncias diversas se encontra fisicamente distante dos seus, este é o melhor veículo para se manter em contacto e acalmar as saudades). O que se ganhou em conhecimentos, possibilidades, alternativas perdeu-se em contacto humano real. É a era das relações virtuais, à distância e com a mesma rapidez que alcançamos os nossos antípodas, afastamo-nos do nosso vizinho, colega, amigo ou familiar… No dia em que termino estas reflexões, o fim da tolerância de ponto no Carnaval é, ainda, uma notícia no topo da informação. Soube que o infantário das minhas filhas estará aberto na terça-feira. Quando ouvi da boca da Educadora esta

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pontos de vista

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“novidade”, assolou-me uma tal tristeza que me surpreendeu! Entendi (e partilho) as palavras de um ex-autarca do partido do governo que, no fim-de-semana, afirmara sentir-se triste pelo fim da tolerância e chamava a si legitimidade para proferir tal afirmação, porque, enquanto autarca, nunca apoiou, patrocinou os festejos de Carnaval no seu concelho. Como entendi! Nunca fui grande adepta ou foliona do Carnaval. No entanto, fiquei tristíssima. Nesta fase que o país atravessa, de facto, não faria sentido manter as tolerâncias (todas as outras que conhecemos que se preparem…). Cortar feriados como o 5 de Outubro ou o 1 de Dezembro e manter tolerâncias?!... Não pareceria muito coerente. Mas pior do que a falta de coerência seria o duro golpe na produtividade nacional! Questiono-me até que ponto esta medida irá melhorar os índices de produtividade deste país. Para bem de Portugal, espero que sim! Esta nação foi feita à custa de tantos 5 de Outubro, 1 de Dezembro ou 31 de Janeiro, entre outros. Já que estamos a hipotecar toda uma cultura, uma história e uma identidade, espero mesmo que a economia cresça graças a esses 2+2 dias (e agora mais 1). Curioso é notar que todos (e este todos não sei bem quem são…) nos acusam de termos feriados a mais, pontes, férias e absentismo no trabalho. Todos dizem que os portugueses que emigram são excelentes e dedicados trabalhadores. Mas alguns esquecem-se de enaltecer os que, cá dentro, dão exemplos para todos os arautos lá de fora. A “AutoEuropa”, grupo estrangeiro de reconhecido valor e importância, tem na sua fábrica de Palmela os funcionários menos absentistas de todo o seu grupo. Em Palmela, Portugal com trabalhadores portugueses! Onde estará a diferença? Por que será que os trabalhadores da “AutoEuropa” não faltam tanto? Está aqui um mistério de que pouco se fala.Aproveito, ainda, este tempo/espaço para falar dos amigos. Amigos reais, não os virtuais. Os que me inspiram, os que ouço, os que ouvem. Aqueles que mesmo longe ou bem perto sei e sabem que a amizade se constrói de pequenas coisas, de gestos simples, de vivências partilhadas, de olhos nos olhos, de momentos, de recordações, de afectos…

(Já agora, e mesmo sem tolerância, BOM CARNAVAL! Com ou sem máscara, disfarçados ou não, haja ALEGRIA!)

Professora Sandra Mota

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Nós “somos todos iguais”…nós “somos todos diferentes”. Esta vontade de generalizar ou de usar clichés é comum a muitos de nós. Há uma necessidade de emitir opiniões e pouco tempo para reflectir sobre a complexidade da realidade que nos rodeia. Eu não sou excepção, uma vez que estou a escrever um artigo de opinião e vou usar algumas das expressões que todos nos acostumámos a ouvir. Ou seja, “é a crise”, “é o

sistema”, “tem de ser”, “estamos cada vez pior”, “só papéis”, para me referir ao nosso viver.Raramente escrevo livremente, não faz parte da minha prática diária. As dificuldades avolumam-se porque sinto falta de sentido crítico. As rotinas diárias absorvem-me, a escola absorve-me. Quando penso sobre o que vou escrever para a revista surgem-me várias ideias, penso que tom devo dar ao artigo, optimista ou pessimista, devo queixar-me, reclamar, protestar, lamuriar, lastimar ou contentar-me, jubilar e enaltecer situações. Penso sobre o que me faz sorrir ou o que me entristece. Pergunto-me sobre o que faz os outros sorrir ou o que os entristece. Questiono-me sobre o que devo valorizar e sobre o que os outros valorizam. Tento ver o que me aproxima e o que me afasta dos outros. Interrogo-me sobre como será a escola ideal, a sociedade ideal. Somos 7 mil milhões de habitantes (ou próximo) no mundo. Segundo a revista “Sábado” de 3 de Novembro de 2011, “o mundo de sete mil milhões de seres humanos não é igual para todos, nem em todo o lado”, o número de crianças por mulher, nos dados apresentados varia entre 1,2 filhos, a natalidade mais baixa é registada na Bósnia e Herzegovina, e 2,7 filhos na Índia, o país que será o mais populoso em 2050. Em Portugal a esperança média de vida é para as mulheres 82 anos e para os homens 76 anos, porém no mundo é menos 13 anos e menos 11 anos, respectivamente. Estes são alguns contrastes objectivos, apenas na dimensão demográfica, e à escala mundial. Estas realidades demográficas traduzem sociedades, problemas e potencialidades a diferentes escalas de análise, dos quais nós fazemos parte. Que atitudes devemos ter? Que acções deveremos empreender para vivermos melhor? Termino assim o meu artigo de opinião, acho que teria muito mais para escrever, mas fico por aqui.

