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Americana-SP, 2017 María Natividad Alonso Elvira José María Avilés Martínez CADERNO DE FORMAÇÃO DAS EQUIPES DE AJUDA PROFESSORES E PROFESSORAS: ENSINO FUNDAMENTAL I

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Americana-SP, 2017

María Natividad Alonso ElviraJosé María Avilés Martínez

CADERNO DE FORMAÇÃO

DAS EQUIPES DE AJUDA

PROFESSORES E PROFESSORAS:ENSINO FUNDAMENTAL I

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Todos os direitos reservados à Editora Adonis.Rua do Acetato, 189 - Distrito Industrial Abdo Najar. CEP: 13474-763 - Americana/SP - Fone: (19) 3471.5608www.editoraadonis.com.br

Copyright © 2017María Natividad Alonso ElviraJosé María Avilés Martínez

Projeto Editorial Magali Berggren Comelato

Projeto GráficoPaula Leite

Revisão ortográficaLara Milani

Coordenação Técnica no BrasilProfa. Dra. Luciene Regina Paulino Tognetta FCL- Unesp GEPEM - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral – Unesp/Unicamp

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, o registro em um computador, a transmissão em qualquer forma ou meio, quer seja informático, fotocópia, gravação ou outros métodos sem a prévia permissão por escrito dos detentores dos direitos autorais, exceto citações, desde que a fonte seja mencionada.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

E44c Elvira, María Natividad Alonso Caderno de formação das equipes de ajuda: professores e professoras Ensino Fundamental I / María Natividad Alonso Elvira, José María Avilés Martínez. – 1. ed. – Americana, SP: Adonis, 2017. 102 p.; 21 x 30 cm. Tradução de: Cuaderno de formación de los equipos de ayuda: para el profesorado de educación primaria ISBN: 978-85-7913-387-9

1. Ética. I. Martinez, José María Avilés. II. Título.

17-40863 CDD: 174 CDU: 174

05/04/2017 05/04/2017

TraduçãoProfa. Dra. Luciene Regina Paulino Tognetta – FCL/Unesp Prof. Mndo. Raul Alves de Souza – FCL/UnespProfa. Mnda. Luciana Zobel Lapa – FCL/UnespProfa. Mnda. Sanderli Bicudo Bomfim – FCL/UnespProf. Mndo. Rafael Petta Daud – FCL/UnespProfa. Mnda. Sandra Trambaiolli De Nadai – FCL/UnespProfa. Mnda. Darlene Knoener – FCL/UnespProfa. Dnda. Thais Leite Bozza – FE/Unicamp Profa. Dra. Catarina Carneiro Gonçalves – FPB/ParaíbaProf. Vinícius Pessoa

Revisão técnica Profa. Dra. Luciene Regina Paulino Tognetta – FCL/Unesp Prof. Mndo. Raul Alves de Souza – FCL/UnespProfa. Mnda. Luciana Zobel Lapa – FCL/UnespProfa. Mnda. Sanderli Bicudo Bomfim – FCL/UnespProf. Mndo. Rafael Petta Daud – FCL/UnespProfa. Mnda. Sandra Trambaiolli De Nadai – FCL/UnespProfa. Mnda. Darlene Knoener – FCL/UnespProfa. Dnda. Thais Leite Bozza – FE/Unicamp Profa. Dra. Catarina Carneiro Gonçalves – FPB/ParaíbaProf. Vinícius Pessoa

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Nada se esquece mais lentamente que uma ofensa; e nada mais rapidamente que um favor.

Martin Luther King (1929-1968)Pastor batista americano, defensor dos direitos civis

Formação das equipes de ajuda

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Local:

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SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO .................................................................................................................................7

OBJETIVO E METODOLOGIA DO CURSO DE FORMAÇÃO ..................................................................11

CONTEÚDOS DE TRABALHO DA FORMAÇÃO DAS EQUIPES DE AJUDA ...........................................12

ESQUEMA DE TRABALHO DO CADERNO ..........................................................................................13

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES FORMATIVAS NA JORNADA DE FORMAÇÃO ....................................16

APRESENTAÇÃO E ACOLHIDA ...........................................................................................................17

