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OUTUBRO 2006ANO 6
NOVA SÉRIE
O NOSSO N.º 1COLÉGIO
EDITORIAL�
Nas nossas vidas deparamo-nos com a maternidade e a pater-
nidade como o natural reflexo e prolongamento de um amor
entre um homem e uma mulher que nos parece ter existido,
mesmo antes do Sim mútuo e público que o tinha começado.
Nas recordações dos afectos que nos ficaram da infância, en-
contramos a âncora que nos ajuda a prosseguir na nossa ca-
minhada, descobrimos a criança que fomos, reconciliamo-nos
com ela, se necessário, e trazemos ao de cima a criança que
ainda há em cada um de nós.
A recordação dos nossos Pais, sempre presentes em cada mo-
mento da nossa vida, nas doenças normais da infância, dos pa-
nos vermelhos nas janelas e nas lâmpadas para não nos ferir o
olhar quando estávamos com sarampo, nas longas noites de fe-
bre, nos medos do escuro e dos fantasmas que as sombras da
noite nos traziam e nos faziam esconder debaixo dos cobertores
quase sufocando…Mas lá vinha a mão grande e muitas vezes
calejada e áspera do Pai, ou a mão macia e delicada da Mãe, que
nos envolvia em segurança e calma, e fazia chegar mais depres-
sa o João Pestana. Até dos cheiros e dos sabores nos lembra-
mos, e dos parcos presentes comprados com tanta dificuldade,
mas que para nós constituíam um tesouro incomparável.
Era o Amor-Ternura que nos envolvia, e esse continua a perma-
necer em nós, muito para além da morte.
Mais tarde, recordamos ainda as esperanças orgulhosas que os
nossos Pais depositavam nos seus filhos: - eram os mais boni-
tos, os mais inteligentes, os melhores… E ai de quem se atre-
vesse a dizer o contrário!
Por outro lado, na liberdade da escolha responsável que nos pro-
porcionaram, na aceitação dos filhos com o seu próprio destino,
EDITORIAL�
Pai pega em mim ao colo e levanta-me
bem alto
estão concerteza as pedras dos alicerces de uma paternidade e
maternidade que ultrapassa, por completo, um passado genético.
Ser, hoje, Pai ou Mãe exige, concerteza, um sair para fora de si
próprio, uma entrega total. É imprescindível ter tempo, espaço
interior e um incomensurável amor. É preciso SER. Ser Pai e Ser
Mãe a tempo inteiro. O Pai, hoje, pode acompanhar, desde o iní-
cio, a gravidez da sua Mulher e, por isso mesmo, o desenvolvi-
mento intra-uterino do seu filho: - nas ecografias, o pai e a mãe
usufruem de um acompanhamento visual da gestação do pró-
prio filho – podem ver o pulsar do coração, os movimentos cal-
mos ou bruscos dos membros, como reacção à música, à calma,
ou à angústia da Mãe, à voz do seu Pai. Assim, Pai e Mãe conse-
guem CONVIVER com as competências do feto, deliciam-se com
elas, enternecem-se com elas. Até aí, ao Pai, só lhe era permitido
estar AO LADO e não estar do MESMO LADO. EM COMUNHÃO.
O Pai pode estar presente, se o desejar, no acto do nascimento, e
ser parte activa desse mesmo nascimento. Ao pegar-lhe ao colo,
com a emoção mesclada com o receio que o bebé se desman-
che, confirma assim a sua própria existência de Pai. Quase sem
se aperceberem, Pai e Mãe continuam a dar, juntos, os alicerces
fundamentais para a segurança e autonomia do seu filho.
A relação Pais/Filho, que tem início no acto da sua concepção
(ou ainda antes), perpetua-se pelos tempos, e é fundamental
para a felicidade da criança, ou seja, para a sua inserção saudá-
vel na sociedade, para a sua autonomia, para a descoberta da
sua identidade, para a sua realização como PESSOA.
“QUE A MÃE ACONCHEGUE O BEBÉ AO COLO PARA QUE
SAIBA QUE O MUNDO LHE PERTENCE. QUE O PAI O SEGU-
RE, AO ALTO, PARA QUE VEJA COMO O MUNDO É GRANDE
E BELO…” (B. Brazelton)
Conceição Matos
(Directora da Escola Infantil)
�
Que saudades tudo me fez! A beleza da escola, o “ar” humano das
salas, a cara feliz dos pequenitos… E depois foi preciso fazer silên-
cio, para sossegarem antes do almoço…e eles fizeram-no!
É tão fácil educar…(e tão difícil também)! Basta só amar bem, isto
é, sentir cá dentro o que é a criança, vê-la a viver, imaginá-la a cres-
cer, a ter ideias, a ter quereres, e tudo a organizar-se para haver um
equilíbrio feliz.
É saber quanto ela precisa de nós para progredir totalmente…
Aderir ao projecto de vida de cada uma e darmo-nos. Não é preciso
mais. O resto virá por acréscimo.
A Avó da Escola
A São desafiou-me a escrever para a revista
do colégio…Eu tinha lá ido nessa manhã por
causa dos meus netos.
Um desafio…
VIDA COLEGIAL
Entrei no colégio
Com vontade de aprender,
Gosto muito de estudar
E de tudo saber.
A entrada no Colégio,
Para mim foi novidade,
Gosto muito de aqui estar
E de aprender tenho vontade.
Vim para o Colégio todo contente,
Tenho os professores para me ajudar…
Espero passar sempre de ano,
Mas sei que tenho muito que estudar!
Também gosto de brincar,
Estou na idade de me divertir,
Espero encontrar no Colégio
Amigos com quem me rir!
Pedro Sampaio · 5º B
Chegar ao INA!
Este ano estou numa escola nova. É gran-
de e tem muitos alunos.
Logo no primeiro dia, fomos apresenta-
dos à Directora de Turma e às Prefeitas.
Mostraram-nos o Colégio e ensinaram-
nos como funciona.
Os professores são muitos, alegres e
bem dispostos. Também tenho amigos
novos, e tentamos não fazer asneiras,
mas nem sempre é fácil…
Estou a gostar muito destes dias…
Sei que tenho de começar a estudar, pa-
ra não ficar no mesmo ano. Não é fácil,
pois são muitas disciplinas, mas, deva-
gar, vou aprendendo a estudar! Todos
sabemos que se queremos ser bons alu-
nos, temos de trabalhar ao máximo, e é
isso que eu vou fazer.
Duarte Pinto · 5º B
Eu e a Escola
VIDA COLEGIAL�
�
Na aula de Português, eu e os meus amigos fomos à Biblioteca, com a nos-
sa professora, conhecer as diferentes regras de funcionamento, e as várias
actividades que a Biblioteca nos pode oferecer.
Foi com a ajuda da Profª. Maria José, Bibliotecária, que conhecemos as
diferentes partes da Biblioteca, e ficámos a saber que os livros estão
colocados por assuntos. Vimos a parte dos livros mais antigos e, de se-
guida, fomos para a Sala de Leitura, onde a professora nos explicou as
regras de funcionamento, (através de jogos) e como podemos requi-
sitar os livros, que nós quisermos, para que possamos estudar e ler.
Depois de ouvirmos uma história, com entusiasmo, pois a história era
muito engraçada e nós tínhamos de fazer gestos, regressámos à sala,
bem animados.
Telmo · 5ºA
Fomos à Biblioteca durante a aula de Português, e a bibliotecária re-
cebeu-nos com alegria e simpatia…
A visita aos livros antigos foi espectacular! Alguns têm três ou quatro
séculos! Inacreditável!...
Gostei muito da visita, e agora já podemos requisitar livros e levá-los
para casa… só temos de estar atentos aos prazos de entrega!…
Tomás · 5ºA
Hoje, dia 25 de Setembro, fizemos uma visita de estudo à Biblioteca.
