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JUNHO 2010 ANO 9 NOVA SÉRIE Nº4

JUNHO 2010 NOVA SÉRIE - colegiodascaldinhas.pt · go próximo e descontraído com a beleza que soberbamente consegue reflectir. Permitem-nos igualmente consolidar laços de amizade,

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JUNHO 2010ANO 9

NOVA SÉRIE

Nº4

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O Nosso ColégioNova SérieAno 9 – Nº 4Junho 2010

Conselho de Direcção · DirectorJorge Sena SJ

Coordenador GeralRui Gonçalves

RevisãoP. Jorge SenaRui Gonçalves

Responsáveis SectoriaisMª. da Conceição Matos (Associação Pro-Infância)Célia Costa (CCM/ARTAVE)Gabriela Faria (OFICINA)

Design Grá coIsto é, comunicação visual, LdaPorto

Foto da capaDaniel OnofreCelebração do dia mundial da criança

ImpressãoTipogra a Nova

Zona industrial da Poupa – lote 3 fracção BApartado 105 4784-909 SANTO TIRSO

Tiragem2400 exemplares

Periodicidade4 números/ano

Depósito Legal173641/01

ISSN1645-3247

PropriedadeColégio das Caldinhas(INA – Instituto Nun’Alvres)(Associação Pro-Infância)(CCM – Centro de Cultura Musical)(ARTAVE – Escola Pro ssional do Vale do Ave)(OFICINA – Escola Pro ssional do Instituto Nun’Alvres) Caldas da Saúde – 4784-907 Areias – Stº Tirso

Ficha Técnica

Este trabalho foi impresso em papel ecológico

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EDITORIAL 1

Aproxima-se o período das férias grandes. É o deseja-do descanso, depois de um ano de esforço, na luta quotidiana pelos bons resultados escolares, na res-posta às exigências de programas difíceis de cumprir,

de testes que é preciso preparar... de aulas que custam a passar.Férias,… Férias!… Palavra mágica que desperta sonhos

adormecidos, experiências agradáveis do passado, a sensação de comandar a vida, de se fazer aquilo de que se gosta.

É nestes momentos que somos mais nós próprios, dando es-paço à nossa criatividade, à expressão livre dos nossos desejos mais profundos. Libertos de horários, de esquemas controlados do exterior, abrimo-nos à expressão livre dos nossos sentimen-tos, deixamo-nos conduzir pelo ritmo do nosso corpo. E as qua-lidades, tantas vezes escondidas ou abafadas pela máquina da rotina quotidiana, manifestam-se livremente, desabrochando num maravilhoso leque de alegria e felicidade.

As férias são também um tempo privilegiado para nos escu-tarmos a nós mesmos e ouvirmos, no silêncio do nosso coração, a voz de Deus, um Deus que, através da nossa consciência, terá muito para nos comunicar.

Por isso, o lazer constitui um direito inalienável, tão importan-te como o trabalho. Só no equilíbrio entre estas duas expres-sões da nossa actividade, é que conseguimos sentir-nos reali-zados como seres humanos.

P. Jorge Manuel Sena S.J.

Director Geral

As férias, os momentos de descanso, revestem-se de uma ri-queza única que nos permite usufruir da natureza num diálo-go próximo e descontraído com a beleza que soberbamente consegue reflectir. Permitem-nos igualmente consolidar laços de amizade, lançar pontes a novos amigos, conhecer mais pro-fundamente pessoas que na azáfama quotidiana quase nos passam despercebidas. Proporcionam-nos ainda momentos de gozo e de prazer, que brotam de uma festa de amigos, de uma conversa animada, de um passeio ecológico, de um jogo de praia ou de uma refeição calma e descontraída.

Vale a pena apostar no descanso? Certamente que sim. Repre-senta não só o momento privilegiado para recarregarmos ba-terias, como uma oportunidade única para nos conhecermos melhor, descobrirmos a riqueza dos nossos amigos e nos dei-xarmos emocionar esteticamente pela beleza do mundo que nos rodeia.

Tratando-se de um direito indiscutível de todo o ser huma-no, o lazer constitui assim um manancial de dons que não po-demos menosprezar. Aproveitando-os de mãos cheias, conse-guimos crescer como pessoas, contribuindo para uma melhor inserção na sociedade em que vivemos e para uma integração mais plena das nossas faculdades e sentimentos num todo equilibrado e harmonioso.

Boas férias para todos.

Férias! Que sentido?

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PASTORAL2

GRAPINHAS: GRUPO DE APOIO À PASTORAL DO INA

Nós somos um grupo de alu-nos, desejosos por ajudar a Pastoral .Já mostrámos que somos ca-

pazes, tendo feito a nossa primeira parti-cipação como grupo de apoio, distribuin-do as orações na última mega eucaristia.Estas são algumas partilhas dos ele-mentos que estiveram na eucaristia de S. Inácio:

Na missa de St. Inácio senti um nó na garganta e um aperto no coração, esta-va realmente nervosa, era uma oportu- nidade única.Quando distribuí as orações percebi que não era tão mau com parecia, até era di-vertido e senti-me feliz por fazer aquilo.

Mariana Ferreira

Na Missa de Santo Inácio, antes da en-trega das orações senti-me nervosa, pois era um compromisso servir a Jesus e aos outros. Durante a entrega senti uma es-pécie de formigueiro no meu corpo. No fim senti o meu coração preenchido de orgulho porque cumpri com um com-promisso que Deus me deu.

ana areal

Quando fui, com a professora Paula, fa-lar com o Padre Lourenço, para entrar no “Grapinha” senti meu coração a bater forte e cada vez mais forte, a professo-ra Paula quase explodia de alegria. Du-rante a eucaristia estava nervosíssima, até era um bocado absurdo, não sabia muito bem o que fazer, mas tinha a cer-teza que Jesus estava muito orgulhoso de mim.

FranciSca rego

Nesse dia senti um nervosismo tremen-do. Foi uma sensação única, fabulosa. Senti que o meu coração estava mais aberto para acolher Deus. Adoro estar no grapinha. Obrigada Padre Lourenço e Prof. Paulinha, do fundo do meu coração.

ana areiaS

Eu gostei muito de ser “grapinha” por-que me senti muito bem em contribuir para que a missa fosse melhor. No início estava um pouco nervosa, mas en-quanto distribuía os papéis fui ficando mais calma, e até achei muito divertida aquela situação.

Maria raMoS

Tinha muitos nervos, mas consegui superá-los.Eu adorei ser uma dos grapinhas a distri-buir aquelas orações.Senti-me feliz de sermos postos em ac-ção. Estou muito orgulhosa de ser um grapinha, sempre unidos e sempre pron-tos a ajudar.

Tânia gonçalveS

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PASTORAL 3

MERGULHAR EM DEUSExercícios Espirituais em Soutelo26-29 de Março 2010

Eu e mais alguns dos meus colegas ani-madores aceitámos o convite do pa-dre Lourenço e da Direcção Local dos Campinácios do colégio para fazermos Exercícios Espirituais.

Foi a primeira vez que fiz Exercícios Es-pirituais, até então só tinha ouvido al-guns dos meus amigos contar as suas experiências nos Exercícios. Aceitei este desafio para crescer na minha relação com Deus.

Parti para Braga com muita vontade e com algum receio de não conseguir pas-sar os três dias só com Ele, num silên-cio tão profundo, sem me distrair e não aproveitar ao máximo esta experiencia, a melhor actividade que os Jesuítas têm para oferecer.

Foram dias muito importantes para mim, o medo e a dúvida de não conse-guir desapareceram no final do primeiro dia, foi quando caí no silêncio mais pro-fundo, senti-me, então, totalmente pre-parado para aprofundar a minha relação e ser tocado por Ele. É muito bom poder parar e só ter a Deus connosco e temos um óptimo sentimento quando olha-mos à volta e podemos ver outras pes-soas, quase todas com idades diferen-tes, mas todas com o mesmo propósito, sentirem-se tocadas por Deus.

Foi muito importante para mim ter po-dido fazer os Exercícios, cresci na minha relação com Deus, o meu grande objec-tivo, cumpri um dos passos da minha for-mação como animador de Campinácios e fiz amigos, preparei a minha Páscoa revivendo tudo o que Jesus passou.

Foram três dias maravilhosos de ora-ção e silêncio que me fizeram crescer muito e enfrentar todos os obstáculos da minha vida com mais força e com um ânimo diferente e mais positivo.

Espero voltar a fazer Exercícios num fu-turo próximo, porque a experiência é tão boa que nos apetece ficar para sempre ali a rezar com Ele ao pé de nós.

Queria agradecer muito ao padre Lou-renço e à professora Alzira, os meus orientadores, que me ajudaram muito a conseguir ultrapassar as minhas dificul-dades e a poder aproveitar ao máximo estes Exercícios.

ricardo coSTa, Antigo Aluno

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PASTORAL4

Um grande fim de semana

No fim-de-semana de 30 a 2 de Maio, alunos dos Cursos de Ensino e Formação par-tiram em direcção ao Baleal,

acompanhados por um grupo de ani-madores, para um fim de semana único. O tema foi “Arrisca 2010”.

O tempo foi propício e pudemos tirar fotografias, caminhar, tomar banho no mar, conversar, fazer sessões de cine-ma ao ar livre e dentro de casa, meditar à beira mar, fazer jogos na praia.

