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O LÁBARO A serviço da evangelização 1 Março 2015 Orgão Oficial da Diocese de Taubaté www.dt7.com.br/ A serviço da Evangelização “Acaso tenho prazer na morte do ímpio? - oráculo do Senhor Deus. Não desejo antes que mude de conduta e viva?” (Ez 18,23) O LÁBARO Ano CVI - Edição nº 2.138 - Março 2015 Distribuição Gratuita Eu Sou a Luz Págs. 8 e 9 No mês da mulher a entrevistada do mês é Vilma Aparecida de Mora- es. Membro do Conselho de Leigos na Diocese de Taubaté, Vilma tem atuado ativamente na pastoral dioce- sana. Na entrevista que deu para O Lábaro ela conta um pouco de sua participação na ação evangelizadora na Igreja como mulher e leiga. Ela fala ainda do CLB (Conselho Nacio- nal do Laicato) e de sua colaboração no processo de elaboração do Plano Diocesano. Págs. 14 e15 Entrevista do mês Com Pré-Assembleia, Diocese de Taubaté avalia sua ação evangelizadora e pastoral S eguindo o cronograma estabelecido pela última Assembleia Diocesana, ocorrida em novembro do ano passa- do, foi realizada, em Taubaté, a Pré- -Assembleia Diocesana. O encontro aconteceu no sábado, 21 de fevereiro, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Participaram da reunião, representantes das paróquias e das comissões diocesa- nas de pastoral, movimentos, associa- ções de fieis e dos serviços da Diocese de Taubaté. Entre padres, diáconos, re- ligiosos, leigos e leigas, um total de 140 agentes participaram do evento. Como aconteceu na assembleia de novembro de 2014, a Pré-Assembleia contou com a assessoria do Padre Nelson Rosselli Filho, presbítero da Diocese de Santo André, SP, e Secretário Executivo do Regional Sul I da CNBB, secional que engloba o Estado de São Paulo. Seu objetivo foi apresentar a avalia- ção do atual Plano Diocesano de Evan- gelização e Pastoral e o levantamento feito da realidade da Diocese de Tauba- té, para discussão, em vista da elabora- ção do subsídio que será utilizado nas assembleias comunitárias, como pre- vê o processo de elaboração do Plano de Ação Evangelizadora e Pastoral da Diocese de Taubaté 2015-2018. Formação geral do clero reune padres e diáconos para estudo sobre administração paroquial Pág. 5 Dia da Mulher é tema do mês. Leia artigo de Iára de Carvalho Pág. 4 Pastoral da Saúde incentiva doação de sangue com a campanha “Abril Solidário” Pág. 6

Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Março de 2015

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Orgão Oficial da Diocese de Taubaté - A serviço da Evangelização - Visite: www.dt7.com.br

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O LÁBAROA serviço da evangelização 1Março 2015

Orgão Oficial da Diocese de Taubaté

www.dt7.com.br/

A s e r v i ç o d a E v a n g e l i z a ç ã o

“Acaso tenho prazer na morte do ímpio? - oráculo do Senhor Deus. Não desejo antes que mude de conduta e viva?” (Ez 18,23)

O LÁBARO Ano CVI - Edição nº 2.138 - Março 2015Distribuição Gratuita

Eu S

ou a

Luz

Págs. 8 e 9

No mês da mulher a entrevistada do mês é Vilma Aparecida de Mora-es. Membro do Conselho de Leigos na Diocese de Taubaté, Vilma tem atuado ativamente na pastoral dioce-sana. Na entrevista que deu para O Lábaro ela conta um pouco de sua participação na ação evangelizadora na Igreja como mulher e leiga. Ela fala ainda do CLB (Conselho Nacio-nal do Laicato) e de sua colaboração no processo de elaboração do Plano Diocesano.

Págs. 14 e15

Entrevista do mês

Com Pré-Assembleia, Diocese de Taubaté avalia sua ação evangelizadora e pastoral

Seguindo o cronograma estabelecido pela última Assembleia Diocesana,

ocorrida em novembro do ano passa-do, foi realizada, em Taubaté, a Pré--Assembleia Diocesana. O encontro aconteceu no sábado, 21 de fevereiro, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Participaram da reunião, representantes das paróquias e das comissões diocesa-nas de pastoral, movimentos, associa-ções de fieis e dos serviços da Diocese de Taubaté. Entre padres, diáconos, re-ligiosos, leigos e leigas, um total de 140 agentes participaram do evento. Como aconteceu na assembleia de novembro de 2014, a Pré-Assembleia contou com a assessoria do Padre Nelson Rosselli Filho, presbítero da Diocese de Santo André, SP, e Secretário Executivo do Regional Sul I da CNBB, secional que engloba o Estado de São Paulo.

Seu objetivo foi apresentar a avalia-ção do atual Plano Diocesano de Evan-gelização e Pastoral e o levantamento feito da realidade da Diocese de Tauba-té, para discussão, em vista da elabora-ção do subsídio que será utilizado nas assembleias comunitárias, como pre-vê o processo de elaboração do Plano de Ação Evangelizadora e Pastoral da Diocese de Taubaté 2015-2018.

Formação geral do clero reune padres e diáconos para estudo sobre administração paroquial

Pág. 5

Dia da Mulher é tema do mês. Leia artigo de Iára de Carvalho Pág. 4

Pastoral da Saúde incentiva doação de sangue com a campanha “Abril Solidário”

Pág. 6

O LÁBAROA serviço da evangelização2 Março 2015

Diretor: Pe. Silvio José Dias Editor e Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SPEditora Executiva: Iára de Carvalho - MTB 10655Conselho Editorial: Pe. Leandro Alves de Souza e Anaísa StippProjeto Gráfico: Sol Moraes

Departamento de Comunicação da Diocese de TaubatéAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070

Impressão: Katú Editora GráficaTiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuitaContatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) site: www.dt7.com.br email: [email protected] www.facebook.com/olabaro As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.

O LÁBAROA serviço da evangelização

Editorial

E o povo?

Uma multidão foi pras ruas pro-testar, no domingo, 15 de março.

Foram milhões, somadas as passeatas realizadas em várias partes do país. Cidadãos exercendo seu direito inalie-nável de se manifestar. Espantosa está sendo a reação dos principais alvos das manifestações, os políticos. Estava cla-ro que os protestos revelaram insatisfa-ção e revolta. Mas também, apresenta-vam queixas e propostas. Todavia, a classe política fala para si mesma e não escuta a “voz das ruas”.

O povo nas ruas pediu o fim da cor-rupção generalizada na política. Os políticos propõem uma reforma para continuar tudo como sempre: verbas públicas para sustentar campanhas e mordomias. O quanto pode, o con-gresso procrastina leis anticorrupção e regras mais transparentes para doação em eleições.

O povo se revolta contra o apare-lhamento do estado na busca do poder pelo poder. Os deputados e senadores aprovam financiamento publico de regalias para si mesmo, aumentam o

valor para os fundos partidário (que saltou para R$ 867 milhões) gerando uma “indústria” de partidos nanicos sem projetos para o país, além de au-mentar os próprios salários (aliás, pri-meira atitude que tomaram assim que assumiram seu mandato).

As manifestações reclamavam da excessiva carga tributária sobre pessoa física, fazendo eco às marchas de ju-nho de 2013. O governo quer aprovar ajuste fiscal cobrando mais impostos, aumentando tarifas e restringindo di-reitos trabalhistas. O brasileiro grita e bate panelas na rua porque está pa-gando mais impostos e tarifas públicas mais altas, enquanto o seu emprego é ameaçado pela recessão em curso.

A sociedade pede para ser ouvida, quer mais democracia, transparência e honestidade. O governo só pensa em conquistar a maioria no congresso pra-ticando o fisiologismo, com troca de favores e leiloando ministérios e cargos públicos.

O governo do PT quando diz “povo”, fala aos seus militantes e para

os outros, convoca seu “exército”. A população vai às ruas protestar por-que não tem serviços públicos de qua-lidade. E a Secretaria de Comunica-ção do governo federal propõe investir mais verbas públicas em publicidade oficial.

A oposição quando sequestra o ter-mo, acha que não é alvo também dos protestos. A base aliada, sobretudo o PMDB, nem se preocupou com o que quer o povo, tratou logo de explorar a fragilização do governo que diz apoiar para conquistar mais poder. Essa sim está dando um golpe passando a ditar as decisões do governo, forçando de-missão de ministro e ameaçando apro-var ou desaprovar medidas propostas pelo executivo. Para conseguirem o que queriam, barganharam com os interesses do povo, como o aumento real do salário mínimo e a equipara-ção das aposentadorias com o salário mínimo federal. E o povo? ______________________________Pe. Silvio Dias [email protected]

Francisco: Um Papa para os Sinais dos tempos!

Apresentar características específi-cas, não necessariamente é compa-

rar. Fazer surgir a particularidade, não necessariamente é dizer ser melhor ou pior. É neste contexto específico, saber valorizar a riqueza insondável de Cris-to (Ef 3, 8) que se manifesta em cada homem e mulher (imagem e semelhan-ça de Deus) e na virtude dos dons do Espírito, que em Sua vontade, cumula cada qual com dons de santificação e de serviço (I Cor 12, 11). Evoco após esses breves pressupostos, as virtudes de um homem chamado ao ministério petri-no, o Papa Francisco, que no dia 13 de março de 2013, completou dois anos de pontificado.

Não desvinculando o papado de Francisco dos eventos que antecede-ram sua eleição, é preciso considerar a renúncia de Bento XVI. A densidade desse vento demarca a sensibilidade da Igreja em ler os “Sinais dos Tempos”, e a consciência de que é preciso saber que, mesmo profundamente imbuí-dos das riquezas de nossas tradições, é preciso tomar a iniciativa por vezes, do

passo original, do passo profético, na referencia fundamental do Cristo, e no diálogo com a comunidade humana de boa vontade.

Francisco é, pois, um papa que se põe profundamente no filão dessa sen-sibilidade dos “Sinais dos Tempos”, na qualidade pulsante e que sobressai sua virtude de pastor. Pois, é um homem que se põe na consciência das tradições que compõe e legitimam nossa identi-dade como cristãos. Mas é também, o homem do passo propositivo, que na re-ferencia da tradição, sabe contrastar va-lores fundamentais aos novos conflitos que surgem, e retomar posturas autenti-camente características ao cristianismo que são preferencialmente esquecidas, ou abafadas por estruturas e disposições históricas sedimentadas no seio da Igre-ja.

Como homem consciente de sua missão, ele fala muito para a Igreja e para o mundo hoje. Verbalmente não fala tanto assim, zela pela brevidade, mas o faz emblematicamente. Expres-sões fortes e sintéticas que norteiam a

vida de seguimento e prática pastoral; “é preciso ter o cheiro das ovelhas”, “ir às periferias existenciais”, “prefiro ter uma Igreja acidentada que doente e anêmica”, entre outras. O que fala mais são seus gestos, consciente de que é essa linguagem que a socieda-de está mais disposta e receptiva no contexto atual, e mais do que isso, na virtude da coerência em sua condição de discípulo de Cristo.

Um papa sério e espontâneo, exi-gente e alegre. A seriedade da adesão à Palavra da Vida e sua configuração a ela, faz surgir a espontaneidade de vida sabida no passo certo, no passo peregrino da vida plena e futura que se faz experimentar aqui e agora. Exi-gência devida a uma firme convicção que a Palavra Eterna de Deus não pode ser relativizada, e que nessa fi-delidade, faz surgir a alegria da vida verdadeira.______________________Thomás Ranieri da Silva Seminarista da Diocese de Taubaté, cursa o 2º Ano de Teologia

Servir: imperativo do Evangelho

A cena do Evangelho de João é emblemática. De composição simples e de beleza ímpar, o Lava-pés (cf. Jo 13,1-15) sin-tetiza o ensinamento de Jesus e o significado da missão dos discípulos. É no serviço ao pró-ximo que revelamos o nosso amor. Portanto, o mandamen-to do amor e o gesto realizado por Jesus na última ceia são indissociáveis. Este significa e realiza aquele.

A Igreja, como discípula, é chamada a ser também servi-dora no mundo, sendo luz e fer-mento de amor, de justiça e de esperança. O mundo é o campo da missão. Não é possível estar nele e se fazer indiferente aos seus mais diversos e complexos problemas, aos anseios e con-flitos humanos. Assim, como cristãos, devemos todos estar comprometidos com o evange-lho encarnado no mundo, na nossa realidade humana e ca-rente de redenção.

Há muitas feridas a serem curadas, há muitos lugares es-curos a serem iluminados, há muitas correntes a serem que-bradas... e é só pelo testemu-nho profético que vamos abrir novos horizontes possíveis de realização do projeto de Deus: de vida em plenitude.

A Campanha da Fraternida-de deste ano nos provoca a re-fletir e agir neste sentido. “Eu vim para servir” não foi só um slogan bonito que Jesus criou para a sua missão, foi a reali-dade de sua vida e ministério, até o fim. Assumir isso hoje é o que nos identificará como seus verdadeiros discípulos.

Março foi o mês das mulhe-res. Por isso, nesta edição,como homenagem, sobretudo, a tan-tas mulheres que estão inse-ridas nos trabalhos da Igreja, trazemos uma entrevista com Vilma Aparecida de Moraes, uma mulher de fé e que tem muito a nos falar de sua experi-ência de vida.

