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Lavapés

JOSÉ pedrO rOdrigueS gOnçalveS - Editora Entrelinhas · memória da minha vida. Jenny cockell em Minha vida em outra vida. aecimentosgrad as meus irmãos que refrescaram minha o

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Lavapés

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JOSÉ pedrO rOdrigueS gOnçalveS mOacyr freitaS

cuiabá, 2019

LavapésRevisitando a história de Cuiabá

e de alguns dos seus personagens

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© 2019. José pedro rodrigues gonçalves e moacyr freitas. direitos desta edição reservados para entrelinhas editora.

Impresso no Brasil 1ª edição em setembro de 2019

Reprodução proibida art. 184 do código penal e lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

nenhuma parte desta edição pode ser reproduzida ou utilizada – em quaisquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia ou gravação, etc, – nem apropriada ou estocada em

sistema de banco de dados sem expressa autorização.

entrelinHaS editOra Av. Senador Metelo, 3.773, Jardim Cuiabá • CEP 78030-005 – Cuiabá, MT, Brasil

Distribuição e Vendas: (65) 3624 5294 • e-mail: [email protected] www.entrelinhaseditora.com.br

edição e projeto gráfico maria teresa carrión carracedo

Arte-finalização maike vanni

produção gráfica ricardo miguel carrión carracedo

assistente Calebe Borralho

revisão marinaldo custódio

ilustrações da capa e interior moacyr freitas, desenhos a lápis [diversas datas] capa: Lavapés [2019]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

1. cuiabá : mato grosso : memórias e história 981.721

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

gonçalves, José pedro rodrigues lavapés : revisitando a história de cuiabá e de alguns de seus personagens / José Pedro Rodrigues Gonçalves ; [ilustrações] Moacyr Freitas. -- Cuiabá, MT : entrelinhas editora, 2019.

Bibliografia. ISBN 978-85-7992-129-2

1. Cuiabá (MT) - Bairros 2. Cuiabá (MT) - História regional 3. Histórias de vida 4. memórias i. freitas, moacyr. ii. título.

19-29445 CDD-981.721

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este livro é dedicado a todos aqueles personagens, que mesmo permanecendo no anonimato ou

esquecidos pelos novos habitantes desta capital fizeram de Lavapés

um dos bairros mais importantes da história de Cuiabá.

ao meu pai, cujo exemplo de conduta e honradez permanece marcando a

nossa trajetória todos os dias.

— José Pedro Rodrigues Gonçalves

dedico este livro à minha esposa e aos meus filhos Jomini, Janini e Joilson.

— Moacyr Freitas

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O processo de compartilhar essa história com outras pessoas

ocupou um lugar próprio na minha experiência como um

todo. Ouvir a opinião dos outros e meu pensamento

crítico me ajudaram a descobrir como as outras pessoas viam o que eu considerava como a

memória da minha vida.

Jenny cockellem Minha vida em outra vida

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agradecimentos

aos meus irmãos que refrescaram minha memória e ainda trouxeram contribuições impor-tantes, relembrando fatos dos quais não participei pessoalmente, mas que havia tomado conhecimen-to durante nossas conversas em família.

a moacyr freitas, um amigo histórico, persona-gem ímpar da cuiabania e que, além de produzir um texto de uma riqueza inestimável sobre a história de cuiabá, ainda o ilustrou com seus traços delicados e seguros, tornando este livro ainda mais essencial para a compreensão da história de Lavapés. 

a todas as pessoas que contribuíram com infor-mações, especialmente glauco marcelo de almei-da que não mediu esforços em buscar e rebuscar em suas memórias e com os amigos as histórias dos atletas do lavapés.

Um agradecimento especial a João Batista de Camargo, o Joãozinho ou João Branco, como sem-pre foi conhecido, que gentilmente me recebeu em sua casa onde, durante horas, gravei nossas longas conversas sobre a nossa rua 24 de Outubro e seus personagens inesquecíveis. 

À unicred agradeço pelo apoio cultural a esta publicação.

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12 • José pedro rodrigues gonçalves e moacyr freitas

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prefácio

O antropólogo pierre augé1 ensina que:

Se um lugar pode se definir como identitário, relacional e histórico, um espaço que não pode se definir nem como identitário, nem como relacional, nem como histórico definirá um não lugar [...] “não lugar” designa duas realidades comple-mentares, porém, distintas: espaços constituídos em relação a certos fins (trans-porte, trânsito, comércio, lazer) e as relações que os indivíduos mantêm com esses espaços. (AUGÉ, 1994, p. 73 e 87)

Citei Augé para cravar de forma definitiva e inquestionável que lavapés é um lugar!

