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Praça da Harmonia Universal Jornal Ano I - Edição Especial dos 35 anos de Tai Chi aberto do mestre Woo em Brasília - Set/2009 Ano II, nº 3 - Edição trimestral, ago/set/out de 2010 Fraternidade, Saúde e Paz “O Being Tao deve se manter firme em seus objetivos de Fraternidade, Saúde e Paz” Entrevista com mestre Woo (Pág. 6) CONFIRA a primeira parte do “Being Tao – Uma descrição Simples”, trabalho do professor Aristein Woo que apresenta, de maneira acessível, a prática e o fundamento teórico do Being Tao, conforme desenvolvido pelo Mestre Moo-Shong Woo na Praça da Harmonia Universal, em Brasília (Pág. 7) . OS ORIENTADORES: Entrevista com o professor Antonio Pereira, orientador da prática das quintas-feiras (Pág.8) Arq ASSOCIAÇÃO BEING TAO TEM NOVA DIRETORIA (Pág. 2) CLÁSSICOS DO TAOÍSMO – Nesta edição, o professor Hildo Honório do Couto dá início a uma série de artigos sobre as principais obras dos mestres do Taoísmo (Pág. 6) POR QUE PRATICAMOS TAI CHI – Depoimentos de praticantes da PHU (Pág. 05) PRAÇA COMEMORA 6 ANOS DE PRÁTICA NO HORÁRIO DAS 07h30 (Pág. 3) China 2011 Taijiquan em Chengiagou com Chen Xiaowang Meditação em Louguantai com Jan Silberstoff e ainda: Beijing, Shaolin, Huashan, Xian e Shangai. Inscrições abertas. Saiba mais na página 4 Fotos: Antonio Prates

Jornal Praça da Harmonia Universal - phu.org.br · posição de todos os colegas da PHU, para troca de idéias, esclarecimentos, ... amizade, a harmonia, união˜ e a coo-peração

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Semana Brasil-China homenageia 35 anos de Tai Chi e 60 anos da República da China

A Praça está em festa

Praça da Harmonia Universal

Jornal

Semana Brasil-China Confira a programação completa(Pág.2)

Entrevista Mestre Woo fala sobre Being Tao(Pág. 3)

Porque praticar Taiji ? Artigo do prof. Siegfried Elsner(Pág. 5)

Fraternidade, Saúde e PazArtigo do prof. Hildo do Couto(Pág. 5)

Ano I - Edição Especial dos 35 anos de Tai Chi aberto do mestre Woo em Brasília - Set/2009Ano II, nº 3 - Edição trimestral, ago/set/out de 2010 Fraternidade, Saúde e Paz

“O Being Tao deve se manter � rme em seus objetivos de Fraternidade, Saúde e Paz” Entrevista com mestre Woo (Pág. 6)

CONFIRA a primeira parte do “Being Tao – Uma descrição Simples”, trabalho do professor Aristein Woo que apresenta, de maneira acessível, a prática e o fundamento teórico do Being Tao, conforme desenvolvido pelo Mestre Moo-Shong Woo na Praça da Harmonia Universal, em Brasília (Pág. 7).

OS ORIENTADORES: Entrevista com o professor Antonio Pereira, orientador da prática das

quintas-feiras (Pág.8)

Arquivo ABT

ASSOCIAÇÃO BEING TAO TEM NOVA DIRETORIA (Pág. 2)

CLÁSSICOS DO TAOÍSMO – Nesta edição, o professor Hildo Honório do Couto dá início a uma série de artigos sobre as principais obras dos mestres do Taoísmo (Pág. 6)

POR QUE PRATICAMOS TAI CHI – Depoimentos de praticantes da PHU (Pág. 05)

PRAÇA COMEMORA 6 ANOS DE PRÁTICA NO HORÁRIO DAS 07h30 (Pág. 3)

China 2011Taijiquan em Chengiagou com Chen XiaowangMeditação em Louguantai com Jan Silbersto�

e ainda:Beijing, Shaolin, Huashan, Xian e Shangai.

Inscrições abertas. Saiba mais na página 4

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Praça da Harmonia Universal2

Para comemorar os “35 Anos de Tai Chi Aberto em Brasília - Mestre Woo”, os “60 Anos da Proclamação da República Popular da China”, os “50 Anos de Brasília e o “Dia da Natureza”, a Embaixada da República Popular da China e a Associação BeingTao/ACBC realizarão de 27 de Setembro a 04 de Outubro/2009 a Semana Brasil-China, na Praça da Harmonia Universal EQN 104/105 - Brasília.

Durante a semana, diversas ativi-dades sócio-culturais serão realizadas, com exibição de filmes e documentários chineses; exposição de fotos sobre civi-lização chinesa, multimídia de ideogra-mas chineses, apresentações artísticas e práticas orientais para a Paz; Orquestra ArtBrasília-EMB, Coral da Fenabb/Aabb, e Coral Alegria.

Para o conselheiro cultural da embaixada da China, Shu Jin Ping, esta é uma oportunidade especial de se divulgar a cultura chinesa: “Para nós, chineses, os 60 anos completam um grande ciclo, já que dividimos cada ciclo em 12 anos. E é através da cultura que se pode conhecer melhor um outro povo e ficamos felizes de comemorar este ciclo da República da China com os 35 anos de prática do Tai Chi na Praça da Harmonia Universal”, afirmou.

Entusiasmo Desde 1974, o médico e Cidadão

Honorário de Brasília, o doutor Moo Shong Woo, popularmente conhecido como Mestre Woo, 78 anos, dedica cada uma de suas manhãs a ensinar brasileiros e estrangeiros residentes em Brasília a comungar exercícios físicos, meditação e evolução espiritual.

Após 33 anos de atuação ininter-rupta no espaço verde localizado entre as superquadras 104 e 105 da Asa Norte de Brasília, Dr. Moo Shong Woo obteve do governo do Distrito Federal a confirmação do nome oficial do local como Praça da Harmonia Univer-sal (Lei 3.951, de 16.01.2007). Esse “batismo” significou o reconhecimento oficial do local dedicado ao trabalho em favor do equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

A cada dia, o que se presencia é um grande entusiasmo e participação da co-munidade do Distrito Federal, com um número cada vez maior de praticantes, na Praça da Harmonia Universal que conta, atualmente, com mais de 20 facilitadores voluntários atuando em diversos horários, em diferentes locais de Brasília. Vários Postos de Saúde do DF também desenvolvem as práticas diárias e gratuitas de Tai Chi.

27/09- Domingo, na Praça da Har-monia Universal (EQN 104/105): • de 6h às 7h - prática tradicional do Tai Chi, Chi Kung, Meditação, Automassagem e Energização Solar; • de 10h às 15h: -Abertura oficial com a presença das autoridades; -Exposição fotográfica sobre a China: Paisagens, Vida do Povo, Modernidade, entre outras; - Salto de Paraquedas;- Apresenta-ções de danças e músicas orientais;- Coral da FENABB/AABB; - Orquestra ArtBrasília da Escola de Música de Brasília; - Práticas e demonstrações conjun-tas do Tai Chi em diversos estilos e apresentação das artes marciais para a paz; - Lançamento do livro “Tai Chi a Saúde do Ser”, de José Milton; - Homenagem das crianças à PHU, simbolizando as futuras gerações; - Sorteio de brindes; - Palestra sobre a cultura chinesa. De 28/09 a 02/10( segunda a sexta-feira ), sempre às 20 horas, na Escola Classe da 104 norte, serão exibidos filmes e documentários chineses. A entrada é franca. 04/10- Domingo, a partir das 7h30, será comemorado o Dia da Natu-reza e uma Homenagem aos 50 anos de Brasília, na Praça da Har-monia Universal.

