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ANO XC • Nº5047 • Assinatura Anual: 22,5 Sexta-Feira, 12 de Dezembro de 2014 DIRECTOR: JOSÉ LUIZ DE ALMEIDA SILVA DIRECTOR ADJUNTO: CARLOS M. MARQUES CIPRIANO PORTE PAGO Jornal fundado a 1 de Outubro de 1925 [email protected][email protected][email protected][email protected][email protected] www.gazetacaldas.com facebook.com/gazetacaldas • Telef:262870050 • Fax: 262870058 / 59 Ó b i d o s V i l a N a t a l Este suplemento faz parte integrante da Gazeta das Caldas de 12-12-2014 e não pode ser vendido separadamente PATROCINARAM ESTE SUPLEMENTO:

Jornal fundado a 1 de Outubro de 1925 ANO XC • Nº5047 • … · 2016-05-16 · ANO XC • Nº5047 • Assinatura Anual: 22,5€ Sexta-Feira, 12 de Dezembro de 2014 DIRECTOR: JOSÉ

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A N O XC • Nº5047 • Assinatura Anual: 22,5€ Sexta-Feira, 12 de Dezembro de 2014

DIRECTOR: JOSÉ LUIZ DE ALMEIDA SILVA DIRECTOR ADJUNTO: CARLOS M. MARQUES CIPRIANO

PORTE PAGO

Jornal fundado a 1 de Outubro de 1925

[email protected][email protected][email protected][email protected][email protected] www.gazetacaldas.com facebook.com/gazetacaldas • Telef:262870050 • Fax: 262870058 / 59

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PATROCINARAM ESTE SUPLEMENTO:

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II

A magia da Vila Natal atrai milhares de v

Éfácil chegar à Vila Natal. Basta seguir a multidão que diaria-mente ruma em direcção à cerca do castelo que, até 4 de Janeiro, está convertida em “quartel general” da ani-mação deste evento.

Os duendes, bastantes e ruidosos, são os ci-cerones da visita, interagindo com as pessoas e convidando-as a momentos de boa disposição e à partilha de muitas fotografias. Na encosta junto à Pousada, ergue-se, discretamente, ou não es-tivesse envolvida em relva, a Casa do Pai Natal. É ali que o velhinho das barbas brancas ouve os pedidos das crianças. E são muitos, a contar pelas longas listas de espera em redor da casa com vista para todo o evento. O casal Francisco e Mafalda Sampaio foram um desses casos. Vieram de Fernão Ferro (Seixal) com o pequeno Rafael, de três anos, que, contente, ao colo do Pai Natal pediu-lhe um carro no sapatinho.

Estacionado a poucos passos, o trenó do Pai Natal faz as delícias de famílias inteiras que ali encontram um dos locais preferidos para tirar fotografias. Já no marco do correio é possível enviar para o Pólo Norte a carta ao Pai Natal e, depois, esperar que a resposta surja na noite de 24 de Dezembro.

Os mais corajosos têm este ano um espaço à sua altura. No Labirinto da Ilusão encontram uma casa escura com as paredes forradas com colo-ridas pinturas que contam a história do Rodolfo, a rena do Pai Natal. No final, os participantes são confrontados com uma parte interactiva, em que o piso muda de cor quando é pisado. Trata--se de uma reinvenção do jogo da macaca, num projecto que foi concebido pelos estudantes da ESAD, David Belo, Rafael Cavaco, Rafael Silva e Paulo Pascoal.

Ao lado, chávenas rolantes partilham o cenário com o comboio de Natal que, devido à quanti-dade de passageiros, não tinha um momento de descanso.

O palco da cerca está transformado em palco Hocus Pocus, local de residência por estes dias do mágico David Martin que, tendo as crianças como ajudantes, cria diversos truques envoltos na temática do Natal.

As marionetas de papel dão vida ao espec-

táculo “On the Way” com canções mexicanas, danças de cabaret ou música cigana, criando momentos de grande divertimento e animação.

Noutro lado do recinto, a animação é garantida no Palco Perlimpimpim, com um espectáculo de teatro protagonizado pela Madame FrouFrou, que visita a Vila Natal à procura de pessoas e momentos especiais para transmitir na sua TV Blue. O palco é divido com os mágicos trapalhões Irmãos Trambique, duas personagens que acre-ditam ser mágicos encantados e que vagueiam de terra em terra para mostrar os seus poderes.

