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UNE A FAVOR DO BRASIL Estudantes debatem idéias no 52º Congresso INFORMATIVO DO 52º CONGRESSO DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES GOIÂNIA / GO SÁBADO 16/07/2011 # 3 Vitor Vogel

JORNAL NOTA 10 ED 3

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UNE A FAVOR DO BRASILEstudantes debatem idéias no 52º Congresso

INFORMATIVO DO 52º CONGRESSO DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES GOIÂNIA / GO SÁBADO 16/07/2011 # 3

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SÁBADO 16 . 07 . 20112

O informativo Nota 10! é uma publicação da União Nacional dos Estudantes (UNE) Coordenação editorial: Contra Regras - Comunicação

Edição: Artênius Daniel e Rafael Minoro

Redação: Patricia Blumberg, Thatiane Ferrari e Vivian Fróes

Projeto Gráfico: Bijari – bijari.com.br

E-mail: [email protected]

Tiragem: 10.000 exemplares

Fotos: Vitor Vogel

Redes sociais:Twitter: @_uneFascebook: http://www.facebook.com/unepelobrasilYoutube: http://www.youtube.com/uneoficial

EXPEDIENTE

Hospital Universitário UFG

(62) 3269-8200

Hospital de Urgência de Goiânia

(HUGO)

(62) 3221-6161

Prefeitura de Goiânia

156

Transporte público

517

Ambulância - SAMU

192

Bombeiro

193

Polícia

190

Rádio Táxi Anhanguera

(62) 3256-3000

Rádio Táxi ABC

(62) 3285-1366

Moto Táxi Universitário

(62) 3202-3961 ]

Moto Táxi KM Moto Boy

(62) 3218-2177

Aeroporto

(62) 3207-1288

Farmácia 24h: Droga Jato

(62) 3209-3000

Terminal Rodoviário

(62) 3224-8466

Telefones Úteis

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NOTÍCIAS

Um encontro entre representantes do governo e da sociedade civil, nesta sexta-feira durante o Congresso da UNE, demonstrou o consenso em torno da aprovação da chamada Comissão da Verdade, o projeto que pretende romper o sigilo sobre documentos e acontecimentos da ditadura militar brasileira. Reunidos na Praça Universitária, os estudantes tiveram a companhia da mi-nistra da secretaria especial dos Direitos Humanos Maria do Rosário, do mi-nistro da Justiça José Eduardo Cardozo, da deputada federal Manuela D’ávila e do presidente da Comissão de Anistia Paulo Abraão,

A ministra Maria do Rosário, que tem levado a frente o desafio de deba-ter o tema com os diversos setores da sociedade e com os grupos políticos, afirmou que a Comissão será um atestado de democracia no país: “O Brasil democrático tem o direito de saber”. Aplaudida pelos estudantes, a ministra defendeu veemente a aprovação do projeto, que está em tramitação no Con-gresso Nacional.

Reconhecendo na UNE uma das instituições que mais sofreu com as per-

Ato pela Comissão da Verdade mobiliza a UNEDois ministros de estado, parlamentares ligados aos direitos humanos e ativistas debateram o projeto que quer resgatar o passado da ditadura militar

seguições e crimes da ditadura militar, o presidente da Comissão de Anistia, disse que não podemos nos esquecer dos nossos heróis: “Essa iniciativa revelará muitos fatos dos quais não temos conhecimento e a melhor memória de luta durante esse período é a do movimento estudantil”.

Presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, a depu-tada federal Manuela D’ávila ressaltou que a história de um povo não pode ser construída ouvindo apenas uma das versões. “Chega dessa história contada por derrotados, agora a história é nossa”, afirmou bastante aplaudida.

O últmo a falar e não menos motivado foi o ministro da justiça, que fez ques-tão de elogiar o movimento estudantil e a UNE. Segundo ele, o movimento dos estudantes é fundamental para a manutenção do processo democrático brasi-leiro. Frisou a necessidade de se fazer jutiça para com os torturados, os presos políticos e outros grupos que não tiveram voz durante aqueles tempos. O minis-tro se disse otimista quanto à aprovação da Comissão: “É um projeto do povo brasileiro, por isso será aprovado”, enfatizou

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NOTÍCIAS

Começou nesta sexta-feira (15), o Seminário do Plano Nacional de Educação (PNE) “Educação tem que ser 10!”, como parte da programação do 52º Congresso da UNE. A mesa com o tema “Os desafios do Plano e o papel do Fórum Nacional de Educação” atraiu mais de 300 estudantes ao Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFG. O debate foi mediado pelo presidente da UEE-MG, Rafael Leal, tendo a participação do representante do Ministério da Educação, Arlindo Quei-roz, do coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, e da diretora da executiva da UBES, Gabrielle D’Almeida.

A UNE e a UBES já se mobilizaram, entregando em maio deste ano, ao presi-dente da Câmara Marco Maia, 59 sugestões de emendas ao PNE, que estabelece as metas do setor até 2020. Entre elas, está a destinação de 50% do fundo social do pré-sal para o financiamento da educação e o estabelecimento de um percen-tual mínimo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para os investimentos públicos na área. Esse percentual do PIB representa cerca de R$ 367 bilhões por ano - R$ 110 bilhões a mais do que o orçamento do setor para 2011. O PNE enviado pelo governo propõe a vinculação de 7% do PIB.