A profª Mª José mostrou-nos toda a Biblioteca, mesmo a parte “proi-
bida”, onde nem os alunos nem os professores podem entrar sem or-
dem. Eu adorei andar a ver os livros antigos, e subir e descer as escadas
de caracol… Aprendemos como requisitar um livro, fizemos um jogo
divertido e, para acabar, a professora Mª José leu-nos a história:”O me-
nino não quero”.
Eu gostei muito da visita, pois fizemos coisas divertidas que aumenta-
ram o meu conhecimento.
Nuno · 5ºA
Um
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Visitámos a Biblioteca com a pro-
fessora de Português, e fomos
muito bem recebidos pela res-
ponsável, a profª Mª José.
A profª Mª José explicou-nos co-
mo estava dividida a Biblioteca:
uma parte para ler e estudar, ou-
tra com computadores, que ainda
não estão a funcionar, e outra com
os livros antigos. Soubemos que
dantes as portas eram de madeira,
ninguém via nada lá para dentro,
pois a Biblioteca era só para os se-
nhores padres.
Depois de percorrermos as di-
ferentes partes, entrámos numa
sala com muitas cadeiras e uma
grande televisão, onde a respon-
sável nos contou a história do
“menino não quero”. Era a his-
tória dum rapaz que dizia “não
quero” a tudo, mas depois de
muitas aventuras, percebeu que
isso não era bom para ele. Foi
muito engraçado.
Gostei tanto de ir à Biblioteca
que, no dia seguinte, fui lá outra
vez, ler o capítulo de um livro de
aventuras.
Mário André · 5ºF
Hoje, dia vinte e seis de Setembro,
fomos à Biblioteca do Colégio…
A professora Maria José, a res-
ponsável por este local, disse-
nos que dantes, há muitos, mui-
tos anos atrás, as crianças não
podiam entrar na Biblioteca, por-
que era um lugar só para os Jesu-
ítas (os padres do Colégio). Ainda
bem que puseram a Biblioteca à
nossa disposição, pois tem livros
muito antigos, que são autênti-
cas relíquias…
De seguida, com o jogo do “semá-
foro”, mostrámos à Profª Mª José
que ficámos a saber as regras de
funcionamento da Biblioteca, e
foi divertido levantar os cartões
verdes e vermelhos, conforme a
resposta era sim ou não. Foi mui-
to engraçado… Adorei a visita.
José Diogo · 5ºF
VIDA COLEGIAL
Na aula de Português, a propósito da revisão
do alfabeto os alunos criaram poemas para
cada uma das letras iniciais do seu nome…
J é uma letra vaidosa
pois tem longos cabelos
Sorriso encantador
Olhos bem abertos
Pois procura o seu amor.
Joana Manuela · 5º B
D…Sou alegre
e bem charmoso
de cabelo sempre em pé
e sapatos no chão,
não importa se danço mal
pois a culpa é do barrigão.
Duarte Pinto · 5º B
Sou uma roda
fácil de fazer
mas o que mais me chateia
é de o fazer…
Claúdia · 5º B
O alfabeto
é de o fazer…
Claúdia · 5º B
VIDA COLEGIAL5
�
No dia 27 de Setembro, fomos à Biblioteca com a nossa professora de Português.
Começámos a visita com a apresentação geral: nós apresentámo-nos, e a Profª. Mª
José apresentou-se. No final da apresentação, a Profª. Mª José percebeu que só não
conhecia o Daniel, porque ele é o único aluno novo no Colégio, pois, apesar de nós
estarmos num curso diferente, o CEF de Frio, como nós lhe chamámos, (na verdade
o curso chama-se Curso de Electricidade, Refrigeração e Climatização), somos todos
“velhinhos” nesta Escola.
Depois da apresentação, fomos ver a parte dos livros antigos, e vimos muitos, mas
mesmo muitos livros antigos, e muito valiosos!...
Já na Sala de Leitura, a Prof ªMª José mostrou-nos três livros d’ “Os Lusíadas”, de Luís de
Camões, e nós não queríamos acreditar quando nos disse que um livro, que era enorme,
tinha tanto texto como um livro tão pequeno, como um pacote de lenços de papel.
Para terminar a visita, a Profª Mª José leu-nos uma história sobre futebol, do escritor
José Jorge Letria.
Foi uma visita muito divertida.
José Carlos e Diogo Rafael
Curso de E.R.C.
O “Frio”na Biblioteca
VIDA COLEGIAL
O tema do ano para o Secundário é, uma vez mais, aliciante e pertinente!
Quem não gosta de conhecer pessoas e coisas novas, alargar horizontes, crescer
– humana e culturalmente?!
O desafio lançado aos alunos (e aos educadores), neste ano lectivo que se inicia, é
partir “à descoberta”…, sem precisar de sair, fisicamente, da Escola/Casa. E talvez este
seja, efectivamente, o maior desafio: estar atento ao que nos rodeia, descobrir o que
está próximo de nós, e, progressivamente, descobrir o que está dentro de cada um
de nós. Conhecer os nossos medos, as nossas angústias, os vnossos sonhos…
Ao passar nas salas de aula e ao ler os placares das turmas, podemos ver que to-
dos querem partir à descoberta de algo que os preencha, que os toque. Todos es-
tão dispostos a estar abertos à novidade, ao conhecimento, ao crescimento…
Não será estranho, para ninguém, o facto de os jovens gostarem de estar numa
atitude de permanente descoberta, ávidos de conhecer outras culturas, outros
modos de estar, de fazer, e, sobretudo, de ser. A novidade, o inesperado, o desco-
nhecido, são ingredientes perfeitos para a motivação em tudo o que fazemos.
Na nossa sala de aula, ou mesmo em casa, quantas vezes nos deparamos com
acontecimentos completamente imprevistos? Quantos jovens insistem em per-
manecer diferentes? Quantos planos não resistem ao quotidiano? Quantas vezes,
nós mesmos, nos surpreendemos com as nossas próprias atitudes? Como educa-
dores, quantas vezes “criamos” (na sala de aula e em casa) e nos surpreendemos
com o que falamos e fazemos! E quantas vezes estimulamos os nossos jovens pa-
ra “criar”, e eles nos mostram uma capacidade desconhecida! A novidade pode
estimular, entusiasmar, fazer com que o quotidiano ganhe um novo significado.
Vamos partir à descoberta! - Daquele que nos está próximo; daquele que, embora
se cruze connosco todos os dias, não sorri para nós, nem nos diz “bom dia”; daque-
le que nos acompanha desde que nascemos e a quem, por vezes, nos esquecemos
de agradecer o dom da vida; daquele a quem demos “Vida”, mas a quem (por causa
da “nossa vida”), por vezes, nos esquecemos de sorrir e abraçar. Vamos descobrir,
também, aquele que tem sempre um sorriso amigo, uma palavra no momento cer-
to, aquele que nos abraça e nos mima, aquele que nos orienta na vida académica.
Vamos aceitar o desafio, e partir à descoberta levando, apenas na “bagagem” a certe-
za de que: “A descoberta do outro passa necessariamente pela descoberta de si mesmo!”
A Equipa Pedagógica do Secundário
Inserida nas actividades da “Semana
da Alimentação…com Saúde”, pro-
movida pelo Departamento de Ciên-
cias Naturais e pela Biblioteca Geral,
assistimos, no dia 12 de Outubro, pe-
las 21h00, a uma conferência sobre a
temática “alimentação/saúde”, com
a nutricionista Drª. Paula Veloso.
Mais do que uma conferência, tive-
mos uma conversa informal e muito
participada, por todos os pais pre-
sentes. Alimentos bons, alimentos
proibidos, quando e como? Como
conseguir uma alimentação variada,
de modo a prevenir doenças? Existe
o certo e o errado, quando falamos
de alimentação?
Ao longo de 2h15 minutos, sem in-
terrupções, de uma forma fluente,
ouvimos a Drª. Paula Veloso respon-
der a esta e outras questões. Uma ali-
mentação equilibrada ou uma dieta
não tem que ser uma coisa sem cor,
e só com cozidos. Pode e deve ser
colorida, variada e atractiva. E lá foi
referindo menus que todos ficamos
com vontade de experimentar.
