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Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro O Jornal Escolar Dezembro de 2006 Ano II - n.º 15 Preço: 0,6 Euros Director: Renato Albuquerque Director-Adjunto: Ana Santiago ALIMENTAÇÃO: AS OPÇÕES mário cesariny pág. 2 alimentação nos casquilhos pp 6-11 dia-a-dia pp 12-15 26 de Janeiro II Festa do Chocolate pág. 15 Ser-se Camarro pág. 4 Ser Vegan pág. 11 BD pág. 18

Jornal ESCrito n. 15

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Jornal da escola Secundária de Casquilhos - Barreiro - Portugal

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Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro O Jornal EscolarDezembro de 2006Ano II - n.º 15Preço: 0,6 Euros

Director: Renato Albuquerque Director-Adjunto: Ana Santiago

ALIMENTAÇÃO:AS OPÇÕES

mário cesariny pág. 2alimentação nos casquilhos pp 6-11dia-a-dia pp 12-15

26 de JaneiroII Festa do Chocolate

pág. 15

Ser-se Camarropág. 4

Ser Veganpág. 11

BDpág. 18

Ano II, nº 15, Dezembro/20062

Mário Cesariny (1923-2006)Calou-se a voz do surrealismo

Mário Cesariny de Vasconcelos morreu na madrugada do passado dia 26 de Novembro, na sua casa, na sua Lisboa. Nomegrande do movimento surrealista português, tinha 83 anos de muitas histórias, que gostava de contar, com ou sem palavras,nos livros e nos quadros.

Irreverente, enfrentou sem medo toda a censura imposta pela ditadura e declarou-se homossexual numa época em queninguém podia sê-lo. Foi acusado de vagabundagem e riu-se disso.

Morreu o homem que não pensava muito na morte, o homem que afirmava só acreditar na imortalidade se lá chegasse. [::]

Entre nós e as palavras há metal fundenteentre nós e as palavras há hélices que andame podem dar-nos morte violar-nos tirardo mais fundo de nós o mais útil segredoentre nós e as palavras há perfis ardentesespaços cheios de gente de costasaltas flores venenosas portas por abrire escadas e ponteiros e crianças sentadasà espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamoshá palavras de vida há palavras de mortehá palavras imensas que esperam por nóse outras, frágeis, que deixaram de esperarhá palavras acesas como barcose há palavras homens, palavras que guardamo seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,as mãos e as paredes de Elsinoree há palavras nocturnas palavras gemidospalavras que nos sobem ilegíveis à bocapalavras diamantes palavras nunca escritaspalavras impossíveis de escreverpor não termos connosco cordas de violinosnem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo

do are os braços dos amantes escrevem muito altomuito além do azul onde oxidados morrempalavras maternais só sombra só soluçosó espasmos só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedadose entre nós e as palavras, o nosso dever falar

RA

Ficha técnica Proprietário: Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro Director: Renato Albuquerque (prof. G. 400) Subdirector: AnaSantiago (prof. G. 300) Redacção: Ana Arêde (12ºD); Ana Beatriz Santos (12ºD); Cátia Duarte (12ºD); Gil Marques (12ºD); Joana Alves (12ºD); José Costa (11ºD);Sofia Pia (12ºD) Colaboraram neste número: Ana Margarida Carrilho (12ºA); Ana Sofia (12ºE);Ana Sousa (12ºE); André Carvalho (12ºD); Andreia Santos (12ºG);Guilherme Oliveira (12ºE); Jorge Duarte (prof. G. 600); Miguel Brinca (prof. G. 600); Paulo Cruz; Tânia Carvalho (ex-aluna);Vânia Alves (12ºD) Fotos: CarmenOliveira (prof. G. 510); Deolinda Gervásio (prof. G. 320); Guta de Carvalho, com autorização expressa do autor; Helena Oliveira (prof. G. 600); Orlando Nunes (prof.G. 420); Renato Albuquerque Maquetagem: ReAl. Impressão: Serviços de Reprografia da Escola Capa: ReAl Correspondência: Jornal ESCRITO. EscolaSecundária de Casquilhos. Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO Telef.: 212148370 Fax:212140265 E mail: jornal@esec casquilhos.rcts.pt Horário:Sala C6 - terças, das 14:45 às 16:15 Tiragem desta edição: 300 exemplares

Os textos não assinados são da responsabilidade da Direcção

Ano II, nº 15, Dezembro/2006 3

EditorialGordura é progresso?

AnaMargaridaCarrilho

A roda dosalimentos

Já todos devem ter ouvido falar da famosaRoda dos Alimentos. Mas será que sabem que

esta sofreu algumas mudanças recentemente?A Roda dos Alimentos chegou a Portugal, na década de

70, com o objectivo de ajudar a população a escolher melhore a combinar os alimentos que deveriam constituir aalimentação diária de uma pessoa saudável.

No entanto, com o grande número de problemasalimentares que existem na nossa época, a roda dosalimentos tomou outras proporções e sofreu algumasmudanças considerando alguns objectivos pedagógicos enutricionais.

A sua imagem continua muito semelhante. Continua aser um círculo mas está agora dividido em sete segmentosdiferentes, os denominados Grupos de Alimentos. Oslacticínios, carnes, peixes e ovos, óleos e gorduras continuama integrar os seus antigos grupos. As mudanças verificaram--se ao nível das Hortaliças e da Fruta, que adquiriram, cadaum, um grupo independente, bem como as Leguminosas.Por fim encontra-se o grupo dos Tubérculos, Cereais e seusderivados.

A água passou também a integrar a roda dos alimentosvisto ter um papel tão importante nas nossas vidas. Por nãoter nenhum grupo específico e também por fazer parte daconstituição de quase todos os alimentos, foi colocada numlocal de destaque, bem no centro da roda alimentar, de formaa ressaltar a sua importância.

A promoção de valores culturais e sociais portuguesesfoi levada em conta, sendo os produtos tradicionais como opão, o azeite ou os hortícolas bastante promovidos nestanova roda.

A grande novidade introduzida foi o de porção que temcomo objectivo facilitar as escolhas das quantidades dealimentos a ingerir.

Em suma, esta nova Roda dos Alimentos é uma formade reforçar a importância de uma alimentação equilibrada,variada e saudável, tentando educar as pessoas, a fim demelhorarem as suas vidas. [::]

RenatoAlbuquerque

A nossa capaPara fundo da nossa capa escolhemos 5 obras de um

pintor e escultor colombiano contemporâneo: FernandoBotero. No sentido dos ponteiros do relógio, Mulher emFrente de Uma Janela, O Estúdio, Mulher Despindo--se, Mulher Lendo e A Carta [::]. Sobre esse fundo emergeum modelo da última colecção de moda parisiense da CasaDior. Dois estilos, duas realidades. Para pensar e optar.

A época do Natal, com todos os excessosque se praticam nesta altura, pareceu-nos umaboa oportunidade para falar de alimentação e

dos hábitos alimentares dos nossos alunos.Hoje em dia, ironia deste mundo desordenado em que

vivemos, os obesos já ultrapassaram os subnutridos em muitospaíses, colocando-se na categoria de doentes. Quandovemos, ainda, um mundo meridional faminto, à espera dasmigalhas dos ricos, deparamo-nos, no hemisfério norte, comdoenças específicas de quem se alimenta mal, abusa do sale do açúcar e mergulha em poltronas em que a únicaactividade se limita a um zapping indiferente. Talvez estejapara breve a exibição, em vários alimentos, de um avisosemelhante ao dos maços de tabaco: Comer mata!

