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Caruaru,1ºdemarçode2013 Edição42 Ano4 Santuário de Guarabira-PB Pag.08e09 Bento XVI se despede dos fiéis na Praça S. Pedro Pag.18 PROGRAMAÇÃO SEMANASANTA De24À31 DEMARÇO Pag.20

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EDIÇÃO DE MARÇO 2013

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Caruaru,�1º�de�março�de�2013 Edição�42Ano�4

Santuário de Guarabira-PB

Pag.�08�e�09

Bento XVI se despede dos fiéis na Praça S. Pedro

Pag.�18

PROGRAMAÇÃOSEMANA�SANTADe�24�À�31�DE�MARÇO��

Pag.�20

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02�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013 OPINIÃO

Endereço�Jornal:Paróquia�do�Coração�Eucarístico��Praça�Dom�Vital,�nº�289�-�Divinópolis�Caruaru/PE�-�Fone:�81�3721-3731www.pcoracaoeucaristico.com.bre-mail:�[email protected]����������twitter.com/paroquiajornal�����������jornalcaraçãoeucaristicoTiragem:�3.000�exemplares�(distribuição�gratuita)

PASCOM

Coração Eucarístico

Editor:�Charles�CavalcantiReportagem:�Helmir�Soares,�Paula�DuarteEdição�Digital:�Lyone�Bione������������������������������Redação:�João�Coutinho�Revisão:�Paula�Duarte�/DRT4578PE

Diagramação:�Socorro�Polycarpo

EDITORIAL

50 ANOS DO VATICANO IIDom�Bernardino�Marchió

Comunicado da Diocese de Caruaru sobre renúncia do Papa

O Santo Padre Bento XVI surpreendeu a humanidade inteira com a sua decisão de renunciar ao ministério, a partir do dia 28 de fevereiro, à missão de dirigir a Igreja Católica. Por motivo da idade avançada e da sua saúde debilitada, o Papa, diante de Deus e da sua consciência, sentiu que não tinha mais as energias necessárias para levar a frente às grandes responsabilidades que o cargo exige. E, num gesto de humildade e de profunda fé, entregou aos Cardeais que se reunirão nas próximas semanas no Conclave, a decisão de eleger um novo Bispo de Roma, com a tarefa de guiar a Igreja Católica como Sucessor de Pedro.

Nós que fazemos a Diocese de Caruaru agradecemos a Deus pelo Pontificado de Bento XVI a frente da Igreja: o seu sábio e profundo magistério nas questões da fé e da vida cristã, a paixão pelas grandes problemáticas da humanidade, os seus encontros com a juventude e as orientações que Ele nos ofereceu sobre a Nova Evangelização permanecem como faróis de luz e de verdade para continuar o nosso caminho de fé. O ardor missionário, a busca da comunhão e da fraternidade, a alegria e a esperança que sempre motivaram a nossa ação evangelizadora são neste momento fortalecidas porque Bento XVI sempre nos ensinou que ninguém é dono da Igreja e do Reino. E o Espírito Santo que conduz a nossa história estará sempre à nossa frente indicando os caminhos a percorrer.

Joseph Ratzinger, o humilde servidor da vinha que, no dia 19 de abril de 2005 iniciava a missão de Pastor em nome de Cristo, nos repete hoje, através da sua decisão: continuemos a amar e servir todas as pessoas com a consciência de que somos apenas servidores do rebanho e responsáveis pelo anuncio da paz, da justiça e do amor, que Deus semeou em nossos corações para o bem da humanidade.

"Deixo para o bem da Igreja" (Bento XVI)

Caruaru, 11 de fevereiro de 2013.

Não poderíamos deixar de comentar o acontecimento, considera-do, talvez, o acontecimento do século na Igreja católica. Nossos leitores certamente se interessam pelos destinos de sua Igreja. Apesar dos muitos comentários já apresentados pela imprensa mundial, apresentaremos, também, alguns elementos de análises que são oriundos de grupos sérios, e que nos ajudarão a entender o por quê da renúncia de um Papa. Certamente limites de saúde, mas, crise interna na Cúria de Roma, revelação de conflitos provocados por decisões oficiais que pareciam ir de encontro às diretrizes traças pelo Concílio Vaticano.

Bento XVI vem exercendo seu cargo como bispo de Roma, desde 19 de abril de 2005, e o deixará no dia 28 de fevereiro deste ano. Com sua própria voz, Bento XVI anuncia sua incapacidade física e espiritual para encarar o mundo que hoje se apresente à Igreja. Muitos afirmam que este foi o melhor momento para o seu afastamento, principalmente por que deixa a instituição católica em uma situação de serenidade afastando fantasmas que poderiam pairar sobre a comunidade católica mundial.

Joseph Ratzinger, em uma análise menos profunda de alguns problemas enfrentados pelo Vaticano ultimamente, demonstrou muita coragem e firmeza de caráter ao se despojar de suas prerrogativas de representante da Igreja de Jesus Cristo, deixando que um novo papa possa enfrentar temas pendentes, com problemas que vêm, de certa forma, provocando uma involução eclesial aquecida nos últimos tempos.

Segundo Leonardo Boff, um dos maiores teólogos da igreja católica, apesar de Bento XVI ser um Papa autoritário, não era apegado ao cargo de Papa, e, pela sua timidez, deveria fazer um grande esforço para estar junto ao povo e abraçar pessoas. É um homem de trato fino e extremamente inteligente. Boff chegou mesmo a dizer que se sentiu aliviado porque a igreja estava sem liderança espiritual, que renove ânimo e esperanças junto aos seus fiéis. Precisamos de um Papa mais pastor que professor, não um homem de instituição-igreja, mas um represente de Jesus.

Não fazemos nossas as palavras de Leonardo Boff, mas, entende-mos que este é um momento que mudanças certamente vão acontecer no seio da Igreja Católica. Esperamos que a serenidade sempre reinante entre os católicos do mundo inteiro, seja o ponto forte dessa espera por um novo nome que nos comandará. Não importa sua nacionalidade ou cor, o que importante que esse novo Papa siga o exemplo dado por Jesus: “se alguém vem a mim eu não mandarei embora...”

Após a última missa que celebrará, no dia 28 de fevereiro, Joseph irá se revestir de negro e na cabeça uma simples boina e terá o seu anel símbolo do papado destruído, segundo analistas italianos.

Aguardemos, cheios de esperanças e de amor, amor pregado pelo próprio Jesus como sendo a coisa mais importante que um cristão deve carregar em seu seio, a chegada do novo bispo de Roma, pastor da Igreja católica que usará, mais uma vez, o Anel do Pescador.

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013�-��03ATUALIDADE

Helena Moura

TEMPO DE CONVERSÃODiz o Documento de Aparecida, que no

processo de formação de discípulo missioná-rio, um, dentre os cinco aspectos fundamentais na caminhada é a CONVERSÃO, “que é a resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração, crê nele pela ação do Espírito, decide ser seu amigo e ir após ele, mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando a cruz de Cristo, consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida”. (DA 278 b)

É a resposta de quem faz a experiência de um Jesus que assumiu as dores da humanidade na cruz, porque nos ama, apesar de nossos pecados; de um Jesus vivo e presente, que todos os dias, carinhosamente, nos acolhe. Mas, como fazer a experiência de Cristo? Os caminhos são diversos, pessoais, às vezes incríveis. Paulo fez a experiência de Cristo justamente quando perseguia os cristãos! Há quem O encontre na alegria, outros no sofrimento, outros, porque sem o saberem buscam-No até encontrá-Lo e decidem segui-Lo. Dois de seus primeiros discípulos fizeram essa experiência: “Jesus virou-se para trás, e vendo que o seguiam, perguntou: O que é que vocês estão procurando? Eles disseram: Rabi, onde moras? Jesus respondeu: Venham, e vocês verão. Então eles foram e viram onde Jesus morava. E começaram a viver com ele naquele mesmo dia”. (Jo 1, 38-39) Certamente, não encontraram um palácio onde Jesus se abrigava, mas o mundo cheio de dificuldades e desafios.

E hoje, quem são os discípulos missioná-rios de Jesus, que necessitam de conversão para irem após Ele, mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando seu convite para verem onde mora, passando a viver com Ele? Todos nós, que pela graça do Batismo nos tornamos seus discípulos; que devemos compreender o processo de conversão como contínuo, inacabado e urgente dado à nossa fragilidade e pequenez. A vida nos surpreende com fatos imprevisíveis e quase sempre nos encontra

desprevenidos, nos deixando perplexos. Às vezes uma tragédia, uma morte súbita, uma situação de infortúnio, fatos que devem ser vistos como um convite aberto para que se pense na urgência na conversão. Deus sempre nos dá uma última chance. “Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e pôr adubo. Quem sabe, no futuro ela dará fruto! Se não der, então a cortarás”. (Lc 13, 8-9)

Somos tentados a nos imaginarmos totalmente convertidos, e ainda ousamos considerar os outros como os necessitados dessa graça. Antes de tentarmos converter alguém, procuremos descobrir em nós o que precisa ser mudado, quais atitudes e pensa-mentos já caducaram e nunca produzirão efeitos benéficos, porque vão de encontro à proposta de Jesus. Todos nós, sem exceção cometemos falhas e possuímos defeitos que atrapalham o processo de conversão. Precisamos nos esforçar para que aconteça a renovação. Desse modo é que poderemos auxiliar na conversão dos que nos rodeiam, porque quem busca a conversão busca a Deus, e é pelo testemunho que auxiliaremos na conversão dos outros. Precisamos de cateque-se permanente e vida sacramental que fortalece a conversão inicial e permite perseverar na vida cristã.