Boa leitura!

O LÁBAROA serviço da evangelização 3Março 2015

A voz do pastor

Há 100 anos

Por que amamos e defendemos tanto a Mãe do Senhor Jesus Cristo – A Virgem Maria?

1 – No segundo artigo, afirmamos ser especial o culto reservado pela Igre-ja à Mãe do Senhor. Trata-se do culto de Hiperdulia. Os Santos todos são verdadeiros servos do Senhor. Maria, no entanto, por ter sido escolhida Pelo Pai, para ser a Mãe Imaculada do Sal-vador, tem um lugar especial. Santuá-rios, Basílicas e templos à Ela dedica-dos, em todo mundo, o demonstram. Além de Mãe de Deus, é denominada Mãe da Igreja. Defensora do povo de Deus, Rainha dos Apóstolos, dos Pro-fetas e dos evangelizadores. O povo de-monstrou sempre grande ternura com Maria, e nós (eu) também.

2 – Cabe-me, em primeiro lugar, de-fender a confecção de imagens feitas em sua honra. Fotos do pai, da mãe, ou da esposa, são ídolos? A imagem de um mártir o é? Os heróis da Pátria, que defenderam sua terra natal, são ídolos? Só um ignorante o diria, ou talvez um preconceituoso. Um fanático? Talvez, também.

2.1 – Mas por que tanta polêmica em relação às imagens? O que Deus proibiu mesmo? Fazer imagens para adorá-las, quais fossem deuses, tor-nando-as ídolos. Isto está proibido e severamente. Um só é vosso Deus e Este e só Este deve ser adorado (cf. Ex 20,3-5; Ex 20,4-5; Dt 4,15-18; 1 Sm 19,13; não os deuses dos povos e suas imagens; Is 2.18; Ez 20.18; 1 Jo 5,21).

2.2 – Fora disso, não as proibiu, pelo contrário, até mandou fazê-las. Ou as Bíblias de alguns acusadores não contém, o que não lhes convém? (Ex 25,18-20). Vejamos: Farás tam-bém dois querubins (anjos) de ouro... Ex 37,7-9; 1 Reis 6,23-29... lavrou-a de esculturas e de palmas; No Anti-go Testamento, Moisés mandou fa-zer uma serpente e fixou-a sobre um poste (cf. Nm 21,8). Contemplando--a, seriam salvos os que tivessem sido mordidos pela víbora. E agora, meus

amigos? Estude-se também Jo 3.14. Confiram-se ainda: 2 Sm 6.2; 1 Rs 6.23; Ex 25.22; Gn 1.26; 9.6 – O ho-mem não foi feito à imagem e seme-lhança de Deus? Jesus não assumiu corpo humano? Como fica então?

2.3 – A Igreja sempre ensinou que imagens são, pedagogicamente falan-do, importantes. Não são adoráveis. Lembram. Cristo mesmo lembrou a serpente levantada no deserto. Nem, por isso, mandou adorá-la (cf. Jo 3,14-15). Antes que tais seitas que tanto nos censuram, existissem – a Igreja já proibia a adoração de objetos reli-giosos. Mesmo a Cruz de Cristo – tão lembrado pela Igreja – não pode ser adorada.

2.4 – Adoramos a Trindade. Adora-mos Cristo na Eucaristia: nada além.

2.5 – Os Santos são venerados. Fa-zem parte da grande família de Cristo Encarnado. São admirados, podem e devem ser imitados, pois até, Paulo di-zia: Imitai-me como também eu imito Cristo (cf. 1 Cor 11,1). Quando os ad-versários de Maria a descobrirem em sua real grandeza, estudando melhor a Bíblia e os Santos Padres – eles se converterão, penso eu.

3 – Maria teve outros filhos? Quem são os irmãos de Jesus? Os mal-inten-cionados sempre voltam com estes chavões. Ter filho não é pecado – se no matrimônio. Maria, no entanto, foi chamada para ser a Mãe do Senhor, do Salvador e de ninguém mais. Isso foi anunciado (cf. Lc 1,28-31) e para isso veio. Para suas colocações, os ad-versários dizem valer-se da Escritura e invocam, entre outros, os seguintes textos: Mt 13.55; Mc 6.3; At 1,14.

Façamo-los pensar um pouco me-lhor. Onde está escrito que sejam fi-lhos de Maria, Mãe de Jesus?

3.1- A tradição não afirmou sempre a virgindade perpétua de Maria? (cf. ainda Proto-Evangelho de Tiago).

3.2- Como poderia Jesus confiar sua Mãe a São João, caso tivesse ou-tros irmãos? (cf. Jo 19,25-27). Não teria sido ingrato? Quando Jesus fica no templo, aos 12 anos, não aparece como filho único? (cf. Lc 2,41-52).

3.3- Quando, os assim chamados irmãos de Jesus, são chamados filhos de Maria, Mãe de Jesus? Jesus mesmo não os descarta indiretamente, quan-do pergunta: quem são meus irmãos? São-no todos os que fazem a vontade de Meu Pai... (cf. Mt 12,46).

3.4- O verbete “adelfos”: irmão em grego, corresponde ao aramaico “Ah”, que designa diversas formas de parentesco (por exemplo – tio e sobri-nho) (Gn 12,4-5; 13.8). Jacó é filho de Labão e este não é chamado de irmão? (cf. Gn 29,13-15). Como fica?

3.5- Maria – do texto (cf. Jo 19,25; Mt 27,56, é irmã de Nossa Senhora e mãe de Tiago e José. É bom ser ho-nesto e menos preconceituoso, pois poderia, até, parecer ignorância.

3.6- “Disseram-lhe então seus ir-mãos”. Quem são? Os próprios Após-tolos (cf Jo 7,3-5; 2.12; 1 Cor 9.5).

3.7- Outros chegam a citar o texto “José não conheceu Maria, até que deu à luz seu filho primogênito”. En-tão depois a conheceu? Não é isto que vem afirmado, pois vejamos o que afirma: 2 Sm 6.23: “Mical filha de Saul não teve filhos até ao dia de sua morte...” Queria ele afirmar que os teve depois? Meio difícil não é? Paulo insistiu com Timóteo para que este evangelizasse, até que ele viesse. Depois não? (cf. 1 Tm 4,13).

Quando os membros, por exem-plo, da Assembléia de Deus falam dos seus irmãos, não se referem a todos os batizados na Assembléia? Teriam to-dos a mesma mãe? Prolífera, não? Em italiano “nipote” pode significar so-brinho ou neto. Em português “pata” é anfibológico, pois pode significar: a)

a fêmea do pato; b) pé de um animal; c) uma pessoa tonta, tola... E agora? Querem ser tolos?

Conclusão: Mais respeito com a ve-nerável tradição da Igreja. Esta possui dois mil anos. Tem experiência, teó-logos, exegetas, pensadores, santos e mártires. Tem estrutura. O Papa além de Superior maior da Igreja é chefe de Estado. Tem reputação. É capaz de reunir 1.2 ou até 3 milhões de pessoa, quando não 5 ou 6. Obama o conse-gue?

Maria é importantíssima para a Igreja. Depois de Cristo (e da Trin-dade) é nossa maior pérola, mesmo sendo criatura e não deusa. Jesus no--la confiou pouco antes de morrer. A Igreja encampou esta causa, e está en-tre aqueles que a chamam de bendita entre todas as gerações (cf. Lc 1,48). Falar certas coisas de nossa Mãe é ofensivo, provocativo, quando não preconceituoso ou manifestação de ignorância crassa. Espero que com estas palavras eu tenha mostrado o amor da Igreja, e meu, por Maria, e demonstrado claramente, também, que não permitimos ofendê-la. Até os muçulmanos e Lutero mostram grande respeito, pela que é feliz, por-que acreditou. Não a saudou o Anjo com “Salve... ó cheia de graça” (cf Lc 1,28). Por isso rezamos – Ave Maria cheia de graça... a saudamos como nos ensinou o Anjo.

Felizes os que além da mãe na ter-ra, tem ainda outra nos Céus. Nós a temos. __________________________________Dom Carmo João Rhoden, SCJ Bispo Diocesano de Taubaté

Jubileu MarianoEm sua edição de março de 1915, de número 271, O Lábaro publicou um artigo de Frei

Domingos Schmitz, ofm, saudando o jubileu da instituição de maio como o Mês Mariano.O artigo noticiava que a prática devocional de dedicar o mês de maio à Maria, com-

pletava, naquele ano, 100 anos de aprovação oficial pela Igreja. No seu longo artigo, Frei Domingos exalta a devoção mariana presente em todas as comunidades católicas, a mais popular na Igreja. Depois, explicou o surgimento dessa prática piedosa. Foi o Papa Pio VII, que em 21 de março de 1815, reconheceu oficialmente a prática de dedicar maio à devoção mariana, concedendo indulgências especiais aos que promovessem o Mês Mariano. Desse modo, o Sumo Pontífice estendia a todo o mundo uma prática que, já sendo antiga, foi considerada decisiva por ele na sua libertação, prisioneiro que era de Napoleão. De fato, em maio de 1814, o Papa retornava a Roma, depois de muitas preces à Virgem feitas pelos fiéis católicos, especialmente pelos romanos.

Para marcar o Jubileu Mariano, Frei Domingos recomenda que se organizassem uma programação especial para celebrar o Mês de Maria naquele ano. “Neste ano deve-se reves-tir de um brilho não comum. Sua celebração deve ser grandiosa tanto no seu preparo exter-no como em atenção às graças e bênçãos que esta vez nos traz”, escreveu o frei. Finalmente, ele conclamava os devotos de Maria a não pouparem esforços “para festejar o mês de Maria em 1915 com toda a solenidade possível”. Entre as recomendações para serem feitas no mês de maio, ele propõe conferências, solene consagração à Santa Mãe de Deus, participação piedosa na Santa Missa e pedia que se suplicasse “aos nossos prelados para que obtenham do Santo Padre indulgências especiais”.

Neste ano de 2015, portanto, o reconhecimento de maio como Mês de Maria completa 200 anos.

Março 2015 O LÁBAROA serviço da evangelização4

Tema do mês

Dia da Mulher: comemorar ou não Dia 8 de março é o Dia Interna-

cional da Mulher dia de luta ou de festas – pergunta-se.

Aqui no Brasil, normalmente é um dia de dar flores, chocolates, cartõe-zinhos com frases de amor. Princi-palmente entre colegas de trabalho. Quando as mulheres têm vontade de perguntar: e no holerite, não vai nada?

Todos nós sabemos porque. É que, no mercado de trabalho, mes-mo executando as mesmas funções, o salário da mulher é menor que o dos homens. Bastante menor, ali-ás: cerca de 25 a 30%. Luta insana pela igualdade. Falta avançar nes-te sentido.

O Dia da Mulher é também aquela data em que os números de violência doméstica aparecem com destaque. Estupro, maltrato, assé-dio, agressões físicas, morte. Os dados crescem a cada dia, a cada mês, a cada ano. As mulheres pou-co denunciam. Quando o fazem, logo se enchem de piedade pelo agressor, que ela amou ou ainda ama, e quase sempre por esperar por dias melhores, todos juntos, marido, mulher e filhos.

A situação, de tão alarmante, le-vou à edição de uma lei, este ano, no Brasil. A lei do Feminicídio. Vai punir aqueles com os quais a mulher tem ou teve laços de afeto, ou seja, namorado, marido ou ex. Lei esta que vem complementar a Lei Maria da Penha, que abriu a possibilidade da mulher denunciar e ser protegida após ser vítima.

No Brasil, país tropical, o cli-ma quente, a alegria, o samba e

a cerveja praticamente obrigam as mulheres a usar roupas curtas e decotadas. É direito de cada um escolher o que usar. Mas o precon-ceito e o machismo permitem que os homens se sintam provocados. E a mulher começa a ser assediada e a receber adjetivos pejorativos. Neste sentido, o que a gente vê no Brasil é moça tendo que deixar a faculdade, mulheres serem alicia-das ou abusadas em ônibus, metrô, trens.

Para não falarmos só de coisas negativas, podemos nos lembrar do exemplo de Maria, mulher e mãe, tão bem tratada por seu esposo São José e seu filho Jesus. Exemplo que não podemos deixar de citar numa data como esta. Os papéis sociais por ela exercidos são mais que mo-delo de dignidade, mas não nos esqueçamos de tantos sofrimentos que Nossa Senhora passou para ter o respeito que hoje alegremente sentimos por ela. Ser Mãe de Jesus não foi uma tarefa fácil, mas sem dúvida, foi de puro amor.

O que fazer num 8 de março, diante desses dois quadros que nos apontam principalmente a de-gradação da humanidade?

Nada mais do que reivindicar o que é de hábito: Educação. É em casa e nas escolas que se vai plan-tar a semente do respeito. Sem essa educação, as mulheres vão ter que amargar mais alguns anos de discriminação, de desrespeito e de desigualdade.____________________________________Iára de Carvalho

Março 2015O LÁBAROA serviço da evangelização 5

Diocese em foco

Clero de Taubaté recebe formação sobre gestão eclesial e administração paroquialDa Redação

Padres e diáconos permanentes da Diocese de Taubaté estiveram

dois dias reunidos para participar de

formação e tratar de assuntos pasto-rais. O evento aconteceu nos dias 10 e 11 de fevereiro, no Salão Paroquial

da Paróquia Nossa Senhora Apare-cida e foi a primeira de duas forma-ções permanentes programadas no calendário diocesano.