São iniciativas como esta que nos
ajudam a optar por uma “alimenta-
ção…com saúde”.
Maria Beatriz Santos · 11º C
À conversa com… a Drª. PaulaVeloso
À Descoberta!…
�
�
A Oficina – Escola Profissional do I.N.A. - esteve presente, nos
passados dias 12 e 13 de Outubro de 2006, na Casa das Artes, em
Vila Nova de Famalicão, para participar na I Conferência Nacional
de Direito da Publicidade. Os alunos do 1º, 2º e 3ºs anos do Curso
de Comunicação/Marketing, Relações Públicas e Publicidade (ní-
vel III, equivalente ao 12º ano) puderam assistir a brilhantes apre-
sentações, no âmbito de temáticas relacionadas com o Curso.
A escola agradece o convite da Câmara Municipal de Vila Nova
de Famalicão, nomeadamente ao Exmo. Sr. Vereador da Câma-
ra Municipal de Vila Nova de Famalicão, Dr. Ricardo Mendes, já
que consideramos estas iniciativas uma grande mais valia para
os formandos do Curso de Comunicação/Marketing, pois per-
mitem-nos estar em contacto com pro-
fissionais que lidam diariamente com
casos práticos, relativos à teoria dada
nas aulas.
Agradecemos, ainda, ao Director Peda-
gógico e ao Gabinete de Relações Exter-
nas da Oficina, por tornarem este evento
uma realidade.
Liliana Dias / Virgínia Correia
(3º ano do Curso Comunicação/Marketing - OFICINA)
Participação da Oficina na I Conferência Nacional do Direito da Publicidade
FORA DE PORTAS
�
No passado dia 17 de Outubro de 2006, o Gestor Comercial
da Tiffosi, Manuel Fernandes, com dezasseis anos de expe-
riência na área de vendas na referida marca, fez uma visita à
turma do 2º ano do Curso Técnico de Comunicação/Marke-
ting, Relações Públicas e Publicidade, no âmbito da discipli-
na de Marketing, orientada pela Professora Liliana Cruz.
Os temas abordados, nesta apresentação, pelo Gestor Co-
mercial Manuel Fernandes, foram as técnicas comerciais e o
modo como estas se aplicam ao seu quotidiano profissional.
Esta brilhante exposição terminou com a oferta de artigos
de merchandising da tão prestigiada marca Tiffosi, que
muito agradecemos.
Foi com muito agrado que recebemos o Gestor Comercial,
Manuel Fernandes, na nossa turma, pois consideramos esta
iniciativa uma mais valia para a nossa aprendizagem, e per-
mitiu-nos uma visão mais prática do mundo do trabalho.
Ana Margarida e Inês
2º ano do Curso de Comunicação/Marketing – OFICINA
A Tiffosi na Oficina
VIDA COLEGIAL OFICINA
�0
Este ano, para crescermos mais e melhor, vamos trabalhar com Animação Infantil.
Depois de várias sugestões, este foi o tema escolhido.
A primeira fase do trabalho consistiu numa pesquisa sobre os diferentes brinquedos e activi-
dades que, cada grupo, terá de desenvolver ao longo do ano.
Continuar a Crescer com um Trabalho de Projecto
Terminada esta fase, a tarefa foi escolher, de entre tudo o que investigá-
mos, o que era necessário para a animação infantil. Decidimos que faría-
mos as seguintes tarefas: criação de um Teatro de Fantoches, elaboração
de um livro de Histórias Infantis, e representação teatral dessas histórias.
Todas estas actividades serão feitas por todos os alunos, nos seus res-
pectivos grupos.
Inicialmente haverá a criação dos fantoches, depois a elaboração das his-
tórias, segundo a nossa imaginação, e finalmente a encenação e repre-
sentação dessas histórias, onde seremos nós as próprias personagens.
Esperamos, com este trabalho, animar mais a divisão e quem sabe todo
o Colégio, com a alegria e entusiasmo que todos sabemos dar a quem
connosco trabalha.
A turma do 6º A
ÁREA DE PROJECTO
��
Continuar a Crescer é o tema da nossa divisão!
O ano passado foi-nos dito que “Saber mais
é Crescer” e, como tal, este ano é só conti-
nuar...
Cada turma deve arranjar para trabalho de
projecto, um outro tema, que fosse ao en-
contro do tema geral. Depois de várias tenta-
tivas e sugestões, surgiu uma, do agrado de
todos os alunos: “ Os Continentes”!
Ficámos delirantes com a ideia e, como tal,
começámos logo a imaginar as coisas que
podiam ser trabalhadas e criadas.
Escolhido o tema, a tarefa seguinte foi divi-
dirmo-nos em grupos de trabalho.
Decidimos que cada um dos grupos ficaria
com um Continente, para analisá-lo segun-
do estes aspectos: cultura, moeda, escrito-
res, poetas, escultores, e também personali-
dades ligadas a eles.
Saber Mais é Crescer
Começámos com o trabalho de pesqui-
sa, que durou até ao dia 20 de Outubro.
Terminado este, foi mãos à obra, e toca a
preparar a grande festa – O Natal!
O trabalho sobre o Natal consistirá em
conhecer e dar a conhecer, a todos quan-
to queiram, através de actividades diver-
sas, as várias tradições natalícias, nos di-
ferentes Continentes, e até países.
Como acham que nos vamos sair? O que
pensam que vamos elaborar?
Hum! Isto ainda está no segredo dos
deuses...
Pois é, a curiosidade já é muita... mas te-
rão de esperar um pouco mais, para que
tudo se faça como deve ser, e todos pos-
sam apreciar....
A turma do 6º B
Continuar a Crescer é o tema da nossa divisão!
ÁREA DE PROJECTO
��
Na nossa turma, tivemos que esco-
lher muito bem o tema que íamos
trabalhar.
Primeiro falámos e pensámos bem
e, então chegámos à conclusão que
a música era um bom tema para tra-
balharmos.
Há cinco grupos: as danças, os ins-
trumentos musicais, pessoas impor-
tantes ligadas à Música, canções, e
estilos musicais.
Cada grupo tem o seu tema, e todas
as terças-feiras trazem material para
trabalhar e saber mais sobre o Mun-
do da Música.
E os outros colegas também podem,
assim, ficar a conhecer e descobrir
outros aspectos diferentes sobre o
Mundo da Música.
Quando temos um tema para apre-
sentar, colocámos o trabalho no pla-
card do corredor, para as outras tur-
mas lerem o nosso trabalho.
A turma do 6º C
Área de Projecto
Depois de alguma conversa e muitas sugestões...a turma D resolveu
conhecer melhor como brincavam e se entretinham os meninos de
outros tempos. Escolhemos, como tema, para a disciplina de Área de
Projecto, “Construir brinquedos, jogos e instrumentos musicais”.
Deitámos mãos-à-obra e começámos a investigar... Como brincavam
os nossos Avós?? Que brinquedos os acompanhavam nas suas brin-
cadeiras? De que materiais eram feitos? Como eram os jogos? Que
instrumentos musicais enchiam de bonitos sons, os bailes de turma?
A todas estas questões, nos propomos responder...
Começámos, então, a fazer carrinhos de madeira e arame, bone-
cas e bolas de trapos... casinhas de brincar... Enfim, prometemos ir
dando mais notícias, desta nossa viagem ao mundo da infância e
da brincadeira.
A turma do 6º D
Os brinquedos de outrostempos
ÁREA DE PROJECTO
��
Olá! Nós somos a turma do 6º E e que-
remos partilhar convosco o trabalho que
estamos a desenvolver nas aulas de Área
de Projecto.
“ O Teatro” foi o tema que escolhemos!
E logo nos tornamos pequenos investi-
gadores de tudo o que envolve este fan-
tástico mundo. Vamos, nas nossas aulas,
transformar-nos em pequenos argu-
mentistas, encenadores, actores, e dra-
matizar uma pequena peça, para apresentar no final do ano lectivo. Muito trabalho e imaginação nos esperam,
para a concretização deste projecto. Entretanto, podemos já contar com o testemunho do Prefeito João, que tão
gentilmente acedeu a falar-nos da sua experiência, no palco e nos bastidores. Aprendemos com ele coisas engra-
çadas, como é divertido viver outras vidas, outros sonhos, e sair de nós para construirmos cada personagem.
