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JURISPRUDÊNCIA DAS TURMAS RECURSAIS BOLETIM Nº 97 JURISPRUDÊNCIA CÍVEL AÇÃO COMINATÓRIA – RESTRIÇÃO DE CRÉDITO – BAIXA............................................. 6 AÇÃO DE COBRANÇA – DPVAT – INDENIZAÇÃO POR MORTE – VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.194/74 – SÚMULA 257 DO STJ............................................................................................ 6 AÇÃO DE COBRANÇA – PEDIDO CONTRAPOSTO – CRÉDITOS DE NATUREZA DIVERSA – IMPOSSIBILIDADE................................................................................................. 7 AÇÃO DE COBRANÇA – SEGURO RESIDENCIAL – QUANTUM INDENIZATÓRIO ADEQUADO – VALOR PRÉ-DETERMINADO NO CONTRATO............................................ 7 AÇÃO DE COBRANÇA DE NATUREZA PESSOAL – CHEQUE PRESCRITO – DÍVIDA LÍQUIDA – PRESCRIÇÃO DO PRAZO – INOCORRÊNCIA..................................................... 7 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – LINHA TELEFÔNICA MÓVEL BLOQUEADA POR VÁRIOS DIAS – FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – DANO MORAL CONFIGURADO..........7 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – SEGURO OBRIGATÓRIO – DPVAT......................................... 8 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) – SEGURADORA QUE SE RETIRA DO CONVÊNIO – RESPONSABILIDADE ............................................................ 8 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – RECUSA EM RECEBER CHEQUE DO PRÓPRIO EMITENTE PROVENIENTE DE CONTA BANCÁRIA ABERTA HÁ MENOS DE SEIS MESES – ILEGALIDADE.................................................................................................... 9 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – ATAQUE DE CÃO – PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.................................................................................................................................... 9 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – NÃO COMPROVAÇÃO DE MANUTENÇÃO DO NOME NO SPC E SERASA POR CULPA DO BANCO – RECURSO IMPROVIDO................................................................................................................................... 9 AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – PRAZO PRESCRICIONAL...................................... 10 AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – PRAZO PRESCRICIONAL...................................... 10 AÇÃO DE RESSARCIMENTO – DANOS MATERIAIS E MORAIS – FURTO DE VEÍCULO – ESTACIONAMENTO – ESTABELECIMENTO COMERCIAL – RELAÇÃO DE CONSUMO – COMPROVAÇÃO – AUSÊNCIA........................................................................ 10 AÇÃO ORDINÁRIA – DANOS MORAIS E MATERIAIS ....................................................... 10 ACIDENTE DE TRÂNSITO – AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS .................................................................................................................................11 ACIDENTE DE TRÃNSITO – BATIDA NA TRASEIRA – PRESUNÇÃO DE CULPA..........11 ACIDENTE DE TRÂNSITO – COLISÃO DE VEÍCULOS – ORÇAMENTOS........................ 11 ACIDENTE DE TRÂNSITO – CULPA DO REQUERENTE – PEDIDO CONTRAPOSTO PROCEDENTE – IMPROVIMENTO DO RECURSO................................................................ 11 ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO – DESCUMPRIMENTO – MULTA ......................... 11 ACORDO JUDICIAL – EXECUÇÃO.......................................................................................... 11 AGRAVO DE INSTRUMENTO – INADMISSIBILIDADE NO RITO DA LEI Nº 9.099/95 .. 11 ARRENDAMENTO MERCANTIL – CORREÇÃO DAS PARCELAS – INPC ....................... 12 1

JURISPRUDÊNCIA DAS TURMAS RECURSAIS BOLETIM Nº 97 ... · aÇÃo de indenizaÇÃo por danos morais – ataque de cÃo ... aposentadoria junto ao inss ... inscriÇÃo indevida no

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JURISPRUDÊNCIA DAS TURMAS RECURSAIS

BOLETIM Nº 97

JURISPRUDÊNCIA CÍVEL

AÇÃO COMINATÓRIA – RESTRIÇÃO DE CRÉDITO – BAIXA............................................. 6AÇÃO DE COBRANÇA – DPVAT – INDENIZAÇÃO POR MORTE – VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.194/74 – SÚMULA 257 DO STJ............................................................................................ 6AÇÃO DE COBRANÇA – PEDIDO CONTRAPOSTO – CRÉDITOS DE NATUREZA DIVERSA – IMPOSSIBILIDADE................................................................................................. 7AÇÃO DE COBRANÇA – SEGURO RESIDENCIAL – QUANTUM INDENIZATÓRIO ADEQUADO – VALOR PRÉ-DETERMINADO NO CONTRATO............................................ 7AÇÃO DE COBRANÇA DE NATUREZA PESSOAL – CHEQUE PRESCRITO – DÍVIDA LÍQUIDA – PRESCRIÇÃO DO PRAZO – INOCORRÊNCIA.....................................................7AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – LINHA TELEFÔNICA MÓVEL BLOQUEADA POR VÁRIOS DIAS – FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – DANO MORAL CONFIGURADO..........7AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – SEGURO OBRIGATÓRIO – DPVAT......................................... 8AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) – SEGURADORA QUE SE RETIRA DO CONVÊNIO – RESPONSABILIDADE ............................................................ 8AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – RECUSA EM RECEBER CHEQUE DO PRÓPRIO EMITENTE PROVENIENTE DE CONTA BANCÁRIA ABERTA HÁ MENOS DE SEIS MESES – ILEGALIDADE.................................................................................................... 9AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – ATAQUE DE CÃO – PROCEDÊNCIA DO PEDIDO....................................................................................................................................9AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – NÃO COMPROVAÇÃO DE MANUTENÇÃO DO NOME NO SPC E SERASA POR CULPA DO BANCO – RECURSO IMPROVIDO...................................................................................................................................9AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – PRAZO PRESCRICIONAL......................................10AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – PRAZO PRESCRICIONAL......................................10AÇÃO DE RESSARCIMENTO – DANOS MATERIAIS E MORAIS – FURTO DE VEÍCULO – ESTACIONAMENTO – ESTABELECIMENTO COMERCIAL – RELAÇÃO DE CONSUMO – COMPROVAÇÃO – AUSÊNCIA........................................................................ 10AÇÃO ORDINÁRIA – DANOS MORAIS E MATERIAIS ....................................................... 10ACIDENTE DE TRÂNSITO – AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS .................................................................................................................................11ACIDENTE DE TRÃNSITO – BATIDA NA TRASEIRA – PRESUNÇÃO DE CULPA..........11ACIDENTE DE TRÂNSITO – COLISÃO DE VEÍCULOS – ORÇAMENTOS........................ 11ACIDENTE DE TRÂNSITO – CULPA DO REQUERENTE – PEDIDO CONTRAPOSTO PROCEDENTE – IMPROVIMENTO DO RECURSO................................................................ 11ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO – DESCUMPRIMENTO – MULTA .........................11ACORDO JUDICIAL – EXECUÇÃO..........................................................................................11AGRAVO DE INSTRUMENTO – INADMISSIBILIDADE NO RITO DA LEI Nº 9.099/95 .. 11ARRENDAMENTO MERCANTIL – CORREÇÃO DAS PARCELAS – INPC ....................... 12

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ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA – DEFERIMENTO DA GRATUIDADE ........................................................................................ 12ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – DECLARAÇÃO DE POBREZA – CONTRADIÇÃO – PEDIDO REJEITADO.................................................................................................................. 12ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – INDEFERIMENTO – DESNECESSIDADE DO BENEFÍCIO....................................................................................................................................................... 12ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – OMISSÃO – ENUNCIADO 115 / FONAJE............................12ASTREINTES – OBRIGAÇÃO DE FAZER................................................................................13BENFEITORIAS – IMÓVEL LOCADO......................................................................................13CARTÃO MAGNÉTICO – AÇÃO DE ESTELIONATÁRIOS – EMPRÉSTIMO CONSIGNADO – RESPONSABILIDADE CIVIL DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA...............13CDC – DADOS CADASTRAIS DE CONSUMIDORES – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO – OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR.................................................................................................. 13CDC – DADOS CADASTRAIS DE CONSUMIDORES – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO – OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR.................................................................................................. 13CDC – VÍCIO DE QUALIDADE DO PRODUTO – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.....14CHEQUE – PRAZO PARA APRESENTAÇÃO .........................................................................14CHEQUE DEBITADO EM VALOR ERRÔNEO – EQUÍVOCO DA ENTIDADE BANCÁRIA – VALOR ESTORNADO – IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE DANOS MORAIS – MERO ABORRECIMENTO.....................................................................................................................14CHEQUE PRÉ-DATADO – APRESENTAÇÃO ANTECIPADA – DANO MORAL NÃO CONFIGURADO.......................................................................................................................... 15CITAÇÃO – PESSOAS JURÍDICA E FÍSICA............................................................................ 15COBRANÇA – DIFERENÇA IMPAGA – SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT....................... 15COBRANÇA – EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – NOME FANTASIA CONSTANTE DO TÍTULO EXECUTIVO................................................................................................................. 15COMPETÊNCIAS ABSOLUTA E RELATIVA – ARTS. 3º E 4º DA LEI Nº 9.099/95.............15CONSÓRCIO – BEM IMÓVEL – APLICABILIDADE DO CDC – CONTRATO DE ADESÃO – CONSORCIADO DESISTENTE – DEVOLUÇÃO DE PARCELAS PAGAS........................16CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – DEVOLUÇÃO DAS PARCELAS....................................... 16CONSORCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO DE PARCELAS........................................ 16CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGAS...16CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGAS...17CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGAS...17CONSÓRCIO – RESCISÃO CONTRATUAL – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGAS.....................................................................................................................17CONSÓRCIO – RESCISÃO UNILATERAL PELO CONSORCIADO – MOMENTO DA DEVOLUÇÃO DO VALOR DAS PARCELAS PAGAS............................................................ 17CONSUMIDOR – TELEFONIA – DETALHAMENTO DA CONTA........................................18CONSUMIDOR – TELEFONIA – DETALHAMENTO DE CONTA........................................ 18CONTESTAÇÃO – APRESENTAÇÃO FORA DO PRAZO – REVELIA.................................18CONTRATO DE CONSÓRCIO PARA AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS – RESCISÃO UNILATERAL PELO CONSORCIADO – MOMENTO DA DEVOLUÇÃO DO VALOR DAS PARCELAS PAGAS.....................................................................................................................18CONTRATO DE LOCAÇÃO POR PRAZO DETERMINADO – FIADOR – RESPONSABILIDADAE ............................................................................................................ 19

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CONTRATO DE SEGURO EM GRUPO – INVALIDEZ PERMANENTE DO SEGURADO – DATA – APOSENTADORIA JUNTO AO INSS – VALIDADE – INDENIZAÇÃO DEVIDA19CONTUMÁCIA – ERRO DA ADVOGADA DA AUTORA QUANTO À DATA DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR – RECURSO IMPROVIDO..........................................................20CONTUMÁCIA – PROSSEGUIMENTO DE AIJ EM OUTRA DATA – IMPOSSIBILIDADE – ADVOGADO REGULARMENTE CONSTITUÍDO...................................................................20CONTUMÁCIA – SENTENÇA CASSADA – REDESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA............... 20CO-TITULAR DE CONTA BANCÁRIA – PROTESTO INDEVIDO........................................20CUSTAS PROCESSUAIS – GRATUIDADE JUDICIÁRIA – SUSPENSÃO DO PAGAMENTO.............................................................................................................................. 21DANO MATERIAL – COMPROVAÇÃO – INDENIZAÇÃO DEVIDA................................... 21DANO MORAL – MERO ABORRECIMENTO – INOCORRÊNCIA....................................... 21DANOS MORAIS – EMPRESA DE TELEFONIA – INCLUSÃO INDEVIDA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO ..................................................................................................21DANOS MORAIS – INCLUSÃO DO NOME DE DEVEDOR INADIMPLENTE NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUITAÇÃO DA DÍVIDA – DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADO...................... 21DANOS MORAIS – INCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA – RESPONSABILIDADE INDENIZATÓRIA CONFIGURADA..........................................................................................22DANOS MORAIS – INDENIZAÇÃO – INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SPC E NO SERASA..22DANOS MORAIS – MEROS DISSABORES – INOCORRÊNCIA............................................22DEFENSORIA PÚBLICA – DILIGÊNCIA................................................................................. 22DESISTÊNCIA DA AÇÃO – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO ....................................................................................................................................... 23DESISTÊNCIA DA AÇÃO – LITISCONSORTE NÃO CITADO..............................................23DOCUMENTO PARTICULAR – ARGÜIÇÃO DE FALSIDADE – ÔNUS PROBATÓRIO....23DPVAT – COMPROVAÇÃO DE FATOS PARA RECEBIMENTO DA INDENIZAÇÃO – SUFICIÊNCIA DE PROVAS....................................................................................................... 23DPVAT – INDENIZAÇÃO DO SEGURO OBRIGATÓRIO...................................................... 24DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – INDENIZAÇÃO DEVIDA ....................................24DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – VALOR INDENIZATÓRIO ................................. 24EMBARGOS DECLARATÓRIOS – DESERÇÃO – CONTRADIÇÃO ....................................25EMBARGOS DECLARATÓRIOS – OMISSÃO – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA....................25EMBARGOS DECLARATÓRIOS – PRAZO RECURSAL – SUSPENSÃO.............................25EMISSÃO DE DUPLICATA SEM ACEITE – PROTESTO INDEVIDO – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA – DANO MORAL CARACTERIZADO........................25EMPRESA DE TRANSPORTE DE CARGAS – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – FRETE – NÃO PAGAMENTO – DANO MORAL CARACTERIZADO...................................................26EMPRÉSTIMO – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – DANOS MORAIS – INEXISTÊNCIA.....26ENERGIA ELÉTRICA – INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO – FATURA QUITADA ANTES DO CORTE – DANO MORAL CONFIGURADO........................................................ 26ENERGIA ELÉTRICA – SUSPENSÃO – FORNECIMENTO – DANO MORAL.................... 27EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA – ÓRGÃO VINCULADO À OAB.................................... 27EXECUÇÃO – AUSÊNCIA DO DEMONSTRATIVO ATUALIZADO DO DÉBITO – EXTINÇÃO – IMPOSSIBILIDADE............................................................................................ 27

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EXTRAVIO DE BAGAGEM – RESPONSABILIDADE DA COMPANHIA AÉREA – DANOS MATERIAIS – RESSARCIMENTO – DANOS MORAIS – MERO ABORRECIMENTO – INOCORRÊNCIA......................................................................................................................... 27FURTO – ESTACIONAMENTO DE SUPERMERCADO – DEVER DE RESSARCIMENTO ....................................................................................................................................................... 27FURTO DE VEÍCULO NO ESTACIONAMENTO DE EMPRESA – DANO MATERIAL CONFIGURADO– INDENIZAÇÃO DEVIDA........................................................................... 28HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – COBRANÇA – NATUREZA ALIMENTAR – CONTRATO CIVIL – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM............................................. 28IMÓVEL – CONTRATO DE COMPRA E VENDA – ARREPENDIMENTO UNILATERAL – PERDAS E DANOS DECORRENTES – OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR............................... 28INADIMPLÊNCIA DO DEVEDOR – LEGITIMIDADE DO PROTESTO................................28INDENIZAÇÃO – ACIDENTE DE TRÂNSITO – SEGURO OBRIGATÓRIO – EVENTO OCORRIDO ANTES DA RETIRADA DA SEGURADORA DO CONVÊNIO DPVAT.......... 29INDENIZAÇÃO – DANO MORAL NÃO CONFIGURADO – DANO MATERIAL NÃO DEMONSTRADO – IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO............................................................. 29INDENIZAÇÃO – FURTO DE VEÍCULO EM ESTACIONAMENTO DE SUPERMERCADO – DANO MATERIAL – PROVA DO PREJUÍZO....................................................................... 30INDENIZAÇÃO – INSCRIÇÃO EM BANCO DE DADOS – DANO MORAL – PRESUNÇÃO....................................................................................................................................................... 30INDENIZAÇÃO – INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES – DANO MORAL CARACTERIZADO..........................................................................................30INEXISTÊNCIA DE SENTENÇA NOS AUTOS – PRETENSÃO RECURSAL INADEQUADA – RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO............................................ 30INSOLVÊNCIA – FRAUDE À EXECUÇÃO – INEXISTÊNCIA.............................................. 30INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – MOMENTO PROCESSUAL ADEQUADO................ 31INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – SENTENÇA – PAGAMENTO – CHEQUE – CIRCULAÇÃO............................................................................................................................. 31JUROS – LIVRE PACTUAÇÃO – MANUTENÇÃO................................................................. 31JUSTIÇA GRATUITA – SENTENÇA OMISSA – MATÉRIA NÃO REITERADA EM SEDE RECRUSAL ................................................................................................................................ 32MANDADO DE SEGURANÇA – RECURSO – DESERÇÃO – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA....................................................................................................................................................... 32NULIDADE PROCESSUAL – INOBSERVÂNCIA DO ART. 9º, §§ 1º E 2º C/C ART. 56 DA LEI Nº 9.099/95.............................................................................................................................32PENHORA DE BEM MÓVEL – ACORDO JUDICIAL HOMOLOGADO............................... 32PENHORA ON LINE – CITAÇÕES REGULARES – ENUNCIADOS Nºs 05 E 93 DO FONAJE........................................................................................................................................ 33PESSOA FÍSICA – LEGITMIDADE ATIVA PARA RECEBER CHEQUE NA CONDIÇÃO DE EMPRESA COMERCIAL...................................................................................................... 33PETIÇÃO INICIAL – INDEFERIMENTO DE PLANO – PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL.....................................................33PLANO DE SAÚDE – CANCELAMENTO – INADIMPLÊNCIA NÃO CONFIGURADA – DANO MORAL DEVIDO............................................................................................................ 33PRESTAÇÕES DE FINANCIAMENTO – PAGAMENTO DO DÉBITO – INCLUSÃO INDEVIDA DO NOME DO CONSUMIDOR NOS CADASTROS DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO – DANO MORAL – INDENIZAÇÃO DEVIDA ...................................................... 34