Com palestras administradas pelo ecônomo da CNBB, Francisco Jú-lio de Souza, a formação tratou da gestão eclesial e da administração paroquial. Foram abordados temas como administração financeira, legislação pertinente à gestão das entidades sem fins lucrativos, aqui-sição e alienação de bens, controle de documentação, digitalização do processo de escrituração contábil, departamento de pessoal, recolhi-mento de encargos sociais, paga-mento aos órgãos governamentais, controle dos bens patrimoniais, controle e escrituração contábil, movimentação financeira, relató-rios obrigatórios com prestação de contas e transparência gerencial, responsabilidade administrativa, validade fiscal de documentos, pre-visão orçamentária, execução orça-mentária, administração de obras,

controle de caixa e movimentação bancária. Padres e diáconos tiveram a oportunidade de fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas referentes, entre outras importantes, ao conse-lho de assuntos econômicos, con-tratos com prestadores de serviços, recolhimento de impostos devidos, imunidade fiscal e imposto de renda de pessoas físicas.

A tarde do dia 11, uma quarta-fei-ra, foi dedicada à Reunião Geral do Clero, quando foram tratados vários assuntos pertinentes à pastoral dio-cesana. Entre os assuntos abordados esteve o processo de elaboração do Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral para o quatriênio 2015 e 2018. Na reunião, o clero tratou dos últimos acertos para o próximo passo do processo, a Pré-Assembleia diocesana, realizada ali no mesmo local, no dia 21 de fevereiro.

O encontro proporcionou ainda, oportunidade para o clero rezar em comunhão com seu bispo diocesano e confraternizar.

O LÁBAROA serviço da evangelização6 Março 2015

Diocese em foco

Pastoral da Saúde promove campanha para doação de sangueAna Regia de Oliveira GamaPastora da Saúde Diocese de Taubaté

De 1 a 30 de abril de 2015, a Pasto-ral da Saúde estará realizando a

Campanha "Abril Solidário", em todo Brasil, e serão trabalhadas capacita-ções, orientações para captar doado-res e também o ato de doar. O intuito da Pastoral da Saúde é atuar coope-rando com importante trabalho.

Sabemos que a doação de sangue é, ainda hoje, um problema de interesse mundial; pois não há uma substância que possa, em sua totalidade, substi-tuir o tecido sanguíneo. A doação de sangue é um ato de cidadania e de so-lidariedade ao sensibilizar a comuni-dade sobre a importância do sangue e da necessidade de tornar o doador fidelizado.

É de conhecimento de todos que os Hemocentros têm dificuldades em manter o estoque de sangue para atender às necessidades específicas e emergenciais, colocando em risco a saúde e a vida da população. As es-tatísticas mundiais mostram que as doações de sangue não acompanham o aumento de transfusões. Muitos pa-íses enfrentam dificuldades em suprir a demanda de sangue e hemocompo-nentes, principalmente, aqueles em que há uma política proibitiva em relação à comercialização do sangue, assim como o Brasil. O marketing é importante para a captação de doa-dores, sendo necessária a utilização de estratégias consistentes para tornar a doação de sangue, parte de hábitos e valores da população. A doação de sangue não faz parte da vida da maio-ria da população. Para enfrentar essa realidade houve consenso em criar essa Campanha.

As pessoas que se disponibilizarem a fazer doação de sangue deverão diri-

gir-se ao Hemonúcleo, no horário das 07h30min às 14h30min e informar a que Paróquia pertence. Atenção, é im-portante que você informe a sua Pa-róquia de origem, pois será feito um controle. Segue abaixo, calendário da campanha "Abril Solidário" na Dio-cese de Taubaté:

1ª semana: pessoas que residem nos Decanatos I e II, compreendendo as Paróquias: Catedral São Francisco da Chagas, N. Srª. do Rosário (Santuário Santa Terezinha), São Pedro Apósto-lo, São Vicente de Paulo, Santo An-tônio de Lisboa, São José Operário, N. Srª. do Belém, São João Paulo II, Convento Santa Clara, Comunidade Eclesial Frei Galvão, Comunidade Missão Sede Santos-Casa João Paulo II.

Decanato II: N. Srª da Conceição, N. Sra. Mãe da Igreja, Santa Luzia, do Menino Jesus, Sagrada Família, São Sebastião, São João Bosco, N. Sra. de Fátima e Comunidade N. Sra. de Guadalupe.

2ª semana: Decanato III e Pinda-monhangaba compreendendo as Pa-róquias:

Taubaté III: Basílica do Senhor Bom Jesus, São José (Tremembé), Sagrado Coração de Jesus, Santíssi-ma Trindade, Espírito Santo e N. Srª Aparecida.

Pindamonhangaba: N. Srª do Bom Sucesso, N. Srª Assunção, São Cris-tovão, São Miguel Arcanjo, São Vi-cente de Paulo, N. Srª de Fátima, São Benedito, N. Srª das Graças, N. Srª. Rainha dos Apóstolos e Sant’Ana.

3ª semana: Decanato Caçapava e Serra do Mar, compreendendo as Pa-róquias:

Caçapava: N. Sra. D’ Ajuda, Santo Antonio de Pádua, São Pio X, Meni-

no Jesus, N. Sra. Boa Esperança, São José Operário e N. Sra. das Dores (Jambeiro).

Serra do Mar: N. Sra. Natividade, Imaculada Conceição (Bairro Alto), S. Luís Tolosa (São Luiz do Paraitin-ga) e Santa Cruz (Redenção da Serra).

4ª semana: Decanato Serra da Mantiqueira, compreende as Paró-quias: Santa Terezinha do Menino Je-sus, São Benedito e N. Sra. da Saúde (Campos do Jordão), Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí.

Posto Taubaté Hemonúcleo

Endereço: Rua. Joaquim Távo-ra, s/n. Centro - Taubaté SP. (Atrás do Hospital Universitário)

Telefone: (12) 3622-5410 Dias: Segunda a Sexta-Feira Horário: 07h30 as 14h30.

Equipe Diocesana dos MESC promove Hora Santa na Sacramentinas em TaubatéJair Martins FerreiraCoordenador Diocesano dos MESC

Os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC) da

Diocese de Taubaté, no sábado, 7 de março, tiveram um dia especial de Adoração ao Santíssimo Sacramento, na capela de Adoração Perpétua das Irmãs Sacramentinas, em Taubaté.

Participaram do evento, ministros da eucaristia de toda a diocese. Os momentos de adoração aconteceram por decanato. Foi organizada uma es-cala de horários para que cada deca-nato pudesse fazer a sua adoração. Ao final de cada hora santa, foi celebrada a Santa Eucaristia, presidida pelo Pa-dre Decano.

Promovido pela Equipe Diocesana, tendo à frente o Cônego Paulo Cesar, esse dia representou, para os MESC, oportunidade para enriquecer a espiri-tualidade eucarística e do serviço. Re-presentou, ainda, um ato de unidade diocesana.

A acolhida carinhosa e a dedicação das Irmãs Sacramentinas, que parti-ciparam ativamente do evento, mar-caram profundamente os que com-pareceram à Hora Santa. Importante também, foi a dedicação dos coorde-nadores paroquiais dos MESC, que organizaram com muito empenho.

O LÁBAROA serviço da evangelização 7Março 2015

Diocese em foco

Caminhada dá início a movimento de Escoteiros Católicos na Diocese de TaubatéPor Patrick Alves

Partindo da praça da Basílica do Senhor Bom Jesus de Tremem-

bé, no dia 20 de fevereiro, a primeira rota-escola inaugurou o Escoteiris-mo Católico na Diocese de Tauba-té. Rota-escola é uma experiência de caminhada dos adultos visando capacitá-los para estarem prontos a coordenarem unidades de equipe--piloto (jovens entre 17 e 23 anos) do movimento. A caminhada ru-mou para o Santuário Nacional de Aparecida, fazendo o percurso em três dias.

Participaram dessa primeira rota--escola 9 adultos. Padre Cipriano Alexandre de Oliveira, responsável pelo Setor Juventude da Diocese de Taubaté, acompanhou o evento du-rante todo o trajeto, representando assim, a acolhida da diocese ao mo-vimento. Ao longo do percurso, o Lar São Judas, da Congregação dos Irmãos dos Pobres de São Francisco de Pindamonhangaba, e a Cháca-ra São José de Roseira, abriram os portões para que todos pudessem pernoitar e levantar assim o acam-pamento.

Chegando à Aparecida, no dia 22 de fevereiro, às 11 horas, no Santu-ário Nacional, um novo membro foi admitido no grupo de exploradores, para proferir sua promessa compro-metendo-se solenemente com os princípios do Escoteirismo Católico. Após a missa do meio dia, deu-se o término da rota-escola com o grito tradicional do movimento: “ad Ma-riam, Brasil”.

A Diocese de Taubaté apoiou o início do movimento educacional de Escoteirismo Católico junto aos Exploradores do Brasil, que é uma realidade escoteira que está em vias de filiação à UIGSE-FSE (Union Internationale des Guides et Scouts dEurope – Fédération du Scoutisme Européen). O movimento nasceu em 1956, na França, com a recupe-ração da obra do Servo de Deus, Pe. Jacques Sévin, um jesuíta que obser-vando a expansão do escotismo inau-gurado por Banden Powell na Ingla-terra, intuiu que seria possível, com certas modificações, utilizar desta ferramenta para evangelizar, catequi-zar e dispor disto, para um autêntico

caminho de santidade para crianças, adolescentes, jovens e adultos.

O escoteirismo católico da UI-GSE-FSE é divido em três ramos. Amarelo-fé (crianças entre 7-12 anos); Verde-esperança (adolescen-

tes entre 12-17 anos); e Vermelho--caridade (a partir dos 17 anos). Quem se interessar e quiser conhe-cer e fazer parte do movimento dos Exploradores do Brasil pode escre-ver para [email protected].

O LÁBAROA serviço da evangelização8 Março 2015

O levantamento feito pela equipe do COPS traçou um perfil sócio, econômico e político da Diocese de Tau-baté. Aos participantes da Pré-Assembleia foi apresen-tado um relatório abordan-do aspectos socioeconômi-cos, tais como condições de vida; educação; emprego e rendimento; estatísticas vitais e saúde; infraestru-tura urbana e território e população. Como fonte, a equipe usou informações da Fundação Seade, com base em dados de 2014. O Seade (Sistema Estadual de Aná-lise de Dados do Estado de São Paulo) é um órgão da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regio-nal do Governo do estado de São Paulo. Trata-se de um centro de referência na-cional na produção e disse-minação de análises e esta-tísticas socioeconômicas e demográficas.

O relatório apresentado levantou também, dados so-bre o crescente problema da violência verificado nas ci-dades que formam a Dioce-se de Taubaté. Esses dados foram colhidos junto à Se-cretaria de Estado da Segu-rança Pública e, novamente, selecionaram-se as variáveis julgadas mais significativas. Assim foram pesquisadas ocorrências como estupro; furto; furto e roubo de ve-ículo; homicídio doloso; roubo e tráfico de entorpe-centes.

Em seguida, em exaus-tiva pesquisa telefônica, município a município, compilou-se os dados dis-poníveis sobre os Conselhos

Municipais. Por fim, reuni-ram-se os dados referentes às principais religiões nos 11 municípios, conforme dados do Censo 2010 do IBGE. Esses dados foram compilados pelo Padre Ga-briel Henrique de Castro. A escolha das variáveis e pré--análise de alguns dos dados levantados deu-se em suces-sivas reuniões da comissão do COPS que se responsa-bilizou por levar avante este trabalho.

Coube ao Padre José Adalberto Vanzella apresen-tar o resultado da pesquisa. Por falta de espaço não pu-blicaremos aqui, contudo, esse resultado e outros apre-sentados no encontro pode-rão ser conferidos no site da Diocese de Taubaté, em www.dt7.com.br/downloa-ds-Pré-Assembleia.

Depois da apresentação do relatório, os participan-tes reuniram-se em grupos para debater o conteúdo apresentado. O primeiro trabalho dos grupos foi le-vantar os elementos mais relevantes apresentados e responder qual a sua im-portância para a pastoral nas comunidades, nas pa-róquias, nos decanatos e na diocese como um todo. Os elementos mais citados fo-ram (entre parênteses, o nú-mero de vezes que o dado foi citado): crescimento do número de pessoas com 60 anos ou mais e atenção aos idosos (9); drogas e alcoo-lismo, tráfico, uso, combate e prevenção (8); educação (6); violência (5); mortali-dade infantil (5); saúde (4); Conselhos paritários (4);

gravidez na adolescência (3). Tema que frequentou o debate dos grupos foi a importância das parcerias com o poder público e ou-tras entidades. Nos grupos ainda, a participação em conselhos paritários apare-ceram como atividade prio-ritária a ser implementada (13).