Estranho mundo este em que a imagem que se tentaimpor a todos é, contudo, a dos modelos altos, magros,belos,... inatingíveis, levando os jovens a novas doenças.

O chamado mundo civilizado, em que nos integramos ouqueremos integrar, é retratado brilhantemente por FernandoBotero, a cujas obras recorremos para elaborar a nossacapa: um mundo de obesos, expondo despuduradamente aosoutros a sua nudez disforme.

Ao falar de alimentação lembro-me sempre do conselhoque um médico dava ao meu pai: faça dieta todos os diaspara poder abusar um bocadinho nas festas; volte àdieta no dia seguinte.

Nesta época de Natal este parece-me ser um bomconselho.

Nota 1: O ESCRITO deseja a todos os seus amigos eleitores umas Boas Festas e um óptimo ano de 2007. Queeste ano que se avizinha traga saúde, felicidade e um melhorensino.

Nota 2: A 26 de Janeiro o ESCRITO vai comemorar oseu aniversário com a II Festa do Chocolate. Este é, semdúvida, um dia para quebrar a dieta e vir comemorarconnosco. Está convidado(a). Apareça.

Para saber + recomendamos o site do Museu Botero:http://www.lablaa.org/blaavirtual/museobotero/listado.htm

Ano II, nº 15, Dezembro/20064

No último dia 30 de Novembro realizou-se, pelas10:00 horas, no auditório da nossa escola, o colóquio Ser--se Camarro integrado no ciclo Barreiro: Rostos comalma organizado pelos professores de Geografia emconjunto com a Universidade da Terceira Idade doBarreiro (UTIB). Apesar da ausência de alguns camarros,entre eles o presidente da Assembleia Municipal, HélderMadeira que chegou mais tarde devido a um compromissoinadiável, o colóquio começou pontualmente e decorreu seminterrupções perante umaaudiência bem dividida entrealunos jovens e menos jovensda UTIB.

Os convidadoscomeçaram por explicar queos camarros são osbarreirenses que nasceramno “Barreiro Velho” econtinuaram o discurso falando um pouco das personalidadesque a nossa cidade deu ao país, dizendo que esta formoupessoas de várias áreas, desde futebolistas a actores ,passando por cantores, apresentadores detelevisão, pintores, escritores, operários… atétoureiros nasceram no Barreiro. Temos, porexemplo, os casos da apresentadora da RTP1Isabel Angelino, do mais recente futebolistalançado pelo Barreiro que é o jogador do SportingCP João Moutinho, de Fernando Farinha, umafigura incontornável da história do fado ou dePedro Feijão, pintor profissional que “está a dar cartas eque vai ficar na história do Barreiro”.

Após a referência às diversas personalidades, contaram--se algumas histórias engraçadas que entusiasmaram aaudiência, como por exemplo a de um homem a quemchamavam “Escola” que adorava ferramentas e fazia as

suas próprias ferramentas e um dia resolveu umproblema nos comboios da CP com uma ferramentafeita por si; ou a história de um barbeiro que fez apenasmetade da barba a um cliente, dizendo-lhe: “todosprecisamos de ganhar, agora vá fazer a outra metadeda barba ali ao vizinho da frente que ele também

precisa de ganhar”.É visível o amor destes homens pela cidade do

Barreiro, no entanto um deles demonstrou uma grandeinsatisfação perante aestátua de Alfredo daSilva, que se encontra noparque Catarina Eufémia.O senhor disse que Alfredoda Silva era um grandehomem e que fez muitopela nossa cidade [Alfredoda Silva foi um grande

industrial português criador de grandes empresas como aCUF, a Tabaqueira, a Lisnave, a Carris e o Banco Totta efundador do Grupo Desportivo do Fabril], mas deixou no

ar a seguinte questão: “quando é que oBarreiro tira dali a estátua, coloca-a no parqueindustrial da Quimigal e põe ali uma estátuade um operário?!” Sem dúvida uma questãoválida, uma vez que o Barreiro era uma cidadede operários.

No seguimento da conversa, um doscamarros começa a falar num tema polémico:

a poluição do nosso rio Tejo. Foi dito que é uma vergonhao estado em que se encontra o rio. “O Barreiro era umacoisa incrível. Não tinha poluição nenhuma. Depois vieramos esgotos e agora não se pode pescar numa terra depescadores.” Ficou no ar o apelo: Acabem com a poluiçãoneste rio! Precisamos de uma ETAR (Estação de

Tratamento de Águas Residuais).O colóquio continuou com um camarro com

uma visível falta de experiência no discurso empúblico, mas que “viveu o Barreiro”. Começoupor dizer algumas das coisas que o Barreirotinha e agora não tem, como um teatro que foitransformado numa Igreja Protestante ou umpoço que desapareceu em 1951 por motivoslucrativos. Ao “desenterrar” as suas memóriasbarreirenses, o senhor disse que tinha sido velano Clube Naval e que viveu a mocidade nosPenicheiros onde namorou a sua mulher;lembrou uma revolução em que as mulheresinvadiram a fábrica da cortiça (o Barreiro eraa terra mais industrial da cortiça sem ter cortiça)e um homem que vendia cal e sal, com quemas mulheres gozavam pois quando queriam sal

Apontamentos de História do Barreiro

Ser-se Camarro

José Costa

Da esquerda para a direita:Badugas, mestre Manilha, Hélder Madeira, Artílio Batista e Kira

ON

vieram osesgotos e agora

não se pode pescarnuma terra de

pescadores

foto: Guta de Carvalho

Ano II, nº 15, Dezembro/2006 5

ele trazia cal e quando queriam cal ele trazia sal. Depoisdestas recordações os nervos tornaram-se mais fortes queo camarro e o senhor teve de admitir que se esqueceu dostópicos de que queria falar mais. Mas ainda recordou tervisto, numa celebração, nos tempos em que ainda eraferroviário, um homem que conhecia atirar-se do quartoandar de um prédio.

Após a pequena vergonha de se ter esquecido do quequeria dizer, os camaradas tentaram acalmá-lo dizendo quepode acontecer a qualquer pessoa e que, quando não setem muita experiência, se torna difícil controlar a emoçãode estar a falar para uma audiência jovem. Para ele étambém uma grande emoção estar a falar do Barreiro.

Com os ânimos mais calmos, os camarros seguiram asua apresentação e não pouparam elogios ao actualpresidente da Assembleia Municipal, Hélder Madeira (queentretanto já tinha chegado e ia começar a falar), dizendoque este marcou o Barreiro, que é um grande homem, quefoi Governador Civil, antigo Presidente da nossa CâmaraMunicipal, e que a nossa Assembleia está muito bementregue.