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PROVA PERICIAL – INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL......................................34PROVA PERICIAL – MENOR COMPLEXIDADE – COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL.....................................................................................................................................34PROVAS DOCUMENTAL E TESTEMUNHAL – DISPENSABILIDADE DE PROVA PERICIAL – COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL.........................................................34RAZÕES RECURSAIS – JUNTADA DE DOCUMENTO NOVO – POSSIBILIDADE.......... 35RECURSO – AÇÃO DE COBRANÇA – FALTA DE PREPARO – DESERÇÃO ....................35RECURSO – FALTA DE PREPARO – DESERÇÃO..................................................................35RECURSO CÍVEL – AGRESSÕES FÍSICAS – INDENIZAÇÃO – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – PEDIDO IMPROCEDENTE .................................................................................... 35RELAÇÃO DE CONSUMO – AUSÊNCIA DE PROVAS – INEXISTÊNCIA DE CONDUTA ILÍCITA – OPERAÇÕES COM CARTÃO DE CRÉDITO – PEQUENO DISSABOR – DANO MORAL INEXISTENTE.............................................................................................................. 36REPETIÇÃO DE INDÉBITO – MODIFICAÇÃO DO PREÇO DE FATURAMENTO – OBSERVÂNCIA DO VALOR VIGENTE À ÉPOCA DA REALIZAÇÃO DO FATURAMENTO DO VEÍCULO................................................................................................36RESCISÃO CONTRATUAL – JUSTA INDENIZAÇÃO........................................................... 36RESCISÃO DE CONTRATO – IDÊNTICA CAUSA DE PEDIR – CONEXÃO....................... 36REVELIA – DPVAT – COBRANÇA – DIFERENÇA IMPAGA – IMPROVIMENTO DO RECURSO.....................................................................................................................................37REVELIA – PRAZO PARA RECURSO – INTIMAÇÃO – DESNECESSIDADE.................... 37REVISÃO DE CLÁUSULA DE CONTRATO FINANCEIRO................................................... 37SEGURO – CLÁUSULA CONTRATUAL – INTELIGÊNCIA DO ART. 47 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR......................................................................................................37SEGURO – CLÁUSULA DE PERFIL – COBERTURA NEGADA – RECURSO INTEMPESTIVO.......................................................................................................................... 37SEGURO – COBRANÇA – FRANQUIA.................................................................................... 37SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL OBRIGATÓRIO – PRETENSÃO DO BENEFICIÁRIO CONTRA O SEGURADOR – PRESCRIÇÃO TRIENAL.............................. 38SEGURO DE VIDA – CONTRATO – CLÁUSULAS RESTRITIVAS...................................... 38SEGURO DE VIDA – INDENIZAÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO INICIAL .38SEGURO DPVAT – CARÊNCIA DE AÇÃO POR FALTA DE PROVAS E DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.................................................................................... 38SEGURO DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – NECESSIDADE DE PERÍCIA JUDICIAL – INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL.................................................... 38SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) – REQUERIMENTO PELA VIA ADMINISTRATIVA – FACULDADE DA PARTE – INDENIZAÇÃO DEVIDA...........................................................39SEGURO OBRIGATÓRIO DE VEÍCULO – DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – FIXAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO EM SALÁRIO MÍNIMO – POSSIBILIDADE ... 39SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT – HERDEIRA ÚNICA – LEGITMIDADE ATIVA ADEQUADA – MATÉRIA DE DIREITO – INTELIGÊNCIA DO ART. 515, § 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.................................................................................................39SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT – ÓBITO DECORRENTE DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO – INDENIZAÇÃO DEVIDA...................................................................40SERASA – INSCRIÇÃO SEM NOTIFICAÇÃO PRÉVIA – DANO MORAL CARACTERIZADO .....................................................................................................................41

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SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL – COBRANÇA – ACESSO ÀS INFORMAÇÕES SOBRE TARIFAS DE LIGAÇÕES INTERNACIONAIS...........................................................41SPC – INCLUSÃO INDEVIDA – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – ABERTURA DE CONTA CORRENTE COM DOCUMENTOS FALSOS – RESPONSABILIDADE OBJETIVA – DANO MORAL CARACTERIZADO...................................................................................................... 42TELEFONIA – DETALHAMENTO DE CONTA – INTELIGÊNCIA DO ART. 6º, II, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR...............................................................................42TELEFONIA MÓVEL – AUSÊNCIA DE CONTRATO – DÍVIDA NÃO RECONHECIDA PELO CONSUMIDOR – INSCRIÇÃO NO SPC – DANO MORAL CONFIGURADO............42

AÇÃO COMINATÓRIA – RESTRIÇÃO DE CRÉDITO – BAIXAAÇÃO COMINATÓRIA – OBRIGAÇÃO DE DAR BAIXA NAS RESTRIÇÕES AO CRÉDITO DO REQUERENTE – DEMANDA JULGADA PROCEDENTE – RECURSO INOMINADO A QUE SE DEU PROVIMENTO – SENTENÇA REFORMADA – BAIXAS AUTORIZADA APENAS APÓS CINCO ANOS DA ÚLTIMA ANOTAÇÃO OU EM PRAZO INFERIOR QUANDO TENHA OCORRIDO A PRESCRIÇÃO QUANTO À AÇÃO DE COBRANÇA DO DÉBITO QUE DEU ORIGEM À RESTRIÇÃO CADASTRAL. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.035-3 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 09/05/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE COBRANÇA – DPVAT – INDENIZAÇÃO POR MORTE – VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.194/74 – SÚMULA 257 DO STJAÇÃO DE COBRANÇA – DPVAT – INDENIZAÇÃO POR MORTE – VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.194/74 – SÚMULA 257 DO STJ – DESNECESSIDADE DE PROVA DO PAGAMENTO DO BILHETE DO SEGURO E/OU DO DUT – PRESCRIÇÃO AFASTADA – VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.194/74 – IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DE RESOLUÇÕES E INSTRUÇÕES DO CNSP – FALTA DE BOLETIM DE OCORRÊNCIA – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO – IMPOSSIBILIDADE DIANTE DE OUTRAS PROVAS DO ACIDENTE – REFORMA DA SENTENÇA – CONDENAÇÃO DA RECORRIDA AO PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO. 1). Em se tratando de ação de cobrança de seguro DPVAT, interposta pela vítima, o prazo prescricional é de 20 (vinte) anos, nos termos do art. 177 do Código Civil/1916, sendo que o art. 206, §1º, II e §3º, IX, do Código Civil/2002, só teria aplicação se o fato estivesse ocorrido após a entrada em vigor do novo código. 2). Em se tratando de ação de cobrança de seguro DPVAT, ainda que o acidente tenha ocorrido anteriormente à modificação da Lei nº 6.194/74 pela Lei nº 8.441/92, a falta de comprovante do pagamento do prêmio do seguro obrigatório, bem como do DUT, não é motivo para a recusa do pagamento de indenização. Dessa forma tem entendido o STJ, conforme súmula 257. 3). Na fixação de indenização decorrente de morte por acidente automobilístico, o valor deverá ser no importe de 40 salários mínimos, conforme previsto no artigo 3º, letra “a” da Lei 6.194/74, não se aplicando nenhuma tabela baseada em instruções ou resoluções de órgãos com funções meramente administrativas, financeiras e fiscalizadoras das operações das sociedades seguradoras, em desacordo com o texto legal específico, que fixa o valor da indenização. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.188.938-0 – Rel. Ather Aguiar. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

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AÇÃO DE COBRANÇA – PEDIDO CONTRAPOSTO – CRÉDITOS DE NATUREZA DIVERSA – IMPOSSIBILIDADEAÇÃO DE COBRANÇA – PEDIDO CONTRAPOSTO – CRÉDITOS DE NATUREZA DIVERSA – IMPOSSIBILIDADE. 1. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. 2. Pedido principal que tem por objeto crédito de natureza alimentar, enquanto que o contraposto decorre de uma chamada de capital autorizada em assembléia extraordinária. 3. Ausência de subsunção aos termos do art. 31 da Lei nº 9.099/95. 4. Sentença mantida. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.103-9 – Rel. Walner Barbosa Milward de Azevedo. J. 09/05/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE COBRANÇA – SEGURO RESIDENCIAL – QUANTUM INDENIZATÓRIO ADEQUADO – VALOR PRÉ-DETERMINADO NO CONTRATO.AÇÃO DE COBRANÇA – SEGURO RESIDENCIAL – QUANTUM INDENIZATÓRIO ADEQUADO – VALOR PRÉ-DETERMINADO NO CONTRATO.Firmado o contrato de seguro residencial, uma vez comprovada a prática de furto qualificado por arrombamento, não pode a seguradora exigir comprovação de que o segurado reside no imóvel para pagar o valor segurado. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.046-0 – Rel. Edison Magno de Macêdo. J. 27/04/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE COBRANÇA DE NATUREZA PESSOAL – CHEQUE PRESCRITO – DÍVIDA LÍQUIDA – PRESCRIÇÃO DO PRAZO – INOCORRÊNCIAAÇÃO DE COBRANÇA DE NATUREZA PESSOAL – CHEQUE PRESCRITO – DÍVIDA LÍQUIDA – INOCORRÊNCIA DE MAIS DA METADE DO PRAZO PRESCRICIONAL PREVISTO NO REVOGADO CÓDIGO CIVIL – ARTIGO 2028 DO CC/02 – REGRA NOVA QUE DEVE SER APLICADA A PARTIR DE SUA VIGÊNCIA EM 12/01/2003 – INOCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO – CONDENAÇÃO MANTIDA.1 – Se a ação de cobrança de dívida líquida constante de comento particular é de direito pessoal e não decorreu mais da metade do prazo prescricional previsto no revogado Código Civil/16, de 20 anos, aplica-se a nova regra do atual Código Civil, que entrou em vigor no dia 12.01.2003.2 – Se a questão de cobrança de cheque prescrito, que equivale à cobrança de dívida líquida constante de documento particular (cheque prescrito perante a Lei Cambiária), o prazo prescricional previsto no artigo 206, §5, I, do CC/02, não tendo ocorrido mais da metade do prazo previsto no revogado artigo 177 do CC/16, começa a fluir a partir da entrada em vigor do Novo Código Civil. Prescrição que se operará em 05 anos afastada. Condenação mantida. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.05.178.636-4 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – LINHA TELEFÔNICA MÓVEL BLOQUEADA POR VÁRIOS DIAS – FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – DANO MORAL CONFIGURADOAÇÃO DE INDENIZAÇÃO – DANO MORAL – LINHA TELEFÔNICA MÓVEL BLOQUEADA POR VÁRIOS DIAS – FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – FRANQUIA INDEVIDA PELO PERÍODO DE BLOQUEIO – DANO MORAL CONFIGURADO – REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO.

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A companhia telefônica deve arcar com a reparação dos danos decorrentes da falha na sua prestação de serviço.Decorre dano moral do bloqueio prolongado de linha telefônica móvel, pois foge à normalidade, interferindo no equilíbrio psicológico do usuário do serviço, causando-lhe aflição e angústia.A indenização tem a dupla função de reparar o dano provocado pela ofensa e desestimular a prática do ato lesivo, todavia, além das circunstâncias em que ocorreu o fato, do grau de culpa do ofensor e da intensidade do sofrimento da vítima, o juiz também deve sopesar as condições econômicas das partes, a fim de não ensejar o enriquecimento sem causa ao ofendido. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.116-1 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 26/04/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – SEGURO OBRIGATÓRIO – DPVATAÇÃO DE INDENIZAÇÃO – SEGURO OBRIGATÓRIO – DPVAT – PERDA DE MEMBRO EM CARÁTER DEFINITIVO – COMPROVAÇÃO ATRAVÉS DE LAUDOS E ATESTADOS MÉDICOS – DESNECESSIDADE DE PROVA PERICIAL – INDENIZAÇÃO DEVIDA NOS TERMOS DO ARTIGO 3º, “B”, DA LEI 6.194/74 – FIXAÇÃO EM SALÁRIOS MÍNIMOS – POSSIBILIDADE – OFENSA AO DIREITO DE PROPRIEDADE E AO PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL – INOCORRÊNCIA – ELEGITIMIDADE PASSIVA SUPERVENIENTE AO FATO AFASTADA – CONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 7º DA LEI 6.194/74 – RECURSO PROTELATÓRIO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – CONDENAÇÃO MANTIDA.1 – Em se tratando de seguro obrigatório, restando comprovada através de laudos e atestados médicos a perda definitiva das funções de um dos membros da vítima no acidente de trânsito, já, estando ela aposentada por invalidez pelo INSS, a indenização devida a ser paga pela seguradora é a prevista no artigo 3º, “b”, da Lei 6194/74.2 – Por outro lado, a questão do valor da indenização vir estipulado em número de salários mínimos, não induz inconstitucionalidade, visto que a referência é apenas para o cálculo do “quantum” devido.3 – Descabida, ainda, no presente caso, a alegação de ofensa ou violação ao direito de propriedade e ao princípio do devido processo legal, em razão da especificidade da matéria discutida, assim como também é descabida a argüição de ilegitimidade passiva da seguradora que, posteriormente à ocorrência do sinistro, vem se desligar do grupo de seguradoras.4 – Por final, a alegada, inconstitucionalidade do artigo 7º da Lei 6.194/74, no sentido de que não houve pagamento, pelo segurado, de prêmio devido, além de não ter sido assim considerada pelo STF, foge da finalidade do seguro DPVAT, de natureza social, não exigindo qualquer pagamento para garantir o benefício. Desta forma, também, não tem sentido a prescrição alegada porque a referida norma invocada refere-se aos contratantes do seguro. Sentença mantida por seus próprios e jurídicos fundamentos.5 – E, por final, se a matéria vem sendo reiteradamente decidida pelos tribunais, não havendo divergência, constando, inclusive, de texto expresso na lei, como é o presente caso, a interposição de recurso em face dela, constitui litigância de má-fé nos termos do artigo 17, I e VII, do CPC, ou seja, recurso meramente protelatório. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.751-1 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) – SEGURADORA QUE SE RETIRA DO CONVÊNIO – RESPONSABILIDADE

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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) – SEGURADORA QUE SE RETIRA DO CONVÊNIO – FATO ANTERIOR – LEGITIMIDADE PASSIVA – COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL – DESNECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PROVA PERICIAL – POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO EM SALÁRIOS MÍNIMOS – INAPLICABILIDADE DE RESOLUÇÃO DO CNSP QUE FIXA VALOR INDENIZATÓRIO – RECURSO IMPROVIDO.1 – A seguradora que se retira do convênio DPVAT posteriormente à ocorrência do sinistro permanece responsável pelo pagamento da indenização.2 – A prova da invalidez permanente pode ser feita através dos documentos juntados com a petição inicial, sendo desnecessária à realização da perícia.3 – No caso do DPVAT (Danos Pessoais por Veículos Automotores de Via Terrestre), o salário mínimo é valorizado como parâmetro para a quantificação do valor-base indenizatório, sendo este o entendimento pacífico dos tribunais pátrios e desta Turma Recursal.4 – Considerando o critério hierárquico de interpretação das normas, deve prevalecer a disposição do texto da lei federal (Lei n. 6.194/74) e não as normas regulamentadoras do CNSP (Conselho Nacional dos Seguros Privados) quanto à fixação do “quantum” indenizatório.5 – Recurso improvido. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.861-8 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – RECUSA EM RECEBER CHEQUE DO PRÓPRIO EMITENTE PROVENIENTE DE CONTA BANCÁRIA ABERTA HÁ MENOS DE SEIS MESES – ILEGALIDADEAÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – RECUSA EM RECEBER CHEQUE DO PRÓPRIO EMITENTE PROVENIENTE DE CONTA BANCÁRIA ABERTA HÁ MENOS DE SEIS MESES – ILEGALIDADE – LEI ESTADUAL Nº 15.443/05 – PROCEDIMENTOS DIFERENCIADOS ADOTADOS A CADA VENDA – ATITUDE DISCRIMINATÓRIA – DANO MORAL CONFIGURADO – COMPENSAÇÃO CORRETAMENTE ARBITRADA – SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (2ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.07.212.318-3 – Rel. Andréa Barcelos Ferreira Camargo Faria. J. 9/04/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – ATAQUE DE CÃO – PROCEDÊNCIA DO PEDIDOAÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – ATAQUE DE CÃO – QUANTUM INDENIZATÓRIO ADEQUADO – MODIFICAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS.O empregador que não toma as devidas cautelas com cães, permitindo a criação de situação em que o animal venha a atacar e ferir empregado seu, tem o dever de indenizá-lo pelos danos morais sofridos. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.093-2 – Rel. Edison Magno de Macêdo. J. 27/04/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – NÃO COMPROVAÇÃO DE MANUTENÇÃO DO NOME NO SPC E SERASA POR CULPA DO BANCO – RECURSO IMPROVIDOAÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – TÍTULO LEVADO A PROTESTO – QUITAÇÃO DO DÉBITO – RETIRADA DO CANCELAMENTO – COMPETÊNCIA DO