Aqui, de onde falo, as identidades se afirmaram e reafirmaram na sua dimensão maior. Os personagens de quem trato neste livro disseram de sua presença marcante no cenário local e regional, muitas vezes. construíram his-tórias pessoais e coletivas na medida em que, na interação permanente e ami-gável, criaram laços sociais indissolúveis que permanecem nas histórias que tento reviver, aqui, neste livro.

a intenção do livro Lavapés é resgatar o fato real como ele foi vivencia-do, vivido, experienciado no cotidiano, não no ouvir dizer ou no “me falaram que”. Aqui eu trato do fato como o fato foi, numa tentativa de parafrasear o escritor paulo cavalcanti2 que nominou o seu livro de O caso eu conto, como o caso foi: Memórias Políticas.

1 augÉ, marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. campinas: papi-rus, 1994 (Coleção Travessia do Século).

2 cavalcanti, paulo. O caso eu conto, como o caso foi: Memórias Políticas. recife: editora guarara-pes, 1980. 409 p.

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lavapés foi um lugar de vida, a seu tempo, o tempo em que lá vivi, e, de certa forma continuo vivendo, porque lá tenho uma raiz profunda, como a do tarumeiro3 que marcava o lugar da fonte que emergia do seio da terra e fazia jorrar as águas cristalinas com as quais os viajantes e moradores do local não só se dessedentavam, mas lavavam seus pés para calçar as suas botinas e aden-trar a cidade de cuiabá, de pés e almas lavados.

as raízes dessa árvore símbolo de mato grosso certamente lá ainda estão, sob camadas de asfalto a recobrir o que ainda resta delas, mas nada encobri-rá aquilo que está enraizado na memória dos moradores do entorno do largo da mãe dos Homens.

lavapés não se restringia a um espaço de viver; transgredia seus limites e avançava pelos espaços de cuiabanidade criando suas próprias cuiabanices. esse hábito peculiar de trocar conversas encastelados em suas cadeiras nas calçadas, degustar um cafezinho, às vezes acompanhado de bolo de queijo ou francisquito, também espreitar com olhares sub-reptícios a vida dos passantes e presentear cada um deles com apelidos próprios.

dali saíram: neco pernaiada, Zé cachaço, João coco, pouca ficha, Xá Quime, dito gasolina, marimbondo, luz alta, nélio pechincha, vaduca, Mário Bife, Jeripoca, Chambão, Jabuti de Gravata, Dutra Fumo Bom, Leitoa prenha, Juvenal capador e por aí vai, ou foi.

personagens importantes na vida social, econômica e política de mato grosso lá viveram por muito tempo. deixaram na memória de todos as suas passagens marcadas profundamente na vida da cuiabania.

O ponto principal que fundava esta sociabilidade em lavapés era a cape-la de nossa Senhora mãe dos Homens, principalmente durante a missa de domingo. naquela capelinha, uma sala retangular que, segundo consta na memória dos moradores, foi doada por Álago pleffekenn, Seo Ála, o vizinho do lado, na esquina.

3 O governador de mato grosso sancionou a lei nº 9.919, de 20 de maio de 2013, de autoria do primeiro--secretário da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Savi, que institui o tarumeiro (Vitex polyga-ma Cham) como árvore símbolo do Estado. Na linguagem indígena Tupi-Guarani o fruto tarumã significa “fruta escura de fazer vinho”. Fonte: www.al.mt.gov.br.

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Janelas abertas, sempre, portas apenas encostadas com uma cadeira. não havia furtos e o silêncio permitia serenatas à luz da lua, sempre presente, nas sextas-feiras ou nos sábados. Os cantores e violeiros dedilhando violões e cavaquinhos acordavam felizes os moradores que escondiam em seus lares as mocinhas à espera de um provável noivo. a pálida luz das lâmpadas em pos-tes de madeira servia de adereço ao romantismo da noite. não incomodavam, compunham o cenário no frescor da madrugada. inspiravam! eram cúmpli-ces silenciosas dos apaixonados que saíam do Bar do Bugre depois da cerveja gelada e inspirados pela música mais tocada na rádio a voz d’Oeste.

Muitas vezes, na madrugada, ouviam-se passos apressados fazendo baru-lho no cascalho da rua. eram os boêmios retornando de suas noitadas nos cabarés ali do Baú Sereno: Lourdinha, Juvenilia, ou outro espaço qualquer onde o amor era comercializado em cruzeiros. um pouco mais tarde, já com o sol tentando abrir os olhos, os sons eram de trotes de cavalos: eram os leiteiros transportando seu produto em garrafas de litro colocadas em bolsas no lombo dos cavalos. Ploc-ploc-ploc, lá iam eles colocando garrafas no peitoril das jane-las. lá permaneciam sem que ninguém ousasse tocar. depois vinha o padei-ro rangendo sua charrete pelo calçamento de pedras claras feito pelos escravos e que afloravam em um trecho da rua 24 de Outubro próximo à minha casa. deixavam os pães ao lado do leite.