O tempo quaresmal é propício para a conversão. Fomos convidados: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Vivamos esse tempo perseverantes na penitência, no jejum, na esmola e na oração, buscando a conversão verdadeira, sempre atentos ao que nos diz a segunda carta de São Pedro: “Há, porém, uma coisa que vocês, amados, não deveriam esquecer: para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos são como um dia. O Senhor não demora para cumprir o que prometeu, como alguns pensam, achando que há demora. É que Deus tem paciência com vocês, porque não quer que ninguém se perca, mas que todos cheguem a se converter”. (2Pd 3, 8-9)

Pe. João Paulo assume a Paróquia de Sant’Ana em Gravatá

A comunidade católica da cidade de Gravatá, se reuniu na Igreja matriz da paróquia de Sant’Ana, centro desta cidade, no domingo 03 de fevereiro, às 19h 30, para a transferência de pároco. O Pe. Joselito Gomes da Silva há 14 anos a frente desta paróquia juntamente com Dom Bernardino Marchio, bispo da Diocese de Caruaru, deram início a celebração de posse do novo pároco, Pe. João Paulo Araújo Gomes.

A Igreja estava lotada de fiéis, ávidos por conhecerem o novo pároco que retornou de Roma ano passado, após concluir seu doutorado em história da Igreja. Pe. João Paulo já tem uma boa experiência como pároco em Caruaru, onde atuou na comunidade da Natividade do Senhor, e deixou o legado de excelente administrador.

Pe. João Paulo falou a nossa reportagem sobre seus primeiros passos a frente da Paróquia: “A chegada a uma nova Paróquia, é sempre um momento de renovar nosso empenho pastoral, nesta primeira fase de minha chegada em Gravatá, irei fazer uma grande escuta do povo, dos movimentos e das associações, tentando entender mais como se movimenta a paróquia e suas diversas pastorais, a partir daí juntos nós vamos elaborar o programa pastoral, as coisas que devemos fazer aqueles que serão os projetos da nossa Paróquia. Claro que a fonte inspiradora nós já temos é o Evangelho e as diretrizes de nossa igreja. A partir daí é que nós vamos iniciar esse grande projeto de construção do Reino de Deus, na Paróquia de Gravatá”.

Já Pe. Joselito Gomes deixa muitas saudades para esta comunidade, bom administrador e companheiro dos paroquianos, onde fez muitas amizades nesta cidade ao longo destes 14 anos. Pe. Joselito agora segue sua missão indo para a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, onde foi empossado no dia 07 de fevereiro, como pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos e São Miguel.

Charles�Cavalcanti

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04�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013 REGIONAL

Rua Walfrido Nunes, 303 - Maurício de Nassau - Caruaru - PE PABX: 81 2103-3333 Fone: 81 3723-4444

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Oscar�Mariano.

ias 22 a 24 de fevereiro, no Centro DPastoral Dom Antônio Soares Costa, aconteceu o encontro dos

comunicadores do Regional NE II. O tema abordado neste encontro foi: “Anunciai de cima dos telhados (Mt 10, 27b). Estiveram presentes neste encontro representantes de dez diocese dos estados de PE, AL, PB e RN.

Na sexta-feira (22), Cacilda Medeiros e o Diácono Manoel Bezerra fizeram uma apresentação sobre o 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação, na Universidade Federal em Natal – RN, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “O Nordeste está com uma grande responsabili-dade em fazer um Mutirão bonito e bem organizado para todo o Brasil”, enfatizou Cacilda.

Sandra Virginia, secretária da PASCOM do Regional NE II, falou: “nos outros mutirões a nossa dificuldade era a distancia agora o mutirão realizado em Natal, facilitará bastante a participação de todos os comunica-dores da nossa região”.

Márcia Marques, coordenadora da Pascom do Regional NE II, falou de sua expectativa para esse encontro em Caruaru: “Esperamos com esse encontro fazermos uma avaliação profunda de nossas atividades corrigindo os erros, aprimorando as metas e objetivos, fazendo a comunicação fluir e contribuindo assim para missão da comunica-ção na Igreja”.

Na manhã 23 de fevereiro, foram debatidos assuntos sobre: implantação da PASCOM nas paróquias, planejamento para os anos de 2013/2014 e explanação das atividades nas dioceses que tem PASCOM. A

Diocese de Caruaru promoveu encontro da Pastoral da Comunicação do Regional NE II

equipe de Campina Grande fez a oração da manhã, onde o Pe. Adeildo Ferreira pediu sabedoria ao Espírito Santo para os participantes do encontro. Em seguida o Pe. Eduardo Tadeu fez uma apresentação e explanação em relação às respostas que foram enviadas às coordenações das Pastorais da Comunicação abrindo em seguida um rápido debate.

Cacilda Medeiros em seguida realizou uma palestra com o tema: “Igreja e Comunicação”. Abordando alguns temas como: Documentos da Igreja sobre Comunicação, Pensamento da Igreja sobre Comunicação e Como ser um comunicador na Igreja. Dom Delson enfatizou, “Nós estamos dentro de uma cultura de comunica-ção, assim a Igreja não deve ficar fora desta realidade”.

Diácono�Manoel�Bezerra�e�Cacilda�Medeiros

Cacilda�Medeiros

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de��março/2013�-�05REGIONAL

No decorrer do dia o coordenador da PASCOM da cidade de Nova Cruz – RN, Flávio Luiz, mostrou sua realidade em relação à implantação e a execução desta pastoral na paróquia que atua. “A formação é fundamental para o sucesso da PASCOM e que deve estar em consonância com as outras pastorais” disse Flávio.

Na parte da tarde, foi analisado o planejamen-to do biênio 2011/2012, onde as dioceses puderam mostrar suas experiências, dificuldades e conquistas do biênio. Em seguida foi elaborado o planejamen-to do próximo plano de ação que será utilizado nos anos de 2013/2014. Foi escolhida nesta oportuni-dade a primeira reunião presencial de 2014 que será entre os dias 14, 15 e 16 de fevereiro de 2014, em Campina Grande, sede do próximo Mutirão de Comunicação do Regional NE II. A noite aconteceu uma noite cultural, com uma bonita mesa de comidas típicas e contou com a presença do cantor Elias e banda que animou os participan-tes do encontro.

Na manhã do domingo 24, o dia iniciou com a Celebração da Santa Missa, com a participação de todos os coordenadores diocesanos da PASCOM. Em sua homilia Dom Delson enfatizou que “como fez o Cristo, devemos nos retirar para rezar e planejar os rumos da PASCOM, pois sabemos das dificuldades existentes no âmbito da comunicação, mas com determinação tudo se resolve e o objetivo é alcançado”. Logo depois a missa, os comunicadores reuniram-se para assistir o último Angelus do Papa Bento XVI.

Em seguida foi realizada a análise do plano de ação para o biênio 2013/2014 para sua aprovação final. A grande novidade será a retomada da agência de notícias João Paulo II, que estava desativada desde o ano passado. Com isso, o Regional ganhará mais uma ferramenta de comunicação importante. Desta forma, o boletim regional será enviado para todos os regionais do Brasil.

Em sua fala final, Dom Manoel Delson, bispo referencial da comunicação do Regional NE II, disse que “devemos expor apenas a verdade em relação às notícias da renúncia do Papa, buscando as fontes nos meios oficiais da Igreja”. Desejando depois uma boa viagem a todos em sua volta para casa, o bispo encerrou o encontro.

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06�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013 PASTORAL

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ORAÇÃO E FÉO que é a Oração?

Quando elevamos o nosso pensamento a Deus e nos desligamos das coisas ao nosso redor para expressar a Ele o nosso louvor, adoração, e nossas necessidades; estamos “orando”. O diálogo entre o Senhor e o seu povo passa-se em clima de profunda oração. Orar é falar com Deus com nossas próprias palavras, sobre as necessidades que nos afligem (I Samuel 1. 10)

A oração pública trata de assuntos coletivos. A oração familiar trata de problemas do lar. A oração pelo alimento tem a finalidade de agradecer a Deus por eles e pedir que os abençoe. A oração mais proveitosa para a alma é a oração particular. Remos também a oração contemplati-va, que se eleva sem palavras audíveis, mas em pensamento a Deus.

A oração pode ser individual ou pública; em voz audível ou apenas mentalmente, transmitidas e curtidas de geração em geração, como um tesouro precioso para expressar e transmitir a fé. Porém não podemos recitar ou cantar distraidamente; deve brotar de dentro do coração, encher nossa alma de gozo e de fervor. Juntamente com a oração, está a fé que é a confiança em Deus nosso Pai e que pode nos ajudar.

