8
Teia Cultura reuniu Pontos de Cultura em Botucatu A cidade participou pela primeira vez em janeiro de 2012, da Teia Cultura, a fim de, reunir representantes e integrantes dos Pontos de Cultura. O programa é desenvolvido pelo Ministério da Cultura e já está na sua quarta edição. O evento disponibiliza uma programação cultural, seminários e feira de Economia Solidária, além de outras atividades. Os Pontos de Cultura participaram de oficinas de soſtware livre e roda de conversa. O público presente no evento pôde conhecer melhor o trabalho dos Pontos de Cultura e tiveram a oportunidade de se inscrever em algumas atividades. Página 2 Arte e Convívio propaga a fusão da saúde mental Abem abre as portas da biblioteca Ponto de Cultura disponibiliza espaço de trabalho, convivência e garantia de direitos às pessoas com sofrimento psíquico, com o objetivo de melhorar as condições de vida de seus participantes, atingindo assim a reabilitação psicossocial, estimulando a autonomia de cada um. A programação da Associação é intensa e divide-se entre atividades de inclusão produtiva, sócio- políticas, culturais e de convivência. As oficinas de inclusão produtiva são a encadernação, mosaico e costura. Com o objetivo de ampliar as formas de gerar renda por meio do trabalho. Página 3 A associação foi fundada em 2005 e tem como foco a inovação e renovação, atendendo crianças, jovens e adultos, com o objetivo de estimular a leitura e a atividade física da comunidade leste da cidade. O programa Inovar busca desenvolver habilidades motoras por meio da prática regular de exercícios físicos, utilizando como ferramenta o futsal, basquete, handebol, entre outros. O projeto Renovar cria a oportunidade da comunidade da terceira idade praticar regularmente atividades físicas, a fim de, prevenir e tratar as difunsões degenerativas. Página 6 Movimento Teatral muda cenário cultural Abayomi dispo- nibiliza cultura inclusiva A associação busca a integração entre os diversos profissionais que fazem parte da complexa cadeia de uma produção artística, e atualmente conta com artistas, arte educadores, produtores culturais e técnicos, criando assim, mecanismos para a fruição de uma economia da cultura voltada às artes cênicas de nossa região. Página 4 O projeto Bate-Latas tem a intenção de trabalhar a percepção musical, ritmo e unidade de grupo para contribuir com o desenvolvimento mental e sensorial dos alunos. Com essa iniciativa os alunos formaram uma fanfarra tonando-se destaque nas apresentações dos desfiles cívicos e outros eventos da cidade. Página 7 Musicalizando se destaca com qualidade musical Espaço dos Notívagos am- pliam suas ações O Ponto de Cultura atua na área de música oferendo aulas de teoria musical, aulas individuais de instrumentos de sopros e ensaios coletivos, atendendo cerca de, 216 crianças e adolescentes. Além de incluir em suas oficinas o curso de piano erudito e o estudo em grupo para os participantes da Orquestra Jovem por meio de aulas de Música de Câmara. Página 5 O Ponto de Cultura inclui em suas ações a Oficina Ator e Treinamento, coordenada por Mimi Tortorella e Flávia Hiroki. A oficina tem seu início previsto já para o primeiro semestre e pretende por meio do desenvolvimento das habilidades de prontidão, disponibilidade, concentração e das noções rítmicas e espaciais para desenvolver o corpo. Página 8

Jornal O Ponteiro

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal O Ponteiro de Botucatu

Citation preview

Teia Cultura reuniu Pontosde Cultura em Botucatu

A cidade participou pela primeira vez em janeiro de 2012, da Teia Cultura, a fim de,reunir representantes e integrantes dos Pontos de Cultura. O programa é desenvolvidopelo Ministério da Cultura e já está na sua quarta edição. O evento disponibiliza uma

programação cultural, seminários e feira de Economia Solidária, além de outras atividades. Os Pontos de Cultura participaram de oficinas de software livre e roda de conversa. Opúblico presente no evento pôde conhecer melhor o trabalho dos Pontos de Cultura

e tiveram a oportunidade de se inscrever em algumas atividades. Página 2

Arte e Convívio propaga a fusão da saúde mental

Abem abreas portas

da bibliotecaPonto de Cultura disponibiliza

espaço de trabalho, convivência e garantia de direitos às pessoas com sofrimento psíquico, com o objetivo de melhorar as condições de vida de seus participantes, atingindo assim a reabilitação psicossocial, estimulando a autonomia de cada um. A programação da Associação é intensa e divide-se entre atividades de inclusão produtiva, sócio-políticas, culturais e de convivência. As oficinas de inclusão produtiva são a encadernação, mosaico e costura. Com o objetivo de ampliar as formas de gerar renda por meio do trabalho. Página 3

A associação foi fundada em 2005 e tem como foco a inovação e renovação, atendendo crianças, jovens e adultos, com o objetivo de estimular a leitura e a atividade física da comunidade leste da cidade. O programa Inovar busca desenvolver habilidades motoras por meio da prática regular de exercícios físicos, utilizando como ferramenta o futsal, basquete, handebol, entre outros. O projeto Renovar cria a oportunidade da comunidade da terceira idade prat icar regularmente atividades físicas, a fim de, prevenir e tratar as difunsões degenerativas. Página 6