Madeira começou a falar e disse que, ao contrário datradicional definição de camarro (quem nasceu no “BarreiroVelho” ou os habitantes do Barreiro), considera um camarro

as pessoas que nasceram e cresceram junto ao rio, àquiloque hoje consideramos o Barreiro Velho. Naquela zona derecosta, onde as pessoas tinham uma maneira de estar ede falar completamente diferente dos outros. Havia umdialecto com termos muito próprios. Para este camarro (osegundo mais novo entre os presentes na conferência), sercamarro está muito ligado aos pescadores. Os pescadoreseram muito parecidos com camarros, tanto no modo defalar como no comportamento. “A pesca de cerca eraprofundamente camarro” – disse Madeira. Na sequênciada história dos pescadores, foi dito que estes pescavamlamejinha e iam vendê-la por toda a avenida da praia. OPresidente da Assembleia Municipal continuou a falar,dizendo que o Barreiro tem uma história que começa em1497, que foi uma localidade extremamente importante nosdescobrimentos, frequentada pelo próprio rei.

Depois de uma breve “aula de história barreirense”, ocamarro Hélder Madeira disse que apenas se conseguelembrar de uma pessoa que tenha tentado descobrir a

origem da palavra Camarro, Horácio Alves. Este camarromuito culto, que “devorava livros dia sim, dia não”, escreveuum livro, que foi feito na primeira tipográfica do Barreiroque pertencia ao avô do presidente da Assembleia, ondedeu a conhecer as conclusões da sua pesquisa e uma dassuas teorias é que camarro vem de camarada. HélderMadeira fez questão de frisar que com as tecnologiasactuais é possível pôr em causa as teorias de Horácio Alves,mas que ele, pelo menos, tinha o mérito de ter procurado. Acultura de Alves não veio da escola, veio dos livros que lia.Ele comprava um livro, ia lê-lo para o café do Chico (cafémuito frequentado há 60 anos, situado onde é agora adiscoteca DNA), lia-o num instante, depois vendia-o pelomesmo preço e já tinha dinheiro para comprar outro no diaseguinte. Foi assim que se cultivou.

A conversa continuou com um tema que já fora falado:a questão da poluição. Disse-se que antes de irem para orio, os “esgotos” eram recolhidos casa a casa, isto é, todosos dias, passava uma carrinha com uma pipa gigante pelascasas das pessoas a recolher o que hoje vai para o rio pelosesgotos. As pessoas faziam as suas necessidades numaespécie de uma tigela, tapada com uma tampa de madeirae deixavam-na na rua para ser levada pela carrinha. Após

ouvir isto, alguém no auditório disse: “prefiro um rio poluídoa isso”.

Assim, o colóquio acabou e começou o debate que foiiniciado por uma professora da escola com uma questãosobre as ETAR’s. Nesse debate foi perguntado se o livrode Horácio Alves estava à venda. Essa pergunta viu umaresposta negativa uma vez que o livro não se encontra àvenda, no entanto, no colóquio estava presente um exemplarmuito antigo do livro, propriedade de Hélder Madeira.

Em conclusão, o colóquio, apesar de algumas falhasque teve como o baixo tom de voz com que os senhoresfalaram que tornou difícil a compreensão de algumas partesdo discurso, revelou-se muito interessante, educativo edemonstrou um grande entusiasmo por parte de quem falavado Barreiro com um grande amor e apreço. Mas como umespectáculo nunca é feito apenas pelos artistas, é de louvartambém a atitude do público que assistiu ao colóquio comgrande atenção e interesse. [::]

RA

Ano II, nº 15, Dezembro/20066

Hoje em dia vivemos numa sociedade que dábastante importância à aparência. Desde pequenos quesomos ensinados a distinguir o bem do mal através doaspecto. Nos contos infantis, se a bruxa for feia é deesperar que seja má, enquanto que se uma princesa forbonita é certamente boa. Claro que ao longo da nossavida estes conceitos vão mudando, pois enquanto quenas histórias de embalar o mal era sinónimo de fealdade e obem de beleza, agora a fealdade foi simplesmente banida.Basta verificá-lo em qualquer telenovela e na maior partedos filmes, pois sempre que é requerido alguém com umaaparência menos apelativa é só pegar nummodelo juntar um par de óculos, uns pozinhosde aparelho, vestir mal, agitar e já está! Sai umapessoa feia. (De certeza que todas as pessoasque usam óculos e aparelho agradecem esta ideiade génio. Eu sei que agradeço.)

Tudo isto é compreensível, principalmente no que se trataem primeiro lugar da versatilidade do actor e em segunda navenda dos posters e restante merchandising da ditatelenovela ou filme. Porém, o verdadeiro problema começaquando fealdade e beleza deixam de ser simples valoresestéticos e passam a ser considerados como factores dejulgamento.

Todos sabemos que neste mundo que cultiva o look “nãocomo há três meses, mas olhem o meu casaco tão giro”, osimples facto de vestir a coisa errada ou de se ser um poucomais volumoso pode conduzir a uma completa exclusão so-cial, algo que pode ter um impacto muito mais profundo na

Espelho meu, espelho meu...pessoa excluída do que o que se possa pensar e que éridículo se tivermos em conta a efemeridade dosconceitos de beleza.

Por exemplo, há uns anos atrás considerava-se quea gordura era formosura, que as mulheres com curvaseram atraentes, podemos chamar-lhe o look “eualimento-me como uma pessoa normal”. No entanto,

alguns anos depois, surge uma mudança drástica com oaparecimento de modelos como Kate Moss, extremamentemagras, passando-se a cultivar a magreza absurda, só seconsiderava uma pessoa verdadeiramente bonita, quando a

mesma era proibida de sair à rua em dias devento.

Ora bem, já estará na altura dos conceitosmudarem outra vez: será que é desta que aspessoas verdes vão ter representação?

Gostaria de dizer é que não acho que valha apena recorrer a extremos para preencher padrões de belezaalheios, quando estes estão em constante mudança, que astelenovelas deviam contratar as pessoas por outras razõesque não tenham a ver com a simetria do rosto, ou com o tomde pele (uma sugestão talvez fosse pela qualidade darepresentação, mas parece-me que isso está fora de questão)e que se parasse de tentar colocar as pessoas em estereótipose de tentar julgá-las apenas devido à aparência.

Por tudo isto e porque toda a gente deve ter direito a sercomo é, voto não à obesidade mórbida, não à anorexia e nãoaos estereótipos.

A discriminação é uma coisa feia não acham? [::]

Ana Arêde

A discriminaçãoé uma coisa feia,

não acham?

Muito se tem falado sobre anorexia e magreza extremacomo ideal de beleza. Ignora-se, no entanto, que o gostoperverso que alguns homens alimentam por mulheres maisgordinhas pode conduzir a um fenómeno doentio epreocupante que põe em causa o ideal Kate Moss e nosconduz a uma nova obsessão completamente inversa aospadrões habituais.

Os denominados feeders (em português, alimentadores) são, basicamente,admiradores de mulheres de peso elevado e não haveria qualquer problema se asua fantasia terminasse por aqui. É a obsessão em engordar estas mulheres, diaapós dia, obrigando-as a comer, imobilizando-as e tornando-as dependentes doseu alimentador, que transforma esta prática em algo tão perigoso e agressivo.

A fronteira entre o abuso e a cumplicidade é demasiado ténue para seidentificar quem é vítima e quem é cúmplice e, por isso, estes homens saemmuitas vezes impunes destes crimes. Mas tem de ser dito que os alimentadoressão pessoas que sofrem de uma necessidade patológica de controlar e dominaratravés da comida, e a dependência das mulheres em causa fá-los sentir poderosos.