Vamos conhecer um pouquinho sobre “A Mística da Oração Litúrgica”

A Oração Litúrgica, perpassa toda a celebração litúrgica; é a atitude de fundo com a qual entramos na Igreja, cumprimentamos as pessoas, fazemos os gestos de oração, ouvimos a Palavra, comemos do Pão e do Vinho da Eucaristia. A comunidade reunida diz: “O nosso coração está em Deus!”. Há orações, salmos, hinos e cânticos. Entre outros, temos:

“O Pai Nosso”, a abertura dos Ofícios divinos, “Luz Radiante” (Ofício Divino das Comunidades, p. 265.), o “Glória”, o “Santo”, “Cordeiro de Deus”, acompanhando tudo aquilo que nossa boca proclama com nosso coração e nossa mente. Neste sentido, a oração comunitária é ao mesmo tempo uma oração profundamente pessoal. Além disso, ao longo de toda celebração há momentos de silêncio para uma oração ‘cara a cara’ com Deus, particularizando a oração comunitária; por exemplo: antes do ato penitencial, após cada ‘oremos’, após as leituras, a homilia, a comunhão eucarística, após cada salmo do ofício divino... Mas convém ressaltar sua dependência da escuta da Palavra; na tradição cristã, assim como na tradição judaica, a proclamação e interpretação das leituras bíblicas é o chão de onde brota a oração. Os salmos são as duas coisas ao mesmo tempo. São Palavra de Deus e palavra de nossa oração. Hoje estamos redescobrindo o valor destas poesias cantadas, tanto para a oração pessoal, como para a oração

comunitária. Aprendemos com a tradição litúrgica a cantar os salmos, unidos a Cristo. É Ele o primeiro cantor dos salmos. Expressa diante do Pai sua fidelidade, mas também sua angústia e sua dor.

Nós unimos nossa voz á d’Ele. Deixamos que Seu Espírito faça vibrar as cordas de nosso coração e nossa mente. Percorrendo cada verso com atenção amorosa, cantamos a partir de nossa experiência de vida, na qual reconhece-mos traços da experiência de Jesus Cristo. Expressamos a dor e o sofrimento de toda humanidade; elevamos a Deus também o desejo e a alegria, as experiências de comunhão e de transformação que acontecem no mundo inteiro.

A verdadeira fé, a oração verdadeira, são iguais a dois braços por meio dos quais o orante se apodera do poder infinito do infinito amor. Fé e confiança em Deus – acreditar que Ele nos ama e sabe o que é melhor para nós.

PAZ E BEM!

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�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013�-�07DIOCESE

Charles�Cavalcanti.

entenas de fiéis católicos estiveram Creunidos na quarta-feira 13 de fevereiro na Igreja do Rosário em Caruaru, para

celebração da Missa das Cinzas, marco para o início da Quaresma. O dia tem um significado especial para os católicos, que passam por um período de 40 dias de orações, reflexões e penitências. Em seguida, os fiéis comemoram a Semana Santa. Na ocasião, o bispo Dom Bernardino Marchió fez o lançamento da Campanha da Fraternidade 2013, que tem como tema "Fraternidade e Juventude". A celebração ocorreu às 9h.

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano não poderia ser diferente, afinal de contas, em julho, o País será sede, pela primeira vez, do maior evento católico para a juventude do mundo, a “Jornada Mundial da Juventude”. Por isso, são os jovens os protagonistas da Igreja Católica e o “alvo” das ações pastorais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Dino, solicitou dos seminaristas presente um maior engajamento na pastoral Carcerária, junto às centenas de jovens que estão internos na Funase, e no presídio Juiz Plácido de Souza nesta cidade. Além de ter a juventude como tema, a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano é especial, pois está completando 50 anos.

Missa de cinzas e lançamento da Campanha da Fraternidade em Caruaru

História - A fundação da CF teve início quando três padres responsáveis pela Cáritas brasileira, em 1961, idealizaram uma missão para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal, no Rio Grande do Norte, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 dioceses do Nordeste realizaram a campanha.

Houve também, apresentação por parte dos jovens da Comunidade Manain, sobre a Jornada Mundial da Juventude, convocando a juventude Caruaruense a participarem, deste que será o maior evento da Igreja Católica do Brasil, este ano e agora com a possibilidade da vinda do novo Papa, haja vista que Bento XVI renunciou dia 28. Portanto, será mais um atrativo para o evento.

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08�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013 ACONTECEU

Charles�Cavalcanti.

s frades capuchinhos da Província de ONossa Senhora da Penha do NE do Brasil - PRONEB, visitaram o

Memorial Frei Damião na cidade de Guarabira-PB, neste domingo 24 de fevereiro de 2013. Atendendo ao chamado do Bispo da Diocese de Guarabira. Dom Lucena quer que os capuchinhos assumam a administração deste Santuário e também da Paróquia de Santo Antonio na cidade de Guarabira. O provincial capuchinho Frei Francisco Barreto, irá reunir-se com seus conselheiros no próximo mês de março para decidirem se aceitam a proposta de Dom Lucena.

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena Bispo Diocesano de Guarabira-PB, enviou uma carta aos frades Capuchinhos da PRONEB, no dia 05 de novembro de 2012, na qual faz oficialmente o pedido ao Ministro Provincial Frei Francisco Barreto em caráter de urgência, da instalação de uma fraternidade na cidade de Guarabira, para poder dar uma melhor assistência aos romeiros, com mais celebrações, orações do terço e atendimento a confissões, pois o número de pessoas que visitam o santuário é cada dia crescente e o clero diocesano não tem como dá esse suporte. “São mais de 20 mil pessoas que passam por mês, neste Memorial, e precisamos dar uma melhor assistência a eles, os capuchinhos são da mesma ordem de Frei Damião, portanto devem administrar todas as atividades do Santuário, Memorial Frei Damião desta cidade. Falou Dom Lucena.

Na carta Dom Lucena enfatiza que também o clero de sua Diocese deseja a presença dos frades Capuchinhos para administrarem o Memorial. O povo do brejo paraibano, os romeiros e devotos de Frei

Capuchinhos em visita oficial ao Santuário de Guarabira-PB

Damião pedem, há muitos anos. E conclui o pedido: Estamos rogando ao Espírito Santo que este pedido seja atendido para a maior honra de Deus, neste Ano da Fé e Ano Feliciano. Que São Félix de Cantalice e o Servo de Deus Frei Damião intercedam pela criação dessa Fraternidade em Guarabira-PB.

Dom�Lucena�com�os�frades�no��museu�do�Santuário�Frei�Damião�

Museu

Sala�dos�milagres

Estátua�de�Frei�Damião

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013�-�09ACONTECEU

Frades Capuchinhos da PRONEB são apresentados a Diocese de Guarabira-PB

Dom Lucena, Bispo de Guarabira-PB, apresentou os frades capuchinhos da PRONEB, Frei Francisco Barreto - Provincial do Nordeste 2 - e seus conselheiros freis; Jociel Gomes, José Soares, Reginaldo e os confrades Dimas Marleno Waldem e Francisco de Barros, na Missa da Catedral, às 8h30, no domingo 24 de fevereiro. Frei Francisco Barreto e os demais definidores se mostraram satisfeitos com o convite de Dom Lucena, mas deixaram a definição se aceitam o convite para a reunião do definitório que ocorrerá no próximo mês de março. Já Dom Lucena disse que da parte da Diocese está tudo pronto para receber a nova fraternidade capuchinha no nordeste do Brasil, inclusive com uma casa paroquial.

Também é intenção de Dom Lucena que os frades capuchinhos assumam a Paróquia de Santo Antônio, que está na área territorial do Santuário, a Paróquia tem a Igreja Matriz o Santuário e duas capela na cidade de Guarabira-PB.

Guarabira, 05 de novembro de 2012.Reverendíssimo Frade,

Dirijo-me a Vossa Reverendíssima para confirmar o recebimento da Carta de 12 de outubro de p.p., sobre a celebração do XI Capítulo Provincial, no Convento do Coração Eucarístico de Jesus, em Caruaru-PE, de 17 a 20 de dezembro próximo, sobre a presidência do Definidor Geral para o Brasil, Frei Sérgio Dal Moro, com o tema “Identidade, Senso de Pertença e Liderança”.

Asseguro-lhe minhas orações particulares, inclusive, a oração oficial, pelo êxito do referido Capítulo.

O capítulo Provincial é o órgão colegial que representa toda a província, de acordo com o direito próprio (CDC, Cân 632).

A diocese de Guarabira tem uma relação muito estreita com a ORDEM DOS FRADES MENORES CAPUCHINHOS, que, por muitas vezes, recebeu o missionário Frei Damião de Bozzano, hoje, Servo de Deus. Todos os recordam com muita emoção. No dia 27 de maio de 2000, exatamente três anos após a morte de Frei Damião, foi iniciada a construção do Memorial Frei Damião, no pico da Serra da Jurema, em Guarabira – PB, e inaugurado aos 19 de dezembro de 2004, na presença de milhares de fiéis. Além da estátua de Frei Damião com 34 metros de altura, possui um museu com objetos pessoais, casa de ex-votos, praça de celebração, capela, via-sacra, fotografias, várias estátuas em tamanho natural, as quais reproduzem os aspectos da vida do Servo de Deus Frei Damião. Em 2007 o Memorial foi elevado à categoria de Santuário Diocesano. Quase todas as entradas das cidades que formam a Diocese de Guarabira têm estátuas grandes de Frei Damião.

No dia 17 de maio de 2012, domingo de Pentecostes, foi realizada a tradicional romaria ao Memorial Frei Damião, comemorando os 15 anos da morte do missionário do Nordeste, com a presença de caravanas de muitos Estados do Brasil e representação dos 32 municípios que formam a Diocese de Guarabira. Participaram milhares e milhares de romeiros e devotos do missionário do capuchinho.