Para os mais friorentos não faltam cachecóis e barretes em lã e para os mais aventureiros há escalada e slide.

Na escola de magia funcionam workshops para adultos e crianças e, ao lado, uma casa esconde uma caixa de luz. Trata-se de um projecto feito pelos alunos da escola Josefa d’Óbidos no seu atelier criativo e que consiste numa instalação, tendo por tema o Natal na Floresta.

Este ano, uma roda gigante com cinco cabi-nes permitem uma vista privilegiada por todo o evento e, a poucos metros, o carrossel mágico gira, sempre cheio de crianças, que não perdem a oportunidade de dar uma voltinha sentadas num cavalinho, numa girafa, num leão, ou num elefante.

Ao final da cerca encontra-se o lago de gelo, composto por uma pista de gelo e ladeada por duas rampas.

E, porque é Inverno e é preciso aquecer e re-temperar forças, não faltam pequenos quiosques com a tradicional ginjinha de Óbidos enquanto a praça da alimentação garante petiscos e pe-quenos acepipes que alimentam e aquecem o espírito da época.

HOTELARIA DA REGIÃOCOMPLETAMENTE LOTADA

O primeiro fim-de-semana de evento, a que se juntou o feriado de segunda-feira, 8 de Dezem-bro, traduziu-se numa verdadeira enchente em Óbidos, levando mesmo a autarquia a fazer um apelo através dos meios de comunicação social para que, quem tencionasse dirigir-se ao evento, escolhesse outro dia, lembrando que este se prolonga até 4 de Janeiro.

De acordo com o presidente da Câmara, Hum-

berto Marques, nos primeiros três dias foram vendidas mais de 36 mil entradas, mas muito mais pessoas vieram a Óbidos.

A expectativa inicial já era alta, justificada pelo facto de, mesmo antes de abrir portas, já ter sido vendido online "cerca de 20% do total da bilheteira esperada", disse o autarca. Apesar desta forte adesão à compra de bilhetes através da internet, esperava que a visita a Óbidos fosse diluída ao longo do tempo.

Esta afluência excessiva leva Humberto Mar-ques a concluir que apesar de já haver alguma oferta em matéria de eventos de Natal, a procura ainda é superior à oferta. Além disso, acrescen-ta, as “pessoas continuam a preferir os even-tos em Óbidos pois a relação qualidade-preço agrada-lhes”, disse.

Por outro lado, também as boas condições meteorológicas (apesar do frio) ajudaram a que as pessoas saíssem de casa.

“Esta é a primeira vez que se regista um con-gestionamento na Vila Natal”, disse o autarca, que acredita que nas próximas semanas, e com a entrada de muitos portugueses em período de férias, as visitas ao evento serão mais diluídas pelos dias da semana.

Esta grande afluência levou também a que as unidades hoteleiras e restauração da região enchesse. A organização do evento tentou ar-ranjar quartos no passado fim-de-semana e não conseguiu nas unidades hoteleiras existentes entre o Bombarral e Alcobaça.

Humberto Marques destaca que a novidade desta edição está relacionada com o seu forma-to, sobretudo no que respeita à vontade de fazer acontecer eventos fora do perímetro muralhado, como é o caso do espectáculo na Usseira.

Considera também que os eventos de Óbidos deveriam ser “lugares de inspiração e da criação de novos produtos”, destacando o trabalho que está a ser feito pelo Espaço Ó com a apresenta-ção de peças de autor durante o evento.

“Óbidos hoje é uma marca, mas precisamos de criar outros pontos de interesse que criem a necessidade a quem nos visita de permanecer mais tempo”, disse o autarca que quer ter neste concelho “turistas e não apenas visitantes”.

Fátima [email protected]

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III

aliada ao bom tempovisitantes a Óbidos

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IV

Aactriz Inês Fouto contou a história da “Rapariga do gorro amarelo”, que criava candeeiros que nunca se apagavam, feitos de coisas velhas e apenas com a ajuda do seu abre

cartas. O mote estava lançado para apresentação do produto desenvolvido pela designer Patrícia Ferro - um kit para a construção de um candeeiro a partir de uma embalagem de plástico.

