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Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Ceará Tribunal de Justiça do Estado do Ceará P O D E R J U D I C I Á R I O T R I B U N A L D E J U ST I Ç A D O E S T A D O D O C E A R Á TJCE Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais _ Fortaleza-Ce _ Vol. 5 _ Ano 3 _ Outubro/2006

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Revista de Jurisprudência das

Turmas Recursais dos Juizados

Especiais Cíveis e Criminais

do Ceará

Tribunal de Justiça do Estado do Ceará

PODER JUDICIÁRIO

TR

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TJCE

Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais _ Fortaleza-Ce _ Vol. 5 _ Ano 3 _ Outubro/2006

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COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁ

TRIBUNAL PLENO

PresidenteDes. Francisco da Rocha Víctor

Vice-PresidenteDes. Fernando Luiz Ximenes Rocha

Corregedor Geral da JustiçaDes. João de Deus Barros Bringel

Des. Francisco da Rocha VictorDes. Ernani Barreira Porto

Des. Francisco Haroldo Rodrigues de AlbuquerqueDes. João de Deus Barros Bringel

Des. Fernando Luiz Ximenes RochaDesa. Huguette Braquehais

Des. Rômulo Moreira de DeusDes. José Cláudio Nogueira Carneiro

Desa. Gizela Nunes da CostaDesa. Maria Celeste Thomaz de Aragão

Des. José Arísio Lopes da CostaDes. Luiz Gerardo de Pontes BrígidoDes. João Byron de Figueiredo Frota

Des. Ademar Mendes BezerraDesa. Mariza Magalhães Pinheiro

Desa. Edite Bringel Olinda AlencarDes. José Edmar de Arruda Coelho

Desa. Maria Iracema do Vale HolandaDes. José Mário dos Martins Coelho

Desª. Maria Sirene de Sousa SobreiraDes. Raimundo Eymard Ribeiro de Amoreira

Des. Antônio Abelardo Benevides MoraesDes. Francisco de Assis Filgueira Mendes

Dr. Pedro Henrique Gênova de Castro - Secretário Geral

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SUMÁRIO

Apresentação ....................................................................05Composição atual das Turmas Recursais ........ ..................07Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Capital.................11

Enunciados do Fórum Permanente de Juízes Coordenadoresdos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Brasil –atualizados até junho/2006:Enunciados Cíveis ....................................................................15Enunciados Criminais ..............................................................30

Enunciados discutidos em reunião de Juízes dos JuizadosEspeciais de Fortaleza .....................................................45

Ementário Cível:Ação de cobrança ....................................................................51Ação de divisória.......................................................................55Ação de obrigação de fazer .....................................................56Ação demolitória. .....................................................................63Ação revisional .........................................................................64Agravo de instrumento .............................................................66Cerceamento de defesa ..........................................................67Código de Defesa do Consumidor ..........................................68Compra e venda ......................................................................85Condomínio ..............................................................................86Conflito de competência ...........................................................93Deserção .................................................................................94Embargos à execução ..............................................................97Embargos de declaração ..........................................................100Embargos de terceiro .............................................................115Exceção de suspeição ............................................................117Execução ...............................................................................118Honorários advocatícios ........................................................120Ilegitimidade passiva ..................................................................122Impenhorabilidade de bem .....................................................123Interesse processual .............................................................124

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Locação .................................................................................125Mandado de segurança ..........................................................128Plano de saúde ......................................................................137Recurso .................................................................................145Reintegração de posse ..........................................................154Reparação de danos ..............................................................156Revelia ...................................................................................214Seguros ...................................................................................224

Ementário Criminal:Abuso de Autoridade...................................................................229Contravenção penal ...............................................................230Crime de ameaça ...................................................................235Habeas corpus ...........................................................................238Lesão corporal .......................................................................239Porte ilegal de arma ...............................................................240Prescrição ..............................................................................242

Relatório estatístico dos Juizados Especiais Cíveis e Criminaisda Capital– Ano 2003 ...........................................................247

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APRESENTAÇÃO

É com grande satisfação que o Judiciário do Estadodo Ceará vem dar conhecimento ao público de mais um volumeda Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais dosJuizados Especiais do Estado.

Esta publicação, que já é a segunda deste ano, vematender ao interesse daqueles que não só têm atuaçãoprofissional nas lides no âmbito dos Juizados Especiais Cíveise Criminais, mas também se apresenta como um material depesquisa permanente destinado aos estudantes e operadoresdo Direito em geral.

Mediante o manuseio deste livro, vê-se, por exemplo,quais os assuntos mais discutidos nas Unidades dos JuizadosEspeciais, assim como tem-se uma demonstração da formacomo os magistrados vêm interpretando os dispositivos da lei9.099/95 e demais normas jurídicas aplicáveis ao processo.

Além disso, a obra também revela os últimos dadosestatísticos sobre as demandas em sede de Juizado EspecialCível e Criminal, divulgando, outrossim, os últimos enunciadosem nível nacional e local, que norteiam a aplicação das normasnesse modelo de justiça diferenciado.

É inegável a participação cada vez maior dosJuizados Especiais na sempre difícil missão de distribuição dajustiça, notadamente na Capital. Assim é que já no ano de 2005e também neste, os Juizados vêm sendo mais procurados pelojurisdicionado na busca de solução para os seus conflitos que ajustiça tradicional, tomando-se como base as varas cíveis ecriminais comuns.

Veja-se, por exemplo, que 54,53% das açõespropostas nesta Comarca, desde o início do ano até o mês dejunho de 2006, foram direcionadas para os Juizados e, do total

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de feitos julgados no mesmo período, 66,10% foramsentenciados, através da prestação jurisdicional dos JuizadosEspeciais Cíveis e Criminais. Isso evidencia, por si só, a grandeutilidade prática que esta publicação vem demonstrando comofonte de jurisprudência bastante atual.

DES. FERNANDO LUIZ XIMENES ROCHADIRETOR DO FÓRUM CLÓVIS BEVILÁQUA

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COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS DACAPITAL:

Juiz Mário Parente Teófilo Neto- Titular da 10ª Unidade do Juizado Especial (Fátima) -

MEMBROS DAS TURMAS RECURSAIS

1ª TURMA¨ Juiz Jucid Peixoto do Amaral – Diretor do Fórum das Turmas

Recursais¨ Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite – Membro¨ Juiz Francisco Sales Neto – Presidente

2ª TURMA¨ Juíza Maria Edna Martins – Membro¨ Juíza Maria Gladys Lima Vieira – Presidente¨ Juiz Emanuel Leite Albuquerque – Membro

3ª TURMA¨ Juiz Raimundo Nonato Silva Santos – Presidente¨ Juiz Carlos Rodrigues Feitosa – Membro¨ Juiz Francisco Mauro Ferreira Liberato - Membro

4ª TURMA¨ Juiz Cid Peixoto do Amaral Neto – Membro¨ Juíza Nismar Belarmino Pereira – Membro¨ Juiz Manoel Cefas Fonteles Tomaz – Presidente

5ª TURMA¨ Juiz Edmo Magalhães Carneiro – Presidente¨ Juiz Paulo Camelo Timbó - Membro¨ Juíza Maria Marleide Maciel Queiroz – Membro

6ª TURMA¨ Juiz Clécio Aguiar de Magalhães – Presidente¨ Juiz José Krentel Ferreira Filho – Membro¨ Juiz Onildo Antônio Pereira da Silva - Membro

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Juizados Especiais Cíveis eCriminais da Capital

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ESTADO DO CEARÁPODER JUDICIÁRIO

JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA CAPITAL

JUIZADO MÓVEL: 9982.6733 / 6734 / 6735Juiz Coordenador dos Juizados Especiais – Mário Parente Teófilo Neto (10ª Unidade)

UNIDADE ENDEREÇO JUIZ FONE

1ª. UNID - Antônio Bezerra

Rua Dr. João Guilherme, 257

Dr. Heráclito Vieira de Souza Neto

3488.7280 7281/82/83 F

2ª. UNID – Maraponga

Av. Godofredo Maciel, S/N – DETRAN

Dra. Maria Regina Oliveira Câmara

3488.7286 7287/88 F/89

3ª.UNID – Praia do Futuro

Rua Hermínia Bonavides, S/N –Vicente

Pinzón

Dra. Maria Cristiane Costa Nogueira

3433.1265 1266/67/68 F

3ª UNID – Anexo – Faculdade Farias Brito

Rua Osório Palmella, 260 – Varjota

Dra. Lucimeire Godeiro Costa

3267.5652 3267.6888 F

4ª.UNID – Benfica

Av. da Universidade, 3281

Dra. Maria José Bentes Pinto

3433.7988 7989/90/91 F

5ª.UNID – Conj. Ceará

Rua 729, 443, 3a. Etapa Dra. Valéria Márcia de S. Barros Leal

3488.3910 3911/12 /13 F

6ª. UNID. – Messejana

Rua Santa Efigênia, 305 Dra. Marta Célia Chaves Moura

3488.6106 6107 F/08/09

7ª.UNID – Montese

Rua Des. João Firmino, 360

Dra. Elizabeth Passos R. Martins

3433.4280 4281/82 F/83

8ª.UNID – Benfica

Av. da Universidade, 3288

Dr. Djalma Teixeira Benevides

3433.7992 7993/94 F/95

9ª. UNID – Faculdade 7 de Setembro

Rua Alm. Maximiano da Fonseca, 1395

Dr. José Evandro N. Lima Filho

3278.1514 F 3488.6116 6117/18/19

10a. UNID – Fátima

Rua Barão do Rio Branco, 2922

Dr. Mário Parente Teófilo Neto

3433.8780 3433.8781

3433.8789 F 11a. UNID- Tancredo Neves

Rua do Lago, 340 Dr. Francisco William Camerino de Oliveira

3433.8960 F 8961/62/63

12a. UNID – Fac. Integrada do Ceará – FIC

Rua Visconde de Mauá, 1940

Dr. José Ricardo Vidal Patrocínio

3433.1257 1258/ 59 F/ 60

12a. UNID – FCB - Juízo Auxiliar

Rua Des. Floriano Benevides, 220 – Água

Fria

Dra. Livramento e Dr. Camerino

3488.6582 6584 / 6904 /

6973 13a. UNID - Monte Castelo

Rua Dr. Almeida Filho, 636

Dr. Célio Sousa Damasceno 3433.7996 7997/98 F/99

14a. UNID – Bom Sucesso

Rua Carlos Chagas, 800

Dr. Aluísio Gurgel do Amaral Júnior - Resp.

3433.4286 4287/88 F/89

15a. UNID - Barra do Ceará

Av. C, 421 Dr. Alfredo Alves Filho 3488.7296 7297 F/98/99

16a. UNID – Piedade

Rua Mário Mamede esq. c/Luc. Carneiro

Dra. Maria Iraneide Moura Silva

3488.6126 F 6127/28/29

17a. UNID-Parangaba

Av. General Osório de Paiva, 1200- Col. Eudoro

Correia

Dra. Maria das Graças Almeida de Quental

3488.3950 3951/52/53

3433.4979 F 18a. UNID- José Walter

Av. K, 130, 1a. Etapa Dra. Maria Socorro Oliveira 3433.4960 4961/62 F/63

19a. UNID – Serrinha

Rua Betel,1330, Itaperi Dra. Maria do Livramento Alves Magalhães

3488.3956 3957 F/58/59

20a. UNID- Conj. Palmeiras

Rua 06, s/n – Conj. Sítio São João

Dr. Aluísio Gurgel do Amaral Júnior

3488.6136 F 6137/38/39

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Enunciados do Fórum Permanentede Juízes Coordenadores dosJuizados Especiais do Brasil

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Íntegra dos Enunciados do Fórum Permanente de JuízesCoordenadores dos Juizados Especiais Cíveis e

Criminais do Brasil.Atualizados até o XIX Encontro Nacional –

31 de maio a 02 de junho de 2006 - Aracaju - SE

ENUNCIADOS CÍVEIS

Enunciado 1 - O exercício do direito de ação no Juizado EspecialCível é facultativo para o autor.

Enunciado 2 - SUBSTITUÍDO pelo Enunciado 58.

Enunciado 3 - Lei local não poderá ampliar a competência doJuizado Especial.

Enunciado 4 - Nos Juizados Especiais só se admite a ação dedespejo prevista no art. 47, inciso III, da Lei 8.245/91.

Enunciado 5 - A correspondência ou contra-fé recebida noendereço da parte é eficaz para efeito de citação, desde queidentificado o seu recebedor.

Enunciado 6 - Não é necessária a presença do Juiz Togado ouLeigo na Sessão de Conciliação.

Enunciado 7 - A sentença que homologa o laudo arbitral éirrecorrível.

Enunciado 8 - As ações cíveis sujeitas aos procedimentosespeciais não são admissíveis nos Juizados Especiais.

Enunciado 9 - O condomínio residencial poderá propor ação noJuizado Especial, nas hipóteses do art. 275, inciso II, item b, doCódigo de Processo Civil.

Enunciado 10 - A contestação poderá ser apresentada até a

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audiência de Instrução e Julgamento.

Enunciado 11 - Nas causas de valor superior a vinte saláriosmínimos, a ausência de contestação, escrita ou oral, ainda quepresente o réu, implica revelia.

Enunciado 12 - A perícia informal é admissível na hipótese doart. 35 da Lei 9.099/95.

Enunciado 13 - Os prazos processuais nos Juizados EspeciaisCíveis, inclusive na execução, contam-se da data da intimaçãoou ciência do ato respectivo. (Alteração aprovada no XII Encontro– Maceió - AL).

Enunciado 14 - Os bens que guarnecem a residência do devedor,desde que não essenciais à habitabilidade, são penhoráveis.

Enunciado 15 - Nos Juizados Especiais não é cabível o recursode agravo.

Enunciado 16 - (CANCELADO).

Enunciado 17 - É vedada a acumulação das condições depreposto e advogado, na mesma pessoa (arts. 35, I e 36, II, daLei 8.906/94, c/c art. 23 do Código de Ética e Disciplina da OAB).(SUBSTITUÍDO no XIX Encontro – Aracaju/SE peloEnunciado 98).

Enunciado 18 - (CANCELADO)

Enunciado 19 - A audiência de conciliação, na execução de títuloexecutivo extrajudicial, é obrigatória e o executado, querendoembargar, deverá fazê-lo nesse momento (art. 53, parágrafos1º e 2º).

Enunciado 20 - O comparecimento pessoal da parte àsaudiências é obrigatório. A pessoa jurídica poderá ser

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representada por preposto.

Enunciado 21 - Não são devidas custas quando opostosembargos do devedor. Não há sucumbência, salvo quandojulgados improcedentes os embargos.

Enunciado 22 - A multa cominatória é cabível desde odescumprimento da tutela antecipada, nos casos dos incisos Ve VI, do art 52, da Lei 9.099/95.

Enunciado 23 - A multa cominatória não é cabível nos casos doart.53 da Lei 9.099/95.

Enunciado 24 - A multa cominatória, em caso de obrigação defazer ou não fazer, deve ser estabelecida em valor fixo diário.

Enunciado 25 - A multa cominatória não fica limitada ao valor dequarenta (40) salários mínimos, embora deva ser razoavelmentefixada pelo juiz, obedecendo-se ao valor da obrigação principal,mais perdas e danos, atendidas as condições econômicas dodevedor.

Enunciado 26 - São cabíveis a tutela acautelatória e aantecipatória nos Juizados Especiais Cíveis, em caráterexcepcional.

Enunciado 27 - Na hipótese de pedido de valor até 20 saláriosmínimos, é admitido pedido contraposto no valor superior ao dainicial, até o limite de 40 salários mínimos, sendo obrigatória aassistência de advogado às partes.

Enunciado 28 - Havendo extinção do processo com base noinciso I, do art. 51, da Lei 9.099/95, é necessária a condenaçãoem custas.

Enunciado 29 - (CANCELADO).

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Enunciado 30 - É taxativo o elenco das causas previstas na oart. 3º da Lei 9.099/95.

Enunciado 31 - É admissível pedido contraposto no caso de sera parte ré pessoa jurídica.

Enunciado 32 - Não são admissíveis as ações coletivas nosJuizados Especiais Cíveis.

Enunciado 33 - É dispensável a expedição de carta precatórianos Juizados Especiais Cíveis, cumprindo-se os atos nas demaiscomarcas, mediante via postal, por ofício do Juiz, fax, telefoneou qualquer outro meio idôneo de comunicação.

Enunciado 34 - (CANCELADO)

Enunciado 35 - Finda a instrução, não são obrigatórios osdebates orais.

Enunciado 36 - A assistência obrigatória prevista no art. 9º da Lei9.099/95 tem lugar a partir da fase instrutória, não se aplicandopara a formulação do pedido e a sessão de conciliação.

Enunciado 37 - Em exegese ao art. 53, § 4º, da Lei 9.099/95, nãose aplica ao processo de execução o disposto no art. 18, § 2º,da referida lei, sendo autorizados o arresto e a citação editalíciaquando não encontrado o devedor, observados, no que couber,os arts. 653 e 664 do Código de Processo Civil.

Enunciado 38 - A análise do art. 52, IV, da Lei 9.099/95, determinaque, desde logo, expeça-se o mandado de penhora, depósito,avaliação e intimação, inclusive da eventual audiência deconciliação designada, considerando-se o executado intimadocom a simples entrega de cópia do referido mandado em seuendereço, devendo, nesse caso, ser certificadocircunstanciadamente.

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Enunciado 39 - Em observância ao art. 2º da Lei 9.099/95, ovalor da causa corresponderá à pretensão econômica objeto dopedido.

Enunciado 40 - O conciliador ou juiz leigo não estáincompatibilizado nem impedido de exercer a advocacia, excetoperante o próprio Juizado Especial em que atue ou se pertenceraos quadros do Poder Judiciário.

Enunciado 41 - A intimação do advogado é válida na pessoa dequalquer integrante do escritório, desde que identificado.