Professora Lídia Sanches Mota

Nós…

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pontos de vista

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Num momento em que Portugal se tenta levantar de uma crise e voltar a respirar, não um ar puro, mas talvez um ar menos poluído, torna-se essencial entender até

que ponto o saneamento das contas públicas deve sobrepor-se à vida condigna e em que escala a relação entre poder económico e político se tornou num hábito intrincado e promíscuo.

É, precisamente, este o mote do meu discurso, o qual se reveste de uma importância particular pelo facto de a solução do problema estar, creio, na geração a que pertence a plateia. O capitalismo é feroz, é escuro, obscuro até! Pará-lo? Seria ótimo, mas arrisco-

me a dizer que se trata de uma missão impossível, justamente por não se vislumbrar, no momento político atual, um superagente 007.Termos como “déficit” ou “superavit” são claramente uma consequência

desta perigosa política económica e resumem-se ao desvio apurado entre a despesa e a receita. Por isso, as variações repentinas dos números destas variantes contabilísticas indiciam uma ação política

norteada segundo interesses pessoais, desligados das realidades sociais, o que é totalmente reprovável!Daí que afirme que nos faltam estadistas e nos sobram políticos;

isto é, precisamos de quem não se deixe subjugar pelo poder económico, de quem não se deixe controlar pelas aparências que escondem muitos números negativos debaixo do tapete, de quem governe para perder eleições.

Esta última afirmação poderá soar estranhamente aos vossos ouvidos mas, pensando que a maioria das pessoas se ilude quando vê que não precisa de trabalhar porque, ao fim do

mês, recebe uma prestação social que chega até para alguns luxos ou quando temos a noção que as pessoas se deixam manipular por edifícios faraónicos com o

mais moderno design, erguidos a partir de uma gestão irresponsável dos dinheiros públicos, rapidamente concluímos que a falta de humildade e de literacia

Precisamos de quem governe para perder eleições

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financeira levam a um erro crasso, ao pôr a “cruzinha” no boletim de voto.E assim se adensam os “jobs for the boys”, o melhor exemplo da promiscuidade político-económica que há pouco referi. Não creio que a culpa seja só dos “boys” e, portanto, considero que a maneira mais eficaz de terminar a tentação dos “rapazes” é mesmo acabar com a profusão dos “trabalhos”.E, sem muitos destes “jobs”, maioritariamente colocados em grandes empresas privadas nas quais alguns administradores são nomeados pelo governo, a política tornar-se-ia pouca atrativa tendo em conta que as remunerações não ultrapassam os EUR 6.000,00 mensais e a relação com o poder económico, por seu turno, diluir-se-ia.É realmente fácil falar! A “porca torce o rabo” no momento de agir, e talvez este raciocínio que exprimi seja utópico e se resuma a um paraíso inalcançável! A verdade é que muitos dos nossos pais e avós se perguntam “Alguma vez não estivemos em crise?”.A resposta, frequentemente, passa pela referência ao regime ditatorial. Declaram que, no tempo da outra Senhora, não estávamos tão mal! Mas é difícil convencer todos disso e ainda bem! É certo que essa Senhora, grande ou pequena Senhora, deixo ao critério, reduziu a dívida pública de 62% do PIB para 15%, a qual segue, agora, galopante nos seus escabrosos 93%. Mas, pergunto, compensa pagar a limpeza das contas públicas com o atraso, a repressão, a censura?Quanto a mim, a resposta é categórica: Não! A condição humana está acima de qualquer polvo com a cabeça nos EUA! Deve ser mais audível que os constantes e cegos “downgrades” das agências de Rating, elas próprias protagonistas do canibalismo capitalista!Como disse e concluindo, somos nós que damos o poder aos políticos, mas urge que tenhamos a coragem de lho tirar, a partir do momento em que eles não consigam controlar e regular a máquina capitalista. Será possível? Ninguém perde por tentar…

Hermano Maia |12.C

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assim fazia a minha avó...