1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................191.1. Criando redes ..................................................................................................................191.2. Somos iguais, somos diferentes ......................................................................................191.3. O que não sei sobre você ................................................................................................19

2. QUALIDADES E HABILIDADES DO ALUNO DA EQUIPE DE AJUDA .............................................202.1. Chuva de ideias ...............................................................................................................202.2. Minhas habilidades e minhas dificuldades .....................................................................202.3. Eu sei ajudar ....................................................................................................................202.4. Desenho de um caso .......................................................................................................202.5. Questionário: Qualidades e habilidades de quem pertence a uma Equipe de Ajuda .....20

3. FUNÇÕES DAS EQUIPES DE AJUDA ..........................................................................................213.1. Quem eu encontro aqui ..................................................................................................223.2. As estátuas tristes ...........................................................................................................223.3. Os vizinhos ......................................................................................................................223.4. “É ou não é?”: perfil dos alunos e alunas das Equipes de Ajuda.....................................23

4. PRINCÍPIOS E VALORES DAS EQUIPES DE AJUDA .....................................................................244.1. “Onde guardo os segredos?” – a confidencialidade .......................................................254.2. Aprendendo a ser discret@ ............................................................................................274.3. Segredos bons, segredos ruins (ou que não podemos guardar) .....................................28

CLIMA E CONFLITO ............................................................................................................................291. DEFINIÇÃO DE CONFLITO .........................................................................................................302. ANÁLISE DE UM CONFLITO: “UMA NOZ E DOIS ESQUILOS” ....................................................31

2.1 Análise do conflito. Análise do conto ...............................................................................333. FORMAS DE ENFRENTAMENTO DOS CONFLITOS .....................................................................34

3.1. Trabalhando os conflitos

PROCESSO DE AJUDA ........................................................................................................................374. OS PASSOS PARA AJUDAR .......................................................................................................38

4.1. Registrando para aprender .............................................................................................434.2. Role play dos professores (eles anotam) .........................................................................43

FASES DA AJUDA – PARTE I: OBSERVAÇÃO .....................................................................................451. SABER OBSERVAR .....................................................................................................................46

1.1. Como é? .........................................................................................................................461.2. Diga-me se sabe... ..........................................................................................................461.3. O que vê nesta imagem? .................................................................................................46

2. SABER QUEM ESTÁ ENVOLVIDO ...............................................................................................473. PARANDO PARA PENSAR E REFLETIR .......................................................................................484. É OU NÃO É O MESMO ............................................................................................................48

FASES DA AJUDA – PARTE II: ABORDAGEM DA AJUDA ...................................................................491. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................50

1.1. Como você se apresentaria como aluno ajudante? ........................................................502. ABORDAGEM PESSOAL ............................................................................................................51

2.1. O robô .............................................................................................................................512.2. Seja quem você é ............................................................................................................51

3. ABORDAGEM EMOCIONAL ......................................................................................................513.1. Conto Um a mais na escola .............................................................................................523.2. Quais são meus medos? .................................................................................................53

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FASES DA AJUDA – PARTE III: OBTENÇÃO DA INFORMAÇÃO – CONTE-ME ....................................551. COMUNICAÇÃO VERBAL ..........................................................................................................57

1.1. Telefone sem fio ..............................................................................................................571.2. Falo para que você me entenda ......................................................................................57

2. COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL ..................................................................................................582.1. Adivinhe o que eu digo ...................................................................................................582.2. Mímica ............................................................................................................................58

3. IDENTIFICAÇÃO E EXPRESSÃO DE SENTIMENTOS E EMOÇÕES ................................................583.1. É o meu espelho ..............................................................................................................583.2. Relacione .........................................................................................................................583.3. Adivinhe o que sinto ......................................................................................................593.4. O que acham que vocês sentem? ...................................................................................593.5. Pensando nos sentimentos .............................................................................................60

4. ESCUTA ATIVA ..........................................................................................................................604.1. Erros de comunicação .....................................................................................................604.2. Técnicas de escuta ativa ..................................................................................................61

4.2.1. O rei mandou... .......................................................................................................624.2.2. Faça um desenho ....................................................................................................624.2.3. Você está me ouvindo? ..........................................................................................634.2.4. Confusão... ..............................................................................................................634.2.5. Argumentando .......................................................................................................63