Na visão de Daniel Cara, a sociedade brasileira passa por um momento crucial e o diagnóstico é de que o PNE, com 7% do PIB, perpetua esta situação de manu-tenção das desigualdades na educação, refletindo a disparidade social brasileira: “O ideal é expandir o Plano junto à sociedade, garantindo a melhoria do ensino e uma assistência estudantil com qualidade, bolsa, alimentação, programas de pesquisa e extensão”, analisou.

Sempre presente nos fórum de discussão do Plano, a UBES ressaltou a impor-tância organizar o movimento estudantil para reivindicar propostas. ”Quando con-seguimos mobilizar milhões de pessoas em discussões e passeatas, começamos a elevar o nível do diálogo para outro patamar, exigindo e não pedindo, pois estas emendas representam o povo brasileiro”, disse a diretora da entidade.

Para ler as 59 emendas do Plano Nacional da Educação (PNE) propostas pela UNE e pela UBES, acesse: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/co-missoes/comissoes-permanentes/cec/plano-nacional-de-educacao/PNEemen-dasUNEeUBES.pdf

Um desafio foi lançado nesta sexta-feira, na tenda Aldo Arantes, durante mais uma atividade do Congresso da UNE: ampliar o debate sobre a questão das drogas no Brasil. Renato Cinco, cientista político e membro do movimento pela legaliza-ção da maconha, convidou os estudantes a fazerem uma reflexão social e histórica sobre a proibição do uso de entorpecentes.

Cinco questionou se a questão das drogas deve ser tratada do ponto de vista individual e da saúde do sujeito ou do ponto de vista do problema social do trá-fico e da criminalização das minorias. Ainda fez analogia da linha cronológica do proibicionismo e da constante marginalização da cultura afro-brasileira. “Não podemos omitir o fato de que a proibição da maconha aconteceu junto à proibição das religiões afro-descendentes, durante o século XX, como o candomblé, por exemplo. A maconha era uma planta religiosa desses grupos”.

Ao fim do debate, lançou a frase que mais impactou o público: “Não existe guerra às drogas, o que existe é uma guerra aos pobres disfarçada de guerra às drogas.” Além de Renato Cinco, estavam presentes Everton Gomes, do sindicato da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e Milton Mirito, do coletivo Marcha da Maconha. Vale destacar que a UNE tem uma cadeira no Conselho Nacional Anti-Drogas (Conad) e vem discutindo cada vez mais este assunto com os estudantes.

Logo após o debate, foi realizada a edição da Marcha da Maconha na cidade de Goiânia. A passeata, que na sua primeira edição de 2011, em São Paulo, foi du-ramente repreendida pela polícia militar, foi liberada depois pelo Supremo Tribunal Federal em todos os estados, com base no princípio de liberdade de expressão. Os manifestantes pedem a legalização da droga.

Plano Nacional de Educação em debate no CongressoLegislação irá determinar os rumos do ensino até 2020, sociedade civil está mobilizada e apresentando emendas ao Plano

UNE discute a questão das drogasRenato Cinco, do movimento pela legalização, propôs um debate social e histórico sobre o tema

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EM FOCO

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PLENÁRIA FINA

patrocínioprodução estrutura

realização produção e comunicação

parceria

Prestes a completar 74 anos de vida, a UNE se prepara para finalizar o seu maior e mais representativo congresso. A 52º edição do CONUNE, em Goiânia, no centro oeste do país, reuniu cerca de 10 mil jovens de todos os estados com objetivo de definir os rumos do movimento estudantil para os próximos dois anos.

O processo eleitoral começou no mês de abril com a votação e escolha dos delegados e observadores, quem tiveram a responsabilidade de representar a sua universidade durante as votações do encontro e vão agora eleger a nova diretoria e presidente da entidade. Cerca de 98% das instituições de ensino brasileiras rea-lizam eleições e tiveram uma participação ativa nesse Congresso.

O CONUNE é o maior encontro da juventude brasileira. Durante os cinco dias, os delegados e observadores tiveram a oportunidade de debater e trocar opiniões sobre os rumos do país, avaliar as políticas públicas, a ação dos movimentos so-ciais, os avanços na área da educação, esporte, meio ambiente, direitos humanos e outros assuntos importantes que gravitam em torno do movimento estudantil. O congresso foi também uma grande celebração da diversidade, coroado com ati-vidades culturais, intervenções artísticas, trocas de costumes e tradições e, claro, shows diários.

A programação incluiu ainda o 2º Encontro Nacional de ProUnistas, com a

Plenária final vai eleger novo presidente da UNEpresença do ex-presidente Lula e do ministro da Educação Fernando Haddad, momento em que o movimento estudantil aproveitou a reunião das suas principais lideranças para debater com os estudantes de todo o país as demandas, pontos positivos, críticas e sugestões.

Como funciona o Congresso da UNEDurante o CONUNE, a nova diretoria da entidade é eleita, definindo os seus

rumos para os próximos dois anos. Já foram presidentes da UNE e líderes do movimento estudantil, nomes importantes na história brasileira como José Serra, Aldo Arantes, Aldo Rebelo, Lindberg Farias, Franklin Martins e Orlando Silva Jr.

A eleição da UNE é realizada de forma congressual, semelhante ao que ocorre em outras entidades como OAB, CUT e CNBB. As chapas se organizam em teses que são apresentadas, discutidas e eleitas na plenária final do Congresso, nos dois últimos dias do encontro. Nesse momento são votadas as propostas consensuais, divergentes e, por fim, os estudantes elegem o novo presidente e a composição da diretoria para os próximos. A diretoria é composta proporcionalmente na medida exata dos votos que cada chapa obteve na votação.