Enunciado 42 - O preposto que comparece sem Carta dePreposição obriga-se a apresentá-la, no prazo que for assinado,para a validade de eventual acordo. Não formalizado o acordo,incidem, de plano, os efeitos de revelia. (SUBSTITUÍDO no XIXEncontro – Aracaju/SE pelo Enunciado 99).

Enunciado 43 - Na execução do título judicial definitivo, aindaque não localizado o executado, admite-se a penhora de seusbens, dispensado o arresto. A intimação de penhora observaráao disposto no artigo 19, § 2º, da Lei 9.099/95.

Enunciado 44 - No âmbito dos Juizados Especiais, não sãodevidas despesas para efeito do cumprimento de diligências,inclusive, quando da expedição de cartas precatórias.

Enunciado 45 - SUBSTITUÍDO pelo Enunciado 75.

Enunciado 46 - A fundamentação da sentença ou do acórdãopoderá ser feita oralmente, com gravação por qualquer meio,eletrônico ou digital, consignando-se apenas o dispositivo na ata.(Redação Alterada no XIV Encontro – São Luís/MA).

Enunciado 47 - A microempresa para propor ação no âmbitodos Juizados Especiais deverá instruir o pedido com documentode sua condição.

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Enunciado 48 - O disposto no parágrafo 1º do art. 9º, da lei 9.099/95, é aplicável às microempresas.

Enunciado 49 - As empresas de pequeno porte não poderão serautoras nos Juizados Especiais.

Enunciado 50 - Para efeito de alçada, em sede de JuizadosEspeciais, tomar-se-á como base o salário mínimo nacional.

Enunciado 51 - Os processos de conhecimento contra empresassob liquidação extrajudicial devem prosseguir até a sentença demérito, para constituição do título executivo judicial, possibilitandoà parte habilitar o seu crédito, no momento oportuno, pela viaprópria.

Enunciado 52 - Os embargos à execução poderão ser decididospelo juiz leigo, observado o art. 40 da Lei n° 9.099/95.

Enunciado 53 - Deverá constar da citação a advertência, emtermos claros, da possibilidade de inversão do ônus da prova.

Enunciado 54 - A menor complexidade da causa para a fixaçãoda competência é aferida pelo objeto da prova e não em face dodireito material.

Enunciado 55 - SUBSTITUÍDO pelo Enunciado 76.

Enunciado 56 - (CANCELADO).

Enunciado 57 - (CANCELADO).

Enunciado 58 - Substitui o Enunciado 2 - As causas cíveisenumeradas no art. 275 II, do CPC admitem condenação superiora 40 salários mínimos e sua respectiva execução, no próprioJuizado.

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Enunciado 59 - Admite-se o pagamento do débito por meio dedesconto em folha de pagamento, após anuência expressa dodevedor e em percentual que reconheça não afetar suasubsistência e a de sua família, atendendo sua comodidade econveniência pessoal.

Enunciado 60 - É cabível a aplicação da desconsideração dapersonalidade jurídica, inclusive na fase de execução. (Redaçãoalterada no XIII Encontro – Campo Grande/MS).Redação anterior: É cabível a aplicação da desconsideração dapersonalidade jurídica, inclusive na fase de execução, quando arelação jurídica de direito material decorrer da relação deconsumo.

Enunciado 61 - No processo de execução, esgotados os meiosde defesa ou inexistindo bens para a garantia do débito, expede-se certidão de dívida para fins de protesto e\ou inscrição noServiço de Proteção ao Crédito - SPC e SERASA , sob aresponsabilidade do exeqüente (CANCELADO em razão daredação do Enunciado 76 – XIII Encontro/MS).

Enunciado 62 - Cabe exclusivamente às Turmas Recursaisconhecer e julgar o mandado de segurança e o habeas corpusimpetrados em face de atos judiciais oriundos dos JuizadosEspeciais.

Enunciado 63 - Contra decisões das Turmas Recursais sãocabíveis somente os embargos declaratórios e o RecursoExtraordinário.

Enunciado 64 - Os remédios constitucionais (mandado desegurança e habeas corpus) eventualmente impetrados em facede atos das Turmas Recursais devem ser dirigidos ao STF.(CANCELADO no XVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ).

Enunciado 65 - A ação previdenciária fundada na Lei 10.259/01,onde não houver Juízo Federal, poderá ser proposta no Juizado

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Especial Estadual, nos termos do art. 109, § 3º, da ConstituiçãoFederal. (CANCELADO no XVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ).

Enunciado 66 - É possível a adjudicação do bem penhorado emexecução de título extrajudicial, antes do leilão, desde que,comunicado do pedido, o executado não se oponha, no prazode 10 dias.

Enunciado 67 – (Nova Redação – Enunciado 91 aprovado noXVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ) – Redação original: O conflitode competência entre juízes de Juizados Especiais vinculadosà mesma Turma Recursal será decidido por esta.

Enunciado 68 - Somente se admite conexão em Juizado EspecialCível quando as ações puderem submeter-se à sistemática daLei 9099/95.

Enunciado 69 - As ações envolvendo danos morais nãoconstituem, por si só, matéria complexa.

Enunciado 70 - As ações nas quais se discute a ilegalidade dejuros não são complexas para o fim de fixação da competênciados Juizados Especiais.

Enunciado 71 - É cabível a designação de audiência deconciliação em execução de título judicial.

Enunciado 72 - Inexistindo interesse de incapazes, o Espóliopode ser autor nos Juizados Especiais Cíveis.

Enunciado 73 - As causas de competência dos juizadosEspeciais em que forem comuns o objeto ou a causa de pedirpoderão ser reunidas para efeito de instrução, se necessária, ejulgamento.

Enunciado 74 - A prerrogativa de foro na esfera penal não afastaa competência dos Juizados Especiais Cíveis.

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Enunciado 75 - Substitui o Enunciado 45 - A hipótese do § 4º, do53, da lei 9.099/95, também se aplica às execuções de títulojudicial, entregando-se ao exeqüente, no caso, certidão do seucrédito, como título para futura execução, sem prejuízo damanutenção do nome do exeqüente no Cartório Distribuidor.

Enunciado 76 - Substitui o Enunciado 55 - No processo deexecução, esgotados os meios de defesa e inexistindo bens paraa garantia do débito, expede-se, a pedido do exeqüente, certidãode dívida para fins de inscrição no Serviço de Proteção ao Crédito- SPC e SERASA, sob pena de responsabilidade.

Enunciado 77 – O advogado cujo nome constar do termo deaudiência estará habilitado para todos os atos do processo,inclusive para o recurso (Aprovado no XI Encontro, em Brasília-DF).

Enunciado 78 – O oferecimento de resposta, oral ou escrita,não dispensa o comparecimento pessoal da parte, ensejando,pois, os efeitos da revelia (Aprovado no XI Encontro, em Brasília-DF).

Enunciado 79 – Designar-se-á hasta pública única, se o bempenhorado não atingir valor superior a vinte salários mínimos(Aprovado no XI Encontro, em Brasília-DF).

Enunciado 80 – O Recurso Inominado será julgado desertoquando não houver o recolhimento integral do preparo e suarespectiva comprovação pela parte, no prazo de 48 horas, nãoadmitida a complementação intempestiva (art. 42, § 1º, da Lei9.099/95). (Aprovado no XI Encontro, em Brasília-DF – Alteraçãoaprovada no XII Encontro – Maceió-AL).

Enunciado 81 – A arrematação e a adjudicação podem serimpugnadas por simples pedido. (Aprovado no XII Encontro,Maceió-AL).

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Enunciado 82 - Nas ações derivadas de acidentes de trânsito, ademanda poderá ser ajuizada contra a seguradora, isolada ouconjuntamente com os demais coobrigados. (Aprovado no XIIIEncontro, Campo Grande/MS).

Enunciado 83 – A pedido do credor, a penhora de valoresdepositados em bancos poderá ser feita independentemente dea agência situar-se no juízo da execução. (Aprovado no XIVEncontro – São Luís/MA). (REVOGADO no XIX Encontro –Aracaju/SE).

Enunciado 84 – Compete ao Presidente da Turma Recursal ojuízo de admissibilidade do Recurso Extraordinário (Aprovadono XIV Encontro – São Luís/MA).

Enunciado 85 – O prazo para recorrer da decisão de TurmaRecursal fluirá da data do julgamento (Aprovado no XIV Encontro– São Luís/MA).

Enunciado 86 – Os prazos processuais nos procedimentossujeitos ao rito especial dos Juizados Especiais não sesuspendem e nem se interrompem pelo advento do recesso edas férias forenses (Aprovado no XV Encontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 87 – A Lei 10.259/01 não altera o limite da alçadaprevisto no artigo 3º, inciso I, da Lei 9.099/95 (Aprovado no XVEncontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 88 – Não cabe recurso adesivo em sede de JuizadoEspecial, por falta de expressa previsão legal (Aprovado no XVEncontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 89 – A incompetência territorial pode ser reconhecidade ofício no sistema de juizados especiais cíveis (Aprovado noXVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ).

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Enunciado 90 – A desistência do autor, mesmo sem a anuênciado réu já citado, implicará a extinção do processo sem julgamentodo mérito, ainda que tal ato se dê em audiência de instrução ejulgamento (Aprovado no XVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ).

Enunciado 91 – (Substitui o Enunciado 67) – O conflito decompetência entre juízes de Juizados Especiais vinculados àmesma Turma Recursal será decidido por esta. Inexistindo igualvinculação, será decidido pela Turma Recursal para a qual fordistribuído (Aprovado no XVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ).

Enunciado 92 – Nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95, édispensável o relatório nos julgamentos proferidos pelas TurmasRecursais (Aprovado no XVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ).

Enunciado 93 – O bloqueio on-line de numerários seráconsiderado para todos os efeitos como penhora a partir dodepósito judicial, dispensando-se a lavratura do termo e intimando-se o devedor da constrição. (Aprovado no XVII Encontro –Curitiba/PR).

Enunciado 94 – É cabível, em Juizados Especiais Cíveis, apropositura de ação de revisão de contrato, inclusive quando oautor pretenda o parcelamento de dívida, observado o valor dealçada. (Aprovado no XVIII Encontro – Goiânia/GO).

Enunciado 95 – Finda a audiência de instrução, conduzida porJuiz Leigo, deverá ser apresentada a proposta de sentença aoJuiz Togado, em até dez dias, intimadas as partes no própriotermo de audiência para a data da leitura da sentença. (Aprovadono XVIII Encontro – Goiânia/GO).

Enunciado 96 – A condenação do recorrente vencido, emhonorários advocatícios, independe da apresentação de contra-razões. (Aprovado no XVIII Encontro – Goiânia/GO).

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Enunciado 97 (novo) – O artigo 475, “j” do CPC – Lei 11.323/05– aplica-se aos Juizados Especiais, ainda que o valor da multasomado ao da execução ultrapasse o valor de 40 saláriosmínimos (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 98 (novo) Substitui o Enunciado 17 – É vedada aacumulação SIMULTÂNEA das condições de preposto eadvogado na mesma pessoa (art. 35, I e 36, II da Lei 8.906/94combinado com o art. 23 do Código de Ética e Disciplina daOAB) (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 99 (novo) Substitui o Enunciado 42 – O preposto quecomparece sem carta de preposição, obriga-se a apresentá-lano prazo que for assinado, para validade de eventual acordo,sob as penas dos artigos 20 e 51, I, da Lei nº 9.099/95, conformeo caso (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 100 (novo) – A penhora de valores depositados embanco poderá ser feita independentemente de a agência situar-se no Juízo da execução (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 101 (novo) – Aplica-se ao Juizado Especial o dispostono art. 285, a, do CPC (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 102 (novo) – O relator, nas Turmas Recursais Cíveis,em decisão monocrática, poderá negar seguimento a recursomanifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou emdesacordo com Súmula ou jurisprudência dominante das TurmasRecursais ou de Tribunal Superior, cabendo recurso interno paraa Turma Recursal, no prazo de cinco dias (aprovado no XIXEncontro – Aracaju/SE).

Enunciado 103 (novo) – O relator, nas Turmas Recursais Cíveis,em decisão monocrática, poderá dar provimento a recurso se adecisão estiver em manifesto confronto com Súmula do TribunalSuperior ou Jurisprudência dominante do próprio Juizado,

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cabendo recurso interno para a Turma Recursal, no prazo decinco dias (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 104 (novo) – Na execução por título judicial, o prazopara oferecimento de embargos será de quinze dias e fluirá daintimação da penhora, sendo o recurso cabível o inominado(aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 105 (novo) – Caso o devedor, condenado aopagamento de quantia certa, não o efetue no prazo de quinzedias, contados do trânsito em julgado, independentemente denova intimação, o montante da condenação será acrescido demulta no percentual de 10% (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 106 (novo) – Havendo dificuldade de pagamento diretoao credor, ou resistência deste, o devedor, a fim de evitar a multade 10%, deverá efetuar depósito perante o juízo singular deorigem, ainda que os autos estejam na instância recursal(aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 107 (novo) – Nas indenizações por morte, o valordevido do seguro obrigatório é de quarenta salários mínimos,não sendo possível modificá-lo por Resolução do CNSP e/ouSusep (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 108 (novo) – A mera recusa ao pagamento deindenização decorrente de seguro obrigatório não configura danomoral (aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 109 (novo) – É abusiva a cláusula que prevê adevolução das parcelas pagas à administradora de consórciosomente após o encerramento do grupo. A devolução deve serimediata, os valores atualizados desde os respectivosdesembolsos e os juros de mora computados desde a citação(aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

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Recomendações (Aprovadas no XVI Encontro – Rio deJaneiro/RJ):

1.Criação de um órgão jurisdicional no âmbito dos JuizadosEspeciais, composto por membros titulares de cada TurmaRecursal, com competência para processo e julgamento dosmandados de segurança contra atos dos Juízes das TurmasRecursais, Revisão Criminal e Uniformização de Jurisprudênciae homologação dos Enunciados do FONAJE.

2.Recomendar aos Juízes das Turmas Recursais o julgamentopor Súmula, quando a sentença for mantida pelos própriosfundamentos.

3.Exortar os Tribunais para a destinação de recursos materiaise humanos necessários à melhoria do funcionamento dosJuizados Especiais e Turmas Recursais (extensão às TRaprovada no XVII Encontro – Curitiba/PR), com vistas à ampliaçãodo atendimento do jurisdicionado e cumprimento do DireitoFundamental de Acesso à Justiça.

(Aprovadas no XVII Encontro – Curitiba/PR):

1.Inclusão de índice dos Enunciados do FONAJE, por tema, naspróximas edições de seu livro. Aprovado por unanimidade.

2.Que as Corregedorias baixem atos relativos à dispensa dedespesas com registro de penhoras e outros atos processuaisa serem feitos por cartórios privados, quando a parte forbeneficiária da assistência judiciária gratuita.

(Aprovadas no XVIII Encontro – Goiânia/GO):

1.Recomenda-se que o FONAJE promova gestões junto aoPresidente do Supremo Tribunal Federal, para que se inclua,no projeto do Estatuto da Magistratura Nacional, disposição

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estabelecendo remuneração de 10% (dez por cento) sobreo valor do subsídio, de caráter indenizatório, aos membrosdas Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis eCriminais, que atuam em regime de cumulação de funções.

2.Recomenda-se a elaboração de projetos de atosnormativos internos dos tribunais para a uniformização dajurisprudência dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais,oferecendo-os como sugestão aos Estados que contam commais de uma Turma Recursal.

3.Devem os órgãos de Defesa do Consumidor promover acriação dos Fundos a que se refere o art. 57 da Lei nº 8.078/90, aplicando-se efetivamente as multas ali previstas, comoforma de inibição à multiplicação de demandas de massaperante o Poder Judiciário.

4.Para otimizar o acesso pelas microempresas, devem serincentivados convênios entre associações comerciais e osJuizados, visando à elaboração da reclamação e organizaçãode documentos.

(Aprovada no XIX Encontro – Aracaju/SE):

1 – Aos Tribunais de Justiça para incluírem mecanismos deuniformização de jurisprudência nos regimentos internos dasTurmas Recursais.

ENUNCIADOS Relativos à Medida Provisória 2152-2/2001Aprovados em Belo Horizonte, em junho de 2001.

I - Não se aplica o litisconsórcio necessário previsto no art. 24da MP 2152-2/2001 aos casos de abuso, por ação ou omissão,das concessionárias distribuidoras de energia elétrica.

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II - Os Juizados Especiais são competentes para dirimir ascontrovérsias sobre os direitos de consumidores residenciaissujeitos a situações excepcionais (§ 5º, do art. 15, da MP 2152-2/2001).

III - O disposto no artigo 25 da MP 2152-2/2001 não exclui aaplicação do Código de Defesa do Consumidor.

Proposta de Alteração Legislativa: (Aprovada no XVIIEncontro – Curitiba/PR):

Art. 42. Parágrafo Primeiro: A comprovação do preparo será feitano ato da interposição do recurso, sob pena de deserção.

Art. 50. Os embargos de declaração suspenderão o prazo pararecurso.

ENUNCIADOS CRIMINAIS

Enunciado 1 - A ausência injustificada do autor do fato à audiênciapreliminar implicará vista dos autos ao Ministério Público para oprocedimento cabível.

Enunciado 2 - O Ministério Público, oferecida a representação,em juízo, poderá propor diretamente a transação penal,independentemente do comparecimento da vítima à audiênciapreliminar. (Redação alterada no XI Encontro, em Brasília-DF).

Enunciado 3 - O prazo decadencial para a representação noscrimes de ação pública condicionada é de trinta (30) dias,contados da intimação da vítima, para os processos emandamento, quando da edição da Lei 9.099/95.

Enunciado 4 - SUBSTITUÍDO pelo Enunciado 38.

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Enunciado 5 – CANCELADO em razão da nova redação doEnunciado 46.