Outra questão respondi-da pelos grupos tratou do assunto que deve ser tra-balhado nas assembleias comunitárias e paroquiais. Para os participantes da Pré-Assembleia os mais importantes fora: partici-pação da Igreja nos Conse-lhos Paritários (6); investir mais nas pastorais sociais (5); mais formação e cons-cientização de agentes melhor preparados para conhecer e enfrentar a re-alidade mostrada no rela-tório.

Pré-Assembleia Diocesana reúne representantes de toda Diocese de Taubaté para análise de realidade e avaliação de seu plano de ação evangelização e de pastoral.Reportagem de Pe. Silvio José Dias

Crédito dessas fotos: Carlos Damiano

A Pré-Assembleia Dioce-sana representou a fina-

lização da primeira etapa no processo que está construin-do o novo Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral da Diocese, conforme defini-do na Assembleia Diocesana ocorrida no dia 22 de novem-bro de 2014 (veja edição de dezembro 2014).

O final da Assembleia do ano passado deu partida ao primeiro passo do processo aprovado. Essa etapa foi mar-cada pela avaliação do Plano anterior, feito pelas paró-quias, pastorais, movimentos eclesiais e serviços.

Outra atividade levada a efeito, realizada no período de 23 de novembro a 20 de dezembro de 2014, foi um levantamento da realidade socioeconômica e política das cidades que compõem a Dio-cese de Taubaté.

Este levantamento foi feito por uma comissão constitu-ída por membros do COPS (Colegiado dos Organismos e Pastorais Sociais). Partici-param da comissão Antônia Helena Couto Silva, Cleuza Werneck, Heloisa Helena Almeida Alves, Rosana Re-sende, Ana Regina Gama e Joffre Neto.

Realidade socioeconômica e política da Diocese de Taubaté

Plenário da Pré-Assembleia. Abaixo, imagens dos trabalhos de grupo.

O LÁBAROA serviço da evangelização 9Março 2015

Avaliação do Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral

Perspectivas e disposição de ânimo quanto ao próximo Plano Diocesano

Em dezembro foi enviada para todas as paróquias e co-missões diocesanas de pastoral e movimentos, uma avaliação do Plano de Evangelização e de Pastoral anterior. Respon-deram 17 paróquias e 8 co-missões diocesanas. Isso levou o grupo que preparou o rela-tório final a levantar algumas perguntas para reflexão. Padre Vanzella apresentou tais ques-tões na Pré-Assembleia. Por que um número tão baixo de respostas? Considerando que muitas paróquias, pastorais, movimentos e serviço nem sequer responderam a um questionário, o que pensar da

atuação pastoral? Quais pro-vidências devem ser tomadas diante desse fato preocupante? Como foi a recepção do Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral na Paróquia? Em se-guida, foi apresentado o resul-tado da avaliação, cujos dados estão disponíveis no site da diocese.

De novo, os participantes foram divididos em grupos para debate. Dessa vez, foram feitas citações mais variadas. De modo geral, os grupos demonstraram preocupação com o pouco interesse na ação de pastoral de conjunto en-volvendo paróquias e diocese,

com a baixa participação no processo de avaliação e ela-boração do plano diocesano, com o desconhecimento do plano anterior e DGAE da CNBB. Por fim, acusou-se o desânimo de padres e agentes, que se mostraram pouco com-prometidos com uma pastoral efetiva, elemento que apare-ceu 12 vezes no relatório dos grupos.

Tratando da importância de se tratar dos elementos pastorais nas próximas assem-bleias, a serem realizadas nas comunidades e paróquias, o tema mais recorrente foi o da Igreja em missão e seus corre-

latos. Uma “Igreja em saída” e “Igreja mais próxima das pessoas”, propostas do Papa Francisco, foram citadas 11 vezes pelos grupos. Outro tema recorrente foi a necessi-dade de comunhão entre os vários trabalhos na Igreja con-cretizados numa pastoral de conjunto, trabalhando o isola-mento de paróquias, pastorais e movimentos (14x). Apare-ceu ainda, o desânimo sentido entre padres e agentes leigos, refletido principalmente, no pouco interesse em participar da avaliação enviada pela dio-cese, uma questão que pesa na falta de compromisso (8x).

Os grupos foram pergun-tados sobre quais desses te-mas devem ser tratados nas assembleias comunitárias e paroquiais. A sugestão mais recorrente propõe estudo, assimilação e aplicação dos princípios contidos no Docu-mento 100 da CNBB, “Comu-nidade de comunidades: uma nova paróquia” (5x).

Igualmente, os grupos su-geriram que se trabalhe o pro-tagonismo dos leigos, concre-tizada na conscientização da pertença à Igreja, participação em sua ação evangelizadora e pastoral e valorização dos ser-viços e ministérios (5x).

Uma das preocupações que dominou o debate na Pré-As-sembleia estava a animação e a disposição dos agentes de pasto-ral em participar do plano. Essa preocupação apareceu várias vezes durante as manifestações dos participantes. A questão é relevante pois, como já indica-do acima, aponta para o suces-so ou não do futuro plano.

Falando a O Lábaro, o espe-cialista em pastoral, Padre José Adalberto Vanzella, que já ha-via levantado a questão na apre-sentação do resultado da avalia-ção do plano vigente, afirmou que a diocese hoje, não está pre-parada para enfrentar os vários desafios que foram apresenta-dos na Pré-Assembleia. Contu-do, ele acredita ser possível mu-dar essa realidade tomando-se algumas atitudes. Segundo afir-mou, é preciso mudar a visão de Igreja abrindo a cabeça para algo diferente tal como exorta, atualmente, o Papa Francisco quando propõe uma Igreja dos pobres, que dê testemunho, que seja mais missionária, uma Igreja em saída e que conta com o protagonismo de todos os seus membros. Vendo a realida-de atual da Diocese de Taubaté, ele considera que isso vai demo-rar um pouco. Para superar o estado atual, será preciso mos-trar a relação existente entre fé e vida, superando a discrepân-cia do modo como se vive na Igreja e aquele diferente vivido no mundo. Falando da partici-pação dos leigos, afirmou que é preciso “conseguirmos a maio-ridade do laicato dentro da Igre-ja; através tanto da organização da diocese como tal, como da formação dos leigos para que assumam com consciência o compromisso batismal", disse Padre Vanzella. Informado de que uma sensação dominante, principalmente entre os padres, de que tanto as novas diretrizes da CNBB como o novo plano representavam mais um plano, mais um documento, devendo começar tudo de novo, Padre Vanzella salientou que a “pas-

toral é processual; então o novo Plano deve ser continuação do outro (anterior). Não pode ser ruptura. Não pode ser um Pla-no que não diz nada. Tem que ser um plano que considere onde estamos, que parte da re-alidade. Dentro disso pode até apresentar propostas diferentes, mas não deixa de ser processu-al”.

Padre Nelson Rosselli, fa-lando de suas impressões, abor-dou a dificuldade que existe no enfrentamento dos desafios apresentados no projeto. Se-gundo afirmou, desde a assem-bleia do ano passado, que deu início ao processo, ele notou que a Diocese de Taubaté pode contar com grandes forças vi-vas, com agentes preocupados com a ação evangelizadora da própria diocese, que evidente, está marcada por muitos desa-fios, por realidades próprias de cada região. Taubaté “é uma diocese onde a liderança está querendo participar na ela-boração do novo plano, mas também, quer que esse plano não fique só no papel, que ele chegue às pequenas comuni-dades, com envolvimento de todas as lideranças, de todas as forças da diocese”, disse o pa-dre. Depois de assegurar que em muitas dioceses se verifica a mesma situação, mostrando desafios próprios de uma rea-lidade urbana, Padre Nelson disse ter percebido, na Diocese de Taubaté, um laicato interes-sado e participativo. Quanto aos padres, ele fez uma crítica: “tem padre que deixa os leigos se envolverem, participarem, mas, tem aqueles mais centra-lizadores, que tem medo de deixar os leigos trabalharem”.

Representando o Setor Ju-ventude, em sua primeira par-ticipação em uma assembleia diocesana, Paulo Rodrigo Salvati, 23, aprovou o método participativo usado no pro-cesso de elaboração do novo Plano Diocesano. Para o jo-vem, o método permite a par-ticipação mais ativa dos leigos,

envolvendo todos no processo o que facilitará a dedicação e responsabilização na aplica-ção das propostas. Ao falar da dedicação dos agentes no processo, Paulo afirmou que sente um clero tímido para tra-tar os temas com clareza, en-quanto os leigos demonstram participação mais efetiva, com mais vontade. Para ele o clero mostra-se mais distante, mais desacreditado do plano, já os leigos estão nutrindo maiores expectativas em relação ao pla-no. Paulo disse esperar maior participação da juventude na execução do plano e mais en-gajamento do clero.

Outro que aprovou o méto-do, Adriano dos Santos, da Pa-róquia São José de Tremembé, ressalvou, porém, que pouco se aproveita na finalização do plano daquilo que é apresen-tado pelos grupos. “Tenho a impressão que o plano vem ‘engessado’ e (que) nossas con-siderações ficam somente na Assembleia”, disse Adriano.

Uma leiga, pedindo para que seu nome não fosse publicado, disse que as respostas do ques-tionário mostram que os agen-tes, nas paróquias, pastorais e movimentos, têm trabalhado para responder às necessidades apresentadas pelas cinco urgên-cias da evangelização, tal como indicavam o Plano Diocesano até então. Em, sua opinião “um grande numero de leigos desconhece o projeto, mas os que estavam à frente, e empe-nhados em fazê-lo acontecer, continuaram seus trabalhos pastorais”, afirmou.

Fazendo parte do COPS e da equipe que elaborou o rela-tório sobre a realidade socioe-conômica e política da Diocese, outra leiga que participou da Pré-Assembleia, Antonia Hele-na Couto Silva, 66 anos, acre-dita que o método adotado na elaboração do novo plano dio-cesano, permite o protagonis-mo consciente de todos os que dele participam. Falando sobre o ânimo dos vários atores da

ação evangelizadora na diocese, ela afirmou: “há que se ressal-tar que toda a ação envolve um processo e nele nos deparamos também com as resistências às mudanças, que devem ser olha-das com misericórdia, mas com firmeza buscando sob a sabedo-ria divina o despertar e o enga-jamento de todos na comunhão eclesial de maneira que se tenha em vista o ethos evangélico de Jesus”.

Vendo positivamente os tra-balhos preparatórios para a ela-boração do futuro Plano Dioce-sano, Padre Osmar Cavaca, 64, considerou a Pré-Assembleia como uma conquista na cons-

ciência de ser Igreja, um valor eclesial, pois conseguiu reunir e envolver em pé de igualdade pessoas de diversos ministérios e estados de vida. Padre Osmar, que é professor de Teologia na Faculdade Dehoniana, reve-lando suas expectativas quanto à concretização do plano asse-gurou que “a Assembleia Dio-cesana será eficaz apenas se atingir essas duas dimensões: ajudar-nos a buscar fundamen-tação para o trabalho pastoral e, ao mesmo tempo, conscien-tizar-nos de que só é capaz de enfrentar desafios aquele que sente ‘seu coração arder’ no ca-minho com Cristo”.

Padre José Adalberto Vanzella fala na Pré-Assembleia

Padre Nelson Rosselli Filho

O LÁBAROA serviço da evangelização10 Março 2015

Em TempoPor Pe. Jaime Lemes, msj

Artigo de colaborador

Os leigos na sociedade: assumir em público as

responsabilidades da féO laicato, com a autono-

mia que hoje lhe é reco-nhecida, emergiu na Igreja com o surgimento das so-ciedades modernas, quando as revoluções liberais deram início ao processo de laici-zação dos Estado e da se-cularização das sociedades, da dessacralização do poder político e de profanação da vida social.

O Estado pretendeu substituir-se à Igreja nos processos de socialização e inculturação. O laicismo foi, objetivamente, uma es-tratégia de combate ao cato-licismo, procurando retirar à Igreja a sua influência na sociedade.

Por isso que a Igreja se viu obrigada a recorrer ao laica-to, chamando-o a bater-se no terreno político dos mo-dernos sistemas representa-tivos, e particularmente no terreno legislativo, contra a descristianização da legisla-ção, em defesa da liberdade da Igreja e da liberdade re-ligiosa.

A Igreja fez apelo aos leigos para, no terreno pró-prio da laicidade da ordem temporal, com os meios e a autonomia própria dessa or-dem, atuarem no sentido de impedir a descristianização das sociedades e defender a livre atuação da Igreja.

Pode-se pois dizer-se que a emergência do laicato ca-tólico foi uma resposta à di-fusão da laicidade política e social do moderno liberalis-mo .

Os leigos católicos assu-miram a sua fé e traduziam--na como cidadãos, no terre-no político, social e cultural plural das sociedades libe-rais e dos sistemas políticos representativos. Devemos destacar o papel da Ação Católica como participação dos leigos no apostolado hierárquico, que visava a cristianização da sociedade.

O aparecimento do laica-to católico contribuiu para a progressiva transformação da própria idéia de Igreja que, de organização identi-ficada quase exclusivamen-te com o clero, por sua vez, erigida em “estado” social, passou a significar, progres-sivamente e cada vez mais, comunidade dos fiéis, a to-talidade dos crentes. À visão

clericalista da Igreja, como sociedade à parte, separa-da do mundo, contraposta aos seus poderes temporais, vai-se sucedendo a visão co-munitária de Igreja, distinta do mundo mais imersa nele para a levedar, que encon-trará a sua plena e máxima consagração no Concílio Va-ticano II (1962-1965).