4.3. Prática da escuta ativa: role playing ................................................................................645. EMPATIA ...................................................................................................................................64

5.1. “Você é de..., eu sou de..., eu gosto de..., você gosta de...” ............................................645.2. O que você acha que está acontecendo? ........................................................................655.3. Vou me colocar no seu lugar ...........................................................................................655.4. Se os personagens das histórias falassem... ....................................................................655.5. Agora eu sou uma pessoa... e atuo como acredito que ela faria ....................................66

6. ASSERTIVIDADE ........................................................................................................................666.1. Vamos jogar o jogo do contrário .....................................................................................666.2 Você vai me dizer: não, eu vou te dizer: não ....................................................................676.3. Eu digo... .........................................................................................................................686.4. Criar uma resposta ..........................................................................................................69

FASES DA AJUDA – PARTE IV: BUSCA DE ALTERNATIVAS ...............................................................711. PENSAMENTO ALTERNATIVO (PENSAMENTO CRIATIVO) .........................................................72

1.1. Criar um poema para uma imagem ................................................................................721.2. Que máquina fizemos? ...................................................................................................731.3. Dar respostas não lógicas ................................................................................................73

2. PENSAMENTO CAUSAL E PENSAMENTO CONSEQUENTE ........................................................742.1. Jogo do se..., então... ......................................................................................................74

3. CÁLCULOS DE CUSTOS E BENEFÍCIOS (PRÓS E CONTRAS) ........................................................753.1. Que solução você daria? .................................................................................................75

4. TOMADA DE DECISÕES EM GRUPO .........................................................................................764.1. Sentir-se pertencente ......................................................................................................76

4.1.1. Jogo de abaixar o bambolê .....................................................................................774.1.2. Todos os bambolês coloridos .................................................................................784.1.3. Jogo das cadeiras ....................................................................................................78

4.2. Aprender a debater e a argumentar ...............................................................................794.2.1. Atividade anterior ao início do debate. Questionário ............................................794.2.2. O debate .................................................................................................................79

FASES DA AJUDA – PARTE V: A PRÁTICA DA AJUDA, AVALIAÇÃO E ENCERRAMENTO ..................831. OBSERVAÇÕES SOBRE A PRÁTICA DA AJUDA ...........................................................................842. ANÁLISE DE CASOS...................................................................................................................853. AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO RECEBIDA ....................................................................................934. FASE DE REVISÃO E ACOMPANHAMENTO ...............................................................................94

4.1. Questionário de satisfação, acompanhamento e avaliação ............................................944.2. Tabela de dificuldades e realizações ...............................................................................954.3. Propostas de melhoria ....................................................................................................954.4. Diplomas, cartazes, difusão .............................................................................................96

ANEXOS E NOTAS ..............................................................................................................................97

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................100

AUTORES ............................................................................................................................................101

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I walked across an empty landI knew the pathway like the back of my handI felt the earth beneath my feetSat by the river and it made me complete

I’m getting old and I need something to rely onSo tell me when you’re gonna let me inI’m getting tired and I need somewhere to begin1

(Andei por uma terra desabitadaConhecia o caminho como a palma da minha mãoSenti a terra sob meus pésSentei ao lado do rio e ele me completou

Estou ficando velho e preciso de algo em que confiarEntão me diga quando você vai me deixar entrarEstou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar)

1 “Somewhere Only We Know” (Um lugar que só nós conhecemos), de Keane.

APRESENTAÇÃO

É certo que a escola deveria ser um lugar onde nossas crianças pudessem se sentir bem. Da mesma forma, a escola deveria ser uma terra “conhecida como a palma da mão” por aque-les que a ela pertencem... Um espaço em que seja possível sentir a terra sob os pés descalços na brincadeira, correr na chuva, experimentar diferentes cores, diferentes texturas, sentir-se acolhido, respeitado... ter amigos.

Amigos. Aqueles que nem sempre se tem. Sim, pois a criança, que não é diferente de nós, adultos, precisa de alguém e de algo em quem ou em que confiar. Contudo, infelizmente, o que temos nas escolas raramente são espaços para que sejam amigos. Pouco tempo de recreio, muito tempo de escritas... pouco tempo para discutir o que se pensa, muito tempo para o silêncio...