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DEVEDOR – LEI Nº 9.492/97 – NÃO COMPROVAÇÃO DE MANUTENÇÃO DO NOME NO SPC E SERASA POR CULPA DO BANCO – RECURSO IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA.1 – Na hipótese de o devedor quitar débito que gerou o protesto do título emitido, é de sua competência informar o serviço cartorário, nos termos da Lei nº 9.492/97.2 – Não tendo sido comprovado que o Banco incluiu o nome do devedor nos registros do SPC e do Serasa, não é cabível a condenação ao pagamento de danos morais.3 – Recurso improvido. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.105.305-7 – Rel. Jorge Paulo dos Santos. J. 08/03/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – PRAZO PRESCRICIONALCOBRANÇA – SEGURO – PRESCRIÇÃO – A partir da vigência do novo Código Civil, o prazo prescricional das ações de reparação de danos que não houver atingido a metade do tempo previsto no Código Civil de 1916 fluirá por inteiro, nos termos da nova lei (art. 206). (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.311-8 – Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 12/03/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – PRAZO PRESCRICIONALCOBRANÇA – SEGURO – PRESCRIÇÃO – A partir da vigência do novo Código Civil, o prazo prescricional das ações de reparação de danos que não houver atingido a metade do tempo previsto no Código Civil de 1916 fluirá por inteiro, nos termos da nova lei (art. 206). (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.354.985-0 – Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 11/04/2007). Boletim nº 97

AÇÃO DE RESSARCIMENTO – DANOS MATERIAIS E MORAIS – FURTO DE VEÍCULO – ESTACIONAMENTO – ESTABELECIMENTO COMERCIAL – RELAÇÃO DE CONSUMO – COMPROVAÇÃO – AUSÊNCIAAÇÃO DE RESSARCIMENTO – DANOS MATERIAIS E MORAIS – FURTO DE VEÍCULO – ESTACIONAMENTO – ESTABELECIMENTO COMERCIAL – RELAÇÃO DE CONSUMO – COMPROVAÇÃO – AUSÊNCIA. 1. Via de regra, “A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto do veículo ocorridos em seu estacionamento.” (verbete 130, Súmula/STJ). 2. Não restando comprovada a relação de consumo, inexiste a obrigação de indenizar. 3. Compete ao autor a prova do fato constitutivo do seu direito e ao réu cabe a prova quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 4. Vítima que realiza compras após a constatação do furto, buscando, de forma premeditada, caracterizar a relação de consumo. 5. Sentença mantida. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.032-0 – Rel. Walner Barbosa Milward de Azevedo. J. 09/05/2007). Boletim nº 97

AÇÃO ORDINÁRIA – DANOS MORAIS E MATERIAIS 1 – Ação ordinária de danos materiais e morais. Alteração unilateral de projeto de planejamento de cozinha.2 – Argüição de Falta de Preparo do Recurso Inominado. Deserção rejeitada. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.410.551-1 – Rel. Fernando Neto Botelho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

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ACIDENTE DE TRÂNSITO – AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS POR ACIDENTE DE TRÂNSITO – DANOS MORAIS FIXADOS CONSIDERANDO AS LESÕES CORPORAIS E A CONDIÇÃO ECONÔMICA DO RÉU – NÃO COMPROVADA COAÇÃO POLICIAL PARA ASSUNÇÃO DE RESPONSABILIDADE E CONSTATADA ESTA DA PROVA – MANTIDA A DECISÃO POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.632-7 – Rel. Alfredo Barbosa Filho. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

ACIDENTE DE TRÃNSITO – BATIDA NA TRASEIRA – PRESUNÇÃO DE CULPAACIDENTE DE TRÃNSITO – BATIDA NA TRASEIRA – PRESUNÇÃO DE CULPA. É presumida a culpa do condutor de veículo que abalroa outro na traseira, a qual somente pode ser elidida através de prova robusta de culpa de outro condutor ou de ocorrência de caso fortuito. Recurso a que se nega provimento. (2ª Turma Recursal Cível / Belo Horizonte - Rec. 0024.06.212.485-4 – Rel. Sérgio André da Fonseca Xavie). Boletim nº 97

ACIDENTE DE TRÂNSITO – COLISÃO DE VEÍCULOS – ORÇAMENTOS“Acidente de trânsito – culpa exclusiva do condutor do veículo que desrespeitando a preferencial imprime manobra arriscada – mera impugnação do orçamento sem a apresentação de orçamento por parte da recorrente – recurso improvido – sentença mantida”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.124.657-9 – Rel. Alessandra Bittencourt dos Santos. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

ACIDENTE DE TRÂNSITO – CULPA DO REQUERENTE – PEDIDO CONTRAPOSTO PROCEDENTE – IMPROVIMENTO DO RECURSOAÇÃO INDENIZAÇÃO EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO. CULPA DO REQUERENTE. MANOBRA DE MARCHA-RÉ. FALTA DE ATENÇAO AO FLUXO DE TRÂNSITO DO LOCAL. PEDIDO CONTRAPOSTO JULGADO PROCEDENTE. RECURSO A QUE SE NEGOU PROVIMENTO. SENTENÇA MANTIDA. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.643-4 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO – DESCUMPRIMENTO – MULTA “Há de ser mantida a condenação em multa pelo descumprimento de acordo homologado em juízo, sobretudo quanto à aplicação do art. 413 do Código Civil demonstrado o cumprimento parcial da obrigação – Sentença mantida – Recurso Improvido”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.06.119..430-0 – Rel. Juarez Raniero. J. 26/03/2007). Boletim nº 97

ACORDO JUDICIAL – EXECUÇÃOEXECUÇÃO DE ACORDO HOMOLOGADO JUDICIALMENTE – INOBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS – ANULAÇÃO DO TÍTULO COM REPORTE AOS ARTS. 166 E 168, § ÚNICO, DO CCB. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.025-4 – Rel. Alfredo Barbosa Filho. J. 26/02/07). Boletim nº 97

AGRAVO DE INSTRUMENTO – INADMISSIBILIDADE NO RITO DA LEI Nº 9.099/95

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“Juizado Especial Cível. Agravo de Instrumento. Impossibilidade. O recurso de Agravo de Instrumento não é admissível no rito da Lei nº 9.099/95, uma vez que somente o recurso inominado contra a sentença é previsto nos Juizados Especiais Cíveis, não havendo recurso contra decisão interlocutória.” (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.124.913-6 – Rel. Carlos Frederico Braga da Silva. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

ARRENDAMENTO MERCANTIL – CORREÇÃO DAS PARCELAS – INPC Civil. Arrendamento mercantil. Dólar. INPC. Em razão da súbita valorização do dólar frente ao real em janeiro de 1.999, deve ser aplicada a teoria da imprevisão. Correção das parcelas pelo INPC, salvo se a instituição financeira demonstrar que tomou recurso emprestado no exterior. Prova que não veio aos autos. Negado provimento ao recurso. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.041.534-6 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA – DEFERIMENTO DA GRATUIDADE “Indeferimento de assistência judiciária ao fundamento de ausência de declaração de hipossuficiência – declaração nos autos – impossibilidade de se indeferir o benefício apenas por estar o recorrente patrocinado por defensor particular – conhecimento do recurso – reforma da sentença apenas para deferir a gratuidade – recurso parcialmente provido”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.06.119.784-0 – Rel. Alessandra Bittencourt dos Santos. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – DECLARAÇÃO DE POBREZA – CONTRADIÇÃO – PEDIDO REJEITADOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CONTRADIÇÃO QUANTO AO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA IMPLÍCITO POR JUNTADA DE DECLARAÇÃO DE POBREZA – REJEIÇÃO. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.402-5 – Rel. Alfredo Barbosa Filho. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – INDEFERIMENTO – DESNECESSIDADE DO BENEFÍCIOAção Ordinária. Recurso. Tempestividade. Assistência judiciária requerida no recurso. Se na publicação não constou o nome do advogado não se conta o prazo. Este passou a contar a partir da republicação do ato. Não deve ser concedida assistência judiciária para quem se encontra representado por advogado que contratou, sem que tenha sido demonstrada a necessidade do benefício. Recurso deserto. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.211.651-2 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – OMISSÃO – ENUNCIADO 115 / FONAJEEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO QUANTO AO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – APLICAÇÃO DE ENUNCIADO 115 DO FONAJE – REJEIÇÃO – ESPECÍFICO PARA PEDIDO NA FACE DO RECURSO INOMINADO. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.617-8 – Rel. Alfredo Barbosa Filho. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

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ASTREINTES – OBRIGAÇÃO DE FAZEROBRIGAÇÃO DE FAZER. ASTREINTES. A multa cominatória incidirá após o trânsito em julgado da sentença e exaurido o prazo para o cumprimento da obrigação de fazer. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.106.901-2 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

BENFEITORIAS – IMÓVEL LOCADOMODIFICAÇÕES E/OU BENFEITORIAS EM IMÓVEL LOCADO – CONSENTIMENTO PRÉVIO E POR ESCRITO DO LOCADOR – EXIGÊNCIA PARA EVENTUAL RESSARCIMENTO OU RETENÇÃO – RECURSO IMPROVIDO COM A MANUTANÇÃO DA SENTENÇA.1 – Se no contrato de locação houver estipulação de cláusula no sentido de que o direito à indenização ou retenção de eventuais benfeitorias e/ou modificações feitas no imóvel, depender do consentimento expresso do locador, não ocorrendo este, não há que se falar em indenização e nem em retenção, muito menos em retirada de algumas delas.2 – De outro lado, benfeitorias necessárias ou úteis devem ser comprovadas pelo postulante, em especial, quando alega que houve consentimento verbal do locador, nos termos do artigo 333, do CPC. Se assim não ocorre, a improcedência do pedido é de rigor. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.188.983-6 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

CARTÃO MAGNÉTICO – AÇÃO DE ESTELIONATÁRIOS – EMPRÉSTIMO CONSIGNADO – RESPONSABILIDADE CIVIL DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIACARTÃO MAGNÉTICO – AÇÃO DE ESTELIONATÁRIOS – EMPRÉSTIMO CONSIGNADO – INOBSERVÂNCIA DAS REGRAS TRAÇADAS PELO INSS – RESPONSABILIDADE CIVIL DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA.A ação de estelionatários não exclui a responsabilidade da instituição bancária pela realização de empréstimo consignado, se esta não observa as normas traçadas pelo INSS para a concretização do negócio jurídico.Recurso a que se nega provimento. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.109.244-4 – Rel. Luciana Nardoni Álvares da Silva Fontenelle. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

CDC – DADOS CADASTRAIS DE CONSUMIDORES – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO – OBRIGAÇÃO DE INDENIZARO Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 43, §2º, determina que os bancos de dados e cadastros de consumidores, façam a comunicação por escrito. A ausência da notificação, por si só, gera a obrigação de indenizar. O valor do dano moral pode e deve ser adequado. O valor da indenização não deve ser tido como um prêmio ao lesado, mas sim expressar uma valoração que implique em punição ao infrator e, ao mesmo tempo, produza compensação aos danos sofridos pela vítima. (1ª Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 0313.06.187.252-6 – Rel. Carlos Roberto de Faria. J. 06/08/2006). Boletim nº 97

CDC – DADOS CADASTRAIS DE CONSUMIDORES – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO – OBRIGAÇÃO DE INDENIZARO Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 43, §2º determina que os bancos de dados e cadastros de consumidores, façam a comunicação por escrito. A ausência da notificação, por si só, gera a obrigação de indenizar. O valor do dano moral pode e deve ser adequado. O valor da

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indenização não deve ser tido como um prêmio ao lesado, mas sim expressar uma valoração que implique em punição ao infrator e, ao mesmo tempo, produza compensação aos danos sofridos pela vítima. (1ª Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 0313.06.187.230-2 – Rel. Carlos Roberto de Faria. J. 09/08/2006). Boletim nº 97

CDC – VÍCIO DE QUALIDADE DO PRODUTO – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIACÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – VÍCIO DE QUALIDADE DO PRODUTO – SOLIDARIEDADE DOS FORNECEDORES- O vendedor e o fabricante de televisor que apresenta defeito de fabricação no cinescópio respondem solidariamente pelo vício do produto (CDC, art. 18).- É manifestamente contraditória a sentença que, reconhecendo a solidariedade, exclui o fabricante da lide.- Sentença parcialmente reformada. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.410.597-4 – Rel. Alyrio Ramos). Boletim nº 97

CHEQUE – PRAZO PARA APRESENTAÇÃO RECURSO CÍVEL. CHEQUE. FALTA DE SUA APRESENTAÇÃO AO BANCO SACADO. INEXEQÜIBILIDADE SOMENTE NA HIPÓTESE DO EMITENTE TER FUNDOS DISPONÍVEIS DURANTE O PRAZO DE APRESENTAÇÃO E OS DEIXAR DE TER, EM RAZÃO DE FATO QUE NÃO LHE SEJA IMPUTÁVEL. CLÁUSULA CONTRATUAL DE EXCLUSIVIDADE DE VENDEDORES AUTÔNOMOS ESTIPULADA POR COMERCIANTES. VALIDADE SOMENTE NA HIPÓTESE DOS VENDEDORES TEREM ANUÍDO A ELA. RECURSO IMPROVIDO.O cheque só perde a sua exeqüibilidade em virtude de sua não apresentação em tempo hábil, se o emitente tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter, em razão de fato que não lhe seja imputável (Lei 7.357/85, art. 47, § 3º).A cláusula contratual celebrada entre comerciantes que estipula exclusividade de vendedores autônomos, só pode ser exigida pelos contratantes se os vendedores autônomos anuíram ao contrato.Recurso improvido. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.07.212.239-1 – Rel. Núbio de Oliveira Parreiras. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

CHEQUE DEBITADO EM VALOR ERRÔNEO – EQUÍVOCO DA ENTIDADE BANCÁRIA – VALOR ESTORNADO – IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE DANOS MORAIS – MERO ABORRECIMENTO“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – CHEQUE DEBITADO EM VALOR ERRÔNEO – EQUÍVOCO DA ENTIDADE BANCÁRIA – VALOR ESTORNADO – IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE DANOS MORAIS – MERO ABORRECIMENTO E DISSABOR – POSSIBILIDADE DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO ILIDIDA – RECURSO IMPROVIDO.- Em caso de cheque debitado em valor diverso do que constava no seu conteúdo, cujo equívoco foi solucionado, através de estorno dos valores, não se fala em condenação ao pagamento de indenização por danos morais.- Diante da negativa de danos sofridos pelo correntista, o episódio caracteriza meros dissabores e aborrecimentos, que são impassíveis de indenização, sob pena de transformar a mencionada ação em causa de enriquecimento ilícito.