amanhecia, então! era lavapés! O lugar onde se vivia no sentido melhor do termo! Os seus

limites não eram dados pela geografia, mas por uma sociologia pautada pelo sentido de pertencimento, pelo querer viver em lavapés, por se assumir como morador de um bairro com o qual se identificava pelos laços familiares, emo-cionais, afetivos e por uma convivência pautada no respeito e na solidarieda-de permanente. daí não ter um limite estabelecido, uma fronteira física como uma rua ou uma avenida. Lavapés se infiltrava sentimentalmente, interpene-trando por entre as ruas de outros bairros vizinhos, tecendo seu próprio signi-ficado de limite, uma fronteira assumida por seus moradores, um a um, como se querendo dizer – aqui é o meu lugar!

para chegar a este Lavapés, busquei caminhos antecedentes, desde as picadas dos bandeirantes, até a transformação de uma vila em uma cidade.

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Quem me guiou por essas estradas da história foi um importante personagem que homenageio neste momento – dr. moacyr freitas.

moacyr freitas, cuiabano do porto, não precisa de minha apresentação. Sua história e seu currículo falam bem mais alto do que qualquer pretensão de minha parte.

moacyr apresenta a origem de cuiabá, seu início colonial e sua evolu-ção considerando todos os aspectos que importam para a compreensão de um processo de urbanização e de formação, não só da cidade, mas, em especial, de seu povo. ainda mais do que isso, moacyr traça traços livres como sua imaginação e reconstrói em imagens o que foi importante na época. persona-gens, veículos, construções, estilos e comportamentos são recriados com leve-za e equilíbrio, recuperando em nossa memória e apresentando, a quem não a conheceu, o que foi a vida na cuiabá do início do século XX.

assim, reunidos em parceria, resolvemos escrever estas histórias, em par-tes vividas por moacyr e por mim, como uma forma de homenagear a nossa querida “Cidade Verde” pela comemoração dos seus 300 anos de existência.

Lavapés é um livro de memórias, minha, de moacyr e de muitos outros que me auxiliaram na composição das lembranças que o tempo não apaga, às vezes enubla, mas com outros olhares a perscrutar a mesma cena ela se defi-ne, como o retocar de uma foto antiga para aclarar as nuances de cada deta-lhe da composição.

esperamos, eu e moacyr freitas, que consigamos nestes registros resga-tar coisas, atos, fatos, pessoas e paisagens de um tempo que a modernidade e suas consequências destruíram em parte, substituindo tradições por modis-mos fugazes que não conseguem permanecer nas lembranças definitivas das pessoas.

partimos de lavapés para tentar espiar uma cuiabá mais ampla, na sua relevância histórica, desde a sua arquitetura, suas escolas, sua imprensa pio-neira e seus personagens mais relevantes historicamente. esperamos que apre-ciem!

José Pedro Rodrigues Gonçalves

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Sumário

prefácio .................................................................................... 13

1a parte O olhar de moacyr freitas ................................................ 25

acontecimentos coloniais ......................................................................................27

primeiros tempos da província .............................................................................31

a abundância de ouro acabara ..............................................................................32

cuiabá cidade .......................................................................................................... 34

pobreza sem vez .......................................................................................................36

O ensino só para ricos .............................................................................................38

cuiabá evoluía ......................................................................................................... 40

ruas, travessas, becos e largos ...............................................................................41

casas e sobrados .................................................................................................... 43

candeeiros e lampiões ........................................................................................... 43

as bicas e os chafarizes .......................................................................................... 44

as igrejas e capelas ................................................................................................. 45

Os quarteis e outros ............................................................................................... 46

prédios públicos no porto ..................................................................................... 46

O crescimento da cidade ........................................................................................47

parada obrigatória .................................................................................................. 48

acontecimentos relevantes .................................................................................... 50

Os passos da História ............................................................................................. 50

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momentos de satisfação ..........................................................................................52

atração do bairro ....................................................................................................53

lavapés agarrativo ...................................................................................................57

Saudosas lembranças .............................................................................................. 60

O retorno ..................................................................................................................61

a vizinhança ............................................................................................................61

2a parte O falar de José pedro ...........................................................69

O lugar de onde falo ................................................................................................71

lavapés: a origem do nome ....................................................................................78

Jogos e folguedos: usos e costumes ...................................................................... 86

O comércio de rua .................................................................................................103

O grande comércio ................................................................................................110

Socialidade da vizinhança ................................................................................... 124

rua 24 de Outubro: alguns personagens ...........................................................131

Histórias do lavapés ............................................................................................ 150

noites cuiabanas ....................................................................................................159

a hospitalidade em cuiabá ..................................................................................164

Bairros vizinhos .....................................................................................................166

liceu cuiabano ......................................................................................................175

notícias de antanho ..............................................................................................182

(In)conclusão ........................................................................ 197

apêndice ..................................................................................203