Associação Being Tao e Embaixada da China se unem para comemorar 35 anos de Tai Chi na praça e 60 anos da revolução chinesa

Semana Brasil-China Programação Semana Brasil-China

O mestre, orientadores e praticantes confraternizam no Dia Mundial do Tai Chi

Expediente: o jornal Praça da Harmonia Universal é uma publicação bimestral, idealizada pelos praticantes de Tai Chi, discípulos do mestre Woo.Jornalista responsável: Antônio R. Prates (Reg. Prof. 3590/DF)Reportagem: Ana Paula OliveiraColaboraram neste número: Teresinha Pereira, Hildo do Couto, Aristein Woo, Ivanise Morais, Siegfried Elsner, Karen Smidt, Edna Carneiro e Eutenir BragaEditoração: Alô Comunicação / Rodrigo OliveiraImpressão: Gráfica CharbelTiragem: 2.000 exemplares

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ABT tem nova diretoria

6º ANO DE PRÁTICA NO HORÁRIO DAS 7h30

A Associação Being Tao elegeu nova diretoria no último dia 13 de junho para um mandato

de dois anos. A equipe ficou composta pelos seguintes nomes: Maria Ivanise de Oliveira Morais, diretora-presiden-te; Aristein  Tai Shyn Woo, diretor-pre-sidente suplente; Maria Tereza Ferreira Lima Vicente, diretora Administrativa e Elisabete Alves Vieira, suplente; di-retora de Comunicação, Maria  Eutenir Braga e Clarice Pereira Brito, suplente; diretor financeiro, Alexandre Rui Bara-lho Bianco, e Maria Terezinha Santos

E stamos comemorando nesse mês de outubro os 36 anos do trabalho ines-

timável de Mestre Woo na Praça da Harmonia Universal. Neste pe-ríodo, milhares de pessoas entra-ram em contato com a prática do Tai Chi e enriqueceram sua visão de mundo com os princípios do Being Tao, de Fraternidade, Saúde e Paz. Assim, o JPHU, com o obje-tivo de divulgar as atividades da Praça para um público cada vez maior, traz neste número, com muita satisfação, uma entrevista com o próprio Mestre. Publica-mos ainda depoimentos e artigos de praticantes, com informações que podem ajudar o leitor a co-nhecer mais a fundo os princípios do Taoísmo e os benefícios da prá-tica cotidiana do Tai Chi Chuan. Boa leitura

Antonio Prates

Cerca de 62 pessoas parti-ciparam da aula especial de   Mestre Woo, incluindo

Mestre Dada Inocalla, o atleta e pro-fessor Anibal Ribeiro Oliva, da Secre-taria de Educação,  representante do Deputado Willima Woo, , a vice-pre-feita da SQN 104,  diversos facilitado-res -Bete, Antonio, Hildo, Siegfried, Marcus Evandro, Edimilson, Iara – os quais   foram homenageados   com  kits do MMA.

Durante a atividade Pró Natu-reza, desenvolvida pela senhora Mi-ralda Araújo,   assessora do Ministério do Meio Ambiente, houve a  apresentação e  sensibilização da campanha “Saco é um Saco”. Foram  distribuídos brindes ofere-cidos pelo MMA, como   canetas, sacolas ecológicas,   squeeze, vídeos, ventarolas, pen-drive.   Foram distribuídos, também, arranjos � orais orientais.

O mestre Woo encerrou a comemora-ção com as seguintes palavras, anotadas pela praticante do grupo, Maria Nilva:

“O Tai Chi Chuan  leva seus praticantes a se assegurarem de muita saúde física, mental e espiritual, pois nos garante um equilíbrio interior que redunda em harmo-nia consigo mesmo e com o outro. Embora seja uma prática baseada em exercícios de arte marcial, e transpareça uma “luta” com

um adversário, seu resultado � nal é nos levar à união. Mesmo quando exercitado em du-pla, traz a idéia de união, pois não leva seus praticantes a “brigar” com o outro, mas, sim, a se unir ao outro numa postura de melho-ria conjunta. O Tai Chi é agregação porque nos leva a compreender as polaridades yin e yang (energia positiva e negativa) existentes dentro e fora de nós, as quais, muito embo-ra sejam contrárias entre si, somam-se para assegurar a manifestação do Todo, do Uno, da perfeição. Essa união e harmonia trazidas pela prática do Tai Chi � cam demonstradas muito além de nós mesmos, porque se ex-terioriza nas relações com familiares e ami-gos, alcançando o cuidado que passamos a ter para com o Planeta Terra - nossa casa que Deus, Pai de todos nós, nos deu.”

Editorial

Meira, suplente; diretora Social, Clé-sia Isaura da Silva Reis, e Ana Maria de Mesquita, suplente.

“Nossa equipe está à inteira dis-posição de todos os colegas da PHU, para troca de idéias, esclarecimentos, sugestões e outros, para que possa-mos desenvolver um trabalho, com o propósito de somar e multiplicar a amizade, a harmonia, união  e a coo-peração leal e sincera de todos e, as-sim, atingirmos o objetivo maior que é a expansão do Tai Chi e da PHU”, afir-mou a nova diretora-presidente.

Expediente

O Jornal Praça da Harmonia Universal é uma publicação trimestral, idealizada pelos praticantes de Tai Chi, discípulos do mestre Woo.

Jornalista responsável: Antônio R. Prates (Reg. Prof. 3590/DF)

Colaboraram neste número: Teresinha Pereira, Hildo do Couto, Aristein Woo, Ivanise Morais, Siegfried Elsner, Karen Smidt, Edna Carneiro, José Milton Oliveira, Edimilson Júnior, Maria Nilva, Elias Fajardo e Eutenir Braga

Editoração: Wagner Ulisses / Liberdade de Expressão

Impressão: Grá� ca Charbel

Tiragem: 3.000 exemplares

Site: www.phu.org.br

Impresso em papel reciclado. Distribuição gratuíta.

Teresinha Pereira

I ching | Hildo Honório do Couto I ching Clássicos do Taoísmo

Apartir do presente número de nos-so jornal, vamos falar das principais obras taoístas nesta seção. São elas

o Tao te ching, de Lao Tzu, Chuang Tzu, Lie Tzu e Huai Nan Tzu. É bom partir do I ching, uma vez que, além de ser o livro mais antigo da humanidade, nele podemos encontrar o germe das duas principais vertentes da filo-sofia chinesa, o confucianismo e o taoísmo.

Ele tem sido uma fonte de consultas para se obterem respostas a questões que inquietam as pessoas. É um oráculo. Sua simbologia consta inicialmente de linhas segmentadas, yin (-- --), e sólidas, yang (----), formadas observando-se o lado escuro (yin) e o claro (yang) da montanha, este úl-timo o lado do sol. Aliás, de acordo com a filosofia chinesa, tudo no mundo tem um lado yin e um lado yang. O lendário rei Fu Xi teria combinado essas linhas no que veio a ser chamado por James Legge de trigra-ma (kua), mediante a adição de linhas uma acima da outra. A linha de baixo está para a terra, que é yin; a de cima, para o céu, que é yang. No meio das duas estão os humanos. Isso constitui a trindade clássica do pensa-mento chinês. Como se enfatiza no tai chi

chuan, por exemplo, nós somos a ligação entre a terra e o céu, uma vez que nossos pés estão firmemente ligados à superfície da primeira e nossa cabeça direcionada para o segundo. Algo semelhante se dá com as árvores, que têm as raízes na terra e as folhas voltadas para o céu. Todo trigra-ma tem um significado e um nome. O tri-grama 1, constituído inteiramente de linhas yang, é chamado de chien (céu), ou criati-vo, e está associado ao pai. O de número 8, constituído só de linhas yin, é chamado de kun (terra), ou receptivo, e está associado à mãe. Segundo a tradição, o próprio Fu Xi teria combinado os trigramas, de dois em dois, formando 64 hexagramas, termo tam-bém de Legge. Os dois primeiros hexagra-mas, ch’ien e k’un, resultam simplesmente da duplicação dos trigramas homônimos, o que significa que têm aproximadamente as mesmas características que eles. O fato é que todas as combinações possíveis entram em ação para dar os 64 hexagramas.

No interior do hexagrama também há estruturação. Por exemplo, o trigrama de baixo é chamado de trigrama interior; o de cima, exterior. As posições ímpares são yang,

ao passo que as pares são yin, independen-temente de a linha que as preenche ser yin (--- ---) ou yang (------). Além do mais, o he-xagrama deve ser construído na direção da terra para o céu, ou seja, de baixo para cima. Tudo isso e muito mais é importante na hora de se consultar o oráculo, assunto para o qual não há espaço suficiente aqui.

O que me interessa pessoalmente é a filosofia implícita nesta obra milenar. De início, notamos que ela parte de uma vi-são do todo (holismo) da natureza então conhecida. Nesse contexto, ela vê uma re-lação harmoniosa entre os componentes desse todo. Além do mais, tudo está sem-pre mudando e criando novas configura-ções. Se quisermos viver bem, devemos obedecer às leis da natureza, tentando nos adaptar às situações, assim como faz a água, que nunca tenta vencer um obstá-culo. Se há uma pedra, ela a contorna. Se há um buraco, ela começa a enchê-lo, até poder continuar seu caminho.