Ainda que se queira que a convivência na escola seja boa, que o respeito e a amizade estejam presentes na formação de nossas crian-ças, dificilmente, em nosso país, temos sido

professores capazes de proporcionar isso. Co-bramos amizade onde é preciso haver respeito e cobramos respeito (no sentido da regra pela regra) onde é preciso haver amizade.

Nesse ínterim, nossas crianças sofrem. So-frem bullying, sofrem pela indiferença a suas dores, sofrem por serem diferentes. É certo que nenhum de nós, professores, quer que nossas crianças sofram. Mas o que não sabemos é que há, entre elas, brincadeiras humilhantes, escon-didas aos nossos olhos. Sofrem bullying.

As pesquisas demonstram que, em geral, os professores não são preparados durante sua formação para enfrentar problemas de convivên-cia tão naturais, porém muitas vezes tão cruéis, entre as crianças. A escassez de diálogo e estudo sobre temas da convivência resulta na falta de posicionamento diante de tais situações. Assim, grande parte dos professores não reconhece as agressões como sendo abuso ou bullying, o que evidencia sua falta de apropriação e fami-liarização com esse tema e revela, nessa fala,

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um tom de legitimidade e de justificativa das situações encaradas como brincadeiras ou “coisa de criança”.

Nessas circunstâncias, sua atuação em sala de aula não proporciona, de maneira intencional e sistemática, ações de prevenção a essas formas de violência. Tais ações teriam a finalidade de promover um ambiente em que a confiança, a amizade e o respeito tivessem espaço para sua construção.

Inevitavelmente, caberá aos professores a possibilidade de superar o problema do bullying, ainda que as ações de transformação dessas relações em disparate não sejam apenas suas. Isso porque há alguém em quem as crianças podem mais confiar: as próprias crianças. Es-tudos demonstram que a atuação dos pares é decisiva no combate e na solução do problema. Sim, pois somente os pares chegam aos “becos escuros” vividos pelos próprios alunos que bem os conhecem.

And if you have a minute why don’t we goTalking about that somewhere only we know?So why don’t we goSomewhere only we know?2

(E, se você tiver um minuto, por que não vamosFalar sobre isso num lugar que só nós conhe-cemos?Então por que não vamosPara algum lugar que só nós conhecemos?)

Formar meninos e meninas para que se dis-ponham a “ter um minutinho” para o outro é, portanto, uma das mais promissoras formas de superar os problemas de convivência nas escolas e “ensinar” o respeito. Ao fazermos isso, dizemos “sem dizer” o respeito, a tolerância ao diferente e a generosidade que queremos, e reavivamos o que as crianças têm de maior valor: a empatia com o outro. Assim, meninos e meninas terão disponível alguém que é igual

2 Idem.

a eles para ajudá-los a serem fortes, a descobrir seus erros quando subjugam o outro ou, ain-da, a se indignarem com a injustiça que veem acontecer.

No Brasil, as primeiras iniciativas de implan-tação desses “sistemas de apoio” começaram com os alunos maiores, meninos e meninas do Ensino Fundamental II.

No entanto, sabendo dos ganhos que te-mos quando formamos os alunos para atuar como protagonistas na solução dos problemas de convivência e situações de bullying, é preciso que possamos começar, logo, também com os pequenos. Eis a proposta destes cadernos.

Uma equipe de profissionais do Gepem reali-zou com atenção, cuidado e carinho a tradução e a revisão técnica de todo o material que compõe estes cadernos, de autoria da professora María Natividad Alonso Elvira e do professor José Ma-ría Avilés Martínez, que nos apresentam uma proposta para a formação de alunos de Equipes de Ajuda do Ensino Fundamental I.

Este material aborda uma sequência de ativi-dades que compõe o dia de formação dos alunos das Equipes de Ajuda. São trabalhados aspectos essenciais para a preparação desses pequenos, que se tornarão grandes aos olhos de todos, para atuarem como referência na escola, ajudando na resolução e na observação de conflitos, e intervindo nos problemas de convivência.