Sair de uma situação como esta é sempre uma libertação complicada e,infelizmente, nem sempre bem sucedida. No entanto, os amigos e a família,inicialmente excluídos da relação alimentador-alimentada, são fundamentais paraa fuga acontecer, assim como a consciencialização por parte das mulheres doque estão a viver e do controlo emocional que lhes é imposto. [::]

O outro lado do espelho

Ana BeatrizSantos

AndreiaSantos

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Ano II, nº 15, Dezembro/2006 7

Cátia DuarteAna Arêde

Na passada semana, de 20 a 24 de Novembro,o ESCRITO propôs-se almoçar na cantina de modoa desmistificar as lendas sobre os horrores dosalmoços escolares (deve ser dito que não foramservidas nem carne de cavalo nem carne humana,tanto quanto sabemos). De modo a partilharmosconvosco as nossas opiniões sobre cada diafizemos a tabela que se reproduz em baixo.

Conclui-se que, de uma maneira geral, as refeições dacantina são bastante boas e apenas temos a apontar algumas

Uma semana na cantinacoisas, como o facto de a ementa proposta tersido alterada duas vezes, não haver salada du-rante a maior parte da semana e, por vezes, oexcesso de molhos.

É também importante lembrar que, como emqualquer lado, há dias bons e menos bons, masque não é nenhum antro de intoxicações

alimentares e que até tem por vezes comida deliciosa, comoo prato de quarta-feira, em que o único senão é não sepoder repetir. [::]

A obesidadeCada vez mais, a obesidade é reconhecida como

um importante problema de saúde pública.Este problema, resulta da acumulação excessiva de

gordura que excede os padrões estruturais e físicos docorpo. É uma doença crónica, progressiva e fatal.

Quando ocorre um crescimento excessivo de peso queultrapassa o valor 40 do Índice de Massa Corporal (IMC),significa que existe 20% do peso acima da massa corporalideal e estamos perante um caso de obesidade mórbida.

Anorexia nervosaEste tipo de anorexia resulta de um transtorno alimentar,

caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar.Torna-se, assim, uma doença complexa envolvendocomponentes psicológicas, fisiológicas e sociais.

Bulimia NervosaA bulimia nervosa resulta de um transtorno alimentar

associado com a anorexia nervosa, com a diferença de queesta pessoa tende a ter períodos onde se alimenta emexcesso; seguindo-se o sentimento de culpa por causa doganho de peso. Com esta doença a pessoa exercita-se demaise vomita o que come para eliminar esse excesso.

IMCO índice de massa corporal (IMC) é uma medida

internacional usada para calcular a obesidade. Trata-se de um método fácil embora não totalmente rigorosopara a avaliação do nível de gordura de cada pessoa.Este índice determina-se dividindo o peso (em

quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros).Segundo a Organização Mundial de Saúde, considera-

-se que há excesso de peso quando o IMC é igual ou supe-rior a 25 e que há obesidade quando o IMC é igual ou supe-rior a 30.

IMC < 18 kg/m² abaixo do normalIMC > 18 < 25 kg/m² normalIMC > 25 < 30 kg/m² excesso de pesoIMC > 30 < 35 kg/m² obesidade moderada (grau I)IMC > 35 < 40 kg/m² obesidade grave (grau II)IMC > 40 kg/m² obesidade mórbida (grau III)

A saber

Vânia Alves

Ano II, nº 15, Dezembro/20068

Vegetarianos, Vegans e Macrobióticos:embora sejam diferentes estilos de vida têm umideal em comum, não comer carne.Vegetus, expressão latina que significa forte,

vigoroso, saudável, originou o nome vegetariano.O vegetarianismo define-se como um regime

alimentar baseado essencialmente em alimentos de origemvegetal (grãos, sementes, vegetais, cereais e frutas) e, assim,tanto o peixe como a carne são excluídos da sua alimentação.Existem, contudo, os ovo-vegetarianos, que consomemtambém ovos, os lacto-vegetarianos que consomem aindaleite e lacticínios e os pixo-vegetarianos, que incluem dietascom consumo esporádico de peixe ou marisco.

São diversas as razões que levam as pessoas a tornarem--se vegetarianas: razões de saúde, razões ecológicas, éticas,económicas e até espirituais.

O veganismo consiste num vegetarianismo mais radi-cal, mais puro. Definido como um estilo de vida e umafilosofia que evita qualquer tipo de uso animal, seja naalimentação como no vestuário e cosméticos [ver em baixo].

Diz-me o que comes e dir-te-ei quem és...

Sofia PiaJoana Alves

As razões para a adesão a esta filosofia sãopraticamente as mesmas que as dovegetarianismo, mas a estas juntam-se ainda asrazões ambientais.Macrobióticos são aqueles que comem

basicamente frutas, legumes e cereais integrais eacreditam que os alimentos se dividem em dois grupos, deacordo com a sua energia: yin e yang. Segundo este tipodiferente de vegetarianismo é preciso dosear os alimentosdos dois conjuntos e assim obter o equilíbrio energético e,consequentemente, manter a saúde do corpo e do espírito.Apenas alguns macrobióticos consomem peixe.

Para compensar a falta de carne e de outros alimentos,estes são substituídos por tofu, seitan, soja, entre outros.

Ao contrário do que se possa pensar, alguns especialistasdefendem que a ausência de carne e de outros alimentosrecusados por estes regimes alimentares tem comoconsequência uma carência de nutrientes (Vitamina B12,Ferro, etc.) e, consequentemente, doenças comohipertiroidismo e anemia, entre outras. [::]

Não consomem produtos de origem animal. Sãotambém conhecidos por “vegetarianos radicais” ou pelotermo inglês vegan.

Este grupo exclui a carne de animais (carnevermelha, aves, peixe) e também produtos animais (ovose lacticínios). Exclui ainda o mel e a gelatina, o uso deprodutos de origem animal (couro, seda, lã, lanolina), osprodutos testados em animais e os

Veganos

TâniaCarvalho

espectáculos onde a exploração animal é motivo deentretenimento (circo, touradas, etc.).

O veganismo vai, pois, além da alimentação (os queexcluem todos os produtos derivados de animal só daalimentação são, por vezes, designados de vegetarianospuros) e pode ser definido como uma forma de viverque procura excluir, na medida do possível e do prático,

todas as formas de exploração e tratamento cruel de animaisna alimentação, no vestuário e em qualquer outro fim.

O repúdio das práticas cruéis inerentes à produçãode lacticínios e à criação de animais e aves é,provavelmente, a razão mais comum para a adopçãodo veganismo.

Os veganos não querem apoiar a indústria dacarne. Por isso recusam-se a comer ovos ou lacticínios.Muitas pessoas não comem esses produtostambém por causa das condições em

que são produzidos. [::]

Ano II, nº 15, Dezembro/2006 9

Uma vez mais o ESCRITO dirige aos alunos da escola um inquérito que lhes preenche uns grandiososdez minutos. Dez minutos esses em que poderiam estar a fazer algo deveras mais interessante, como,por exemplo, resolver um problema sobre o binómio de Newton na aula de Matemática ou mesmoanalisar uma passagem do Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira, na aula dePortuguês.

Desta vez o objectivo é analisar os hábitos alimentares dos alunos e, permitam-me já adiantar, osresultados foram um tanto ou quanto surpreendentes.