A mudança é tão importante que está no próprio nome do I ching, em que I sig-nifica justamente mudança. Só que mu-dança cíclica, não como a evolução linear típica de cosmovisão ocidental. Isso está muito bem representado no símbolo do yin-yang, também conhecido como sím-bolo do tai chi (tai ji). Aliás, o conceito de yin-yang (além do de tao), surgiu precisa-mente no contexto do I ching.

Praça da Harmonia Universal2

Para comemorar os “35 Anos de Tai Chi Aberto em Brasília - Mestre Woo”, os “60 Anos da Proclamação da República Popular da China”, os “50 Anos de Brasília e o “Dia da Natureza”, a Embaixada da República Popular da China e a Associação BeingTao/ACBC realizarão de 27 de Setembro a 04 de Outubro/2009 a Semana Brasil-China, na Praça da Harmonia Universal EQN 104/105 - Brasília.

Durante a semana, diversas ativi-dades sócio-culturais serão realizadas, com exibição de filmes e documentários chineses; exposição de fotos sobre civi-lização chinesa, multimídia de ideogra-mas chineses, apresentações artísticas e práticas orientais para a Paz; Orquestra ArtBrasília-EMB, Coral da Fenabb/Aabb, e Coral Alegria.

Para o conselheiro cultural da embaixada da China, Shu Jin Ping, esta é uma oportunidade especial de se divulgar a cultura chinesa: “Para nós, chineses, os 60 anos completam um grande ciclo, já que dividimos cada ciclo em 12 anos. E é através da cultura que se pode conhecer melhor um outro povo e ficamos felizes de comemorar este ciclo da República da China com os 35 anos de prática do Tai Chi na Praça da Harmonia Universal”, afirmou.

Entusiasmo Desde 1974, o médico e Cidadão

Honorário de Brasília, o doutor Moo Shong Woo, popularmente conhecido como Mestre Woo, 78 anos, dedica cada uma de suas manhãs a ensinar brasileiros e estrangeiros residentes em Brasília a comungar exercícios físicos, meditação e evolução espiritual.

Após 33 anos de atuação ininter-rupta no espaço verde localizado entre as superquadras 104 e 105 da Asa Norte de Brasília, Dr. Moo Shong Woo obteve do governo do Distrito Federal a confirmação do nome oficial do local como Praça da Harmonia Univer-sal (Lei 3.951, de 16.01.2007). Esse “batismo” significou o reconhecimento oficial do local dedicado ao trabalho em favor do equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

A cada dia, o que se presencia é um grande entusiasmo e participação da co-munidade do Distrito Federal, com um número cada vez maior de praticantes, na Praça da Harmonia Universal que conta, atualmente, com mais de 20 facilitadores voluntários atuando em diversos horários, em diferentes locais de Brasília. Vários Postos de Saúde do DF também desenvolvem as práticas diárias e gratuitas de Tai Chi.

27/09- Domingo, na Praça da Har-monia Universal (EQN 104/105): • de 6h às 7h - prática tradicional do Tai Chi, Chi Kung, Meditação, Automassagem e Energização Solar; • de 10h às 15h: -Abertura oficial com a presença das autoridades; -Exposição fotográfica sobre a China: Paisagens, Vida do Povo, Modernidade, entre outras; - Salto de Paraquedas;- Apresenta-ções de danças e músicas orientais;- Coral da FENABB/AABB; - Orquestra ArtBrasília da Escola de Música de Brasília; - Práticas e demonstrações conjun-tas do Tai Chi em diversos estilos e apresentação das artes marciais para a paz; - Lançamento do livro “Tai Chi a Saúde do Ser”, de José Milton; - Homenagem das crianças à PHU, simbolizando as futuras gerações; - Sorteio de brindes; - Palestra sobre a cultura chinesa. De 28/09 a 02/10( segunda a sexta-feira ), sempre às 20 horas, na Escola Classe da 104 norte, serão exibidos filmes e documentários chineses. A entrada é franca. 04/10- Domingo, a partir das 7h30, será comemorado o Dia da Natu-reza e uma Homenagem aos 50 anos de Brasília, na Praça da Har-monia Universal.

Associação Being Tao e Embaixada da China se unem para comemorar 35 anos de Tai Chi na praça e 60 anos da revolução chinesa

Semana Brasil-China Programação Semana Brasil-China

O mestre, orientadores e praticantes confraternizam no Dia Mundial do Tai Chi

Expediente: o jornal Praça da Harmonia Universal é uma publicação bimestral, idealizada pelos praticantes de Tai Chi, discípulos do mestre Woo.Jornalista responsável: Antônio R. Prates (Reg. Prof. 3590/DF)Reportagem: Ana Paula OliveiraColaboraram neste número: Teresinha Pereira, Hildo do Couto, Aristein Woo, Ivanise Morais, Siegfried Elsner, Karen Smidt, Edna Carneiro e Eutenir BragaEditoração: Alô Comunicação / Rodrigo OliveiraImpressão: Gráfica CharbelTiragem: 2.000 exemplares

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Caminhos imprevisíveis levam ao Tai ChiElias Fajardo

Na década de 80 me aproximei do tai chi chuan. Comecei com

Mestre Hu no Aterro do Flamen-go, no Rio de Janeiro. De ma-nhãzinha, algumas vezes meu � lho Gabriel me acompanhava e brincava enquanto fazíamos as práticas. Um dia a roda do car-rinho do Gabriel caiu no bueiro. Alguns colegas se ofereceram para tirar e tentaram inutilmente. Mestre Hu se aproximou e, com uma varinha e um leve toque, deslocou a pesada tampa de cimento: eis a roda de volta!

O tai chi entra em nós por caminhos im-previsíveis.

Pratiquei alguns anos com Mestre Hu, Edson Marcio, Mário e Eduardo, jovens mes-tres brasileiros formados por ele. Com gran-

de di� culdade aprendi a sequ-ência chamada pequena e me iniciei na grande. Aprendi uma sequência de espada e um início do sabre. A cada acerto corres-pondia um desacerto e a repe-tição in� nita dos movimentos moldava algo dentro de mim.

O escoar do tempo e a pre-guiça me levaram para longe do tai chi.

Em 2010 estou em Brasília por três meses. No caminho do trabalho, um endereço surpre-endente: Asa Norte 105, Praça da Harmonia Celestial. Fui recebido por Mestre Woo e seus discípulos com simpatia e afeto. Não reencon-trei o tai chi: ele me encontrou. Nas manhãs transparentes e nas tardes em que o céu nos invade corpo e alma, me emociono ao ouvir de novo: “a garça branca abre suas asas”.

DepoimentosComemoração

O caminho nos presenteia continuamenteEdimilson Jr

Quando me mudei para Brasília vim morar per-to da Praça da Harmo-

nia Universal. Logo descobri, em minhas corridas matinais, um grupo de pessoas que fa-ziam o Tai Chi antes do nascer do sol. Foi uma agradável sur-presa, pois há tempos buscava, sem sucesso, praticar esta arte milenar chinesa. Até então o que me atraía nela eram os movimentos harmoniosos e leves que eu via: parece com os do Kung Fu, pensei, mas são mais suaves e sem pressa. Deduzi, ainda, pela sua forma de movimentação, que sua prática deveria fazer bem não apenas ao corpo e a mente, mas também ao espírito, uma vez que seria necessária muita paciência e perseverança para buscar a essência do Tai Chi e transpor os limites daquilo que os olhos viam.

Inevitavelmente me uni ao grupo de prati-cantes, conheci  as pessoas , comecei a frequen-

tar a praça e isso me motivou a con-tinuar a pesquisa em outros lugares e cursos. Veri� quei, assim, com os anos, que minha suposição inicial estava certa, uma vez que as pos-sibilidades do Tai Chi são inúmeras: promove a saúde, gera mecanis-mo de defesa contra sentimentos nocivos, permite o convívio com pessoas que buscam essa fonte de energia que encontra-se em nosso

interior, a prática da meditação, a observação da natureza e a interação entre os diversos elementos naturais ...