O Memorial Frei Damião do Brejo Paraibano fica a 98 quilômetros da Capital, João Pessoa-PB, e 220 quilômetros de Caruaru-PE. Haverá uma grande ligação do Memorial Frei Damião do Brejo Paraibano, em Guarabira, primeiro construído, com o Memorial Frei Damião do Agreste, em Caruaru-PE.

EM GUARABIRA, TODOS OS DOMINGOS CHEGAM CENTENAS DE ROMEIROS DE FREI DAMIÃO. São dezenas e dezenas de ônibus com romeiros de varias localidades. Muitos participam da Missa do Bispo Diocesano na Catedral, ás 8h30, e outros vão direto ao Memorial, mas FALTA acolhia, evangelização, rezas, missas, confissões, via-sacra, terços, etc. Não temos como suprir essas necessidades. Não podemos esquecer a quantidade de testemunhos de curas com casos comprovados. E poucos estão contidos no processo de Beatificação.

Como Frei Damião é capuchinho necessitamos URGENTIMENTE presença dos frades capuchinhos na Diocese de Guarabira para tomar conta das romarias e romeiros do Servo de Deus Frei Damião, no Memorial Frei Damião em Guarabira-PB.

Com as causas de Beatificação e Canonização em andamento em Roma, já começou a aumentar o número de romeiros semanalmente. Pense! Frei Damião Beatificado! Será incalculável o número de romeiros e devotos de Frei Damião visitando o Memorial em Guarabira.

O Clero da Diocese de Guarabira, hoje, deseja a presença dos capuchinhos com a finalidade de tomar conta do MEMORIAL. O povo do Brejo Paraibano, os romeiros e devotos de Frei Damião pedem, há muito tempo.

A Diocese de Guarabira, através de seu terceiro bispo diocesano, formula por escrito o PEDIDO (cf, Cân 609 § 1) de ereção canônica de uma FRATERNIDADE CAPUCHINHA nesta Diocese, no Memorial Frei Damião. Será respeitada a autonomia da Fraternidade e tendo com vida conforme sua índole própria e sua fidelidade específica (Cân 611 § 1).

A Diocese pode disponibilizar uma casa própria a ser construída ao lado do Memorial ou mesmo a Casa Paroquial onde o Memorial está contido. Neste último caso assumiria também a Paróquia.

Considerando a realização do XI Capítulo Provincial, de 17 a 20 de dezembro próximo, o aniversário de oito (8) anos da inauguração do Memorial Frei Damião do Brejo Paraibano no dia 19 de dezembro próximo, apresentamos o nosso pedido acima e confiamos no patrocínio do Servo de Deus Frei Damião, em que o ajudei em algumas missões na Região do Seridó (Cf. anexo Edição Especial Dom Lucena, p. 6).

Estamos rogando ao Espírito Santo que este pedido seja atendido para a maior honra de Deus, neste Ano da Fé e neste Ano Feliciano. Que São Félix de Cantalice e o Servo de Deus Frei Damião intercedam pela criação dessa Fraternidade em Guarabira-PB.

Ao saudar Vossa Reverendíssima, desejo-lhe PAZ E BEM, no Cristo, Bom Pastor.

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10�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013 ESPECIAL

apa Bento XVI, nascido Joseph Alois

PRatzinger, (Marktl am Inn, Alemanha, 16 de abril de 1927) Cardeal-Bispo

Emérito de Roma, é o Papa de Roma desde o dia 19 de Abril de 2005. Foi eleito como o 265º Papa, com a idade de 78 anos e três dias. Foi eleito para suceder ao Papa João Paulo II no conclave de 2005 que terminou no dia 19 de Abril.

Em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI anunciou que renunciaria ao Pontificado em 28 de fevereiro. Começará assim um período de sede vacante, Bento XVI comunicou sua renúncia em discurso pronunciado, em latim, durante um consistório convocado para anunciar três canonizações. "No mundo de hoje", disse, "sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida e para a fé, para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário vigor, tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu de tal modo em mim que devo reconhecer a minha incapacidade de administrar bem o ministério a mim confiado. Deverá ser convocado, por quem de direito, o Conclave para eleição do novo Sumo Pontífice".

Em 2012, o arcebispo italiano aposentado Luigi Betazzi, que conhece o Papa há 50 anos, já havia especulado abertamente sobre a possibilidade de sua renúncia: "Aqueles entre nós que têm mais de 75 anos não são autorizados a comandar nem mesmo uma diocese pequena, e os cardeais com mais de 80 anos não podem eleger o papa. Eu entenderia se um dia o Papa dissesse ‘mesmo eu não posso mais realizar meu trabalho'. (...) Acho que se chegar o momento em que ele ver que as coisas estão mudando, terá coragem para renunciar."

O último papa a renunciar foi Gregório XII, que abdicou em 1415, no contexto do Grande Cisma do Ocidente, e antes dele, houve apenas dois casos: Ponciano e Celestino V.

O Papa deixou o Vaticano às 17h de Roma, e foi para a Residência de Verão de Castel Gandolfo. Depois de eleito o seu sucessor, o Papa se instalará em um mosteiro de clausura dentro dos muros do Vaticano.

Solicitamos a alguns colunistas do Jornal Coração Eucarístico para emitirem sua opinião sobre este fato inédito na história moderna da Igreja:

A Renúncia de Bento XVI

Nestes últimos dias alguém me perguntou sobre o que eu pensava da renuncia do Papa Bento XVI. Respondi no momento que havia sido uma decisão maravilhosa. Na minha mente apareceram muitas imagens dos últimos meses do pontificado do Papa João Paulo II. Aquelas imagens de um homem sem muitas possibilidades físicas, constrangedoras. O mundo inteiro as viu quando não precisaria ter visto. Quanto à pergunta inicial, ainda disse a quem me perguntou: vou pensa r no a s sun to e conve r s a r emos posteriormente. Com o passar dos dias fui lembrando de tantas pessoas que sabendo que a idade avançada não lhes permitem tantas mobilidades, decidem antecipadamente, enquanto tem o uso da razão e a liberdade, encontrar alguém que as substituam nas atividades de administração dos seus negócios sem prejuízo de continuidade. Há até mesmo pais de família que zelosos e amantes do bem estar dos parentes resolvem aval iar todos os bens e distr ibuí- los equitativamente, ficando com a consciência tranquila na espera da última viagem. Atitudes assim só serão possíveis enquanto a pessoa conscientemente pode usar a razão com toda a liberdade. São gestos bonitos e reveladores de maturidade.

Pertinho de mim. Um parente próximo dias antes de morrer tomou a atitude de chamar os familiares, eu tava no meio, e lhes falou assim:

O barqueiro, e a viagemtenho tais e tais objetos..... vendam todos e paguem a conta do hospital com o restante do dinheiro construam um túmulo pra mim e o mesmo servirá pra todos nós. Outras providencias também tomou. Senti ter sido uma atitude consciente e corajosa, do contrário ele n ã o t e r i a c e r t e z a d e q u e a s s u a s responsabilidades seriam cumpridas.

Como posso assumir responsabilidades consciente, também conscientemente posso renunciar direitos. O Papa Bento XVI tinha o direito de governar a Igreja até a morte, mas preferiu conscientemente renunciar para o bem da própria Igreja e para sua paz em consciência. Foi um gesto de grandeza e a grandeza de um homem que está em sua capacidade de decidir livremente sobre o que é bom o que pode e o que deve.

Imaginemos a Igreja como um grande barco de uma grande Empresa que transporta milhões de pessoas todos os dias. Os passageiros deste barco precisam sentir-se seguros em toda viagem. Para garantir a segurança e o conforto da viagem a grande Empresa precisa manter como condutores dos barcos gente nova, saudável e disposta a empreender novas viagens. Acho que o Papa acertou o barco que é a Igreja, precisa não somente de inteligência, mas também de braços fortes, pernas e pés firmes para remar com vigor e andar pelo mundo afora. Viva o Papa!

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013�-�11ESPECIAL

O catolicismo mundial foi surpreendido pela decisão do papa Bento XVI de renunciar. E a surpresa deu lugar à compreensão de tantos que respeitaram reverentemente o desejo do papa. Em alguns casos não faltaram especulações sobre os motivos verdadeiros e eventualmente escondidos para tal gesto definido como extremo. E não faltaram também aqueles que associaram a fragilidade do papa àquela hipotética do catolicismo. Os verdadeiros motivos ficarão para sempre guardados na consciência de Joseph Ratzinger e nem mesmo as pesquisas históricas mais acuradas poderão responder a essa pergunta.

Abandonando a questão das hipóteses sobre os reais motivos, por ser completamente inútil, podemos tentar ler esse acontecimento histórico raro de que fomos testemunhas privilegiadas para colher as suas mensagens mais significativas.

O gesto do papa, como ele mesmo definiu é grave, mas também é totalmente previsível dentro das normas da Igreja. Aqueles que são investidos de ofícios eclesiásticos podem renunciar, essa é a possibilidade que o papa fez recurso dentro do seu legítimo direito. Nada anormal ou excepcional, nem mesmo criativo, já que outros papas também fizeram uso dessa modalidade ao longo da história.