Inquérito

Hábitos alimentares nos Casquilhos

Gil Marques

91% dos inquiridos afirmam tomar o pequeno-almoço diariamente, fazendo-o principalmenteem casa (61,82%) ou dentro do espaço escolar(18,82%). Quanto à segunda maior refeição do

dia, o almoço, foi apurado que 95% dos alunosda nossa escola a fazem todos os dias. 62%enchem o seu estômago em casa, enquantoapenas 19% saciam a sua fome na escola, mesmohavendo um balanço positivo no que diz respeitoà qualidade da comida da nossa cantina.

Mas nem tudo são rosas, 10% dos inquiridosafirmam que nunca comem sopa. Há ainda 25,9% de alunos que indicam“raramente” tomar esteprato, unanimementerecomendado pelosnutricionistas como umdos mais equilibrados esaudáveis, contrastando com os apenas 6,41%que, com unhas e dentes, defendem que comemeste prato todos os dias. A maioria (56,2%)usufrui das qualidades nutricionais da sopa pelomenos uma vez por semana.

Infelizmente, na nossa escola existem aindabastantes alunos que comem pouco peixe: 2,2%

dos alunos nunca o comem e 16,7% apenas oingerem raramente; no entanto, 43,6% comem-no uma a duas vezes por semana e 32,6%alimentam-se de peixe muitas vezes. Já no quediz respeito à carne, esta é consumidaregularmente pela maioria dos alunos (82,9%comem-na muitas vezes ou sempre).

No departamento dos vegetais existe tambémuma deficiência moderada. 21,4% dos nossos

alunos raramente comem vegetais, 33,9%apenas o fazem uma a duas vezes por semana eoutros 28,2% afirmam ingerir estes “ossos durosde roer”, como são por vezes chamados,frequentemente.

No mundo da fruta o panorama não é tão

negativo: 65,5% dos inquiridoscomem-na muitas vezes ou sempre,19,6% comem-na uma a duasvezes por semana e 7,5%raramente o fazem.

Surpreendentemente, 304alunos (67%) repelem a fast-foodda sua alimentação, nuncautilizando este método de nutriçãoou apenas raramente. De notar que dois dosinquiridos afirmam não conseguir sobreviversem esta refeição de elevado valor calórico,comendo fast-food todos os dias.

O movimento vegetariano tem, na nossa

escola, uma aderência diminuta, já que existemapenas 12 alunos que seafirmam adeptos destasfilosofias de vida dentro donosso espaço escolar.Curioso é que, desses 12,oito respondem quecomem carne e peixeregularmente...

só 9 em cada 10 alunos tomapequeno-almoço

1 em cada 5 alunos nunca, ouraramente, come peixe

8 em cada 10 alunos comemmuitas vezes, ou sempre, carne

2 em cada 3 alunos comemsempre ou regularmente fruta

2 em cada 3 alunos nunca, ouraramente, consomem fast-food

ReA

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ReA

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Conclui na páginaseguinte

Ano II, nº 15, Dezembro/200610

O consumo de doces parece estar generalizadona nossa escola.

Repare-se no gráfico para ver como os nossosalunos se dividem aproximadamente do mesmomodo quanto à quantidade de doces que secomem. Apenas 4 alunos afirmam não comernunca doces. Maus clientes para os dentistas.

Como vimos atrás [ver pág. 7] o Índice deMassa Corporal, apesar de muito incompleto, éum meio relativamente divulgado paradeterminar se as pessoas têm peso a menos ou amais.

Vejamos o que o nosso inquérito revelou aoaplicar os valores aí indicados:

Mais de dois terços dos nossos alunos (68,1%)possuem um IMC considerado normal, o que eraesperado pois, como se sabe, é em idades maiselevadas que, quer homens, quer mulheres,

Costumas comer doces?

0,9

23,1

31,6

28,4

12,1

4,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

nunca raramente 1/2 vezes porsemana

muitas vezes sempre n/r

%

só 4 alunos afirmam nuncacomer doces

IMC13%

9%

0%

0%

0%

10%

68%

Abaixo do normalNormalExcesso de pesoObesidade moderadaObesidade graveObesidade Mórbidan/r

FICHA TÉCNICA: Este inquérito realizou-se entre 27 e 29 deNovembro, sendo respondido em sala deaula. Foram inquiridas 28 das 29 turmas erecolhidas 466 respostas das quais foramvalidadas 455. Os respondentes são 209 dosexo masculino e 246 do sexo feminino (45,9e 54,1%, respectivamente), dos 6 anos deescolaridade, sendo 38 do 7º, 52 do 8º, 53do 9º, 108 do 10º, 107 do 11º e 85 do 12ºAno. Foram contabilizadas as respostas de10 alunos que não indicaram o ano deescolaridade. O trabalho de inserção de

dados e tratamento estatístico foi feito pelo André Carvalho.

André Carvalho

começam a ganhar peso. Dos restantes, saliente--se que 12,5% possuem um peso abaixo do nor-mal, enquanto 8,6% já revelam excesso de peso,o que, nestas idades, pode ser consideradopreocupante.

É por isso tão importante fazer exercício físicoquer dentro, quer fora da escola. E os nossosalunos afirmam maioritariamente (56%) ter essehábito muitas vezes por semana ou mesmo todosos dias. Do lado oposto estão os 5% que nuncafazem qualquer tipo de exercício.

Finalmente, para mais de um terço dos alunos(36,7%) o local onde essa prática é feita é a escola;um pouco menos de um terço (31,5%) frequentaum clube desportivo; 20% referem a casa comoo local onde fazem exercício físico (esperemos

que não tenham incluído nestacategoria a saudável prática deapenas carregar no comando datelevisão); o local mais caro, oginásio, é referido por apenas11,7% dos alunos. Note-se que hárespostas que indicam mais de umlocal utilizado pelos alunos,geralmente, a escola e um outro.

Assim, pode concluir-se que obalanço entre os hábitosalimentares e as médias de pesodos alunos da Escola Secundáriade Casquilhos é, de facto, positivo,havendo, porém, ainda algumasarestas por limar.

E, não esquecer, umaalimentação saudável e

equilibrada é a chave para se ter uma vida melhor.[::]

mais de 2/3 dos alunos tem umIMC normal

Ano II, nº 15, Dezembro/2006 11

Sempre tive alguns amigos vegetarianos, mas, na verdade, nunca pensei emtornar-me numa.

A ideia de deixar de comer carne era para mim completamente absurda, poissempre comi carne toda a vida e cresci no seio de uma família com uma alimentaçãoà base de carne (como a maioria das pessoas).

TâniaCarvalho

Como me tornei vegan?

Quando os meus amigos me tentavamincentivar a tornar-me vegetariana, eu ria-me e respondia que jamais deixaria decomer carne, que adorava bifes e nuncaconseguiria renunciar-lhes. Nesse tempo, euestava muito mal informada acerca dovegetarianismo, pois para mim osvegetarianos só comiam saladas e afins.

Um dia, comecei a fartar-me da monotoniados pratos de carne... Carne com massa, carnecom arroz, carne com batatas... Peixe de vezem quando... Para além da rotina, quis tambémtornar a minha alimentação mais saudável.Então, decidi informar-me melhor sobre ovegetarianismo e experimentar renunciar àcarne e ao peixe por uns tempos, para vercomo me adaptava. Para meu espanto, emapenas uma semana habituei-me, nem sequersenti falta da carne. Até experimentei comercarne um dia e não me soube minimamentebem. Fiquei mal disposta, inclusive.