Ainda continuo um iniciante na prática do Tai Chi e por estar desfrutando os be-nefícios que o caminho da prática do Tai Chi continuamente me presenteia, espe-ro que essa praça se torne pequena para abrigar tantos praticantes quanto imagino ser possível e continue fornecendo, altruis-ticamente aos que buscam, saúde, tranqui-lidade e equilíbrio.

36 anos de Tai Chi na PraçaEutenir Braga

Domingo é dia de comemorar os 36 anos da prática gratuita de Tai Chi Chuan na Praça da Harmonia

Universal - EQN 104/105, iniciativa da As-sociação Being Tao (ABT).

A partir das 08h, uma cerimônia ecu-mênica realizada pelo Templo Shin Bu-dista de Brasília e pela Igreja Messiânica Mundial do Brasil abre as comemora-ções, que incluem o Dia da Natureza e o Dia da Criança.

Apresentações como as dos tambo-res japoneses, danças e artes marciais, como kung fu, karatê, aikidô e capoei-ra, fazem parte da programação, além do Tai Chi Chuan, que será exibido em várias modalidades, incluindo o leque, o sabre e a espada.

Em paralelo, acontece uma feira de ar-tesanato com produtos da comunidade, comidas típicas japonesas, o� cinas de Tai Chi Chuan 13 e 24 movimentos, sorteio de brindes e muita diversão para a criançada, com brinquedos ao ar livre.

O Tai Chi na Praça da Harmonia Uni-versal é resultado da iniciativa do Grão Mestre Dr. Moo Shong Woo, atualmente presidente do Conselho Cultural da ABT.

Mestre confraterniza com orientadores, praticantes e convidados na Praça da Harmonia Universal.

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Praça da Harmonia Universal 5

TAI CHI CHUAN, SAÚDE E LONGEVIDADEGustavo Volker Luedemann*Discípulo de Mestre Woo há vinte anos, o psicólogo Gustavo Volker Luedemann, cria-dor da Teoria Psicoenergética, emocionou a platéia de um café da manhã comunitário promovido pela ABT ao dar seu testemunho sobre os benefícios da prática do Tai Chi. A pedido do JPHU, ele escreveu o seguinte texto:

Oavanço tecnológico dos últimos cem anos criou hábitos de vida voltados para crescente sedentarismo. O corpo huma-

no evoluiu durante milênios para se movimentar, à procura de alimentos, proteção e defesa.

A súbita mudança de hábitos e de necessida-des, voltados cada vez menos para a movimen-tação do corpo, vem contribuindo para o surgi-mento de inúmeros problemas de saúde.

O velho sábio chinês, Lao Tsu, já dizia, há seis-centos anos antes de Cristo, que o ser humano nasce � exível e vai endurecendo, gradativamen-te, até a rigidez da morte. A � loso� a taoista nos traz, nas palavras do seu maior mestre, um im-portante ensinamento, capaz de reverter a assus-tadora epidemia de hipertensão, de diabetes, de obesidade, de problemas de coluna e tantos ou-tros desequilíbrios de saúde dos nossos dias. Um dos instrumentos mais e� cazes para a obtenção desse objetivo é o Tai Chi Chuan.

Essência da tradicional arte marcial chine-sa, o Tai Chi Chuan se desenvolveu, há milhares de anos, na China, como meio de proteção do povo, contra assaltos e outras formas de vio-lência, que as autoridades públicas não tinham condições de coibir.

Mestres de arte marcial e médicos tradicio-nais chineses passaram a perceber que a prá-tica continuada do Tai Chi Chuan proporcio-nava, aos seus praticantes, mais � exibilidade do corpo, mais energia, saúde e longevidade. Assim, com o passar do tempo, essa prática passou a ser mais procurada com o objetivo de alcançar esses benefícios do que a defesa pessoal que lhe deu origem.

O autor deste texto é testemunho vivo dos benefícios da prática do Tai Chi Chuan. Duran-te os cinquenta primeiros anos de sua vida, foi basicamente sedentário. Formou-se em direito, psicologia, mestrado em psicologia, acupuntu-ra e terapias alternativas, formação holística de base, pedagogia pro� ssionalizante - só ativi-dades intelectuais, além de intensa atividade pro� ssional. Seu corpo foi se ressentindo com a falta de atenção para ele: surgiram problemas de lombalgia e tendência para produção de cálculos renais. Desde os trinta e cinco anos de idade, passou a expelir um cálculo renal, cada dois anos, em média. A lombalgia, diagnosti-cada como espondilodiscartrose sacro-lombar, parecia ser, também, um problema inevitável

do envelhecimento. Inconformado, começou a praticar, concomitantemente, Tai Chi Chuan e meditação. Os benefícios foram imediatos. Os cálculos renais foram sendo expelidos, na maioria sem dor, sem que novos se formassem, e a lombalgia melhorou consideravelmente. Hoje, com setenta e um anos de idade, está mais saudável e sente-se mais jovem e com mais energia do que há trinta anos.

A formação jurídica assegurou, durante os primeiros anos de vida do autor, a sua sobrevi-vência e o seu sucesso pro� ssional. A mudan-ça de hábitos de vida e a empolgação com os resultados obtidos levaram-no a dedicar-se plenamente à promoção da saúde, traba-lhando como terapeuta e professor de Tai Chi Chuan, de meditação, automassagens e outras técnicas de melhoria da qualidade de vida. Pesquisas, experiências pessoais e o cotidiano contato e troca de idéias com o Mestre Moo Shong Woo, que também é médico tradicional chinês, levaram-no a pesquisar e promover há-bitos de vida essenciais para o desenvolvimen-to e a manutenção da saúde.

O movimento do corpo, como já foi dito, é condi-ção essencial para a saúde. Em primeiro lugar, aquele que assegure a sua flexibilidade e o adequado fluxo das energias vitais que fluem por ele. É o caso, por exemplo, do Tai Chi Chuan ou da Hatha Yoga. Exercí-cios aeróbicos complementam bem essa prática, para assegurar a eliminação de excessos alimentares, como, por exemplo, de colesterol, e as funções de transporte pelos dutos ocos e vasos do corpo, como os intestinos e os vasos sanguíneos e linfáticos.

Outro ingrediente essencial da boa saúde é a criação de hábitos alimentares adequados. Além da qualidade dos alimentos, quanto à sua produção (ausência de agrotóxicos e o mínimo possível de industrialização e re� no), convém combinar, em cada refeição, a propor-ção e a quantidade certa de proteínas, carboi-

dratos e ácidos graxos. O consumo de líquidos durante as refeições di� culta a digestão dos alimentos. É dispensável mencionar, en� m, o que todo mundo sabe (e não pratica) – evitar bebidas alcoólicas, fumo e outras drogas, que só agridem o organismo.

Para renovarmos continuamente a energia necessária ao funcionamento do corpo, neces-sitamos, também, assegurar a absorção de ar puro, pelos pulmões. Janelas abertas assegu-ram o arejamento do ambiente em que nos encontramos.

A Medicina Tradicional Chinesa ensina que somos um relógio biológico. Cada ór-gão e cada víscera têm seu fluxo energéti-co manifestando-se, mais intensamente, em horário determinado, todos os dias. Sempre que mudamos nossa hora de dormir e de co-mer, perturbamos o funcionamento normal desse relógio.

A saúde, no seu signi� cado mais amplo, depende, ainda, do desenvolvimento de mais três qualidades essenciais: a autoconsciência, a transcendência e a integração. Sem elas, o ser humano � ca sujeito a um sentimento de insa-tisfação, de que algo está faltando.

A autoconsciência, o “ conhece-te a ti mes-mo ” de Sócrates, diz respeito à consciência corporal (como nos equilibramos, como nos locomovemos, onde há encurtamentos mus-culares e couraças musculares, como respira-mos, etc.), emocional (que emoções atuam no nosso ser, consciente ou inconscientemente) e psíquica (como nos vemos e como somos vistos pelos outros, como organizamos nossos pensamentos, o que motiva nossas ações).

A transcendência é a busca da realização de todas as nossas potencialidades ainda não despertas. Embora estejam sempre além do re-alizável, é importante sentirmos que estamos trilhando o caminho dessa busca.

A integração é o envolvimento do nosso ser com o universo em que estamos inseri-dos. É a percepção do mundo que nos cerca, da relação, das conseqüências de nossos atos nesse mundo, do despertar da paz e harmo-nia interior, quando atuamos de forma pací� ca e harmônica em cada contexto. O despertar dessa consciência é, sem dúvida, a chave, para a solução dos problemas sociais e ambientais que ameaçam a sobrevivência da humanidade e de todo o nosso planeta. Nesse sentido mais amplo, podemos dizer que a saúde humana e o equilíbrio ambiental são duas facetas da mesma moeda.