Ao longo dos séculos não é possível dizer com exatidão quantos papas renunciaram, porque não possuímos suficientemente dados sobre todos os pontífices. Daqueles que existem suspeitas de terem renunciado, o fizeram por dois motivos. Nos primeiros séculos, os papas renunciaram porque sofrendo perseguições tinham de deixar a sede de Roma, para evitar que os trabalhos fossem paralisados, renunciavam para garantir o prosseguimento dos cuidados pastorais, como o papa Ponciano (+235), por exemplo.

Depois das perseguições, os papas que renunciaram o fizeram como que obrigados por pressões do poder civil ao qual estavam aliados. Essa interferência dos leigos às vezes era necessária por ocasião, por exemplo, de vários eclesiásticos que simultaneamente arrogavam ser considerados como bispos de Roma. Obrigando a renúncia de todos, até do legitimamente eleito, se partia para uma nova eleição com novos candidatos, como no caso do papa Gregório XII (+1417). Não faltaram casos

‘‘Eu renuncio’’: o maior discurso de Bento XVInos quais, os interesses de ver um papa subserviente aos interesses dos soberanos fizessem com os bispos de Roma fossem destituídos pelo poder imperial, numa linguagem mais diplomática: convidados a apresentar a renúncia, como o papa Silvério (+537), que era filho do papa Hormisdas.

Talvez o caso que mais se assemelha aos motivos recordados por Bento XVI seja do papa Celestino V (+1296) que sendo monge, contra a sua vontade foi obrigado a aceitar o papado, não suportando por se sentir inadequado à função, renuncia e retorna à vida reclusa.

Mesmo usando um direito garantido pelos cânones, a decisão do papa merece uma leitura mais ampla. Acredito, pessoalmente, que este foi o maior discurso que ele poderia ter pronunciado. Como fino teólogo, tantas vezes, Bento XVI nos brindou com discursos significativos, mas nenhum deles pode ser comparado ao que pronunciou em poucas frases latinas no dia 11 de fevereiro.

O papa, em primeiro lugar, reconheceu a importância do ministério de Bispo de Roma e Sucessor do Apóstolo Pedro. O fato de perceber que o mundo em constante mutação exige a presença de um Pastor dinâmico e no pleno de suas forças físicas e espirituais demonstra grande sensibilidade para as reais necessidades da Igreja e o perfil ideal de pastor para os nossos tempos. Mais do que isso, desenhando essas características, o papa separou o desenvolvimento da missão papal de uma pessoa específica, não se demonstrando «dono perpétuo», pelo fato de ter sido escolhido pelos cardeais, da missão que lhe foi confiada. A missão existe e é importante perenemente, mas aquele que a exerce pode mudar de acordo com os tempos.

Bento XVI depois de reconhecer a importância do papado, fez então a sua «confissão», como outrora tinha feito Agostinho, santo pelo o qual nutre especial admiração. Reconheceu-se fraco para desenvolver a sua missão. Nisso o papa foi único e original. Até então o papa tinha sido desenhado como alguém invencível, indestrutível, mártir até as últimas consequências. Essa propaganda servia àqueles que queriam divinizar a sua pessoa, torná-la quase um santo vivente na terra,

sobretudo nos últimos anos quando o mundo é apresentado em muitos discursos católicos como hostil e que a única reação da Igreja ideal seria apresentar-se como fortaleza de onde se condenam o mundo e seus erros. O papa renunciando revelou o rosto humano do papado. Neste sentido foi muito bíblico, pois Pedro tantas vezes no Novo Testamento se apresenta como frágil, pecador, inseguro, mas profundamente apaixonado por Cristo. Reconhecer a sua fragilidade é muito mais do que manifestar o seu mítico poder; ser humano e reconhecer-se como tal, um sinal de profunda sabedoria. Neste sentido o papa demonstrou muito de sua liberdade interior e de obediência à sua consciência. O tentar fazer diferente, o não repetir esquemas, não assumir funções, somente porque «sempre foi assim» demonstra um paradoxo da situação, o papa que renuncia porque se assume como idoso, apresentou-se profundamente jovem, moderno e atual, capaz de inovar, de tentar novas estradas e de provar novas situações.

Essa decisão autônoma e livre de Bento XVI é ao mesmo tempo dentro dos parâmetros legais da Igreja (prevista no seu direito canônico), compreensível do ponto de vista humano, mas profundamente inédita pela sua coragem. A Igreja abre assim espaço a refletir sobre tantas funções, mesmo nas pequenas comunida-des e experiências católicas, aonde se proliferam os «donos» ou aqueles que alimentam a ilusão que são «insubstituíveis». Demonstra a necessidade de dar espaço ao novo de Deus em tantas circunstancias. Certamente vamos ter de nos acostumar com a figura de um bispo que renunciou ao ministério papal, não será, porém a primeira vez, pois também na história recente nos acostumamos aos bispos eméritos, antes vistos como raridade, hoje como fruto de um procedimento normal e que ajuda a revigorar as igrejas diocesanas pela sadia passagem de responsabilidades.

Cabe a nós vivermos esse momento único como riqueza para todos nós, para as nossas comunidades. Refletirmos e transformarmos em oração esse gesto do papa e procurar aprender desse que foi o maior discurso de Bento XVI à sua Igreja.

A Renúncia de Bento XVI

Prof.�Dr.�História�da�IgrejaPe.�João�Paulo�de�Araújo�Gomes

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12�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013 ESPECIAL

A Renúncia de Bento XVI

A notícia da decisão do Papa Bento XVI, no dia 11 de fevereiro de 2013, dia da Festa de Nossa Senhora de Lourdes, de renunciar ao Pontificado que recebeu como Bispo de Roma, sucessor de Pedro e Pastor da Igreja de Cristo, com efeito, a partir da noite de 28 de fevereiro, uma data que ficará gravada na história da Igreja, abrindo caminho à eleição de um novo Papa, surpreendeu, abalou o mundo. A maioria, dentro e fora da Igreja e do Vatican o, ainda tenta entender o seu alcance e o seu significado. Isto tem monopolizado os meios de comunicação social, já que não tiveram nenhum conhecimento prévio da decisão do Papa.

O anúncio foi feito pelo próprio Papa, de modo sereno e humilde. Desde o início do papado, apresentou-se como “um humilde trabalhador na vinha do Senhor”, sempre cuidadoso para usar com sabedoria as forças físicas, que não eram mais vigorosas, a fim de realizar do melhor modo possível o trabalho imenso que lhe foi confiado, com uma idade avançada. A surpresa depressa ganhou admiração pela corajosa lucidez do Papa Bento XVI em reconhecer as limitações de suas forças para exercer adequadamente o ministério a serviço da Igreja e para o bem de toda a humanidade. Demos graças a Deus por este extraordinário Papa, corajoso em proclamar a verdade e a união entre fé e razão. O seu zelo apostólico nos revelou uma fé forte e constante na fez tudo para todos, tanto assim, que tem recebido amáveis manifestações de apreço do povo e de autoridades de todo o mundo. A sua vida, os seus escritos e, agora, a sua renúncia inscrevem-se luminosamente na história da Igreja e do mundo. Com este gesto, Bento XVI, “servo dos servos de Deus”, ensina que todo o poder na Igreja é serviço. O seu estilo pessoal, intelectual e simples comunicou acessivelmente o seu pensamento, afrontando os problemas e defendendo a paz.

A sua missão futura, diz o Papa: «Quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, à santa Igreja de Deus». Agora vemos que em abril de 2009, quando Bento XVI visitou o túmulo de Celestino V, um dos Papas que renunciou ao trono de Pedro, não só rezou, mas colocou gentilmente um pálio na urna de vidro de Celestino. Ele, com seu jeito discreto e

A renúncia do Papa Bento XVI

Dom�Francisco�de�Assis�Dantas�de�LucenaBispo�de�Guarabira-PB.

prudente, já tinha falado da possibilidade de renunciar, no livro-entrevista “Luz do Mundo” (cf. p. 48), de 2010. Ao se referir sobre a vinda do Papa à Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro disse: “o Papa irá, eu ou meu sucessor”. Bento XVI não nos abandona. Com segurança, ele convida a Igreja a se confiar ao Espírito Santo e a um novo sucessor de Pedro. Durante a Sé Vacante e após a eleição do novo papa, Ratzinger continuará Bento XVI. Ele não exercerá mais a função de Bispo de Roma. Sabendo que a aceitação do ofício de sucessor de São Pedro não possui natureza sacramental, mas um serviço supremo de jurisdição.

Ao renunciar, deixa de ser Papa. Não haverá dois papas. Após a renúncia de Bento XVI e a eleição do novo Papa, não haverá um no cargo e outro “aposentado”. Bento XVI não poderá exercer prerrogativas, como a da infalibilidade, que são intimamente ligadas ao poder de jurisdição pontifício. Mas toda vez que nos referirmos ao “magistério” de Ratzinger, devemos nos reportar ao “Papa Bento XVI”.

Muitas questões no dia a dia ainda demandarão uma solução apropriada. Não existe dúvida sobre o direito de um Papa renunciar. O atual Código de Direito Canônico prevê a possibilidade de renúncia do Papa (c. 332 §2). Nos artigos 1 º e 3 º da Constituição Apostólica Universi Dominicis Gregis, de 1996, também prevê que a vacância da Sé Apostólica seja determinada não só pela morte do Papa, mas também por sua renúncia válida.