O Concílio Vaticano II deu aos leigos um lugar es-pecial e inédito na História da Igreja. Promoveu-os a parte integrante e viva da Igreja, fazendo deles não meros destinatários passi-vos da sua mensagem, mas membros ativos da sua mis-são, construtores do Reino de Deus no mundo.

Reservou até aos leigos um documento específico – o Decreto sobre o Apos-tolado dos Leigos, mas foi sobretudo ao refletir sobre si própria que a Igreja erigiu o laicato em Povo de Deus, definindo-o assim pelo po-sitivo e não pelo negativo, dando-lhe estatuto de plena cidadania eclesial.

Os leigos , segundo o Con-cílio, participam na função sacerdotal, profética e real de Cristo. Assim, o sacer-dócio não é mera prerroga-tiva do clero. Ao sacerdócio ministerial e hierárquico o Concílio veio acrescentar o sacerdócio comum dos fiéis.

Os leigos não tem inferior dignidade, apenas uma voca-ção diferente. São igualmen-te chamados ao anúncio do evangelho, “a tornar a Igreja presente a ativa naqueles lo-cais e circunstâncias em que só por meio deles ela pode ser sal da terra”.

E além de evangelizado-res, os leigos são também adoradores, consagram o mundo a Deus. São profe-tas e sacerdotes com Cristo, assim os define o Concílio Vaticano II, ou seja, con-tinuadores do testemunho e do serviço de Cristo para glorificação de Deus e salva-ção dos homens.

Reconhecendo como “ próprio e peculiar dos leigos a característica secular”, o Concílio atribui-lhes a espe-cial vocação de “ procurar o reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando- as segundo Deus. Manifestar Cristo aos

outros, antes de mais pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da sua fé, esperança e caridade. Aos leigos, a Igreja atribui pois a sublime missão da cristifica-ção do mundo, respeitando a autonomia das realidades temporais.

Os leigos são testemunhas vivas da Igreja, que o Con-cílio convida a não esconder a sua esperança no seu ínti-mo, mas a manifestar publi-camente nas estruturas da vida em sociedade a sua fé, e a contribuir para a valoriza-ção da criação pelo trabalho humano e pelo progresso e para o saneamento das es-truturas e das condições do mundo à luz da justiça.

A crise da sociedade tra-duziu-se também numa crise do laicato católico. Crise de valores, por um lado, mas também crise de organiza-ção. Há hoje um claro de-sígnio de muitos de eliminar a Igreja da vida e do espaço público.

É preciso responder a es-tes desafios não apenas pela expressão pública da fé, pela afirmação do religioso no espaço público, e não ape-nas no privado, o que nada tem a ver com a reconfessio-nalização da vida política ou do Estado, mas tão só com o assumir em público as res-ponsabilidades da fé, como também a defesa organizada das causas sociais que dela decorrer.

Impõe-se no católico, não apenas aos que se identifi-que culturalmente com a fé católica, mas sobretudo aos que se professam membros da Igreja, era melhor e mais eficiente organização públi-ca, capaz de fazer ouvir a sua voz nos processos de forma-ção da opinião pública.

Os leigos devem empe-nhar-se nas exigências éticas fundamentais: a promoção da dignidade da pessoa hu-mana, a liberdade religiosa, a defesa da vida, a defesa da família, o repúdio de todas as formas de escravidão, o em-penho pela justiça social, a solidariedade e da subsidia-riedade, a construção da paz. Comprometer-se na luta pela construção de uma socieda-de mais justa e mais humana._____________________________Prof. José Pereira da Silva

Maioridade penal

Em nota, a Igreja reitera a sua posição contrária à re-

dução da maioridade penal dos 18 anos apara os 16 anos. Atu-almente, tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda da Constituição (PEC 171). Os promotores do proje-to defendem a necessidade da redução por causa da precoce capacidade de entendimento e de vontade dos adolescentes, que tem sido acelerada pelo fá-cil acesso à informação.

Porém, conforme o Notici-ário da Rádio Vaticano, este é um pensamento não compar-tilhado pelas organizações dos direitos humanos e diversos movimentos da sociedade ci-vil. Também a CNBB sempre esteve na linha de frente para combater essa posição. Para estas entidades, o verdadeiro problema hoje não é a violên-cia perpetrada por menores no Brasil, mas sim aquela contra os menores. Argumento cor-roborado pelas estatísticas que mostram que apenas 0,1% dos homicídios no país tem me-nores como protagonistas, en-quanto os adolescentes assassi-nados chegam a 36%.

Para os bispos brasileiros a redução da idade penal e o au-mento do tempo de detenção dos menores que cometeram reatos não são a solução ao problema da violência no Bra-sil. É o que afirma uma nota conjunta da Cáritas brasileira e do Departamento dos bispos para a pastoral do menor e a Frente de defesa dos direitos das crianças. “A cultura da paz não se obtém por mágica com estes meios” diz o texto, desta-cando que, de fato, o que falta é uma efetiva aplicação do Es-tatuto da Criança e do Adoles-centes (ECA) no país.

É preciso, portanto, promo-ver uma sociedade mais justa e combater na raiz as causas da violência juvenil: o desempre-go, a ignorância, a pobreza, a marginalização que atingem tantos jovens brasileiros. Tudo isso – afirma a Cáritas brasilei-ra – coloca em causa as respon-sabilidade do Estado, que deve apoiar os jovens e as famílias mais necessitadas. “Quando os direitos dos menores são res-peitados é mais difícil que eles violem os direitos humanos dos demais”, conclui a nota.

Instituto Missionário São José ganha três novos diáconos

No dia 21 de março, Dom Carmo realizou a orde-

nação diaconal de três semina-ristas do Instituto Missionário São José: Aldo Batista Leonar-do, João Batista Dias e Kleyber Freitas do Carmo. A ordena-ção aconteceu às 9h na Igreja Matriz Imaculado Coração de

Maria, na Paróquia do Menino Jesus. Além de vários sacerdo-tes, contou com a presença de fiés provenientes de diversas paróquias. Agora, os neo-di-áconos partem para a missão no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso, respec-tivamente.

O LÁBAROA serviço da evangelização 11Março 2015

Liturgia

Missa “Pro Populo”“O pároco, após a tomada

de posse da paróquia, está obrigado todos os Domingos e dias de preceito em sua dio-cese, a aplicar a Missa pelo povo que lhe foi confiado; aquele porém que estiver legi-timamente impedido desta ce-lebração, aplique-a nos mes-mos dias por meio de outro padre, ou em outros dias, por si próprio” (Código de Direi-to Canônico, cânon 534).

Certamente os leitores do “O Lábaro” já ouviram falar sobre a “Missa pro Populo”. Gostaríamos de abordar este assunto neste artigo “litúrgi-co-canônico”, aprofundando a beleza deste compromisso espiritual que todo Bispo e Pároco assume com sua Dio-cese / Paróquia e procurando propor algumas possibilida-des celebrativas.

Tanto o Bispo quanto o Pároco são reconhecidos pelo Direito Canônico como “Pas-tores próprios” da comuni-dade confiada a eles: diocese ou paróquia. Significativo perceber que, embora todos os padres sejam tidos como verdadeiros pastores da Igre-ja, visto participarem da mis-são pastoral do Senhor Jesus que é O Pastor por excelência, somente quando algum padre assume a função de pároco (e o mesmo é aplicável ao bispo quando se torna o Bispo de uma Diocese) é que ele deixa de ser um pastor “genérico”, para receber a função pasto-ral vinculativa a um rebanho específico: assim, assumindo o ofício de pároco, o padre torna-se o pastor próprio de todo o povo residente em sua paróquia. Perceba o caro lei-tor que o cânon acima citado não se refere apenas aos fiéis, mas a “todo o povo”.

Em decorrência desta vin-culação, o pároco assume variadas obrigações para com o seu povo. Obrigações admi-nistrativas (será ele a respon-der por toda a paróquia – co-munidade matriz e demais comunidades espalhadas pelo seu território – perante todas as instâncias da esfera civil); obrigações “pastorais” (ele terá a missão de, em comu-nhão com a Igreja diocesana e respeitando a caminhada histórica da própria paróquia, organizar pastoralmente as estruturas paroquiais); obri-gações morais (apesar dos pecados e limites pessoais do padre, o mesmo deverá buscar cumprir o que prescreve São Pedro: “Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado. Cuidai dele, não constrangen-do-o, mas espontaneamente;

não por interesse, mas com dedicação; não como domi-nadores sobre as comunida-des que vos são confiadas, mas como modelos do vosso rebanho” 1Pd 5,2s); entre tan-tas outras obrigações. Se em todas as possíveis obrigações do pároco podemos perceber semelhanças com demais fun-ções de chefia, há um com-promisso assumido pelo Pá-roco que o torna distinto de qualquer outra pessoa posta em um cargo de governo: será a obrigação espiritual.

Já por sua ordenação sacer-dotal, o padre assume a obri-gação de rezar pelo povo a ele confiado. Tal compromisso é tão verdadeiro que cha-mamos a oração feita pelos padres de “ofício (trabalho) divino”. Contudo, o pároco assume “por força de lei” a

obrigação de rezar pelo povo de sua paróquia aos Domin-gos e dias santificados.

A prática mais comum é reservar uma das missas ce-lebradas na matriz paroquial para ser a “Missam pro popu-lo”, a missa pelo povo. Nesta celebração não se marcam in-tenções particulares, pois ela é oferecida a Deus unicamente por todo o povo confiado ao pároco. Todavia, poder-se-ia enriquecer esta celebração com um outro pequeno distin-tivo, para que os paroquianos pudessem participar dela per-cebendo com maior evidência que se trata da Eucaristia ce-lebrada na intenção de todos eles: durante a oração dos fiéis, sugerimos as seguintes intenções a serem desenvolvi-das semanalmente (modelan-do-as, evidentemente, a partir

da Liturgia da Palavra):1º pela Igreja, pelo Papa

e pelos Bispos (a Igreja paro-quial que, em comunhão com toda a Igreja, intercede por suas necessidades);

2º pelo Pároco, demais ministros ordenados auxilia-res seus, e pelos religiosos (as) presentes no território paro-quial (os fiéis leigos interce-dem pelo seu pastor próprio);

3º pelos leigos e leigas da paróquia (a cada semana, conforme o contexto celebra-tivo, pode-se fazer especial menção das famílias, traba-lhadores, diversos ministérios, catequese, etc);

4º por todos os sofredo-res da paróquia (novamente a cada semana pode-se propor uma categoria de fiéis, partin-do das motivações da Liturgia da Palavra do dia: enfermos, agonizantes, encarcerados, desempregados, pelos que perderam a fé, pelos afastados da comunidade, pelos marca-dos por algum vício, etc);

5º pelas necessidades do mundo (a Igreja paroquial não está fechada em si mes-ma, mas intercede pelo mun-do);

6º pelos fiéis falecidos (recordando a união da Igreja militante, padecente e triun-fante).

Por fim, uma última pos-sibilidade celebrativa: Sendo a missa pro populo a “missa paroquial” por excelência, pode-se pensar em um peque-no gesto orante-devocional ao padroeiro da Paróquia antes da benção final, pedindo sua intercessão por todos os paro-quianos para a semana que se inicia. ____________________________Pe. Roger Matheus dos Santos

Capelão Militar se despede de CaçapavaPadre José Luiz de Paiva,

Capelão Militar da 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromovel, sediada em Ca-çapava, despediu-se de sua função, no dia 27 de feverei-ro. Presbítero da Diocese de Patos de Minas, MG, Padre José Luiz serviu por um ano nessa função, alcançando o posto de Segundo Tenente do exército. Cumprido con-trato de um ano, como oficial temporário, Padre José Luiz optou por voltar à sua dioce-se de origem, onde assumirá uma paróquia.

Para sua despedida, o Co-mando do Quartel General

da 12ª Brigada, em Caçapava, organizou uma solenidade. Seus oficiais diretos elogia-ram seu trabalho com ênfase, lamentando o fato que dei-xasse o serviço da Capelania Militar. O comandante da 12ª Brigada, Gen. Bda. Ro-lenberg Ferreira da Cunha, em seu discurso manifestou sua admiração e contenta-mento pelos serviços presta-dos pelo padre, presenteando com as insígnias da Brigada.

Em suas palavras de des-pedida, Padre José Luiz agradeceu a acolhida na fa-mília militar, assim como a recepção que teve na cidade

de Caçapava. Durante sua estadia no Decanato de Ca-çapava, Padre José Luiz co-operou com as atividades pastorais nas paróquias da cidade. Para demonstrar seu agradecimento, alguns pa-dres e fiéis ofereceram um jantar para ele, no domingo, 1º de março, ocasião para despedida oficial do Decana-to. Padre José Luiz demons-trou ser dedicado ao seu mi-nistério junto à Capelania Militar, sempre solícito para atender as paróquias e bus-cou conviver fraternalmente com seus irmãos presbíteros do decanato.