Enunciado 6 – O artigo 28 do Código de Processo Penal éinaplicável, no caso de não apresentação de proposta detransação penal ou de suspensão condicional do processo,cabendo ao juiz apresentá-las de ofício, quando satisfeitos osrequisitos legais.

Enunciado 7 – (CANCELADO)

Enunciado 8 - A multa deve ser fixada em dias-multa, tendo emvista o art. 92 da Lei 9.099/95, que determina a aplicaçãosubsidiária dos Códigos Penal e de Processo Penal.

Enunciado 9 - A intimação do autor do fato para a audiênciapreliminar deve conter a advertência da necessidade deacompanhamento de advogado e de que, na sua falta, ser-lhe-ánomeado Defensor Público.

Enunciado 10 - Havendo conexão entre crimes da competênciado Juizado Especial e do Juízo Penal Comum, prevalece acompetência deste.

Enunciado 11 - – Os acréscimos do concurso formal e do crimecontinuado não devem ser levados em consideração (para efeitode aplicação da Lei 9.099/95). (SUBSTITUÍDO no XIXEncontro – Aracaju/SE pelo Enunciado 80).

Enunciado 12 - O processo só será remetido ao Juízo Comum,após a denúncia e tentativa de citação pessoal no JuizadoEspecial. (SUBSTITUÍDO no XV Encontro – Florianópolis/SC peloEnunciado 64).

Enunciado 13 - É cabível o encaminhamento de proposta detransação através de carta precatória.

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Enunciado 14 - É incabível o oferecimento de denúncia apóssentença homologatória de transação penal, podendo constarda proposta que a sua homologação fica condicionada aocumprimento do avençado. (SUBSTITUÍDO pelo Enunciado 57– XIII Encontro - Campo Grande/MS). (SUBSTITUÍDO no XIXEncontro – Aracaju/SE pelo Enunciado 79).

Enunciado 15 – O Juizado Especial Criminal é competente paraexecução da pena de multa. (Alteração aprovada no XII Encontro– Maceió - AL)

Enunciado 16 - Nas hipóteses em que a condenação anteriornão gera reincidência, é cabível a suspensão condicional doprocesso.

Enunciado 17 - É cabível, quando necessário, interrogatórioatravés de carta precatória, por não ferir os princípios que regema Lei 9.099/95.

Enunciado 18 - Na hipótese de fato complexo, as peças deinformação deverão ser encaminhadas à Delegacia Policial paraas diligências necessárias. Retornando ao Juizado e sendo ocaso do artigo 77, parágrafo 2.º, da Lei n. 9.099/95, as peçasserão encaminhadas ao Juízo Comum.

Enunciado 19 - SUBSTITUÍDO PELO ENUNCIADO 48.(Aprovado no XII Encontro – Maceió/AL).

Enunciado 20 - A proposta de transação de pena restritiva dedireitos é cabível, mesmo quando o tipo em abstrato só comportapena de multa.

Enunciado 21 - (CANCELADO).

Enunciado 22 - Na vigência do sursis, decorrente de condenaçãopor contravenção penal, não perderá o autor do fato o direito àsuspensão condicional do processo por prática de crime

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posterior.

Enunciado 23 - (CANCELADO)

Enunciado 24 - SUBSTITUÍDO pelo Enunciado 54.

Enunciado 25 - O início do prazo para o exercício darepresentação do ofendido começa a contar do dia doconhecimento da autoria do fato, observado o disposto no Códigode Processo Penal ou legislação específica. Qualquermanifestação da vítima que denote intenção de representar valecomo tal para os fins do art. 88 da Lei 9.099/95.

Enunciado 26 - SUBSTITUÍDO pelo Enunciado 55.

Enunciado 27 - Em regra, não devem ser expedidos ofícios paraórgãos públicos, objetivando a localização de partes etestemunhas nos Juizados Criminais.

Enunciado 28 - Em se tratando de contravenção, as partespoderão arrolar até três testemunhas, e em se tratando de crime,o número admitido é de cinco testemunhas, mesmo na hipótesede concurso de crimes. (CANCELADO no XVII Encontro –Curitiba/PR).

Enunciado 29 - Nos casos de violência doméstica, a transaçãopenal e a suspensão do processo deverão conter,preferencialmente, medidas sócio-educativas, entre elasacompanhamento psicossocial e palestras, visando àreeducação do infrator, evitando-se a aplicação de pena de multae prestação pecuniária. (Alteração aprovada no XII Encontro –Maceió-AL).

Enunciado 30 – (CANCELADO – Incorporado pela Lei n. 10.455/02)

Enunciado 31 - O conciliador ou juiz leigo não está

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incompatibilizado nem impedido de exercer a advocacia, excetoperante o próprio Juizado Especial em que atue ou se pertenceraos quadros do Poder Judiciário.

Enunciado 32 - O Juiz ordenará a intimação da vítima para aaudiência de suspensão do processo como forma de facilitar areparação do dano, nos termos do art. 89, parágrafo 1º, da Lei9.099/95.

Enunciado 33 - Aplica-se, por analogia, o artigo 49 do Código deProcesso Penal no caso da vítima não representar contra umdos autores do fato.

Enunciado 34 - Atendidas as peculiaridades locais, o termocircunstanciado poderá ser lavrado pela Polícia Civil ou Militar.

Enunciado 35 - Até o recebimento da denúncia é possível declarara extinção da punibilidade do autor do fato pela renúncia expressada vítima ao direito de representação.

Enunciado 36 - Havendo possibilidade de solução de litígio dequalquer valor ou matéria subjacente à questão penal, poderáser reduzido a termo no Juizado Especial Criminal e encaminhadovia distribuição para homologação no juízo competente, semprejuízo das medidas penais cabíveis.

Enunciado 37 - O acordo civil de que trata o enunciado 36 poderáversar sobre qualquer valor ou matéria.

Enunciado 38 - SUBSTITUI o Enunciado 4 - A Renúncia ouretratação colhida em sede policial será encaminhada ao JuizadoEspecial Criminal e, nos casos de violência doméstica, deveser designada audiência para sua ratificação.

Enunciado 39 - Nos casos de retratação ou renúncia do direitode representação que envolvam violência doméstica, o Juiz ouo conciliador deverá ouvir os envolvidos separadamente.

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Enunciado 40 - Nos casos de violência doméstica, recomenda-se que as partes sejam encaminhadas a atendimento por grupode trabalho habilitado, inclusive como medida preparatóriapreliminar, visando à solução do conflito subjacente à questãopenal e à eficácia da solução pactuada.

Enunciado 41 – (CANCELADO – vide enunciado 29).

Enunciado 42 - A oitiva informal dos envolvidos e de testemunhas,colhida no âmbito do Juizado Especial Criminal, poderá serutilizada como peça de informação para o procedimento.

Enunciado 43 - O acordo em que o objeto for obrigação de fazerou não fazer deverá conter cláusula penal em valor certo, parafacilitar a execução cível.

Enunciado 44 - No caso de transação penal homologada e nãocumprida, o decurso do prazo prescricional provoca a declaraçãode extinção de punibilidade pela prescrição da pretensãoexecutória.

Enunciado 45 – (CANCELADO).

Enunciado 46 - A Lei nº 10.259/2001 ampliou a competência dosJuizados Especiais Criminais dos Estados e Distrito Federal parao julgamento de crimes com pena máxima cominada até doisanos, com ou sem cumulação de multa, independente doprocedimento (Alteração aprovada no XII Encontro - Maceió-AL).

Enunciado 47 - A expressão conciliação prevista no art. 73 daLei 9099/95 abrange o acordo civil e a transação penal, podendoa proposta do Ministério Público ser encaminhada pelo conciliador,nos termos do art. 76, parágrafo 3º da mesma lei. (Redaçãoalterada pelo Enunciado 71 – Aprovado no XV Encontro –Florianópolis/SC).

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Enunciado 48 - O recurso em sentido estrito é incabível em sedede Juizados Especiais Criminais.

Enunciado 49 - Na ação de iniciativa privada, cabe a transaçãopenal e suspensão condicional do processo, por iniciativa doquerelante ou do juiz. (Alteração aprovada no XII Encontro,Maceió-AL).

Enunciado 50 - (CANCELADO no XI Encontro, em Brasília-DF).

Enunciado 51 - A remessa dos autos à Justiça Comum, nahipótese do art. 66, parágrafo único, da Lei 9.099/95 (Enunciado12), exaure a competência do Juizado Especial Criminal, quenão se restabelecerá com localização do acusado.

Enunciado 52 - A remessa dos autos à Justiça Comum, nahipótese do art. 77, parágrafo 2º, da Lei 9.099/95 (Enunciado18), exaure a competência do Juizado Especial Criminal, quenão se restabelecerá ainda que afastada a complexidade.

Enunciado 53 - No Juizado Especial Criminal, o recebimento dadenúncia, na hipótese de suspensão condicional do processo,deve ser precedido da resposta prevista no art. 81 da Lei 9.099/95.

Enunciado 54 - SUBSTITUI o Enunciado 24 - O processamentode medidas despenalizadoras, aplicáveis ao crime previsto noart. 306 da Lei nº 9.503/97, por força do parágrafo único do art.291 da mesma Lei, não compete ao Juizado Especial Criminal.

Enunciado 55 - (CANCELADO no XI Encontro, em Brasília-DF).

Enunciado 56 - Os Juizados Especiais Criminais não sãocompetentes para conhecer, processar e julgar feitos criminaisque versem sobre delitos com penas superiores a um anoajuizados até a data em vigor da Lei nº 10.259/01 (Aprovado no

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XI Encontro – Brasília-DF).

Enunciado 57 - A transação penal será homologada de imediatoe poderá conter cláusula de que, não cumprida, o procedimentopenal prosseguirá. (Aprovado no XIII Encontro – Campo Grande/MS). (SUBSTITUÍDO no XIX Encontro – Aracaju/SE peloEnunciado 79).

Enunciado 58 - A transação penal poderá conter cláusula derenúncia à propriedade do objeto apreendido. (Aprovado no XIIIEncontro – Campo Grande/MS).

Enunciado 59 - O juiz decidirá sobre a destinação dos objetosapreendidos e não reclamados no prazo do art. 123 do CPP.(Aprovado no XIII Encontro – Campo Grande/MS).

Enunciado 60 - Exceção da verdade e questões incidentais nãoafastam a competência dos Juizados Especiais, se a hipótesenão for complexa. (Aprovado no XIII Encontro – Campo Grande/MS).

Enunciado 61 – O processamento de medida despenalizadoraprevista no artigo 94 da Lei 10.741/03, não compete ao JuizadoEspecial Criminal (Aprovado no XIV Encontro – São Luís/MA).

Enunciado 62 – O Conselho da Comunidade poderá serbeneficiário da prestação pecuniária e deverá aplicá-la em prolda execução penal e de programas sociais, em especialdaqueles que visem à prevenção da criminalidade (Aprovado noXIV Encontro – São Luís/MA).

Enunciado 63 – As entidades beneficiárias de prestaçãopecuniária, em contrapartida, deverão dar suporte à execuçãode penas e medidas alternativas (Aprovado no XIV Encontro –São Luís/MA).

Enunciado 64 – (Substitui o Enunciado 12) – O processo será

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remetido ao Juízo Comum após a denúncia, havendoimpossibilidade de citação pessoal no Juizado Especial Criminal,com base em certidão negativa do Oficial de Justiça, ainda queanterior à denúncia. (Aprovado no XV Encontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 65 – Nas hipóteses dos artigos 362 e 363, inciso I, doCódigo de Processo Penal, aplica-se o parágrafo único do artigo66 da Lei 9.099/95 (Aprovado no XV Encontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 66 – É direito do réu assistir à inquirição dastestemunhas, antes de seu interrogatório, ressalvado o dispostono artigo 217 do Código de Processo Penal. No caso excepcionalde o interrogatório ser realizado por precatória, ela deverá serinstruída com cópia de todos os depoimentos, de que terá ciênciao réu (Aprovado no XV Encontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 67 – A possibilidade de aplicação de suspensão ouproibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigirveículos automotores por até cinco anos (art. 293 da Lei nº 9.503/97), perda do cargo, inabilitação para exercício de cargo, funçãopública ou mandato eletivo ou contra sanção diversa da privaçãoda liberdade, não afasta a competência do Juizado EspecialCriminal (Aprovado no XV Encontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 68 – É cabível a substituição de uma modalidade depena restritiva de direitos por outra, aplicada em sede detransação penal, pelo juízo do conhecimento, a requerimento dointeressado, ouvido o Ministério Público (Aprovado no XVEncontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 69 – (Alterado no XVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ –Enunciado 74) – redação original: Deve ser tentada a conciliação(composição civil) visando a atender ao princípio da pacificaçãosocial, mesmo transcorrido o prazo decadencial ou prescricional(Aprovado no XV Encontro – Florianópolis/SC).

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Enunciado 70 – O conciliador ou o juiz leigo podem presidiraudiências preliminares nos Juizados Especiais Criminais,propondo conciliação e encaminhamento da proposta detransação (Aprovado no XV Encontro – Florianópolis/SC).

Enunciado 71 – A expressão conciliação prevista no artigo 73 daLei 9.099/95 abrange o acordo civil e a transação penal, podendoa proposta do Ministério Público ser encaminhada pelo conciliadorou pelo juiz leigo, nos termos do artigo 76, § 3º, da mesma Lei(nova redação do Enunciado 47 – Aprovado no XV Encontro –Florianópolis/SC).

Enunciado 72 – A proposta de transação penal e a sentençahomologatória devem conter obrigatoriamente o tipo infracionalimputado ao autor do fato, independentemente da capitulaçãoofertada no termo circunstanciado (Aprovado no XVI Encontro –Rio de Janeiro/RJ).

Enunciado 73 – O juiz pode deixar de homologar transação penalem razão de atipicidade, ocorrência de prescrição ou falta dejusta causa para a ação penal, equivalendo tal decisão à rejeiçãoda denúncia ou queixa (Aprovado no XVI Encontro – Rio deJaneiro/RJ).

Enunciado 74 (substitui o Enunciado 69) – A prescrição e adecadência não impedem a homologação da composição civil(Aprovado no XVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ).

Enunciado 75 – É possível o reconhecimento da prescrição dapretensão punitiva do Estado pela projeção da pena a ser aplicadaao caso concreto. (Aprovado no XVII Encontro – Curitiba/PR).

Enunciado 76 – A ação penal relativa à contravenção de vias defato dependerá de representação. (Aprovado no XVII Encontro –Curitiba/PR).

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Enunciado 77 - O Juiz pode alterar a destinação das medidaspenais indicadas na proposta de transação penal. (Aprovado noXVIII Encontro – Goiânia/GO).

Enunciado 78 – No caso de concurso material, as penas serãoconsideradas de per si, para fixação da competência. (Aprovadono XVIII Encontro – Goiânia/GO). (SUBSTITUÍDO no XIXEncontro – Aracaju/SE pelo Enunciado 80).

Enunciado 79 (novo) – Substitui os Enunciados 14 e 57 – Éincabível o oferecimento de denúncia após sentençahomologatória de transação penal EM QUE NÃO HAJACLÁUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA, podendo constar daproposta que a sua homologação fica condicionada ao PRÉVIOcumprimento do avençado. O descumprimento, no caso de nãohomologação, poderá ensejar o prosseguimento do feito(Aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 80 (novo) – Substitui os enunciados 11 e 78 – Nocaso de concurso de crimes (material ou formal) e continuidadedelitiva, as penas serão consideradas isoladamente para fixaçãoda competência (Aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE).

Enunciado 81 (novo) – O relator, nas Turmas RecursaisCriminais, em decisão monocrática, poderá negar seguimentoa recurso manifestamente inadmissível, prejudicado, ou julgarextinta a punibilidade, cabendo recurso interno para a TurmaRecursal, no prazo de cinco dias (Aprovado no XIX Encontro– Aracaju/SE).

Recomendações:

1 – Recomenda-se a apresentação de moção de apoio ao projetode lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica efamiliar contra a mulher, e dá outras providências, elaborado pelaSecretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidênciada República. (Aprovado no XVI Encontro – Rio de Janeiro/RJ).

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2 – Oficiar aos Tribunais de Justiça dos Estados para que asCentrais de Penas e Medidas Alternativas sejam estruturadaspara atender à demanda dos Juizados Especiais Criminais.(Aprovado no XVII Encontro – Curitiba/PR):

3 - Apoiar alteração legislativa para que a transação penal nãoseja mais homologada por sentença, suspendendo-se o prazoprescricional durante o período de cumprimento. (Aprovado noXVIII Encontro – Goiânia/GO).

4 - Recomendar a aplicação dos enunciados 14 e 57, do FONAJE,para contornar a questão da falta de efetividade da transaçãopenal. (Aprovado no XVIII Encontro – Goiânia/GO).

5 - Ratificar Enunciado 46, oficiando-se ao STF. (Aprovado noXVIII Encontro – Goiânia/GO).

6 – Aprovar proposta do FONAJE ao Substitutivo ao Projeto deLei nº 4.559, de 2004, que trata sobre violência doméstica: Afastarviolência doméstica do juizado especial criminal implicaráimpunidade. A Justiça Criminal tradicional (Vara Criminal) trabalhaprioritariamente com réus presos, sendo a matéria referente àviolência doméstica relegada historicamente a segundo plano. Aresposta legislativa de mero aumento de pena sempre se mostrouineficaz. O Juizado Especial Criminal está filosoficamente ligadoà Justiça Social, à oitiva das partes sem intermediários,impossível de coexistir com o sistema tradicional da VaraCriminal. O problema enfrentado pelos Juizados EspeciaisCriminais não é decorrente da quantidade de pena cominadaem abstrato, mas sim da falta de estrutura que propicie a eleiçãodas medidas mais adequadas e a fiscalização de sua execução.Faz-se necessário a previsão legal de cargos de assistentestécnicos (assistente social e psicólogo) na estrutura dos JuizadosEspeciais.