Na História de renúncias papais, o caso mais conhecido é o de São Celestino V, em 1294, que se julgou oportuno renunciar, por não se sentir à altura do cargo que assumira. Despojou-se da insígnia papal e das roupas, e tomou o hábito de eremita. O último caso registrado foi o de Gregório XII, em 1415, para recompor o Grande Cisma do Ocidente. Este foi reintegrado ao Sacro Colégio com o título de Cardeal-bispo do Porto (na Córsega) e com o primeiro posto após o Papa. Abandonou o nome e o hábito pontifício e retomou o nome de Cardeal Ângelo Correr. Faleceu em 1417.

O Papa pode, sim, renunciar. A renúncia de Bento XVI ao Pontificado aparece como um ato legítimo do

ponto de vista teológico e canônico, mas, no plano histórico, assusta pela descontinuidade com a tradição e a prática da Igreja nestes últimos séculos. Há quem veja o que poderiam ser as suas consequências, por se tratar de um ato não simplesmente “inovador”, mas “revolucio-nário”.

Para muitos, a renúncia de Bento XV não é comparada, nem com Celestino V nem com Gregório XII. Estes renunciaram em situações excepcionais. Já a razão, oficial, dada pelo próprio Bento XVI, é mais do que a exceção, exprime a normalidade. “No mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacida-de”, afirmou o Papa.

O gesto de Bento XVI não pode ser avaliado de acordo com um critério puramente humano, como se a Igreja fosse uma multinacional guiada em termos de pura eficiência, prescindindo de qualquer influxo sobrenatural. A Igreja Católica, fundada por Cristo e guiada pelo Espírito Santo vencerá, como já venceu há mais de 2.000 anos de história, todas as dificuldades, adversidades e perseguições romanas contra ela. Sem dúvida, o que dirá e fará Bento XVI, ou o cardeal Ratzinger, nos próximos dias? Ele continuará sua missão evangelizadora e de amor pela Igreja numa vida de oração no Mosteiro que existe dentro do Vaticano. No mundo atual, onde pessoas querem se perpetuar no poder, alguém que tem esse direito vitalício abre mão dele por pura humildade e pensando no bem da Igreja e do povo de Deus.

O Papa nos dá esse exemplo. Sentindo ele mesmo o peso da idade e a natural diminuição de suas forças físicas, “bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade”, renunciou ao ministério de Bispo de Roma, sucessor do Apóstolo Pedro. Somos imensamen-te gratos ao Papa Bento XVI, e o Espírito Santo continuará guiando a barca de Pedro nas novas tempestades que inevitavelmente o esperam.

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013�-�13ESPECIAL

José Ronildo da SilvaComunidade Católica Manain

A Igreja é de CristoTodos foram pegos de surpresa com a

notícia da renúncia do Papa Bento XVI. Eu estava no nosso retiro de carnaval, começando a animar com cânticos o louvor, quando um adolescente se aproximou e me deu a notícia. Procurei não especular nada, até porque tinha uma tarefa a cumprir naquele momento. Depois então, com calma, procurei conversar com as pessoas e pesquisar o que estava sendo dito sobre este assunto. Muito já se escreveu sobre o mesmo, mas com certeza ele ainda está longe de ser esgotado. Pediram-me então que tecesse uma opinião do ponto de vista “carismático” sobre este fato incomum.

No ato mesmo da renúncia, quando o Santo Padre comunicou aos cardeais a sua decisão, chamou-me a atenção a sua humildade em reconhecer a “incapacidade para administrar bem o ministério” que lhe fora confiado. Penso que seu gesto é inspirado no Evangelho, pois é comum justamente o contrário: agarrarmos-nos aos cargos que ocupamos. Sua decisão nos questiona sobre como lidamos com o poder que nos é confiado, especialmente na Igreja. Nós – leigos, religiosos, diáconos, padres e bispos – muitas vezes nos apegamos exageradamente aos postos que ocupamos na Igreja, nas pastorais, nos movimentos e comunidades, e somos ciosos de nosso status. A coragem do Papa nos questiona!

Também me tocou o seu pedido de perdão: “peço perdão por todos os meus defeitos”, disse ele. Este Papa foi muito criticado pelos ultraconservadores porque o achavam muito progressista, mas também pelos progressistas radicais que, pelo contrário, o achavam conservador demais! Creio que ele foi muito mais criticado pela mídia que seu antecessor, o Papa João Paulo II. Porém, ele vem humildemente pedir perdão pelos seus defeitos! Acredito que independentemente de concordarmos ou não com algumas de suas opiniões ou decisões, nestes

quase oito anos de pontificado, ele revelou-se um homem cada vez mais sincero na sua busca de Deus e de fazer aquilo que julgava correto para o bem da Igreja. Podemos aprender aqui a capacidade de reconhecer nossos defeitos, nossos limites.

Também me chamou a atenção o que ele afirmou na Quarta-Feira de Cinzas: “Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o Qual não lhe deixará jamais faltar a sua orientação e a sua solicitude.” A Igreja é de Cristo! Ela não é dos homens, mas de Deus! O ministério do Papa está a serviço da Igreja, e não o contrário. Com esta afirmação o Papa Bento nos dá um ensinamento precioso sobre o senhorio de Jesus Cristo: toda a realidade da Igreja, grupos, pastorais, movimentos, como

também nossas vidas e famílias, pertencem a Cristo. Amanhã, quando não estivermos mais aqui ou não pudermos mais cumprir a missão que nos foi confiada, outros assumirão o nosso lugar e a obra de Deus continuará. Não somos insubstituíveis! Somos chamados pelo Senhor a cumprir uma missão na Igreja e no mundo, mas a obra é bem maior que nós.

São Paulo diante das divisões na Igreja de Corinto, motivadas por apego a uma ou outra pessoa que exercia liderança na comunidade, disse algo que serve também para nós hoje: “Portanto, ninguém ponha sua glória nos homens. Tudo é vosso: Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente e o futuro. Tudo é vosso! Mas, vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus” (1Coríntios 3,21-23). Os servidores na Igreja passam, mas a Igreja continua com a sua missão de anunciar o Evangelho até os confins da terra (cf. Mateus 28,19-20). Estou certo de que somente com o tempo poderemos medir o alcance desta decisão do Santo Padre, porém desde já podemos ir aprendendo e avançando na nossa compreensão do seguimento de Cristo.

A Renúncia de Bento XVI

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14-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013 FRANCISCANISMO

Nos primeiros tempos da Ordem Franciscana, quando ainda não havia grandes conventos, a vida dos frades era muito simples e informal. Predominava um estilo de vida itinerante, semelhante àquele assumido por Jesus e seus discípulos. Os frades se dividiam em pequenos grupos a fim de pregar o Evangelho pelas cidades e arredores, abrigando-se em igrejas abandonadas, leprosários ou qualquer outra pobre habitação. Era também comum a opção de viver recolhido nos eremitérios, saindo periodicamente para desempenhar trabalhos missionários.

Nesta fase inicial da Ordem, os frades que viviam espalhados por várias regiões se reuniam uma vez por ano, em Assis (Porciúncula), por ocasião da festa de Pentecostes, para um encontro fraterno em torno do pai São Francisco. Este encontro anual passou a ser chamado de Capítulo Geral. Mais adiante, quando, em 1217, a Ordem se organizou em Províncias (um determinado território para um certo número de frades), nasceu também a necessidade de realizar os Capítulos Provinciais. É interessante notar que a Regra de São Francisco, escrita em 1223, não prescreve o Capítulo Conventual (nem tampouco a regra anterior de 1221), certamente porque os Capítulos Gerais e Provinciais eram satisfatórios para a organização e necessidade dos frades.

Mais adiante, quando nas províncias foram surgindo os grandes conventos, se fez necessário organizar melhor cada comunidade de frades. Neste contexto, deu-se início o costume, herdado da tradição monástica, de realizar também o Capítulo Conventual como um espaço fraterno onde os irmãos pudessem discutir seus problemas, tomar decisões em comum e cuidar da própria formação espiritual. “As poucas informações históricas que temos a respeito da origem do Capítulo Conventual nos

Frei Salvio Romero, eremita capuchinho.

As origens do Capítulo Conventual

conventos franciscanos nos garantem que, por volta de 1230, já faziam parte integrante da organização cotidiana da vida comunitária” (SANNA, Ambrogio, Dicionário Franciscano, Vozes, 2ª edição, pág. 80).

Na segunda Ordem franciscana (claris-sas), por ter sido organizada em mosteiros autônomos e independentes uns dos outros, nunca houve a necessidade de realizar capítulos gerais ou provinciais. Na Regra de Santa Clara, é prescrito que cada mosteiro deve realizar o seu próprio Capítulo Conventual: “Pelo menos uma vez por semana, a abadessa tenha que convocar suas irmãs para um capítulo. Aí, tanto ela quanto suas irmãs devem confessar humildemente suas faltas e negligências comuns e públicas. E tratem aí, de acordo com todas as irmãs, o que for necessário para a utilidade e o bem do mosteiro, porque muitas vezes o Senhor revela à menor o que é melhor” (Regra de Santa Clara 15, 15-18).

Finalmente, nas Constituições de 1260, os frades fixaram normas para a realização dos

Capítulos Conventuais, provavelmente repetindo as normas aprovadas nas primeiras Constituições de 1239. Essas Constituições eram um conjunto de normas, aprovado em Capítulo Geral, que tinha como objetivo aplicar e atualizar a Regra escrita por São Francisco.