O LÁBAROA serviço da evangelização12 Março 2015

Santo do Mês

Falando de Maria

Santas Perpétua e Felicidade07 de Março

Perpétua e Felicidade são duas santas mártires que

gozam de especial considera-ção na Igreja Católica. Seus nomes são invocados, tanto na ladainha de Todos os Santos, como na Oração Eucarística I. Elas foram martirizadas por decapitação, no ano 203, em Cartago no norte da África, durante a perseguição con-tra os cristãos ordenada pelo imperador romano Septimo

Severo. Felicidade era escrava de Perpétua. Cristãs e amigas, juntas foram levadas à prisão com mais outros seis cristãos.

Perpétua era de família no-bre, filha de pai pagão, tinha vinte e dois anos e um filho recém-nascido. No cárcere, Perpétua escreveu um diário relatando todo o sofrimento de que foram vítimas e que fi-gura entre os escritos mais re-alistas e comoventes da Igreja.

Além de descrever os horrores da escuridão e a forma selva-gem como eram tratadas no calabouço, ela narrou como seu pai a procurou na prisão, com autorização do juiz, para tentar fazê-la desistir da fé em Cristo e assim salvar sua vida.

Felicidade estava grávida de oito meses e rezava diaria-mente para que o filho nasces-se antes da execução. Como as leis romanas impediam a execução de uma grávida, Fe-licidade sofria ainda mais, por saber que não acompanharia Perpétua no martírio. Contu-do, por suas preces e fidelidade a Cristo e aos irmãos cristãos também condenados ao mar-tírio, ela obteve essa graça. Seu padecimento foi acrescido de muita dor para ter o bebê. Vendo seu sofrimento, um carcereiro debochou dizendo: “Agora se queixa pelas dores do parto. E quando chegarem as dores do martírio o que

fará?”. Cheia de coragem, Feli-cidade respondeu-lhe: “Agora sou fraca porque sofre a minha pobre natureza. Mas quando chegar o martírio a graça de Deus me acompanhará e me encherá de força”. Então, ela deu à luz uma linda menina, que foi entregue a cristãs fora da prisão.

Ambas as mães, senhora e escrava, mantiveram-se firmes na fé em Cristo, assim como outros seis cristãos que se tor-naram seus companheiros no martírio. Elas que ainda não tinham sido batizadas fizeram questão de receber o sacra-mento na prisão, para reafir-mar suas posições de cristãs e, em nenhum momento sequer, pensaram em salvar as vidas negando o cristianismo.

Segundo os escritos oficiais que complementam o diário de Perpétua, os homens foram despedaçados por leopardos. Perpétua e Felicidade foram

degoladas, depois de atacadas por touros e vacas. Era o dia 07 de março de 203. Perpétua viveu a última hora dando ex-traordinária prova de amor e de tranquila dignidade. Viu Fe-licidade ser abatida sob os gol-pes dos animais, e docemente a amparou e a suspendeu nos braços; depois recompôs o seu vestido estraçalhado, demons-trando um genuíno respeito por ela. Esses gestos geraram na população pagã, um breve momento de comoção piedo-sa. Mas por poucos segundos, pois a vontade da massa en-furecida prevaleceu, até ver o golpe fatal da degolação.

Por tamanha coragem na fé, Perpétua e Felicidade entra-ram para a veneração da Igre-ja, que as celebra com honras litúrgicas no dia de seu martí-rio, e recorda seu martírio nas celebrações mais solenes invo-cando seus nomes na ladainha dos santos.

Totus TuusEm 2001, alguns jovens do

grupo de oração Cristo Vive, da Paróquia Nossa Se-nhora da D’Ajuda, em Ca-çapava, que se reuniam na Capela São Roque, sentiram necessidade de conhecer me-lhor a consagração a Nossa Senhora por meio do Tratado da Verdadeira Devoção a San-tíssima Virgem, inspirados no exemplo do Papa João Paulo II, dando origem ao que cha-mamos hoje de Movimento Monfortino Totus Tuus.

São João Paulo II foi um Papa todo de Maria, consa-grado a Ela, nutria uma pro-funda devoção a Santíssima Virgem desde a sua juven-tude. Esta devoção mariana marcou positivamente a vida e o pontificado desse papa. João Paulo II sempre recor-reu com confiança a Virgem Maria, especialmente nos momentos mais difíceis e nas decisões mais importantes de sua vida. A partir de sua his-tória, compreendemos qual a importância da devoção a Nossa Senhora para todos nós, para toda a Igreja.

No Tratado, o Papa João Paulo II encontrou a resposta para suas dúvidas a respeito do culto a Maria em relação

ao culto a Jesus. Certa vez ele escreveu que no Tratado, “encontrei a resposta às mi-nhas perplexidades […] Sob a orientação sábia de São Luís Maria compreendi que, quando se vive o mistério de Maria em Cristo, esse risco não subsiste”. A partir dessa experiência, toda a vida e o apostolado de Karol, como sacerdote, bispo e papa, fo-ram marcados pela devoção amorosa e pela propagação

do culto a Santíssima Virgem.Tomados por esse grande

exemplo e inspiração, os jo-vens do grupo de oração, com o acompanhamento do Padre Carlos Antônio da Silva, co-meçaram a se reunir na Igreja Nossa Senhora Aparecida e estudar não só o Tratado de São Luiz de Montfort, mas como também tudo que se re-feria a Nossa Senhora como seus dogmas, sua presença na bíblia, seus títulos, aparições

etc.Logo foram se vendo os

frutos dessa consagração através da busca contínua e perseverante por uma vida de santidade e participação ati-va na Igreja. No seu Tratado da Verdadeira Devoção, São Luís Maria Grignion de Mon-tfort afirma que "toda a nossa perfeição consiste em ser con-formes, unidos e consagrados a Jesus Cristo. Por isso, a mais perfeita de todas as devoções é incontestavelmente a que nos conforma, une e consagra mais perfeitamente a Jesus Cristo". (Tratado, 120).

Esses frutos foram se es-palhando pela cidade. Hoje mais de 300 pessoas, de vá-rias paróquias e até de cida-des vizinhas que conhecem e buscam viver, no contexto de sua realidade, a Consagração a Nossa Senhora, e podem testemunhar a grandiosida-de dessa devoção servindo a Igreja como catequistas, mú-sicos, leitores, ministros ex-traordinários da eucaristia e tantos outros serviços. Anual-mente renovamos nossa con-sagração nas solenidades da Assunção de Nossa Senhora, em agosto e da Imaculada Conceição em dezembro na

Igreja Matriz de São João Ba-tista.

Maria Santíssima é verda-deiramente a nossa Mãe, que nos acompanha na nossa pe-regrinação de fé, esperança e caridade rumo à união cada vez mais intensa com Cristo, único salvador e mediador da salvação (cf. LG, 60 e 62). E nos tempos difíceis que vive-mos é urgente esse chamado de nos aproximar dessa tão boa mãe, de nos confiar aos seus cuidados e principalmen-te seguindo seu exemplo de entrega total a Cristo e amor â Igreja e ao próximo.

Este ano o Movimento Mariano Totus Tuus comple-ta 14 anos, mesmo com o en-cerramento do Grupo de Ora-ção Cristo Vive, o movimento persevera e cresce a cada ano, hoje vinculado diretamente a Paroquia Nossa Senhora D’Ajuda.

Contamos com as bençãos de Deus e a intercessão de Nossa Senhora para continu-armos na busca do aprofun-damento e principalmente para vivermos nossa consa-gração que nos leve a imitar seu Filho, Jesus Cristo._____________________________Patrícia Leite de Paula

O LÁBAROA serviço da evangelização 13Março 2015

Aniversários: Bispos, Padres e Diáconos

Aniversários de funcionários da Mitra Diocesana

MARÇO01 – Marley Aparecida – Par. N. Sra das Graças (Pinda)

02 – Maria Izabel – Par. Nossa Sra Aparecida (Taubaté)

04 – Rosangela de Oliveira – Par. Santa Luzia (Taubaté)

05 – Roseli de Souza – Par. N. Sra D’Ajuda (Caçapava)

06 – Mireia Fatima – Par. São Benedito (Campos do Jordão)

07 – Antonia Zelia – Par. Sagrada Família (Taubaté)

13 – Fatima Aparecida – Par. N. Sra da Esperança (Caçapava)

13 – Andreia Cristina – Par. São Joao Bosco (Taubaté)

15 – Joaquim Joarez – Par. Nossa Sra Assunção (Pinda)

17 – Francisco Manoel – Par. N. Sra Mãe da Igreja (Taubaté)

19 – Jusceleia de Oliveira – Par. N. Sra Mãe da Igreja (Taubaté)

22 – Marcelo Aparecido – Par. São José (Tremembé)

23 – Benedita Sandra – P. N S Rosario (Sta Terezinha - Taubaté)

23 – Joao Rodrigo – Par. São Benedito (Pinda)

25 – Vera Lucia – Par. São Benedito (Campos do Jordão)

26 – Eduardo Pereira – Cúria Diocesana

26 – Paulete Maria – Par. Espirito Santo (Taubaté)

27 – Juliano da Silva – Par. S. José Operario (Caçapava)

28 – Carlos Erlem – Cúria Diocesana

Agenda DiocesanaMarço

Natalício

01 - Pe. Marcos da Costa Ramos, sjc 02 - Pe. José Andrade dos Santos 05 - Pe. Fausto Teixeira Rezende 05 - Pe. Edson Benedito dos Santos, sjc 09 - Pe. Vicente Paulo Moreira Borges, msj 11 - Frei Laércio Aparecido de Carvalho, cfp 12 - Diác. Adilson José da Cunha 17 - Diác. Fausto Cursino de Moura 17 - Diác. Benedito Gilberto dos Santos 21 - Diác. Antonio Carlos de Carvalho 21 - Diác. Sebastião Enéas dos Santos 24 - Frei Simão Esteves Figueredo, OFMcap 30 - Frei Avedís Barbosa, OFMConv

Ordenação

07 - Diác. João Bosco da Silva Ramos 12 - Mons. Clair Pedro de Castro 18 - Pe. Antônio Caliciotti, pime 19 - Pe. José Julio Azarito 20 - Pe. Leandro dos Santos ]22 - Diác. Adônis Souza Pinto

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JORNAL EXPRESSÃO 25 X 5

JORNAL O LÁBARO 27,7 X 5

Abril

De 1 a 30 – Campanha “Abril Solidário” da Pastoral da Saúde – Doação de Sangue por Paró-quias

02/Qui – Missa do Crisma, 09h, Catedral São Francisco das Chagas, Taubaté

05/Dom – Páscoa da Ressurrei-ção

06/Seg – Pastoral Familiar, Reunião da Comissão Diocesa-na, 20h, Com. N. Sra. Lourdes

07/Ter – Pastoral da Criança, visita e avaliação, 14h, Nativi-dade e Redenção da Serra

08/Qua – Pastoral da Criança, visita e avaliação, 14h, Tremem-bé

11/Sab – Reunião da Pastoral da Juventude, 16h, Centro Pas-toral Sta Teresinha

11/Sab – Pastoral Carcerária, reunião ordinária, 14h, Colégio Anchieta

11/Sab – Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), das 19h às 23h, Paróquia São José Operá-rio, Taubaté

De 15 a 24 – 53ª Assembleia Geral CNBB, Aparecida

15/Qua – Pastoral Presbiteral, encontro com padres ordenados de 12 a 20 anos, das 08h30min às 12h, Seminário Filosofia Santo Antônio

15/Qua – Decanato Caçapava, 9h, reunião, Paróquia São Pio X

15/Qua – Pastoral da Pessoa Idosa, reunião da Equipe Dio-cesana, 14h30min., Cúria Dio-cesana de Taubaté

18/Sab – Pastoral da Criança, reunião de coordenadores, das 08h às 12h, Cúria Diocesana de Taubaté

18/Sab – Catequese, reunião da equipe diocesana com represen-tantes dos Decanatos, 8h30, Cú-ria Diocesana de Taubaté

18/Sab – Reunião do Conselho Diocesano de Leigos (CNLB), 9h, Cúria Diocesana de Taubaté

18/Sab – Pastoral da Saúde, reunião da Comissão Dioce-sana, 9h, Cúria Diocesana de Taubaté

18/Sab – Pastoral do Batismo, reunião com coordenadores ou representantes paroquiais, 14h, Cúria Diocesana de Taubaté

18/Sab – Pastoral Carcerária, formação para novos agentes, 14h30, Colégio Anchieta

18/Sab – Pastoral do Dízimo, reunião da equipe diocesana, 15h, Cúria Diocesana de Tau-baté

19/Dom – Pastoral da Juven-tude, reunião ampliada Dio-cesana, Centro Pastoral Santa Teresinha

24/Sex – Reunião do COPS, 19h30min., Centro de Pastoral Santa Teresinha

25/Sab – Reunião do Con-selho Diocesano de Pastoral, 08h30min., Cúria Diocesana de Taubaté

25/Sab – MESC, reunião de Coordenadores dos Decanatos, das 09h às 11h, Paróquia N. Sra. Aparecida

25/Sab – Liturgia, Confraterni-zação Pascal no Mosteiro das Beneditinas, 14h30, Campos do Jordão

De 25/Sab e a 26/Dom – RCC, 1º Retiro Anual para Coorde-nodores (GO, .Paroq, Minist, Com.), Preventório, Campos do Jordão

26/Dom – Campanha Mãe Peregrina, encontro de missio-nários, 8h, Paroquia Menino Jesus, Caçapava

28/Ter – Decanato Serra da Mantiqueira, reunião, das 08h30min às 12h, Par. São Be-nedito

29/Qua – Pastoral Presbiteral, encontro com padres ordenados de 21 a 30 anos – das 08h30 às 12h, Seminário Filosofia Sto. Antônio

O LÁBAROA serviço da evangelização14 Março 2015

Entrevista do mês:

Vilma Aparecida de Moraes: mulher atuante na Igreja e na sociedadeTaubateana e sétima de nove irmãos, Vilma, 50, desde muito cedo, foi inspirada pela família à vivência da fé, participando de vários grupos e ati-vidades de sua comunidade. Hoje, participa do Conselho Nacional do Laicato do Brasil na Diocese de Taubaté e compartilha nesta entrevista um pouco de sua bela trajetória cristã.