MovimentoTeatral muda

cenário cultural

Abayomi dispo-nibiliza cultura

inclusiva A associação busca a integração

entre os diversos profissionais que fazem parte da complexa cadeia de uma produção artística, e atualmente conta com artistas, arte educadores, produtores culturais e técnicos, criando assim, mecanismos para a fruição de uma economia da cultura voltada às artes cênicas de nossa região. Página 4

O projeto Bate-Latas tem a intenção de trabalhar a percepção musical, ritmo e unidade de grupo para contribuir com o desenvolvimento mental e sensorial dos alunos. Com essa iniciativa os alunos formaram u m a f a n f a r r a t o n a n d o - s e destaque nas apresentações dos desfiles cívicos e outros eventos da cidade. Página 7

Musicalizando se destaca com

qualidade musical

Espaço dosNotívagos am-

pliam suas açõesO Ponto de Cultura atua

na área de música oferendo aulas de teoria musical, aulas individuais de instrumentos de sopros e ensaios coletivos, atendendo cerca de, 216 crianças e adolescentes. Além de incluir em suas oficinas o curso de piano erudito e o estudo em grupo para os participantes da Orquestra Jovem por meio de aulas de Música de Câmara. Página 5

O Ponto de Cultura inclui em suas ações a Oficina Ator e Treinamento, coordenada por Mimi Tortorella e Flávia Hiroki. A oficina tem seu início previsto já para o primeiro semestre e pretende por meio do desenvolvimento das habilidades de prontidão, disponibilidade, concentração e das noções r í t micas e esp ac ia i s p ara desenvolver o corpo. Página 8

Ano I - nº01

2

O Ponteiro pretende ser um elo de comunicação entre a comunidade de Botucatu e sua rede municipal de Pontos de Cultura, ampliando a visibilidade das atividades na cidade e promovendo o intercâmbio de ações culturais entre os diversos segmentos da sociedade.

Nossas conquistas até aqui só nos dão certeza de que o melhor caminho para se manter o periódico é aquele sustentado pelos princípios apontados pelo Programa Mais Cultura: gestão compartilhada, fraternidade

Expediente

Editorial

Realização

Realização

Pontão de CulturaJornal do Ponto

Coordenador Cultural: Murilo Oliveira

Articuladora: Eliana SilveiraEstagiários: Karina Koch, Marina

Schmidt, Eduardo Kaze, Bruno Praun Coelho e Nilton Faria de Carvalho.

Oficina de Design Gráfico: Natália Balladas

Editoração e Arte Final: Natália Balladas

Pontos de Cultura: Núcleo Assistência Joanna de Angelis - PC: Projeto Musicalizando; Apae - PC: Abayomi; Associação do Bem

Este periódico é produto das oficinas de jornal promovidas pelo Pontãode Cultura Jornal do Ponto, projeto da Associação dos Jornais

do Interior do Estado de São Paulo (ADJORI-SP) em convênio como Ministério da Cultura sob o nº 748226/2010.

Estar - PC: Abem; Movimento Teatral de Botucatu - PC: Ponto Cênico; Ponto de Cultura Arte e Convívio; Associação Teatral Notívagos Burlescos - PC: Espaço dos Notívagos.

Participantes: Daiara Ramos Garcia; Raquel Aguiar Siqueira Z o nt a ; C l au d e m i r Fe r re i r a ; Carolina Galvano Barbosa; José André Carino; Kauana Barreiro Angles; Danilo Roberto Batista; J o h n n y B a r b o s a F a u s t i n o ; Everton Roberto de Oliveira; Ana Luiza Begamasco Hachuy; R o b e r t C o e l h o ; Jo ã o Lu c a s Guimarães de Carvalho; Isabela Araujo Silva.

e empoderamento. O jornal é de todos os Pontos, no mesmo ponto e irá direto ao ponto! E o nome dele não tem nada haver com relógio e hora certa. Ou tem. O caso é que “ponteiro” é uma expressão que nasceu nos encontros dos Pontos de Cultura por esse Brasil a fora pra designar aqueles que trabalham, se dedicam e se embaralham com os Pontos. Nós, os ponteiros dos bons ares (ou dos ventos fortes, como dizem alguns) convidamos você para essa festa. Pode entrar e ficar a vontade.

Teia junta Pontos deCultura da cidade

Você sabe o que é uma Teia? No dicionário encontra-se mais de uma definição para a palavra. Aqui podemos pensar na ligação com o tear do artesanato, ou em teia de aranha que é um emaranhado de fios que formam lindas f iguras geométricas e s e r v e p a r a au x i l i a r n a alimentação do aracnídeo.

Teia é um organismo, uma estrutura, e desde abril de 2011, Botucatu faz parte deste organismo vivo que integra o programa Cultura Viva. Este evento chamado de Teia acontece nacionalmente, desde 2006, tendo como objetivo reunir representantes e integrantes d o s p o n t o s d e c u l t u r a , promovendo encontros regionais das entidades que integram o programa desenvolvido pelo Ministério da Cultura. Todas as edições nacionais contam com programação cultural, qu e r i n c lu i s e m i n ár i o s e feira de Economia Solidária, d e nt re out r as at iv i d a d e s . Nacionalmente a Teia já está na sua quarta edição: Venha ver e ser visto (2006, São Paulo/SP), Tudo de Todos (2007, Belo Horizonte/MG), Iguais na Diferença (2008, Brasília/DF) e Tambores Digitais (2010, Fortaleza-CE).