Ao princípio, excluí apenas a carne e opeixe, depois os ovos e, por fim, os lacticínios.Substituí o leite de vaca pelo leite de soja; aoprincípio estranhei o sabor, mas depressa mehabituei.

Comecei a conhecer cada vez mais produtosveganos, como a manteiga de soja, as natasde soja e de aveia, iogurtes de soja, o tofu, oseitan... E depressa me apercebi quãodiversificada é a alimentação vegetariana.

De início, tornei-me vegetariana pelaminha própria saúde, mas hoje preocupo-mecom os direitos dos animais. Ao contrário das

pessoas que se alimentam de carne e que, quandoolham para um bife, vêem apenas um bife, euvejo um cadáver. Depende da educação de cadaum, as pessoas estão habituadas a comer carnee encaram isso na mais pura banalidade, comoeu também encarava. Só quando estamos de forada cerca é que conseguimos ver as coisas comoelas realmente são. As pessoas alimentam-sediariamente de cadáveres e todos o encaram coma maior normalidade.

Hoje sinto-me muito mais saudável, livre detoxinas, já nem me sinto cheia e mal dispostadepois das refeições, como antes me sentia. Esinto-me melhor comigo mesma, pois não precisode sacrificar animais para me alimentar.

Ainda bem que enveredei pelo mundo doveganismo! Todos o deviam fazer. [::]

Depoimento

RA

Ano II, nº 15, Dezembro/200612

Dia-a-diaO dia de Halloween (conhecido hoje como Dia

das Bruxas ou Dia de Todos os Santos) foicomemorado a 31 de Outubro na nossa escolacom diversas actividades promovidas pelos alunosde Artes que se encarregaram também da maioriadas decorações. [::]

HALLOWEEN

Durante os meses de Novembro eDezembro, numa organização daprofessora Conceição Pimenta e doCentro de Formação de Professoresdo Barreiro, decorreu o Ciclo deColóquios CTS (Ciência, Tecnologia eSociedade) no Auditório MunicipalAugusto Cabrita e no Auditório daBiblioteca Municipal. Os colóquios, em que estiverampresentes alunos, professores e outros interessados nesteassunto, abordaram os seguintes temas: Do Big Bang aoÁtomo; Satélites: GPS, Geostacionários; O MovimentoSegundo Aristóteles, Galileu e Newton; ManipulaçãoGenética e Bioética; A Dimensão CTS do Ensino dasCiências; Avaliação num Ambiente CTS. [::]

COLÓQUIOS CTS

Depois dos professores, em Outubro, foi a vez de toda aFunção Pública entrar em greve. Os resultados da adesãoà greve na nossa escola foram os seguintes:

GREVE DA FUNÇÃO PÚBLICA

Saliente-se que a escola esteve encerrada durante todoo dia 9 de Novembro, o que impediu a comemoração, nessedia, da passagem de 17 anos sobre a queda do Muro deBerlim. Estava programada a exibição do filme Good ByeLenin! que retrata, com humor, as transformações ocorridasna antiga RDA depois desta data histórica.

A greve afectou ainda osucesso da iniciativa daMultiópticas de SantaMaria que deslocou umlaboratório móvel à nossaescola entre 6 e 10 deNovembro para realizar orastreio visual da populaçãoescolar. [::]

RA

RA

O Ministério da Educação publicou em Novembro no-vas regras para os exames do 12º Ano. Estas alteraçõesafectam quer os alunos que se encontram no 12º ano como currículo novo quer os alunos que têm disciplinas ematraso do currículo antigo. A legislação está disponível nosite da escola em www.esec-casquilhos.rcts.pt/Documentos/despacho_normativo_15_2006.pdf

No mesmo mês foi também divulgada a legislação quepermite aos alunos dos Cursos Científico-Humanísticosreformularem o seu percurso escolar - também disponívelno site da escola em www.esec-casquilhos.rcts.pt/Documentos/oficio_DREL_73_2006.pdf [::]

ALUNOS: NOVA LEGISLAÇÃO

De 13 a 15 de Novembro realizou-se a campanha eleitoralpara a Associação de Estudantes na qual participaram 3listas: I, X e Z. A votação, realizada na sexta-feira seguinte,dia 17, deu a vitória à lista X com 68% dos votos.

Depois de resolvidas algumas questões internasrelacionadas com os cargos directivos, tudo foi resolvido eas actividades da A.E iniciam-se já no 2º período. [::]

ELEIÇÃO PARA A A.E.D

GCampanha da lista X

De acordo com a notícia dada no nosso últimonúmero – Brincadeira de mau gosto? – o conselhode turma do 10º B considerou que se tratou,efectivamente, de uma brincadeira de mau gosto,tendo punido a aluna que tinha usado os fósforos nasala de aula com 4 dias de suspensão. [::]R

A

BRINCADEIRA DE MAU GOSTO

Ano II, nº 15, Dezembro/2006 13

Dia-a-dia III EXERCÍCIO DE EVACUAÇÃORealizou-se, no passado dia 25 de Outubro, de manhã, o

1º Exercício de Evacuação deste ano lectivo, integrado noPlano de Prevenção e Segurança da escola. Estiverampresentes a Coordenadora do Centro de Área Educativa doDistrito de Setúbal, o delegado Concelhio da Protecção Civil,os Comandante e Subcomandante dos Bombeiros Voluntáriosde Sul e Sueste e dos Bombeiros de salvação Pública doBarreiro. Pela primeira vez, este exercício decorreu semaviso prévio e diversos professores e técnicos de segurançafizeram a observação de como tudo se desenrolou. O relatóriofinal refere que, apesar de as diversas turmas se teremdeslocado para os locais previamente definidos, se observoualguma confusão nessa deslocação. O relatório indica mesmoque “Caso se tratasse de uma situação real, poderíamosadmitir as seguintes consequências:

- As turmas dirigir-se-iam de forma confusa e

desordenada para os locais de concentração o queprovocaria, certamente, vários acidentes por empurrões,quedas e pisoteios;

- Alguns alunos teriam algumas dificuldades em manter-se com a sua turma, no trajecto até aos pontos de encontro,face ao desalinhamento demonstrado.

- Alguns docentes não conseguiriam contabilizar eidentificar correctamente os alunos das suas turmas.”