Quando chegámos, na sexta-feira, fize-mos um jogo nocturno com muita dis-puta. No sábado, foi altura dos tão dese-jados jogos, de manhã o jogo dos Ricos e Pobres, um jogo baseado numa simu-lação da vida real que foi o momento alto do “Arrisca 2010”. O objectivo foi

mais que cumprido já que no final to-dos ficaram a dar mais valor ao trabalho. Da parte da tarde, teve lugar o desafio de futebol “Animadores vs participan-tes”, no qual os mais novos mostraram todo o seu talento e garra, tendo saí-do vencedores. No domingo, começá-mos o dia com uma oração e com um tempo de reflexão pessoal, até que, demasiado depressa, chegou a hora de voltar para casa.

Foram dias memoráveis. Dançámos, brincámos, rezámos, convivemos, chorá-mos, confiamos, rimos… entregamo-nos a Deus.

ProF. alexandre Silva

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PASTORAL 5

Começámos empolgados e sonhadores… como se começam todas as actividades promovidas pela Pas-toral do Colégio! Esta tinha qualquer coisa de espe-cial… um toque Maior!

Começou a correria da divulgação pelas turmas… vimos ca-ras curiosas, outras maçadas, umas confiantes e outras ame-drontadas! Em todas, porém, mantinha-se esse toque Maior!

Findas as contas, fomos 18, 12 mais novos e 6 um pou-co mais velhos! Chegámos a Barcelos cheios de expectati-va, cheios de vontade de nos superarmos e de sermos me-lhores com a experiência que nos esperava. Encontramos o espaço preparado para nós, ao pormenor… com cuidado e verdadeira hospitalidade!

Das janelas começávamos por perceber o mundo à nossa volta. Aquele que seria o nosso mundo dos próximos dias…

E descobrimos assim a beleza de trabalhar com pessoas com doença mental. Um mundo de dor, mas de beleza natural quan-do ousamos entregar.Ficam alguns ecos do que vivemos nesses dias:

Porque é que arrisquei inscrever-me? Arrisquei inscrever-me pelo desafio, pela mudança. Quando

foi anunciada a actividade muitos quiseram mas poucos fize-ram, por medo, pela responsabilidade ou simplesmente por fal-ta de disponibilidade para os outros. Mas chegaram a pensar na experiência com que iam ficar?

inêS carvalho

Quais os desafios neste Jambé?Inicialmente, o maior desafio foi o próprio Jambé, o contacto

com uma realidade diferente.Após a chegada à Casa de Saúde e o contacto com os pacien-

tes, senti que o desafio era conseguir arriscar e “dar-me” por inteiro, sem barreiras, nem diferença àquelas pessoas.

Mas o que acabou por marcar mais a actividade foi um sorriso, um “Obrigado”, um abraço, um aperto de mão, um “ajuda-me”, um olhar, uma conversa, que recebi daquelas pessoas.

O grande desafio foi dar, mas sobretudo receber. Joana Malheiro

Treinámos os olhos e o coração para ver e reconhecer sem pre-conceito, sem falsa piedade. Ganhámos à distância, rasgámos o coração das normas e das regras de todos os dias e descobri-mos naquelas pessoas o que há de mais essencial e elementar em cada um. Voltámos com um sentido novo de humanidade, de carinho, de proximidade e, essencialmente, de amor.

andreia gil

JAMBÉ 12º ANO

CASA DE SAÚDES. JOÃO DE DEUS

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PASTORAL6

Bem-vindo

Santo Padre

No dia 12 de Maio, parti, com o meu pai, rumo a Fátima com um único objectivo – o de vermos e rezarmos com

sua Santidade e todos aqueles que ali se iam reunir em oração. Chegámos ao Santuário eram 6: 00 h da manhã, pelo que ainda estava tudo mais ou menos calmo, apesar da já notória afluência às capelas da reconciliação, onde também quisemos marcar presença.

A basílica do Santuário impunha-se com um brilho ímpar de mil e uma luzes cintilantes e nós, esmagados por uma multidão que o nosso olhar não podia alcançar, mantínhamos firme o propósi-to que lá nos tinha movido – ver e rezar com o representante de Deus na terra,

Estivemos com o sucessor do apóstolo Pedro…

No dia 14 de Maio, um gru-po de alunos, antigos alu-nos e professores do INA, saíram do colégio por volta

das 6:30h da manhã para assistir à missa presidida pelo Papa bento XVI no Porto.

O sacrifício foi muito: acordar cedo, ter de ficar em pé durante horas para ver o tão adorado Papa …mas percebemos que tudo isso valeu a pena quando che-

o sucessor de Pedro, o papa Bento XVI. Sensivelmente, por volta das 17 h e 30m chega, finalmente, quem nós todos tan-to esperávamos – o santo Padre, acla-mado com cânticos e gritos emociona-dos de louvor. As suas palavras e o gesto com que presenteou o Santuário Maria-no (oferta de uma rosa de ouro), tradu-zem momentos que o tempo dificilmen-te apagará.

À noite, no fim do Santo Padre ter re-zado o terço, seguiu-se a celebração da eucaristia, presidida pelo ilustre Secretá-rio de Estado do Vaticano, o Cardeal Tar-cizio Bertone. Já passava da meia-noi-te, quando fomos descansar um pouco, pois o dia seguinte prometia, em tudo, momentos de fortes emoções.

Às 8.00h do dia 13, já a multidão se multiplicava para assistir ao epílogo de todas as celebrações em Fátima – a ce-lebração da santa missa, presidida pelo Santo Padre, para mim o momento mais-maravilhoso e marcante de toda a sua visita apostólica.

No dia 14, e aproveitando a oportu-nidade, não pude deixar de estar pre-sente no Porto, onde agora, com outro cenário, revivi emoções e sentimen-tos que guardo bem lá no fundo, mas que não ouso recusar a quem comigo os quiser partilhar.

JoSé eduardo Pereira araúJo, 9ºB

gou até nós o som do helicóptero. Todos gritaram, acenaram com as bandeiras, ergueram faixas de colégios e vários ti-pos de grupos. Era fantástica a ansieda-de das pessoas para ver algo que é raro acontecer em Portugal.

Quando o Papa chegou à Avenida dos Aliados, o caos instalou-se nova-mente e todos ficaram radiantes com a sua presença.

A missa começou depois do Bispo da Diocese do Porto falar em nome de to-dos nós, manifestando que estávamos gratos pela presença do Santo Padre.

Durante cerca de hora e meia decorreu o momento solene deste encontro - a missa. A mensagem que o Papa deixou a todos foi de paz e de esperança. Todos a acolhemos com muito prazer.

No fim da missa e da despedida do Pa-pa, o INA foi tirar a foto mais animada de sempre, e fomos entrevistados pela TVI (sim, aparecemos na televisão!).

Depois da foto, veio o desejado almo-ço num parque bastante agradável.

E foi assim que terminou o nosso tem-po no Porto. Já muito cansados fomos para o autocarro de regresso ao colégio.

inêS Serra, 10A

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PASTORAL 7

Quem acredita em Deus nunca está só…

T odos os dias, em notícias que ouvimos no jornal da noi-te, principalmente no mês de Maio, ouvimos falar de pes-

soas que percorrem quilómetros a pé, em peregrinação a Fátima, para esta-rem presentes nas celebrações do dia 13. Ouvimos também falar na tão famo-sa procissão das velas do dia 12, e ain-da mais, todos conhecemos o ”chefe” da igreja católica, o Papa Bento XVI. Com a nossa idade, pensamos sempre “será que somos novos demais para fazer uma peregrinação?”; “será que merecemos a oportunidade de ver ou estar presentes numa celebração do Papa?”. Pois bem, nós, GRAPA e animadores de Restolho, aliados ao movimento “EU ACREDITO”, uma iniciativa para os jovens de todo o país, cujo objectivo era acompanhar o Papa durante a sua estadia em Portugal, tivemos essa oportunidade.

“Quem acredita em Deus nunca está só” – Esta expressão foi o motor de to-da a peregrinação. Começámos em Mi-ra D’Aire, com a concentração de todo o grupo; a caminhada foi um dos pon-tos mais importantes, onde existiram momentos para tudo: reflexão pesso-al, dinâmicas para conhecer melhor

a Deus, aprofundar um pouco as orações que rezamos ao domingo na eucaristia (Credo), entre muitas outras dinâmicas, que ao longo de 17km nos fizeram cres-cer interiormente.

Chegados a Fátima, foi com grande ex-pectativa que esperámos Bento XVI … Experimentava-se um pouco de todos os sentimentos na cara de cada pessoa, desde os rostos mais jovens aos mais idosos; notava-se a plena alegria de es-tarem a viver aquele momento. A che-gada do Papa ao recinto do santuário foi um momento único, todos gritavam e aplaudiam com grande entusiasmo… O momento alto do dia, pelo qual mui-tos esperavam, finalmente chegou; foi surpreendentemente único, cada um re-zava pelas suas intenções, mas notava-se a fé em todos os rostos, muitos já can-sados e sem forças. Deu para reparar co-mo era bonita a imagem da noite por de-trás da luz imensa das milhares de velas nas mãos de cada um.