Em B otucatu aconte ceu a primeira edição da Teia Municipal no último dia 27 de janeiro no CCB – Centro Cultural de Botucatu. Os seis pontos de cultura da cidade começaram a se encontrar em novembro do ano passado para trocarem informações e experiências em relação a prestação de contas, e acabaram por estreitar relações pensando quais at ividades poderiam realizar em conjunto. Assim nasceu a primeira Teia.

Durante a última semana do mês de janeiro todos os pontos

do município participaram de oficinas de software livre, da roda de conversa com Cláudia Borges de Santa Fé do Sul e da oficina Jornal do Ponto, que permitiu a criação deste periódico. Para comemorar as conquis t as d o pr i m e i ro s e m e s t re d e atividades, foi organizada uma festa cultural no CCB.

Durante estes encontros os participantes aprenderam que toda Teia precisa ser reflexiva, discutir organização e ter atividades culturais. Foi isto o que aconteceu na cidade: representantes do Direto ao Ponto, da Associação Arte e Convívio, do Carrossel, do Movimento Teatral de Botucatu, do Espaço do Notívagos, da Associação Teatral Notívagos Burlescos, do Abayomi, da APAE, do Musicalizando, do Núcleo Assistencial Joanna de Angelis e da Biblioteca da ABEM, da Associação do Bem Estar, reuniram-se durante uma semana para refletir, discutir e festar.

O público presente no evento conheceu melhor o trabalho de cada ponto de cultura e pode se inscrever nas atividades de teatro e estamparia que estavam com as inscrições abertas neste período.

Botucatu prestigiou a primeira Teia Cultural da cidade

Robert Coelho, Ana Luiza, Isabela Araújo, Claudia Borges e Osni Ribeiro durante abertura da Teia Municipal

Ano I - nº01

3

Organizada há 16 anos por um grupo de profissionais dos serviços de Saúde Mental, usuários, familiares e líderes comunitários da cidade, a Associação Arte e Convívio (AAC) objetiva oferecer um espaço de trabalho, convivência e garantia de direitos às pessoas com sofr imento ps íquico, buscando condições para que seus part icipantes tenham qualidade de vida e conquistem sua reabilitação psicossocial em uma perspectiva para estimular a autonomia de cada participante.

A programação da Associação é i n t e n s a d i v i d i n d o - s e entre atividades de inclusão produtiva, sócio-polít icas, culturais e de convivência. As oficinas de inclusão produtiva são a encadernação, mosaico e costura. O objetivo é buscar formas de gerar renda por meio do trabalho, aumentando a autonomia e qualidade de vida dos participantes. Dessa forma é possível estimular a qualificação profissional por meio de encaminhamentos a cursos. Quando algum participante apresenta condições de inclusão no mercado de trabalho formal, os profissionais da Associação promovem as ações possíveis neste sentido.

Além destas oficinas, a AAC promove um conjunto de atividades sócio políticas, como o Espaço Aberto e a Oficina de Direitos. Outras atividades importantes são as Oficinas de Convívio e Lazer e Caprichando a Casa. No final de 2010 a Associação inscreveu-se no edital do Ponto de Cultura na cidade de Botucatu e foi uma das entidades contempladas. Durante três anos receberá recursos do Ministério da Cultura e da Prefeitura Municipal de Botucatu para estimular as atividades culturais ex is tentes na Ass o ciação. No primeiro semestre foram iniciadas as oficinas de teatro e pintura além de atividades cineclubistas.

S egundo Isab ela Araújo coordenadora do Ponto de Cultura Arte e Convívio, quando a equipe iniciou este trabalho na Associação, imaginava-se o grande desafio que teria pela frente: trilhar um caminho o qual não ficasse apenas na Saúde Mental e na arte-terapia. “No período de abertura de inscrições teríamos que tomar cuidado para não segregar ainda mais os usuários

Saúde Mental e Cultura, uma fusão que deu certo

do serviço de saúde mental com aquele discurso de isto é arte, aquilo não é arte. E posso afirmar sem vergonha nenhuma disto, que ainda estamos trilhando juntos com os participantes da Associação, comunidade, profissionais da saúde, da cultura, da arte-educação e da comunicação, este novo caminho que vai agregar os grupos, as pessoas, seus desejos artísticos e seus discursos” diz Isabela.

Pa r a D e b o r a h Me n d e s , coordenadora da AAC, no passar destes quase dez meses de trabalho, pôde perceber o que aparentemente seria muito dificultoso, tornou-se cada

dia mais prazeroso de acordo com o número de descobertas e re a l i zaçõ es acontec idas frequentemente por lá. “O resultado disso tudo pode ser observado pelas visitas que recebemos, pelos comentários que ouvimos, pelo interesse das pessoas em conhecerem a Associação e as

oficinas”, completa.Um dos trabalhos do Ponto de

Cultura é a oficina de pintura, quando nos primeiros cinco meses, trabalhou com pintura em tela. A oficineira Catarina Prado nos deu um depoimento de suas impressões: “Cada grupo tem suas particularidades, é claro, mas trabalhar com pessoas tão diferentes uma das outras, em alguns pontos é mais difícil, mas em outros é surpreendente. O motivador, e o que eu acho mais bonito neste trabalho é ver como, apesar de certas dificuldades, algumas pessoas tem uma sensibilidade muito grande, coisa não vista nas pessoas consideradas normais. A principal dificuldade é fazer o grupo caminhar junto, justamente pelas grandes diferenças, mas ao mesmo tempo é muito interessante perceber como o próprio grupo criou uma dinâmica de cooperação mútua, onde os participantes se respeitam dentro de suas limitações e ao mesmo tempo colaboram e cooperam dentro do que é possível para cada um”.