O relatório aponta também diversas medidas a tomarcomo, por exemplo, a instalação de uma sirene ou campainhaalternativa, a substituição dos armários com produtosquímicos do Bloco E, a substituição de várias mangueiras ea alteração da colocação dos extintores. É referida ainda anecessidade de se “proceder a um exercício de evacuaçãoadoptando os caminhos de acesso ao ‘Ponto de Encontro’numa situação de incêndio no Eucaliptal”. [::]

A chuva e vento fortes que seabateram sobre Portugal emNovembro provocaram tambémalgumas pequenas inundações naescola e obrigaram a que, no dia24, por precaução, esta encerrassepor volta das 16:00 horas. OConselho Executivo pareciaadivinhar pois passadosalguns minutos faltou acorrente eléctrica em toda azona dos Casquilhos e ospoucos funcionários quetinham ficado para trástiveram de sair à luz deisqueiros. [::]

ESCOLA ENCERRA

Dia 14 de Novembro oCentro de Saúde realizou noAuditório da escola umaconversa sobre Diabetes com a presença do Delegado deSaúde, dr. Mário Durval, e de vários técnicos de saúde.Esta doença tem vindo a atingir cada vez mais portuguesese cada vez mais novos estando, frequentemente, associadaa hábitos alimentares incorrectos. Talvez por este motivo,o Ministério da Educação enviou novas orientações paraas escolas tentando corrigir o excessivo consumo deaçúcares e de fritos que se verifica. No nosso bar asalterações já se notam com a venda de quiches e de frutae o gradual desaparecimento de outros produtos. [::]

DIABETES

O computador que desempenha as funções de servidor (computador que gere arede informática da escola) resolveu avariar-se no passado dia 15 de Novembro.Este facto teve consequências imediatas no uso dos cartões magnéticos, no programainformático de lançamento de faltas dos alunos, no uso das impressoras e em muitasoutras situações típicas dos nossos dias em que vivemos cada vez mais dependentesdos computadores. Infelizmente, ainda hoje, e apesar de todos os esforços dostécnicos, o problema não está totalmente resolvido não sendo possível, por exemplo,aceder ao programa PRODESIS através do site da escola. [::]

CRASH INFORMÁTICO

A turma do Curso de Fotografia,8º CEF, em colaboração com o pro-fessor Jorge Duarte, resolverammostrar os seus trabalhos numaexposição patente no final deNovembro no Bar dos alunos. Asfotografias utilizam a técnicaPinHole (lê-se à inglesa), tambémchamada estenopeica. Como selembrava num cartaz, “Pinhole é umprocesso alternativo de fazerfotografia sem a necessidade do uso

de equipamentos convencionais. Uma câmara artesanal podeser construída facilmente utilizando-se materiais simples ede poucos elementos. O nome inglês Pin-Hole pode sertraduzido com ‘buraco de agulha’ por ser umacâmara fotográfica que não possuilentes, tendo apenas umpequeno furo (de agulha)que funciona como lente ediafragma fixo no lugar deuma objectiva.” [::]

EXPOSIÇÃOESTENOPEICA

Bloco Administrativo fotografado pelo 8ºCEF

Ano II, nº 15, Dezembro/200614

DESPORTO

Dia-a-dia

Dias 28, 29 e 30 de Novembro de 2006 decorreu maisuma edição da Minerália, exposição e venda de minerais

e fósseis. Esta oportunidade de antecipar, porpreços muito em conta, as

compras de Natal tevelugar no bar dos alunos.A iniciativa foi, maisuma vez, dosprofessores de Biologia,Ciências Naturais eGeologia. [::]

MINERÁLIA

RA

ÁRVORES DE NATAL RECICLADAS

Organizado pela Biblioteca Escolar (BE/CRE), decorreu,entre 5 e 12 de Dezembro, o Concurso O meu marcadorde livros. Em breve serão revelados os trabalhos premiados.O vencedor irá participar numa visita de estudo a realizarno 2º período.

BE/CRE

O Natal é pretexto para diversas actividades: dia 14,entre as 20:30 e as 21:15 horas, o Grupo Coral Evangélico,dirigido pela professora Élia Timóteo, interpreta a Cantatade Natal O Príncipe da Paz constituída por diversos Temasde Natal. A organização é da BE/CRE.

Um projecto ganho pela nossaescola permitiu à BE/CRE gastarcerca de 2500 € na compra dediversos livros e filmes para aBiblioteca. Esta é uma óptimaprenda para a escola e mais ummotivo para ir à nossa Biblioteca.[::]

Ana

Sous

a

Durante a última semana de aulas os professores deinglês organizam um ciclo de cinema (em inglês, claro)dedicado ao Natal. Os filmes passam no nosso auditórionos dias 12, 14 e 15 de Dezembro. [::]

CICLO DE CINEMA EM INGLÊS

A última semana de aulas tem 2 eventos desportivosorganizados pelos professores de Educação Física e peloDesporto Escolar: dia 14 de Dezembro, pelas 9:30 horas,

decorre o Torneio de Ténis deMesa que conta com 6concorrentes femininas e 55masculinos.

No dia seguinte, à mesmahora, corre-se o corta-mato daescola. [::]

A escola passou a contar, a partir do mês de Novembro,com mais duas mestres: as professoras de Físico-QuímicaCarmen Oliveira e Maria do Anjo Albuquerque terminaramos seus mestrados em Física Para o Ensino, ambas coma classificação máxima. A escola passa, assim, a contar noseu quadro com um total de 9 professores com estahabilitação, esperando-se para breve a conclusão dosmestrados de mais 2 professoras. Um outro professor,apesar de não pertencer ao quadro da escola, irá defendera curto prazo as suas provas de doutoramento. Às novasmestres as nossas felicitações. [::]

PARABÉNS

Prof.ª Carmen OliveiraProf.ª Mª do Anjo

Albuquerque

No dia 15 de Dezembro, realiza-se o habitual Jantar deNatal que junta actuais e antigos funcionários e professoresda escola. Como de costume, o Pai Natal distribui prendasàs crianças presentes. No final, realiza-se a actuação dosgrupos musicais Gandaia e Vida Airada. [::]

JANTAR DE NATALTambém de parabéns, embora por motivos diferentes,

está a professora de Matemática Sílvia Machadoque no passado dia 13 de Novembro foinovamente mãe de um bebé do sexo masculino.Para ela e para o marido (ex-aluno desta escola)os nossos desejos das maiores felicidades. E cáesperamos, daqui a uns anos, pelo Tiaguinho…[::] Prof.ª Sílvia Machado

A nossa escola ficouclassificada em 2º lugarnesta iniciativa da CâmaraMunicipal do Barreiro queapela à construção deÁrvores de Natal apartir de materiaisreciclados. A nossa árvore,da autoria da professoraIsabel Seruca, fazia oaproveitamento deembalagens Tetra Pak (osvulgares pacotes de leite)e pode ser vista até dia 7de Janeiro na Galeria Mu-nicipal (junto à Estátua, noparque Catarina Eufémia).

Ano II, nº 15, Dezembro/2006 15

Dia-a-dia

Dia 17 de Novembro, passaram 100 anos sobre onascimento do professor Rómulo de Carvalho que foi umdos grandes divulgadores da cultura científica, em geral, edas Ciências Físico Químicas, em particular. Para lembraresta data, os professores de Físico-Química colocaramà entrada da escola uma faixa comemorativa comcerca de 20 metros de comprimento e realizaramnessa data, no bar dos alunos, uma apresentação de

RÓMULO DE CARVALHO LEMBRADO NOS CASQUILHOS

diversas experiências. Também nesse dia se realizou, emcolaboração com os professores de Português um Enigmasobre a obra de António Gedeão (pseudónimo poético do

referido professor) que, depois de resolvido, conduziaos alunos para o Bloco E. As vencedoras, Ana Oliveirae Susana Nascimento, receberam um exemplar daObra Completa deste poeta.[::]

CO

CO

CO

Em Janeiro o ESCRITO faz dois anos e a escola volta aestar coberta de chocolate. Nesta 2ª edição, a 26 de Ja-neiro, prometemos muita animação e algumas novidades:concursos de doces com chocolate, exposições, cinema,conferências; tudo com o peso certo para um dia saboroso.