Até breve. Prometemos ir dando novas!...
A turma do 6º E
Os Pequenos Argumentistas
Como o tema do 6º ano é “Saber mais é cres-
cer! Vamos continuar…”, a turma F decidiu
descobrir de que modo os trajes evoluíram
através dos tempos.
Estamos divididos em grupos, e cada um está
a pesquisar sobre uma época. O nosso grupo
está a trabalhar a “Mitologia”, ou seja, como
se vestiam os deuses antigos. É super diverti-
do! Há tantos nomes esquisitos!!!
Neste momento estamos a pesquisar, mas da-
qui a algum tempo, queremos tentar fazer os
trajes…talvez até dê para fazer um desfile!!!
Entretanto, em todas as aulas, tem sido dado
mais um passo em frente para a realização de
um bom trabalho.
Catarina Leal · 6ºF
À Descoberta dos Trajes!
ÁREA DE PROJECTO
��
A turma do 6º G escolheu, como tema, para trabalhar na Área de Projecto, “ Os Pequenos Cientistas”.
Com este tema, vamos pesquisar o que é a ciência, que ciências existem, e o que elas estudam...
Também vamos investigar a vida dos Cientistas famosos, para melhor conhecermos o seu trabalho.
Ao longo do ano, vamos aprender brincando, isto é, vamos fazer várias experiências, divertidas e interessantes!!
Com este tema, vamos ser verdadeiros Cientistas, mas em ponto pequeno!!
A turma do 6º G
“Os Pequenos Cientistas”
É com grande alegria que vos damos a conhecer que fazemos parte
do grupo que, no presente ano lectivo, é responsável pelo funcio-
namento da Estação Meteorológica do INA.
Somos três rapazes, o Rui, o Gonçalo e o Bruno, mas que não nos
demos ao luxo de trabalharmos sozinhos, neste grande projecto,
que a nossa Profª. Cristina Teixeira, nos propôs. Temos, também,
a ajuda de três colaboradoras femininas, a Natalie, a Ana Luísa e a
Jéssica que, prontamente, aceitaram trabalhar connosco. E assim se
formou o novo grupo da Meteorologia do 7ºD.
Na última aula de Área de Projecto, acompanhados pela Profª. Cristi-
na, fomos à estação, para ver a sua constituição e aprender a manusear
o computador para fazer o download e proceder à recolha das infor-
mações que posteriormente serão dadas a conhecer à comunidade.
Mas, porque sentimos que o Verão foi demasiado quente em Por-
tugal, especialmente no mês de Agosto, as Caldas da Saúde não
fugiram à regra e, por isso, achamos interessante publicar esses re-
gistos. Na tabela que se segue podereis ler as temperaturas mais
elevadas que aqui se registaram.
InameteoOs novos “meteorologistas”
DIA TEMP. MÁX.(ºC)
TEMP. MIN.(ºC)
1/8/06 32.1 14.0
2/8/06 32.8 18.3
3/8/06 33.2 19.7
4/8/06 34.9 19.7
5/8/06 36.6 21.0
6/8/06 35.5 18.8
7/8/06 34.5 20.8
8/8/06 33.6 20.3
9/8/06 36.3 18.9
10/8/06 36.3 20.3
11/8/06 33.2 15.2
12/8/06 31.2 16.0
13/8/06 27.0 11.7
14/8/06 22.3 14.7
15/8/06 17.4 14.8
16/8/06 20.6 14.2
17/8/06 18.8 14.8
18/8/06 22.9 13.2
19/8/06 26.9 11.2
20/8/06 32.8 12.7
21/8/06 31.7 16.1
22/8/06 27.2 12.7
23/8/06 29.1 12.9
24/8/06 26.2 15.2
25/8/06 27.6 12.6
26/8/06 28.2 14.6
27/8/06 30.1 13.2
28/8/06 32.2 14.6
29/8/06 32.8 13.6
30/8/06 31.1 14.8
31/8/06 25.5 14.6
Na certeza de que informações deste teor
poderão suscitar alguma curiosidade. Na
próxima revista daremos mais notícias.
Até breve!
O grupo do Inameteo do 7ºD
ÁREA DE PROJECTO
�5
Era uma vez …
Membros do Conselho
Eco-Escola:
Carina Lemos,
Daniela Azevedo,
João Gouveia, Nelma
Pedro Lopes Sousa - 12ºA,
Grupo 2
Profª Patrícia Santos
(coordenadora)
Profª Sofia Dora
Entidades Envolvidas:
Câmara Municipal
de Santo Tirso
ABAE/ FEE Portugal
Informações:
Departamento de Ciências
da Terra e da Vida (professo-
res de Ciências Naturais)
http://www.abae.pt
Eco-escola
ÁREA DE PROJECTO
Alguém teve uma ideia. Alguém sonhou algo estranho.
Alguém visionou um projecto. É assim que começam
todas as grandes histórias: uma ideia, um sonho, um
projecto, que afluíram para um rumo por descobrir.
Era uma vez a turma A, do 12º ano. Era uma vez um
grupo que estava indeciso: qual o tema da discipli-
na de Área de Projecto? Depois de muitas discussões,
chegou-se a um consenso.
O tema é “O Ambiente”. Este começa e acaba com
uma pergunta: será que o colégio pode ser mais eco-
lógico? Há uma boa notícia. Pela primeira vez, nos
seus 74 anos de história, a tua escola faz parte do
Programa Eco-Escolas, um projecto de ecologia nas
escolas, que está presente em mais de 34 países em
todo o mundo.
Todo o trabalho é orientado pelo Conselho Eco-Esco-
la. O conselho é um grupo de cinco alunos e dois pro-
fessores. Este é a personagem principal desta estória.
Foi o conselho que inscreveu a escola, e é o conselho
quem orienta todo o trabalho, com o objectivo de ob-
ter um prémio: a Bandeira Eco-Escola. Mas por onde
começar a acção? O que é que pode ser melhorado, e
o que é que está bem e deve continuar?
Para responder a esta pergunta, fizemos perguntas.
Estranho? Na realidade, fizemos inquéritos aos alu-
nos, funcionários e professores. Depois desconstrui-
mos a escola: fizemos um conjunto de
perguntas (que gostaríamos de saber)
sobre o seu funcionamento, e obti-
vemos as respostas, fazendo um tra-
balho de observação e investigação.
Quais médicos do ambiente, fizemos o
diagnóstico! A partir daqui, pudemos
traçar objectivos para a tua escola, e
saber o que fazer.
Habitua-te: Eco-Escola, regra dos 3 R’s,
Dia Eco-Escola, Painel Eco-Escola, Olim-
píadas do Ambiente, Bandeira Eco-Es-
cola, Código Ecológico, tudo isso fará
parte do teu vocabulário, pois a tua es-
cola é o teu espaço, e o teu espaço es-
tará mais ecológico. Não tarda! O nos-
so objectivo é que tu também escrevas
esta estória, adicionando-lhe palavras,
inventando novas frases, quem sabe
apaixonando-te pela natureza.
Não te esqueças: pensa verde e age!
Entra nesta eco lógica!
Agora, vai-te embora – está na altura de
contares, a toda a gente, a novidade.
Pedro Manuel Lopes Sousa · 12ºA
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O Departamento de Português - Latim, neste novo ano lectivo, foi alvo
de mudanças: novo coordenador, nova decoração do gabinete, novas
orientações... o que é sempre positivo.
Exerci o cargo de Coordenadora deste Departamento, e, por inerência,
fiz parte do Conselho Didáctico, desde o seu nascimento, início... No en-
tanto, relembrando o último verso da “Mensagem”, de Fernando Pes-
soa, considerei ser “a hora” da renovação e da mudança, porque enten-
do que a permanência, por muitos anos, no exercício de um cargo de
coordenação, pode criar “vícios” e “rotinas”, ainda que involuntárias.