Catarina tem 28 anos, é educadora e Artista Visual. Graduada em Artes Plásticas pela Unesp e Mestre em Escultura Social pela Oxford Brookes University – Inglaterra.

Oficinas e cinemaOutro trabalho do Ponto de

Cultura são as oficinas de teatro, onde acontecem às segundas-feiras à tarde com Gustavo Faria. Sobre trabalhar com saúde mental, Gustavo conta nunca ter

trabalhado antes de uma maneira tão específica, mas acredita que qualquer trabalho artístico venha de encontro com a saúde mental de qualquer indivíduo, seja ele de cunho educacional ou não, por abrir pensamentos e instaurar reflexões sobre os temas e propostas abordados e discutidos.

“Achei um desafio estar em uma turma com ideias, modos e convicções tão diferentes, portanto tive um pouco de receio a princípio, como em qualquer espaço novo. A prática e o envolvimento do grupo no decorrer do trabalho foram crescendo e me deixando tranquilo. Hoje me vejo com

propriedade sobre a oficina e com um carinho por todos os participantes”, diz Gustavo. Pós graduando em Arte e Cultura pelo Instituto de Artes da Unesp, Faria possui ainda graduação pela USC - Universidade do Sagrado Coração em Bauru/SP (2009), onde foi monitor da disciplina de História do Teatro e também desenvolveu atividades de extensão com alunos da UATI- Universidade Aberta à terceira idade. É ator, diretor e atua também como arte educador, tendo foco de estudo e pesquisa pessoas em vulnerabilidade social de qualquer gênero, buscando desenvolver autonomia no indivíduo por meio da experiência de criação artística.

Além das oficinas de teatro e pintura em tela, o Ponto de Cultura Arte e Convívio exibe filmes às quartas-feiras à tarde. “Sempre com um convidado diferente no mês, o cineclube da Arte e Convívio tem recebido pessoas de diversas idades e grupos. Sendo em horário alternativo é uma ótima opção para as pessoas que estão com as tardes livres e gostariam de um programa mais cultural”, diz Elen Gomes, terapeuta ocupacional.

Para conhecer melhor o trabalho do Arte e Convívio acesse o site www.arteeconvivio.c o m . b r, o u o b l o g w w w.pontodeculturaarteeconvivio.blogspot.com. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3882-7087.

Gustavo Faria, arte-educador, com Kátia e Brunna França, participantes das oficinas de teatro

Everton Oliveira durante exibição do filme “Crianças Invisíveis” no cineclube da Arte e Convívio

A linha de apresentação

da fanfarrafoi baseada no resgateda cultura

popularbrasileira”

Ano I - nº01

4

Reafirmando seu compro-misso com o desenvolvimento c u ltura l de noss a c id ade , o Mo v i m e n t o Te a t r a l d e B o t u c a t u ( Mt b ) b u s c a a i nt e g r a ç ã o e nt re o s m ai s var iados prof iss ionais que compõem a complexa cadeia de uma produção artística, criando mecanismos para a fruição de uma economia da cultura voltada às artes cênicas de nossa região.

Fundado em 2004, o Mtb surgiu para contribuir com o f o m e n t o à s p r o d u ç õ e s ar t íst icas , a formação dos a r t i s t a s l o c a i s , a d i f u s ã o d a s ar te s c ê n i c a s ju nto a c omu n i d a d e s c are nt e s d e bens e aparelhos culturais, e também com a formação de platéias.

O Movimento Teatral de B otuc atu é comp osto p or ar t i s t as , ar te e duc adores , p r o d u t o r e s c u l t u r a i s e técnicos de vár ias áreas e conta atualmente com diversos profissionais em sua diretoria, entre eles Regina Blanco, Julio de Carvalho, Everton Oliveira, I z a i a s B a r r e t o , M a r i n o Costa e Rodrigo Casali. Os integrantes tem movimentado

Movimento Teatral faz história e muda cenário cultural de Botucatu

o cenário local apresentando trabalhos, os quais partem dessas múltiplas linguagens, conferindo experiência para a elaboração e desenvolvimento de suas iniciativas junto à comunidade.

ProjetosPara promover e difundir

as artes cênicas o grupo tem ap oiado t amb ém proj e tos como o Fejasa - Festival Jaime Sanchez de Teatro, já em sua 11ª edição. Na busca pela democratização dos espaços culturais existentes e o acesso a bens e produtos culturais aos diversos segmentos de nossa sociedade, por meio do projeto Arte a Vapor, o Movimento tem rea l izado espetáculos em teatros, ao ar livre, em espaços alternativos da cidade, ruas e praças, bem como, em escolas e espaços públicos de comunidades carentes . A iniciativa já está em sua terceira edição.

Outro projeto, o Carrossel, oferece oficinas nas diversas á r e a s d o f a z e r a r t í s t i c o . Dança, teatro, música, circo e artes visuais são oferecidos a crianças e jovens dos projetos

socioeducativos da Secretaria d e As s i s t ê n c i a S o c i a l d a Prefeitura Municipal.