Foi das melhores experiências de fé que já vivi, para além de aconselhar qual-quer um a fazê-lo, voltava a repeti-lo, sem dúvida…

ana caTarina coSTa e Silva, 11B

BenTo xvi

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VIDA COLEGIAL 5ºANO8

Visita de Estudo à Quinta de Sto Inácio

N o dia 15 de Abril, os alunos do 5º ano visitaram a Quinta de Sto. Inácio.Estávamos ansiosos por viver

este dia tão diferente!Chegámos ao nosso destino por volta das dez da manhã, iniciando a nossa vi-sita no Parque das Merendas onde lan-chámos e apreciámos alguns animais domésticos como o cão da pradaria, vacas, cavalos e porquinhos-da-índia.No Reptilário, vimos crocodilos, tartaru-gas, cágados e muitas cobras, que nos impressionaram.Às 11.30h, assistimos ao espectáculo das aves de rapina, observámos o seu voo e fi-cámos fascinados com a sua velocidade.No fim do almoço tivemos algum tempo para brincar. Descemos no rapel, corre-mos e brincámos no parque, e até come-mos um gelado…Depois de toda esta diversão… vimos o espectáculo dos répteis e das aves tropicais onde alunos e professores ti-veram oportunidade de tocar numa cobra e apreciar as araras com as suas penas coloridas. No tempo que restou, visitámos o resto da quinta, que é muito bonita.Acho que foi um dia muito alegre e cheio de coisas novas para aprender!

riTa SouSa, 5º C

Ilustração de:

Bruna daniela, 5º C

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VIDA COLEGIAL 6º ANOVIDA COLEGIAL 5ºANO 9

Plano Nacional de Leitura

Os alunos do 5º ano, na disciplina de Estudo Acompanhado, estão a trabalhar com o Plano Nacional de Leitura.Desde Setembro estamos a ler vários livros. O primeiro li-vro foi diferente para todos os alunos embora houvesse dois ou três iguais.O nosso primeiro livro foi oferecido pela bibliotecária, que é a Dr.ª Maria José, numa cerimónia no Teatro. E fomos lendo mais livros, que íamos trocando com outros colegas da Turma!A seguir foi o livro os “Poemas da Verdade e Mentira”.E por fim “ A Fada Oriana”, que ainda estamos a ler.Ao longo deste ano, em Estudo Acompanhado, temos feito coi-sas muito giras, como por exemplo: diários de leitor, marcado-res de livros e ilustrações sobre alguns livros.Enfim, em Estudo Acompanhado fazemos coisas giríssimas!

daniela QueiróS, 5º C

N os dias 22 e 23 de Abril de 2010 decorreram as Inía-das no nosso colégio. Durante os dois dias estiveram expostos vários tra-balhos de todos os alunos. O 5º ano fez a sua exposi-

ção na sala de jogos da Oficina.O que chamou mais a atenção foram as máscaras que os alunos realizaram na disciplina de Educação Visual e Tecnológica. Tam-bém apresentámos outros tipos de trabalhos, como o Ervário (Ciências da Natureza), o Diário de Leitor (Estudo Acompanha-do), trabalhos do Dia da Mãe, Dia do Pai e outros. Todos esta-vam muito bonitos!Entretanto, por todo o Colégio, decorriam jogos e torneios com equipas do INA e outras convidadas. É claro que o INA ganhou a todos!Nos laboratórios houve visitas para escolas que vieram de fora.Mas, de todas as actividades, a mais esperada era a “ Noite dos Talentos”. Alunos de toda a escola, grandes e pequenos, mos-traram os seus talentos, cantando e dançando. Orgulhosos e entusiasmados, Pais, Tios, Avós, Padrinhos e até Amigos vieram aplaudi-los e comer uma sardinha assada.Assim acabaram as nossas Iníadas na esperança de que para o ano haja mais!

inêS Silva e João Miguel, 5º B

As nossas Iníadas

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VIDA COLEGIAL 6ºANO10

Festa das

FamíliasEra a Festa das Famílias, dia 24 de

Abril. Eu e cinco amigas íamos participar com uma dança, no espectáculo da noite. Participá-

mos no ensaio geral, havia muita anima-ção e trabalho…

No espectáculo havia luzes e um palco, que só de olhar nos dava a volta à barri-ga, pois íamos ser o centro das atenções. Ai, que nervosismo…! E se acontecesse alguma coisa que não estávamos a con-tar? E se uma de nós faltasse? Podíamos actuar na mesma? Poder podíamos, mas não seria a mesma coisa! Afinal correu tudo bem e a experiência foi um sonho!

Nestas Iníadas, para além de ter parti-cipado no espectáculo, gostei em par-ticular da atenção que a nossa D.T. (Sa-ra Silva) nos deu, porque a nossa sala estava… bem… um espanto! Mas, pa-ra não ser egoísta, eu gostei de todo o corredor, de todas as exposições e da forma como os meus colegas do 6º ano recebiam e orientavam os visitantes nas suas exposições.

Parabéns aos meus colegas do 6º Ano e a todos os que colaboraram!

FranciSca coSTa, 6ºD

Iníadas “Vamos para fora cá dentro” 6º Ano

E ste ano as Iníadas foram espe-ciais pois gostei muito de apre-ciar todas as exposições, de par-ticipar na exposição sobre o leite

e derivados que decorreu no Laboratório da Biologia, de comer umas especialida-des nas Línguas Estrangeiras…

Mas as Iníadas foram o “ponto alto” do nosso tema do ano pois sentimos que, ao entrar no corredor, fomos para fora cá dentro (do Colégio) e em dois dias pude-mos dar a “volta” a Portugal, apreciando tudo o que de bom tem cada região.

Pois é, logo à entrada deparávamo-nos com um lindo “jardim” ou não fos-se Portugal “Um jardim à beira mar plantado”…

A seguir, as respectivas regiões, do Mi-nho ao Algarve e o nosso corredor trans-formou-se num Portugal em miniatura, tendo cada turma estudado uma região em todas as disciplinas e por isso se po-diam admirar os muitos trabalhos reali-zados e que nós mostrámos com entu-siasmo a todos os visitantes.

Durante a exposição, em todas as tur-mas, também se podiam apreciar as músicas populares da nossa região, can-tadas por nós e gravadas em CD. Os nos-sos colegas do CCM ainda nos regalaram com um pequeno concerto nas respec-tivas salas.

A nossa “volta a Portugal” foi única e o melhor é que em Junho vamos conhecer cada região estudada, ao “vivo”.

Félix e PaTrícia, 6ºA

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VIDA COLEGIAL 6ºANO 11

Faça chuva, faça sol… vamos a Seia!

F oi na penúltima semana do 2º período que o 6º ano fez uma visita de estudo a Seia. Mesmo com um dia chuvoso, foi grande

a diversão e todos puderam fazer o que estava previsto.

Há já algum tempo que a visita de estu-do estava planeada . Às 8:30h do dia 19 de Março, o 6º ano trouxe para a esco-la mochilas carregadas, não com livros e cadernos, mas com farnel para a manhã, o meio-dia e a tarde e uns quantos ob-jectos de entretenimento!

Fomos em filas de pares para a camio-neta, já com uma ideia dos sítios que irí-

Provas de Aferição… ou aflição?

Normalmente, antes das aulas, há fichas de diagnóstico, de-pois de iniciar as aulas vêm os testes, mas a última coi-

sa que esperávamos eram… as Provas de Aferição!!!Os sentimentos pré-provas eram varia-dos e bem diferentes.No dia cinco de Maio, às 8:30h, havia alunos nervosos que tremiam que nem varas verdes, outros indiferentes, outros

ainda descontraídos porque sabiam a matéria na ponta da língua.Surgiu o primeiro toque... Já dentro da sala de aula e sentados por ordem alfa-bética, pusemos o material e o BI em ci-ma da mesa e aguardámos o toque da sineta. As provas foram distribuídas. Foi interessante pensar que no mesmo dia e à mesma hora estavam todos os alunos do 6º ano, de todo o país, também pron-tos para fazer a prova.

amos visitar. Depois de uma grande via-gem, saímos do autocarro para a pausa do lanche da manhã e ainda tivemos de fazer mais alguma companhia ao moto-rista até chegarmos ao primeiro destino: o Centro de Interpretação da Serra da Es-trela. Começámos por assistir a um filme com uma grande mensagem ecologista: “Missão Planetária”. Depois saímos para fazer um joguinho e aproveitar alguns minutos para almoçar, pois tivemos de voltar para dentro logo a seguir para continuar a visita.

A diversão continuou depois numa pe-quena sala de cinema onde tivemos de

usar óculos especiais para assistir a um outro filme em que mostravam um pas-seio a 3D pela Serra da Estrela. Conhe-cemos os locais que lhe dão a sua rara beleza tão atractiva aos turistas.

Saímos do CISE e partimos outra vez de camioneta para um novo destino: o Mu-seu do Pão.

Felizmente a chuva não impediu o divertimento de ninguém e foi uma viagem de estudo muito fascinante e uma experiência bastante gratificante para todos.

diogo, 6º A

Onze horas da manhã: fim da primeira parte! O intervalo de vinte minutos não trans-mitiu grande alívio. Para marcar o inicio da segunda parte soou novamente a sineta e, rapidamen-te uns começaram logo a escrever com a inspiração a fluir, enquanto que para outros a inspiração demorou um pouco mais a chegar.Triiiiiiim! Acabou! Finalmente! O alívio é grande, embora alguns ainda se po-nham a pensar na prova achando que podiam ter feito melhor ou que se esqueceram de responder a certa per-gunta e que vão tirar má nota… agora só falta a Matemática!

diogo, 6º A

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VIDA COLEGIAL 8ºANO12

Torneio Ibérico de Gijon 2010

N o dia 17 de Março, pela meia-noite e meia, a equipa de futebol, composta por um grupo de alunos nascidos em 1996, partiu rumo a Gijón, que fica nas Astúrias (Espanha), para disputar

um torneio de futebol de 11 com os colégios da Compa-nhia de Jesus. Os misters que nos treinaram e acompanha-ram ao longo dos 4 dias foram os professores Luís Ferreira e Manuel Carneiro.

Antes da partida, treinámos arduamente para estarmos ao nível das outras equipas concorrentes.