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Enunciados discutidos em reuniãode Juízes dos Juizados Especiais

de Fortaleza

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ÍNTEGRA DOS ENUNCIADOS CÍVEIS E CRIMINAISDISCUTIDOS EM REUNIÃO REALIZADA EM 18/08/2005COM OS JUÍZES DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E

CRIMINAIS DA COMARCA DE FORTALEZA-CE.

ENUNCIADOS CÍVEIS

01. A parte deve comparecer pessoalmente à sessão deconciliação não podendo ser representada.

02. O Juizado Especial é competente para processar e julgara Ação Cautelar, desde que seja competente para processar ejulgar a Ação Principal.

03. Nas ações de reparação de danos decorrente de acidentede veículo de via terrestre, o juiz pode determinar aintransferibilidade de veículo junto ao DETRAN.

04. O advogado do autor tem direito de pedir prazo paramanifestar-se em réplica à contestação, não podendo estarobrigado a manifestar-se sobre a defesa do réu em audiência.

05. O benefício da gratuidade da justiça pode ser deferido apósa sentença, ainda que a parte tenha sido assistida por advogadodurante o processo e não tenha requerido esse direito.

06. O juiz pode negar seguimento ao recurso, quando este forintempestivo, ou quando estiver deserto.

07. O juiz não é obrigado a dar tolerância de tempo paraaguardar o comparecimento da parte que não chegou à audiência,quando da realização do pregão.

08. No processo de execução, esgotados os meios de defesaou inexistindo bens para garantia do débito, pode-se expedircertidão a pedido do credor, para fins de protesto junto ao cartório

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competente.

09. O prazo para o devedor opor embargos à execuçãocomeça a contar a partir da data da intimação da penhora.

10. O condomínio pode ser representado por preposto e não,necessariamente, pelo síndico, no processo perante o JuizadoEspecial.

11. O Juizado Especial é competente para processar e julgarembargos de terceiro.

12. Na execução de obrigação de fazer, não havendo ocumprimento da obrigação e tendo ocorrido a transformação daobrigação em obrigação de pagar por perdas e danos, aexecução prossegue sob essa modalidade, não sendo possívelvoltar a ser processada a execução da obrigação de fazer.

13. As testemunhas não precisam ser arroladas por escrito,pela parte interessada, antes da audiência de instrução ejulgamento.14. Tanto a citação, quanto a intimação são atos pessoais, sópodendo realizar-se perante outrem, que não o litigante, noscasos em que a lei autorizar.

15. Não será processada como embargos à execução a açãoproposta pelo devedor contra o credor, ainda que trate de matériatípica de embargos, mas que não fora proposta no prazo dosembargos.

16. É cabível exceção de pré-executividade em sede deJuizado Especial.

17. Tanto o Juiz, quanto os servidores das unidades do JuizadoEspecial devem facilitar ao máximo o acesso do jurisdicionadoao Poder Judiciário, inclusive quanto ao horário de atendimento,procurando dar a maior efetividade possível à garantia

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constitucional do acesso à Justiça.

18. A intimação por telefone poderá ocorrer, quando a parte ouadvogado a ser intimado tiver, em tese, interesse na realizaçãodo ato processual objeto da intimação, economizando-se assimexpediente e poupando-se tempo nos trabalhos da secretaria.

19. É admissível que a ação seja proposta sem que o autor sefaça presente no Juizado Especial no ato da sua propositura.

20. Quando da interposição da Ação, a secretaria do juizadonão precisa fazer conclusão dos autos para o juiz, a fim deanalisar a petição inicial. A secretaria já deverá, de logo, designardata para a sessão conciliatória já intimando o promovente ouseu advogado na própria Unidade, se for possível.

21. A execução cível por título judicial é processada nosmesmos autos do processo de conhecimento sem necessidadede novo registro e autuação.

22. Na execução por título judicial, quando não há benspenhoráveis do devedor, o processo deve ser arquivado e nãonecessariamente extinto, haja vista que já houve sentença noprocesso de conhecimento.

ENUNCIADOS CRIMINAIS

01. O Juiz não precisa estar presente na sala onde acontece aaudiência preliminar, ainda que esta conte com a participaçãodo Ministério Público, podendo o ato ser conduzido peloconciliador.

02. É cabível a transação penal na ação penal privada, devendoser proposta preferencialmente pelo Ministério Público e se estenão propuser, o juiz deverá fazê-lo.

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03. O prazo para oferecimento de representação ou queixa écontado a partir da realização da audiência preliminar e não dodia em que a vítima/ofendido tomou conhecimento da autoria dofato delituoso.

04. É incabível o oferecimento de denúncia ou queixa após asentença homologatória de transação penal, podendo constarda proposta que a sua homologação fica condicionada aocumprimento do avençado.

05. Quando a competência do Juizado Especial é deslocadapara o juízo tradicional, por tratar-se de réu não encontrado paraser citado, após a sua localização, já estando os autos nestejuízo, o processo não deverá retornar para Juizado.

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Ementário CívelAno de 2003

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AÇÃO DE COBRANÇA

Ementa – Ação de cobrança. Empréstimo cujo pagamento nãofoi realizado. Confissão em audiência, reconhecendo, entretanto,que a dívida pertenceria à pessoa jurídica Sociedade Comunitáriade Habilitação Popular Estrela do Mar. Fatos alegados na iniciale não contestados pela ré, presumem-se verdadeiros.Insubsistência da tese argüida pela defesa, que pretende atribuira terceiros a dívida contraída. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida pelos seus próprios fundamentos. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.0176-4/0,Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Ação de cobrança. Ordem de desocupação do imóvel.Julgamento ultra petita. Incabível a concessão de despejo emação de cobrança. Recurso conhecido e parcialmente providopara tornar sem efeito a ordem de despejo, mantendo a sentençacomo procedente, no tocante ao reconhecimento do débito nãocontestado. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.3896-9/0, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de12/02/2003).

Ementa – Ação de cobrança. Ausência de prova inequívoca darealização do serviço alegado pela parte autora. Não podepersistir a condenação, face à possibilidade de não haver relaçãoentre os materiais adquiridos e serviços realizados com os danosatribuídos ao locator. Recurso conhecido e provido. Sentençareformada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0006.3298-5/0, Rel. Juiz José Edmar de Arruda Coelho,DJ de 14/03/2003).

Ementa – Cível – Cobrança. Insuficiência de provas quanto aopedido de alugueres em atraso. No que se refere ao débito juntoà COELCE, o devedor já assumiu, tanto é verdade que pediu atransferência de débito, de forma parcelada, junto à empresa.Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.1721-8/0,

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Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Civil. Cobrança devida. A recorrente não negou a dívida.Não houve litigância de má-fé por parte do recorrido. A multaaplicada será observada pelo disposto no artigo 1.336, § 1º doNovo Código Civil, quanto à redução da multa de 20 para 2%, apartir de 11.01.2003. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida, em parte. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2000.0010.2264-5/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues,DJ de 09/04/2003).

Ementa – Ação de cobrança. Reconhecimento da dívida peloréu. Não comprovação do alegado pagamento. O ônus da provaincumbe ao réu, nos termos do art. 333, II do CPC, quando alegarfato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.Sentença mantida. Recurso conhecido e improvido. (ConformeAcórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0000.7766-1/0,Rel. Juiz Ademar Mendes Bezerra, DJ de 09/05/2003).

Ementa – Recurso cível. Ação de cobrança. Recorrente citado,regularmente, somente em grau de recurso, alega nomeincorreto apontando o fato como proposta a ação contra pessoainexistente. Argumento insubsistente e sem prejuízo para a parte.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0000.7780-7/0, Rel. Juiz Edmo Magalhães Carneiro,DJ de 30/05/2003).

Ementa – Recurso cível nos Juizados Especiais. Ação decobrança. Incompetência em decorrência do valor da dívida.Inteligência do art. 3º, inciso I, da Lei nº 9.099/95. Sentençadesconstituída. (Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sobo nº 2002.0001.2351-7/0, Rel. Juiz Paulo Camelo Timbó, DJ de30/05/2003).

Ementa – Ação de cobrança. Cheque prescrito. Nãocaracterização como título de crédito. Inaplicabilidade dosprincípios da abstração e da autonomia das obrigações. Não

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comprovada a existência de relação jurídica lícita entre oslitigantes. Ônus da prova do negócio cabe à autora por ser fatoconstitutivo do seu direito. Recurso conhecido e provido.Sentença reformada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0001.7153-6/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo GonçalvesLeite, DJ de 09/06/2003).

Ementa – Ação de cobrança. Nota promissória. Formulário deinicial da qual constava apenas o pedido da citação do devedor,sem pedido de execução ou determinação de pagamento.Alegação de que decisão que condenou o devedor a pagar ovalor constante do título, devidamente corrigido, seria extra ouultra petita, insubsistente e nula. Informalidade e simplicidadeprocessual. Aplicação do art. 2º da Lei 9.099/95. Insubsistênciada tese de cerceamento de defesa. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida pelos seus próprios fundamentos.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4858-4/0, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJde 14/08/2003).

Ementa – Ação de cobrança. Preliminar de deserção. Rejeição.Contrato de Título de Capitalização. Depósito de 02 (dois) dos60 (sessenta) meses previstos, cada no valor de R$ 800,00(oitocentos reais). Previsão contratual de devolução a partir dofinal do 3º (terceiro) mês de vigência. Rescisão. Direito derecebimento das quantias já reembolsadas, abatidas dopercentual de 10% (dez por cento) para pagamento das despesasrealizadas. Inteligência do artigo 424, do novo Código Civil, e osartigos 25, 51, II e 53, todos do Código de Defesa do Consumidor.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2135-5/0, Rel. Juiz Emanuel Leite Albuquerquesubstituindo Dr. Francisco das Chagas Oliveira, DJ de 10/10/2003).

Ementa - RECURSO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DECORRETAGEM DECORRENTE DE VENDA DE IMÓVEL.INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIO. SERVIÇO PRESTADO. O

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CORRETOR QUE PROMOVE A INTERMEDIAÇÃO ENTRE OVENDEDOR E O COMPRADOR, OBJETIVANDO A VENDA DOIMÓVEL, FAZ JUS À COMISSÃO ESTABELECIDA EMCONTRATO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.SENTENÇA MANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.2553-9/0, Relator: JOSÉ EDMARDE ARRUDA COELHO, DJ de 06/11/03).

Ementa - AÇÃO DE COBRANÇA. RECURSO CÍVEL. TRATA-SE DE CONTRATO VERBAL DE ALUGUEL ONDE AS PARTESNÃO APRESENTARAM RECIBOS OU CONTRA-RECIBOS.PORÉM, O PROMOVIDO CONFESSOU QUE HAVIA MORADONO IMÓVEL DA PROMOVIDA E QUE DEVIA CERTA QUANTIA.CONFISSÃO, NOS AUTOS, DA DÍVIDA. RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (ConformeAcórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº?2002.0002.3900-0/0,Relator: JOSÉ EDMAR DE ARRUDA COELHO, DJ de 04/12/03).

Ementa - RECURSO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA C/COBRIGAÇÃO DE FAZER. CONDENAÇÃO DO RÉU ARESSARCIR AO AUTOR QUANTIA PAGA INDEVIDAMENTE. ORECORRENTE COBROU DO RECORRIDO VALORESREFERENTES A CUSTAS PROCESSUAIS, NOTIFICAÇÕESEXTRAJUDICIAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.RECORRIDO DEU CAUSA A TAIS VALORES. DESISTÊNCIADA AÇÃO NÃO TERIA OCORRIDO, SE NÃO HOUVESSE SEREALIZADO UM ACORDO EXTRAJUDICIAL. RECURSOCONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA REFORMADAINTEGRALMENTE. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0003.7139-0/0, RELATOR: O EXMO. SR. JUIZCID PEIXOTO DO AMARAL NETO, DJ de 23/12/03).

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AÇÃO DE DIVISÓRIA

Ementa – Civil. Ação de Divisória. O recorrente terá que desfazero eirado construído por ter invadido área que não lhe pertencia.Decisão fundamentada nos termos dos artigos 1.300 e 1.301 doNovo Código Civil. Art. 1.300 – O proprietário construirá de maneiraque o seu prédio não despeje águas, diretamente, sobre o prédiovizinho. Art. 1.301 – É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraçoou varanda a menos de metro e meio do terreno vizinho. Orecorrido é parte legítima para intentar a ação. Recurso conhecidoe improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.2636-5/0, Rel. Juiz Marcos AurélioRodrigues, DJ de 09/04/2003).

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AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

Ementa – Obrigação de fazer. Moradia construída em regime demutirão. Alienação a terceiro efetivada por possuidor.Irregularidade na concretização do referido negócio jurídico.Devolução à proprietária da quantia recebida em face damalsinada compra e venda. Recurso conhecido, porémimprovido. Sentença monocrática ratificada pelos própriosfundamentos. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob onº 2002.0006.3328-0/0, da 18ª Unidade: Conjunto José Walter,Rel. Juíza Maria Apolline Viana de Freitas, DJ de 17/01/2003).

Ementa – Ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos.Cível. Recurso inominado. Serviço de telefonia fixa. Usuário que,advertido da existência de débito, somente o quitou quando tevecancelado seu acesso telefônico. Aplicação do art. 76 doRegulamento do Serviço Telefônico Fixo Comutado, aprovadopela Resolução nº 85 da Agência Nacional de Telecomunicações(ANATEL). Culpa exclusiva do usuário e licitude do ato dacompanhia telefônica, subsistindo-lhe apenas o direito àsolicitação de nova linha. Dano moral inexistente. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2001.0001.2653-4/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 13/02/2003).

Ementa – Obrigação de fazer – Execução de acordo firmadoentre as partes, para composição de danos materiais decorrentesde sinistro de veículo – Embargos – Comprovado odescumprimento do acordo celebrado entre as partesdesavindas, devidamente homologado em juízo, resulta legal eoportuna a conversão da obrigação assumida pelo acordanteinadimplente, traduzida no pagamento de pecúnia, a título deperdas e danos, tal como preceitua o art. 52, inciso V, da Lei nº9.099/95. Recurso improvido. Sentença confirmada. (ConformeAcórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0009.3915-0/0,DJ de 26/02/2003).

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Ementa – Ação de obrigação de fazer. Detalhamento de consumode faturas mensais telefônicas. Devidamente detalhadas ascontas e reconhecido um número de incidência freqüente, tem-se que são abusivos os débitos existentes. Sentença mantida.Recurso improvido. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal,sob o nº 2000.0010.2408-7/0, da 7ª Unidade: Montese, Rel. JuizFrancisco Willo Borges Cabral, DJ de 05/03/2003).

Ementa – Controvérsia sobre o pagamento – Nota Promissória– Prova do pagamento – Ônus do devedor. Presunção de nãopagamento não elidida pela recorrida. Obrigação de fazerconsistente na entrega de máquina descrita na inicial ou outrasimilar. Comando sentencial determinando a entrega de máquinadiversa da pleiteada no pedido inaugural. Justa a recusa dorecorrente quando existente o bem móvel perseguido pela parteapelada. 1. O direito se assegura a quem o tem e, havendocontrovérsia, se reconhece àquele que, de sua existência, fazprova. O ônus da prova do pagamento é do devedor, pois quempaga é quem deve munir-se da competente quitação. Em setratando de títulos de crédito, basta a sua entrega ao devedorpara firmar a presunção de pagamento (CC. Art. 945). Uma vezque o título de crédito encontrava-se em poder do credor, aprincípio, presume-se o não pagamento do mesmo. Talpresunção não é absoluta, podendo ser elidida por prova robustaem sentido contrário. Entretanto, a prova coligida aos autos nãosocorrem a apelada. 2. Afigura-se justa a recusa operada pelorecorrente, no tocante à devolução de outro bem, quandoassevera ter para pronta devolução e consertada a máquinaexigida pela apelada na peça inicial. Recurso conhecido eprovido. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3884-7/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 25/03/2003).

Ementa – Ação de obrigação de fazer – A concessionária deserviços de telecomunicações não está obrigada a reinstalaracesso telefônico, gratuitamente, de consumidor que teve seuacesso cancelado, em face de inadimplência por período superior

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a noventa dias – Recurso provido – Decisão reformada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.0875-0/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 31/03/2003).

Ementa – Construção de muro em propriedade vicinal afeta aventilação e torna escura e quente a propriedade vizinha. Recursoinominado cível. Obrigação de fazer c/c reparação de danos.Direito de vizinhança reconhecido para determinar a demoliçãodo muro, edificado além da altura permitida para adequá-lo aosparâmetros permitidos em lei. Inexistência de dano moral queautorize determinação de indenizar. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida pelos seus próprios fundamentosdecisórios. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.3976-0/0, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJde 15/05/2003).

Ementa – Ressarcimento de dano cumulado com obrigação defazer. Responsabilidade do dono de animais que causam prejuízoà propriedade alheia bem como de tomar providências para evitarlesões patrimoniais. Sentença confirmada. (Conforme Acórdãoda 5ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.3590-1/0, Rel. JuizPaulo Camelo Timbó, DJ de 30/05/2003).

Ementa – Ação de obrigação de fazer cumulada com indenizatóriade danos materiais e morais. Autor que firma contrato de leasinge em conseqüência ganha Seguro Múltiplo do Banco Ford. Oautor preencheu os requisitos para adquirir o prêmio do seguro,mas houve recusa dos promovidos em cumprir com a obrigação.Danos moral e material não caracterizados. Recurso conhecidoe parcialmente provido. Sentença reformada. (Conforme Acórdãoda 6ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.2478-8/0, Rel. JuizClécio Aguiar de Magalhães, DJ de 05/09/2003).