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- Recurso improvido.” (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.07.114.534-9 – Rel. José Américo Martins da Costa. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

CHEQUE PRÉ-DATADO – APRESENTAÇÃO ANTECIPADA – DANO MORAL NÃO CONFIGURADOCHEQUE PRÉ-DATADO. APRESENTAÇÃO ANTECIPADA. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. O depósito antecipado de cheque pré-datado não é causa de dano moral puro, o dano moral só resta configurado quando há devolução do cheque por ausência de provisão de fundos e/ou inclusão do nome do emitente no cadastro de emitente de cheque sem fundos.Inexistindo outras conseqüências do depósito antecipado do cheque pré-datado, não há lesão moral passível de reparação pecuniária, constituindo o fato mero aborrecimento e situação desconfortável pelos quais as pessoas estão suscetíveis no cotidiano. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.043-7 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 26/04/2007). Boletim nº 97

CITAÇÃO – PESSOAS JURÍDICA E FÍSICAAÇÃO DE RESTITUIÇÃO – A CITAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA PODE DAR-SE NA PESSOA DE FUNCIONÁRIO, ENQUANTO A DE PESSOA FÍSICA É PERSONALÍSSIMA. (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.013-0 – Rel. Fabiana da Cunha Pasqua. J. 11/04/2007). Boletim nº 97

COBRANÇA – DIFERENÇA IMPAGA – SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT1 – AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. COBRANÇA. DIFERENÇA IMPAGA.2 – Preliminares de carência de ação por falta de interesse de agir, falta de combate à decisão recorrida – rejeitadas.3 – Reconhecimento da exigibilidade do valor pretendido e de sua delimitação máxima por salários mínimos, consoante jurisprudência predominante nos tribunais superiores.4 – Quitação – não afasta direito à cobrança complementar. Inaplicabilidade de limitação quantitativa por norma administrativa.5 – Sentença confirmada pelos próprios fundamentos. RECURSO IMPROVIDO. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.214.474-6 – Rel. Fernando Neto Botelho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

COBRANÇA – EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – NOME FANTASIA CONSTANTE DO TÍTULO EXECUTIVO“Ação de cobrança proposta por empresário individual – nome fantasia constante do título executivo – ausência de elementos desconstitutivos do direito da recorrente – recurso improvido – sentença mantida”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.125.066-2 – Rel. Alessandra Bittencourt dos Santos. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

COMPETÊNCIAS ABSOLUTA E RELATIVA – ARTS. 3º E 4º DA LEI Nº 9.099/95A Lei 9.099 disciplina a competência absoluta no art. 3º, que irá determinar a extinção do processo, podendo ser conhecida de ofício. No artigo 4º trata da competência relativa, que não pode ser reconhecida de ofício. A questão da competência, no juizado, é gravosa à parte autora,

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pois, não havendo declinação, determina a extinção do processo. A regra geral do artigo 4º objetivou beneficiar a parte autora. (1ª Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 0313.06.187.289-8 – Rel. Carlos Roberto de Faria. J. 09/08/2006). Boletim nº 97

CONSÓRCIO – BEM IMÓVEL – APLICABILIDADE DO CDC – CONTRATO DE ADESÃO – CONSORCIADO DESISTENTE – DEVOLUÇÃO DE PARCELAS PAGASCONSÓRCIO – BEM IMÓVEL – APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – CONTRATO DE ADESÃO – CONSORCIADO DESISTENTE – DEVOLUÇÃO DE PARCELAS PAGAS – MOMENTO – DESLIGAMENTO DO CONSORCIADO – REDUÇÃO DA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO DE OFÍCIO – INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO EXTRA PETITA – CORREÇÃO MONETÁRIA – JUROS DE MORA – INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO DISPOSTO NO ARTIGO 170, IV DA CF/88.Em se tratando de consórcio de bem imóvel, não se faz necessário que o consorciado desistente espere o encerramento do grupo do qual fazia parte para receber as parcelas que pagou, pois o mesmo faz jus ao recebimento do que lhe é devido a partir do momento em que se desliga do grupo de consórcio. Sobre o montante a ser pago deverá incidir juros, na forma da lei, e correção monetária, que deverá ser fixada de acordo com os índices oficiais e não com base no preço do crédito.Somente é devida indenização por prejuízos causados pelo consorciado desistente ao grupo consorcial, se forem produzidas provas cabais da existência dos mesmos.A redução da taxa de administração se impõe, quando fixada em percentual que for superior a 10%, notadamente abusivo.Não há que se falar em julgamento ‘extra petita’, pois as questões relativas ao consumidor são de ordem pública, podendo ser apreciadas de ofício pelo julgador. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.360.739-3 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 26/04/2007). Boletim nº 97

CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – DEVOLUÇÃO DAS PARCELASCivil. Consórcio. A devolução das parcelas em caso de desistência do consorciado deve se dar no prazo máximo de 30 dias após o encerramento do grupo. Precedentes do STJ. Pedido improcedente. Recurso provido. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.042.855-4 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

CONSORCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO DE PARCELASCONSORCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO DE PARCELAS – TAXA DE ADMINISTRAÇÃO – ABUSIVIDADE – LIMITES IMPOSTOS DO DECRETO nº 70.951/72. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.120-3 – Rel. Walner Barbosa Milward de Azevedo. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGASAÇÃO ANULATÓRIA DE CLÁUSULA CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE PARCELAS PAGAS – o desistente do grupo de adesão de consórcio tem direito à restituição das parcelas pagas, imediatamente, de uma só vez, corrigidas monetariamente desde a data do desembolso pelo índice adotado pela E. Corregedoria de Justiça do Estado de Minas Gerais, acrescida de juros de 0,5% (meio por cento) ao mês, contados da citação, decotando-se apenas os valores correspondentes à taxa de administração e seguro, se for o caso do contrato. Inteligência

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do enunciado nº 109, do FONAJE. (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.047-8 – Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 11/4/2007). {sic} Boletim nº 97

CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGASAÇÃO ANULATÓRIA DE CLÁUSULA CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE PARCELAS PAGAS – o desistente do grupo de adesão de consórcio tem direito à restituição das parcelas pagas, imediatamente, de uma só vez, corrigidas monetariamente desde a data do desembolso pelo índice adotado pela E. Corregedoria de Justiça do Estado de Minas Gerais, acrescida de juros de 0,5% (meio por cento) ao mês contados da citação, decotando-se apenas os valores correspondentes à taxa de administração e seguro, se for o caso do contrato. (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.057-7 – Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 11/04/2007). {sic} Boletim nº 97

CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGASAÇÃO ANULATÓRIA DE CLÁUSULA CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE PARCELAS PAGAS – o desistente do grupo de adesão de consórcio tem direito à restituição das parcelas pagas, imediatamente, de uma só vez, corrigidas monetariamente desde a data do desembolso pelo índice adotado pela E. Corregedoria de Justiça do Estado de Minas Gerais, acrescida de juros de 0,5 (meio por cento) ao mês contados da citação, decotando-se apenas os valores correspondentes à taxa de administração e seguro, se for o caso do contrato. (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.287-0 – Rel. Fabiana da Cunha Pasqua. J. 11/04/2007). {sic}.Boletim nº 97

CONSÓRCIO – RESCISÃO CONTRATUAL – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGASCONSÓRCIO – RESCISÃO CONTRATUAL – RESTITUIÇÃO IMEDIATA DE PARCELAS PAGAS – CORREÇÃO MONETÁRIA – JUROS MORATÓRIOS DEVIDOS A PARTIR DA CITAÇÃO – TAXA DE ADMINISTRAÇÃO ABUSIVA NO PERCENTUAL CONTRATADO – REDUÇÃO. A restituição das parcelas pagas deve ocorrer imediatamente e de uma só vez, haja vista que as administradoras aplicam os recursos constituídos pelas contribuições individuais de cada consorciado e auferem rendimentos. A correção monetária é dotada da função de manter o poder aquisitivo, desprovida de relação com o percentual pago ou valorização e desvalorização do bem, pois o que se está determinando restituir é o que foi efetivamente desembolsado pelo apelado, razão pela qual esse é o marco inicial. São devidos juros desde a citação e não a contar do encerramento do grupo consorcial. A taxa de administração fixada contratualmente em 15,5% (quinze e meio por cento) é abusiva, sendo razoável a sua fixação em 10%. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.060-1 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 27/04/2006). Boletim nº 97

CONSÓRCIO – RESCISÃO UNILATERAL PELO CONSORCIADO – MOMENTO DA DEVOLUÇÃO DO VALOR DAS PARCELAS PAGASCONTRATO DE CONSÓRCIO PARA AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS – RESCISÃO UNILATERAL PELO CONSORCIADO – MOMENTO DA DEVOLUÇÃO DO VALOR DAS PARCELAS PAGAS.- Rescindindo o contrato de consórcio para aquisição de bens móveis por iniciativa do consorciado, somente após trinta dias do encerramento do grupo tem ele direito a receber os

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valores pagos, corrigidos monetariamente, deduzidas as despesas por serviços dos quais desfrutou, como a taxa de administração, esta reduzida para percentual mais justo quando contratada de maneira potestativa.- VV. Tratando-se de consórcio para aquisição de bens móveis, é cabível a devolução imediata das parcelas pagas, abatidas as taxas de seguro e administração, devendo esta ser reduzida para percentual mais justo, sempre que estipulada de forma abusiva dada à condição de hipossuficiente do consorciado. O consorciado desistente deve arcar com o pagamento da cláusula penal se deu causa à rescisão contratual, sendo que esta não poderá ultrapassar a 10% do valor a ser restituído, sob pena de enriquecimento sem causa. A correção monetária é devida desde a data do efetivo desembolso de cada parcela. Os juros contam-se da citação. (Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.598-0 – Rel. Antônio Coletto. J. 29/03/2007). Boletim nº 97

CONSUMIDOR – TELEFONIA – DETALHAMENTO DA CONTAConsumidor. Telefonia. Inexistência do débito. Inclusão do nome no SPC. Constrangimento. A conta de telefone deve discriminar o serviço cobrado para que o consumidor possa conferir o que está pagando. A não discriminação do serviço cobrado torna indevido débito, cuja existência não foi demonstrada pela recorrida (CPC, art. 302). Para se avaliar a extensão do dano moral deve-se levar em conta não só o fato lesivo e o nexo causal, mas também o comportamento do ofendido. Recurso provido. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.211.555-5 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2006). Boletim nº 97

CONSUMIDOR – TELEFONIA – DETALHAMENTO DE CONTAConsumidor. Telefonia. Obrigação da prestadora de serviço detalhar a conta. È direito do consumidor descriminação das chamadas realizadas, tempo da ligação e valor pago na fatura cobrada. Correta a sentença que determina que a prestadora de serviço preste tal informação. Negado provimento. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.212.248-6 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

CONTESTAÇÃO – APRESENTAÇÃO FORA DO PRAZO – REVELIANão apresentada a contestação no prazo assinado pelo juiz, constante do Termo da Sessão de conciliação, é de ser considerada revel a parte ré.Não caracteriza cerceamento de defesa a intimação pessoal da parte, que compareceu à sessão de conciliação desacompanhada de advogado, para a apresentação de contestação no prazo de dez dias. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.231-8 – Rel. Antônio Coletto. J. 29/03/2007). Boletim nº 97

CONTRATO DE CONSÓRCIO PARA AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS – RESCISÃO UNILATERAL PELO CONSORCIADO – MOMENTO DA DEVOLUÇÃO DO VALOR DAS PARCELAS PAGASCONTRATO DE CONSÓRCIO PARA AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS – RESCISÃO UNILATERAL PELO CONSORCIADO – MOMENTO DA DEVOLUÇÃO DO VALOR DAS PARCELAS PAGAS.- Rescindido o contrato de consórcio para aquisição de bens móveis por iniciativa do consorciado, somente após trinta dias do encerramento do grupo tem ele direito a receber os valores pagos, corrigidos monetariamente, deduzidas as despesas por serviços dos quais

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desfrutou, como taxa de administração, esta, reduzida para 15% uma vez que se mostra excessiva, e o valor do seguro, caso tenha sido contratado.- VV – Tratando-se de consórcio para aquisição de bens móveis, é cabível a devolução imediata das parcelas pagas, abatidas as taxas de seguro e administração, devendo esta ser reduzida para percentual mais justo, sempre que estipulada de forma abusiva, dada a condição de hipossuficiente do consorciado. O consorciado desistente deve arcar com o pagamento da cláusula penal se deu causa à rescisão contratual, sendo que esta não poderá ultrapassar a 10% do valor a ser restituído, sob pena de enriquecimento sem causa. A correção monetária é devida desde a data do efetivo desembolso de cada parcela. Os juros contam-se da citação. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.360.833-4 – Rel. Edison Magno Macedo. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

CONTRATO DE LOCAÇÃO POR PRAZO DETERMINADO – FIADOR – RESPONSABILIDADAE “COBRANÇA DE ALUGUÉIS E ENCARGOS DA LOCAÇÃO – FIADORES – Os fiadores somente respondem pelos débitos oriundos do contrato até o prazo final previsto na cláusula quarta do contrato, vez que o contrato era por prazo determinado, não se podendo falar em interpretação extensiva em se tratando de fiança (art. 819 do Código Civil). Sentença confirmada pelos seus próprios fundamentos.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.357-1 – Rel. Armando D. Ventura Júnior). Boletim nº 97

CONTRATO DE SEGURO EM GRUPO – INVALIDEZ PERMANENTE DO SEGURADO – DATA – APOSENTADORIA JUNTO AO INSS – VALIDADE – INDENIZAÇÃO DEVIDAAÇÃO DE COBRANÇA – PRELIMINAR DA FALTA DE MOTIVAÇÃO AFASTADA – CONTRATO DE SEGURO EM GRUPO – RECUSA NO PAGAMENTO PELA SEGURADORA – INVALIDEZ PERMANENTE DO SEGURADO – DATA – APOSENTADORIA JUNTO AO INSS – VALIDADE – INDENIZAÇÃO DEVIDA – O contrato de seguro é, na definição legal, aquele pelo qual uma das partes se obriga para com a outra, mediante pagamento de um valor, a indenizá-la pelo prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no contrato, donde se conclui que tal avença é formada a partir da promessa condicional de indenização de um valor contratado na hipótese de ocorrência do sinistro, fato aleatório, porque se vincula a evento futuro e incerto causador do prejuízo. A seguradora não fez prova no sentido de que a data do evento que gerou a invalidez se deu antes do início da vigência da apólice, logo prevalece a data anunciada de 09 de junho de 2004, como marco inicial da incapacidade laboral do recorrido, período idêntico ao da concessão de sua aposentadoria junto ao Instituto Nacional do Seguro Social, que goza de fé pública, ou seja, de presunção de legitimidade e veracidade. Nestes termos, salienta-se que o princípio adotado pelo Código de Processo Civil para elucidação das questões controvertidas é o da verdade real que é atingida através da cabal comprovação dos fatos alegados pelas partes. Em atenção à distribuição do ônus probante levado a efeito pelo artigo 333 e seguintes do Código de Processo Civil, nota-se “in casu” que o ônus da prova no sentido de que a data da invalidez teria sido antes da entrada em vigor da apólice, é encargo da seguradora, haja vista que a esquiva é fato impeditivo do direito, de ser o segurado beneficiado com a cobertura. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO – CONDENAÇÃO DA RECORRENTE NO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E

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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.360.823-5 – Rel. José Luiz de Moura Faleiros. J. 27/04/2007). Boletim nº 97

CONTUMÁCIA – ERRO DA ADVOGADA DA AUTORA QUANTO À DATA DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR – RECURSO IMPROVIDO“Contumácia – advogada intimada validamente para audiência preliminar, ausência da autora/recorrente por erro reconhecido da procuradora, que anotou data diversa induzindo a constituinte em erro – aplicabilidade do artigo 51, I da Lei 9.099/95 – recurso improvido – sentença mantida”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.125.785-7 – Rel. Alessandra Bittencourt dos Santos. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

CONTUMÁCIA – PROSSEGUIMENTO DE AIJ EM OUTRA DATA – IMPOSSIBILIDADE – ADVOGADO REGULARMENTE CONSTITUÍDOAUSÊNCIA DO AUTOR SOMENTE NA CONTINUIDADE DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO EM OUTRA DATA – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO POR CONTUMÁCIA (ARTIGO 51, i, DA LEI 9099/95) – IMPOSSIBILIDADE – PRESENÇA DE ADVOGADO REGULARMENTE CONSTITUÍDO – CARÁTER UNO E CONTÍNUO DA AUDIÊNCIA (ARTIGO 455 DO CPC) – SENTENÇA DESCONSIDERADA – INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS POR PRECATÓRIA – FALTA DE INTIMAÇÃO DAS PARTES – NULIDADE DO ATO.1 – Considerando que a audiência de instrução e julgamento tem caráter uno e contínuo e, não sendo possível sua conclusão em um só dia, com o término da instrução, debates e julgamento, o juiz deve marcar seu prosseguimento para dia próximo, conforme preceitua o artigo 455 do CPC.2 – Se o autor estava na abertura da audiência de instrução e julgamento, inclusive, acompanhado de seu advogado regularmente constituído, caso não possa comparecer no prosseguimento dela em outra data, mas presente seu advogado, não caracteriza contumácia capaz de resultar na aplicação da regra prevista no artigo 51, I, da Lei 9099/95. Sentença desconsiderada para dar prosseguimento ao procedimento nos termos da lei.3 – Por final, havendo expedição de carta precatória para inquirição de testemunhas, quando da designação da realização do ato, o juízo deprecado deverá comunicar ao juízo deprecante, a fim de que este possa proceder, em tempo oportuno, a intimação das partes que possam ter oportunidade de acompanhá-lo, sob pena de nulidade. Nulidade decretada. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.185.325-3 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

CONTUMÁCIA – SENTENÇA CASSADA – REDESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIAJuizado Especial. É obrigação da parte comparecer na audiência designada no Juizado Especial. Só é possível a aplicação da pena de contumácia caso a parte intimada não compareça à audiência. No caso, apenas o advogado da parte foi intimado, sendo certo que havia nos autos determinação para intimação de ambos. Sentença cassada para que seja designada nova audiência. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.041.522-1 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

CO-TITULAR DE CONTA BANCÁRIA – PROTESTO INDEVIDOPROTESTO DE CO-TITULAR DE CONTA BANCÁRIA – PROTESTO INDEVIDO – INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – RECURSO A QUE SE NEGOU PROVIMENTO.