No dia da partida todos nos sentíamos felizes com a expec-tativa de conhecer os outros colégios, novos locais e ansiosos por conviver com pessoas da nossa idade. Os nossos pais esta-vam tristes pois tinham receio que nós não nos comportásse-mos bem e que alguma coisa corresse mal, mas nós estávamos felizes por deixarmos de estar debaixo dos olhares dos pai-zinhos. Lá partimos, então, com a esperança de ganharmos a taça inter-colégios, a famosa Taça Ibérica!

Éramos uma equipa muito unida porque queríamos repre-sentar bem o colégio e foi o que aconteceu pois ganhámos todos os jogos e trouxemos, com muita alegria, a bendita taça para o nosso colégio. Fomos campeões e conseguimos cumprir dois objectivos: ganhar a taça e termos um compor-tamento exemplar.

Quando regressámos, os nossos pais ficaram muito orgulho-sos de nós bem como os professores que nos acompanharam, pois estávamos todos de parabéns. E a taça lá está exposta no nosso corredor!

João Pedro diniS da Silva, 8º B

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VIDA COLEGIAL 9ºANO 13

Uma viagem ao interior do teatroUma outra forma de conhecer Gil Vicente

No dia 19 de Abril, de 2010, nós, alu-nos do 9º ano partimos do I.N.A. rumo a Perafita, Matosinhos, para assistir à peça de teatro “ Auto da

Barca do Inferno”. Esta actividade surgiu no âm-bito da disciplina de Português. A encenação estava a cargo da Companhia de teatro “O So-nho”. As expectativas criadas por cada um de nós eram muitas, pois estávamos curiosos para ver, de forma diferente, o muito que os professores nos tinham desvendado sobre a época vicentina.

Depois de chegados e instalados, deu-se início ao espectáculo que nos foi apresentado de forma muito dinâmica, pois os actores iam interagindo frequentemente com o público, o que nos levava a estar bastante mais atentos.

Na nossa opinião, os actores desempenharam na perfeição os seus papéis, na medida que encarnaram vivamente as personagens da Obra, o que, por momentos, nos fez recuar no tempo e sentir na pele o que tanto inquietava Mestre Gil.

Todas as personagens foram marcantes, mas salientamos de forma especial, a perso-nagem do Diabo, que tanto nos fascinou pela sua determinação e postura em palco.

E foi assim que, no meio de gargalhadas, risos e aplausos, desfrutámos de uma ma-nhã diferente, repleta de novas aprendizagens, que em muito nos ajudou a interiori-zar o autor, a obra e a expressão” ridendo castigat mores”.

Pelo 9º B:

riTa coelho

ana caTarina

JoSé eduardo

cáTia Moreira

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SECUNDÁRIO14

Visita ao Lugar dos Afectos

Foi no âmbito da disciplina de Psicologia que o 12ºD e duas turmas do Curso Técnico Restauração se desloca-ram a Eixo, Aveiro, para visitar o Lugar dos Afectos.

Este espaço tão especial foi idealizado pela médica Graça Gonçalves. Considerando que a sua profissão não poderia ficar apenas pelo tratamento das “dores de barriga”, a Dra. Graça decidiu começar a escrever uma série de livros sobre os afec-tos e os sentimentos, de forma a tratar também as “dores dos corações tristes”. Contudo, chegou à conclusão de que os seus livros não eram remédio suficiente e, por isso, decidiu construir em tamanho real tudo quanto escrevera.

O objectivo era que todas as pessoas, de qualquer idade, pu-dessem ter um caminho para chegar ao coração de si próprias e dos outros. Assim, a “Casa da Harmonia”, o “Recanto dos Namo-rados”, a “Alameda dos Sentimentos”, entre tantos outros espa-ços temáticos, tornam este cantinho num lugar mágico, repleto de afectos, onde o mais ínfimo pormenor das casas, dos jardins, dos passeios ou dos muros tem um significado particular.

Com a nossa visita a este mundo à parte, pudemos relem-brar a nossa infância e saborear o verdadeiro significado dos afectos, através de momentos de partilha, de forma a criarmos laços mais fortes uns com os outros. Percebemos ainda que

é sempre possível renovar o amor, reavivar a confiança e reco-locar a esperança.

Foi-nos também lembrado que as “prendas de amor” - os bei-jinhos, os abraços, os carinhos - são bem mais importantes do que qualquer outra coisa do planeta. São elas que nos tornam seres humanos mais completos, mais equilibrados, sobretudo mais felizes!

Queremos agradecer a quem tornou possível esta Visita de Estudo e o encanto da descoberta de mais um sítio profunda-mente inovador no nosso país, bem como aos professores que tiveram a amabilidade de nos acompanhar nesta viagem que contribuiu para o nosso enriquecimento pessoal.

andreia BarBoSa e criSTina Silva, 12ºD

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DEPARTAMENTO LÍNGUAS ESTRANGEIRAS 15

Oui, on parle français

De 22 a 26 de Março de 2010, o Instituto Nun’Alvres vestiu-se de festa. No âmbito da Semana Francófona, o Departamento de Línguas Estrangeiras – Grupo de Francês, promoveu um conjunto de actividades para, com os alunos do Básico III, festejar os 40 anos da francofonia.

Durante estes cinco dias, toda a Comunidade Educativa foi convidada a celebrar a “Língua e a Cultura francesas” através de concursos, exposições, projecções de filmes, degustação de produtos gastronómicos tipicamente franceses, divulgação de música e de notícias francesas na rádio da escola (REINA) … tudo, claro está, na língua de Dumas. Esta iniciativa teve como propósito despertar a curiosidade pelo conhecimento e apren-dizagem da Língua Francesa, tendo sido o ponto mais alto o engalanar da nossa escola com todas as bandeiras onde o Fran-cês é língua oficial e o concurso karaoke “ Silence, on chante”. Do 7º ao 9º ano os nossos alunos deram as mãos e, em grupo ou individualmente, revelaram os seus dotes vocais.

O grupo de Francês agradece a colaboração de todos os que tornaram possível a concretização deste projecto.

o gruPo diSciPlinar de FrancêS

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DEPARTAMENTO PORTUGUÊS16

Por terras de Miguel Torga

Foi no dia 16 de Abril do corrente ano que, no âmbito da disciplina de Português, e enquanto alunos do 10º ano, realizámos uma visita de estudo a Trás-os-Montes. O título da visita – “Por terras de Miguel Torga” – era su-

gestivo e, ao mesmo tempo, oculto: rapidamente percebemos que nos deslocaríamos aos locais frequentados pelo autor, mas que ligações teriam os seus textos com um punhado de mo-numentos e vilas recônditas? O desafio que nos foi proposto, nessa ocasião, foi, precisamente, o de descobrir e interpretar essas ligações, para uma melhor compreensão da obra desse célebre escritor, cujo nome é o pseudónimo do médico Adolfo da Rocha, e que estudámos nas aulas de Português.

A visita começou ainda na portaria do Colégio, com um dis-curso inicial inspirador, e com a leitura de alguns poemas, que nos deram motivação para chegar ao destino seguinte: Vila Re-al. Uma vez lá, visitámos o santuário de Panóias, local onde, de-pois de um vídeo informativo que nos deu a conhecer a história macabra dos rituais que aí eram realizados, foram declamados alguns poemas, relacionados com o amor que Torga nutria pe-la Natureza, com uma vista fantástica do concelho como pano de fundo. Seguimos, depois, para S. Leonardo da Galafura.

Lá, bem no alto do miradouro que Torga comparou a um bar-co gigantesco, almoçámos e descansámos um pouco. No final, com o olhar preso à paisagem que, de tão perfeita, mais parecia um papel de cenário cuidadosamente pintado, sem nenhuma pincelada falhada, escutámos uma série de poemas, acompa-nhados à guitarra. Nesse momento de emotividade e reflexão, percebemos que já tínhamos começado a cumprir o desafio que nos tinha sido lançado, já que, aí, conseguimos perceber quais as emoções e sentimentos que assaltavam Torga, sempre que visitava aquele local.

Dirigimo-nos, então, para S. Martinho de Anta, terra natal de Miguel Torga, onde tivemos a oportunidade de visitar o res-taurante frequentado pelo autor, a sua campa e, ainda, de co-nhecer o “outro poeta” da vila, o Negrilho, uma árvore enorme e antiga, plantada no largo do Eiró, que inspirava Torga.

Saídos de S. Martinho, e regressados ao Colégio, experimentá-mos o gozo que Miguel Torga sentia sempre que regressava “às origens”: uma sensação de felicidade, renovação e segurança. Olhando em retrospectiva, constatámos que cumprimos o de-safio: depois de um dia bem passado, compreendíamos, então, as temáticas abordadas por Miguel Torga nas suas obras, de-pois de as vivermos “in loco”, passando a valorizar mais esse que foi um dos maiores escritores portugueses do século XX.

inêS loureiro, 10ºC.

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DEPARTAMENTO MATEMÁTICA E CIÊNCIAS NATURAIS 17

O INA no EQUAmat

N o dia 28 de Abril, alguns alunos dos 7º, 8º e 9º anos rumaram à Universidade de Aveiro para participa-rem numa competição de Matemática: o EQUAmat. Todos se esforçaram para representar bem o INA!