Ementa – Restituição de valores. Ação de Obrigação de Fazer.Passageira de companhia aérea que, por motivos pessoais,desistiu previamente de viagem, tem direito à restituição dos

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valores pagos. Vedação do enriquecimento ilícito é princípio geraldo direito. A empresa recorrente não pode, sob qualquer pretexto,pretender locupletar-se à custa da passageira, consumidora eusuária de seus serviços. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0005.1936-4/0, Rel. Juiz Raimundo de SouzaNogueira, DJ de 17/09/2003).

Ementa – Telefonia. Obrigação de fazer c/c indenização. Pedidode reparação de danos morais e com o fim de obrigar a empresapromovida a comprovar detalhadamente as ligações referentesà cobrança. Ligações efetuadas para acessos telefônicos deparentes da usuária e não contestadas anteriormente. Açãojulgada improcedente. Ausência de violação do Código de Defesado Consumidor. Dano moral não caracterizado. Recursoconhecido e improvido. Sentença confirmada. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0006.3316-7/0,Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJ de 17/09/2003).

Ementa – Ação declaratória de nulidade contratual c/c obrigaçãode fazer. Cível. Recurso inominado. Serviço de telefonia. Usuárioque solicitou informações detalhadas sobre o serviço prestado(ligações telefônicas) e não obteve êxito, alegando ainda anulidade de várias cláusulas contratuais. Obrigação de fazerreconhecida por sentença e reconhecimento da nulidade apenasda cláusula contratual que fixava foro distinto do domicílio doconsumidor para dirimir questões judiciais oriundas doinstrumento contratual. Interpretação e aplicação correta dos arts.6º, 26 e 39 da Lei 8.078/90 c/c art. 52, V da Lei 9.099/95. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0160.7809-9/1, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 17/09/2003).

Ementa – Obrigação de fazer cumulada com a indenização pordanos morais. Viola o direito de propriedade quem divulga, explorae utiliza, sem autorização, objeto já patenteado, registrado noINPI. No caso em questão, o objeto do recorrente e fruto da

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patente não guarda qualquer similaridade com o objeto utilizadopelo recorrido, não incidindo sobre o caso a lei nº 9.279/96, Leida Propriedade Industrial. Não configurado o dano moral sofrido,ação julgada improcedente. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0003.7146-2/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo GonçalvesLeite, DJ de 10/10/2003).

Ementa – Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por danosmateriais e morais. Protocolo comprovando a entrega doCertificado de Conclusão do 2º Grau. Prolação sentencialcondenando aos danos morais. Acordo entabulado para opagamento do débito. Ausência de inadimplemento. Obrigaçãoda instituição de ensino de promover a exclusão do nome darecorrida do Serviço de Proteção ao Crédito. Dano moral. Nexode causalidade. Redução da condenação para R$ 4.000,00(quatro mil reais) acrescidos de juros e correção a partir dacitação. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3960-6/0, Rel. Juiz Emanuel Leite Albuquerquesubstituindo Dr. Francisco das Chagas Oliveira, DJ de 10/10/2003).

Ementa - CANCELAMENTO E PERDA DO DIREITO DE USODE LINHA TELEFÔNICA POR FALTA DE PAGAMENTO DEPARCELAMENTOS DAS CONTAS MENSAIS. SERVIÇOS DETELEFONIA. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PEDIDO DEREINSTALAÇÃO DA MESMA LINHA. CANCELAMENTO DALINHA MOTIVADO PELOS SUCESSIVOS DESCUM-PRIMENTOS DE ACORDO PARA PAGAMENTO DOSVALORES PELA CONSUMIDORA. ALEGAÇÃO DE DIREITOADQUIRIDO À PROPRIEDADE DA LINHA, EM RAZÃO DAAQUISIÇÃO DA MESMA TER OCORRIDO ANTES DAPRIVATIZAÇÃO DAS EMPRESAS DE TELEFONIA. AÇÃOJULGADA IMPROCEDENTE. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOCÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. IMPOSSIBILIDADEDA CONTINUIDADE AD PERTETUAM DE OFERECIMENTO DOSERVIÇO SEM A CONTRA-PRESTAÇÃO NECESSÁRIA.

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RESPONSABILIDADE DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOPÚBLICO ESSENCIAL E CONTÍNUO NÃO PODE SIGNIFICARSACRIFÍCIO ILIMITADO DO DIREITO DO FORNECEDOR AORECEBIMENTO DOS VALORES. RECURSO CONHECIDO EIMPROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0000.7788-2/0, Relator:RAIMUNDO DE SOUZA NOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DEANTECIPAÇÃO DE TUTELA - MEDICAMENTO DE ORIGEMESTRANGEIRA, COM REGISTRO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE,COMERCIALIZADO NO BRASIL POR EMPRESA BRASILEIRA,COM BULA TRADUZIDA EM PORTUGUÊS, EQUIPARA-SE AMEDICAMENTO NACIONALIZADO, ESTANDO EXCLUÍDO DOALCANCE DA CLÁUSULA CONTRATUAL QUE O EXCLUI PORCONSIDERÁ-LO PRODUTO IMPORTADO - APLICAÇÃO DOART. 10, INCISO V, DA LEI Nº 9.656/98 - RECURSO IMPROVIDO- DECISÃO CONFIRMADA. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7175-7/0, Relator(a).: MARIANAILDE PINHEIRO NOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - OBRIGAÇÃO DE FAZER COMBINADO COMDECLARAÇÃO DE NULIDADE DE TÍTULO. ÔNUS DA PROVACABE À EMPRESA DE TELEFONIA. NA RELAÇÃO DECONSUMIDOR E FORNECEDOR CABE A ESTE PROVAR AEXISTÊNCIA DO CONSUMO ALEGADO OU O MOTIVOFÁTICO/JURÍDICO QUE LEGITIME A COBRANÇA. INVERSÃODO ÔNUS DA PROVA AUTORIZADA PELO ART. 6º, INCISO VIII,LEI Nº 8.078/90. PRECEDENTE DA 6ª TURMA RECURSAL.RECURSO IMPROVIDO. DECISÃO CONFIRMADA. (ConformeAcórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0006.7236-5/0,Relator: FRANCISCO SALES NETO, DJ de 23/10/2003).

Ementa - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DEANTECIPAÇÃO DE TUTELA - PACIENTE IMPOSSIBILITADA DELOCOMOVER-SE ATÉ O LOCAL DA PRESTAÇÃO DOSERVIÇO MÉDICO - INCABÍVEL A RECUSA A ATENDIMENTO

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DOMICILIAR, NECESSÁRIO À SOBREVIVÊNCIA DAPROMOVENTE, SOB O ARGUMENTO DE INEXISTÊNCIA DEPREVISÃO CONTRATUAL - APLICAÇÃO DO ARTIGO 47 DOCDC, ONDE O CONTRATO DEVE SER INTERPRETADO,COMO UM TODO, DE MANEIRA MAIS FAVORÁVEL AOCONSUMIDOR - RECURSO IMPROVIDO - DECISÃOCONFIRMADA. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sobo nº 2003.0001.7177-3/0, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRONOGUEIRA, DJ de 06/11/03).

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AÇÃO DEMOLITÓRIA

Ementa – Ação demolitória conexa à ação de manutenção deposse. Proprietário de imóvel com pleno acesso à via públicanão tem direito a dispor, como dono, de servidão instituída aterceiros, pelo simples fato de ser confinante - aplicação do artigo696 do CC. Recurso improvido – Decisão confirmada. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.2272-6/0,Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira, DJ de 05/09/2003).

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AÇÃO REVISIONAL

Ementa – Cartão de crédito. Revisional. Relativização daautonomia da vontade e abandono de princípio do “pacta suntservanda”. Admissibilidade de revisão dos contratos firmadoscom empresas administradoras de cartões de crédito, em funçãode estarem submetidos à égide do CDC. Juros limitados a 12%ao ano. Ação revisional a envolver matéria estritamente de direito,tornando despiciendo falar-se em necessidade de períciacontábil. SERASA. Inscrição nos órgãos negativos. Multacominatória a fim de garantir a exclusão do nome de devedor.Descabimento. Sentença reformada parcialmente. 1) Pacta suntservanda. A evolução do direito privado tem se caracterizado,essencialmente, como ninguém desconhece: a) pela suarelativização, em face exatamente de sua função social (v.g.Constituição Brasileira de 1988, art. 5º, XXIII, do novel CódigoCivil Brasileiro, art. 421, Código de Defesa do Consumidor), b)pela vinculação ético-social desses direitos e c) pelo recuoperante o formalismo do sistema do direito privado clássico doséculo XIV, especialmente em termos de aplicação da lei pelojuiz. Transcrevo aqui, por oportuno, os ensinamentos da festejadacivilista Maria Helena Diniz, in Curso de Direito Civil Brasileiro, 1ºvolume, Editora Saraiva, página 50: “Em verdade, depois de 1916,os acontecimentos alteraram, profundamente, os fatos sociais,requerendo maior ingerência do juiz nos negócios jurídicos,derrogando o princípio “pacta sunt servanda”. 2) Jurosremuneratórios. Embora há EC nº 40, de maio de 2003, tenhaalterado o “caput” do art. 192 e revogado os respectivos incisose parágrafos, há de respeitar-se o ato jurídico perfeito, visto queo contrato, sob revisão, foi celebrado em data muito anterior,incidindo, na espécie, a limitação constitucional dos juros outroraexistentes. Portanto, sendo ou não instituições financeiras asadministradoras de cartões de crédito, na hipótese vertente, arecorrente está sob o jugo da limitação suso mencionada. 3)Perícia contábil. Em se cuidando de ação de natureza revisional,dispensa-se a realização de perícia contábil, na fase instrutóriado procedimento, de vez que o exame da legalidade e abusividade

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das cláusulas do contrato constitui matéria exclusivamente dedireito. 4) Multa cominatória. Incompatível a imposição de sançãoem razão de hipotético descumprimento de determinação judicial.A multa pelo descumprimento não merece aplicação na espécie,porquanto, na esteira de inúmeros precedentes dos tribunaispátrios, não se cogita da incidência cominatória quando não hádescumprimento de decisão judicial. Nesse sentido: Agravoinominado. Inscrição em cadastros de inadimplência napendência de discussão judicial sobre a existência e/ou montanteda dívida. Multa cominatória e seu incabimento (6 fls) (Agravoinominado nº 70004464541, 20ª Câmara Civil, Tribunal de Justiçado RS, Relator: Des. Armínio José Abreu Lima da Rosa, julgadoem 12/06/2002). Assento que as determinações judiciais, emprincípio, e até mesmo por razões que não se necessita enfatizar,devem ser cumpridas. Esta é a essência do SistemaDemocrático, qual seja, o respeito às decisões judiciais. Ocumprimento delas é imperioso, sob pena de aplicação desanções que poderão ser determinadas a qualquer tempo, se ocaso. O que não me parece coerente e sequer compatível coma própria atividade jurisdicional é a imposição de sanção emrazão de hipotético descumprimento de determinações. A“astreinte” não diz com pena em razão do que não fora efetivado,mas, sim, como meio de coação para que se faça e não deixede ser feito. A aplicação da multa diária, imposta em exorbitantequantia de R$ 500,00, redundaria em inegável locupletamentoindevido da recorrida. Não há, destarte, fundamento legal para aimposição da pena, existindo, noutro prisma, conseqüênciaprópria ao descumprimento de determinação judicial. De mais amais, a hipótese não se amolda às situações previstas nos arts.287 e 461 do CPC ou mesmo no art. 84 do CDC, porquanto oobjeto do feito matriz não diz com o cumprimento de obrigaçãode fazer ou não fazer. Recurso conhecido e parcialmente provido.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0006.7320-5/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 17/09/2003).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO

Ementa – Gratuidade da justiça. Declaração de pobreza. Asimples declaração de miserabilidade não é prova inequívocado que se declara, podendo, portanto, o juiz negar o pedido deconcessão de assistência judiciária, ante a revelação das provasde que a situação econômica do requerente permite que eleassuma as custas processuais, sem prejuízo do sustento próprioe de sua família. Agravo improvido. (Conforme Acórdão da 5ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0002.1058-4/0, Rel. JuizFrancisco Suenon Bastos Mota, DJ de 28/04/2003).

Ementa - AGRAVO DE INSTRUMENTO. NÃO CABIMENTO EMSEDE DE JUIZADOS ESPECIAIS. 1- A LEI Nº 9.099/95, QUEINSTITUIU OS JUIZADOS ESPECIAIS, NO QUE CONCERNEAOS RECURSOS, POSSUI UM SISTEMA PRÓPRIO. 2- PREVÊAPENAS OS RECURSOS INOMINADOS, INTERPOSTOSCONTRA SENTENÇA, PREVISTO EM SEU ART. 41 E OSEMBARGOS DE DECLARAÇÃO, EM SEU ART. 48. 3- OSJUIZADOS ESPECIAIS TÊM PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO,NO QUAL AS DEMANDAS PRECISAM SER RAPIDAMENTESOLUCIONADAS, PORTANTO, O AGRAVO DE INSTRUMENTOFERE UM DOS PRINCÍPIOS MAIS IMPORTANTES DOSJUIZADOS: A CELERIDADE PROCESSUAL. (ConformeAcórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7152-7/0,Relator: JOSÉ EDMAR DE ARRUDA COELHO, DJ de 23/10/2003).

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CERCEAMENTO DE DEFESA

Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE DE VEÍCULOS.RECORRENTE INSURGE-SE CONTRA O LAUDO PERICIALPRODUZIDO, REQUERENDO A PRODUÇÃO DE PROVAORAL, O QUE LHE FORA NEGADO. CERCEAMENTO DEDEFESA CONFIGURADO. A AMPLA DEFESA CONSTITUI-SEEM PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL, QUE SE SOBREPÕE EMRELAÇÃO À CELERIDADE E À ECONOMIA PROCESSUAL,PRINCÍPIOS INFORMADORES DO PROCEDIMENTO A SERSEGUIDO NOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS.RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA ANULADA.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0006.7228-4/0, Relator: JOSÉ EDMAR DE ARRUDACOELHO, DJ de 06/11/03).

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CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Ementa – Direito do consumidor. Banco de dados e cadastrosde consumidores. Pagamento da dívida ensejadora da inscrição.Não retirada do nome do consumidor outrora devedor. Ato ilícito.Dano moral. Ônus probatório. 1) Os bancos de dados ecadastros de consumidores inadimplentes não são, per si, ilegaisou abusivos. Encontram eles supedâneo legal no art. 43, doCódigo de Defesa do Consumidor. 2) Se o consumidor paga adívida ensejadora de sua inscrição em tal sorte de cadastros,tem direito à retirada imediata da negativação de seu nome. 3)Assim não procedendo o responsável pela inscrição, cometeato ilícito que gera dano moral para o consumidor outrora devedor,até mesmo porque tais cadastros devem respeito à verdade,conforme se depreende do art. 43, § 1º, do CDC. 4) Em se falandode reparação do dano moral, é desnecessária a comprovaçãodo dano e de sua extensão, uma vez ser impossível a análisedos meandros da alma humana. Logo, para que haja aresponsabilidade do agente, se faz necessário tão somente aprova do ato lesivo. (Precedente do STJ). 5) Recurso conhecido,mas não provido. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0005.1955-0, da 7ª Unidade: Montese, Rel. JuízaMaria Estela Aragão Brilhante, DJ de 13/01/2003).

Ementa – Cível. Ação reclamatória. Obrigação de fazer. Inscriçãoem plano alternativo DVI Internet Call da Telemar. Contrato deadesão. Insatisfação com o serviço e solicitação de retirada daresidência do recorrido. Direito de desistência previsto nalegislação consumerista. Solicitação não atendida e direito àrestituição da quantia paga. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0000.6893-1/0, Rel. Juiz Raimundo de SouzaNogueira, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Restituição de valores. Arras penitenciais. Incidênciado Código de Defesa do Consumidor. Embora existam as regraspróprias das arras previstas no Código Civil, incide sobre o

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contrato os princípios e estipulações do Código de Defesa doConsumidor, quando configurada a relação jurídica de consumo.Desistência do consumidor, por impossibilidade financeira, emface de desligamento do emprego. Hipossuficiência e adesãopura e simples a contrato estipulado pela empresa-vendedora,ora recorrente. Necessidade de revisão e integração judicial docontrato, de modo a adequar suas cláusulas e manter o equilíbriocontratual. Cláusula que estabelece a perda integral das quantiaspagas. Abusividade decorrente da desvantagem excessiva e dainfringência aos princípios norteadores do Código de Defesa doConsumidor. Recurso conhecido e improvido, para o fim demanter íntegra a sentença recorrida. (Conforme Acórdão da 3ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0006.3313-2/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Inexistência de débito. Embratel. Ligações telefônicas.Ligações internacionais lançadas em fatura mensal. Inversãodo ônus da prova. Art. 6º, VIII, CDC. Resta evidenciada a relaçãode consumo existente entre as partes, por ser a recorrenteprestadora de serviços telefônicos e, a recorrida, consumidorafinal dos referidos serviços, nos termos dos artigos 2º e 3º, doCódigo de Proteção e Defesa do Consumidor. A hipossuficiênciada parte apelada é fato que deve ser apurado na esferaprocessual, como concluiu a julgadora monocrática ao lançar asentença, quando observou a regra da inversão do ônus da prova,nos termos do inciso VIII, do art. 6º, do CDC. Com efeito, a apelanteemitiu fatura de prestação de serviços telefônicos, na qualconstam lançamentos de ligações internacionais efetuadas paraGuiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, como se verifica nadiscriminação das ligações, acostada às fls. 09/11, dos autosoriginários. A apelante, por sua vez, não explica tais lançamentos.Limita-se a dizer que as ligações foram efetuadas através doterminal telefônico da recorrida. Ademais, invertido o ônus daprova, cabia à apelante demonstrar que lançou corretamente asligações descritas nas faturas sob comento através, até mesmo,de prova pericial, o que não se verifica nos autos. Portanto,conclui-se que foram indevidamente lançadas as referidas