Numa linda cerimônia ministrada por mestre Woo, na Loja Rosa Cruz, casaram-se dentro do ritual taoísta, na presença de muitos parentes e amigos, os nossos queridos Adria-no e Lia, praticantes de Tai Chi na Praça da Harmonia Universal. Longa vida ao casal e muitos votos de Fraternidade, Saúde e Paz.

CASAMENTO TAOÍSTATeresinha Pereira

Praça da Harmonia Universal2

Para comemorar os “35 Anos de Tai Chi Aberto em Brasília - Mestre Woo”, os “60 Anos da Proclamação da República Popular da China”, os “50 Anos de Brasília e o “Dia da Natureza”, a Embaixada da República Popular da China e a Associação BeingTao/ACBC realizarão de 27 de Setembro a 04 de Outubro/2009 a Semana Brasil-China, na Praça da Harmonia Universal EQN 104/105 - Brasília.

Durante a semana, diversas ativi-dades sócio-culturais serão realizadas, com exibição de filmes e documentários chineses; exposição de fotos sobre civi-lização chinesa, multimídia de ideogra-mas chineses, apresentações artísticas e práticas orientais para a Paz; Orquestra ArtBrasília-EMB, Coral da Fenabb/Aabb, e Coral Alegria.

Para o conselheiro cultural da embaixada da China, Shu Jin Ping, esta é uma oportunidade especial de se divulgar a cultura chinesa: “Para nós, chineses, os 60 anos completam um grande ciclo, já que dividimos cada ciclo em 12 anos. E é através da cultura que se pode conhecer melhor um outro povo e ficamos felizes de comemorar este ciclo da República da China com os 35 anos de prática do Tai Chi na Praça da Harmonia Universal”, afirmou.

Entusiasmo Desde 1974, o médico e Cidadão

Honorário de Brasília, o doutor Moo Shong Woo, popularmente conhecido como Mestre Woo, 78 anos, dedica cada uma de suas manhãs a ensinar brasileiros e estrangeiros residentes em Brasília a comungar exercícios físicos, meditação e evolução espiritual.

Após 33 anos de atuação ininter-rupta no espaço verde localizado entre as superquadras 104 e 105 da Asa Norte de Brasília, Dr. Moo Shong Woo obteve do governo do Distrito Federal a confirmação do nome oficial do local como Praça da Harmonia Univer-sal (Lei 3.951, de 16.01.2007). Esse “batismo” significou o reconhecimento oficial do local dedicado ao trabalho em favor do equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

A cada dia, o que se presencia é um grande entusiasmo e participação da co-munidade do Distrito Federal, com um número cada vez maior de praticantes, na Praça da Harmonia Universal que conta, atualmente, com mais de 20 facilitadores voluntários atuando em diversos horários, em diferentes locais de Brasília. Vários Postos de Saúde do DF também desenvolvem as práticas diárias e gratuitas de Tai Chi.

27/09- Domingo, na Praça da Har-monia Universal (EQN 104/105): • de 6h às 7h - prática tradicional do Tai Chi, Chi Kung, Meditação, Automassagem e Energização Solar; • de 10h às 15h: -Abertura oficial com a presença das autoridades; -Exposição fotográfica sobre a China: Paisagens, Vida do Povo, Modernidade, entre outras; - Salto de Paraquedas;- Apresenta-ções de danças e músicas orientais;- Coral da FENABB/AABB; - Orquestra ArtBrasília da Escola de Música de Brasília; - Práticas e demonstrações conjun-tas do Tai Chi em diversos estilos e apresentação das artes marciais para a paz; - Lançamento do livro “Tai Chi a Saúde do Ser”, de José Milton; - Homenagem das crianças à PHU, simbolizando as futuras gerações; - Sorteio de brindes; - Palestra sobre a cultura chinesa. De 28/09 a 02/10( segunda a sexta-feira ), sempre às 20 horas, na Escola Classe da 104 norte, serão exibidos filmes e documentários chineses. A entrada é franca. 04/10- Domingo, a partir das 7h30, será comemorado o Dia da Natu-reza e uma Homenagem aos 50 anos de Brasília, na Praça da Har-monia Universal.

Associação Being Tao e Embaixada da China se unem para comemorar 35 anos de Tai Chi na praça e 60 anos da revolução chinesa

Semana Brasil-China Programação Semana Brasil-China

O mestre, orientadores e praticantes confraternizam no Dia Mundial do Tai Chi

Expediente: o jornal Praça da Harmonia Universal é uma publicação bimestral, idealizada pelos praticantes de Tai Chi, discípulos do mestre Woo.Jornalista responsável: Antônio R. Prates (Reg. Prof. 3590/DF)Reportagem: Ana Paula OliveiraColaboraram neste número: Teresinha Pereira, Hildo do Couto, Aristein Woo, Ivanise Morais, Siegfried Elsner, Karen Smidt, Edna Carneiro e Eutenir BragaEditoração: Alô Comunicação / Rodrigo OliveiraImpressão: Gráfica CharbelTiragem: 2.000 exemplares

6

“Devemos trazer o equilíbrio natural do Tai Chi para a vida do dia-a-dia”

Being Tao – Uma Descrição Simples

Às vésperas de completar 36 anos de um trabalho generoso e incansável na Praça da Harmonia Universal, Mestre Woo, com

o auxílio de seu � lho Aristein na redação, respon-deu às perguntas do JPHU. Nesta entrevista, ele fala mais uma vez do Being Tao, da prática do Tai Chi, das relações entre os praticantes e nos dá uma mensagem muito clara: “temos de nos desenvolver até podermos passar de um estado de total suavidade, como um algodão, para um estado de dureza e resistência, como uma barra de aço, num átimo de segundo. Persistindo no treinamento,isso é possível.”

No Box ao lado, leia a primeira parte de “Being Tao – Uma Descrição Simples”, de autoria de Aristein Tai-Shyn Woo.

1. A prática do Tai Chi na Praça da Har-monia Universal, que o senhor iniciou há 36 anos, se baseia nos princípios do Being Tao, que, como o senhor já de� niu, “é um cami-nho de viver”. O senhor poderia nos  falar um pouco mais sobre o que é o Being Tao?

Mestre Woo - O Being Tao deve se manter � rme em seus objetivos de Fraternidade, Saúde e Paz. Deve ir além dos movimentos exteriores do Tai Chi, cultivando o interior através do de-senvolvimento da mente e do espírito. Por isso que na Praça temos o café da manhã comu-nitário mensal, os piqueniques na quadra e o almoço de � m de ano. São oportunidades para se promover o intercâmbio de conhecimentos e o crescimento espiritual mútuo.

2. Este ano tivemos a comemoração do Dia Mundial do Tai Chi aqui na praça com a presença do Bill Douglas, criador deste movimento; em julho, a turma das 7:30 horas completou 6 anos de prática do Tai

Entrevista

Chi com cada vez mais praticantes; o IFTB/Instituto de Formação em Tai Chi de Brasília está recebendo um número crescente de alunos...o senhor se sente recompensado com este reconhecimento de seu trabalho, ele está dentro de suas expectativas?

Mestre Woo - As atividades do Bill Dou-glas e do IFTB (coordenado pelo meu � lho, por um padre e por um atleta campeão) merecem todo o meu respeito. E enquanto eles tiverem respeito por mim e pelos meus ensinamen-tos, estarão dentro da linha do Being Tao. O aumento do número de praticantes deve ser acompanhado da compreensão de que o Tai Chi é uma arte-ciência de viver. É necessário cultivar a mente, o espírito e a fraternidade). Caso não se tenha esse cuidado, o grupo se fragmentará em facções menores que brigarão entre si, destruindo a idéia inicial.

3. Mestre, o que o senhor diria para aqueles que estão se iniciando na prática

agora, qual deve ser o compromisso do novo praticante e quais benefícios ele pode esperar com  a introdução do Tai Chi e do Being Tao em sua vida?