Na livraria da Adega – Espaço Ó, a primeira “fazedora” contou aos presentes que criou a marca Yelo numa referência ao contentor amarelo e que o seu trabalho consiste em transformar o plástico em novos objectos, combatendo assim o desperdício. “A Yelo começou no dia em que olhei para o contentor e vi muita cor lá dentro e material resistente que precisa de ter outra utilidade”, disse, acrescentando que o primeiro produto que fez foi um porta-moedas a partir de um frasco. Depois começou a olhar para as embalagens com pegas e começou a

fazer malas, como as que se podem encontrar na loja do Espaço Ó, à entrada da vila.

A designer de peças originais abraçou agora o projecto de criar um produto de autor com edição limitada. O Nip-tuck consiste num kit de montagem feito à base de uma garrafa de lixívia reciclada, com o custo de 39,90 euros. O conjunto contém um bisturi, a régua com marcações para se fazer o candeeiro, um cartão que dá resistência para permitir fazer os cortes e uma parte eléctrica. De-pois é só pegar no manual de instruções e, “com toda a paciência do mundo”, como a própria autora adverte, começar a montar o seu próprio candeeiro.

A edição é limitada a 10 exemplares e, consoante a aceitação, a autora poderá fazer mais conjuntos e tam-bém utilizar outras embalagens.

Patrícia Ferro tenciona ainda fazer outros produtos Niptuck, dentro da ideia do “faça você mesmo”. Entre os seus objectivos está também a dinamização de campanhas de sensibilização nas escolas sobre a

importância da reciclagem e o ambiente, e também para incutir nas crianças a vontade de fazerem os seus próprios objectos.

No âmbito da “magia da transformação” segue-se, no próximo sábado, a Linha Poeta, uma linha de joalharia que foi criada pela bordadeira de renda de bilros Natália Santos. “Malas de cenas”, que consiste num mini teatro com fantoches, será o terceiro produto lançado e apre-sentado por Inês Fouto.

Na quarta semana será lançado o Toupeiro, uma peça de vestuário em burel e bordado de Óbidos, da asso-ciação Bordados d’Óbidos e, por ultimo, a 3 de Janeiro, será apresentado o Humpti, um puzzle tridimensional em forma de ovo e feito em chocolate, que foi lançado no Festival do Chocolate e cujo produto final será agora comercializado.

Fátima [email protected]

A magia da transformação mostranovos produtos made in Óbidos

A fórmula é simples: na manhã de cada sábado do período em que decorre a Vila Natal, um conto apresenta um novo produto desenvolvido pelos fazedores do Espaço Ó, em Óbidos. A “magia da transformação” começou no passado dia 6 de Dezembro, com o conto “A rapariga do gorro amarelo”, que apresentou o novo produto Yelo,o Niptuck. A Yelo é uma marca de eco-design dedicada a transformar “lixo” em novos objectos feitos à mão.

Inês Fouto contou a história da “Rapariga do gorro amarelo”, dando início à sessão

Patrícia Ferro apresentou o Niptuck, um kit para a construção de um candeeiro a partir de uma embalagem de plástico

Um “rastilho de luz” na Usseira

Apopulação da Usseira vai criar hoje à noite nas ruas da localidade um “rastilho de luz”.

Trata-se de espectáculo-percurso, feito pela comunidade, que terá início às 18h00, e que está integrado na Vila Natal.

Os habitantes prepararam poemas, cânticos, jogos, desenhos e o grupo de dança e de teatro irão actuar. Alguns dos participantes farão encenações associa-das à história de Santa Luzia e aos epi-sódios mais marcantes da sua vida, num espectáculo que irá decorrer entre o Largo

de São Pedro e a Igreja de Santa Luzia, onde estará acesa a tradicional fogueira.Durante o percurso existirão quatro mo-mentos de espectáculo, trabalhados no tempo e no espaço e cada grupo de vizinhos é convidado a participar trazendo cordas e fios a fim de criar o rastilho de luz que une os “quadros”. Este evento preten-de simbolizar o início de um Inverno mais brilhante, o sol, os dias que vão crescendo, mantendo, assim, a ligação à tradicional fogueira e ao tema da luz.

No dia seguinte, 13 de Dezembro, a

partir das 16h30, realiza-se na Eira, junto ao Açude, na Usseira, a iniciativa “Conversas na Eira: o atear de um novo rastilho”, onde haverá partilha de experiências.

O tema da luz também estará presente noutras localidades do concelho de Óbi-dos, com a iluminação nas aldeias e vilas e a valorização de locais emblemáticos através da sua iluminação, nomeadamente em A-dos-Negros, Amoreira, Olho Marinho e Gaeiras.

F.F.