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ligações na fatura mensal da apelada. Correta a condenação narepetição do indébito na forma dobrada. Recurso improvido.Sentença de 1º grau confirmada na íntegra. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0006.3337-0/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Civil. Dano moral. Agência de turismo. CDC.Fornecedora de serviço. Responsabilidade civil objetiva. Contratodescumprido. Oferta de transporte inadequado para transportede passageiros, incluindo crianças e idosos, em horário noturno.Transtornos no transcurso da viagem, pois sequer existiabanheiro no interior do veículo. Viagem parcialmente frustrada,neste tocante. Configuração do dano moral. Quantum arbitradomoderadamente. 1) A agência de turismo, na qualidade defornecedora de serviços, responde objetivamente pelos danosmorais que vier a causar ao consumidor. 2) Submetem-se àinjusta preocupação, angústia e aflição, causando-lhesindiscutíveis danos morais, os consumidores que, com boa-fé,contratam com agência de turismo pacote de viagem praiana,mas são surpreendidos, no embarque, com o oferecimento deônibus em precária situação de uso, tais como poltronasdesconfortáveis e inexistência de banheiro interno, necessitandoos passageiros, aí incluídos idosos e crianças, de se utilizaremdo acostamento da estrada, em plena noite, para satisfação denecessidades fisiológicas. 3) Mostra-se justo o valor quandoarbitrado com cautela e moderação, mediante criteriosaconsideração das circunstâncias que envolveram o fato, dascondições pessoais e econômico-financeiras dos envolvidos,assim como do grau da ofensa moral, sem ser, de um lado,suficiente a redundar em enriquecimento ilícito do ofendido, e,de outro, não passando despercebido pelo ofensor, afetando-lhe moderadamente o patrimônio financeiro. 4) Recursoconhecido e improvido, para o fim de manter íntegra a sentençarecorrida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0005.1970-4/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

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Ementa – Indenização. Danos materiais e morais. Suspensãoindevida de serviços de energia. Responsabilidade civil objetiva.Possibilidade. CDC. O bloqueio injustificado da força ensejaindenização por danos materiais e morais. Cumpre ressaltar queo serviço de energia elétrica é, sem dúvida, relação de consumo,considerado fornecedora a empresa energética, na forma do art.3º do CDC. E os usuários são consumidores na forma do art. 2ºe parágrafo único da norma consumerista. O serviço de energiaé serviço público essencial, subordinado ao princípio dacontinuidade, na forma do art. 22 do Código do Consumidor, damesma forma que o serviço de esgoto, telefonia e água. Obloqueio de tal serviço, indevidamente, como forma de compeliro usuário ao pagamento de tarifa ou multa, extrapola os limitesda legalidade, ainda mais absurda a suspensão do serviço,quando o consumidor não obrou com culpa e estava adimplente.Demais disto, há de se levar em consideração que a apeladalaborou mal em operar o bloqueio da linha energética do apelado,sem a prudência necessária, ferindo o disposto no art. 14 doCDC. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4885-1/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa – Ensino. Estabelecimento que oferece cursopreparatório para concursos. Curso que demora a se realizar e,quando inicia, o faz em situações precárias. Pedido de restituiçãodo valor pago e indenização por danos morais. Serviçoseducacionais. Relação de consumo. Valor da causa superior a20 salários mínimos. Exigência de presença de advogado dapromovida, em audiência. Ausência do advogado. Revelia e seusefeitos. Independente da revelia, aplicabilidade das regras doCódigo de Defesa do Consumidor. Responsabilidade civil objetivado estabelecimento pela qualidade dos serviços fornecidos.Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0003.2645-0/0,Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJ de 13/02/2003).

Ementa – Estacionamento de universidade. Veículo de aluno

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deixado em estabelecimento de ensino superior. Furto do veículodo local, sendo encontrado, posteriormente, sem o sistema desom e sem as rodas, pela polícia, em local diverso daquele noqual foi deixado pelo promovente. Relação de consumo.Responsabilidade civil objetiva do estabelecimento. A finalidadeessencial de qualquer estabelecimento é, para o usuário, asegurança na custódia ou guarda de seu veículo, seja gratuitoou não o seu uso. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.6881-8/0, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJde 13/02/2003).

Ementa – Inexistência de débito. EMBRATEL. Ligaçõestelefônicas. Ligações interurbanas lançadas em fatura mensal.Inversão do ônus da prova. Art. 6º, VIII, CDC. Resta evidenciadaa relação de consumo existente entre as partes, por ser arecorrente prestadora de serviços telefônicos e, a recorrida,consumidora final dos serviços, nos termos dos artigos 2º e 3º,do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Ahipossuficiência da parte apelada é fato que deve ser apuradona esfera processual, como concluiu a julgadora monocráticaao lançar a sentença, quando observou a regra da inversão doônus da prova, nos termos do inciso VIII, do art. 6º, do CDC.Com efeito, a apelante emitiu fatura de prestação de serviçostelefônicos, na qual constam lançamentos de ligaçõesinterurbanas, efetuadas para as diversas cidades dos Estadosde São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, como se verifica nadiscriminação das ligações acostada às fls. 11/15, dos autosoriginários. A apelante, por sua vez, não explica tais lançamentos.Limita-se a dizer que as ligações foram efetuadas através doterminal telefônico da recorrida. Ademais, invertido o ônus daprova, cabia à apelante demonstrar que lançou corretamente asligações descritas nas faturas sob comento através, até mesmo,de prova pericial, o que não se verifica nos autos. Portanto,conclui-se que foram indevidamente lançadas as referidasligações na fatura mensal da apelada. Recurso improvido.Sentença de 1º grau confirmada na íntegra. (Conforme Acórdão

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da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0000.7744-0/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 13/02/2003).

Ementa – Contrato. Assinatura de revistas. Brinde. Transporteaéreo. Não realização do integral dos serviços. Responsabilidadeda contratada. Sentença mantida. Assinando consumidoracontrato com editora, para recebimento de revistas, e recebendo,como brinde, passagem aérea, tem ela o direito de sercorretamente transportada, para a capital escolhida, não podendoa contratada fugir de suas responsabilidades, sob a alegaçãode fato de terceiro, já que foi ela que se comprometeu a garantiro transporte. Mantendo-se a sentença, deve a recorrente pagaras custas processuais e honorários advocatícios. (ConformeAcórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0006.3324-8/0,da 9ª Unidade: FA7, Rel. Juíza Maria Apolline Viana de Freitas,DJ de 11/03/2003).

Ementa – Ação reclamatória. Concessionária de serviço públicode telefonia. Serviços suscetíveis de erro. Cobrança de valoresde ligações interurbanas e internacionais. Aplicação do Códigode Defesa do Consumidor. Inversão do ônus da prova. Inteligênciados arts. 4º, 6º, 22 e 51 do Código de Defesa do Consumidor.Obrigação da empresa de comprovar que as ligações partiramdo aparelho do usuário. Não sendo suficientes as provasapresentadas pela empresa de que as ligações se originaramdo terminal telefônico da usuária, é de se excluir o débitocontestado. Recurso conhecido e provido. Sentença reformada.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1943-1/0, Rel. Juíza Maria Apolline Viana de Freitas,DJ de 14/03/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Ação reclamatória. Ligaçõescobradas sem que haja prova de sua realização e contestadaspelo consumidor. Relação de consumo. Hipossuficiência doconsumidor e inversão do ônus da prova. Ausência de provaefetiva das ligações. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida pelos seus próprios fundamentos. (Conforme Acórdão

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da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.0869-6/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Ação de indenização pordanos morais e materiais. Propaganda enganosa. Cobrançaindevida. Propaganda enganosa. Entendimento do art. 37 doCDC. Dano moral caracterizado. Quantum indenizatóriosuficiente. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.3943-4/0, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJde 25/03/2003).

Ementa – Consumidor. Energia elétrica. Curto-circuito na redede transmissão. Danos materiais pleiteados pela recorrente/consumidora em decorrência do fato. Responsabilidade objetivaprevista pelo Código de Defesa do Consumidor, que não dispensaa prova de existência do nexo de causalidade. A responsabilidadecivil objetiva prevista na legislação consumerista tornadespicienda tão somente a prova de ocorrência de culpa porparte do fornecedor na prestação de serviços ao consumidor.Apurada, no juízo monocrático, a inexistência do nexo decausalidade entre o fato e o resultado lesivo, impõe-se ojulgamento improcedente do pleito indenizatório. Sentençaconfirmada pelos próprios fundamentos. Recurso conhecido,porém improvido. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sobo nº 2002.0007.4881-9/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato SilvaSantos, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Consumidor. Serviço veiculado por meio de matériapublicitária. Responsabilidade objetiva do fornecedor. Aexigibilidade da publicidade é cabível ao fornecedor, independentede culpa, indenizar pelo gravame causado ao consumidor,inclusive pelos danos morais sofridos. Recurso improvido.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal,sob o nº 2000.0161.2596-8/1, Rel. Juiz Francisco Suenon BastosMota, DJ de 28/03/2003).

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Ementa – É assegurado ao consumidor a facilitação da defesade seu direito, inclusive o ônus da prova, a seu favor, no processocivil, quando, a critério do juiz, foi verossímil a alegação ou quandofor ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias deexperiência. Inteligência do art. 6º, inciso VIII da lei 8.079/90.Recurso não provido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdãoda 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.6908-3/0, Rel. JuizClécio Aguiar de Magalhães, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos – Roubo ocorrido duranteo percurso da viagem – Inexistência de responsabilidade objetivada empresa de transporte prestadora do serviço, diante daargüição de caso fortuito ou de força maior e de fato de terceiro– Aplicação dos artigos 1058 do CC e artigo 14, parágrafo 3º,inciso II do CDC – Recurso provido – Sentença reformada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2327-4/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 31/03/2003).

Ementa – Direito do consumidor e responsabilidade civil objetiva.Inversão do ônus da prova. Danos material e moralcaracterizados. Valor da condenação pautado dentro dos critériosda razoabilidade. Mérito. 1. O serviço de telefonia prestado pelaapelante ao apelado, à luz dos arts. 2º e 3º do CDC, caracteriza-se perfeitamente como relação típica de consumo e não comoatividade meramente comercial. Frize-se, ao azo, que o recorridofigurou nesta relação como consumidor final, restandodescartada a hipótese de que essa figura de destinatárioderradeiro caberia aos ouvintes. 2. Vislumbrando o julgador quea hipótese se enquadra nas disposições do artigo 6º, inciso VIIIdo CDC, o que é o caso, inverte-se o ônus da prova a favor doconsumidor, cabendo à recorrente arcar com a prova deexistência da prestação efetiva do serviço, o que, infelizmente,não foi desincumbido. 3. Os danos material e moral restaramconfigurados, tanto em face da negligência, quanto da imperfeiçãona prestação dos serviços colocados à disposição doconsumidor. Por outro lado, não existe, nos fólios, sequer início

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de prova no sentido de comprovar a prestação de serviçocontratada, ficando o consumidor/apelado sujeito aosconstrangimentos, aborrecimentos, dissabores, incômodos etranstornos de ser tratado como irresponsável ante os seuspatrocinadores, chegando ao ponto de se utilizar de um aparelhocelular mirando a transmissão apenas e tão somente de lancesda partida. Leve-se em consideração que o ocorrido, como gerouofensa aos atributos da personalidade do apelado e aos seuspredicados intrínsecos, ficando caracterizado que o dano moralque experimentara é apto a gerar uma compensação pecuniária,assiste a ele o direito de merecer a compensação compatívelcom os danos havidos ante o aperfeiçoamento do silogismodelineado pelo artigo 159 do então vigente código civil, para queo dever de indenizar resplandeça. E mais, a magistrada deprimeiro grau operou ainda com mais esmero no exato momentoem que fixou o valor da condenação por dano material apegando-se somente em prova documental. 4. No tocante ao valor dacondenação, razoável se mostra o arbitramento procedido pelojuízo monocrático, uma vez que o quantum fixado ficou dentrodos critérios da razoabilidade e proporcionalidade, arbitrado comcautela e moderação, mediante criteriosa consideração dascircunstâncias que envolveram o fato, das condições pessoaise econômico-financeiras dos envolvidos, assim como do grauda ofensa moral, sem ser, de um lado, suficiente a redundar emenriquecimento ilícito do ofendido e, de outro, não passandodespercebido pelo ofensor, afetando-lhe moderadamente opatrimônio financeiro. 5. Sentença mantida, pelos seus própriose jurídicos fundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0002.6143-0/1, Rel. Juiz RaimundoNonato Silva Santos, DJ de 09/04/2003).

Ementa – A questionalidade sobre possível validade de cobrançade ligações telefônicas não é tida como de grande complexidadecapaz de deslocar sua competência dos Juizados Especiais.Preliminar rejeitada. A regra do artigo sexto do CDC, que cogitada inversão do ônus da prova, tem a motivação de igualar aspartes que ocupam posições não isonômicas, sendo nitidamente

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posta a favor do consumidor, cujo acionamento fica a critério dojuiz sempre que houver verossimilhança na alegação ou quandoo consumidor for hipossuficiente, segundo as regras ordináriasda experiência, requisitos presentes na hipótese vertente.Recurso conhecido e não provido, confirmando-se a sentençacensurada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0006.3332-9/0, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 07/05/2003).

Ementa – Civil – CDC – Serviço de telefonia – Obrigação defazer – Danos morais – Alegações verossímeis e hipossuficiênciado consumidor – Inversão do ônus da prova autorizada pelo artigo6º, inciso VIII, da Lei nº 8.078/90 – Cobrança exacerbada, semdevida comprovação de utilização do serviço, pela empresa detelefonia – Ofensa à intangibilidade pessoal da autora – Danomoral caracterizado – Compensação pecuniária devida. Recursoconhecido. Sentença reformada. 1) Concertado um contrato deprestação de serviços de telefonia entre a prestadora de serviçose um consumidor, a operação qualifica-se como relação deconsumo, sujeitando-se à incidência do Estatuto Consumerista.Constatada a verossimilhança da versão autoral, assim como asua hipossuficiência perante a fornecedora, inverte-se o ônusda prova (inciso VIII do art. 6º do CDC). 2) Deparando-se aconsumidora com cobranças indevidas, não devidamenterefutadas e demonstradas pela empresa prestadora de serviçode telefonia, vulnerando sua intangibilidade pessoal, sujeitando-se a constrangimentos, aborrecimentos, dissabores, incômodos,tendo inclusive, de pedir o cancelamento do serviço, qualifica-se o ocorrido como ofensa aos seus atributos da personalidadee aos seus predicados extrínsecos, ficando caracterizado que odano moral que experimentara é apto a gerar uma compensaçãopecuniária. 3) Valor fixado com moderação atendendo ao duploobjetivo de compensar a vítima e aplicar ao ofensor uma penapela má prestação do serviço ao consumidor, sem informaçõesadequadas e suficientes, conforme o disposto no art. 14 doCODECON. Nesta situação, considera-se a condição social davítima e o grau de culpabilidade do agente, além de seu patrimônio.

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Recurso conhecido. Sentença reformada. (Conforme Acórdãoda 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0009.3921-5/0, Rel. JuizClécio Aguiar de Magalhães, DJ de 05/06/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Obrigação de fazer. Contratode assinatura de revistas. Oferecimento de passagens aéreascomo atrativo para a celebração do contrato. Relação deconsumo. À luz do CDC, aquele que faz veicular informaçãovincula-se nos termos desta. Sentença confirmada. Recursoconhecido e improvido. (Conforme Acórdão da 4ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0009.3917-7/0, Rel. Juiz Ademar MendesBezerra, DJ de 13/06/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Serviços bancários. Relaçãode consumo. Extinção de limite de crédito sem prévio aviso.Devolução de cheque. Dano moral caracterizado. Sentençaconfirmada. Recurso conhecido e improvido. (Conforme Acórdãoda 4ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7117-9/0, Rel. JuizAdemar Mendes Bezerra, DJ de 13/06/2003).

Ementa – Recurso cível. Consumidor. Serviço veiculado pormatéria publicitária, responsabilidade objetiva do fornecedor.Recurso conhecido e dado parcial provimento. Sentençaalterada. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7778-5/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de18/06/2003).

Ementa – Recurso cível. Obrigação de fazer. Relação deconsumo. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor.Cirurgia plástica restauradora, sem fins estéticos. Períciafavorável. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0001.7105-6/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de18/06/2003).

Ementa – Civil – Ação de reparação de danos – Serviços detelefonia – Fato do serviço – Responsabilidade objetiva do

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prestador de serviço – Inversão do ônus da prova. 1) Os serviçosde telefonia prestados pela Telemar aos seus assinantesconstituem-se numa relação de consumo, comparecendo, arecorrente, como prestadora de serviços e como tal responde,independentemente de culpa, pelos danos, materiais e morais,causados aos seus clientes, por defeitos relativos à prestaçãode serviços. 2) A lei, atenta à realidade dos dias atuais e de formabastante sábia, cuidou de inverter o ônus da prova, atribuindo-oà prestadora dos serviços, a quem competiria provar a prestaçãode serviços de forma eficiente, diante do alegado fato do serviço.Não livrando-se de seu fardo probatório, tem-se comoverdadeiros os fatos alegados pela autora. 3) Devida aindenização por danos morais quando os fatos decorrentes daprestação de serviços defeituosa acarretam transtornos eaborrecimentos que acabam afetando o sentimento de dignidadeda pessoa. 4) Fixação com moderação. 5) Sentença mantidapor seus próprios e judiciosos fundamentos. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7204-3/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 18/06/2003).

Ementa – Civil. Restou comprovada a indenização por danosmorais. A empresa ré prometeu fazer a entrega dos bens móveisde uma só vez, no prazo de 6 a 20 dias, só fazendo em 60 diase em duas viagens, causando grande constrangimento para afamília. Art. 14 do Código de Defesa do Consumidor. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0005.1948-8/0, Rel. JuizMarcos Aurélio Rodrigues, DJ de 04/07/2003).