A minha disponibilidade e entrega, e o meu “Saber de experiências fei-
to”, será sempre partilhado, até porque “ vivemos com o que recebe-
mos, mas marcamos a vida com o que damos”.
Ao meu amigo José Carneiro, desejo-lhes as maiores felicidades, nesta
sua nova experiência...
Profª Joaquina Almeida
«Todo o mundo é composto
de mudança, tomando sempre
novas qualidades»
Camões
DEPARTAMENTOS PORTUGUÊS / LATIM
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A bibliotecaé a casa das
histórias
Segundo o manifesto da Unesco
as bibliotecas escolares devem ser
encaradas como centros de recur-
sos básicos do processo educativo,
com um papel central em domínios
como a literacia, a criação e o
desenvolvimento do prazer de ler
e a aquisição de hábitos de leitura,
as competências de informação e o
aprofundamento da cultura cívica,
cientifica, tecnológica e artística.
DEPARTAMENTOS BIBLIOTECA GERAL
Segundo o manifesto da Unesco, as bibliotecas
escolares devem ser encaradas como centros de
recursos básicos do processo educativo, com um
papel central em domínios como a literacia, a
criação e o desenvolvimento do prazer de ler e a
aquisição de hábitos de leitura, as competências
de informação e o aprofundamento da cultura cí-
vica, científica, tecnológica e artística.
Para além da criação, no desenvolvimento das
crianças, do hábito do prazer da leitura, da apren-
dizagem e da utilização das bibliotecas ao longo
da vida, estas devem, também, organizar activida-
des que favoreçam a consciência e a sensibiliza-
ção para as questões de ordem cultural e social.
Este ano lectivo, com o projecto “a biblioteca é
a casa das histórias”, a Biblioteca Geral procura
ir de encontro a estes pressupostos, assim como aos do Plano Nacional de
Leitura – PNL – lançado, este ano, pelos Ministérios da Educação e Cultura, a
que o INA, consciente da sua importância, aderiu. Vamos começar a construir
a “casa das histórias” na biblioteca, na sala de aula, na família, na comunidade.
Nesta casa em construção – de melhores leitores, melhores escritores – todos
podem ajudar; o contributo de todos é fundamental. Ler e ler bem é uma res-
ponsabilidade colectiva: da família, da escola, da biblioteca.
E porque o ano já começou, já levantámos alguns “tijolos” desta casa: come-
çámos com a formação de utilizadores, para um melhor uso da biblioteca e
dos seus serviços, da apresentação de metodologias de investigação e da or-
ganização do trabalho escrito, e com a “Hora do Conto” para o 1º e 2º Ciclos.
Participámos, também, na “Semana da Alimentação…com Saúde”, organiza-
da pelo Departamento de Ciências Naturais.
Todos os dias acrescentamos mais um tijolo a esta “casa das histórias”.
Maria José Carvalho (Bibliotecária)
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De 12 a 18 de Outubro comemorou-se, no INA, a “Semana da
Alimentação…com Saúde”. Esta iniciativa foi levada a cabo pe-
lo Departamento de Ciências Naturais, em conjunto com a Bi-
blioteca Geral.
Foram várias as actividades realizadas, envolvendo educadores,
pais e alunos desde a Escola Infantil até ao 12º ano. Ao longo da
semana, o colégio encheu-se de cor e de mensagens alusivas à
alimentação. Em todos os corredores, em todos os refeitórios,
na biblioteca… estiveram expostos os trabalhos que os alunos,
desde a Infantil ao 12º ano, elaboraram. Para além dos traba-
lhos, fizeram parte desta semana e é de salientar:
• Conferência pela Drª. Paula Veloso – nutricionista - “Alimen-
tação…com Saúde” para Educadores, Pais/Encarregados de
Educação e Alunos do Secundário;
• Conferências pela Drª. Carla Gondar – nutricionista - “Fast-
food? Não. Porquê?”, para todos os Alunos do 6º e 8º anos;
• Rastreio à obesidade, colesterol e diabetes pela CESPU – Es-
cola Superior de Saúde do Vale do Ave – para os Educadores
e Alunos do Secundário;
• A participação no programa da Rádio Digital “Opinião de
Bancada”, para divulgação das actividades da semana.
Dos mais pequenos aos mais crescidos, e envolvendo toda a Co-
munidade Educativa, esta foi uma semana em que todos se en-
volveram no debate, na reflexão sobre “alimentação…saúde”.
A todos, e foram muitos, que contribuíram, participaram e aju-
daram a “fazer” esta semana, o nosso agradecimento.
O Departamento de Ciências Naturais
Semana da Alimentação… com Saúde
DEPARTAMENTOS CIÊNCIAS NATURAIS
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“O P. Burguete faleceu” – foi esta notícia que nos surpreendeu no fim das férias de Verão.
Para os alunos actuais e Colaboradores mais novos, este nome pouco lhes dirá, mas quem con-
viveu ou teve oportunidade de em algum momento da sua vida se cruzar com ele, certamente
não lhe ficou indiferente – ele não deixava.
Tive o privilégio do seu convivío em duas situações: quando, como aluno interno, nos finais da
década de sessenta, início da setenta, o P. Burguete era o “Sub” do INA (o Subdirector de então
era equivalente ao Director Pedagógico de agora) quer posteriormente, quando década e meia
depois, o voltei a encontrar já então como Ecónomo da Província em Lisboa, me desafiou a “mu-
dar de vida” ( e assim aconteceu, tendo vindo parar a este Colégio, agora como colaborador).
Não é difícil fazer homenagens póstumas nem acrescentar adjectivos às suas inegáveis quali-
dades humanas. Julgo ser mais importante realçar outros aspectos:
Foi um Padre em toda acepção da palavra: substituiu o pai ausente dos internos (um pai próximo
e companheiro com quem partilhávamos as nossas angústias adolescentes sem contudo deixar
de ser disciplinador) esforçando-se para
que cada um crescesse em todos os senti-
dos de forma harmoniosa, e em que o as-
pecto da formação religiosa surgia de for-
ma espontânea, em suma, que crescesse
em liberdade e responsabilidade.
Foi um “Comandante” que soube “go-
vernar esta nau” com as águas alterosas
do período pós Conciliar, por um lado, e
da Revolução de Abril de 1974, por ou-
tro, com as incertezas inerentes a ventos de mudança tão profundos e futuros mais ou menos
incertos. Lutou pelas suas convicções e aberto à modernidade, desarmava-nos com o seu tí-
pico torcer de nariz e a expressão “é fraco, é fraco…” quando aquilo que se fazia menos bem,
realmente, na sua ideia, o era.
Se é verdade, como Santo Inácio refere no livro dos Exercícios Espirituais, que o “amor se há-de
por mais nas obras do que nas palavras”, o P. Nuno Burguete cumpriu esta máxima inaciana,
tendo deixado ficar a sua marca nas Instituições por onde passou bem como nas pessoas com
quem conviveu. Até ao fim foi, quiçá, um Homem avançado para o seu tempo.
Por tudo isto: Muito obrigado P. Burguete.
FC – AAINA
“In Memoriam”
ASSOCIAÇÃO DE ANTIGOS ALUNOS
P. Nuno Burguete, sj (1932-2006)
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Há cerca de um ano, vivia-se no colégio uma situação desa-
gradável: o Ministério da Educação (ME) tinha deixado de
comparticipar a turma originária da primária (mais tarde,
durante as negociações, chegou-se à conclusão que nem
sequer os alunos residentes na área de influência do colé-
gio teriam o seu lugar garantido, como consta do contrato
entre o colégio e o ME).
Com uma Associação de Pais inactiva, tornava-se urgente
eleger novos órgãos directivos, para a Associação de Pais,
que envidasse esforços no sentido de contrariar o rumo dos
acontecimentos.