Essa formação é composta por um conjunto de dinâmicas reflexivas que ora ocorrem com o grupo todo, ora em pequenos grupos. É dividida em cinco blocos de conteúdo: Apresentação, Clima e conflito, Comunicação, Trabalho em equipe e Prática da ajuda. Os autores tiveram o cuidado de descrever minuciosamente todas as dinâmicas, apresentando o objetivo, o de-senvolvimento e a finalização de cada uma das propostas.

Contudo, sabemos que a formação de ape-nas algumas horas não é suficiente para ga-rantir o funcionamento das Equipes de Ajuda nas escolas. Desse modo, os autores reiteram

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a necessidade da continuidade do trabalho. É preciso que ocorra o acompanhamento e a avaliação dos meninos e meninas pela Equipe de Convivência da escola e pela professora ou professor responsável pela Equipe de Ajuda que participou da formação. Assim, as propostas destes cadernos são estendidas para outros momentos de encontro, para que os integrantes das Equipes de Ajuda se sintam atendidos, tendo suas dúvidas e angústias acolhidas, e para que se comprometam a realizar as tarefas, se autoa-valiem periodicamente e apresentem sugestões para aprimorar sua atuação.

So why don’t we goSomewhere only we know?Somewhere only we know?Somewhere only we know?3

(Então por que não vamosPara algum lugar que só nós conhecemos?Algum lugar que só nós conhecemos?Algum lugar que só nós conhecemos?)

Então, por que não vamos? Certamente, será preciso nosso esforço para transformar a lei antibullying em prática diária em nossas es-colas. Esse esforço será recompensado quando soubermos dar a nossos meninos e meninas o respeito e a acolhida de que tanto precisam em nossas escolas.

Luciene Regina Paulino TognettaRaul Alves de SouzaLuciana Zobel Lapa

Sanderli Bicudo BomfimRafael Petta Daud

Sandra Trambaiolli De NadaiDarlene KnoenerThais Leite Bozza

Catarina Carneiro Gonçalves

3 Idem.

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OBJETIVO E METODOLOGIA DO CURSO DE FORMAÇÃO

No curso de formação das Equipes de Ajuda, participam os alunos eleitos por seus colegas em cada um dos grupos, sendo necessária prévia acei-tação deles mesmos e de sua família.

O projeto pretende empoderar o aluno como protagonista na resolução dos problemas de con-vivência que podem se produzir no dia a dia da comunidade educativa.

Trata-se de uma tarefa conjunta e coletiva. Nesse trabalho de conscientização e seleção do aluno, valorizamos muito o trabalho do departa-mento de orientação e dos tutores de cada um dos grupos com seus alunos.

Consideramos igualmente imprescindível o respaldo e a implicação da equipe diretiva da es-cola nessas tarefas. No plano de convivência e numa linha de trabalho com valores, o impulso e a liderança de um projeto de Equipe de Ajuda são essenciais, política, pedagógica e organizati-vamente falando.

Para o acompanhamento e a supervisão das Equipes de Ajuda é fundamental que exista na escola um grupo de professores (Equipe de Con-vivência), sem responsabilidades de tutoria sobre os alunos que supervisionam, que deve se reunir periodicamente com as Equipes de Ajuda para assessorar seu trabalho e supervisionar suas ações.

Sugerimos que a formação ocorra fora da es-cola. Queremos dar um sentido que não é um sentido acadêmico, embora alunos e professores participem das sessões. Trata-se de uma formação especial, intencional, integral e inerente ao traba-lho educativo do professor, no desenvolvimento de suas competências profissionais, e à formação integral do aluno.

As dinâmicas de trabalho se alternam em gran-de grupo e nos grupos por séries (4º, 5º, 6º). No trabalho no grande grupo, o coordenador da for-mação abordará atividades motivadoras, em cada um dos cinco blocos de conteúdo (Apresentação, Clima e conflito, Comunicação, Trabalho em equipe e Prática), mas por meio de uma sequência que segue os passos do Processo de Ajuda. Uma vez encerradas essas atividades de motivação, cada uma das Equipes de Ajuda se reúne por nível com seus tutores de referência para aprofundar e as-

segurar a aprendizagem que realizaram em cada bloco de conteúdo.