Desde suas origens, o Capítulo Conventual sempre teve duas funções principais:

a) função religiosa: revisão de vida, correção fraterna, escuta da Palavra de Deus, estudo da Regra, exortação espiritual;

b) função de participação no governo: o guardião reúne seus irmãos para discutirem juntos as questões referentes ao bom andamen-to da fraternidade.

Os capítulos franciscanos expressam muito bem o espírito fraterno da Ordem fundada por São Francisco. Neles os irmãos partilham a responsabilidade, o cuidado e o zelo por tudo o que se refere ao bem de todos os irmãos.

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013-�15PRONEB

01. O bem-aventurado João Paulo II, em uma de suas muitas e ricas encíclicas, “A Missão de Cristo Redentor” (Redemptoris Missio), faz referência a essa realidade, quando fala do “caráter missionário de todo o Povo de Deus”, convidado a dar o seu contributo missionário na construção do Reino: Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos e: A necessidade de que todos os fiéis compartilhem tal responsabilidade não é apenas questão de eficácia apostólica, mas é um dever-direito, fundado sobre a dignidade batismal. E mais adiante: Membros da Igreja, por força do batismo, todos os cristãos são corresponsáveis pela atividade missionária (RM 3.71.77). É, sem dúvida, um apelo claro à “corresponsabilidade”, termo que significa, a nosso ver, sentir-se comunitariamente, fraternalmente responsável por alguém ou por algo.

Se olharmos com um pouco de atenção para o Livro Sagrado, vamos encontrar aí, nesta mesma linha de pensamento, algumas passagens esclarecedoras que, de certo, iluminarão o tema que é objeto da nossa reflexão:

- O Senhor disse a Caim: ‘Onde está teu irmão Abel?’ – Caim respondeu: ‘Não sei! Sou porventura eu o guarda do meu irmão?’ (Gn 4,9);

- ... Todos que estavam em idade de conhecer e compreender, juntaram-se aos seus irmãos, às pessoas importantes, e se comprome-teram com juramento a caminhar segundo a lei de Deus (Ne 10,29b-30a);

- Apliquemo-nos a conhecer o Senhor; sua vinda é certa como a aurora... (Os 6,4a);

- Estes são os Doze que Jesus enviou em missão, após lhes ter dado as seguintes instruções... (Mt 10,5a);

- Jesus porém respondeu: ‘Não é necessário:

Frei�José�SoaresMestre�de�Noviços�da�PRONEB

A CORRESPONSABILIDADE NAS CONSTITUIÇÕES DA OFS

dai-lhes vós mesmos de comer’ (Mt 14,16).02. Eis o que dizem as nossas Constituições

a respeito da corresponsabilidade dentro da vida franciscana:

Art. 30,1: Os irmãos são corresponsáveis pela vida da Fraternidade a que pertencem e pela da OFS como união orgânica de todas as fraternidades espalhadas pelo mundo;

§ 2: O senso de corresponsabilidade dos membros exige a presença pessoal, o testemu-nho, a oração, a colaboração ativa segundo as possibilidades de cada um e os eventuais compromissos na animação da Fraternidade;

§ 3: Em espírito de família, cada irmão contribua para a caixa da Fraternidade na medida de suas possibilidades para fornecer os meios financeiros necessários à vida da Fraternidade e às suas obras de culto, de apostolado e caritativas. A Fraternidade dê sua contribuição financeira para o funcionamento das Fraternidades de nível superior.

03. Nosso pai São Francisco de Assis também nos dá este exemplo concreto de corresponsabilidade ao exortar os seus a se sentirem responsáveis pela construção do Reino, mediante a atuação missionária:

- Então, o bem-aventurado Francisco convocou todos a si e, anunciando-lhes muitas coisas sobre o reino de Deus, o desprezo do mundo, a abnegação da própria vontade e o domínio do próprio corpo, dividiu-os dois a dois para as quatro partes do mundo e disse-lhes: ‘Ide, caríssimos, dois a dois, pelas diversas partes do mundo, anunciando aos homens a paz e a penitência para a remissão dos pecados; e sede pacientes na tribulação, seguros de que o Senhor cumprirá seu propósito e sua promessa (1Cel 29,2-3).

Abertura do Pós Noviciado no Convento Coração Eucarístico

Aconteceu na última quinta-feira dia (21), às 11h, no Convento Coração Eucarístico de Jesus, em Caruaru-PE a abertura do Pós Noviciado 2013, da Proneb. A celebração eucarística foi presidida pelo ministro provincial, Frei Francisco Barreto e concelebrada pelo conselheiro da formação inicial, Frei Jociel Gomes, pelo guardião, Frei Ademir Oliveira, pelo formador, Frei Hélio Júnior e demais confrades da Fraternidade. Os Pós Noviços: Frei Diego Bezerra da Silva, Frei Fabiano de Castro Lima, Frei José Mário Mendes e Frei Walter Benício da Silva já residem no convento e iniciaram este ano o curso de filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru - FAFICA.

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ACONTECEU16�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de��março�/2013

Charles�Cavalcanti.

o domingo 17 de fevereiro, na cidade de NCaruaru-PE, os devotos do Frei Damião de Bozzano celebraram uma missa às 9h,

no terreno onde será edificado o Memorial, Museu e Cripta definitiva do “Apostolo do Nordeste”. Também foi apresentado aos romeiros, frei Abelardo Oliveira, OFMCap. Presidente da FREIDAMIAORG. que cuidará da construção e organização do Santuário. Às 6h, teve início a caminhada dos devotos saindo da Igreja do convento dos capuchinhos em direção ao terreno, em percurso de aproximadamente 10 KM, que os romeiros fazem em 2 horas, rezando e cantando durante a caminhada que acontece todo 3º domingo de cada mês, a um ano. Ao chegarem são recepcionados por paroquianos do Coração Eucarístico, e em seguida participarem da Santa Missa.

Os romeiros estavam muito felizes com a celebração do primeiro ano de Missas no futuro Memorial do Agreste, frei Abelardo aproveitou a oportunidade para anunciar que ainda este mês terá início à construção de um galpão, para acolher as pessoas durante as celebrações que se tornarão mais frequentes após a construção. Antes da Missa, os frades atenderam a confissões e ao termino foi dada uma bênção aos motoristas e seus veículos ali presentes. Já frei Lopes, que tem conduzido todos os meses a “caminhada com frei Damião” destacou o crescente número de pessoas nas caminhadas (mais de 200) e nas Missas, mensalmente.

Os frades capuchinhos da PRONEB – Província N. Sra. da Penha do Nordeste do Brasil, criaram a organização FREIDAMIAORG, em uma assembleia no ano 2012, onde foi eleita a diretoria que será responsável pela construção e administração do futuro Santuário. O presidente é frei Abelardo Oliveira e vice-presidente frei Antônio Lopes, e conta também com os frades Jociel Gomes (vice-postulador da causa de beatificação e canonização) frei Cláudio Simões e frei Nunes. Frei Francisco Barreto – provincial – enfatizou: “Estamos aguardando as obras de acesso, desmatamento e terraplanagem pelo Governo do Estado, que já se encontra em licitação, creio deve sair ainda neste semestre, então poderemos iniciar a construção dos edifícios que vão compor todo o conjunto do Memorial ao f re i Damião de Bozzano, no Ag res te Pernabucano”.

As pessoas que fazem a “caminhada com frei Damião” testemunham que além das orações e cantos também tem conseguido ganhos em sua saúde após a longa caminhada, e que a simpatia e simplicidade do frei Lopes, as cativa a continuar e a atraírem mais pessoas da família para esse momento de fé e esperança ao encontro com o Senhor Jesus nas Missas. “Somos bem acolhidos na chegada ao “santuário”, e depois participamos da Missa” relatou a Sra. Mariana Silva.

Um ano de Missas no terreno do futuro

Memorial Frei Damião

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013�-�17ACONTECEU

Frei�Abelardo�atendendo�confissões

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18-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de��março/2013 ÚLTIMAS�NOTÍCIAS

Rádio�Vaticana

idade do Vaticano (RV) – Histórica audiência Cgeral na manhã desta quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013. Papa Bento XVI, que no

último dia 11 surpreendeu o mundo anunciando sua renúncia ao ministério petrino, despediu-se hoje dos fiéis católicos na Praça São Pedro. A Cidade do Vaticano e seus arredores se coloriram com dezenas de milhares de pessoas providas de bandeiras, bancos dobráveis, garrafinhas de água e máquinas fotográficas para imortalizar o evento.

Muitas famílias levaram suas crianças, e visto que as Universidades Pontifícias cancelaram as aulas para permitir que os alunos participassem da audiência, a Praça estava também repleta de jovens, muitos religiosos e religiosas estudantes na cidade. Bento XVI chegou a bordo do papamóvel, saudando os fiéis de todos os setores do perímetro da Praça São Pedro. O automóvel parou por alguns instantes para pegar nos braços uma criança e beijá-la na cabeça.