Quando chegou a hora de participar, todos deram o seu melhor, tendo mesmo alcançado o 18º nível! Antes da entrega de pré-mios houve tempo para passear, conhecer um pouco da cidade de Aveiro e conviver. Foi uma experiência divertida e enriquece-dora, onde pudemos pôr à prova a nossa rapidez de raciocínio.Foi um dia inesquecível, esperamos lá voltar!

oS alunoS ParTiciPanTeS

Iníadas Este ano, os Laboratórios e Museus de Ciências Naturais abriram sob o tema “Arrisca… na descoberta.” Foram muitos os alunos, dos diferentes anos que, jun-tamente com os professores, trabalharam para que

fosse possível recriar um ambiente dinâmico e acolhedor.O Departamento de Ciências Naturais vem, deste modo, agra-decer a todas as pessoas que tornaram este evento possível e de uma forma particular ao professor José Pinheiro que, jun-tamente com um grupo de alunos, abrilhantou de uma forma especial a exposição.

o deParTaMenTo de ciênciaS naTuraiS

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DEPARTAMENTO CIÊNCIAS SOCIAIS HUMANAS18

Visita de estudo à Área Metropolitana de Lisboa

“Aquele que muito viajou sabe mais do que aquele que muito leu…”, já dizia Humboldt. Realmente, ainda melhor do que adquirir conhecimentos, é ter a opor-tunidade de os aplicar à realidade. Creio que este foi um dos factores que moti-vou a organização de uma visita de estu-do à AML (Área Metropolitana de Lisboa), para as turmas do 10ºD, 10ºE e 11ºD.

A visita realizou-se durante os dias 24 e 25 de Março de 2010, estando inseri-da no âmbito das disciplinas de História, Geografia e Filosofia.

No dia 24 de Março, partimos rumo à capital e foi-nos dado o conselho que,

durante o percurso, observássemos a paisagem que ia surgindo, até à chega-da ao Parque das Nações. Já em Lisboa, depois do almoço e de um passeio pelo Parque das Nações, fomos até ao Pavi-lhão do Conhecimento.

Após a visita ao Pavilhão do Conheci-mento, partimos em direcção ao Mos-teiro dos Jerónimos, uma obra arqui-tectónica que combina elementos dos estilos Gótico e Renascentista e que é um dos mais belos e importantes monu-mentos portugueses.

Mas o dia ainda não tinha terminado e, rapidamente, seguimos para o CBD

(Central Business District) de Lisboa. Co-meçámos pela Praça do Comércio, tam-bém conhecida como “Terreiro do Paço” e, daí, os alunos, divididos em grupos, puderam “explorar” livremente esta zona da cidade, caminhando até à Praça do Rossio e, posteriormente, até ao Chiado.

Recolhemos ao Centro Dehoniano de Alfragide, onde ocorreu o jantar e, apesar do cansaço de alguns, ainda houve tem-po para divertidos momentos de conví-vio, até as luzes se apagarem e imperar o silêncio até à manhã do dia seguinte.

No 2º dia, de manhã, saímos em direc-ção a Sintra, uma área muito romântica situada nas redondezas de Lisboa. Lá, visitámos o Palácio da Pena, mandado construir pelo rei D. Fernando II, sendo esta uma das construções mais belas de Portugal; daqui tínhamos uma espanto-sa vista sobre Sintra.

Visitámos ainda o Palácio da Vila, tam-bém chamado o Palácio Nacional de Sin-tra, obra de autor desconhecido, utiliza-do pela Família Real Portuguesa até ao fim da Monarquia, em 1910.

E tinha chegado ao fim a visita de es-tudo e, depois de dois dias repletos de cultura e conhecimento, era altura de re-gressarmos a casa.

raQuel Maria PeixoTo Ferreira, 10º D

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DEPARTAMENTO CIÊNCIAS SOCIAIS HUMANAS 19

“Vivaldiníadas”Um…dois…três…quatro… Pam pam, pararam, pam pam pam! Pam pam, pararam pam pam pam! Pam pam pam! Pam pam pam!...

Não! Não é nenhum compasso nem o trautear da melodia da Primavera, das famosas “Quatro Estações de Vivaldi”. Quatro estações sim, mas do jogo que o Departamento de Ciências Humanas e Sociais (DCSH) levou a efeito nas INÍA-DAS deste ano.

Princípio da tarde de 23 de Abril de 2010. Um nervoso miudinho impulsio-nou o acelerar do coração tenro e pal-pitante de alguns miúdos do 5º ano. Era a hora da partida para o jogo “Atreve-te e Arrisca a Conhecer o DCSH”. Ninguém faltou à chamada e, numa correria louca, as diferentes equipas logo se precipita-ram freneticamente para as diversas ta-refas a desempenhar. De tudo havia um pouco, desde desenhar, pintar, respon-der a questões relativas a conteúdos de algumas disciplinas do Departamento, até afinar a pontaria numas latas coloca-das em pirâmide, etc, etc... No entanto, o entusiasmo recrudescia quando o jogo chegava ao belo e aprazível relvado, jun-to ao bosque, onde estavam personifica-das as Quatro Estações do Ano, impeca-velmente vestidas a rigor, a deixarem-se identificar pelos concorrentes e a indica-rem-lhes as diversas provas a realizar. De-

pois, bem, depois foi o bom e o bonito! Saltar à corda, correr às cavalitas, rebolar na areia da “praia”, gatinhar na relva, tu-do realizado com a maior das alegrias e boa disposição em busca da melhor clas-sificação e da coroação final, junto ao Pa-vilhão, na barraca representativa do De-partamento, também ela embelezada a preceito para receber os heróis. No fim, e isto é que interessa, honra aos vencidos e glória aos vencedores!

Um justo louvor aos professores do De-partamento, que idealizaram, programa-ram e seguiram a par e passo esta acti-vidade. Todos, cada um na sua função e sem esquecerem a dimensão pedagó-gica e educativa, deram o seu melhor para o sucesso da iniciativa. À professo-ra Cristina Teixeira e ao Clube INAMETEO, um obrigado pelo empenho e ajuda na organização. Aos alunos do Secun-dário, que acompanharam as diversas equipas e colaboraram na logística do jogo, um forte aplauso pela sua dedica-ção. Aos concorrentes, um sincero agra-decimento. Sem eles, não haveria jogo. Foram espectaculares!

Em nome da Coordenadora do De-partamento e dos Professores do mes-mo, um bem-haja a todos e um abraço de muita estima.

ProF. João Teixeira

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20 DEPARTAMENTO CIÊNCIAS SOCIAIS HUMANAS

Clube de Meteorologia INAMeteo

Depois de dias de trabalho, stress, prepa-ração e empenho, chegou finalmente o grande dia, aliás, o nosso dia: DIA MUN-DIAL DA METEOROLOGIA. O INAMeteo, juntamente com a Professora Cristina Teixeira, preparou com muito gosto e prazer as actividades para o 3ºano. Re-alizámos o jogo “As Escadas Meteoroló-gicas “, dirigido pelos alunos Nuno Mes-quita, Maria Correia e Ana Rita Oliveira e o jogo das “Estações do Ano”, orientado pelas alunas Sara e Renata.

Dirigimo-nos, logo de manhã, à sala de aula do 3ºano para uma exaustiva apre-sentação e explicação das regras. Espera-vam-nos os alunos, entusiasmados e sor-ridentes, acompanhados pela Professora Goreti, que foi uma ajuda imprescindí-vel na concretização destas actividades. Após este momento introdutório, fomos para os locais onde se realizariam os jo-gos, o ringue para as “Escadas Meteoro-lógicas” e o bosque para o jogo das “Es-tações do Ano.” Os alunos tiveram uma participação exemplar, pois cumpriram com grande interesse e entrega todas as actividades propostas.

As expectativas para este dia foram lar-gamente superadas, devido ao trabalho e esforço de todos os elementos do INA-Meteo e ao querer da Professora Cristi-na Teixeira. Pretendemos também agra-decer aos alunos que, não pertencendo ao Clube, trabalharam activamente con-nosco. Foram uma ajuda preciosa pois,

sem eles, o sucesso da actividade não teria sido possível.

Um grande obrigado a todos.

O Clube da Meteorologia do INA.

clara, ana riTa e nuno MeSQuiTa 8ºA

Sara e renaTa 7ºC

DIA MUNDIAL DA METEOROLOGIA

23 de Março de 2010

Os Camposde

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DEPARTAMENTO EDUCAÇÃO FÍSICA 21

T udo começou com um simples papel de inscrição e daí segui-ram-se três meses de espera e ansiedade.

No derradeiro dia todos estavam pre-parados para a grande viagem que iria durar algum tempo, mas não era nada que um grupo de esquiadores motiva-dos não conseguisse ultrapassar.

À chegada, famintos, pousámos as ma-las e mochilas e fomos para o restauran-te onde jantámos sempre no resto do campo na aldeia de Cofinal. Como já era um pouco tarde, e a viagem tinha sido cansativa, o serão foi curto e dirigimo-nos logo para os apartamentos.

De manhã acordámos, tomámos o pe-queno-almoço, e seguimos para San Isi-dro. Por volta do meio-dia, já estávamos na montanha para subirmos para as pis-tas e começarmos o nosso dia de esqui. As primeiras impressões em cima dos es-quis, mesmo para os veteranos, foi mui-to de adaptação pois muitos passaram um ano sem esquiar e outros até nunca tinham esquiado.

A tarde de esqui passou num instan-te e, sem darmos por isso, já estávamos a caminho de casa.

Já jantados, fomos para a cama com-pletamente estafados.

No dia seguinte, depois das activida-des na neve e antes de irmos para casa, um grupo de um autocarro ficou a fazer uma caminhada com umas raquetes es-peciais na neve e o outro grupo do outro autocarro foi fazer uma caminhada para a zona de Cofinal, a aldeia onde estáva-mos instalados.

Depois de um banho quentinho, para alguns, o jantar assentou que nem uma luva no programa , o serão que se se-guiu foi incrível e o sono que dormimos a seguir foi ainda melhor.