O LÁBARO: Fale um pouco sobre quando e como começou a sua participação na Igreja.

Vilma: Nasci numa famí-lia católica. Meu pai era con-gregado mariano, ajudava o Monsenhor Evaristo na Cate-dral, foi seminarista diocesa-no de 1945 a 1948. Descobriu que não tinha vocação para ser padre. Saiu do seminário, conheceu minha mãe, Filha de Maria com quem se casou. Dessa união, nasci. Meus avós paternos e maternos também eram, como se costuma dizer, católicos praticantes. Minha grande influência foi meu avô materno, também congregado mariano e vicentino. Homem pobre que muito ajudava os mais pobres de nosso bairro, a Vila São José. Caridoso e ca-rinhoso conosco e com quem dele precisasse. Minha inicia-ção cristã foi na Paróquia São José Operário. Lá me preparei para a 1ª Eucaristia e a cele-bração foi presidida pelo 1º pároco, Pe. Hugo Bertonazzi com quem aprendi muito. De-pois da Primeira Eucaristia, passei a frequentar o grupo de perseverança e fui encami-nhada para o grupo de adoles-centes, o CRAVO II, quando a catequista me flagrou discu-tindo divórcio com os colegas. A menina crescera e precisava de outro espaço para convi-vência. Nessa época, estava sendo discutido no Congres-so Nacional a aprovação do divórcio e eu menina precoce

conversava sobre o tema com colegas. O CRAVO II era um grupo muito interessante, tí-nhamos sempre um momento formativo com temas bíblicos e outros voltados para a nossa faixa etária, temas de espiritu-alidade e atividades de lazer e cultura. As reuniões aconte-ciam aos domingos à tarde, e em seguida participávamos da missa das 17h30. Foi um pérí-odo muito rico de aprendiza-do, convivência e crescimen-to na fé. Tinha um casal que nos acompanhava, o Rimer e a Mazé, além dos seminaris-tas diocesanos e frateres do Conventinho que também nos apoiavam. Mais tarde, fiz um curso de preparação para cate-quista, outro grande momen-to de formação, contávamos com o apoio da Maria Rita, Rogéria, Helinho, Amadeu, Eli Lobato, Valmir, Vilmar, Renatinho, Faria... Era esse pessoal que estava formando novos catequistas conforme a proposta de Catequese Reno-vada muito insentivada pela Igreja e pelo nosso pastor, Dom José Antonio do Couto. Nessa época, o pároco era o Pe. Geraldo Carlos da Silva, muito animado com a pasto-ral, sabia se comunicar com a juventude como ninguém, mas sem deixar de incentivar os grupos de casais, os vicenti-nos etc. Fizemos muitas apre-sentações de teatro e musicais com apoio do pároco. Saía-mos da escola, depois de um dia inteiro de trabalho, íamos

pra Igreja e ensaiávamos até de madrugada. No dia seguin-te, íamos ao trabalho, à escola e éramos felizes, pois, o esfor-ço valia. A arte de representar era um meio de evangelização, de realização pessoal e coleti-va e isto bastava.

O LÁBARO: Que mo-mentos você considera terem sido mais significativos e de-cisivos na sua vida de fé?

Vilma: São vários os mo-mentos, mas o principal é aquele momento em que ple-namente consciente fiz a mi-nha experiência de encontro com Deus. Quando crianças, somos levados à Igreja pe-los pais e familiares e, ali, ao contato com os sacramentos e sacramentais. Mas foi na minha adolescência que fiz minha primeira experiência de encontro pessoal com Deus. Tinha uns 14 anos de idade. Estava num momento muito triste de minha vida. Passava pela primeira grande perda de um ente muito querido, meu irmão que veio a falecer aos 20 anos de idade após um aci-dente de carro, quando retor-nava do trabalho. A sensação de abandono era total. Por que meu irmão foi levado dessa maneira? Um jovem com uma vida toda pela frente, alegre, cheio de planos para a vida pessoal e profissional. Um mú-sico sonhador que saiu para o trabalho na fábrica de corren-tes e retornou trancado num caixão depois de três dias em coma. Eu não compreendia. Foi nesse contexto de profun-da dor e tristeza que Deus me tomou pela mão. Mostrou-me o quanto Ele é misericordioso e amoroso com seus filhos e que, infelizmente, a imprudên-cia humana de quem dirigia o carro com os trabalhadores causou tanta dor. Entendi que não era culpa de Deus, era fa-lha humana. E depois, buscan-do a superação, consegui per-doar o motorista. Somente o amor de Deus pode me trazer de volta à vida. Depois tive outros momentos importan-tes, no âmbito familiar, acom-panhei o nascimento dos so-brinhos, dos sobrinhos-netos, enfim, sempre uma alegria. Um presente do Deus da vida. Houve outras perdas impor-tantes como a do meu avô que me ensinou a amar os pobres e

de minha mãe que partiu aos 49 anos de idade. Aos 45 anos de idade uma nova provação: um problema sério de saúde fez com que eu parasse para tratamento. Foram 10 meses de afastamento das ativida-des para dedicação exclusiva ao tratamento. Mais uma vez, senti muito forte a presença de Deus na minha vida. A fé, que parecia se esvaziar, torna-se o escudo para enfrentar mais um grande desafio. E realmen-te é incrível como podemos sentir Deus através dos seus fi-lhos e filhas. Foram inúmeras manifestações de solidarieda-de, apoio, carinho desde os ir-mãos e amigos mais próximos até de pessoas fisicamente muito distantes que rezavam pela minha recuperação. Se hoje, no momento em que respondo a essa entrevista, co-memoro meus 50 anos de exis-tência, desde 2011, comemoro também meu renascimento. Deus me deu uma nova opor-tunidade de vida a qual quero vivê-la intensamente pelo res-to de meus dias até que pos-sa me encontrar, se digna for, face a face com o Criador. No âmbito sócio-eclesial, houve muitos momentos importan-tes dos quais destaco minha atuação na pastoral da juven-tude, pastoral vocacional, com os vicentinos, com o grupo de mulheres de Taubaté - traba-lho que desenvolvíamos junto às mulheres da periferia, prin-cipalmente junto àquelas que sofriam violência doméstica; nossa luta pelas Diretas no final do período da ditatura militar, a nova Constituinte e nossa participação recolhen-do assinaturas para propostas importantes para a garantia de direitos humanos, sociais e

trabalhistas. Tudo isto, numa mística que nos impulsiona a ser sal, fermento e luz, a exemplo de Jesus, onde quer que estejamos, buscando vida digna para todos. Obviamente nem tudo são flores. Houve momentos de fraqueza, de de-sânimo, mas a fé no Deus da vida, Pai amoroso e todo mi-sericordioso nos impulsiona para frente.

O LÁBARO: Você é mem-bro do Conselho Nacional do Laicato do Brasil presente na Diocese de Taubaté. Como tem sido a atuação deste Conselho e que avanços ain-da são necessários?

Vilma: Veja, o Conselho de Leigos surgiu no Brasil em 1975 como uma resposta a uma demanda, a uma necessi-dade do laicato frente ao des-mantelamento da Ação Cató-lica e seus desdobramentos em ambientes específicos como a Juventude Universitária Cató-lica; a Juventude Operária Ca-tólica, Juventude Estudantil Católica etc, vigente até então. Era necessário um organismo que congregasse leigos e lei-gas enquanto espaço legítimo eclesio-pastoral, para uma efetiva formação, crescimen-to espiritual em vista de uma ação eficaz do laicato na Igreja e no Mundo, a partir do com-promisso batismal assumindo sua missão, vocação e ministé-rios. Inicialmente, o Conselho de Nacional de Leigos (CNL) - como era chamado, foi for-mado por representantes de Movimentos Eclesiais, dentre eles, o Movimento Shalom da Diocese de Taubaté, confor-me consta na ata de fundação. Com o passar dos anos, cris-

O LÁBAROA serviço da evangelização 15Março 2015

tãos leigos e leigas envolvidos também em pastorais e movi-mentos sociais vieram compor o CNL. A organização do atual CNLB acontece no âm-bito nacional, regional e dioce-sano numa relação horizontal e vertical entre seus membros e em comunhão com a Igre-ja no Brasil, nos regionais e nas dioceses. Na Diocese de Taubaté, o CDL – Conselho Diocesano de Leigos foi cria-do em 1998, durante a vivên-cia do Projeto Rumo ao Novo Milênio, em preparação para a festa da Encarnação – 2000 anos do nascimento de Jesus – numa Assembleia Diocesa-na de Evangelização, com a presença do bispo, do vigário geral, do clero como um todo, dos religiosos e religiosas e dos leigos e leigas, em sua maioria, dos quais um leigo de cada paróquia compôs a primeira coordenação. Fora convidada, na época, a professora Mar-cia Signorelli, presidente do Conselho Regional de Leigos que fez uso da palavra e deu posse, juntamente com o bis-po, àquela coordenação. De lá para cá, tivemos momen-tos fortes, como por exemplo, a Conferência Diocesana de Leigos em 1999, os cursos de formação para leigos e de fé e política no Colégio Anchieta, coordenado pelo CDL e as-sessorados pelo Pe. Vanzella, Marcia Miné, Maria Eunice, Artur Lobato entre outros. O estudo do Documento 62 da CNBB – Missão e Ministérios dos Cristãos Leigos e Leigas em várias paróquias e decana-tos da Diocese e, os momen-tos de dificuldades quando o CDL teve uma participação muito reduzida de leigos. Atu-almente, contamos com um novo grupo liderado pelo Ale-xandre Baylão que é membro do Movimento Shalom, pai de família, trabalhador, teólo-go e que tem contribuido para o avanço do Conselho. Temos visitado os decanos, as paró-quias para que haja maior re-presentação do laicato. Leigo e leiga tem seu jeito próprio de ser e de viver a fé e, como dizia Dom Aloisio Lorscheider na Conferência de Fortaleza, “é para dentro do mundo que o

cristão leigo e leiga é chama-do”, mas para isto é preciso estar preparado para não ser “engolido” pelo mundo em vez de transformá-lo de uma realidade distante do projeto de Deus para seu povo numa realidade agradável aos olhos de Deus. Nosso maior desafio é a superação do clericalismo e das dicotomias fé x vida; hie-rarquia x laicato; add intra x add extra eclesiae; para a co-munhão eclesial por participa-ção com co-responsabilidade. Em abril, no dia 11, teremos um encontro com leigos e lei-gas da sub-região de Apareci-da, no salão da Cúria de Tau-baté em vista da articulação do laicato dessa circunscrição e em preparação para o VI Encontro Nacional do CNLB que acontecerá neste ano, na Festa de Corpus Christi, em Mariápolis. Os temas a serem tratados, no encontro de abril, são: Vivemos um momen-to de crise? (visão ampla de conjuntura) e Igreja em saída (protagonismo laical), com a assessoria do Pe. Vanzella e da Profa. Marcia Miné; e A importância de um CNLB diocesano e sua missão, com a assessoria da Profa. Marcia Signorelli.

O LÁBARO: Como você analisa a participação da mulher na Igreja hoje?

Vilma: Bem, se olharmos a estrutura da Igreja na forma piramidal, hierárquica vere-mos que a base é formada pelo laicato e esta essencialmente feminina. Recordo que numa pesquisa realizada no final dos anos 1990, quando trabalhava no Secretariado Diocesano de Pastoral, 77% dos agentes de pastoral era formado por mu-lheres. Isto não mudou mun-do. As mulheres continuam firmes nas comunidades, nos círculos bíblicos e em mui-tas coordenações pastorais paroquiais ou comunitárias, em pastorais específicas e em movimentos eclesiais. Vemos hoje uma abertura por parte do Papa Francisco à diversas dimensões eclesio-pastorais inclusive no que se refere ao carinho, atenção e valorização das mulheres. Hoje, há mu-

lheres em cargos importantes na Cúria Romana e à frente de pontifícias universidades, como no caso dos Estados Unidos. O Papa Francisco tem mostrado a importância da mulher não só na vida con-sagrada ou na maternidade, mas também na sociedade, no trabalho, na vida profissional e em instâncias importantes da Igreja. É um fato novo e uma riqueza para a Igreja que está se abrindo ao carisma da mulher.