Formação continuada

Contribuindo com o fomento do mercado teatral da região, a instituição realiza oficinas, cursos e workshops para jovens artistas, que auxiliam na sua formação e profissionalização. A iniciativa foi contemplada pelo Ministério da Cultura, p o r m e i o d o P r o g r a m a Cultura Viva, com um Ponto de Cultura, o qual oferece f o r m a ç ã o c o nt i nu a d a e m teatro, dança e c irco para jovens que não possuem acesso às ar tes cênicas em nosso município, for ta lecendo a construção de sua identidade e a v a l o r i z a ç ã o d e s u a autoestima, possibilitando-lhes novos olhares e novas perspect ivas para a vida e para a arte.

E m s e u h i s t ó r i c o o M o v i m e n t o Te a t r a l d e B o t u c a t u r e a l i z o u a ç õ e s como “Rodízio de Talentos” (2007), oficinas e workshops como Introdução à Comédia dell’arte com Débora Vivan (2008) e Expressão Corporal ( 2 0 0 9 ) c o m C au ê Mat o s , o ap oio ao Fest iva l Ja ime Sanchez, além da produção e x e c u t i v a d e e n c e n a ç õ e s c o m o : “ Um p a s s e i o p e l a Cuesta”, entre outros.

Desde 2009 vem implantando o Centro de Pesquisa Teatral (Cpt) que desenvolve projetos para o teatro sobre a cultura popular, o folclore brasileiro e a re lação entre as ar tes cênicas e as novas tecnologias, explorando as linguagens e as possibilidades, fundindo o teatro, a música, a dança, o circo, a literatura e as artes visuais. O espetáculo “Oxido Vo x – Po e s i a p a r a s e r e s urbanos” já foi montado e encenado. Neste momento, “Desaf io ao Diab o – uma comédia cabeluda” - está em fase de montagem. A peça conta com um grupo de artistas reconhecidos em nossa cidade.

O P o n t o d e C u l t u r a Ponto C ênico tem le vado arte à população de regiões carentes de Botucatu. Nestas l o c a l i d a d e s h á a f a l t a d e bens e aparelhos culturais. O trabalho desenvolvido tem o foco voltado para crianças e adolescentes, que participam do viver artístico por meio d e o f i c i n a s d e f o r m a ç ã o continuada em teatro, dança e circo. As aulas ocorrem em vários pontos da cidade.

A o f i c i n a d e “ T e a t r o d e B o n e c o s ” acontece todas à s q u a r t a s -feiras das 8h30 à s 1 0 h 3 0 , n a A s s o c i a ç ã o Pé ro l a Ne g r a , n o b a i r r o Marajoara, com a arte educadora L au r a Mar i a . Tamb é m à s quartas, as aulas de dança, para os cr ianças e jovens, dos bair ros 24 de Maio e Vila São Lúcio, acontecem no Espaço Mirante das Artes, das 14h às 17h, com a educadora Flavia Fazzio. O objetivo é despertar o gosto pelo fazer a r t í s t i c o , d e m o n s t r a n d o a r e s p o n s a b i l i d a d e e a p e r s i s t ê n c i a n e c e s s á r i a s para um bom trabalho. São ministradas ainda aulas de ballet clássico, sapateado e

Ponto Cênico promoveoficinas artísticas gratuitas

história da dança.A oficina de teatro acontece

n o C e n t r o C u l t u r a l d e Botucatu, com a diretora e atriz Flavia Hiroki. O público atendido são os adolescentes do Jardim Peabiru, às terças feiras das 16h30 às 17h45, e às quintas feiras das 14h às 15h30. O projeto é coordenado pelo poeta e arte educador Everton Oliveira.

A s a u l a s d e c i r c o s ã o r e a l i z a d a s e a c ont e c e m n o Projeto Crescer, às sextas-feiras, e na Associação Pé r o l a Ne g r a , todas às quintas, das 14h às 16h, com os artistas c i r c e n s e s G u i l h e r m e G a s p e r i n e e Willian Novak. S e g u n d o e l e ,

a s of i c i nas te m o i ntu i to de auxi l iar a formação do caráter do indivíduo, ampliar s u a v i s ã o d e m u n d o e mostrar como transferir este conhecimento para o convívio social e familiar, de uma forma positiva e benéfica.

Todas as atividades oferecidas são gratuitas. Os interessados em participar podem buscar mais informações pelo telefone (14)3815-6918 ou pelo site www.movimentoteatraldebotucatu.blogspot.com.

Crianças participam da oficina de circo

Oficina de teatro de bonecos

As oficinas tem o intuito de auxiliar a formação do

caráter doindivíduo”

Ano I - nº01

5

O Projeto Musicalizando do Núcleo Assistencial Joanna de Angelis atua na área de música e foi contemplado como um dos Pontos de Cultura da cidade de Botucatu. Destina-se, como atividade extracurricular, aos matriculados nas escolas formais Educandário Eurípedes Barsanulfo e Jardim Escola João de Deus, ambas administradas pelo Núcleo Assistencial Joanna de Angel i s , mant ido p elo Centro Espírita, O Caminho da Verdade.

O Projeto atende a 216 crianças e adolescentes oferecendo aulas de teoria musical, aulas individuais de instrumentos de sopros (trompete, clarinete, flauta transversal, saxofone alto/tenor, bombardino, trombone e tuba) e ensaios coletivos. Além disso, conta com Coral In fant i l ( for mado p or 80 crianças), Coral Infanto juvenil (40 crianças e adolescentes), Orquestra de Sopros Infantil (40 crianças), Orquestra de Sopros Jovem (20 adolescentes) e Banda Marcial (36 crianças e adolescentes).