No quarto dia, a estância estava des-lumbrante, a brilhar à luz do Sol no céu limpo com a neve acumulada do dia an-terior, completamente indescritível. As aulas de esqui durante a manhã corre-ram muito bem e o livre à tarde foi “sem-pre a zoar”. A seguir às pistas, seguiu-se o trilho de esqui até às pistas da Salencia.

No fim destas actividades, partimos para uma vila ali perto onde existiam dois museus da região e um minimer-cado que nós usámos para abastecer mantimentos.

Nessa noite estava a nevar torrencial-mente, o que motivou ainda mais a nos-sa ida para a cama.

De manhã, ainda estava a nevar. Diver-timo-nos a conviver uns com os outros e a fazer batalhas de bolas de neve.

À hora de voltar para Portugal estava tudo pronto, mas com algum desgosto com o Campo de Inverno de 2010 a ter-minar. Durante a viagem, o caminho e a paisagem estavam repletos de neve e era uma visão incrível. A viagem passou muito rápida. Mal demos por isso já está-vamos no INA a ir para casa com os pais.

Foi uma viagem para recordar e uma experiência incrível!

JoSé Bernardo MonTeiro de MagalhãeS, 8ºB

Os Camposde Inverno

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CEF22

Clube INAtec

O INAtec é um clube constituído pela turma do 2º OI, que faz a reparação e manutenção de computado-res, recorrendo aos conhecimentos adquiridos nas disciplinas técnicas do curso.

Além da reparação e manutenção, transformam componentes informáticos que já não são utilizados, como monitores, placas, teclados, ratos, etc., noutros fi ns, fazendo uso da reciclagem e reutilização de materiais. Computadores avariados ou obsole-tos, que caíram em desuso, podem assim voltar a funcionar.

Este clube pretende promover experiências de aprendizagem autónoma e colaborativa, estimulando o espírito auto-didacta próprio de um informático.

No âmbito deste clube foi criado um fórum onde a comunida-de escolar poderá esclarecer dúvidas relacionadas com infor-mática, com a ajuda dos elementos do clube.http://www.clubeinatec.pt.to/

ProF. alexandre Silva

22

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DIÁLOGOS 23

“EU E O OUTRO: PERCURSOS DE SEXUALIDADE”

Formador: Dr.ª Teresa Tomé

22 e 25 de Fevereiro de 2010

10h25m às 11h55m

Foi com este cartaz que nós, alunos do 12º Ano e 3º Ano dos Cursos Profissionais, fomos convidados a participar numa acção de formação no âmbito da Educação para a Sexualidade.

Entre uma hesitação e outra acabámos por nos inscrever, até porque o título nos levantou uma certa curiosidade: como iria ser tratado este assunto? E, por outro lado, não era a primei-ra vez que o grupo Diálogos nos brindava com um momento de formação nesta área. Então, no dia e hora marcados comparecemos no local previa-mente definido. Logo às primeiras palavras da Dr.ª Teresa To-mé ficámos encantados com a naturalidade e simplicidade com que falou das nossas inquietudes, preocupações, da nossa rea-lidade! Foram momentos de descontracção, pois pudemos par-tilhar o que tantas vezes não temos coragem de conversar!

Sim, saímos mais enriquecidos e, mais uma vez, o nosso muito obrigado por este tipo de iniciativas oportunas e interessantes.

uM gruPo de alunoS

“Sexualidade é o mesmo que sexo.”, “É possível engravidar com um beijo na

boca.” Estes foram exemplos de boatos que os alu-nos, dos 3.º Ciclo e Secundário, dos Cursos Profissionais

e dos CEF’s, partilharam na actividade levada a cabo pelo grupo Diálogos.Esta actividade teve como finalidade aferir as ideias pré-conce-bidas e partilhadas por adolescentes, na maioria das vezes, apre-endidas através dos boatos que correm entre eles, bem como identificar as dúvidas mais frequentes relativas à Sexualidade.A informação recolhida foi organizada por ano de escolarida-de e, depois do seu tratamento, as conclusões foram apresen- tadas e entregues aos respectivos Delegados e Sub-delega-dos de Turma. A última fase desta actividade passou pelo desmistificar dos boatos e pelo esclarecimento das dúvidas colocadas, de forma a clarificar os conhecimentos dos alunos na área da Sexualidade. Os elementos que compõem o grupo Diálogos agra-decem o contributo de todos os participantes e in-formam que outras actividades surgirão. Até lá, relembram que se encontram disponíveis para receberem os alunos, no gabinete do Diá-logos, para os ouvirem e esclarecer.

ProF. david MarTinS

Corremboatos no

Colégio que …

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Todos os dias são dias do livro, mas em Abril, de uma forma especial, há duas datas relacionadas com o livro e a leitura:

2 de Abril – Dia Internacional do Livro Infantil23 de Abril – Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

E, a partir deste ano, Abril terá outro dia para comemorarmos:29 de Abril de 2010 – neste dia RENASCEU a nossa biblioteca.

BIBLIOTECA GERAL

RENASCER…viagens com

histórias

24

Em 1990 assistimos à abertura da Biblio-teca Geral à Comunidade Educativa. 20 anos passados foi altura de mudar, de crescer, para nos adaptarmos às trans-formações que o próprio acto de ensinar e aprender tem vindo a sofrer.

Porque a Biblioteca Escolar deve ser mul-timodos, do livro à WEB, do som à cor, da letra ao gesto, da memória à inven-ção, foi preciso parar, mudar, para agora surgir RENASCIDA.

Sendo a Biblioteca Escolar um direito co-mum de toda a gente e para todos e uma aspiração extraordinária, agradecemos a todos os que tornaram esta mudança, este renascer possível.

Abril, Primavera, Renascer…Flores.A tudo isto associamos o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, que é tam-bém o dia de S. Jorge. Neste dia, segundo uma velha tradição catalã, os cavalheiros oferecem às suas damas uma fl or e em troca recebem um livro. Em simultâneo é prestada homenagem à obra de gran-des escritores como Shakespeare e Cer-vantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril.Partilhar livros e fl ores, nesta Primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão.E assim, com uma biblioteca renasci-da e muitas fl ores, demos início à nossa SEMANA DO LIVRO. Histórias, livros, lei-turas, tudo isto fomos partilhando com quem se juntou à nossa festa. E, aqui fi ca um convite a todos: venham redescobrir a nossa biblioteca, um espa-ço de alegria sempre presente onde ape-tece ler, estar e até descansar…

Maria JoSé carvalho

(Bibliotecária)

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BIBLIOTECA GERAL 25

Uma nova Biblioteca

Na manhã de quinta-feira, 29 de Abril, encontrava-me com um grupo de amigos na interminável fi la de espe-

ra da mais desejada abertura do ano de 2010:a Biblioteca geral do I.N.A. Cada um de nós esperava desvendar os mistérios por detrás daquela porta de vidro que prometia novas dimensões.

É claro que todos tinham imaginado uma biblioteca de sonhos, e o curioso é que estávamos certos de que a Prof. Maria José tinha feito o seu melhor pa-ra tornar aquele espaço o mais apelativo e confortável possível.

Os minutos que se seguiram pareciam longas horas, até que, fi nalmente, entrei na sala que diria nunca ter existido.

O soalho que agora calcava lembrava as tonalidades das areias de um deserto.

Os meus olhos percorreram cada com-partimento daquela nova sala, e, pa-ra onde quer que olhasse, enchia-me de espanto.

Na sua nova secretária, a D. Filomena, com um sorriso redobrado de simplicida-de, saudava cada aluno que ali entrava.

É claro que não pude deixar de expe-rimentar os sofás tão coloridos que, tal como o resto do mobiliário, eram uma novidade para mim.

Ao lado dos sofás, encontrava-se uma divisão formada por modernas estantes de madeira, cobertas pelos mais varia-dos livros.

Não pude, também, de deixar de pres-tar atenção aos trabalhos dos alunos que davam à biblioteca um ar mais acolhe-dor e personalizado.

Visto que tinha percorrido toda a bi-blioteca, decidi sentar-me no sofá e ler uma enciclopédia que tinha como título – Mamíferos.

Depois levantei-me e percorri, mais uma vez, cada milímetro daquele novo espaço: revi os novos sofás, as cadeiras, as mesas, as estantes de madeira…

Deixei a biblioteca quando soou a campainha, mas eu sabia que iria passar muitos intervalos nesta nova casa feita de livros.

João anTónio TeleS, 7ºB

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GABINETE PSICOPEDAGÓGICO26

Formação de Educadores do INAFormação de Docentes

O Gabinete Psicopedagógico (GP) organizou a formação “Partilhar conquistas... aceitar diferenças”, no dia 17 de Mar-ço de 2010, dinamizada pela convidada Dra. Celmira Macedo (professora de Educação Especial e fundadora da Escola de Pais.NEE), destinada a professores de alunos com Necessidades Educativas Especiais.