O trabalho dos alunos e das alunas será feito em equipe. Não queremos que o aluno atue in-dividualmente. Pensamos que é melhor que eles atuem como uma equipe porque:

• se sentirão mais respaldados e acompanhados por seus colegas de equipe;

• se acostumarão a compartilhar as decisões tomadas em equipe;

• evitaremos o risco de atuação inadequada por parte de alguns dos membros das Equipes de Ajuda;

• se interiorizará o hábito de entrar em consenso com os demais alunos da equipe sobre o que é mais favorável fazer nas situações e casos importantes;

• diminuirá o sentido de responsabilidade indi-vidual nas atuações;

• evitaremos protagonismos desnecessários;• aumentaremos a sensação de poder de ajuda

no aluno ajudado;• potencializaremos o respeito e a confiança

do grupo de pares nos membros da Equipe de Ajuda;

• facilitaremos a renovação dos membros das Equipes de Ajuda durante o curso ou em cada novo ano escolar.Pensamos que é mais enriquecedor atuar em

equipe do que individualmente, por isso acredi-tamos que é bom facilitar a ajuda por meio das Equipes de Ajuda. O que cada aluno fornece é fundamental para que a Equipe de Ajuda funcio-ne e é necessário que cada um se implique no trabalho em equipe.

Como queremos registrar por escrito o traba-lho de formação que vamos fazer, nomeamos dois relatores em cada um dos grupos intermediários (4º, 5º, 6º). Um adulto e um aluno ou aluna ano-tarão as dinâmicas que realizaremos em grupo e, principalmente, as conclusões a que chegamos como grupo em cada um dos exercícios realizados. A intenção é reunir os registros ao final para que sirvam de base para elaborar nosso projeto de Equipe de Ajuda da escola.

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CONTEÚDOS DE TRABALHO DA FORMAÇÃO DAS EQUIPES DE AJUDA

DINÂMICAS ÂMBITOS DE ABORDAGEM OBJETIVOS

De apresentação, acolhida e conhecimento

Apresentação pessoal Abordagem socioafetiva

Compartilhar conhecimentosCriar grupoSaber para que e por quê

De conflito e clima de aula De observaçãoDe abordagem da ajuda

Análise de situações Descobrimento de necessidadesCrescimento pessoalAbordagem dos conflitos Aprendizagem de sequências

Encontrar soluçõesAprender a conviverCrescer em competência socialMelhorar a convivência

De comunicaçãoDe escuta ativaDe obtenção da informação

ComunicaçãoConhecimento do outroExpressão de sentimentos e emoções AutoafirmaçãoParticipação

Melhorar a comunicaçãoPensa e sentir sobre os outrosPraticar habilidades sociais Saber escutarGerar empatia

De trabalho em equipeDe busca de alternativas

Identificação de opçõesEstabelecer acordosTomar decisões em grupo

Decidir em equipeBuscar soluçõesAprender a valorizar os prós e os contrasConsiderar as ideias dos outros

De ajudaDe colaboraçãoDe prática

Gestão de conflitos interpessoais Prática de competência socialPrestação de ajudaTransformação da realidade Mudança pessoal

Aplicar o que foi aprendidoMelhorar as relações interpessoaisPraticar a ajudaDar responsabilidade

Em vermelho indicamos a sequência de capítulos que se seguem no caderno do Ensino Fundamental I, conteúdo de trabalho que é específico para essa fase, com base nas cinco fases do Processo de Ajuda que devem aprender e praticar.

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CALENDÁRIO DE ATIVIDADES FORMATIVAS NA JORNADA DE FORMAÇÃO

DINÂMICAS ATIVIDADE DATA

De apresentação, conhecimento e encerramento

De conflito e clima de classeDe abordagem dos conflitosDe observação De abordagem da ajuda

De comunicaçãoDe escuta ativaDe obtenção da informação

De trabalho em equipeDe busca de alternativas

De ajudaDe colaboraçãoDe prática

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APRESENTAÇÃO E ACOLHIDA

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DINÂMICASApresentação e conhecimento

Conteúdos a assegurar:1. Apresentação2. Qualidades e habilidades do aluno da Equipe de Ajuda3. Funções das Equipes de Ajuda4. Princípios e valores das Equipes de Ajuda5. Exercitar a confidencialidade

GRANDE GRUPO: 1. Apresentação. 1.1. Criando redes. 1.2 Somos iguais, somos diferentes