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... e agora fazem os nossos alunos do Curso profissional de técnico de restauração – variante cozinha/pastelaria | 10ºano, turma J

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Sortido Húngaro (1kg)

Ingredientes:

750gr Farinha500gr Manteiga300gr Açúcar em pó125gr Farinha Maizena18 Gemas cozidasBaunilha em pó Q.BChocolate doce Q.B

Preparação e Confeção:

Peneirar farinha, farinha maizena, açúcar em pó.Colocar numa bancada de pedra mármore todos os ingredientes acima referidos. Abrir uma cavidade e colocar as gemas cozidas e passadas a peneiro, juntar manteiga amolecida e baunilha em pó.Juntar todos os ingredientes até ficar uma bola.Tender com a ajuda do rolo.Cortar com corta-massas em vários feitios e formatos.Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal.Levar ao forno médio durante 15 minutos.Retirar do forno e deixar arrefecer.Passar por chocolate derretido metade da bolacha. Professora Regina Silva

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SomosRevista - ficha técnica

Revista 05|Março 2012 | Escola Secundária do Castêlo da Maia | Coordenadora: Délia Carvalho | Grafismo e Paginação: Délia

Carvalho; Júlia Santos | Redação / Revisão: Alice Sousa; Carla Madureira; Délia Carvalho; Júlia Santos; Rita Gonçalves

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Caríssimos leitores,O nosso obrigada a todos os que colaboraram na concretização desta edição do “Somos Revista”, desejamos sinceramente que o resultado final revele o empenho e o cuidado que todos imprimimos nesta primeira edição de 2012. E que continuemos sempre a merecer o vosso apoio e colaboração. A equipa “SomosRevista”

Alina Torres | EE Ana Cláudia Torres 11B; Alunos do 8F; Ana Areosa|12E; Ana

Carolina|12E; Ana Celeste|7G; Ana Cristina|11D; Ana Fernandes|7D; Ana

Moreira|8G; Ana Neves|9C; Ana Pais|8G; Ana Patrícia|8B; Ana Rita Areosa|12E;

Ana Rita Teixeira|8D; Ana Rita|8A; Ana Sampaio|8G; Ana|7E; Andreia Pimenta | 10F;

Augusta Santos | Assistente Operacional; Bárbara Lopes|12ºE; Bárbara|8A; Beatriz

Maia|9B; Beatriz|9E; Bernardo|7D; Bruno Alves |9B; Carlos Lopes | Edita-me; Carlota

Santos | 9B; Catarina Chaves|7E; Catarina Correia|8C; Catarina|7E; Catarina|9B;

Cristiana|9A; Daniela Costa|12E; Daniela Lameira|11G; Daniela|7D; David|7F;

Diana |11H; Diogo Sousa|9C; Duarte|7F; Eduardo|9C; Eduardo|9E; Emanuel|7C;

Encarregada de educação e Educadora Social Paula Filomena Sá; FábioSantos|9C;

Gabriela|9B; Gisela|9B; Gonçalo |9B; Gonçalo Maia|8F; Gonçalo|8B; Guilherme|7G;

Gustavo|9B; Hermano Maia |12C; Inês Cunha|7F; Inês Fernandes|8G; Inês Pinto|8G;

Inês Silva|8D; Inês Soares|8G; Inês|8C; Inês|9B; Jack|9B; Jéssica|9D; Jéssica|9E;

Joana Moreira 10E; Joana Moreira|12E; Joana Santos|8G; João Costa|11I; João

Dias|12E; João Ferreira|12E; João Forte|9E; João Lopes | 8C; João Pedro | 8B;

João Pedro|7D; Jorge|7D; José Francisco|7D; José Miguel Soares|12E; José Pedro

Areosa|8F; José Soares|12E; Júlio|9B; Leonor |7G; Luana|7E; Luís|9D; Margarida|7G;

Maria Castanheira|7D; Maria Vieira Silva | 11B; Mariana Pereira|8F; Mariana Pinto|10B;

Mariana Sá Pinto|8F; Mariana Teixeira|11G; Mariana|8A; Mariana|9D; Marisa

Freitas|9C; Matilde Viegas | 7D; Miguel|9A; Miguel|9E; PatríciaCarina|12E; Professor

de equitação da aluna Joana Moreira 12E, Diogo Ferreira; Professor Ilídio Machado;

Professor Nuno Gomes; Professora Alice Sousa; Professora Andreia Carvalho; Professora

Carla Madureira; Professora Délia Carvalho; Professora Elisabete Oliveira; Professora

Gorete Porto; Professora Helena Fernandes; Professora Inês Marques; Professora Isabel

Marques; Professora Júlia Santos; Professora Licínia Martins; Professora Lídia Sanches

Mota; Professora Lúcia Teixeira; Professora Margarida Braga; Professora Margarida

Miranda; Professora Margarida Portela; Professora Marinela Guimarães; Professora

Paula Vinhais; Professora Ana Caseiro; Professora Raquel Lopes; Professora Regina Silva;

Professora Rita Gonçalves; Professora Sandra Mota; Professora Silvina Pais; Professoras

de Educação Visual; Rafael|9B; Raquel Azevedo|9C; Raquel Gonçalves |11I;

Renata|9B; Ricardo Rodrigues|8F; Rita Freitas|9B; Rita Garcia|10F; Rita Marques|9B;

Sara Cunha | 11C; Sara Magalhães|8A; Sara|7C; Sara|9D; Selene Silva|11B; Sofia

Ferraz|8G; Sofia Ferreira|7D; Sofia|9B; Tânia|8A; Tiago|7G; Vânia Marques |10D; Vera

Rosa|11B; Veronika|9B; Wilson|7E;