Formação de Pais e Encarregados de Educação

No final do 3º Ciclo do Ensino Básico, os jovens confrontam-se com a necessidade de tomar uma importante decisão acer-ca do seu futuro escolar e profissional. Esta decisão deve ser tomada de forma ponderada e responsável, pelo que os pais podem e devem ter uma participação activa neste processo. Neste sentido, o Gabinete Psicopedagógico organizou duas acções de formação para pais:

Formação de Encarregados de Educação de 8º Ano:“Escolhas vocacionais: uma questão do género”, Dinamizada pela Prof. Doutora Luísa Saavedra, da Universidade do Minho

30 de Abril de 2010

Formação de Encarregados de Educação de 9º Ano:“Pais e Filhos juntos na conquista do Futuro…”,6 de Maio de 2010

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GABINETE PSICOPEDAGÓGICO 27

Actividades destinadas a alunos… 2º e 3º PeríodosA Orientação VocacionalAo longo do percurso escolar, são vários os momentos em que os jovens se vêem confrontados com a necessidade de fazer opções e tomar decisões acerca do seu futuro escolar e profis-sional. Este processo de tomada de decisão é, frequentemente, acompanhado de sentimentos de ansiedade, insegurança e in-certeza, e também de um significativo desconhecimento acer-ca das opções disponíveis. Assim, o GP tem previsto um conjun-to de actividades que visam apoiar os alunos que se encontram numa etapa do seu percurso escolar que implica uma tomada de decisão vocacional. Destacam-se o programa de Orienta-

ção Vocacional dirigido aos alunos do 9º ano e do 12º ano de escolaridade, em curso desde o 2º

período, e as actividades que irão ser ini-ciadas no 3º período junto dos alunos finalistas dos Cursos Profissionais e dos Cursos de Educação e Formação.

“Aprender com o Orelhas!”O programa “Aprender com o Orelhas!” foi desenvolvido de Janeiro a Março, no sen-tido de promover competências linguísti-cas nos alunos da Sala dos Vermelhos.

Neste sentido, realizaram-se activida-des lúdicas em grupo, através das quais se pretendia estimular diversas compe-tências: a competência grafo-motora,

o conhecimento da estrutura e funções da linguagem, o co-nhecimento lexical e morfossintáctico, e o desenvolvimento da consciência fonológica.

De forma a complementar as actividades desenvolvidas na sa-la dos vermelhos, reunimos um conjunto de actividades para serem realizadas pelos Pais, em casa. Estas actividades contri-buem significativamente para o desenvolvimento de pré-com-petências da aprendizagem da leitura e da escrita.

“À Conquista… dos Limites”A aprendizagem escolar resulta de vários factores, não só do tipo cognitivo/intelectual mas sobretudo de ti-po emocional e social. No sentido de dar resposta a uma necessidade de intervenção numa turma do 5º ano, devi-do a problemas evidenciados pelos alunos no comportamento, e desta forma promover o seu sucesso escolar, o GP está a rea-lizar uma intervenção no âmbito da promoção de competên-cias sociais: “À conquista… dos limites”, que visa ajudar os alunos a relacionarem-se de forma adequada com os outros.

“006º… Missão: Preparar para conquistar!”O programa “006º… Missão: Preparar para conquistar!” foi iniciado no passado mês de Abril com a turma do 6º E e decor-rerá até ao final do mês de Maio. Esta turma foi seleccionada através de sorteio, realizado pelo GP.

Como principais objectivos destacam-se: facilitar a transi-ção para o 3º ciclo; conhecer e automatizar o uso de estraté-gias de estudo, assim como promover competências sociais nos alunos.

“Prepara-te para descobrir o 5º ano!” A expectativa de transitar para o 5º ano de escolaridade despo-leta, frequentemente, nos alu-nos do 4º ano de escolaridade sentimentos ambivalentes: se, por um lado, sentem uma gran-de curiosidade acerca do novo ciclo que irão iniciar, antecipando positivamente novas experi-ências e aprendizagens, por outro lado, esta etapa é frequen-temente acompanhada de alguma ansiedade e preocupação face ao “desconhecido” e à “incerteza” daquilo que os espera. Assim, e com o objectivo de preparar esta transição e prevenir a ocorrência de dificuldades a este nível, o GP irá desenvolver, no 3º período, um programa de intervenção dirigido aos alunos do 4º ano, no qual serão abordadas temáticas como as mudan-ças que a transição para o 5º ano implica, assim como as estra-tégias que podem ser desenvolvidas com vista a lidar de forma positiva com as mesmas.

Poderá consultar todas as informações relacionadas com o Gabinete Psicopedagógico em: www.gab-psicopedagogico-ina.blogspot.com

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GABINETE SOCIAL28

Resultado da Campanha das

Missões 2010

O Colégio das Caldinhas, sendo um estabelecimento de ensino com uma forte dimensão social, não ficou in-diferente a mais uma Campanha das Missões organi-zada pelo Gabinete de Serviço Social (INA) e Gabinete

de Apoio ao Aluno (OFICINA).Deste modo, em todas as escolas deste complexo educativo, entre os dias 15 e 24 de Março de 2010, decorreu a Campanha das Missões. Esta campanha contou com o contributo do Grupo 4 do 12.º B (Área de Projecto) na elaboração dos esquemas que as turmas tinham de completar.Com a colaboração e a generosidade de todos recolhemos 1397,44€ que foram enviados para a Fundação Gonçalo da Silveira. Esperamos que este contributo tenha sido uma ajuda valiosa para o auxílio na Missão de Fonte Boa (Moçambique), mais concretamente no projecto que tem como público-alvo cinco Lares de Órfãos, nos quais são acolhidas cerca de cinquenta crianças. O Gabinete de Serviço Social agradece aos alunos do Grupo 4 do 12.º B (Área Projecto) que nos ajudaram na dinamização e a to-dos aqueles que contribuíram para que conseguíssemos levar um sorriso de esperança a estas crianças.

o gaBineTe de Serviço Social

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BÁSICO I 29

IníadasAs Iníadas são uma festa muito grande e impor-tante. Sabem porque é que há Iníadas? Há Inía-das para as pessoas conviverem todas juntas, para se divertirem e para fazerem novos amigos.Uma forma de as pessoas se divertirem é cons-truírem barraquinhas que tenham rifas, colares, anéis, pulseiras, comida, ímanes, porta-chaves, etc. E também podem fazer espectáculos, dan-ças, poesias, magia e canções. Este ano, no sábado, fui a uma missa no colégio; depois jantei e finalmente chegou o arraial. Estou sempre ansiosa que cheguem as Iníadas.

carolina 3ºano

As Iníadas são uma festa própria do INA para onde se pode trazer a nossa família.Nesta festa, há barracas onde podemos comprar gelados, batatas fritas, doces, bebidas… Tam-bém há uma barraca própria para as rifas e nor-malmente os alunos vão lá muitas vezes. Nesta festa há também a oportunidade de visitar os museus de Biologia e Geologia e os laboratórios onde se observam as experiências.Eu adoro esta festa!

MarTa 3ºano

No dia 23 e 24 de Abril realizou-se uma festa muito importante: As Iníadas.Nesta festa brinquei com os meus amigos e com as minhas primas.Também fui ver as exposições que, como sem-pre, são muito interessantes.Gostei também da missa no campo de S. João.A minha irmã cantou no ofertório com todos os seus colegas.Adorei as Iníadas.

ana SoFia 3ºano

As Iníadas deste ano foram muito divertidas.Alunos do 3º ano do INA jogaram futebol e as meninas do 3º ano apoiaram. A Catarina e a Sara fizeram cartazes para apoiar o jogo dos rapazes e nós gritámos “ Força INA, Força INA.”Eu e as minhas amigas participámos na Noite dos Talentos. Gostei das Iníadas.

Margarida 3ºano

Na sexta-feira, dia 23 de Abril de 2010, houve a abertura das Iníadas com muitos espectáculos.As Iníadas são uma festa em que as pessoas con-vivem e se divertem.Há muitas exposições, jogos, experiências e mui-tas coisas divertidas e interessantes.No jogo de futebol, o INA jogou contra as Teresia-nas e as raparigas e alguns rapazes do 3ºano fo-ram apoiar os jogadores e levaram cartazes para os apoiar. Divertimo-nos muito nas Iníadas.Eu gosto muito desta festa.

alexandra 3ºano

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JARDIM DE INFÂNCIA

Em tudo amar e servir… os mais pequeninos !

Neste número de “O nosso co-légio” entrevistámos a Drª Conceição Matos, directora do Jardim de Infância. De-

pois de 27 anos de serviço e dedicação aos mais pequeninos da nossa escola, prepara-se para se aposentar. Aqui fi cam alguns ecos da nossa conversa.

NC: Olá Conceição. Esteve no nosso colégio muitos anos. Quer recordar um pouco os primeiros tempos, o que a fez vir para cá?– Para começar esta nossa conversa, gos-taria de dizer que vir para esta Escola não foi obra do acaso. Foi de facto uma es-colha de vida. Já tinha alguns anos de experiência e podia ter seguido outro caminho. Tive algumas ofertas de traba-lho, podia ter concorrido à rede pública, mas os meus horizontes não passavam por aí. A minha ambição passava tão só por continuar a trabalhar num colégio confessional, católico, com cariz e ideá-rio próprios que correspondesse ao meu ideal de vida. Por outro lado, nessa altu-ra, os meus fi lhos mais velhos tinham no-ve e dez anos e fazia questão que tam-bém eles continuassem a ser educados numa escola católica, com as caracterís-ticas do Colégio das Caldinhas. Inclusiva-mente iria morar para Guimarães e fi quei em Santo Tirso por causa do Colégio.