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(3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.572-5 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

CUSTAS PROCESSUAIS – GRATUIDADE JUDICIÁRIA – SUSPENSÃO DO PAGAMENTO“Extinção do Processo – Condenação em custas – Possibilidade de suspensão do pagamento se houve pedido de assistência judiciária já na petição inicial. Recurso parcialmente provido para conceder a assistência judiciária gratuita.” (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.06.119.783-2 – Rel. Juarez Raniero. J. 26/03/2007). Boletim nº 97

DANO MATERIAL – COMPROVAÇÃO – INDENIZAÇÃO DEVIDA“Indenização por danos morais e materiais. Sentença citra petita. Dano material comprovado. Recurso parcialmente provido”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.06.119.434-2 – Rel. Juarez Raniero. J. 26/03/2007). Boletim nº 97

DANO MORAL – MERO ABORRECIMENTO – INOCORRÊNCIAAÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – Não restando configurado o alegado dano moral ou prática de ato ilegal ou abusivo pela Recorrida a justificar a indenização pleiteada, incabível a indenização por danos morais. Mero dissabor ou aborrecimento não enseja dano moral. (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.036-1 – Rel. Fabiana da Cunha Pasqua. J. 11/4/2007). Boletim nº 97

DANOS MORAIS – EMPRESA DE TELEFONIA – INCLUSÃO INDEVIDA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO AÇÃO ORDINÁRIA – INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – HABILITAÇÃO DE LINHA TELEFÔNICA – CONTRATO VIA TELEFONE – FALTA DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL – INCLUSÃO INDEVIDA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – VALOR – INTERVENÇÃO DE TERCEIRO – IMPOSSIBILIDADE. A empresa de Telefonia deve agir com zelo no ato de habilitação de linha telefônica, identificando o verdadeiro consumidor/contratante, sob pena de ser responsabilizada pelos danos acarretados àquele que teve os seus dados pessoais utilizados por terceiro de má-fé. Em se tratando de danos morais, a fixação do quantum fica ao arbítrio do juiz, obedecida linha de conduta que não gere enriquecimento ilícito, vedado pelo ordenamento, contudo, o valor não deve ser ínfimo, de maneira a não servir de advertência à instituição bancária requerida. (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.354.996-7 – Rel. Fabiana da Cunha Pasqua. J. 11/4/2007). Boletim nº 97

DANOS MORAIS – INCLUSÃO DO NOME DE DEVEDOR INADIMPLENTE NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUITAÇÃO DA DÍVIDA – DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADODANOS MORAIS – INCLUSÃO DO NOME DE DEVEDOR INADIMPLENTE NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO DO CREDOR – AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUITAÇÃO DA DÍVIDA – DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADO.A responsabilidade civil somente se configura mediante a presença de três requisitos, quais sejam: a culpa, o dano, e o nexo de causalidade entre a conduta lesiva e o dano.

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A empresa, que inscreve o nome de devedor inadimplente nos órgãos de proteção ao crédito, age no exercício regular de um direito, não praticando qualquer conduta culposa.Inexistindo prova de quitação da dívida que deu origem à restrição, ausente um dos requisitos da responsabilidade civil (culpa), restando, portanto, afastado o dever de indenizar. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.05.200.197-2 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 28/04/2005). Boletim nº 97

DANOS MORAIS – INCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA – RESPONSABILIDADE INDENIZATÓRIA CONFIGURADADANOS MORAIS – INCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA – INOBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NO ART. 43, §2º, DO CDC – RESPONSABILIDADE INDENIZATÓRIA CONFIGURADA.Ainda que exista dívida pendente de pagamento, a inscrição do nome do devedor, nos órgãos de proteção ao crédito, não precedida de notificação, se mostra irregular, ensejando indenização por danos morais, consoante posicionamento jurisprudencial reiterado. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.05.200.207-9 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 28/04/2005). Boletim nº 97

DANOS MORAIS – INDENIZAÇÃO – INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SPC E NO SERASAINDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – AUTENTICIDADE DE RECIBO – INSCRIÇÃO SPC SERASA INDEVIDA. Tendo em vista que pela análise minuciosa do recibo ficou demonstrado que a funcionária da empresa requerida deu quitação à autora, comprovado restou por sua vez a ilegalidade por parte da recorrida que negativou indevidamente a autora, ferindo, assim, os direitos básicos do consumidor nos termos dispostos no inciso VI e VIII do art. 6º do CDC. Não tendo a recorrida produzido prova hábil a elidir a documentação acostada pela autora a fim de justificar sua conduta e eximi-la, por conseguinte, da responsabilidade pelos danos causados à recorrente, impõe-se a procedência da reparação dos danos morais. (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.026-2 – Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 11/04/2007). Boletim nº 97

DANOS MORAIS – MEROS DISSABORES – INOCORRÊNCIA“INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS POR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS INCOMPLETA – A autora se beneficiou de todo o tratamento realizado anteriormente para receber a prótese provisória, referente à extração de dentes, cirurgias e colocação de prótese provisória, faltando apenas a colocação da prótese definitiva, cujo valor referente foi concedido na decisão guerreada. O pedido de indenização por danos morais realmente deveria ser rejeitado, uma vez que é pacífico o entendimento de que meros dissabores e aborrecimentos não dão ensejo à referida indenização. Sentença confirmada pelos seus próprios fundamentos.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Re. 0702.07.348.106-2 – Rel. Armando D. Ventura Júnior). Boletim nº 97

DEFENSORIA PÚBLICA – DILIGÊNCIARecurso inominado. Defensoria Pública. Recurso assinado apenas pelos estagiários da defensoria. Diligência. Deve ser concedido prazo para o Defensor Público ratificar o recurso

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inominado que deixou de assinar, sob pena de não ser conhecido. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.410.304-5 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

DESISTÊNCIA DA AÇÃO – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO O autor pode desistir da ação sem o consentimento do réu, mesmo tendo sido ele citado, desde que o faça antes do decurso do prazo para resposta.Em sendo a desistência da ação nos termos do art. 267, do Código de Processo Civil, a extinção do processo opera-se sem o julgamento do mérito. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.644-2 – Rel. Antônio Coletto. J. 29/03/2007). Boletim nº 97

DESISTÊNCIA DA AÇÃO – LITISCONSORTE NÃO CITADODESISTÊNCIA DA AÇÃO EM FACE DE UM DOS LITISCONSORTES AINDA NÃO CITADO – ASSENTIMENTO DOS DEMAIS – DESNECESSIDADE – ATO UNILATERAL DO AUTOR SE AINDA NÃO DECORREU O PRAZO DE RESPOSTA – NULIDADE DO PROCESSO INEXISTENTE – DANO MORAL DEVIDO – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS BANCOS QUE LEVARAM O TÍTULO NULO A PROTESTO – NEGLIGÊNCIA EM BUSCA DE NOTAS FISCAIS E COMPROVANTE DE ENTREGA DE MERCADORIA.1 – A desistência da ação é um ato unilateral do autor de caráter incondicional enquanto não for apresentada defesa pela parte demandada. Torna-se, no entanto, condicionado ao assentimento do demandado a partir do momento em que ele oferece resposta. Estas são as regras encontradas no §4º, do artigo 267 do CPC. Nulidade do processo por cerceamento de defesa inexistente.2 – O Banco que recebe uma duplicata para protesto sem tomar o cuidado de ter em mãos as notas fiscais e comprovante de entrega de mercadorias, que deram causa à emissão, age com negligência e havendo protesto indevido responde pelo que dela for proveniente, mesmo que esteja agindo na qualidade de endosso-mandato. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.188.831-7 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

DOCUMENTO PARTICULAR – ARGÜIÇÃO DE FALSIDADE – ÔNUS PROBATÓRIO“Cessa a fé do documento particular quando impugnado, cabendo o ônus da prova a parte que argüiu a falsidade – Sentença anulada para oportunizar a defesa da parte. Recurso Provido”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.124.139-8 – Rel. Juarez Raniero. J. 26/03/2007). Boletim nº 97

DPVAT – COMPROVAÇÃO DE FATOS PARA RECEBIMENTO DA INDENIZAÇÃO – SUFICIÊNCIA DE PROVASSuficientes a instruir o pedido e comprovar os fatos, as provas relacionadas no art. 5º, §1º, letra “b”, da Lei nº 6.194, de 19/12/74, para recebimento da indenização prevista no art. 3º, letra “c”, da mesma lei.As resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados prestam a disciplinar normas e tarifas que atendam ao disposto na lei, não servindo e não tendo força a modificar, derrogar ou alterar a lei quanto aos valores das indenizações por ela fixados. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.317-5 – Rel. Antônio Coletto. J. 26/04/2007). Boletim nº 97

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DPVAT – INDENIZAÇÃO DO SEGURO OBRIGATÓRIO1 – Presentes a adequação e a necessidade do procedimento judicial, identifica-se o interesse processual no julgamento de mérito da demanda.2 – A falta de comprovação de requisição administrativa da indenização securitária do DPVAT não elide o direito de ação, já que esse fato não é previsto em lei como condição ou pressuposto da ação.3 – O poder normativo do Conselho Nacional de Seguro Privado é apenas regulamentar, sendo-lhe vedado dispor contrariamente à previsão legal.4 – A indenização será fixada com base no valor do salário mínimo vigente ao tempo da liquidação.5 – A adoção de percentuais máximos para a verba honorária advocatícia visa coibir a utilização inadequada do recurso, especialmente quando cristalizado o entendimento superior quanto ao tema trazido à colação, sem que ingrediente novo o componha.6 – Não há lugar para a condenação em litigância de má-fé, se a parte se limita a exercitar direito decorrente da própria lei, sem ferir as hipóteses expressas do Código de Processo Civil. Preliminar rejeitada e recurso improvido. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.412.629-3 – Rel. Carlos Henrique Perpétuo Braga. J. 12/03/2007). Boletim nº 97

DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – INDENIZAÇÃO DEVIDA Complexa a afastar do processamento e julgamento pelos Juizados Especiais, é a causa que exige provas imprescindíveis ao deslinde da causa, que não podem ser produzidas no âmbito dos Juizados.Comprovada a invalidez com documentos previstos no art. 5º, da Lei 6.194/74, desnecessário laudo complementar do IML, para os efeitos de recebimento de indenização do seguro obrigatório em seu grau máximo.A melhor exegese do art. 5º, §1º, da Lei nº 6.194/74, relativamente à expressão “liquidação do sinistro”, é a de que o valor do salário mínimo usado como parâmetro deve ser o da época em que a indenização foi paga. Tendo sido proposta ação judicial, a data da proposição deve ser considerada a da liquidação do sinistro.Reconhecida e comprovada a invalidez permanente que levou a vítima à aposentadoria pela Previdência Social, devida é a indenização prevista no art. 3º, letra “b”, da Lei nº 6.194/74.As resoluções do CNSP e da SUSEPE prestam à regulamentação das atividades administrativas das seguradoras, não servindo e não tendo força a modificar, derrogar ou alterar a lei em qualquer de seus aspectos. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.044-5 – Rel. Antônio Coletto. J. 26/04/2007). Boletim nº 97

DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – VALOR INDENIZATÓRIO “SEGURO DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. PROVA PERICIAL – DESNECESSIDADE SE HOUVER OUTRAS PROVAS – VALOR INDENIZATÓRIO INTEGRAL – COBRANÇA DE DIFERENÇA – Em se tratando de invalidez permanente não há que se falar em extinção do processo por complexidade, vez que é desnecessária prova pericial quando existem nos autos elementos para apurar a invalidez, como relatório médico e laudo do IML. O valor indenizatório deve ser aquele previsto no art. 3º, letra “b” da Lei 6.194/74, que prevê, para os casos de invalidez permanente, indenização no importe de 40 salários mínimos, não se podendo falar em graduação ou tabela do CNSP ou de qualquer outro órgão. Havendo pagamento parcial anterior, tem o beneficiário direito de recorrer ao Judiciário para receber o

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valor da diferença com juros de 1% ao mês contados da citação e correção monetária a partir do pagamento parcial.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.160-9 – Rel. Armando D. Ventura Júnior)

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – DESERÇÃO – CONTRADIÇÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CONTRADIÇÃO QUANTO A JULGAMENTO DE DESERÇÃO PORQUANTO DEFERIDA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA NA DECISÃO ATACADA – ACATAMENTO PARA CORREÇÃO DA DECISÃO EMBARGADA – MÉRITO DO RECURSO INOMINADO – NÃO DEMONSTRADA NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA DA TRANSPORTADORA A CONTRIBUIR PARA O ASSALTO – NÃO PROVIMENTO. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.425-6 – Rel. Alfredo Barbosa Filho. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – OMISSÃO – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIADeclaratórios. Omissão. Sucumbência recíproca. Assistência judiciária, concedida perante o juizado, também deve ser reconhecida no exame do recurso inominado. Ocorrendo a sucumbência recíproca, ainda que uma das partes esteja amparada pelos benefícios da assistência judiciária, os honorários devem ser compensados na forma do art. 21 do CPC. Precedentes do STJ. Embargos acolhidos. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.212.230-4 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – PRAZO RECURSAL – SUSPENSÃOAÇÃO DE INDENIZAÇÃO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – PRAZO RECURSAL – SUSPENSÃO. 1. No Juizado Especial, os Embargos de Declaração apenas suspendem o prazo de recurso. 2. O prazo para interpor o Recurso Inominado é de 10 (dez) dias, revelando-se intempestivo aquele apresentado fora do prazo legal. 3. Inteligência dos artigos 42 e 50 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.354.999-1 – Rel. Walner Barbosa Milward de Azevedo. J. 09/05/2007). Boletim nº 97

EMISSÃO DE DUPLICATA SEM ACEITE – PROTESTO INDEVIDO – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA – DANO MORAL CARACTERIZADOEMISSÃO DE DUPLICATA SEM ACEITE E DESACOMPANHADA DE COMPROVANTE DE ENTREGA DE MERCADORIAS – PROTESTO INDEVIDO – SOLIDARIEDADE ENTRE QUEM EMITE A DUPLICATA E O BANCO QUE A RECEBE PARA PROTESTO ATRAVÉS DE ENDOSSO TRANSLATIVO – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA – ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADA – REPARAÇÃO DE DANO MORAL DEVIDA – SENTENÇA CONFIRMADA.1 – Quem emite duplicata sem aceite e desacompanhada de comprovante de entrega de mercadoria, havendo protesto dela, responde por dano moral em sua forma pura, porquanto o simples fato de protesto indevido, por si só, resulta em dano a ser reparado.2 – O Banco que recebe duplicata sem aceite e sem comprovante de entrega de mercadoria, através de endosso-translativo, age com negligência e responde solidariamente com a empresa emissora do título, na eventualidade de protesto. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.188.914-1 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

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EMPRESA DE TRANSPORTE DE CARGAS – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – FRETE – NÃO PAGAMENTO – DANO MORAL CARACTERIZADORECURSO CÍVEL. EMPRESA DE TRANSPORTE DE CARGAS QUE É CONTRATADA POR TERCEIRA PESSOA PARA REALIZAR SERVIÇO DE TRANSPORTE PARA DETERMINADA EMPRESA, QUE SERIA A INCUMBIDA DE EFETUAR O PAGAMENTO DO FRETE. NÃO PAGAMENTO. INSCRIÇÃO DO NOME DA SUPOSTA BENEFICIÁRIA DO SERVIÇO NO CADASTRO DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO. ATO TEMERÁRIO. DANO MORAL CARACTERIZADO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. VALOR FIXADO DE ACORDO COM OS PARÂMETROS FORNECIDOS PELO CASO CONCRETO. CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.A empresa de transporte de cargas que é contratada por terceira pessoa para realizar serviço de transporte para determinada empresa, que seria a responsável pelo pagamento do frete, segundo a informação da terceira pessoa que contratou o serviço, age com temeridade ao inscrever o nome da suposta beneficiária do serviço de transporte no cadastro de restrição ao crédito, haja vista que deveria antes de proceder referida inclusão se certificar de que a suposta beneficiária de fato havia recebido as mercadorias transportadas.A injusta inclusão, por si só, do nome da pessoa no cadastro de restrição ao crédito caracteriza ofensa ao seu nome, passível de indenização.Não é excessiva a indenização fixada de acordo com os parâmetros fornecidos pelo caso concreto.Recurso a que se nega provimento. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.744-6 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

EMPRÉSTIMO – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – DANOS MORAIS – INEXISTÊNCIA“DESCONTO DE PARCELAS DE EMPRÉSTIMO EM CONTA-CORRENTE. LEGALIDADE DESDE QUE O BANCO SE ABSTENHA A PARÂMETROS RAZOÁVEIS – LIMITAÇÃO EM 30% DOS VENCIMENTOS LÍQUIDOS – DANOS MORAIS – INEXISTÊNCIA – EXCLUSÃO DA INDENIZAÇÃO – É entendimento pacífico em nossos tribunais que a compensação automática nas contas onde o correntista recebe salário é permitida, desde que autorizada por aquele e o banco se atenha a parâmetros razoáveis, limitados em 30% dos vencimentos líquidos do correntista. Como o autor registra várias inscrições no SPC e os descontos foram autorizados pelo autor, não se constata ilicitude capaz de ensejar a indenização por danos morais, razões pela qual ela deve ser decotada. Sentença reformada para excluir a condenação por danos morais.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.566-7 – Rel. Armando D. Ventura Júnior). Boletim nº 97

ENERGIA ELÉTRICA – INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO – FATURA QUITADA ANTES DO CORTE – DANO MORAL CONFIGURADOINTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. FATURA QUITADA ANTES DO CORTE. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. QUANTUM FIXADO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. A falha no sistema de informação da Recorrente, que não detecta o cumprimento da obrigação por parte do consumidor, em nada o obriga, não o torna responsável pelas responsabilidades ínsitas à prestadora de serviço. Conforme preceitua o artigo 2º da referida lei, “consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.” O quantum fixado deve ter função de reparar o dano de forma satisfatória, de forma a amenizar a dor sofrida

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pela vítima, e também função punitiva a fim de desestimular o agressor a reincidir na prática do ato. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.07.117.570-0 – Rel. José Américo Martins da Costa. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