Ementa – Civil. Indiscutível a obrigação da administradora emarcar com as despesas médicas relativas a prótese relacionadasa atos cirúrgicos. Código de Defesa do Consumidor, art. 51, incisoIV, § 1º, I, II, III. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantidain totum. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0006.3311-6/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de04/07/2003).

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Ementa – Responsabilidade civil. Incêndio de automóvel. Açãoproposta contra empresa instaladora de aparelho de conversãode gasolina em gás natural e vice-versa. Garantia de três anos.Apresentação de defeito do aparelho nos seis primeiros mesesda instalação. Prova evidente de que o incêndio foi causado pordefeito do aparelho, além da aplicação do princípio da culpaobjetiva por ser matéria tutelada pelo Código do Consumidor (art.12, § 3º). Verba devida. Recurso não provido. (Conforme Acórdãoda 1ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0001.7151-0/0, Rel. JuizFrancisco Sales Neto, DJ de 10/07/2003).

Ementa – Recurso cível. Obrigação de fazer. Relação deconsumo. O Código de Defesa do Consumidor adotaresponsabilidade objetiva, calcado na teoria do risco. Incidênciado art. 30 e 35 do CDC. A Editora Globo, ao vincular anúnciopromocional, responsabiliza-se pelos danos ocasionados aoconsumidor, ensejador de indenização. Recurso conhecido eparcialmente provido. Sentença reformada no tocante aoquantum indenizatório. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7165-0/0, Rel. Juiz Luiz EvaldoGonçalves Leite, DJ de 10/07/2003).

Ementa – Juizado Especial Cível. Direito do consumidor. É partelegítima, para apresentar reclamação contra CompanhiaEnergética do Ceará (Coelce), proprietário de imóvel ameaçadode corte de energia. Preliminar de ilegitimidade rejeitada, ojulgamento antecipado é possível nos Juizados Especiais,mesmo sem anúncio prévio, desde que a matéria sejaeminentemente de direito ou sendo de fato, haja prova suficientepara o deslinde de lide. A hipótese dos autos é outra, porquanto,a matéria envolve questão factual não dirimida, cuja prova foraprotestada, tempestivamente. Cerceamento de defesasobejamente caracterizada, razão porque se anula a sentençaa quo para que outra seja prolatada depois de dar-seoportunidade à recorrente de produzir sua prova. Recursoconhecido e provido. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2000.0010.2127-4/0, Rel. Juiz Francisco Sales Neto,

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DJ de 10/07/2003).

Ementa – Cível. Recurso inominado cível. Contrato deadministração de imóveis. Defeito na prestação dos serviços.Configuração de relação de consumo. O fornecedor de serviçosresponde objetivamente pelos defeitos relativos à prestação dosserviços. Rescisão de contrato. Recurso conhecido e improvido.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0006.3310-8/0, Rel. Juiz Francisco Sales Neto,DJ de 10/07/2003).

Ementa – Consórcio de veículo. À administradora compete adevolução de parcelas pagas e devidamente corrigidas aoconsorciado desistente, com exclusão da taxa de administração.Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.1364-6/0,Rel. Des. Pedro Regnoberto Duarte, DJ de 08/08/2003).

Ementa – Embargos declaratórios procedentes. Reconhecido oequívoco quanto à tempestividade do apelo. Recursoapresentado em tempo hábil. Avaliadas as razões do recursocomo insuficientes à reforma da decisão. A negativa do planoredundou na infração ao dever legal de não lesar (CC, art. 186).A Carta Magna e o CDC ensejam a prestação de serviços deboa qualidade, mediante contrato resguardado por cláusulasjustas, evitando que o consumidor fique em desvantagem. Asituação aflitiva causada ao associado, resultou em práticasabusivas e prejudiciais ao usuário. Provimento parcial do recursopara modificar a decisão de primeiro grau, reduzindo os jurosestipulados. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2298-7/1, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de05/09/2003).

Ementa – Recurso cível. Obrigação de fazer. Relação deconsumo. Responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços,o qual responde solidariamente pelos danos causados aoconsumidor (art. 14 do CDC). O CDC dispõe, em seus arts. 30

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e 35, a responsabilidade do fornecedor, o qual fica obrigado acumprir com a propaganda que anunciou, sob pena de responderpor inexecução da obrigação assumida. Sentença parcialmentereformada quanto ao valor da condenação. Preliminar deilegitimidade passiva ad causam rejeitada. Recurso conhecidoe provido. Sentença parcialmente reformada. (Conforme Acórdãoda 6ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0000.7776-9/0, Rel. JuizClécio Aguiar de Magalhães, DJ de 05/09/2003).

Ementa – Recurso cível. Obrigação de fazer. Relação deconsumo. Preliminar de ilegitimidade passiva para compor à lide,fundamentando-se na estipulação em favor de terceiro. Talinstituto não pode prejudicar o terceiro, mas sim beneficiá-lo.Preliminar afastada, parte legítima. Aplicação do princípio davinculação previsto no art. 30 da Lei nº 8.078/90. Oferecimentode passagens aéreas gratuitas para qualquer lugar do Brasil.Comprovado nos autos. Pelo CDC, aquele que faz veicular ainformação obriga-se, nos termos desta. Responsabilidade daEditora Globo por ser fornecedora na relação de consumo.Recurso conhecido e parcialmente provido. Sentença reformadaquanto ao valor da condenação. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0003.7209-4/0, Rel. Juiz Luiz EvaldoGonçalves Leite, DJ de 08/09/2003).

Ementa – Recurso cível. Repetição de indébito. Concessionáriade serviços públicos. Relação de consumo. A responsabilidadeda concessionária de serviço público é objetiva, adotada peloCódigo de Defesa do Consumidor em seu art. 14, e prescindede comprovação de culpa de seus agentes. Sendo provado odefeito na prestação do serviço pela fornecedora, com cobrançaa maior, sua responsabilidade é objetiva, devendo restituir oindevidamente cobrado. Incidência do art. 42, § único do CDC.Recurso conhecido e provido. Sentença reformada. (ConformeAcórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº 2001.0000.4739-1/1,Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJ de 10/10/2003).

Ementa – Código de Defesa do Consumidor. Corte indevido.

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Inversão do ônus da prova. Cabível na espécie. Dano moral.Indenizável. Quantum. Razoabilidade. 1) A prova do dano moralse satisfaz, na espécie, com a demonstração do fato que oensejou e pela experiência comum. Não há negar, no caso, odesconforto, a vergonha, o incômodo e transtornos causadospela falta de energia elétrica. 2) O Código de Defesa doConsumidor assegura ao consumidor hipossuficiente o direitode exercer sua defesa em juízo. 3) A regra probatória, quando ademanda versa sobre relação de consumo, é a da inversão dorespectivo ônus. 4) As regras legais consumeristas não criamprivilégio a seu favor, todavia, apenas procuram estabeleceralguma igualdade entre as partes. 5) O valor da indenização postapela sentença não fere o princípio da razoabilidade haja vistaque é adequada ao caso concreto, não se justificando qualquermodificação. 6) Recurso conhecido e improvido. (ConformeAcórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7246-9/0,Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 10/10/2003).

Ementa - AÇÃO DE DANOS MORAIS. ASSINATURA DEBOLETINS. APLICAÇÃO DO CDC. INEXISTÊNCIA DEINFORMAÇÕES CLARAS NO CONTRATO LAVRADO. Tratando-se de típica relação consumerista, há de se aplicar o CDC.Inexistência completa de informação no contrato de assinatura,quanto à alegada restrição pela Ré que os mesmos só seriamdisponibilizados de forma eletrônica à Autora. Cabe à Promovida,e não à Autora, provar que houve ciência da restrição no contratocelebrado. Em incorrendo isto, deve-se interpretar de maneiramais favorável ao consumidor, hipossuficiente na relação.Procedência da ação, com confirmação integral da sentença deprimeiro grau, a qual se soma, por imposição legal, à cominaçãodos ônus da sucumbência, inclusive honorários, fixados em vinte(20) pontos percentuais sobre o montante condenatório.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.7302-3/1, Relator: JOSIAS MENESCAL LIMA DEOLIVEIRA substituindo Dr. MARCOS AURÉLIO RODRIGUES,DJ de 13/10/2003).

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Ementa - RESPONSABILIDADE CIVIL. CÓDIGO DOCONSUMIDOR. EMPRESA DE COMUNICAÇÃO, QUE COBRACRÉDITOS INDEVIDOS E DESEMPENHA SERVIÇO DE MÁ-QUALIDADE, ENSEJA INCIDÊNCIA DE DANOS REPARÁVEIS,EM FACE DO TRANSTORNO E CONSTRANGIMENTOCONFIGURADORES DE DANOS MORAIS. O QUANTUMINDENIZATÓRIO, EMBORA SEJA FRUTO DO LABORCOMEDIDO DO MAGISTRADO, DEVE GUARDAR SIMETRIACOM AS CIRCUNSTÂNCIAS GIZADAS NO PROCESSO. NÃOHAVENDO REGISTRO NEGATIVO EM BANCOS DE DADOS,O VALOR ARBITRADO NO PATAMAR CORRESPONDENTE AVINTE SALÁRIOS MÍNIMOS, METADE DO TETO FIXADO PELOSTJ PARA OS DANOS MORAIS EM DECORRÊNCIA DEREGISTROS NEGATIVOS NO SERASA E NO SPC. RECURSOCONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (Conforme Acórdãoda 1ª Turma Recursal, sob o nº?2003.0006.7289-6/0, Relator:FRANCISCO SALES NETO, DJ de 04/12/03).

Ementa - RECURSO CÍVEL. O CÓDIGO DE DEFESA DOCONSUMIDOR PROÍBE QUALQUER TERMO OU CLÁUSULAQUE EXONERE O FORNECEDOR DE PRESTAR A GARANTIALEGAL DE ADEQUAÇÃO, QUALIDADE E SEGURANÇA DOPRODUTO. INCIDÊNCIA DO ART. 24 DO CDC. OFORNECEDOR É RESPONSÁVEL PELO RESSARCIMENTODOS DANOS OCASIONADOS POR DEFEITOS (VÍCIO DEQUALIDADE) APRESENTADOS NO PRODUTO DOCONSUMIDOR, CONFORME DESCRITO NA NOTA FISCAL.RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇAMANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2781-7/0, Relator: LUIZ EVALDO GONÇALVES LEITE,DJ de 04/12/03).

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COMPRA E VENDA

Ementa - RECURSO CÍVEL. CONTRATO DE COMPRA EVENDA DE BEM IMÓVEL. RESCISÃO CONTRATUAL PORINADIMPLÊNCIA, CONFORME ART. 53 DO CDC. RESTITUIÇÃODAS PARCELAS PAGAS, DEDUZINDO EM 10% (DEZ PORCENTO) A TÍTULO DE CLÁUSULA PENAL. RETORNO AOSTATUS QUO ANTE. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.SENTENÇA MANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7148-0/0, Relator: LUIZ EVALDOGONÇALVES LEITE, DJ de 23/10/2003).

Ementa - COMPRA E VENDA. AUTOMÓVEL. AUTORIZAÇÃODE TRANSFERÊNCIA. A TRADIÇÃO É CONDITIO SINE QUANON PARA CONCRETIZAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DEVEÍCULO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 620, DO CÓDIGO CIVILDE 1916. A MERA AUTORIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DEVEÍCULO JUNTO AO DEPARTAMENTO NACIONAL DETRÂNSITO NÃO TEM O CONDÃO DE TRANSFERIR A SUAPROPRIEDADE. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob onº?2003.0007.8231-4/0, Relator: FRANCISCO SALES NETO, DJde 04/12/03).

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CONDOMÍNIO

Ementa – Recurso inominado cível. Ação de obrigação de fazercom pedido de tutela antecipada. Condomínio. Tentativa deinstalação de caixa para ar condicionado em local impróprio eem número superior ao autorizado em assembléia decondôminos. Modificação de fachada. Proibição advinda dasnormas e da decisão majoritária dos condôminos em assembléia.Decisão que obriga e vincula todos os condôminos, mesmo osque dela não participaram. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0000.3608-8/0, Rel. Juiz Raimundo de SouzaNogueira, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Cobrança de cotas extras de condomínio, formuladapelo atual condômino, objetivando ser reembolsado pelocondômino anterior, sob o argumento de que o fato gerador dasreferidas cotas foi anterior à transação imobiliária. Cotas extrasjá existentes por ocasião da compra e venda – Improcedênciada ação – Recurso improvido – Decisão confirmada. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.3607-0/0,Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Ilegitimidade do condomínio para propor ação deembargos de obra nova perante os Juizados Especiais – Decisãoque extingue o feito sem julgamento do mérito encontra respaldono artigo 8º, parágrafo 1º, da Lei nº 9.099/95. Recurso improvido– Decisão confirmada. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0003.2860-7/0, Rel. Juíza Maria NaildePinheiro Nogueira, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Inexistência da comprovação do dano. Permitir apermanência de dois veículos em uma única vaga de garagemque lhe corresponde, criaria privilégios não extensivo aos demaiscondôminos. Recurso conhecido e improvido. Sentençaconfirmada. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0005.1949-6/0, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJ

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de 25/03/2003).

Ementa – Cível. Ação de cobrança. Inexistência de débito.Relação entre condomínio e condômino possui característicasde contrato bilateral. Art. 476 do novo Código Civil. Em face dainadimplência do promovido, a antiga síndica, de forma arbitrária,fez justiça com as próprias mãos. Cortou a água do promovidodurante seis anos, tendo este que utilizar água dos hidrantes ede forma precária. O promovido ao ter sua água religada apósseis anos, passou a pagar o condomínio pontualmente, atravésde depósito extrajudicial. Recurso conhecido e desprovido.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2000.0010.1900-8/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues,DJ de 25/03/2003).

Ementa – Processual civil – Direito civil – Recursos inominadoscíveis – Obrigações condominiais – Ação de execução –Legitimidade – Morador – Cobrança justa – Protesto devido –Inadimplência caracterizada – Responsabilidade civil – Danomoral – Não configurado – Reunião de processos – Incidênciade conexão. I. Tratando-se, no caso em liça, de recursosinominados cíveis açoitando sentenças em sede de execução eobrigação de fazer c/c indenizatória de reparação de dano moral,ambos decorrentes do mesmo negócio jurídico, impõe-se, emprimeiro lugar, analisar o recurso oriundo da execução. A decisãomonocrática esgrimada extinguiu o processo de execução apretexto de que o executado não era inquilino e nem tampoucoproprietário do imóvel, de sorte que era parte ilegítima. Sucedeque, ao contrário do asseverado na decisão, o executado é partelegítima porque a hipótese vertente bem caracteriza caso desublocação tácita e este assim o reconhece, desde o início. Emais, em ficha de registro de proprietário ou inquilino, ao final,por seu próprio punho, assim se expressou: qualquercomunicado, bem como contas a pagar (condomínios e outros)por favor colocar em nome de MARCO FERRARI. Obrigado.Assina. Legitimidade patente do morador/sublocatário. II. Acobrança é justa com base no art. 23, inciso XII, § 1º, alínea h da

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Lei do Inquilinato. Como bem ficou consignado em ata deAssembléia Geral, as cotas eram destinadas a rateios de saldodevedor. De sorte que os protestos levados a cabo são devidose o morador restou inadimplente. III. Não há que se falar em danomoral. Os pressupostos da responsabilidade civil, emconsonância com a cláusula geral de indenização que estáimpregnada no artigo 159 do então vigente código civil, são aação ou omissão do agente, a sua culpa, a relação decausalidade entre sua conduta e o resultado advindo, e o danosofrido pela vítima. Manejada a ação indenizatória, com estofonesses requisitos, ao autor fica debitado o ônus de comprová-los cumpridamente, sendo indispensáveis a comprovação dofato, do dano, da culpa do lesante e do nexo causal ligando oevento danoso aos prejuízos experimentados. Patenteado queo condômino deixara de pagar, por ocasião do seu vencimento,uma das cotas que lhe estavam afetas, não restara desobrigadodo adimplemento, sendo legítima sua qualificação comoinadimplente e o endereçamento de protestos de débito em seudesfavor. Por conseguinte, tendo sido alçada como estofo paraa pretensão indenizatória aduzida pelo condômino sua nãocondição de devedor e a ausência de lastro passível de legitimaras cobranças que lhe foram endereçadas, resta evidenciado queos atos praticados pelo condomínio qualificam-se como meroexercitamento dos direitos que titulariza e lhe assistem. Nessascircunstâncias, os avisos de cobrança encaminhados pelocondomínio não podem ser interpretados como ofensa aosatributos da personalidade do inadimplente de forma aqualificarem-se como dano moral e gerar a obrigação de seremcompensadas as ofensas aventadas por se tratarem de simplesexercício dos direitos detidos. Não comprovadas as cobrançasindevidas e o dano, que seria derivado dos protestos, e o vínculomaterial jungido-o a qualquer ato ilícito, passível de ser imputadoao condomínio, resta inviabilizado o implemento do silogismodelineado pelo artigo 159 do então vigente código civil para que odever de indenizar resplandecesse, impondo-se, então, oacolhimento da pretensão recursal aduzida e a conseqüentereforma dos decisórios desafiados. IV. Os processos, em sede

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de juízo monocrático, devem sofrer reunião, por força do institutoda conexão. Seria de bom alvitre que o reitor dos referidoscadernos processuais, mediante instrução, com depoimentospessoais e oitiva de testemunhas, observasse a parte final daletra h, § 1º, inciso XII do art. 23 da Lei de Locação, relativamenteao período da locação, mirando apurar eventual obrigação.Recursos conhecidos e providos. Unânime. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0000.7753-0/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 09/04/2003).

Ementa – Civil. Cobrança devida. A obrigação de arcar com ascotas condominiais em face do condomínio é do proprietário enão do locatário. As partes são legítimas e o valor cobrado restoucomprovado em fls. 09 e 24 dos autos. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0003.2871-2/0, Rel. Juiz Marcos AurélioRodrigues, DJ de 22/05/2003).