1.3 O que não sei de você 1.3 O que não sei de você 1.3 O que não sei de você

GRANDE GRUPO: 2. Qualidades e habilidades do aluno da Equipe de Ajuda. 2.1. Chuva de ideias. 2.2. Minhas habilidades e minhas dificuldades

2.3. Eu sei ajudar 2.3. Eu sei ajudar 2.3. Eu sei ajudar

2.4. Desenho um caso 2.4. Desenho um caso 2.4. Desenho um caso

GRANDE GRUPO: 2. Qualidades e habilidades do aluno da Equipe de Ajuda. 2.5. Questionário: Qualidades e habilidades de quem pertence a uma Equipe de Ajuda

GRANDE GRUPO: 3. Funções das Equipes de Ajuda (ppt)

3.1. Quem eu encontro aqui 3.2. As estátuas triste 3.3. Os vizinhos

GRANDE GRUPO: 3.4. É ou não é?

GRANDE GRUPO: 4. Princípios e valores da Equipe de Ajuda. 4.1. “Onde guardo os segredos?”

4.2. Aprendendo a ser discret@

4.2. Aprendendo a ser discret@

4.3. Segredos bons, segredos ruins (ou que não podemos guardar)

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1. APRESENTAÇÃOO professor inicia o encontro fazendo com que o aluno se apresente e possa se conhecer

de uma maneira diferente. As atividades são realizadas no grande grupo e também em grupos pequenos com distintas dinâmicas.

A primeira ação do grande grupo é de apresentação da atividade e das pessoas que parti-cipam dela. Assim, o professor:

• apresentará os objetivos da formação;• dará a oportunidade para os participantes se apresentarem e descobrirem seus inte-

resses.

Objetivos• Apresentar os objetivos da formação.• Apresentar os participantes da formação.

DesenvolvimentoAlunos e professores participantes sentados em círculo escutam o que a pessoa que con-

duz a formação tem para dizer sobre a formação. Em seguida os participantes se apresentarão dizendo seu nome e expressando o que espera desse encontro.

Posteriormente se dá o início das dinâmicas que seguem:

1.1. Criando redesÉ uma atividade de grande grupo e se realiza em uma sala ou no pátio.O monitor ou monitora diz seu nome, suas expectativas a respeito do grupo e em que

acredita que poderia ajudar e escreve no chão com giz essa palavra. Por exemplo: “Marta, fazer amizades, escutar”. Escreve: escutar. Então traça uma linha com o giz até o menino ou a menina que quer e se senta ao seu lado. Quem foi escolhido faz o mesmo, e assim todos vão dizendo o nome, se identificando com uma palavra de ajuda que deverá ser escrita no chão e trocando de lugar. Isso faz com que se sentem ao lado de outros colegas.

No final da dinâmica, há no chão muitas palavras de apoio e uma rede que liga todos os membros do grupo. É importante que todos se lembrem de sua palavra de ajuda. Essas pala-vras representam os pontos fortes; também devem se lembrar do nome dos colegas e alguns de seus pontos fortes.

Posteriormente, eles anotam no caderno.

1.2. Somos iguais, somos diferentesOs alunos movem-se livremente pela sala e o monitor dá um sinal para que se agrupem

– por exemplo, quem está vestido com algo da cor vermelha; pessoas que gostam de dançar; pessoas que sabem tocar um instrumento musical; pessoas que acreditam que são simpáticas. Quando o jogo termina, os participantes são convidados a nomear alguém que tenha coinci-dido três vezes e dizer em quê. Eles então escrevem no caderno com quem se identificaram e em quê.

1.3. O que não sei sobre vocêMuitas vezes conhecemos alguém há anos, mas não sabemos coisas sobre essa pessoa

que podem nos interessar e que podemos compartilhar. Os alunos e alunas se agrupam em pares e contam ao colega o que este não sabe sobre eles. Por exemplo: que você gosta muito de bolo de morango; que não suporta sopa; que quando fica com raiva rasga papel... Enfim, coisas pequenas ou grandes que possivelmente o par não conhece ou não sabe.

Em seguida um aluno apresenta o colega, e vice-versa, falando sobre as coisas que conver-saram. Anotam no caderno o que aprenderam de novo.