ENERGIA ELÉTRICA – SUSPENSÃO – FORNECIMENTO – DANO MORALENERGIA ELÉTRICA – SUSPENSÃO – FORNECIMENTO – DANO MORAL. O corte indevido do fornecimento de energia elétrica, ainda que por apenas 08 horas, constitui motivo suficiente para lesionar o direito de personalidade e causar dano moral, pois é evidentemente que ocasiona transtornos na vida das pessoas. O autor foi injustamente privado do consumo de energia serviço vital à vida na sociedade moderna. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.07.114.821-0 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA – ÓRGÃO VINCULADO À OABAÇÃO DE INDENIZAÇÃO – RECURSO INOMINADO – TEMPESTIVIDADE – EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA – ÓRGÃO VINCULADO À OAB – NATUREZA AUTÁRQUICA NÃO CARACTERIZADA – CATEGORIA ÍMPAR – PRECEDENTE DO STF – ADI 3026-4 – SENTENÇA CASSADA. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.360.836-7 – Rel. Walner Barbosa Milward de Azevedo. J. 09/05/2007). Boletim nº 97

EXECUÇÃO – AUSÊNCIA DO DEMONSTRATIVO ATUALIZADO DO DÉBITO – EXTINÇÃO – IMPOSSIBILIDADEEXECUÇÃO – AUSÊNCIA DEMONSTRATIVO ATUALIZADO DO DÉBITO – EXTINÇÃO – IMPOSSIBILIDADE – Pretendida a execução do valor consignado no cheque executado, despido de qualquer acréscimo correspondente aos juros moratórios e correção monetária, resta caracterizada a renúncia do credor quanto à majoração do quantum pretendido, o que evidentemente não acarreta prejuízo algum ao devedor. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.098-1 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 27/04/2007). Boletim nº 97

EXTRAVIO DE BAGAGEM – RESPONSABILIDADE DA COMPANHIA AÉREA – DANOS MATERIAIS – RESSARCIMENTO – DANOS MORAIS – MERO ABORRECIMENTO – INOCORRÊNCIA“INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS – VIOLAÇÃO DE BAGAGEM – RESPONSABILIDADE DA COMPANHIA AÉREA NOS TERMOS DO ART. 734 DO CÓDIGO CIVIL c/c art. 222 da Lei 7.565/86 – EXCLUSÃO DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NÃO VERIFICADOS – MANUTENÇÃO DOS DANOS MATERIAIS – Ocorrendo violação de bagagem a companhia aérea deve indenizar os prejuízos suportados pelo passageiro, sendo a decisão justa e equânime nos termos do art. 6º da Lei 9.099/95. Meros desconfortos ou aborrecimentos não são capazes de ensejar indenização por danos morais. Sentença reformada para excluir a condenação por danos morais.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.059-3 – Rel. Armando D. Ventura Júnior). Boletim nº 97

FURTO – ESTACIONAMENTO DE SUPERMERCADO – DEVER DE RESSARCIMENTO 1 – O boletim de ocorrência lavrado pela autoridade policial, que comparece ao local do fato, perante os envolvidos, reveste-se da presunção de veracidade. A desfiguração desse atributo reclama a exibição de prova clara e consistente.

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2 – Ao proprietário de veículo arrombado em estacionamento de supermercado deverá ser deferido o ressarcimento dos objetos furtados, posto que a oferta de estacionamento traduz apelo do estabelecimento para atrair clientela, que sente mais segura e protegida. Ademais, os custos do estacionamento são também inseridos no elenco de custos da empresa. Recurso improvido. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.212.323-7 – Rel. Carlos Henrique Perpétuo Braga. J. 12/03/2007). Boletim nº 97

FURTO DE VEÍCULO NO ESTACIONAMENTO DE EMPRESA – DANO MATERIAL CONFIGURADO– INDENIZAÇÃO DEVIDAAÇÃO INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS. FURTO DE VEÍCULO NO ESTACIONAMENTO DA EMPRESA REQUERIDA. PROVA DO FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DA AUTORA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 130 DO STJ. INDENIZAÇÃO DEVIDA. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.253-2 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – COBRANÇA – NATUREZA ALIMENTAR – CONTRATO CIVIL – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUMCOBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – CONTRATO DE NATUREZA CIVIL – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM E NÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO – NATUREZA ALIMENTAR – GRATUIDADE DEFERIDA – RECURSO PROVIDO.1 – A verba honorária é tida como de natureza alimentar, inclusive, pelo STJ e, portanto, basta um simples requerimento da parte para que o benefício da gratuidade seja concedido, nos termos da Lei de Alimentos, cuja regra veio recepcionando o artigo 3º, da Lei 1060/50.2 – Os honorários advocatícios, provenientes de contrato de mandato, (procuração), é de natureza civil e, portando, da competência da Justiça Comum para dirimir dúvidas a seu respeito, não havendo qualquer vínculo trabalhista de subordinação capaz de gerar matéria a ser solucionada perante a Justiça do Trabalho. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.763-6 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

IMÓVEL – CONTRATO DE COMPRA E VENDA – ARREPENDIMENTO UNILATERAL – PERDAS E DANOS DECORRENTES – OBRIGAÇÃO DE INDENIZARCONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL – ARREPENDIMENTO UNILATERAL – OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR AS PERDAS E DANOS DEVIDAMENTE COMPROVADAS.- Nos contratos de compra e venda de imóveis com pagamento do preço parceladamente, havendo desistência do negócio, aquele que desistiu tem a obrigação de suportar as despesas obrigatórias para o aperfeiçoamento do contrato, tais como registro; demarcação do terreno; ITBI; taxa de avaliação; registro do contrato; etc, desde que comprovadas nos autos, além da multa contratual, ajustada esta ao limite de 10% sobre o montante pago.- A constituição em mora do devedor se dá com a citação, nos termos do artigo 219 do CPC. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.354.980-1 – Rel. Edison Magno Macedo. J. 29/03/2007). Boletim nº 97

INADIMPLÊNCIA DO DEVEDOR – LEGITIMIDADE DO PROTESTO

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INADIMPLÊNCIA DO DEVEDOR – PROTESTO DEVIDO – QUITAÇÃO DA DÍVIDA – EXPEDIÇÃO DE CARTA DE ANUÊNCIA POR PARTE DO CREDOR – ENTREGA AO INTERESSADO – RESPONSABILIDADE PELA BAIXA DO DEVEDOR – INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 26 DA LEI 9492/97 – RECURSO PROVIDO.1 – Havendo inadimplência do devedor, o protesto é legítimo e, portanto, só será baixado após a quitação da dívida.2 – Quitada a dívida e sendo expedida a ‘carta de anuência‘ por parte do credor, entregando-a ao interessado, mesmo que este seja o cônjuge do devedor, a baixa do protesto junto ao Cartório é incumbência do devedor e não do credor, conforme se vê pela redação do artigo 26 da Lei 9492/97.3 – Não havendo configuração de ato ilícito, não há que se falar em dano moral, pelo que o recurso deve ser provido com a improcedência do pedido inicial da autora/recorrida. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.185.295-8 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

INDENIZAÇÃO – ACIDENTE DE TRÂNSITO – SEGURO OBRIGATÓRIO – EVENTO OCORRIDO ANTES DA RETIRADA DA SEGURADORA DO CONVÊNIO DPVATINDENIZAÇÃO – ACIDENTE DE TRÂNSITO – SEGURO OBRIGATÓRIO – EVENTO OCORRIDO ANTES DA RETIRADA DA SEGURADORA DO CONVÊNIO DPVAT – LEGITIMIDADE PASSIVA – DAMS (DESPESAS DE ASSSITÊNCIA MÉDICA E SUPLEMENTARES) – LEI Nº 6.194/74 – COMPROVAÇÃO DOS GASTOS MÉDICOS – TETO INDENIZATÓRIO DE 8 SALÁRIOS MÍNIMOS – POSSIBILIDADE DE VINCULAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO AO VALOR INDENIZATÓRIO – PEDIDO JULGADO PROCEDENTE – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.1 – A vítima de acidente de trânsito que tenha desembolsado com gastos médicos em decorrências dos traumas do sinistro de ser indenizada da quantia despendida, até o limite de 8 (oito) salários mínimos, conforme art. 3º, alínea “c”, da Lei nº 6.194/74.2 – Para fazer jus à indenização das DAMS, a vítima deve comprovar a ocorrência do acidente e do dano decorrente, juntando recibos idôneos a comprovar a quantia gasta, não podendo o direito dela ser restringido por resoluções do CNSP, que são hierarquicamente inferiores à lei federal, sendo que o salário mínimo é utilizado apenas para quantificar o valor indenizatório.3 – O valor da condenação deve-se limitar ao montante efetivamente desembolsado pelo beneficiário e provado nos autos.4 – Recurso parcialmente provido. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.688-3 – Rel. João Martiniano Vieira Neto. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

INDENIZAÇÃO – DANO MORAL NÃO CONFIGURADO – DANO MATERIAL NÃO DEMONSTRADO – IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDOINDENIZAÇÃO – DANO MORAL NÃO CONFIGURADO – DANO MATERIAL NÃO DEMONSTRADO – IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.Inexistindo prova dos danos (material) alegados não há que se falar em responsabilidade indenizatória (art. 333, I, CPC).O fato da pessoa não realizar por duas vezes seguidas exame de rua por culpa do requerido que não cumpriu sua obrigação, deixando de levar o veículo para ser utilizado pela parte, impõe a este a obrigação de indenização por danos morais, por ser inegável o sofrimento suportado pela

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autora. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.360.826-8 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 26/04/2007). Boletim nº 97

INDENIZAÇÃO – FURTO DE VEÍCULO EM ESTACIONAMENTO DE SUPERMERCADO – DANO MATERIAL – PROVA DO PREJUÍZOINDENIZAÇÃO – FURTO VEÍCULO ESTACIONAMENTO SUPERMERCADO – DANO MATERIAL – PROVA DO PREJUÍZO – É certo que a indenização por danos materiais deve contemplar a integridade dos prejuízos demonstrados, para recompor a situação primitiva da vítima. Inexistindo nos autos prova das despesas alegadas, não carece de reparos a sentença primeva. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.138-5 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 27/04/2007). Boletim nº 97

INDENIZAÇÃO – INSCRIÇÃO EM BANCO DE DADOS – DANO MORAL – PRESUNÇÃOINDENIZAÇÃO – INSCRIÇÃO EM BANCO DE DADOS – DANO MORAL – PRESUNÇÃO. 1. A omissão da instituição financeira que não providenciou o envio a tempo e modo, do carnê de pagamento, dificultando a quitação do débito na data aprazada, descaracteriza a mora do consumidor. 2. A manutenção de restrições em bancos de dados, lançados de forma indevida, caracteriza lesão injusta a ensejar indenização em favor da vítima. 3. O dano moral puro não exige prova, bastando a presunção do constrangimento causado ao consumidor. 4. Razoabilidade e proporcionalidade na fixação da verba indenizatória. 5. Precedentes jurisprudenciais. 6. Sentença mantida. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.028-8 – Rel. Walter Barbosa Milward de Azevedo. J. 09/05/2007). Boletim nº 97

INDENIZAÇÃO – INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES – DANO MORAL CARACTERIZADO“Indenização. Dano moral. Inscrição indevida em cadastro de inadimplentes. Procedência do pedido inicial. A empresa concessionária de prestação de serviços de telefonia responde pelo pagamento de indenização por dano moral no caso de inscrever indevidamente o nome do consumidor em cadastro de inadimplente, especialmente quando o cliente paga o acordo antes do vencimento do débito. Precedentes do STJ. Súmula: Dar provimento ao recurso”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.06.119.441-7 – Rel. Juarez Raniero. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

INEXISTÊNCIA DE SENTENÇA NOS AUTOS – PRETENSÃO RECURSAL INADEQUADA – RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTOInexistindo sentença nos autos, não há como conhecer do recurso interposto face a impropriedade do mesmo. Atento às modalidades de recursos previstas na Lei nº 9.099/95, que dispõe sobre os juizados especiais, imperioso reconhecer-se a inadequação da pretensão recursal aviada. Negando-se, portanto, seguimento, posto que o recorrente se insurgiu contra ato judicial consubstanciado em decisão interlocutória. (1ª Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 0313.06.192.290-9 – Rel. Carlos Roberto de Faria. J. 09/08/2006). Boletim nº 97

INSOLVÊNCIA – FRAUDE À EXECUÇÃO – INEXISTÊNCIA1 – É de se proclamar a tempestividade do recurso, quando o Recorrente observa o interstício temporal fixado pelo magistrado, em decisão lançada nos autos e não hostilizada após a publicação da sentença, estabelecendo novo marco temporal.

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2 – Nos temos do art. 593, II, do Código de Processo Civil, a fraude à execução exige que ao tempo da alienação exista demanda capaz de levar o devedor à insolvência.3 – Sendo a insolvência elemento integrativo fundamental, não há fraude à execução quando, mesmo com a alienação do bem, perduram condições patrimoniais para garantia de futura execução. Nesse caso é eficaz a alienação, mesmo perante o exeqüente, que deve buscar a satisfação do crédito em outros bens ainda no domínio do devedor. Preliminar rejeitada e recurso provido. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.212.620-6 – Rel. Carlos Henrique Perpétuo Braga. J. 12/03/2007). Boletim nº 97

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – MOMENTO PROCESSUAL ADEQUADOJUIZADO ESPECIAL CÍVEL. REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. SENTENÇA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. MOMENTO PROCESSUAL ADEQUADO. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. QUANTUM FIXADO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. DECISÃO MANTIDA.Certo é que a sentença é o momento processual adequado para que o Juiz aplique as regras sobre o ônus da prova, e não antes, sendo que a inversão não se opera por força de lei, constituindo uma regra que se dá nos casos em que o consumidor se encontrar em situação de desvantagem frente ao fornecedor. No tocante ao efetivo dano moral, manifesta é a sua ocorrência. Violada a honra e a imagem da pessoa, lhe cabe o direito de ver reparado o dano decorrente da ofensa, a qual não é visível aos olhos e passível de ser reparado financeiramente, como o é o dano material. Quanto ao valor atribuído a título de reparação pelo dano moral, entendo que a quantia fixada pela i. Juíza a quo mostra-se sem consonância com a razoabilidade e proporcionalidade, porquanto se atentou às condições econômicas do ofensor e se observou o grau de ofensa e a intensidade em que afetou a vítima, ou seja, o âmbito de abrangência do dano. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.07.115.047-1 – Rel. José Américo Martins da Costa. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – SENTENÇA – PAGAMENTO – CHEQUE – CIRCULAÇÃOEMENTA: INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – SENTENÇA – PAGAMENTO – CHEQUE – CIRCULAÇÃO.As regras de distribuição do ônus probatório prova são regras de julgamento e não de procedimento, devendo ser utilizadas pelo julgador para afastar a dúvida por ocasião da prolação da sentença. A cartularidade ínsita ao cheque permite que o eminente seja cobrado pelo que nele está representado e a capacidade de circulação permite que seja repassado a terceiros, independentemente da demonstração da relação causal, motivo pelo qual diante do pagamento realizado pelo recorrido, este faz jus à devolução do título. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.106.906-1 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

JUROS – LIVRE PACTUAÇÃO – MANUTENÇÃO‘AÇÃO REVISIONAL DE JUROS C/C EXCLUSÃO DE NOME DOS ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO – A Emenda Constitucional nº 40, de 29.05.2003 alterou a redação do art. 192 da CF e suprimiu o parágrafo terceiro, extirpando qualquer discussão acerca da necessidade ou não de regulamentação de referido disposto constitucional, que restou afastado do mundo jurídico. Assim, não se pode falar em discussão acerca da limitação constitucional de juros, sendo certo que os juros livremente pactuados devem ser mantidos. Estando o autor em

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débito para com o réu, não se verifica ilicitude na inscrição de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito. Sentença reformada para julgar improcedente o pedido inicial.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.105+4 – Rel. Armando D. Ventura Júnior). Boletim nº 97

JUSTIÇA GRATUITA – SENTENÇA OMISSA – MATÉRIA NÃO REITERADA EM SEDE RECRUSAL JUIZADO ESPECIAL – PARTE ASSISTIDA POR ADVOGADO – PEDIDO DE CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA – OMISSÃO NA SENTENÇA – NÃO INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DECLATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE PEDIDO EM SEDE DE RECURSO – IMPOSSIBILIDADE JULGAMENTO ‘EXTRA PETITA’ – DEVOLUÇÃO SOMENTE DA MATÉRIA AVENTADA NO RECURSO – DESERÇÃO – RECURSO NÃO CONHECIDO.Existente pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita em peça contestatória, não apreciado pela Juíza ‘a quo’, que não foi objeto de embargos declaratórios, mesmo estando a parte amparada por advogado constituído nos autos, não pode o Juiz ‘ad quem’ examinar o pedido que sequer foi reiterado em sede recursal. – O CPC, aplicado subsidiariamente à Lei 9.099/95, permite a apreciação pelo Tribunal das matérias suscitadas, ainda que não tenham sido julgados. – Porém, tais matérias devem ter sido reiteradas no recurso, o que não ocorreu no presente caso. – Deserção. Recurso não conhecido. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.102.174-0 – Rel. José Américo Martins da Costa. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