NC: Quais as experiências e momen-tos mais gratifi cantes que guarda na memória de todos os seus anos de trabalho ?– Primeiro que tudo a forma afável e ca-lorosa como fui recebida pelo Sr. Padre Amadeu e Sr. Padre Burguete. Depois o desafi o de vir trabalhar com a Carrucha (Srª D. Ana Isabel) que tinha sido minha professora no Curso de Educadora de Infância. Aliado a tudo isto, estar numa Escola em permanente investigação e actualização. Estar em Educação, consi-dero um privilégio. Cada dia é uma no-

va descoberta e nada é igual. A criança é um mundo inesgotável de atitudes im-previsíveis. Estamos sempre a ser surpre-endidos com a sua capacidade de novas aprendizagens, absorvendo como uma esponja tudo aquilo que se vive e lhe é transmitido. Não nos podemos distrair um segundo que seja porque, como mo-delos que somos, ela absorve tudo e imi-ta tudo, nada lhe escapa. Nem mesmo o olhar, se por acaso nesse dia não está tão bem, ela apercebe-se, interroga-se e interroga. No fundo todos os dias foram gratifi cantes… mas isto é mesmo verda-de. A partir do momento que entro no Colégio, é um mundo novo que se abre à minha frente. Porque de facto é apaixo-

nante trabalhar com estas crianças, que são únicas, com uma identidade própria e única. É uma pessoa em formação es-piritual e humana. Cada dia é uma aven-tura e um permanente desafi o se nos depara constantemente.

NC: E no que respeita às principais difi culdades que foi sentindo na sua missão educativa ao longo dos anos?– Não posso falar em difi culdades pro-priamente ditas, porque quando surgia algum problema, era de imediato resol-vido. EM TUDO AMAR E SERVIR. Nada me-lhor do que estas palavras de Santo Inácio, para orientar o nosso caminho e iluminar o nosso espírito. A minha forma de estar

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Em tudo amar e servir… os mais pequeninos !

JARDIM DE INFÂNCIA 31

na vida é baseada não na imposição mas na sugestão, num olhar, num diálogo aberto e franco. É preciso ter consciência de valorizar cada pessoa e encontrar nela sempre um talento, porque acredito em cada uma e aprendo sempre mais com o outro, alguém que é único, com uma identidade única e própria. Esse alguém tem sempre algo de divino em si, que po-de estar bem escondido, mas que há que descobrir. Esta atitude pressupõe uma Fé inabalável em Cristo e na dignidade da pessoa humana.

NC: . A alguém que lhe perguntasse como se concretiza no Jardim-de-in-fância a Pedagogia e a Espiritualidade Inacianas, o que lhe responderia? – O Jardim de Infância tem que respirar religiosidade. Não apenas pelas imagens que eventualmente possam estar pen-duradas nas paredes, mas pela atitude do educador que tem que trazer sempre consigo, em cada instante, Cristo debai-xo do braço. Jesus está inscrito em letras bem grossas em cada canto da Escola. Vi-ve-se verdadeiramente a Pedagogia Ina-

ciana procurando encaminhar a nossa vida e a vida de cada criança e das suas famílias na procura do Magis. E se falarem com as crianças elas sabem muito bem que não basta ser Bom, temos sempre que procurar SER MAIS e fazer cada vez melhor os pequenos nadas do dia a dia. É de uma forma muito séria que vivemos a Vida de Cristo. Podem pensar, são muito pequenos, não percebem… Percebem, percebem e com muito maior profundi-dade do que aquilo que imaginamos. A escolha que se toma no sentido da For-mação Cristã Inaciana é um desafi o para todos nós e esse desafi o é assumir que não basta ser cristão, é preciso dizer SOU CRISTÃO, em cada gesto, em cada coisa que se faz, a procura incessante de Deus. A escolha que fazemos todos os dias tem que ter como base a grande lição de fé que se tira da religiosidade vivida pelas crianças: ACREDITAR SEM PERCEBER.

Muito pouco ingenuamente, está aqui o segredo: procurar um olhar cla-ro sobre as coisas e simultaneamen-te respeitarmos o mistério que encerra a humanidade.

NC: Todos ouvimos dizer e sentimos que a tarefa dos educadores hoje em dia é difícil. A partir da sua am-pla experiência no campo da edu-cação, que conselhos daria a um pai ou a uma mãe?– Penso que não é preciso dar grandes conselhos aos pais, porque enquanto mãe ou pai, sabemos que uma das ne-cessidades irredutíveis de um fi lho é ser amado. Sem tempo para amar, não há vinculação e sem o vínculo não existe de-senvolvimento. Aquilo que muitas vezes digo, é: Apressem-se a amar, amem sem medo de avançar, para que as crianças sintam que estão no olhar de seus pais e para que seja verdade o que Brazelton tanto pede: “… que a mãe aconchegue o bebé ao colo para que saiba que o mun-do lhe pertence e o pai o segure bem al-to para que veja que o mundo é grande e belo.” Com esta simples citação, penso que digo tudo. Somente com este sen-timento de mútua comunhão, as crian-ças de hoje poderão tornar-se adultos de amanhã com valores, princípios e sobre-tudo capazes de serem também “Para e com os outros”.

O amor não se escolhe, encontra-se!Costumo dizer que, se queremos crian-

ças saudáveis mental e fi sicamente, te-mos de deixar de evitar o amor. Temos de fi xar o nosso olhar, profunda e inten-samente nos olhos de cada fi lho e só as-sim efectuamos uma espécie de leitura da alma do outro e entramos na sua in-terioridade. Mais uma vez volto a citar quem para mim é um grande mentor: “… alguém tem de se apaixonar perdi-damente pela criança, pois só assim ela pode evoluir…” Daniel Stern.

Assim sendo, fi nalizo afi rmando vin-cadamente: É urgente o amor, é ur-gente o tempo dado sem tempo, o apegar porque sim...uma linguagem ba-seada nos afectos. Porque saber amar é educar bem!

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CAMPINÁCIOS32

Encontro Nacional dos CampináciosCaic, 9 a 11 de Abril de 2010

Os Campinácios cumpriram 20 anos de existência! Vinte anos organizando Campos de Férias e muitas outras actividades, pa-ra os alunos dos 3 Colégios dos Jesuítas em Portugal. Todos os que participaram foram marcados pela espiritualidade inaciana e por uma experiência intensa de relação com os outros, com Deus, consigo próprios e com a natureza. Este ano o Movimen-to quis assinalar este aniversário organizando o maior Encontro Nacional (EN) de todos os tempos.

Foi em 1990 que um grupo de antigos alunos, professores e Jesuítas dos 3 Colégios se reuniram na Serra da Estrela para lançar os fundamentos dum novo Movimento de Campos para alunos dos Colégios. Ao longo destes 20 anos de história, mui-tos animadores entregaram o seu tempo, as suas energias e os seus talentos pessoais ao serviço deste projecto. Um Campo de Férias pode resumir-se à recriação duma vida comunitária em que a partilha, o serviço aos outros e a simplicidade se vivem na prática do dia-a-dia. Constroem-se relações de amizade para toda a vida e descobre-se a possibilidade de ser feliz ao modo de Jesus.

O EN deste ano bateu todos os recordes. Contou com a parti-cipação de cerca de 630 participantes (alunos dos 3 Colégios) e 120 animadores. Tinha-se a sensação de estar a gerir um Cam-po de Férias gigante! Ao longo de 3 dias realizaram-se várias actividades: um logótipo humano, muitos Jogos diferentes, uma oração na Sé Nova de Coimbra, um serão no auditório da

Universidade de Coimbra, uma viagem de avião (simulada), um concerto de rock, etc. O EN terminou no Domingo com a Missa de acção de graças pelos 20 anos.

Mas neste EN20 reencontraram-se amigos dos Campos, for-talecendo os laços que os unem. Reviveram-se memórias mar-cantes do passado, através dum Museu montado para o EN. Os animadores, esses grandes heróis deste EN, não pararam um minuto, numa vontade de que tudo corresse pelo melhor. Es-te EN foi, no fundo, uma experiência de gratidão, de serviço e de dedicação ao Movimento.

Sentimo-nos muito agradecidos a tantas pessoas que nos aju-daram de tantos modos para que estes dias deixassem a sua marca em todos participarantes: Aos pais; às Direcções Locais; à Direcção do CAIC e a tantos outros. Por fi m, um grande OBRI-GADO a todos os animadores que se disponibilizaram para aju-dar a organizar e dinamizar todas as actividades destes dias, em particular ao grupo dos coordenadores do EN20.

Parabéns Campinácios! Que o Senhor continue a abenço-ar todas as nossas actividades, sobretudo os Campos de ve-rão, e recompense largamente a generosidade de todos os animadores.

o aSSiSTenTe nacional doS caMPinácioS,

P. Lourenço Eiró, sj

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O Nosso ColégioNova SérieAno 9 – Nº 4Junho 2010

Conselho de Direcção · DirectorJorge Sena SJ

Coordenador GeralRui Gonçalves

RevisãoP. Jorge SenaRui Gonçalves

Responsáveis SectoriaisMª. da Conceição Matos (Associação Pro-Infância)Célia Costa (CCM/ARTAVE)Gabriela Faria (OFICINA)

Design Grá coIsto é, comunicação visual, LdaPorto

Foto da capaDaniel OnofreCelebração do dia mundial da criança

ImpressãoTipogra a Nova

Zona industrial da Poupa – lote 3 fracção BApartado 105 4784-909 SANTO TIRSO

Tiragem2400 exemplares

Periodicidade4 números/ano

Depósito Legal173641/01

ISSN1645-3247

PropriedadeColégio das Caldinhas(INA – Instituto Nun’Alvres)(Associação Pro-Infância)(CCM – Centro de Cultura Musical)(ARTAVE – Escola Pro ssional do Vale do Ave)(OFICINA – Escola Pro ssional do Instituto Nun’Alvres) Caldas da Saúde – 4784-907 Areias – Stº Tirso

Ficha Técnica

Este trabalho foi impresso em papel ecológico

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JUNHO 2010ANO 9

NOVA SÉRIE

Nº4