Foi muito importante para a direcção do colégio e para
um grupo de pais que viam as suas expectativas serem de-
fraudadas, a intervenção dos pais junto da tutela. Resumi-
damente, foram estes os motivos que levaram a formação
da actual AP. Desiderato pouco importante -dirá o leitor no
contexto de apenas uma turma em toda a massa do colé-
gio: Causa grande, diremos nós, pois entendemos que tam-
bém civicamente devemos tomar posição e tornarmo-nos
activos, não só para defender os nossos interesses particu-
lares, mas, sobretudo, para lutar contra aquilo que sendo
injusto, indigna e humilha a sociedade.
INAAP Um ano de TrabalhoÉ por isso que ao logo da história temos
constatado que a sua evolução positiva
se faz mais à custa dos poucos que di-
zem “não”, do que dos muitos que di-
zem “sim”.
Assim, estabeleceu-se uma estratégia
de actuação, que muitas energias nos
gastaram: reuniões, telefonemas, desilu-
sões, avanços, recuos, animosidades, in-
compreensões, juízos, tempo, jornais, …
mas conseguiu-se.
Não foi contudo uma vitória pirrica. Desi-
ludam-se, pois, aqueles que pensam que
a AP trabalha só para a primária. Neste
momento, a nossa grande preocupação
é contribuirmos para introduzir, ou me-
lhor, reintroduzir no Colégio, a Cultura
da Excelência, nas múltiplas áreas que
caracterizam uma escola.
Em breve, pensamos dar mais notícias.
A INAAP
NOTÍCIAS
Celebra-se em Dezembro, o Centenário do nascimento do
autor das “canções heróicas”, Fernando Lopes Graça, com-
positor que se destacou pela produção musical para piano
solo, sendo a sua obra emblemática “Requiem pelos víti-
mas do fascismo em Portugal”.
Mas, segundo o musicólogo Bruno Caseirão, Lopes Graça
destacou-se pela extensa produção musical, mas também
literária. Escrevia música... mas era também um grande pro-
sador da Língua Portuguesa, aspecto, infelizmente, pouco
conhecido, apesar da sua elevada importância, pois musi-
cou os grandes poetas portugueses, desde os compositores
trovadorescos, até ao nosso Prémio Nobel, José Saramago.
Profª Joaquina de Almeida
A Música e a Literatura(homenagem aos meus corajosos alunos do C.C.M)
ASSOCIAÇÃO DE PAIS
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“XAVIER... no Coração”
NOTÍCIAS
Foi com muito orgulho que, mais uma vez, o Colé-
gio das Caldinhas mostrou ser uma escola virada
para a comunidade, de convicções fortes, e que sa-
be fazer coisas... diferentes!
Não é a primeira vez que se apresentam, nesta Es-
cola, espectáculos desta dimensão. Quem não se
lembra dos “101 Dálmatas” e “Olá 2000”, realizados
nas Iníadas de 1999, ano da despedida do Pe. Ama-
deu Pinto? Quem não se lembra do “Cats” – versão
adaptada pelo Teina, e do “Pátio dos Loucos”, am-
bos apresentados em 2000? Quem não se lembra
do “Canto da Terra”, realizado em 2001, com 400
pessoas em palco? E do “Peter Pan”, em 2003? Além
de outras apresentações mais modestas, desde
1996, foram anos de um ritmo estonteante, priman-
do sempre, pelo aumento e melhoria da qualidade.
Aproveito, para informar, que aqueles espectáculos
estão disponíveis em DVD na Secretaria do Colégio.
Para criar ”XAVIER”, mobilizaram-se pessoas, cujo
empenho e disponibilidade foram preciosos, na
concretização deste projecto. Mas, tal não seria
possível sem o apoio efectivo da Direcção do Co-
légio, nomeadamente do Director Geral, Pe. Jorge
Sena, da Direcção Pedagógica, e dos Patrocinado-
res. A lista destes foi apresentada nos folhetos “pro-
gramas de sala”, e está bem visível na ficha técnica
dos dois DVDs ( Junho e Setembro) que estarão à
venda na Secretaria, a um preço bem acessível.
Queria salientar e agradecer, de uma forma espe-
cial, a dois patrocinadores:
1º. À empresa “Termo-Ave” da Trofa. Sem a sua co-
laboração e disponibilidade (graças à sua gerência
e a uma equipa técnica excelente), não seria pos-
sível montar aquele cenário, desenvolver todas as
aplicações técnicas de ideias (as quais passam des-
percebidas à maioria das pessoas), para dar cor e
brilho às cenas – por exemplo a nau, o sistema das
pétalas e outras. O mesmo se passou em relação ao
conjunto dos espectáculos acima referidos, sobre-
tudo no “Canto da Terra”.
2º. À empresa “Eurotrofa” – andaimes, que sempre
disponibilizou o seu material de uma forma ime-
diata e sem quaisquer condições.
Por fim, queria agradecer a TODOS os que partici-
param e colaboraram na implementação deste es-
pectáculo. Foi um evento que prestigiou o nosso
Colégio. Ao longo das suas seis sessões, a mensa-
gem de Xavier contagiou as pessoas que participa-
ram, e a maioria das que assistiram – muitas viram
o espectáculo 2 e 3 vezes…
S. Francisco Xavier deve ter “abençoado” este even-
to, porque além de ter agradado à maioria das pes-
soas, independentemente da idade, proporcionou
uma experiência extraordinária à comunidade em
geral e à Companhia de Jesus em particular. Esta-
mos todos de parabéns!
Xavier, de certeza, que contribuiu para que possa-
mos ser mais fraternos no nosso dia a dia…! Fica
o gosto da missão cumprida e, se Deus o permitir,
voltarmos um dia a fazer algo mais...
Para os que participaram e assistiram, permanece o
sentimento agradável e profundo de guardarmos,
XAVIER… no Coração!
Miguel Carvalho
��CAMPINÁCIOS
Não sabia o que me esperava quando, timidamente, atrevido,
com uma sacola coçada, carregada de medos e expectativas,
entrei na sala.
Julgo que se soubesse o que significaria, muitos anos depois,
este dia para mim, talvez não entrasse na sala, pelo menos não
seria da mesma forma como entrei. No quinto ano baptizaram-
me com a alcunha de Missé. Como me poderei esquecer daque-
le jogo em que a minha turma ganhou aos mais velhos do 6º F…
que delírio! As alucinadas corridas para a fila do almoço. Namo-
rar pela primeira vez no 8º ano… nada mau! As calças rasgadas
no campo de São João. Ai, aquela negativa de matemática…
A apaixonada guitarra… Campinácios e caFÉ no 11º ano, uma
descoberta que suscita umas quantas outras… GRAPA, Jesus,
eu – três palavras que batem certo… finalista, “estou velho”…
Bom… mas afinal de que estou eu a falar? O meu nome é Miguel
Pedro, embora seja mais conhecido por “Missé”, saí há dois anos
do colégio, tenho vinte anos e vou contar-vos uma história de
amor. Sim, uma história de amor! Não uma história de amor como
as outras mas uma história de amor minha, que sendo minha é de
todos. Uma história com protagonistas onde jamais cabem perso-
nagens secundárias ou até mesmo figurantes… queres ler?
Voltando os treze anos atrás, nunca imaginaria eu que, para além
das letras garrafais e números bem desenhados e bem conta-
dos, fosse aprender outras letras e outros números que me iriam
fazer sentir tão pleno, tão verdadeiro, tão de Deus!? Sim, que me
iriam fazer sentir tão de Deus… tão amado! Brutal!
Depois de doze anos no colégio, depois de ter passado nesta
casa a maior parte da minha vida quero partilhar com vocês
Sou apenas um Aprendiz de Viajante
uma notícia mesmo gira, alucinada, ra-
dical, de loucos, de apanhados, de apai-
xonados, de pessoas que como eu têm
uma forte pancada por estarem apaixo-
nados. Há tanta coisa a dizer que nem
sei por onde começar. Queria dizer-vos
que vou entrar este ano no noviciado da
Companhia de Jesus. Sim, é uma loucu-
ra, mais que isso, é uma paixão… não o
nego, estou apaixonado loucamente por
Jesus e APAIXONADOS PRECISAM-SE!