Mestre Woo - Aos que iniciam, a pri-meira coisa a atentar é ir além do que é visto. Por exemplo, ao meditarmos, fecha-mos os olhos. Os mortos e os que dormem também fecham os olhos. Qual é a dife-rença? Devemos cultivar o interior, cuidar do exterior e manter a flexibilidade e rela-xamento. Assim obteremos a saúde. Mas, indo além, temos de nos desenvolver até podermos passar de um estado de total suavidade, como um algodão, para um estado de dureza e resistência, como uma barra de aço, num átimo de segundo. Per-sistindo no treinamento, isso é possível.

Devemos trazer o equilíbrio natural do Tai Chi para a vida do dia-a-dia. Temos de saber re-gular a alimentação, a psiquê, o ambiente, os hábitos de vida e o clima.

A - APRESENTAÇÃO Esse trabalho se propõe a apresentar, de

maneira simples e acessível, a prática e o fun-damento teórico do Being Tao, conforme de-senvolvido pelo Mestre Moo-Shong Woo na Praça da Harmonia Universal, em Brasília.

B - BREVE HISTÓRICO Mestre Woo nasceu em uma família que

Aristein Tai-Shyn Woosempre teve uma forte ligação com as artes marciais, a medicina chinesa e os vários sis-temas filosóficos do oriente. O Being Tao foi formado a partir da mescla de todos esses conhecimentos com a experiência de vida do mestre Woo no Brasil, sob a inspiração do engenheiro e cientista renomado Dr. Ge-orge Chia-You Yeh. Em 1974, o mestre Woo mudou-se para o Plano Piloto, em Brasília, e a

prática estabeleceu-se na Praça da Harmonia Universal, na EQN 104/105.

C - ORIGEM DO NOME Um dos mestres mais próximos do Mestre

Woo foi seu irmão, George Chia-you Yeh. George, além de transmitir-lhe as artes marciais, foi tam-bém seu orientador acadêmico, na década de 1950, nos Estados Unidos. Após a vinda do Mes-

Mestre Woo orienta a prática na comemoração dos 6 anos do horário das 7h30.

Teresinha Pereira

Praça da Harmonia Universal2

Para comemorar os “35 Anos de Tai Chi Aberto em Brasília - Mestre Woo”, os “60 Anos da Proclamação da República Popular da China”, os “50 Anos de Brasília e o “Dia da Natureza”, a Embaixada da República Popular da China e a Associação BeingTao/ACBC realizarão de 27 de Setembro a 04 de Outubro/2009 a Semana Brasil-China, na Praça da Harmonia Universal EQN 104/105 - Brasília.

Durante a semana, diversas ativi-dades sócio-culturais serão realizadas, com exibição de filmes e documentários chineses; exposição de fotos sobre civi-lização chinesa, multimídia de ideogra-mas chineses, apresentações artísticas e práticas orientais para a Paz; Orquestra ArtBrasília-EMB, Coral da Fenabb/Aabb, e Coral Alegria.

Para o conselheiro cultural da embaixada da China, Shu Jin Ping, esta é uma oportunidade especial de se divulgar a cultura chinesa: “Para nós, chineses, os 60 anos completam um grande ciclo, já que dividimos cada ciclo em 12 anos. E é através da cultura que se pode conhecer melhor um outro povo e ficamos felizes de comemorar este ciclo da República da China com os 35 anos de prática do Tai Chi na Praça da Harmonia Universal”, afirmou.

Entusiasmo Desde 1974, o médico e Cidadão

Honorário de Brasília, o doutor Moo Shong Woo, popularmente conhecido como Mestre Woo, 78 anos, dedica cada uma de suas manhãs a ensinar brasileiros e estrangeiros residentes em Brasília a comungar exercícios físicos, meditação e evolução espiritual.

Após 33 anos de atuação ininter-rupta no espaço verde localizado entre as superquadras 104 e 105 da Asa Norte de Brasília, Dr. Moo Shong Woo obteve do governo do Distrito Federal a confirmação do nome oficial do local como Praça da Harmonia Univer-sal (Lei 3.951, de 16.01.2007). Esse “batismo” significou o reconhecimento oficial do local dedicado ao trabalho em favor do equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

A cada dia, o que se presencia é um grande entusiasmo e participação da co-munidade do Distrito Federal, com um número cada vez maior de praticantes, na Praça da Harmonia Universal que conta, atualmente, com mais de 20 facilitadores voluntários atuando em diversos horários, em diferentes locais de Brasília. Vários Postos de Saúde do DF também desenvolvem as práticas diárias e gratuitas de Tai Chi.

27/09- Domingo, na Praça da Har-monia Universal (EQN 104/105): • de 6h às 7h - prática tradicional do Tai Chi, Chi Kung, Meditação, Automassagem e Energização Solar; • de 10h às 15h: -Abertura oficial com a presença das autoridades; -Exposição fotográfica sobre a China: Paisagens, Vida do Povo, Modernidade, entre outras; - Salto de Paraquedas;- Apresenta-ções de danças e músicas orientais;- Coral da FENABB/AABB; - Orquestra ArtBrasília da Escola de Música de Brasília; - Práticas e demonstrações conjun-tas do Tai Chi em diversos estilos e apresentação das artes marciais para a paz; - Lançamento do livro “Tai Chi a Saúde do Ser”, de José Milton; - Homenagem das crianças à PHU, simbolizando as futuras gerações; - Sorteio de brindes; - Palestra sobre a cultura chinesa. De 28/09 a 02/10( segunda a sexta-feira ), sempre às 20 horas, na Escola Classe da 104 norte, serão exibidos filmes e documentários chineses. A entrada é franca. 04/10- Domingo, a partir das 7h30, será comemorado o Dia da Natu-reza e uma Homenagem aos 50 anos de Brasília, na Praça da Har-monia Universal.

Associação Being Tao e Embaixada da China se unem para comemorar 35 anos de Tai Chi na praça e 60 anos da revolução chinesa

Semana Brasil-China Programação Semana Brasil-China

O mestre, orientadores e praticantes confraternizam no Dia Mundial do Tai Chi

Expediente: o jornal Praça da Harmonia Universal é uma publicação bimestral, idealizada pelos praticantes de Tai Chi, discípulos do mestre Woo.Jornalista responsável: Antônio R. Prates (Reg. Prof. 3590/DF)Reportagem: Ana Paula OliveiraColaboraram neste número: Teresinha Pereira, Hildo do Couto, Aristein Woo, Ivanise Morais, Siegfried Elsner, Karen Smidt, Edna Carneiro e Eutenir BragaEditoração: Alô Comunicação / Rodrigo OliveiraImpressão: Gráfica CharbelTiragem: 2.000 exemplares

7Praça da Harmonia Universal 7

Inspire-seTai Chi para TodosPraça dos Três Poderes, todo 2º domingo do mês, às 17 h, aberto à comunidade. Coordenação do  professor JMilton de Oliveira – 3365-5020

Tai Chi, caminho de vidaTerças e quintas, das 8:30 às 9:30 h, na Loja Rosa-cruz Brasília (L2 Norte QD. 607), aberto à comuni-dade.  9221-1898.Tai Chi Leque 18 movimentos, estilo Yang. Fa-cilitadores Edimilson - 9924-5807 e Teresinha -  9221-1898. 

Tai Chi para criançassábados, às 9 h, na Praça da Harmonia. Facilita-doras Ana Lúcia 9100-5270 e Ana Maria.

Pa Kuá ZhangTerças e quintas, às 19 h. Coordenação profes-sor dr. Aristein Woo – 8115-9158  Meditações conduzidas  – Quartas 19:45 h e 20:15 h,  sábados às 17 h,  na Loja Rosacruz Brasília (L2 607 Norte), aberto à comunidade. Facilitadora Maria Nilva – 3257-5457.

Cuidados do cuidadorAssepsia e fortalecimento energético no cui-dado do cuidador

Este curso teórico e prático, visa propiciar ao cuidador o domínio de técnicas de mani-pulação energética e� cazes para a limpeza do próprio campo vibracional, do cuidando e do ambiente de trabalho.

Utilizando-se dos fundamentos do Chi Kung (cultivo do chi), o aluno poderá realizar sua preparação inicial e assepsia energética entre os atendimentos, evitando o esgotamento e o cansaço no � nal do dia.Data: 30/10/2010 e 06/11/2010 Horário: de 14h às 17hLocal: ENAC- Escola Nacional de Acupuntura - 404-sul - fone: 3322.4998 (Marcus Evandro)

IFTB CONVIDACaros amigos, acessem o site www.beingtao.org, onde encontrarão o link para o Twitter e o Facebook do IFTB. Vi-sitem regularmente nossas redes sociais. Será nosso meio de comunicação normal. Abraços, Siegfried

tre Woo para o Brasil, Dr. George Yeh permaneceu sendo seu mentor intelectual. Num encontro en-tre os dois irmãos, George sugeriu que o trabalho desenvolvido em Brasília recebesse o nome de Ming Tao – o Caminho do Viver. Como o inglês é a língua de maior difusão mundial, foi adotado o nome nessa língua: Being Tao.