Do palco montado para a ocasião, recebeu um caloroso aplauso de todos os presentes e proferiu a catequese, a última de seu pontificado. Agradecendo principalmente a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, o Pontífice quis “abraçar” a Igreja de todo o mundo, assegurando que tem consigo todos nós em suas orações. “Estou realmente comovido e vejo a Igreja viva!” – prosseguiu. Em seguida, disse sentir-se muito confiante de que o Evangelho purifique e renove, levando frutos aonde quer que a comunidade o escute e receba a graça de Deus, vivendo na caridade. Relembrando o dia 19 de abril de quase 8 anos atrás e o tempo passado até hoje, o Pontífice disse que o Senhor sempre lhe esteve próximo e ele pode sentir cotidianamente sua presença:

“Foi um trecho do caminho da Igreja que teve instantes de alegria e de luz, mas também momentos difíceis; tempos de sol e brisas leves, em que a pesca foi abundante, e momentos em que as águas estiveram agitadas e o vento contrário. Mas eu sempre soube que naquele barco estava o Senhor e que o barco não era meu, nem de vocês, mas Dele, que não o deixa naufragar. É Ele que o conduz, certamente através também dos homens que escolhe, porque os quer. Esta

se despede dos fiéis na Praça S. PedroBento XVI

foi e é uma certeza que nada pode ofuscar. E é por isso – completou Bento XVI – que hoje meu coração está pleno de graças a Deus, porque nunca fez faltar à Igreja e a mim o seu consolo, sua luz e seu amor”.

O Pontífice destacou também que “um Papa nunca está sozinho no timão do barco de Pedro, embora esta seja a sua primeira responsabilidade”: “Nunca me senti sozinho, com a alegria e o peso do ministério petrino. O Senhor colocou a meu lado muitas pessoas que com generosidade e amor a Deus e à Igreja, me ajudaram, estando perto de mim”. Bento XVI citou os cardeais, os colaboradores e todos os funcionários da Santa Sé; os irmãos bispos e a Igreja de Roma, da qual é bispo; e naturalmente todo o povo de Deus:

“Nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre senti muito carinho; mas eu também quis bem a todos, sem distinção. Sempre levei vocês, todos os dias, na oração, com o coração de pai” – disse, estendendo também seu agradecimento aos diplomatas que representam na Santa Sé “a grande família das Nações”, e aos jornalistas “que trabalham por uma boa comunicação e que desempenham um serviço importante”

Na sequência dos agradecimentos, Bento XVI citou especialmente as pessoas que de todo o mundo lhe enviaram mensagens de amizade e orações, nas últimas semanas:“O Papa pertence a todos e muita gente se sente próximo a ele. Recebo cartas de Chefes de Estado, de líderes religiosos, mas também de pessoas simples, que querem enviar-me o seu afeto, que me escrevem como se escrevessem a um irmão, irmã, filho ou filha, com quem mantêm uma relação ‘familiar’ muito carinhosa. Viver a Igreja assim é razão de alegria nestes tempos em que tanto se fala de declínio”.

Em seguida, ele explicou aos fiéis que nos últimos meses, à medida que sentiu que suas forças estavam diminuindo, pediu a Deus, insistindo com as orações, que o iluminasse para tomar a decisão mais justa para o bem da Igreja: “Fiz este passo na plena consciência de sua gravidade e da novidade, mas profundamente tranquilo no espírito. Amar a Igreja significa também ter a coragem de tomar decisões difíceis, tendo sempre em vista o bem da Igreja e não de si próprio”.

Lembrando novamente o que sentiu no dia de sua eleição, em 2005, o Papa disse que “quem assume o ministério petrino perde a sua privacidade; passa a pertencer sempre e totalmente a todos, a toda a Igreja. A dimensão privada é excluída de sua vida. Eu pude perceber, e percebo especialmente agora, que ao doar a própria vida, nós a recebemos”. “Minha decisão não implica no retorno à vida privada. Não terei mais viagens, audiências, conferências, etc; mas não abandonarei a Cruz, continuarei junto ao Senhor Crucificado, de um modo novo. No ofício da oração, permanecerei no ‘espaço’ de São Pedro. São Bento, cujo nome adotei como Papa, será um grande exemplo para mim. Ele mostrou o caminho para uma vida que, ativa ou passiva, pertence totalmente à obra de Deus”.

Após quase uma hora de sua chegada na Praça, o Papa se despediu de todos sob os aplausos da multidão, assegurando que acompanhará o caminho da Igreja com orações e reflexões e pediu que rezemos pelos Cardeais, chamados a um dever tão importante, e pelo novo Sucessor do Apóstolo Pedro. Bento XVI fez resumos de sua catequese em francês, inglês, espanhol, alemão, árabe, polonês, croata, tcheco, romeno, eslovaco e português.

Compromissocom�o�que�faz

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013�-�19SAÚDE

Av. Dr. Pedro Jordão, 33 Sala 719 12º andar - Maurício de Nassau Caruaru - PE CEP: 55012.640 81 3721.1390(marcação 24 horas - 81 9402.7250) SOS Mão Recife - Tel: 81 3087.9595 [email protected]

Dr. Kleber Oliveira BarbozaCRM 9671 TEOT 7409

Ortopedia e TraumatologiaCirurgia da Mão e MicrocirurgiaCirurgia dos Nervos Periféricos

MonserrateLaboratório de Análises Clínicas

Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) mostra que, em janeiro deste ano, 267 municípios brasileiros estavam em situação de risco para dengue; 487 em situação de alerta e 238 em situação satisfatória. A pesquisa, que serve para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue, foi realizada em 983 municípios. No mesmo período do ano passado, 765 cidades fizeram o levantamento, sendo que 146 foram consideradas em risco; 384 em alerta e 235 em situação satisfatória.

Confira os dados do LIRAa:- Região Norte- Região Nordeste- Região Sudeste- Região Centro Oeste- Região Sul

Por região, a maior concentração das larvas do mosquito em reservatórios de água ocorreu no Nordeste, com 76,2%. Por outro lado, foi na Região Sudeste onde se concentraram os maiores focos em depósitos domiciliares, com 63,6%.

Quanto às capitais, o LIRAa deste ano apontou situação de risco em Palmas (TO) e Porto Velho (RO); de alerta em Belém (PA); Manaus (AM); Rio Branco (AC); Aracaju (SE); Fortaleza (CE); Maceió (AL); Recife (PE); Salvador (BA); São Luís (MA); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); Brasília (DF); Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). Já Boa

Dengue: LIRAa indica 487 municípios em alertaPesquisa�feita�pelo�Ministério�da�Saúde�em�983�cidades�identifica�crescimento�dos�criadouros�dos�mosquitos�

Vista (RR); João Pessoa (JP) e Teresina (PI) apresentaram índice satisfatório.

“O levantamento deve servir para alertar os estados e os municípios. Os gestores locais devem combinar as ações nas casas das pessoas, seja na coleta do lixo ou na limpeza das caixas d´água. Devemos agir para evitar mais óbitos e casos graves”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

CAMPANHA - Com o slogan “Dengue é fácil combater, só não pode esquecer”, a campanha desde ano incentiva a população a praticar medidas simples de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti. A campanha também alerta sobre os sinais e sintomas da doença e quais as principais medidas que devem ser adotadas, em caso de suspeita. A campanha é dirigida à população em geral, g e s to res, l i de ranças comun i t á r i a s, movimentos sociais, entre outros.

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20-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�março/2013 INFORME

Não�perderHoje�vivemos�um�momento�de�transformações�sociais�onde�tudo�o�que�parecia�ser�

não� é�mais.� Com� tudo,� tentamos� viver� da�melhor� forma,� pondo� nas� consequências�motivos�positivos�de�que�Deus�está�conosco.�Recentemente�recebemos�a�triste�notícia�de�que�o�nosso�Papa�Bento�XVI�renuncia�ao�um�lugar�tão�representativo�que�é�o�papado.�Contudo,� não� podemos� perder� o� espírito� de� comunidade� católica� e� que,� hoje,� é�necessário�nos�mantermos�bem�e�de�pé.

Acreditamos�que�foi�esse�um�dos�motivos�para�renuncia.�Sabemos�da�grande�difícil�decisão� em� desistir� de� algo� que� fomos� � delegados,� porém,� torna-se� viável� quando�acreditamos�que�é�o�melhor�caminho.�Nesse�novo�período,�precisamos�nos�unir�mais�e�acreditar�na�força�que�nós,�católicos�temos�olhar�o�mundo�e�ter�a�certeza�de�que�nós�somos�capazes�de�manter�e�aprimorar�a�nossa�Igreja.�Juntos�seremos�fortes.�A�Pastoral�do�Menor�junto�às�crianças�e�adolescentes�acreditamos�no�melhor�que�a�Igreja�Católica�é.

Durante�a�Quaresma,�está�sendo�realizada�todas�as�sextas-feiras,a�Via-Sacra,�às�5h,�com�

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24/03�-�8h30�Missa�de�Ramos.����������������Procissão�saindo��salão�São�Paulo�Apóstolo�para�Igreja�Matriz25/03�-�Confissões26/03�-�19h30�Missa�Santo�Antônio27/03�-�19h30�Celebração�Penitencial�(não�haverá�Missa)28/03�-��9h�Missa�do�Crisma�(Santos�Óleos)�-�Matriz�da�Paróquia������������������Nossa�Senhora�do�Monte�Carmelo����������������19:30�Missa�do�Lava-pés�(Convento)29/03�-�6h�Via-Sacra�pelas�ruas�da�Paróquia����������������16h�Celebração�da�Paixão30/03�-�20h�Sábado�Santo�(Missa�do�Aleluia)31/03�-�6h/9h/19h�Missa�da�Páscoa

Programação�Programação�Programação