O LÁBARO: E quanto à participação da mulher na sociedade? Que conquistas você considera significati-vas e que desafios ainda pre-cisam ser superados?

Vilma: A luta das mulhe-res na sociedade brasileira re-monta a década de 1930 com a conquista do direito ao voto. Muitas outras conquistas são observáveis, como por exem-plo, o acesso à escolarização nos níveis fundamental, mé-dio e superior, inclusive em áreas eminentemente mascu-linas como as engenharias, a própria teologia, entre ou-tras. As mulheres assumem hoje, com determinação, seu protagonismo no mundo da educação, da política – inclu-sive a da política partidária –, das artes, das ciências, do serviço militar – também em alto escalão –, da saúde, entre outros. Quanto aos desafios, penso que ainda carecemos de uma mudança de mentalidade e uma mudança cultural. O machismo, o preconceito e a discriminação ainda existem e isto não se muda da noite para o dia, porque estão latentes no inconsciente das pessoas e, em muitos casos, na consciência daqueles que deliberadamen-te não concebem a mulher sequer como pessoa humana. Muitas mulheres, por exem-plo, desempenham o mesmo trabalho, a mesma função e recebem salário menor que os homens. O trabalho domés-tico, conhecido com segun-do turno para as mulheres, fica sob sua responsabilidade, porque o homem não vê esse trabalho como sua responsa-bilidade também. O trabalho doméstico num lar onde ma-rido e mulher trabalham deve ser dividido. A educação dos filhos também é responsabili-dade de ambos. Conheci um casal muito interessante. O marido é professor e a esposa enfermeira. Ambos trabalham fora o dia todo e, nesse caso, contam com apoio da família e de uma auxiliar para ajudar na casa e na educação dos filhos. No entanto, quando tinha reunião na escola dos filhos, o pai comparecia, até porque o ambiente escolar é parte de sua vida cotidiana, e quando era preciso cuidados mais específicos da saúde, a

mãe levava os filhos ao médi-co. Achei muito interessante essa divisão de resposabilida-de dentro da especialidade e habilidade de cada um.

O LÁBARO: A Diocese de Taubaté está vivendo um momento importante, que é o processo de elaboração do seu Plano Diocesano de Pastoral. Você tem acompa-nhado de perto esse proces-so. Quais as suas impressões sobre ele?

Vilma: O processo de elaboração do novo Plano Diocesano de Pastoral foi pedagógica e teologicamen-te pensado para dar certo com objetivos, justificativas e metas bem definidos. Como todos sabemos, além da for-mação filosófica e teológica, nosso assessor diocesano de pastoral, Pe. Vanzella é um pedagogo de primeira linha. Admiro seu trabalho, sua ca-pacidade de síntese, sua vi-são de conjunto e de futuro em várias áreas. A Igreja do Brasil que o diga. O caminho que se está buscando trilhar é o do processo participativo, com envolvimento das for-ças vivas da Diocese, desde a comunidade mais distante da zona rural, aquela bem pe-quena, até as grandes comu-nidades das maiores cidades da circunscrição da Diocese de Taubaté. Porém, é preciso determinação e compromisso de todos para que a elabo-ração do Plano Diocesano de Pastoral seja de fato uma construção assumida por to-dos os sujeitos eclesiais, ou seja, religiosos(as), leigos(as), padres, diáconos e semina-ristas, coordenado pelo Bis-po Diocesano. Acredito no processo participativo como caminho de construção do novo e de comunhão com co--responsabilidade.

O LÁBARO: No dia 08 de março foi comemorado o Dia Internacional da Mu-lher. Qual a importância de se ter um dia no calendário dedicado à mulher?

Vilma: O dia 8 de mar-ço está sendo cooptado pelo

mercado como mais uma data importante para venda de produtos da mesma for-ma que acontece com o dia das mães, dos pais, a páscoa, o natal, o dia da criança, en-volvendo até um certo ro-mantismo em torno da data, fugindo às reais reflexões que subjazem à questão da luta da mulher. Por isso, nos espaços onde atuo, dentro e fora da Igreja, explico porque a ONU escolheu o dia 8 de março para o Dia Internacional da Mulher. Neste dia, em 1857, mulheres lutavam por condi-ções dignas de trabalho, como por exemplo, a redução da jornada de trabalho para 10 horas diárias, numa indústria têxtil americana. Em represá-lia, foram queimadas dentro da fábrica (aproximadamente 130 mulheres assassinadas). O Dia da Mulher deve ser um dia de reflexão sobre as lutas e conquistas históricas das mulheres e de perspectivas de futuro. O pano de fundo deve ser, a meu ver, o compromis-so da mulher na construção de uma sociedade melhor para todos, onde homens e mulheres se respeitam, se amam, trabalham, tornando a vida melhor, atuando e en-frentando os problemas jun-tos, venham de que setor vier, construindo a paz. A digni-dade da pessoa humana, o respeito, a justiça para todos é que proporcionarão a paz que todos desejamos. Como diz o ensinamento social da Igreja, “não há verdadeia paz se não houver verdadeira justiça”.

O LÁBARO: Como mu-lher atuante, qual a sua mensagem para as mulheres de nossa Diocese?

Vilma: Somos chamadas, cada uma de nós, a nosso modo – mães, religiosas, es-posas, filhas, trabalhadoras, educadoras, intelectuais, pro-fissionais liberais, estudantes – a entregar nossas vidas para que o Evangelho, a Boa Nova de Jesus, alcance o mundo e acalente os corações huma-nos tão carentes do amor de Deus. Por intercessão de Ma-ria, modelo de fé, seja Jesus, luz do mundo, nossa força e nossa esperança.

O LÁBAROA serviço da evangelização16 Março 2015

Paróquias e Horários de MissaDECANATO TAUBATÉ IDecano: Luis Lobato dos Santos

DECANATO TAUBATÉ IIDenaco: Pe. Arcemínio Leôncio Carvalho, msj.

DECANATO TAUBATÉ IIIDecano: Pe. José Vicente

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇACôn. José Luciano 3652-1832

Matriz: Nossa Senhora da Esperançadomingo 10h • 19h

PARÓQUIA SÃO PIO XFrei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404

Matriz: São Beneditodomingo 6h30 • 9h30 • 11h • 18h • 20h

PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Carlos Alberto 3652-8459 Matriz: Menino Jesusdomingo 6h30 • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESPe. Gracimar Cardoso 3978-1165

Matriz: Nossa Senhora das Doresdomingo 8h • 19h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Pe. Kleber Rodrigues da Silva 3653-4719

Matriz: São José Operariosábado 19hdomingo 9h • 19h

DECANATO PINDAMONHANGABA

Decano: Pe. Vitor Hugo Porto

DECANATO CAÇAPAVA Decano: Pe. Décio Luiz da Silva Santos

PARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAPe. Álvaro (Tequinho) 3671-1848

Matriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)domingo 8h • 10h30 • 19h

DECANATO SERRA DO MARDecano: Côn. Amâncio Calderaro Júnior

DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA

Decano: Pe. José Batista da Rosa

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMons. José Eugênio 3632-2479

Matriz Santuário de Santa Teresinhadomingo 6h30 • 8h • 9h30 • 17h • 19hsábado 19h

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOA

Côn. Elair Ferreira 3608-4908

Igreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)domingo 8h • 20h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO

Pe. Luís Lobato 3633-2388

Matriz: São José Operáriosábado 12h • 18h. domingo 7h • 10h30 • 18h • 20h

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOPe. Fábio Modesto 3633-5906

Matriz: São Pedro Apóstolodomingo 8h • 9h30 • 17h • 18h30 • 20h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAPe. Octaviano, scj 3411-7424Matriz: Santuário São Beneditodomingo 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA MENINO JESUSPe. Renato Marques, msj

3681-4334

Matriz Imaculado Coração de Mariadomingo 8h • 11h • 19h

PARÓQUIA SANTA LUZIA Côn. Carlos Antonio da Silva 3632-5614Matriz: Santa Luziadomingo 10h • 19h

PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAPe. Arcemírio, msj 3681-1456Matriz: Sagrada Famíliadomingo 8h • 10h30 •17h • 19h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOPe. Éderson Rodrigues 3621-8145

Matriz: São Vicente de Paulodomingo 7h • 10h • 17h • 19h30

PARÓQUIA Nª Sra. AparecidaCôn. Paulo César Nunes de Oliveira

sábado 19h30domingo 8h • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOPe. Celso Batista de Oliveira, sjc 3686-1864

Matriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)sábado 19h domingo 8h • 18h

PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO Pe. Rodrigo Natal 3629-4535

domingo 8h • 10h • 19h

PARÓQUIA S JOÃO BOSCOPe. Ricardo Luís Cassiano 3631-2510

domingo 7h • 10h30 • 19h

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADEPe. Alberto Aparecido Ferreira

Matriz: Nossa Senhora das Graçasdomingo 7h • 9h • 10h30 • 19h

PARÓQUIA SAGRADO CORA-ÇÃO DE JESUSPe. Aloísio Wilibaldo Knob, scj 3621-4440

Matriz: Sagrado Coração de Jesussábado 17hdomingo 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA SENHOR BOM JESUSPe. José Vicente 3672-1102

Matriz: Basílica do Senhor Bom Jesusdomingo 7h • 8h30 • 10h • 17h • 18h30 • 20hIgreja São SebastiãoMissa:18h (Rito Bizantino)

PARÓQUIA SÃO JOSÉPe. Alan Rudz 3672-3836

Matriz: São José (Jardim San-tana)sábado 18h30domingo 7h30 • 10h30 • 17h • 19h30

PARÓQUIA ESPÍRITO SANTOPe. Antônio Barbosa, scj

3602-1250

domingo 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDAPe. Sílvio Dias 3652-2052

Matriz: São João Batistadomingo 6h30 • 9h30 • 11h • 18h30

PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAPe. Décio Luiz 3652-6825

Matriz: Santuário Santo An-tônio de Páduadomingo 7h • 9h • 19h....................................................Comunidade de São Pedro: Vila Bandeirantedomingo 17h

PARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOCôn. Luiz Carlos 3642-2605

Matriz: Santuário Nossa Se-nhora do Bom Sucessodomingo 7h • 9h • 11h • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORADAS GRAÇASPe. Vitor Hugo 12 3522-5318

1º e 3º domingos 10h • 18h302º, 4º e 5º domingos 7h • 10h • 18h30

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOCôn. Geraldo 3637-1981

Igreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)domingo 7h • 9h • 19h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMACôn. Francisco 3642-7035

Matriz: Nossa Senhora do Rosário de Fátimadomingo 7h30 • 9h • 19h

PARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Pe. Edson Rodrigues da Silva 3643-6171

Matriz: São Miguel Arcanjodomingo 8h • 19h

PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Pe. Antonio Carlos Monteiro 3641-1928Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)domingo 8h

PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO Cidade NovaPe. Geraldo Lelis 3648-1336

Igreja Matriz: São Cristóvãodomingo 7h • 19h

PARÓQUIA SANTA CRUZCôn. Amâncio 3676-1228

Matriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)domingo 8h • 18h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADEPe. Alexandre 3677-1110

Matriz: Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra)domingo 9h30 • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

Pe. Antonio Claudio 3677-4152

Matriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)domingo 10h (2º e 4º Domingos do mês)

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDEPe. José Rosa 3662-7068domingo 10h • 20h

PARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSPe. José Alberto Luna Cavalcante (Pe. Beto), sjc 3662-1740

Igreja Matriz: Santa Terezi-nha do Menino Jesus (Aber-néssia)domingo 7h • 9h • 19h

PARÓQUIA SÃO BENEDITO

Pe. Vicente Batista, sjc 3663-1340

Matriz: São Benedito (Capivari)domingo 10h30 • 18h

PARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍ

Pe. Ronaldo, msj 3971-2227Matriz: São Bentodomingo 8h • 10h • 18h

PARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALPe. João Miguel da Silva 3666-1127

Matriz: Santo Antôniodomingo 8h • 10h • 19h

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O LÁBARO

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PARÓQUIA JOÃO PAULO IIPe. Antônio Fernando da Costa

domingo 19h

PARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGAS Mons. Marco Eduardo 3632-3316sábado 12h • 16hdomingo 7h • 9h • 10h30 • 18h30 • 20h......................................................Convento Santa Clarasábado 7h • 19hdomingo 7h • 9h • 11h • 19h......................................................Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)domingo 8h30 .....................................................Igreja de Santanadomingo 9h30 (Rito Bizantino)

PARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃO

Pe. Celso Aloísio 3642-1320

Matriz: São Beneditodomingo 7h • 9h30 • 18h • 19h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APÓSTOLOS (Cidade Jardim)Côn. Joaquim Vicente dos Santos

domingo 8h • 19h

PARÓQUIA SANT’ANA Pe. Antonio Carlos Gonçalves 3527-1758

Igreja Matriz: Sant’anadomingo 8h • 19h3º domingo 11h (Motociclistas)

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMAPe. Luiz Claudio Winter Spolatori, 3631-1023

Matriz provisória: Exaltação da Santa Cruzdomingo 19h30.....................................................Comunidade Nossa Senhora de Fátimadomingo 10h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMPe. Celso Luiz Longo 3621-5170

Matriz Nossa Senhora do Belémdomingo 9h30 • 19h30