E m m a r ç o , o P r o j e t o Musicalizando ganha duas novas atividades. A primeira delas é o curso de piano erudito para 5 crianças; e a segunda trata-se o estudo em grupo para os participantes da Orquestra Jovem p or meio de au las

Musicalizando ultrapassa fronteiras

de Música de Câmara, com formação de trios, quartetos o u q u i n t e t o s , q u e s e r ã o acompanhados em arranjos própr ios ao pi ano. D est a forma, serão oferecidas mais possibilidades de apresentações públicas aos músicos do projeto.

Além dos matriculados, em 2012 o Musicalizando contará com cinco professores de instrumentos de sopros, um

professor de piano; um professor de teor ia e musica l ização infantil; um regente para os Corais; um regente para as Orquestras e um instrutor para a Banda Marcial.

Em 2011, o projeto cumpriu extensa agenda de apresentações na cidade de Botucatu, em São Paulo capital e em cidades do estado de Minas Gerais. Destaque para os seguintes

eventos:• 2 8 / 0 5 - Te a t r o

Gino Carbonari: Concerto beneficente promovido pelo Rotary Clube – Botucatu/SP• 28 a 30 /05 – “ IX

GRANFINALE - Fes t iva lNacional de Corais”: Encontro de 12 corais Infantis e Juvenis selecionados de todo o Brasil, que se reúnem para apresentarem o mesmo repertório. Efetuaram

02 ensaios e se apresentaram no Memorial da América Latina, sob a regência dos grandes maestros americanos: Dr. Henry Leck e Dr. Tim Brimmer – São Paulo/SP• 25 a 28/08 - Festival

InternacionaldeCorais“CantaBrasil” - São Lourenço/MG• 03/11 – Encontro de

Corais“MadrigalMusicanto”: p a r t i c i p a ç ã o d o C o r o Contemporâneo de Campinas-Unicamp e Coro de Câmara da Unesp – Itajubá/MG• 2 6 / 1 1 – Te a t r o

Gino Carbonari: Concerto beneficente promovido pelo Rotary Clube – Botucatu/SP • 01e02/12–Largoda

Catedral: Natal Reluz. Além dos Corais e da Orquestra, o Coral Infanto juvenil cantou com a Orquestra Sinfônica Municipal – Botucatu/SP• 18/12-SalaSãoPaulo:

Apresentação com Orquestra Bachiana Filarmônica-SESI regida pelo Maestro João Carlos Martins – São Paulo/SP

Para o ano de 2012 a previsão é de aumento no número de apresentações, motivando o Musicalizando a desenvolver cada vez mais a capacidade artística e musical das crianças e adolescentes, deixando pautado dessa forma a razão pela qual a iniciativa foi beneficiada pelo Ponto de Cultura.

Coral Juvenil com o Maestro João Carlos Martins na Sala São Paulo

Natal Reluz - Coral InfantilApresentação do Coral Juvenil na Sala São Paulo

Ano I - nº01

6

A Associação do Bem Estar (Abem) foi fundada em 03 de janeiro de 2005, com o intuito de desenvolver dois projetos sociais, o Integrar e o Renovar. Os programas atendem a comunidade da região leste do município, de faixas etárias distintas.

O Projeto Integrar atende crianças de famílias de baixa renda com idades entre 7 e 16 anos, visando preencher o tempo ocioso dos jovens fora do período escolar. O programa tem c o m o o b j e t i v o d e s e n v o l v e r h a b i l i d a d e s m o t o r a s p o r meio da prática r e g u l a r d e exercícios físicos; d e s e n v o l v e r habilidades físicas u t i l i z a n d o o futsal, basquete, handebol, voleibol, queimada e tênis de mesa; despertar vocações e desenvolver aptidões para música, artes e literatura; criar oportunidade de participar em palestras educativas nas áreas da saúde, educação, cidadania, cultura, entre outras; proporcionar a integração e inserção social das crianças; oferecer atividades de lazer e recreação, e disponibilizar a oportunidade de crescimento físico, mental e social.

Abem oferece atividades para jovens e adultos

Contação de História estimula a leitura

A Abem disponibiliza para a comunidade a Biblioteca Amiga. Em 2010, eram mais de 3100 livros, além da parceria com a Editora Abril, de quem recebe doações de 70 títulos de revista a cada três meses. O objetivo principal da associação

é desenvolver o hábito da leitura. As at ividades acontecem

diariamente no horário das 10h00 às 11h00 e no período da tarde 16h00 às 17h00. As oficinas disponibilizadas são: Era uma vez, em que são contadas histórias para crianças

As at ividades acontecem de segunda a sexta-feira, nos períodos diurno, vespertino e noturno. Para se inscrever os candidatos precisam ter entre 07 e 16 anos; renda per capita de até um salário mínimo (soma renda de todos que trabalham na casa e divide pelo nº de moradores) e podem ser filhos de empregados da Moldimix. É necessário levar uma cópia dos seguintes documentos: comprovante de renda (todos

qu e t r ab a l h am n a c a s a ) ; comprovante de residência (conta d e l u z , á g u a , etc); certidão de casamento (pais); c e r t i d ã o d e nascimento; CPF / RG (responsável) e d e c l a r a ç ã o escolar.

Já o P r o j e t o Renovar surgiu para oferecer a

população da terceira idade, a oportunidade de praticar r e g u l a r m e n t e e x e r c í c i o s físicos, aspirando à prevenção e tratamento de disfunções d e g e n e r a t i v a s c o m o , hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, artrose, entre outras. Também dentro do projeto os adultos participam de atividades culturais e palestras educativas.