Mais uma vez, alunos, professores e funcionários podemmostrar os seus dotes culinários no concurso de amadores.

Contamos convosco!

II FESTA DO CHOCOLATE

Já chegaram 13 dos 24 computadores portáteis queintegram o projecto do Ministério da Educação referido nosúltimos números do ESCRITO. Parece que alguém seenganou nas contas e afinal não há computadores quecheguem para que o Ministério possa cumpriratempadamente os seus compromissos. Esperemos paraver. [::]

O PROMETIDO É DEVIDO

Cart

az:

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As vencedoras

POSTAL DE NATALEm cima da hora de fecho tivemos acesso ao postal

de Natal que irá ser enviado pela escola às diversasentidades. O seu autor será revelado na próximaedição[::]

Ano II, nº 15, Dezembro/200616

principal obviamente visitada com imensa afluência.A fila para se entrar na igreja em questão, seguia em

torno da muralha, cheia de pessoas mal-humoradas,paranóicas com o roubo do seu 550º lugar ou deexcursões de crianças da pré-primária rezingonas como tempo de espera. Por sua vez, eu ao ver uma centopeia

humana daquela dimensão fui aproveitar oque ainda havia para ver e claro, dedicar-meà prova da Ginjinha de Chocolate(aprovadíssima já agora!)

Não posso dizer que não me tenhadivertido… foi um dia recheado na companhiade pessoas com as quais dá vontade de visitarmais locais e fazer mais horinhas de viagem

de camioneta.Mas a exposição da igreja

deixou-me aguada em lá voltare tirar o dia para me transformarnuma mulherona defensora domeu 550º lugar, ou maisdificilmente fingir-me umacriança rezingona dumaqualquer escola primária.

De qualquer modo,agradeço a quem nos arranjouos lugares e quem nos fezcompanhia nesse dia e desejo atodos um Dezembro muitodoce…tão doce quanto a belada Ginjinha! [::]

Ana BeatrizSantos

Festival do Chocolate de ÓbidosFoi no dia 9 de Novembro que algumas turmas se

deslocaram a Óbidos, para conhecer o FestivalInternacional do Chocolate. Os nossos companheirosde viagem foram as turmas de 10º e 12º de Artes daprofessora Helena Oliveira e o 10º ano de Ciências.

A primeira paragem foi no Campo Aventura, umcampo de actividades radicais como rappele escalada, que fica a caminho de Óbidos.Esta iniciativa foi levada a cabo pelasprofessoras Joana e Ana Torres de EducaçãoFísica.

Passando agora para a fase mais calóricada nossa visita…

Não menosprezando o valor de umainiciativa como a do Festival ereferindo que tanto chocolatea rodear-nos é uma experiênciaúnica (tanto a nível do olfactocomo a nível do paladar), pensoque ainda há muito que fazerpara que se consiga aproveitarem pleno aquela exposiçãoachocolatada.

Uma melhor organização eum aproveitamento de espaçomais eficiente deviam resolvera questão a que me refiro,porque vendo bem, o únicoproblema está na exposição

tanto chocolate arodear-nos é uma

experiência única (tantoa nível do olfacto como

do paladar)

ABS

VISITAS DE ESTUDO

Dia 7 de Dezembro as turmas 11º E e 12º E deslocaram--se ao Centro Cultural de Belém para observar e analisaruma mostra de obras de arquitectura projectadas porarquitectos portugueses, em Portugal e no estrangeiro, en-tre 2003 e 2005. A exposição propõe uma síntese do universoda arquitectura portuguesa: da pequena à grandeintervenção, da habitação unifamiliar ao complexoresidencial colectivo, do espaço privado ao público e dá aconhecer cerca de vinte obras de arquitectos portugueses,construídas em Portugal e no estrangeiro entre 2003 e 2005.Estão representadas, entre outras, obras dos arquitectosÁlvaro Siza e Gonçalo Byrne, Eduardo Souto Moura, ManuelGraça Dias e José Egas Vieira e Nuno Brandão Costa.

No passado dia 4 de Dezembro as turmas do 9º Ano, o8º CEF e o 12º B foram numa visita de estudo, organizadapelo núcleo de estágio de Português/Francês, a Lisboa: odestino eram os Jerónimos, a Torre de Belém e o Padrãodos Descobrimentos. Esta visita integrava-se no estudo d’OsLusíadas.

HO

Seguidamente, no Palácio Valadares, puderam observare analisar um conjunto de soluções de arquitectura deinteriores e design apresentadas por alguns dos maisconceituados arquitectos e designers portugueses. [::]

RA

Ano II, nº 15, Dezembro/2006 17

SudoKu

Solução

por Paulo CruzPreenche a grelha de forma que os números (de 1 a 9) não se repitam nem nas linhas, nemnas colunas, nem dentro de cada um dos 9 quadrados pequenos. Dificuldade média.

A consola da nova geraçãoNintendo Wii

No dia da Imaculada Conceição deu-se o lançamentoeuropeu de uma das consolas da nova geração - aNintendo Wii. Como sempre, o nosso continente foideixado para último no lançamento de uma nova consolaque revolucionará a forma de jogar. Aliás, este temsempre sido o lema da Nintendo - revolucionar a indústriados videojogos.

Tal como já tinha acontecido com a Nintendo DS (umaconsola portátil com um ecrã táctil), a Nintendo apresenta-nos mais uma vez um conjunto de característicasimpressionantes com a sua nova máquinavideojogável. Normalmente estamoshabituados a jogar com um comando quese segura com as duas mãos e temaproximadamente entre 10 a 15 botões.No entanto, o que acham que se podefazer com um comando com apenas 8botões e que se empunha com apenasuma mão? Bem, a verdade é que estecomando é como que uma forma de seentrar no jogo. Por exemplo, querem jogarbasebol? Simples, peguem no comandocomo se fosse um taco e façam osmovimentos certos. Querem tornar-selutadores de boxe profissionais? Liguemo acessório Nunchuck ao comando,

agarrem-no com a outra mão e estão prontos para aluta mexendo os vossos braços (e mãos). Para além dosempre presente sistema de vibração no comando, quetal haver também uma pequena coluna incluida neste?No jogo The Legend of Zelda: Twilight Princess, porexemplo, em certos pontos temos de disparar uma

flecha. Que tal ouvirem o som do dobrar do arco ao puxarempara trás a flecha (neste caso, o comando)? Tudo isto estápresente num acessório pouco maior que um comando detelevisão. Já a nível do hardware, ou seja, dos componentes

da consola em si, não existe assim umagrande “revolução”. A parte gráfica estáabaixo do nível das suas concorrentes, masdentro do aceitável tendo em conta ajogabilidade que nos é oferecida. Com aWii temos ainda a possibilidade de navegarna internet e jogar online com outrosjogadores de todo o mundo.

Esta máquina pode ser adquirida porapenas 249,99€ e vem já com um jogo –Wii Sports, constituído por vários mini-jogos de desporto, desde o Golf até aoTénis. Aconselho vivamente a adquiriremesta maravilhosa peça de “hardware” queserá um bom investimento para qualquerfamília.

Gil Marques

Ano II, nº 15, Dezembro/200618

por WilliamO

O nosso jornal é reproduzido em fotocopiadoras Nashuatec fornecidas pela empresa Beltrão Coelho