D - OBJETIVO FUNDAMENTAL O aprimoramento constante e global nas

diversas dimensões da vida: física, mental, es-piritual, social e ecológica. Esse deve ser o foco da nossa atenção em cada atividade e em cada momento da vida. Constantemente devemos nos perguntar: Qual o propósito e quais as conseqüências dos meus atos, palavras e pen-samentos atuais em cada um desses aspectos da vida? Como agir de maneira que eu mes-mo e os outros praticantes possamos fazer um mundo melhor para todos?

E - AS CINCO ÁREAS DE CULTIVO 1 – Física O desenvolvimento físico ocorre durante a

infância e juventude e é evidente mesmo ao olhar descuidado. Um bebê de cinco meses não é tão desenvolvido quanto um garoto de sete anos, e este está bem atrás de um adoles-cente de 17 anos.

O desenvolvimento físico depende de uma série de fatores: alimentação, repouso, exercí-cio, etc. Mesmo ao chegarmos à fase adulta, quando nossa altura já não aumenta mais, to-dos esses fatores continuam necessários para o tratamento de doenças, a recuperação orgâ-nica e o fortalecimento da saúde física.

Com o Being Tao, cultivamos o nosso físico através do movimento e da automassagem, entre outros. O primeiro estágio é recuperar a saúde, em seguida, aumentar a vitalidade, e, uma vez alcançados esses, aperfeiçoar a agili-dade, força e � exibilidade.

Mas o ser humano não é apenas corpo fí-sico. O nosso crescimento físico é limitado, e existem condições de limitação física que res-tringe as nossas atividades. Mas existem outras áreas a cultivar em que o crescimento pode e deve ser contínuo, por toda a vida. Diferente-mente do animal, o simples desenvolvimento físico não é o que nos confere real valor.

2 – Mental A área de cultivo mental diz respeito à me-

mória, raciocínio, intenção, disposição, emo-ção, conhecimento, consciência.

É uma área que se desenvolve durante a infância e fase adulta. Com o envelhecimento, a capacidade de retenção de fatos novos dimi-nui, mas a resolução de problemas com padrão conhecido é mais rápida – é o valor da chamada experiência de vida. Apesar de di� cilmente se for-marem novos neurônios, continuam a acontecer novas conexões entre eles a todo instante.

Assim, como na área física, existem limi-tações individuais. Os movimentos lentos do Being Tao, os exercícios de concentração e me-ditação trabalham o cultivo mental.

3 – Espiritual O Being Tao promove o cultivo espiritual.

Não há a pretensão de dizer que uma reli-gião é mais correta do que outra. Não se impõe uma crença a ninguém. O ambiente do Being Tao é de tolerância religiosa. Todos não apenas são livres para professar a sua crença individu-al, como também é desejado que a prática de Being Tao aperfeiçoe a sua vivência espiritual.

Durante a prática de Being Tao temos a meditação, o arrependimento e o perdoar, a gratidão e o estabelecimento do propósito de bene� ciar a todas as pessoas.

O local de prática de Being Tao pretende, além disso, ser um fórum de aprendizado mú-tuo entre todas as tradições religiosas, sem ri-validades ou proselitismo.

4 – Social O homem não é uma criatura isolada. Para

a sua sobrevivência e progresso, ele depende de outras pessoas. Essa co-dependência faz com que se desenvolvam as diversas formas de organização social.

Para haver harmonia num grupo social, precisamos desenvolver o respeito, a com-preensão, a cooperação. É preciso aprender a trabalhar coletivamente por um mesmo obje-tivo. As práticas de Tai Chi a duas pessoas, os cafés-da-manhã comunitários, os mutirões, as confraternizações de � m-de-ano na Praça da Harmonia Universal são ocasiões especiais onde essa área é destacada.

5 – Ecológica A espécie humana é privilegiada por ter

inteligência criativa e possibilidade de desen-volvimento espiritual. Por esse motivo, sobre ela caem mais responsabilidades.

Não vivemos isolados do ambiente, nós in-teragimos com ele constantemente. Nossa ma-neira de viver pode provocar efeitos nocivos ou bené� cos a ele. O tremendo desenvolvimento tecnológico produziu uma maneira de viver que está esgotando os recursos do nosso planeta. E a Terra não é planeta apenas da espécie humana. Ela é a casa onde dividimos morada, água e ali-mento com todos os demais seres vivos.

A prática de Being Tao no dia-a-dia desper-ta nossa consciência ecológica, fazendo-nos buscar uma forma de viver que não só não prejudique a natureza, como também colabo-re para a sua recuperação. Buscamos uma vida simples, sem supér� uos e sem desperdícios.

F - SAÚDE E DOENÇA A ocorrência da doença em algum mo-

mento da vida é inevitável. Não somos cul-pados pela doença, na maioria das vezes. Mas somos, sim, responsáveis pela saúde.

A saúde é o primeiro objetivo do Being Tao, pois é a partir dele que os outros se tor-nam possíveis. O praticante de Being Tao deve ter hábitos de vida saudáveis. Assim, ele evitará as doenças, e, caso venha a ter alguma, possa se recuperar mais rapidamente.

As doenças crônicas também merecem aten-ção do praticante de Being Tao. O tratamento con-vencional deve ser mantido, e as avaliações perió-dicas devem mostrar que a prática é bené� ca.

(Continua na próxima edição)

ARP

Praça da Harmonia Universal2

Para comemorar os “35 Anos de Tai Chi Aberto em Brasília - Mestre Woo”, os “60 Anos da Proclamação da República Popular da China”, os “50 Anos de Brasília e o “Dia da Natureza”, a Embaixada da República Popular da China e a Associação BeingTao/ACBC realizarão de 27 de Setembro a 04 de Outubro/2009 a Semana Brasil-China, na Praça da Harmonia Universal EQN 104/105 - Brasília.

Durante a semana, diversas ativi-dades sócio-culturais serão realizadas, com exibição de filmes e documentários chineses; exposição de fotos sobre civi-lização chinesa, multimídia de ideogra-mas chineses, apresentações artísticas e práticas orientais para a Paz; Orquestra ArtBrasília-EMB, Coral da Fenabb/Aabb, e Coral Alegria.

Para o conselheiro cultural da embaixada da China, Shu Jin Ping, esta é uma oportunidade especial de se divulgar a cultura chinesa: “Para nós, chineses, os 60 anos completam um grande ciclo, já que dividimos cada ciclo em 12 anos. E é através da cultura que se pode conhecer melhor um outro povo e ficamos felizes de comemorar este ciclo da República da China com os 35 anos de prática do Tai Chi na Praça da Harmonia Universal”, afirmou.

Entusiasmo Desde 1974, o médico e Cidadão

Honorário de Brasília, o doutor Moo Shong Woo, popularmente conhecido como Mestre Woo, 78 anos, dedica cada uma de suas manhãs a ensinar brasileiros e estrangeiros residentes em Brasília a comungar exercícios físicos, meditação e evolução espiritual.

Após 33 anos de atuação ininter-rupta no espaço verde localizado entre as superquadras 104 e 105 da Asa Norte de Brasília, Dr. Moo Shong Woo obteve do governo do Distrito Federal a confirmação do nome oficial do local como Praça da Harmonia Univer-sal (Lei 3.951, de 16.01.2007). Esse “batismo” significou o reconhecimento oficial do local dedicado ao trabalho em favor do equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

A cada dia, o que se presencia é um grande entusiasmo e participação da co-munidade do Distrito Federal, com um número cada vez maior de praticantes, na Praça da Harmonia Universal que conta, atualmente, com mais de 20 facilitadores voluntários atuando em diversos horários, em diferentes locais de Brasília. Vários Postos de Saúde do DF também desenvolvem as práticas diárias e gratuitas de Tai Chi.