O programa oferece também

por meio do teatro, e Memória, que tem como foco estimular a memória da comunidade da terceira idade.

A população conta ainda com o empréstimo de livros, roda de leitura, produção de textos e dinâmicas sobre leitura.

tratamento de f is ioterapia para os sintomas relacionados às disfunções acima citadas; promove a inserção socia l de trabalhos comunitários; disponibiliza a participação

t r a b a l h o s d e h a b i l i d a d e s m a n u a i s e m a r t e s a n a t o , costura, pintura, entre outras. Para se inscrever é preciso ter entre 60 e 75 anos; renda per capita de até um salário mínimo (soma renda de todos que trabalham na casa e divide pelo nº de moradores) e é necessário fazer uma avaliação médica, física e social. Também é necessário levar os seguintes documentos: comprovante de renda (todos que trabalham na casa) ; comprovante de residência (conta de luz, água, etc); certidão de casamento; certidão óbito; CPF / RG e certidão de nascimento (filhos e outros que morem casa).

A Abem está localizada na rua Henrique Reis, n° 405 - bairro Vila Maria, em Botucatu. Para mais informações acesse o nosso site: www.abembotucatu.com.br ou pelo telefone (14) 3814-0441.

em palestras educativas de diversas áreas como saúde, educação, cidadania e cultura; promove lazer e integração por meio de atividades lúdicas, jogos e eventos e desenvolve

Osprogramas atendem a

comunidade da regiãoleste do

município”

“Alunos acompanham oficina de leitura

Distração e criação nas atividades da Abem

Arte educador auxilia no estimulo a leitura

Ano I - nº01

7

O Ponto de Cultura Abayomi, foi contemplado com verba do governo federal, por meio de convênio celebrado com a Secretaria Municipal de Cultura de Botucatu. Abayomi, do dialeto africano iorubá, significa aquele que traz felicidade ou alegria. (abay=encontro e omi=precioso), acontece na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Botucatu (Apae), e nasce do encontro entre a música e a dança que pesquisam a nossa cultura popular brasileira.

Em 2004, o professor de música André Carino, foi convidado pela Associação de Botucatu para a formação de um grupo intitulado Bate-Latas. A intenção do projeto era trabalhar a percussão como instrumento de percepção musical, ritmo e unidade de grupo para contribuir com o desenvolvimento mental e sensorial dos alunos.

A partir dessa iniciativa os alunos acabaram se aprimorando até formar uma fanfarra quando, com pouco tempo de ensaio, tornou-se destaque nas apresentações dos desfiles cívicos e outros eventos da cidade. Desde o início, a linha de apresentação da fanfarra foi

Abayomi investe emcultura inclusiva na cidade

baseada no resgate da cultura popular brasileira. Maracatu, c o c o, c i r a n d a , c a x a m b u , maculelê, são alguns dos ritmos trabalhados pela equipe. Os alunos assimilaram muito bem os ensinamentos e em pouco tempo 46 componentes integravam o grupo da fanfarra da Apae.

Com a formação de grupos menores tornou-se possível o aprendizado mais específico e elaborado dos ritmos, dando início a Oficina Ritmos Brasileiros. Com esta formação e o estudo de novas manifestações musicais, os alunos foram convidados a realizar apresentações em

Apae: transformandoa vida da comunidade

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Botucatu, foi criada em 1969 com o objetivo principal de promover a atenção integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla. Pela importância do trabalho que presta a sociedade, em todo o país, tem sido, progressivamente, reconhecida pela excelência em seu atendimento. Por meio de ações inovadoras, a associação busca a melhoria na qualidade de vida e autoestima de pessoas com deficiência, a garantia de seus direitos, sua inclusão no meio social e, consequentemente, a transformação da visão da sociedade em relação a essas pessoas.

A realização de diferentes at iv idades p oss ibi l i t am o desenvolvimento integral das pessoas, e a descoberta de potencialidades, que poderão se constituir em fator chave no processo de inclusão social e profissional. Essas ações também são de extrema importância para o desenvolvimento saudável, superação das l imitações , contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.

Os alunos da Apae recebem além de ensino pedagógico, apoio e uma equipe multidisciplinar constituída de médico, dentista, fonoaudióloga , ps icóloga , fisioterapeuta e assistente social.

diferentes eventos da cidade. Em 2010, com a iniciativa

voluntária da professora Ana Luiza Castanheira, eles também tiveram aulas de danças populares brasileiras, com a formação de algumas coreografias dos ritmos já desenvolvidos nas aulas de música como ciranda, forró e xaxado.

ResultadosEm 2011, foram atendidos 118

alunos nas oficinas de música e dança. O grupo Abayomi, formado por um núcleo menor de assistidos, concebeu um espetáculo, com maracatu, samba de roda, frevo, ciranda, coco, bumba meu boi, entre outros. Eles se apresentaram em diferentes eventos da cidade, em escolas, feiras e festas particulares.