Digo-te mais, nunca me senti tão bem.
Depois de quatro anos em que me per-
guntei muitas vezes sobre a minha vida,
(que curso seguir, que fazer da vida, o
que queria da minha vida?). Estas per-
guntas deixaram-me muito inquieto.
Não sabia mesmo para onde me virar,
até que, aos pouquinhos, neste último
ano entendi que o que eu efectivamen-
te queria era sentir-me mais útil fazendo
aquilo que me parece ser a minha pro-
funda vontade e de Deus, afinal fora das
minhas portas habituais, havia um mun-
do à espera de algo diferente, à espera
de Deus. A minha China!
Depois desta descoberta sentia-me feliz
mas a tremer. Mas era assim que me devia
��CAMPINÁCIOS
Catorze anos! Faz catorze anos
que eu entrei no Colégio das Caldinhas.
Não foi para uma visita, nem para uma ida
às termas… com seis anos entrava
na primeira classe do colégio, tal como
outros vinte ou trinta colegas,
todos do tamanho de umas
quantas letras minúsculas.
entregar. Imaginei então Francisco Xavier a partir para a sua China.
Não sabia o que lhe ia acontecer, imaginava lá ele que iria morrer
antes sequer de a ver… mas isso deteve-o? Nem por sombras. Há
apaixonados que ninguém entende e eu quero ser um desses.
“Pude ver todo o mundo nos teus olhos” dizia Sophia de Mello
Brayner. Vi nos olhos daquele transbordante Cristo do sorriso
todo um mundo de opções para a minha vida, onde Deus esta-
va sempre presente. E como não são só os homens que roubam
corações, Deus também fez das suas. Roubou o meu coração…
tirou-o ao meu “umbigo”, não para ficar para Ele, mas para ser
como o coração d’Ele, no mundo.
Há convites que não se negam. Há convites que fazem rir. Há
convites que fazem chorar. Há convites que fazem pensar. Há
convites que fazem reconciliar. Há convites que… Este convi-
te fez-me rir, chorar, pensar, reconciliar-me comigo mesmo,
achar… chorar lágrimas de alegria imensa e de ansiedade por
um bem que não tem tecto… o parto de uma nova vida.
Sei que pode parecer de loucos em vez de ir para a faculdade
meter-me em toda uma vida sem a plena certeza ou conheci-
mento de tudo. Mas como posso eu resistir ao saber que um
homem da Palestina um dia se atreveu a dar a vida por mim e
mais… foi capaz de me sorrir. Que feliz loucura. Posso ser assim
se faz favor? É por aqui… então eu vou!
Foi uma decisão custosa, bem pensada e segura no essencial,
mas isso não vale de nada se não for uma decisão apaixona-
da… e foi… e é!… Há tanta gente a quem eu queria agradecer,
mas tenho medo de me esquecer de alguém.
Mais que um mero colégio, o Colégio das Caldinhas foi para
mim uma escola de vida. Campinácios, Grapa, Comunidade do-
cente e não docente, colegas e compinchas… são palavras que
pela sua pequenez se tornaram enormes na história da minha
vida, nesta história de amor.
Darei a esta história o nome de “Sou apenas um Aprendiz de
Viajante”, até porque “tive um sonho e quando acordei, viajei
no tempo e desejei, entregar-Te a vida”. Se pensarem que estou
tolinho de todo, derretidamente apaixonado por Jesus e pelo
mundo, podem ter a certeza que estão certos. Afinal, um jesuíta
é um apaixonado neste mundo e apaixonado por este mundo,
assim quero ser eu com a vossa ajuda.
Noutro dia um amigo meu ao saber esta notícia ligou-me e dis-
se-me na brincadeira: “Missé, és um Bimbo!” Se seguir a Cristo
em tudo, se estar disponível, se trocar apaixonadamente o cer-
to pelo incerto, se amar é ser “Bimbo” eu sou e “Com muito gos-
to”! Obrigado amigos, obrigado Colégio das Caldinhas, obriga-
do Jesus! Vemo-nos “por aí”. A todos um xi com oração!
Vosso, Missé
PS – Há um mundo inteiro à vossa espera…
��
Foi naquela manhã de 25 de Julho de 2006 que finalmente eu
estava a acordar para ir para o meu campo de férias.
No fim do pequeno-almoço, lá fui eu “meter-me” no carro em
direcção à estação de Campanhã! Quando lá cheguei, estavam
dois animadores à minha espera. Foi uma longa viagem até ao
local de campo. Finalmente tínhamos chegado lá. Os dois ani-
madores que vieram connosco “entregaram-nos” aos anima-
dores de campo. E lá fomos nós, todos contentes, pela aldeia
até ao campo. Foi espectacular a forma como nos receberam!
Ao longo de dez dias, pudemo-nos divertir com momentos
muito cómicos, como aquele jogo que o
Turras (um participante) e o Vasco (ani-
mador) jogaram. O Turras só se queixa-
va. Mas também pudemos reflectir sobre
Xavier nos BDSs.
Enfim… Só sei que não quero perder um
único campo que seja!
Até lá!!
Miguel Passos
“CaraBela” 2006 (Triciclos)
Memórias de um campo de férias
Olá!!!
“XiiiTabaKuaseLá…!2006”, foi o nome escolhido pelos animado-
res para o nosso campo de Lambretas. O tema para os campos de
férias deste ano era “Até onde Xavier?” e foi a isto “até onde?” que
os nossos animadores e companheiros em Cristo, nos desafiaram
ao longo do campo, ver até onde estávamos dispostos a ir na nos-
sa relação com Deus. Este nosso campo foi um sonho do nosso
amigo Francisco, era ele quem nos contava a sua história, sem-
pre que terminávamos o dia. Ele desafiava-nos a procurar a nossa
Até onde, Lambretas?Foram esses sorrisos que nos acolheram sempre ao longo dos
dias do nosso campo. É bom saber que pequenas coisas aju-
dam tanto a que as pessoas se sintam felizes!
Foi essencial ver que conseguimos viver com o essencial, po-
dendo esquecer o que é fútil, e que essas coisas não nos fize-
ram falta quase nenhuma, ou mesmo nenhuma… foi isso mes-
mo que os animadores nos propuseram, libertarmo-nos do que
não precisávamos, em vez de 6 T-Shirts, vou usar apenas 4, tão
a ver a ideia!?!?! Foi um pouco isso…
China, e a lutar por aquilo que sonhavam os nossos corações, por
aquilo que seria para nós a missão que Deus nos “entregou”.
O campo realizou-se em Vila da Ponte, pertinho de Montalegre,
que nos recebeu com muita água, não que estivesse a chover,
mas porque quando Francisco passou por lá, havia preparado
uma grande recepção para nós, decidiu dar um pouco mais de
cor aos sorrisos daquelas pessoas da aldeia, surpreendendo-
nos com uma “chuva” de balões de água… Bem, foi fenome-
nal… notou-se tanta alegria no coração daquelas pessoas…
Bem, neste campo nem tudo foi fácil, a chuva decidiu dificultar-
nos um pouco a vida, mas nem por isso desistimos; pusemos
mãos à obra para preparar o campo e conseguirmos resistir à
chuva. Entretanto, na aldeia, arranjaram abrigo para toda a gen-
te. Os miúdos da aldeia vinham ter connosco e falavam connos-
co, partilhavam coisas connosco e mais, rezavam connosco…
XiiiTabaKuaseLá…! É um lema para ficar, pois NASCESTE PARA
SER GRANDE!!!