27/09- Domingo, na Praça da Har-monia Universal (EQN 104/105): • de 6h às 7h - prática tradicional do Tai Chi, Chi Kung, Meditação, Automassagem e Energização Solar; • de 10h às 15h: -Abertura oficial com a presença das autoridades; -Exposição fotográfica sobre a China: Paisagens, Vida do Povo, Modernidade, entre outras; - Salto de Paraquedas;- Apresenta-ções de danças e músicas orientais;- Coral da FENABB/AABB; - Orquestra ArtBrasília da Escola de Música de Brasília; - Práticas e demonstrações conjun-tas do Tai Chi em diversos estilos e apresentação das artes marciais para a paz; - Lançamento do livro “Tai Chi a Saúde do Ser”, de José Milton; - Homenagem das crianças à PHU, simbolizando as futuras gerações; - Sorteio de brindes; - Palestra sobre a cultura chinesa. De 28/09 a 02/10( segunda a sexta-feira ), sempre às 20 horas, na Escola Classe da 104 norte, serão exibidos filmes e documentários chineses. A entrada é franca. 04/10- Domingo, a partir das 7h30, será comemorado o Dia da Natu-reza e uma Homenagem aos 50 anos de Brasília, na Praça da Har-monia Universal.

Associação Being Tao e Embaixada da China se unem para comemorar 35 anos de Tai Chi na praça e 60 anos da revolução chinesa

Semana Brasil-China Programação Semana Brasil-China

O mestre, orientadores e praticantes confraternizam no Dia Mundial do Tai Chi

Expediente: o jornal Praça da Harmonia Universal é uma publicação bimestral, idealizada pelos praticantes de Tai Chi, discípulos do mestre Woo.Jornalista responsável: Antônio R. Prates (Reg. Prof. 3590/DF)Reportagem: Ana Paula OliveiraColaboraram neste número: Teresinha Pereira, Hildo do Couto, Aristein Woo, Ivanise Morais, Siegfried Elsner, Karen Smidt, Edna Carneiro e Eutenir BragaEditoração: Alô Comunicação / Rodrigo OliveiraImpressão: Gráfica CharbelTiragem: 2.000 exemplares

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“O que importa é o caminho, não o objetivo a ser alcançado”

Como foi sua descoberta do Tai Chi e há quantos anos você pratica?

Antonio Pereira - Eu tive o primeiro con-tato com o Tai Chi há mais ou menos 20 anos. Por orientação de um amigo que já praticava o estilo Pai Lin, comecei a treinar em uma acade-mia em Taguatinga com o objetivo de deses-tressar, pois minha vida era muito corrida, es-tava sempre me alternando entre dois ou três empregos ao mesmo tempo. Mas exatamente por falta de tempo acabei não me dedicando e aos poucos fui me afastando. Há 7 anos me mudei do Cruzeiro, passando a morar na 316 norte e a partir daí tive um primeiro contato com o mestre Woo quando fui ao seu consul-tório para fazer uma sessão de Acupuntura e ele me convidou para participar das aulas na praça. Coincidentemente o vizinho do aparta-mento ao lado do meu já praticava às 06 horas da manhã na praça e no mesmo dia em que estive com o mestre Woo este vizinho também me convidou e no dia seguinte lá estava eu às 06 horas da manhã fazendo a primeira aula de Tai Chi com o mestre Woo, e daí não parei mais.

E a sua relação com a Praça da Harmonia Universal, você tem atuado como orienta-dor desde quando?

Antonio Pereira - A relação com a Praça da Harmonia Universal é de amor profundo, Há 4 anos tenho atuado como monitor nas aulas, e desde o início tenho estabelecido uma relação muito aberta e descontraída com todos os pra-ticantes, não os chamo de alunos, muito embora alguns me chamem de professor, mas ainda não me considero um professor de Tai Chi, porque na verdade desde o momento que comecei a orientar algumas aulas, aprendi muito mais que ensinei. Muito embora eu goste de pesquisar, preparar aulas, passar algumas informações teó-ricas casadas com a prática dos exercícios, tento desmisti� car e sair um pouco deste paradigma de mestre ou professor de Tai Chi que é uma

A ‘aula” dele às quintas feiras é uma das mais cotadas e diver-tidas. Antonio Pereira, 44 anos, que trabalha na área de produ-ção de televisão e é servidor público licenciado do Ministério da Agricultura, logo cedo, às 7:30 da matina, coloca muito ritmo e humor na prática do Tai Chi e atrai os mais diferentes praticantes da Praça. Estudante de psicologia do quinto semestre no Uni-Ceub, também foi professor por dois anos de Tai Chi Chuan na União Planetária. Nesta entrevista, ele fala da sua iniciação no Tai Chi, da admiração por mestre Woo e da opção que fez em seu cotidiano: “Eu incorporei o Tai Chi como � loso� a de vida”. (ARP)

pessoa centrada, serena, de voz calma, que não se abala com nada... Por isso a minha relação de amor com a Praça, porque com o grupo que tra-balhamos hoje é possível fazer uma prática de Tai chi leve, alegre, mesclando exercícios físicos, de respiração, meditação, sequencia de Tai Chi, sem fugir obviamente dos princípios � losó� cos básicos, mas também sem estar preso a modelos rígidos que engessam a prática e afastam as pes-soas que acabam se vendo incapazes de apren-der oTai chi.

Como você tem visto o movimento do Tai Chi em Brasília, desde quando começou até o momento atual. O trabalho de mestre Woo tem sido cada vez mais reconhecido, não é verdade?

Antonio Pereira - Observo que em relação a várias outras pessoas, praticantes já com um histórico nessa cidade, sou ainda um bebê en-gatinhando, tenho muito ainda o que apren-der, mas como estamos no contexto, algumas percepções já são possíveis. Penso que falta um trabalho mais direcionado, organizado e elaborado dos diversos grupos praticantes em Brasília no sentido de trazer este Tai Chi para mais próximo das pessoas. Tirar essa condição de arte esotérica, onde quem pratica são pes-soas diferentes, elevadas espiritualmente e se inserir no maior número de ambientes possí-veis, em outras palavras popularizar o Tai chi.

Com relação ao mestre Woo, sou um admi-rador exatamente por ele fugir desse protótipo de mestre, é uma pessoa singular que tem um conhecimento profundo das artes orientais, mas de uma simplicidade e humildade fora do comum que usa o Tai Chi não para se promo-ver, mas para fazer amigos. O trabalho que ele implantou na Praça da Harmonia é de fazer in-veja a qualquer político ou gestor público. Bem ou mal, com todas as di� culdades que temos, às vezes até de forma amadora, sofrendo críti-cas msmo de alguns praticantes mais antigos

Entrevista

que dizem que aqui não ensinamos Tai Chi. De forma voluntária, sem ganhar um centavo todo dia tem um monitor aqui proporcionan-do saúde e bem estar gratuitamente às pesso-as sem receitar um único comprimido.

Quais os benefícios do Tai Chi em seu co-tidiano e qual a orientação que você daria para quem está se iniciando?

Antonio Pereira - Eu incorporei o Tai Chi como � loso� a de vida, mas não de forma dogmática ou mística, essa é uma arte que pratico, mas com bastante pé no chão, então sei que traz inúmeros benefícios, mas tam-bém tem suas limitações até por estarmos em uma cultura totalmente inversa de onde ele foi desenvolvido. Encaro o Tai Chi assim, algo que tem que me dar resultados práticos que me auxiliem na vida diária. Nesse aspec-to, desde que comecei a me dedicar observo uma melhora geral na saúde, na � exibilidade e resistência do corpo, na condição respirató-ria, tenho mais disposição e energia no dia a dia, uma maior resistência às doenças, além de ser um importante auxiliar no equilíbrio psi-cológico. A orientação que passo para todos que praticam comigo é a seguinte: façam sem nenhuma obrigação de aprender, não estabe-leçam metas, simplesmente, certo ou errado, se comprometam em fazer, não se preocupem com as formas ensinadas, a assimilação delas vêm com o tempo. O importante ao terminar uma aula pela manhã é sair da praça com a convicção que esta aula contribuiu para que seu dia seja melhor. O princípio � losó� co que fundamenta a prática do Tai chi são os ensina-mentos do Tao de Lao Tsé que diz que o que importa é o caminho, não objetivo a ser alcan-çado. Então para qualquer pessoa de qualquer idade, você pode aprender Tai chi e desfrutar dos benefícios porque os exercícios é que têm que se adaptar a você e à sua condição física e não você a eles.