Para 2012, o Ponto de Cultura Abayomi pretende ampliar o número de atendidos, dando continuidade a pesquisa de ritmos brasileiros para ampliar o repertório do espetáculo. Além disso, o grupo aprimorará o figurino, em um projeto que buscará envolver os pais nas atividades com apresentações itinerantes nos bairros onde a maioria dos alunos reside.Apresentação do grupo de percussão

Alunos da Apae participam de apresentação artística na própria instituição

Para contribuir

com odesenvolvi-

mento mental e sensorial dos alunos”

Ano I - nº01

8

Em 2012, o Ponto de Cultura Espaço dos Notívagos tem novas atividades em seu cronograma. Uma delas é a Oficina Ator e Treinamento, coordenada por Mimi Tortorella e Flávia Hiroki, ambas formadas em Artes Cênicas pela Unicamp. A oficina tem seu início previsto já para o primeiro semestre e pretende por meio do desenvolvimento das habilidades de prontidão, disponibilidade,

Espaço dos notívagos amplia atividades

concentração e das noções rítmicas e espaciais desenvolver o principal instrumento do ator: seu corpo.

Outra novidade para o ano é o número inédito de três Núcleos de Montagem, responsáveis pelos ensaios e apresentações de peças teatrais. As montagens devem estrear no segundo semestre, cada uma delas dirigida por uma dupla de coordenadores das atividades do Espaço dos Notívagos. Além

de Mimi Tortorella e Flávia Hiroki, também assumem a direção Gustavo Faria (Oficina de Interpretação), Erick de Barros (Núcleo de Improviso), Danilo Batista (Núcleo de Estética Teatral) e Robert Coelho (Coordenador geral). A criação de músicas, efeitos e ambiências sonoras, bem como a execução delas nas peças, ficará a cargo do Núcleo de Prática Musical e do Núcleo de Trilha Sonora, ambos coordenados por Henrique Rabadan. “Possivelmente o Núcleo de Vídeo, coordenado pelo Mariano Pikman, se envolverá com pelo menos uma das montagens. Já faz um tempo que estou interessado em experimentar a linguagem audiovisual em um espetáculo e neste ano, graças ao convênio do Ponto de Cultura, finalmente teremos um projetor de vídeo.”, revela Robert Coelho.

Com exceção das montagens, todas as oficinas do Espaço dos Notívagos são realizadas em ciclos semestrais com inscrições abertas nos meses de fevereiro e julho. Para conhecer mais sobre o trabalho do grupo acesse o blog www.notivagosburlescos.blogspot.com.

Uma santa não-canônica, um médium polêmico e um frei historiador com teorias controversas. Três personalidades ligadas à história de Botucatu levadas aos palcos para a discussão de um importante aspecto da humanidade, a fé. Neste ano os Notívagos Burlescos concluem sua trilogia com a publicação do livro “Ana Rosa, Mirabelli e Fidelis” por meio do Programa de Incentivo à Produção Atividade Artístico- Cultural (PIPA) da Secretaria Municipal de Cultura.

A “Trilogia da Fé” teve início em 2005 com a peça “Ana Rosa”, mostrando as várias versões sobre o crime passional ocorrido em 1885 e os milagres posteriormente atribuídos à vítima. Em 2008 foi a vez de “Mirabelli”, médium botucatuense que se tornou famoso mundialmente na primeira metade do século XX pelas discussões acerca da veracidade das diversas atividades paranormais que manifestava em suas sessões.

Notívagos conclui trilogia

Peça e curta representama região de Bauru

Dois trabalhos desenvolvidos no Ponto de Cultura Espaço dos Notívagos no decorrer de 2011, ganharam destaque e reconhecimento não apenas em Botucatu. O espetáculo “Fidélis” e o curta “Tabula Rasa” vão representar a região de Bauru nas modalidades teatro e vídeo, respectivamente, na fase Estadual do Mapa Cultural Paulista, prevista para acontecer neste primeiro semestre de 2012, na capital.

O espetáculo ‘Fidélis’, que conta as teorias do frei capuchinho sobre as Três Pedras e que teve apoio do Programa de Incentivo à Produção Artístico-Cultural (PIPA), venceu cinco peças apresentadas por grupos das cidades de Jaú, Bauru, Dois Córregos, Pirajuí e Boracéia.

Com narrativa diferenciada, elenco numeroso e trilha sonora ao vivo (executada pelo Núcleo de Trilha Sonora e Prática Musical) a peça recebeu na Fase Regional menções honrosas nos quesitos iluminação, direção, trilha sonora e sonoplastia.

O c u r t a “ Tabu l a R a s a”, desenvolvido como atividade prática do Núcleo de Vídeo, concorreu com “Simples Assim” da cidade de Pirajuí na Fase Regional realizada em Bariri e já pode ser visto no canal notivagosburlescos, do You Tube.

Independente do resultado final nas duas modalidades, os integrantes da Atnb consideram esta classificação uma importante conquista. “Chegar à fase estadual já é nossa maior vitória”, afirma Erick de Barros, ator da peça.

Estreando no ano passado, “Fidélis” trouxe toda mitologia elaborada pelo frei capuchinho em seus livros sobre a construção do Caminho do Peabiru.

Todas as peças foram criadas por meio de processos pedagógicos de oficinas, desde a pesquisa sobre as

biografias, passando pela criação de cenas até a montagem e ensaios dos espetáculos. Os textos dramáticos e o processo criativo da trilogia serão registrados na publicação do livro “Ana Rosa, Mirabelli e Fidélis”, marcando o final de uma jornada de sete anos.

Sumé, os astecas, na peça Fidelis

A peça Ana Rosa se apresentou em vários espaços entre 2006 e 2009

A cena “Dois Scargots e uma coca-cola” foi apresentada pela Oficina de Iniciação na conclusão das oficinas