Diogo Costa
CAMPINÁCIOS
�5
Covilhã, 5 de Agosto, manhã… O nervoso miudinho está presente
em todos os animadores desde manhã cedo… “Já saíram de Lisboa,
de Coimbra e de Famalicão… Estão a caminho…”
Últimos preparativos. Três e meia da tarde. O comboio proveniente
da Covilhã em direcção à Guarda pára subitamente no meio do nada,
antes da ponte de ferro que atravessa o Zêzere… Não há estação, na-
da se atravessou na linha, mas os participantes percebem que é mes-
mo ali que devem descer do comboio, que logo a seguir arranca e se
afasta perante os seus olhares confusos mas curiosos…
De repente, S. Francisco Xavier surge ao fundo, tentando escapar a
uma série de personagens imaginárias que o invadem em sonhos
no meio da agonia das febres altas e do cansaço de tantos anos de
viagem… Os participantes perceberam enfim por que razão esta-
vam ali… Haviam desembarcado na Ilha de Sanchoão, onde Xavier
acabaria por morrer, às portas da China…
Juntando as suas últimas forças S. Francisco conseguiu ainda gritar
por ajuda e confiar aos participantes, antes de morrer, um miste-
rioso baú… O conteúdo do baú? Desculpem, não pode ser assim
revelado… Foi confiado apenas a quem viveu o Origami 2006! Foi
connosco partilhado ao longo daqueles dez dias únicos, entre ca-
Origami 2006
minhadas ao luar e batalhas em castelos
de povos hostis… Os seus ensinamen-
tos são sem dúvida poderosos, falam de
Jesus, de serviço e de alegria simplicida-
de, na privação e na dificuldade, mos-
tram que também nós podemos ir “até
onde Xavier!...”
Aprendemos que a única forma de ser-
mos testemunhos vivos da mensagem
que foi a vida de S. Francisco, é lutar com
lealdade, honestidade e fé pelos nossos
sonhos (a nossa “China”) ajudando os
outros também a lutar pelos seus! As-
sim a nossa alma e a nossa vida, não será
mais uma folha branca e vazia mas, tal
como um Origami, ganhará forma, con-
sistência, formando algo único, irrepetí-
vel e pleno de significado.
Cami
(Trotinetas)
CAMPINÁCIOS
Começou no dia 3 de Julho e durou sete dias.
Seis alunos da Oficina foram convidados a participar
na Caravana 2006, juntamente com alunos do INA e
de outros colégios da Companhia de Jesus.
Esta viagem teve como objectivos conhecer a vida
de S. Francisco Xavier e aprofundar a nossa fé.
Ficamos alojados junto ao Castelo de Xavier, em Es-
panha, numa aldeia chamada Xavier. Aí conhecemos
o seu castelo, a sua vida, reflectimos e realizámos
grandes momentos de reflexão, durante seis dias.
No último dia, e depois de Xavier ser totalmente des-
coberto, partimos para o País Basco, onde conhece-
mos um grande amigo de Xavier, Santo Inácio de
Loyola, um grande Santo. E, como já era o último dia,
tivemos uma missa de conclusão de todas as activi-
dades e regressámos a casa realizados com novas ex-
periências, emoções e novos amigos.
EmoçõesCaravana 2006
O que vivemos lá foi uma experiência
única, partimos sem saber o que nos es-
perava e chegamos cansados, mas muito
preenchidos por tudo o que vivemos!
Tivemos momentos de diversão, mo-
mentos de reflexão, de partilha, de traba-
lho, de alegria, foi, sem dúvida, um cres-
cimento interior, crescemos mais como
pessoas, e a fé esteve sempre presente.
Carla Santos, 3º Secretariado
Ricardo Sampaio, 3º Produção
OFICINA
FORA DE PORTAS��
��VIDA COLEGIAL SECUNDÁRIO
Quando e como descobriu que tinha voca-
ção para padre?
São 9 anos de resposta, mas em geral, aos 6
anos queria ser bispo por causa de uma fes-
ta na minha paróquia, aos 11 anos como ou-
via dizer que os padres podiam casar, então
queria ser padre e disse ao padre de S. João
de Brito que o queria ser. Dos 11 anos aos 20
anos pensei que tipo de padre gostaria de
ser, mas havia um problema porque me que-
ria casar e então fiquei indeciso. Mas do in-
terior chegou-me a resposta que ia ser feliz
mesmo sem me casar e, então, decidi ser pa-
dre. E nunca me arrependi. Aos 24 anos achei
que queria ser jesuíta, então em Novembro
de 1985 entrei para a Companhia de Jesus.
Voltaria atrás? É esta a sua vocação?
Sim, é esta a minha vocação. O que tenho vivido
como jesuíta e padre confirma o que esperava
e tem-me permitido juntar coisas de que gos-
to: ser padre, jesuíta e a música clássica, devi-
do ao meu trabalho na Artave. Realizei o sonho
de dar aulas numa escola de música e também
explorar uma faceta menos ortodoxa da minha
personalidade, pois o mundo artístico rege-se
por regras próprias e a personalidade do artista
em especial coaduna-se com a minha.
O 11º F à conversa com o Padre Gonçalo
nhia de Jesus dos meus votos de pobreza, obediência, castida-
de e obediência ao papa.
Vai deixar o INA após estes últimos votos?
Não necessariamente, só saio do INA quando o meu superior o
disser para o fazer.
O que mais o tem marcado no INA?
A boa relação com os alunos, alguns conhecimentos das condi-
ções divinas desta região e o maior conhecimento das minhas
capacidades apostólicas.
Porque é que escolheu a Companhia de
Jesus?
Durante algum tempo na adolescência hesitei
entre a ordem contemplativa, mas achei sem-
pre que precisava do contacto com pessoas cá
fora e a companhia de Jesus encerra uma sínte-
se entre a relação pessoal com Deus e o tentar
transmitir aos outros os benefícios desta mes-
ma relação. Quando descobri isso, descobri que
a minha vocação era a Companhia de Jesus.
Que balanço é que faz do seu percurso co-
mo padre?
Sinto-me realizado. Só tenho pena de não ser
melhor.
Sabemos que brevemente vai realizar os
últimos votos. Em que consistem?
Consiste no reconhecimento oficial e legal
segundo o direito económico pela Compa-
Os seus sonhos estão todos realizados? O que falta realizar?
Não, gostava de escrever sobre a importância emocional na
Evangelização, sobre a importância emocional nos sacerdotes,
uma aplicação prática e executiva do 1º e 2º mandamento à
vida de todos os dias. Gostava ainda de ser capaz de levar o
evangelho a pessoas que muitas vezes andam afastadas dele
nomeadamente pessoas ligadas ao Mundo Musical.
Onde vai buscar forças para levar a vida com tanta alegria
e boa disposição?
Em parte é uma coisa natural. Quando me sinto em baixo aju-
da-me muito pensar que a minha presença, o meu carinho, ou
o sorrir podem ser importantes no dia de um aluno que passa
aqui 12 horas por dia, como os da ARTAVE, tenho experimenta-
do que uma relação começa por certa simpatia que só a partir
daí se pode desenvolver uma relação mais complexa.
Numa palavra como define a nossa turma?
Fixe.
FICHA TÉCNICA��
O Nosso Colégio
Nova Série
Ano 6 – Nº 1
Outubro 2006
Conselho de Direcção · Director
Jorge Sena SJ
Coordenador Geral
Maria José Carvalho
Revisão
Francisca Dias
Joaquina Almeida
Maria do Céu Pinheiro
Responsáveis Sectoriais
Mª. da Conceição Matos (Associação Pro-Infância)
Célia Costa (CCM/ARTAVE)
Gabriela Faria (OFICINA)
Angariador de Publicidade
João Junqueira
Francisco Cunha
Pedro Castro
Design Gráfico
Isto é, comunicação visual, Lda
Porto
Impressão
Tipografia Nova
R. José Luís de Andrade
4780 - Santo Tirso
Tiragem
2200 exemplares
Periodicidade
4 números/ano
Depósito Legal
173641/01
ISSN
1645-3247
Propriedade
Colégio das Caldinhas
(INA – Instituto Nun’Alvres)
(Associação Pro-Infância)
(CCM – Centro de Cultura Musical)
(ARTAVE – Escola Profissional do Vale do Ave)
(OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres)
Caldas da Saúde – 4784-907 Areias – Stº Tirso
Este trabalho foi impresso em papel ecológico