MANDADO DE SEGURANÇA – RECURSO – DESERÇÃO – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIAMandado de Segurança. Recurso. Deserção. Assistência judiciária. Apelação. Julgado deserto o recurso, não é cabível a concessão de assistência judiciária tardiamente requerida para reverter o ato. Negada a assistência judiciária, incidentalmente, é incabível a apelação prevista no art. 17, da Lei 1.060/50, eis que não pôs fim ao processo. Incabível a impetração de mandado de segurança com objetivo de receber a apelação interposta, eis que não é o recurso cabível. Segurança denegada. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.410.418-3 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

NULIDADE PROCESSUAL – INOBSERVÂNCIA DO ART. 9º, §§ 1º E 2º C/C ART. 56 DA LEI Nº 9.099/95AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO – RÉU ACOMPANHADO DE ADVOGADO E AUTOR DESACOMPANHADO DE ADVOGADO – DISPARIDADE DE ARMAS – AUSÊNCIA DAS ADVERTÊNCIAS DOS ART. 9º, §§1º E 2º C/C ART. 56 LEI 9.099/95 – NULIDADE PROCESSUAL RECONHECIDA. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.360.785-6 – Rel. Alfredo Barbosa Filho. J. 09/05/2007). Boletim nº 97

PENHORA DE BEM MÓVEL – ACORDO JUDICIAL HOMOLOGADO“Se a penhora de bem móvel foi mantida em acordo judicial homologado, é evidente a má-fé da Embargante ao alegar impenhorabilidade do mesmo após descumprir o acordo. Sentença mantida. Aplicação de ofício de multa por litigância de má-fé”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.125.683-4 – Rel. Juarez Raniero. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

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PENHORA ON LINE – CITAÇÕES REGULARES – ENUNCIADOS Nºs 05 E 93 DO FONAJE“EMBARGOS À EXECUÇÃO IMPROCEDENTES – AUSÊNCIA DE IRREGULARIDADES NAS INTIMAÇÕES E NA PENHORA “ON LINE”. Não existem irregularidades nas intimações realizadas nos autos, vez que todas elas foram encaminhadas para o endereço do executado, atendendo ao disposto no art, 19 da Lei 9.099/95 e ao Enunciado 5 do FONAJE. A penhora “on-line” só veio colaborar para o andamento do processo executivo, sendo eficaz e legal, conforme decisões reiteradas de nossos tribunais, não havendo que se falar em formalização em sede de Juizados Especiais, conforme Enunciado 93 do FONAJE.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355-024-7 – Rel. Armando D. Ventura Júnior). Boletim nº 97

PESSOA FÍSICA – LEGITMIDADE ATIVA PARA RECEBER CHEQUE NA CONDIÇÃO DE EMPRESA COMERCIAL“É parte ativa legítima a pessoa física que realiza negócio, como se empresa comercial fosse e recebe cheque naquela condição. Comprovada a cobrança de juros acima do limite legal, é de ser compensado esse valor naquilo que deve o Recorrente. Recurso parcialmente provido”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.06.121.332-4 – Rel. Juarez Raniero. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

PETIÇÃO INICIAL – INDEFERIMENTO DE PLANO – PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONALINDEFERIMENTO DE PLANO DA PETIÇÃO INICIAL – PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL – ARTIGO 5º, XXXV, DA CF/88 – FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL – EXAME QUE DEVE SER FEITO NO PROCESSO JÁ FORMADO – DESCONSIDERAÇÃO DA SENTENÇA – RECURSO PROVIDO.1 – O indeferimento da petição inicial, de plano, deve vir cercado de certos cuidados, considerando que, durante o procedimento instaurado, poderá ocorrer circunstâncias capazes de superar eventuais defeitos ou obstáculos.2 – O processo é conseqüência inarredável do exercício do direito de ação e assim a verificação das chamadas ‘condições da ação’ deve ser feita no processo já formado, ou seja, após a citação do demandado, sob pena de ofensa ao princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, garantia prevista no artigo 5º, XXXV, da CF/88. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.811-3 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

PLANO DE SAÚDE – CANCELAMENTO – INADIMPLÊNCIA NÃO CONFIGURADA – DANO MORAL DEVIDOPLANO DE SAÚDE – CANCELAMENTO INADIMPLÊNCIA NÃO CONFIGURADA – DANO MORAL DEVIDO – QUANTUM FIXADO EM CONFORMIDADE COM OS ELEMENTOS DO PROCESSOO cancelamento de plano de saúde, por inadimplência, sem a sua configuração, gera ao consumidor o direito de ser indenizado pelo abalo moral sofrido.Na fixação do quantum indenizatório, deve o magistrado observar os elementos constantes do processo, tais como capacidade econômica das partes, repercussão do dano, durabilidade da situação vexatória dentre outros.Recurso a que se nega provimento. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.110.193-0 – Rel. Luciana Nardoni Álvares da Silva Fontenelle. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

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PRESTAÇÕES DE FINANCIAMENTO – PAGAMENTO DO DÉBITO – INCLUSÃO INDEVIDA DO NOME DO CONSUMIDOR NOS CADASTROS DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO – DANO MORAL – INDENIZAÇÃO DEVIDA RECURSO CÍVEL. NÃO PAGAMENTO DE PRESTAÇÕES DE FINANCIAMENTO. INCLUSÃO DO NOME DO CONSUMIDOR NO CADASTRO DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO, PAGAMENTO POSTERIOR DO DÉBITO MEDIANTE ACORDO, O QUE GEROU A EXCLUSÃO DO NOME DO REFERIDO CADASTRO. NOVA INCLUSÃO DO NOME DO CONSUMIDOR NO CITADO CADASTRO PELA MESMA DÍVIDA JÁ QUITADA. PROCEDIMENTO INCORRETO. DANO MORAL CARACTERIZADO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. SENTENÇA REFORMADA PARA SE JULGAR PROCEDENTES DOS PEDIDOS INICIAIS. RECURSO PROVIDONão quitando o consumidor prestações de financiamento, tem o credor o direito de incluir o seu nome no cadastro de restrição ao crédito. Contudo, realizado o pagamento da dívida, com a exclusão do seu nome do referido cadastro, afigura-se indevida a nova inclusão do nome do consumidor no citado cadastro, em decorrência da mesma dívida.A inclusão indevida, por si só, do nome da pessoa nos cadastros de restrição do crédito é suficiente para caracterizar a violação à sua honra, passível de indenização, uma vez que a aponta de forma imerecida como mau pagadora, deslustrando o seu nome.Recurso que se dá provimento para se julgar procedentes os pedidos iniciais, determinando a exclusão do nome do consumidor do cadastro de restrição ao crédito e condenando-se o credor no pagamento de indenização pelos danos morais experimentados pelo consumidor. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.871-7 – Rel. Núbio de Oliveira Parreiras. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

PROVA PERICIAL – INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL“Lei 9.099/95. Incompetência do Juizado Especial. Matéria que demanda prova pericial. Extinção processo. Art. 51, II. O rito do Juizado Especial não se mostra adequado quando a prova pericial se revela indispensável para a solução da lide e o exame das questões postas à apreciação do Poder Judiciário envolve certo grau de complexidade. Súmula: Reformar a sentença e julgar extinto o processo, sem apreciação do mérito.” (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.125.787-3 – Rel. Carlos Frederico Braga da Silva. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

PROVA PERICIAL – MENOR COMPLEXIDADE – COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIALTELEFONIA – COBRANÇA POR LIGAÇÕES NÃO EFETUADAS – PROVA PERICIAL – MENOR COMPLEXIDADE – COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL – RECURSO PROVIDO. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.412.623-6 – Rel. Maurício Pinto Coelho Filho). Boletim nº 97

PROVAS DOCUMENTAL E TESTEMUNHAL – DISPENSABILIDADE DE PROVA PERICIAL – COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIALRECURSO CÍVEL. JUIZADO ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE COMPLEXIDADE DA CAUSA. PROVAS DOCUMENTAL E TESTEMUNHAL QUE SUPREM A PERÍCIA. COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL. DANOS PROVOCADOS POR EQUIPAMENTO VENDIDO PELA EMPRESA AO CONSUMIDOR. INDENIZAÇÃO DEVIDA. CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.

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Sendo as provas documental e testemunhal suficientes para comprovarem os danos provocados na pintura do automóvel, não há que se falar em complexidade da causa, sendo dispensável a produção de prova pericial.Comprovados os danos provocados na pintura do automóvel pela capa de proteção utilizada no veículo, responde a empresa que vendeu o equipamento pelos respectivos danos matérias.Recurso a que nega provimento. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.764-4 – Rel. Núbio de Oliveira Parreiras. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

RAZÕES RECURSAIS – JUNTADA DE DOCUMENTO NOVO – POSSIBILIDADEJUIZADO ESPECIAL CIVEL. RAZÕES RECURSAIS. JUNTADA DE DOCUMENTO NOVO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA DE IMPEDIMENTO DA JUNTADA EM MOMENTO OPORTUNO. SENTENÇA MANTIDA. Em se considerando que a declaração constante à fl. 66 não se trata de documento novo, passível de ser juntado na fase recursal, se caracteriza, na verdade, como documento indispensável à prova dos autos, devendo, assim, ter sido anexado aos autos no momento oportuno, juntamente com a inicial. Ausente a prova de impedimento para sua apresentação no momento oportuno. Recurso a que se nega provimento. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.110.009-8 – Rel. José Américo Martins da Costa. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

RECURSO – AÇÃO DE COBRANÇA – FALTA DE PREPARO – DESERÇÃO AÇÃO DE COBRANÇA DE DÍVIDA DECORRENTE DA VENDA DE VEÍCULO. PREÇO AJUSTADO COM BASE NO PREÇO DA ARROBA DE BOI. PAGAMENTO PARCIAL. RECONHECIMENTO DA DÍVIDA REFERENTE AO RESTANTE DA VENDA. PEDIDO JULGADO PROCEDENTE. RECURSO. FALTA DE PREPARO. DESERÇÃO. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.348.207-8 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

RECURSO – FALTA DE PREPARO – DESERÇÃOCONTRATO DE LOCAÇÃO – AUSÊNCIA DE AJUSTE QUANTO A DÉBITOS PRETÉRITOS – INOCORRÊNCIA DE QUALQUER DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL POR PARTE DO LOCADOR – RECURSO – FALTA DE PREPARO – DESERÇÃO. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.348.315-9 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

RECURSO CÍVEL – AGRESSÕES FÍSICAS – INDENIZAÇÃO – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – PEDIDO IMPROCEDENTE RECURSO CÍVEL. INDENIZAÇÃO. AGRESSÕES FÍSICAS. TCO E LAUDO MÉDICO, DESACOMPANHADOS DE PROVA ORAL. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS PARA COMPROVAÇÃO DE AUTORIA E NEXO DE CAUSALIDADE. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. RECURSO IMPROVIDO.Para a comprovação das lesões corporais que a vítima diz ter sofrido, não bastam o TCO e o relatório médico atestando as lesões, sendo imprescindível a produção de prova oral para a comprovação da autoria e nexo de causalidade.Não tendo a parte autora produzido prova do fato constitutivo do seu direito (CPC, art. 333, I), outro caminho não resta a não ser a improcedência do pedido de indenização.

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Recurso a que se nega provimento. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.736-2 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

RELAÇÃO DE CONSUMO – AUSÊNCIA DE PROVAS – INEXISTÊNCIA DE CONDUTA ILÍCITA – OPERAÇÕES COM CARTÃO DE CRÉDITO – PEQUENO DISSABOR – DANO MORAL INEXISTENTEDANO MORAL – RELAÇÃO DE CONSUMO – AUSÊNCIA DE PROVAS – INEXISTÊNCIA DE CONDUTA ILÍCITA – OPERAÇÕES COM CARTÃO DE CRÉDITO – PEQUENO DISSABOR – SENTENÇA PRIMEVA MANTIDA – O simples aborrecimento não pode ser considerado como prejuízo à honra, não restando dúvida de que o fato ocorrido não é apto a ensejar o dano moral indenizável. Além do mais, as alegações de que os funcionários do supermercado haviam imposto à recorrente situação vexatória quando da recusa do cartão, não se verificaram da forma anunciada. Portanto, na espécie, não ocorreu ofensa à dignidade, à imagem e à reputação social da autora, não existindo assim dano moral a ser reparado, mesmo se houvesse a inversão do ônus da prova. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO – CONDENAÇÃO DA RECORRENTE NAS CUSTAS E HONORÁRIOS DE ADVOGADO – MANUTENÇÃO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.038-7 – Rel. José Luiz de Moura Faleiros. J. 27/04/2007). Boletim nº 97

REPETIÇÃO DE INDÉBITO – MODIFICAÇÃO DO PREÇO DE FATURAMENTO – OBSERVÂNCIA DO VALOR VIGENTE À ÉPOCA DA REALIZAÇÃO DO FATURAMENTO DO VEÍCULOREPETIÇÃO DE INDÉBITO – MODIFICAÇÃO DO PREÇO DE FATURAMENTO – OBSERVÂNCIA DO VALOR VIGENTE Á ÉPOCA DA REALIZAÇÃO DO FATURAMENTO DO VEÍCULO.De acordo com as condições comerciais repassadas pela fábrica às concessionárias, deverá ser observado o preço de faturamento do veículo vigente à época de sua realização. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.360.821-9 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 26/04/2007). Boletim nº 97

RESCISÃO CONTRATUAL – JUSTA INDENIZAÇÃO1 – Não se conhece de pretensão recursal, deduzida sob o formato de pretensão contraposta em contra-razões de recurso.2 – O reconhecimento da intempestividade do recurso reclama constatação objetiva de que não veio a tempo a peça recursal. Se a dinâmica processual não autoriza reconhecer o fenômeno, com segurança, há que se admitir o recurso.3 – Se inexiste prova que o alienante deu causa à rescisão do contrato de compra e venda de imóvel, justa é a fixação de uma indenização, em percentual sobre o valor a ser restituído ao comprador, para fins de ressarcimento de eventuais despesas da contratação. Preliminar rejeitada e recurso parcialmente provido. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.410.614-7 – Rel. Carlos Henrique Perpétuo Braga. J. 12/03/2007). Boletim nº 97

RESCISÃO DE CONTRATO – IDÊNTICA CAUSA DE PEDIR – CONEXÃO“BUSCA E APREENSÃO – RESCISÃO DE CONTRATO – CONEXÃO – JULGAMENTO SIMULTÂNEO. As ações de revisão de contrato e de busca e apreensão devem ser reunidas

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quando fundamentadas em um mesmo ajuste. Constatada a identidade de causa de pedir deverá ser reconhecida a conexão, a fim de evitar decisões conflitantes.” Recurso provido. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.06.112.001-6 – Rel. Juarez Raniero. J. 26/03/07). Boletim nº 97

REVELIA – DPVAT – COBRANÇA – DIFERENÇA IMPAGA – IMPROVIMENTO DO RECURSO1 - AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. COBRANÇA. DIFERENÇA IMPAGA.2 – Revelia decretada, com efeito de produção de incontrovérsia dos fatos afirmados na inicial, que se sujeitam a efeitos da presunção de validade e reconhecimento tácitos, pela recorrente-requerida, que a eles não se opôs a tempo e modo. Ausência de matéria de ordem pública, a merecer conhecimento na instância recursal.3 – Sentença confirmada pelos próprios fundamentos. RECURSO IMPROVIDO. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.410.611-3 – Rel. Fernando Neto Botelho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

REVELIA – PRAZO PARA RECURSO – INTIMAÇÃO – DESNECESSIDADEREVELIA – INTIMAÇÃO – DESNECESSIDADE – O prazo para interposição do recurso começa a fluir, para o réu revel, a partir da data da publicação da sentença no Diário Oficial, não se fazendo necessária sua intimação pessoal. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.106.410-4 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

REVISÃO DE CLÁUSULA DE CONTRATO FINANCEIRO“Não há obstáculo legal para ajuizamento de ação visando revisão de cláusula de contrato financeiro. A revisão da taxa de juros tem fundamento no art. 421 do Código Civil, sendo observada abusividade na sua estipulação. Sentença mantida”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.125.064-7 – Rel. Juarez Raniero. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

SEGURO – CLÁUSULA CONTRATUAL – INTELIGÊNCIA DO ART. 47 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR“COBRANÇA DE SEGURO – ROUBO DE VEÍCULO EM ESTACIONAMENTO DE HOTEL SEGURADO – Não havendo exclusão da cobertura em relação a funcionário do estabelecimento segurado ou mesmo dúvidas na interpretação da cláusula contratual restritiva, esta deve ser interpretada de maneira mais favorável ao consumidor nos termos do art. 47 do CDC. Sentença confirmada pelos seus próprios fundamentos.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.233-4 – Rel. Armando D. Ventura Júnior). Boletim nº 97

SEGURO – CLÁUSULA DE PERFIL – COBERTURA NEGADA – RECURSO INTEMPESTIVOSEGURO – CLÁUSULA DE PERFIL – COBERTURA NEGADA – OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR – NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO POR INTEMPESTIVIDADE. (3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.118-7 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 28/03/2007). Boletim nº 97

SEGURO – COBRANÇA – FRANQUIA

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Seguro. Sinistro. Boa fé. Cobrança. Franquia. O fato do veículo estar sendo dirigido pela filha da recorrida, devidamente habilitada, não afasta a obrigação da seguradora indenizar. A recorrida não faltou com a verdade ao informar que não havia condutor menor de 24 anos. Filha casada e residente em outro endereço. Emergência médica devidamente comprovada. Da indenização a ser paga deve ser abatida a franquia prevista em contrato. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.06.212.678-4 – Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 19/03/2007). Boletim nº 97

SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL OBRIGATÓRIO – PRETENSÃO DO BENEFICIÁRIO CONTRA O SEGURADOR – PRESCRIÇÃO TRIENALA pretensão do beneficiário contra o segurador, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório, prescreve em (03) três anos (art. 206, § 3º, IX, C.C.B). (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.017-1 – Rel. Antônio Coletto. J. 26/04/2007). Boletim nº 97

SEGURO DE VIDA – CONTRATO – CLÁUSULAS RESTRITIVAS“COBRANÇA DE SEGURO DE VIDA – CLÁUSULA DE VIDA – CLÁUSULA RESTRITIVA DE COBERTURA NÃO DIVULGADA PARA A SEGURADA – INDENIZAÇÃO DEVIDA – Como a requerida não comprovou ter entregue à autora o contrato com as cláusulas restritivas, em detrimento da documentação acostada pela autora às f. 14-A/20, constata-se que a decisão monocrática foi acertada. Sentença confirmada pelos próprios fundamentos.” (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.06.316.637-6 – Rel. Armando D. Ventura Júnior). Boletim nº 97

SEGURO DE VIDA – INDENIZAÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO INICIAL SEGURO DE VIDA EM GRUPO. Indenização. Correção monetária. Termo inicial. De acordo com precedentes deste Tribunal, o valor da indenização em caso de seguro de vida deve ser corrigido desde a data da contratação, e não do óbito. Se a recorrida pretende o cumprimento de disposições contratuais relativas a seguro de vida, é evidente que a hipótese não se subsume ao disposto no artigo 26 do CDC, que trata de vícios do bem ou serviço. (4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.095-7 – Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 11/4/2007). Boletim nº 97

SEGURO DPVAT – CARÊNCIA DE AÇÃO POR FALTA DE PROVAS E DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVOSEGURO DPVAT. INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL. CARÊNCIA DE AÇÃO POR FALTA DE PROVAS E DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. DESVINCULAÇÃO DO CONVÊNIO DPVAT. PRESCRIÇÃO. PRELIMINARES REJEITADAS. FIXAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO EM SALÁRIO-MÍNIMO. POSSIBILIDADE. SENTENÇA MANTIDA. (2ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.860-0 – Rel. Ana Kelly Amaral Arantes. J. 09/04/2007). Boletim nº 97

SEGURO DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – NECESSIDADE DE PERÍCIA JUDICIAL – INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIALAÇÃO DE COBRANÇA – SEGURO DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – PROVA PERICIAL – NECESSIDADE – EXTINÇÃO DO PROCESSO.

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- É necessária a realização de perícia judicial quando se pretende o recebimento de indenização do seguro obrigatório (DPVAT) em razão de invalidez permanente, para se constatar o grau de invalidez, se a prova documental que institui o pedido não permite tal constatação.- Sendo complexa a causa e havendo necessidade da realização de perícia judicial, a causa não pode tramitar pelo Juizado Especial. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.348.132-8 – Rel. Rander José Funaro. J. 29/03/2007). Boletim nº 97

SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) – REQUERIMENTO PELA VIA ADMINISTRATIVA – FACULDADE DA PARTE – INDENIZAÇÃO DEVIDARECURSO CÍVEL. SEGURO DPVAT. REQUERIMENTO NA VIA ADMINSTRATIVA. MERA FACULDADE DA PARTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA. QUANTUM. FIXAÇÃO DE ACORDO COM O ART. 3º, A, DA LEI N. 6.194/74. VIGÊNCIA. INAPLICABILIDADE DAS RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. SALÁRIO MÍNIMO A SER CONSIDERADO AO DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO, E NÃO AO DA ÉPOCA DO SINISTRO. ENFRENTAMENTO DE QUESTÕES PACÍFICAS. MANIFESTO INTUITO PROTELATÓRIO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. RECONHECIMENTO. CONDENAÇÃO NOS CONSECTÁRIOS LEGAIS. RECURSO IMPROVIDO.A ausência de prévio requerimento de indenização do seguro DPVAT na via administrativa não retira do beneficiário o interesse de agir em Juízo, por ser aquela medida uma mera faculdade.Está em plena vigência o art. 3º, a, da Lei n. 6.194/74, que fixa a indenização em 40 salários mínimos no caso de morte, não se podendo aplicar as resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados, que são normas conflitantes e hierarquicamente inferiores àquela lei.O salário mínimo a ser considerado deverá ser o vigente ao do ajuizamento da ação, e não ao da época do sinistro.É de se reconhecer a litigância de má-fé do recorrente que enfrenta questões há muito pacificadas na jurisprudência, com manifesto intuito protelatório, impondo-se a sua condenação nos consectários legais.Recurso a que se nega provimento. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.856-8 – Rel. Núbio de Oliveira Parreiras. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

SEGURO OBRIGATÓRIO DE VEÍCULO – DPVAT – INVALIDEZ PERMANENTE – FIXAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO EM SALÁRIO MÍNIMO – POSSIBILIDADE SEGURO OBRIGATÓRIO DE VEÍCULO – DPVAT – LEI Nº 6.194/74 – INCOMPETÊNCIA JUIZADO ESPECIAL E PRESCRIÇÃO – PRELIMINARES AFASTADAS – INVALIDEZ PERMANENTE – FIXAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO EM SALÁRIO MÍNIMO – POSSIBILIDADE – SENTENÇA MANTIDA. (2ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.6.200.784-2 – Rel. Cláudia Luciene Silva Oliveira. J. 09/04/2007). Boletim nº 97

SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT – HERDEIRA ÚNICA – LEGITMIDADE ATIVA ADEQUADA – MATÉRIA DE DIREITO – INTELIGÊNCIA DO ART. 515, § 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVILRECURSO CÍVEL. SEGURO DPVAT – ILEGITIMIDADE ATIVA AFASTADA – ÚNICA HERDEIRA DO FALECIDO – BENEFICIÁRIA LEGÍTIMA – ILEGITIMIDADE PASSIVA – INOCORRÊNCIA – RESPONSABILIDADE DE QUALQUER SEGURADORA INTEGRANTE DO CONVÊNIO DPVAT – SINISTRO OCORRIDO ANTES DA LEI Nº 8441/92 – IRRELEVÂNCIA – INTERESSE DE AGIR CONFIGURADO – INDENIZAÇÃO

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POR MORTE DEVIDA – VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.194/74 – IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DE RESOLUÇÕES E INSTRUÇÕES DO CNSP – REFORMA DA SENTENÇA – CONDENAÇÃO DA REQUERIDA AO PAGAMENTO DO VALOR CORRESPONDENTE A QUARENTA SALÁRIOS MÍNIMOS A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO – MATÉRIA EXCLUSIVAMENTE DE DIREITO – APLICAÇÃO DO ARTIGO 515, §3º DO CPC – SENTENÇA REFORMADA.1 – Sendo a autora a única irmã do falecido que morreu solteiro sem deixar herdeiros necessários, deixando apenas uma irmã, ela tem legitimidade para ajuizar o pedido de indenização com base no seguro DPVAT, sendo, portanto, parte legítima ativa para a causa.2 – De outro lado, também é parte legítima passivamente no presente caso, qualquer seguradora que integre o consórcio que administra o seguro DPVAT para responder pela ação de indenização em face da ocorrência de acidente de veículo, seja com morte ou invalidez permanente, considerando a natureza jurídica do seguro obrigatório de cunho eminentemente social, mesmo que o sinistro tenha ocorrido antes da Lei 8441/92, que deu nova redação ao artigo 7º da lei 6.194/74.3 – A fixação da indenização em salários mínimos não constitui violação à norma constitucional, como já decidiu o STJ, haja vista que não é considerado fator de correção, mas apenas para base de cálculo do “quantum” a ser indenizado.4 – O prazo prescricional previsto no atual CC/02, não havendo possibilidade de aplicação da regra de transição prevista no artigo 2028, termo inicial da contagem prescricional em relação às novas figuras criadas no Novo Código, coincide com a vigência dele, ou seja, 12.01.2003.5 – Recurso a que se dá provimento, para desconsiderar a sentença de primeiro grau e, com base no efeito translativo do recurso, considerando tratar-se de matéria unicamente de direito em que as partes já esgotaram suas alegações, apreciar o mérito, julgando procedente o pedido da autora, com base no art. 515, §3º do CPC.6 – Os juros legais incidem no percentual de 1% ao mês, de acordo com o artigo 406 do Código Civil, c/c artigo 161, §1º, do CTN, a partir da citação, com a correção a contar do ajuizamento da ação. (1ª Turma Recursal – Divinópolis – Rec. 0223.06.185.287-5 – Rel. José Maria dos Reis. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT – ÓBITO DECORRENTE DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO – INDENIZAÇÃO DEVIDARECURSO CÍVEL. SEGURO DPVAT. ILEGITIMIDADE PASSIVA. INOCORRÊNCIA. LEI N. 6.194/74. CUNHO EMINENTEMENTE SOCIAL. INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE DE QUALQUER SEGURADORA QUE INTEGRE O CONSÓRCIO QUE OPERA COM O DPVAT. SINISTRO OCORRIDO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N. 8.441/92. IRRELEVÂNCIA. SEGURADORA QUE SE DESLIGOU DO CONVÊNIO DPVAT. SINISTRO OCORRIDO ANTES DO DESLIGAMENTO. LEGITIMIDADE PASSIVA CARACTERIZADA. REQUERIMENTO NA VIA ADMINISTRATIVA. MERA FACULDADE DA PARTE. PROVA DA MORTE EM RAZÃO DO ACIDENTE. BOLETIM DE OCORRÊNCIA DA POLÍCIA. DESNECESSIDADE. OUTROS MEIOS DE PROVAS SUFICIENTES PARA COMPROVAÇÃO DO FATO. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. PRAZO VINTENÁRIO. ART. 177 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916. APLICABILIDADE A TEOR DO ART. 2.028 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. INDENIZAÇÃO DEVIDA. QUANTUM. FIXAÇÃO DE ACORDO COM O ART. 3º, A, DA LEI N. 6.194/74. VIGÊNCIA. INAPLICABILIDADE DAS RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS

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PRIVADOS. JUROS. PATAMAR FIXADO NO ART. 406 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 E NO ART. 161, §1º, DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO. RECURSO IMPROVIDO.Qualquer seguradora que integre o consórcio que administra o seguro DPVAT é parte passiva legítima para ação em que se pleiteia a respectiva indenização, pois esta espécie de seguro tem cunho eminentemente social, com objetivo definido em lei, mesmo em se tratando de sinistro ocorrido antes da Lei n. 8.441/92, que deu nova redação ao art. 7º da Lei n. 6.194/74.O desligamento da seguradora do Convênio DPVAT só exclui a sua responsabilidade por sinistro ocorrido após o seu desligamento.A ausência de prévio requerimento de indenização do seguro DPVAT na via administrativa não retira do beneficiário o interesse de agir em Juízo, por ser aquela medida uma mera faculdade.Comprovada a morte em razão de acidente automobilístico e a condição de beneficiário, a indenização é medida que se impõe.O direito de ação do beneficiário de seguro DPVAT, sob a vigência do Código Civil de 1916, prescrevia em 20 anos, a teor do disposto no art. 177. Tal prazo vintenário aplica-se no caso dos autos, de acordo com o art. 2.028 do Código Civil de 2002, pois aquele prazo foi reduzido e na data da entrada em vigor deste Código, mais da metade do prazo anterior já havia transcorrido.Está em plena vigência o art. 3º, a, da Lei n. 6.194/74, que fixa a indenização em 40 salários mínimos, não se podendo aplicar as resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados, que são normas conflitantes e hierarquicamente inferiores àquela lei.Os juros legais incidem no patamar de 1% ao mês, de acordo com o art. 406 do Código Civil e com o art. 161, §1º, do Código Tributário.Recurso a que se nega provimento. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.06.200.780-0 – Rel. Núbio de Oliveira Parreiras. J. 02/04/2007). Boletim nº 97

SERASA – INSCRIÇÃO SEM NOTIFICAÇÃO PRÉVIA – DANO MORAL CARACTERIZADO INDENIZAÇÃO – DANO MORAL – INSCRIÇÃO NO SERASA – FALTA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA – PEDIDO PROCEDENTE.- A inscrição do nome de consumidor em cadastro negativador (SERASA) deve ser precedida de prévia cientificação da existência da dívida e de notificação sobre a possibilidade de inscrição no caso de inadimplemento.- Não pode o Recorrente juntar documento com razões recursais para fazer prova de situação fática anterior à prolação da sentença. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.316.649-1 – Rel. Rander José Funaro. J. 29/03/2007). Boletim nº 97

SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL – COBRANÇA – ACESSO ÀS INFORMAÇÕES SOBRE TARIFAS DE LIGAÇÕES INTERNACIONAIS“Código de Defesa do Consumidor. Serviços de telefonia. Esclarecimento. Cobrança efetuada. Possibilidade. Instrução. Anulação da sentença. O consumidor de serviço de telefonia móvel tem o direito de obter as informações sobre o valor das cobranças que lhe são feitas, a título de tarifas de ligações internacionais, conforme estabelece a legislação específica e o Código de Defesa do Consumidor. Cabe ao Magistrado permitir às partes trazer aos autos os documentos e os normativos aptos a demonstrarem que a cobrança levada a efeito está de acordo com a legislação vigente. Súmula: Cassar a sentença, para que seja feita a instrução e proferida outra decisão”. (Turma Recursal / Passos – Rec. 0479.07.124.643-9 – Rel. Carlos Frederico Braga da Silva. J. 25/04/2007). Boletim nº 97

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SPC – INCLUSÃO INDEVIDA – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – ABERTURA DE CONTA CORRENTE COM DOCUMENTOS FALSOS – RESPONSABILIDADE OBJETIVA – DANO MORAL CARACTERIZADODANO MORAL – INCLUSÃO INDEVIDA NO CADASTRO DOS INADIMPLENTES DO SPC – RELAÇÃO CONTRATUAL INEXISTENTE – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – ABERTURA DE CONTA CORRENTE COM DOCUMENTOS FALSOS – RESPONSABILIDADE OBJETIVA INDEPENDENTE DE CULPA – INDENIZAÇÃO CARACTERIZADA – VALOR DA INDENIZAÇÃO: A responsabilidade civil neste caso, é de natureza objetiva, a teor do art.14, CDC, e, assim, dispensa-se a comprovação de culpa ou dolo quando caracterizados o dano e o nexo de causalidade. O que se observa na espécie em exame, é a forma banal com que se conseguiu obter crédito e a imediata posse de um talão de cheques pelo terceiro, ainda mais se apurados os teores dos documentos apresentados ao banco. A indenização fixada a título de dano moral deve servir como desestímulo ao lesante e compensação à vítima, tendo finalidade educativa e evitando o enriquecimento ilícito. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. CONDENAÇÃO DO BANCO RECORRENTE NAS CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.07.355.101-3 – Rel. José Luiz de Moura Faleiros. J. 27/04/2007). Boletim nº 97

TELEFONIA – DETALHAMENTO DE CONTA – INTELIGÊNCIA DO ART. 6º, II, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR1 – Tratando-se de pleito que decorre de suposta obrigação derivada de relação contratual livremente acertada pelas contraentes, a relação processual deve envolver, nos pólos ativo e passivo, apenas os protagonistas do contrato. Conseqüentemente, porque não repercutirá a solução da demanda na ANATEL, não há razão para que figure como Ré na ação de indenização.2 – Em se viabilizando a solução da lide, independentemente de prova técnica, não há complexidade a ser proclamada. Competência da instância especial assegurada.3 – Nos termos do art. 6º, II, do Código de Defesa do Consumidor, o consumidor tem direito à informação adequada e clara, com especificação correta de quantidade, qualidade, características, composição e preço. Destarte, a prestadora de serviço telefônico deve apresentar o detalhamento de conta demonstrando o suposto uso contestado pelo consumidor. Preliminares rejeitadas e recurso improvido. (10ª Turma Recursal / Belo Horizonte – Rec. 0024.07.412.644-2 – Rel. Carlos Henrique Perpétuo Braga. J. 12/03/2007). Boletim nº 97

TELEFONIA MÓVEL – AUSÊNCIA DE CONTRATO – DÍVIDA NÃO RECONHECIDA PELO CONSUMIDOR – INSCRIÇÃO NO SPC – DANO MORAL CONFIGURADOTELEFONIA MÓVEL – AUSÊNCIA DE CONTRATO – DÍVIDA NÃO RECONHECIDA PELO CONSUMIDOR – INSCRIÇÃO NO SPC – DANO MORAL CONFIGURADO – FIXAÇÃO DO QUANTUM – PARÂMETROSComete ato ilícito a empresa de telefonia móvel que não fornece ao consumidor o contrato de prestação de serviços entre eles firmado, deixando de lhe informar o plano ao qual aderiu.Na fixação do quantum indenizatório, deve o magistrado observar os elementos constantes do processo, tais como capacidade econômica das partes, repercussão do dano, durabilidade da situação vexatória dentre outros. (1ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.06.110.779-6 – Rel. Luciana Nardoni Álvares da Silva Fontenelle. J. 30/03/2007). Boletim nº 97

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