Ementa – Condomínio. Obrigação de fazer. Recurso inominadocível. Direito à restituição em dobro de valor pago indevidamentea título de contribuições sindicais de 1995 a 1999, época em quenão era sequer associado ao sindicato dos condomínios.Aplicação adequada e razoável do princípio da liberdade deassociação e sindical (arts. 5º e 8º da Constituição Federal).Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida pelos seuspróprios fundamentos decisórios. (Conforme Acórdão da 3ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0003.2881-0/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 22/05/2003).

Ementa – Cobrança de condomínio – A observância da realizaçãode audiências de conciliação, instrução e julgamento, acrescidosde farta instrução probatória, elidem a alegação de cerceamentode defesa da parte promovida, ora recorrente – O quantumdebeatur é equivalente ao valor da causa – Sentença reformada.(Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1208-9/0, Rel. Juiz Paulo Camelo Timbó, DJ de 30/05/2003).

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Ementa – Súmula do julgamento a funcionar como acórdão.Registro público. Notificação. Requisição a outros municípiosou comarcas. Nulidade. Juizados Especiais Cíveis. Legitimidadeda parte autoral. Pessoa jurídica de direito privado. Condomínio.Ilegitimidade. Código de Defesa do Consumidor. Aplicabilidade.Litigância de má-fé caracterizada. 1) Com base no art. 46 da Leinº 9.099/95, o julgamento em segunda instância constará apenasda ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentaçãosucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelosseus próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá deacórdão. 2) A Lei nº 6.015/73, em seu art. 160, caput, asseveraque o oficial será obrigado, quando o apresentante o requerer, anotificar do registro ou da averbação os demais interessadosque figurarem no título, documento ou papel apresentado, e aquaisquer terceiros que lhe sejam indicados, podendo requisitardos oficiais de registro, em outros municípios, as notificaçõesnecessárias. Neste tocante, acertada a decisão monocrática,uma vez que o oficial do registro de Pacatuba não procedeucomo determina a legislação de regência. 3) Segundo oEnunciado nº 9 do Fórum Permanente dos Coordenadores dosJuizados Especiais Cíveis e Criminais do Brasil, o condomínioresidencial somente poderá propor ação no Juizado Especial,nas hipóteses do artigo 275, inciso II, item B, do CPC. No casosob comento, se afigura patente a ilegitimidade do condomínio,visto que, conforme bem explicitou o douto juiz monocrático, orecorrente se arvorou no direito de defender interesses afetos àConstrutora Porto Freire, possuindo esta última natureza depessoa jurídica de direito privado, apenas para driblar a proibiçãode que pessoa jurídica não pode atuar nos Juizados Especiaiscomo autora. Exceto o condomínio, na hipótese de cobrança decotas condominiais. Por outro lado, a Lei nº 9.099/95, afasta, noseu art. 8º, a pessoa jurídica como parte ativa do processo porela regulado. 4) Negócio jurídico como procurador da pessoajurídica no ato escritural. O direito para reclamar o desfazimentoou cumprimento de parte do preço do negócio somente podeser exercido pela pessoa jurídica. Jamais por seu procurador. E

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mais, na relação contratual em estudo, aplica-se o Código deDefesa do Consumidor. Restou, por outro lado, caracterizada alitigância de má-fé, a partir do momento em que o apelante usoudo processo para conseguir objetivo ilegal. Recurso conhecidoe improvido, para o fim de manter íntegra a sentença recorrida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0003.7205-1/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 18/06/2003).

Ementa – Condomínio. Embora haja na convenção condominialcláusula proibindo animal em apartamento, permite-se ali apermanência de cão de pequeno porte, que não apresenta aosdemais condôminos e freqüentadores do prédio perigo à saúde,à segurança, além de não prejudicar o sossego e a tranqüilidade.Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0000.7741-6/0,Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJ de 14/08/2003).

Ementa - AÇÃO DE COBRANÇA – CONDOMÍNIO, ATRAVÉSDE SEU REPRESENTANTE LEGAL, SE EXIME DOPAGAMENTO AO PROPRIETÁRIO DA UNIDADERESIDENCIAL, QUE EXECUTOU REPARO FEITO NA REDEDE ESGOTO DE USO COMUM AO EDIFÍCIO, SENDO ESTECUSTO DE RESPONSABILIDADE DO CONDOMÍNIO. ART. 12,PARÁG. 4º C/C ART. 22 PARÁG. 1º, ALÍNEA A DA LEI 4.591/64 -DISPÕE SOBRE O CONDOMÍNIO EM EDIFICAÇÕES EINCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA. COMPROVADA A EXECUÇÃOE O PAGAMENTO DO VALOR, DEVE O CONDOMÍNIORESSARCIR AO CONDÔMINO PREJUDICADO. RECURSONÃO PROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA, EM SUAINTEGRIDADE. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sobo nº 2002.0009.3935-5/0, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRONOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - CONDOMÍNIO DE EDIFÍCIO. AUTOMÓVELESTACIONADO NA GARAGEM INTERNA. DANO MATERIALCOMPROVADO. OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR. 1. EM

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PRINCÍPIO, FORTE NO INTERESSE SOCIAL, SOMENTE A LEIPODE EXCLUIR A RESPONSABILIDADE EM DETERMINADASSITUAÇÕES. 2.TODAVIA, EM SEDE DE DIREITOCONDOMINIAL, O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NAESTEIRA DA DOUTRINA MODERNA, VEM ENTENDENDOLÍCITA A PREVISÃO DE EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADEQUANDO, EXPRESSAMENTE, PREVISTA EM CONVENÇÃO.3. NO CASO, À EVIDÊNCIA, RESTOU COMPROVADA A NÃOEXISTÊNCIA DE CLÁUSULA EXPRESSA DE NÃO INDENIZAR.4. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA BOA FÉ OBJETIVAPLASMADO NO ARTIGO 422 DO CÓDIGO CIVIL. 5.RECURSOCONHECIDO E MANTIDO. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0006.7239-0/0, Relator: FRANCISCOSALES NETO, DJ de 23/10/2003).

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CONFLITO DE COMPETÊNCIA

Ementa – Recurso inominado cível. Caixa de Previdência dosFuncionários do Banco do Nordeste do Brasil S/A – CAPEF.Competência da Justiça Estadual, posto tratar-se de entidadesujeita a regime de direito privado, não estando, ademais, aotempo do ajuizamento da ação, sob intervenção federal.Configuração de causa de menor complexidade, a ensejar acompetência dos Juizados Especiais Cíveis. (Conforme Acórdãoda 4ª Turma Recursal, sob o nº 2001.0001.1942-2, Rel. JuizAdemar Mendes Bezerra, DJ de 13/06/2003).

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DESERÇÃO

Ementa – Deserção – Pedido de gratuidade da justiça formuladodentro do prazo recursal, nos moldes da lei e não apreciadopelo juiz a quo – Deve a Turma Recursal conhecer do recurso –Aplicação do artigo 4º, parágrafo 1º da Lei nº 1.060/50 – Recursoprovido – Decisão reformada. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0006.3288-8/0, Rel. Juíza Maria NaildePinheiro Nogueira, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Gratuidade da justiça indeferido – Ausência de preparo– Deserção caracterizada – Inteligência do artigo 42, parágrafo1º, da Lei nº 9.099/95 – Recurso não conhecido, no mérito.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1616-5/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 26/02/2003).

Ementa – Juizado Especial – Recurso – Termo inicial dacontagem do prazo para interposição – Deserção – I. No rito doJuizado Especial, o prazo decendial para recurso inicia-se daciência da sentença, como, expressamente, dispõe o art. 42 daLei nº 9.099/95. Preclusão formal. Recurso não conhecido.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1217-8/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 31/03/2003).

Ementa – Pedido de gratuidade da justiça não apreciado no juízoa quo – Inexistência de renovação do pedido até a apresentaçãodas razões recursais – Ausência de preparo – Deserçãocaracterizada – Inteligência do artigo 42, parágrafo 1º da Lei nº9.099/95 – Recurso não conhecido. (Conforme Acórdão da 6ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0000.5196-6/1, Rel. Juíza MariaNailde Pinheiro Nogueira, DJ de 03/07/2003).

Ementa – Recurso cível. Deserção. Não tido a recorrenteprovidenciado o recolhimento de todas as despesas processuais,inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição,

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deve ser decretada a deserção do recurso. Recurso nãoconhecido. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0001.7098-0/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de04/07/2003).

Ementa – Recurso cível. Indenização por danos morais. Recursodeserto. Inteligência do art. 42, § 1º da Lei 9.099/95. O preparose realiza nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes,independentemente de intimação, a interposição do recurso, sobpena de deserção. É vedado, em sede de juizado, acomplementação do preparo do recurso. Preparo insuficiente,complementação a destempo. Recurso não conhecido.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3925-8/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 10/10/2003).

Ementa - JUIZADO ESPECIAL - RECURSO - TEMPESTIVIDADEDO PREPARO - PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DORECURSO - PRECLUSÃO CONSUMATIVA - MATÉRIA DEORDEM PÚBLICA - RECURSO INTERPOSTO NO PRAZOLEGAL, MAS NÃO CONHECIDO EM RAZÃO DO PREPAROTER SIDO APRESENTADO A DESTEMPO. 1. Não se conhecede recurso cujo preparo foi feito além do prazo de 48 (quarenta eoito) horas, fixadas pelo § 1º, do art. 42 da Lei 9.099/95, mesmoque o recurso tenha sido apresentado no prazo legal. 2. No caso,o comprovante do preparo só foi juntado a posteriori, sem que arecorrente oferecesse qualquer motivo para tal procedimento.3.Recurso não conhecido e declarado deserto. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0002.3962-0/0,Relator: CLÉCIO AGUIAR DE MAGALHÃES, DJ de 13/10/2003).

Ementa - DESERÇÃO. O RECURSO INOMINADO SERÁJULGADO DESERTO QUANDO NÃO HOUVER ORECOLHIMENTO INTEGRAL DO PREPARO E SUARESPECTIVA COMPROVAÇÃO, PELA PARTE, NO PRAZO DE48 (QUARENTA E OITO) HORAS, NÃO ADMITIDA A

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COMPLEMENTAÇÃO INTEMPESTIVA (ART. 42, PARÁGRAFO1º, DA LEI 9.099/95, ENUNCIADO XI). (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2003.0006.7280-2/0, Relator:FRANCISCO SALES NETO, DJ de 06/11/03).

Ementa - DESERÇÃO. RECURSO CÍVEL. A RECORRENTEINTERPÔS RECURSO CÍVEL SEM O RECOLHIMENTO DASCUSTAS. PASSADAS AS QUARENTA E OITO HORAS TAMBÉMNADA APRESENTOU. NÃO CONSTA, NOS AUTOS, PEDIDODE GRATUIDADE DE JUSTIÇA. DECRETADA A DESERÇÃODO RECURSO DE ACORDO COM O ARTIGO 42, § 1º DA LEINº 9.099/95. RECURSO NÃO CONHECIDO. (Conforme Acórdãoda 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.1930-2/0, Relator: LUIZEVALDO GONÇALVES LEITE, DJ de 04/12/03).

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EMBARGOS À EXECUÇÃO

Ementa – Os embargos à execução de título extrajudicial devemser apresentados na audiência de conciliação, após infrutíferasas tentativas de composição amigável – Não sendo designadasessão de conciliação, após realizada a penhora, não há comose rejeitar embargos por intempestividade – Aplicação do artigo53, § 1º da Lei nº 9.099/95 – Recurso provido – Decisão anulada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1380-8/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 26/02/2003).

Ementa – Embargos à execução de título executivo extrajudicial– Credor que recebe, de boa-fé, cheque de terceiro, ao portador,tem legitimidade para executá-lo, independentemente do negócioanterior que deu causa a sua emissão – O cheque tem acaracterística da abstração inerente aos títulos não causais –Recurso improvido – Decisão confirmada. (Conforme Acórdãoda 6ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0000.3851-3/1, Rel. JuízaMaria Nailde Pinheiro Nogueira, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Embargos à execução de título judicial – Rejeita-seliminarmente os embargos, quando não se fundarem em algumadas hipóteses do artigo 52, inciso IX da lei nº 9.099/95. Aplicaçãodo artigo 739, II do CPC. Recurso improvido – Decisãoconfirmada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2296-0/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 05/09/2003).

Ementa – Embargos à execução. Alienação do veículo realizadaem fraude à execução. Segundo a regra, contida no art. 593, IIdo CPC, considera-se em fraude de execução a alienação debens quando, ao tempo da mesma, corria contra o devedordemanda capaz de reduzi-lo à insolvência. Qualquer demanda,seja processo de execução seja de conhecimento. Reconhece-se a fraude à execução. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,

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sob o nº 2002.0003.2936-0/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo GonçalvesLeite, DJ de 08/09/2003).

Ementa - PROCESSO DE EXECUÇÃO. EMBARGOS DEDEVEDOR. REPARAÇÃO DE DANO CAUSADO POR DELITODE TRÂNSITO. NULIDADE DA SENTENÇA. TERMO DECONCILIAÇÃO HOMOLOGADO POR SENTENÇATRANSITADA EM JULGADO. I -INTERPRETAÇÃO DO ART. 52,IV, DA LEI Nº 9.099/95. INFORMALIDADE E SIMPLICIDADEPARA SE REQUERER A EXECUÇÃO DA SENTENÇA.CONSTA, NOS AUTOS, CERTIDÃO DE QUE A RECORRIDACOMPARECEU À SECRETARIA DO JUIZADO E COMUNICOUAO JUIZO QUE NÃO HOUVE O CUMPRIMENTO DOACORDO POR PARTE DO RECORRENTE. ENTENDE-SEQUE HOUVE O PEDIDO DE EXECUÇÃO. ARGUMENTOINVÁLIDO DO RECORRENTE. II - JUNTADA DE DOCUMENTOSFEITA PELA RECORRIDA NA IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOSÀ EXECUÇÃO. A INTIMAÇÃO PARA QUE O RECORRENTESE MANIFESTASSE FOI FEITA POR CARTA, COM AVISO DERECEBIMENTO (AR), EM MÃO PRÓPRIA. CONSTA, NO AR,ASSINATURA DE PESSOA DESCONHECIDA. INTIMAÇÃO NÃOFOI PESSOAL. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DOCONTRADITÓRIO. APLICAÇÃO DOS ARTS. 19 C/C 18, I, DALEI Nº 9.099/95. RECURSO CONHECIDO E PROVIDOPARCIALMENTE. SENTENÇA DECLARADA NULA. (ConformeAcórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0009.3888-0/0,Relator: LUIZ EVALDO GONÇALVES LEITE, DJ de 23/10/2003).

Ementa - EMBARGOS À EXECUÇÃO. PROCESSUAL CIVIL.DEVEDOR QUE DEIXA DE CUMPRIR A OBRIGAÇÃO EINTERPÕE EMBARGOS À EXECUÇÃO ALEGANDO EXCESSODE PENHORA. DE ACORDO COM A LEI Nº 8.009/90, O BEMDE FAMÍLIA PODE SER PENHORADO NO CASO DEOBRIGAÇÃO DECORRENTE DE FIANÇA CONCEDIDA EMCONTRATO DE LOCAÇÃO. NÃO CARACTERIZADO OEXCESSO DE PENHORA. RECURSO CONHECIDO EIMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª

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Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7250-7/0, Relator:FRANCISCO SALES NETO, DJ de 06/11/03).

Ementa - PROCESSUAL CIVIL. REVELIA. EMBARGOS ÀEXECUÇÃO. A SENTENÇA MONOCRÁTICA DECRETOU AREVELIA DA PARTE RÉ E CONDENOU A MESMA A PAGAR ÀAUTORA INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS.INTERPOSTOS EMBARGOS À EXECUÇÃO QUE FORAMJULGADOS IMPROCEDENTES POR NÃO SE ENQUA-DRAREM NAS HIPÓTESES NO ARTIGO 52, INCISO IX DA LEINº 9.099/95. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.SENTENÇA CONFIRMADA. (Conforme Acórdão da 4ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0003.7128-4/0, Relator: FRANCISCOGURGEL HOLANDA, DJ de 24/11/03).

Ementa - Embargos à Execução. Execução fundada em títuloexecutivo judicial: acordo celebrado em juízo que fixou horáriospara utilização de aparelho de som e exigiu moderação.Obrigação de fazer. Provas de desobediência reiterada earbitramento de perdas e danos. Embargos meramenteprotelatórios. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0001.9385-8/1, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 26/11/03).

Ementa - RECURSO EM PROL DA MODIFICAÇÃO DOJULGAMENTO DE EMBARGOS EM EXECUÇÃO DESENTENÇA. A argumentação exposta não conseguiu alcançara decisão recorrida, a qual, sequer foi atacada no recurso.Limitou-se a recorrente a repetir argumentos expostos nosembargos e exaustivamente contrariados, tanto nas contra-razões, quanto na decisão dos embargos à execução. Destaque-se a decisiva participação Ministerial, tão bem ilustrada,enriquecendo a fundamentação do julgado. Recurso conhecidoe improvido. Decisão mantida. (Conforme Acórdão da 2ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.1128-7/1, Relator(a).: MARIAGLADYS LIMA VIEIRA, DJ de 23/12/03).

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Ementa – Embargos de declaração. Princípio dispositivo.Prestação jurisdicional de reexame atrelada ao pedido dorecorrente. Omissão inexistente. 1) Em respeito ao princípiodispositivo, a extensão do pedido devolutivo mede-se através daimpugnação feita pela parte, que tem delimitação no pedido dereforma, consoante enuncia o brocardo latino tantum devolutumquantum appellatum, plenamente válido para o recursoinominado do microssistema dos juizados especiais. 2) Não éomisso o acórdão que examina todas as questões levadas aoseu conhecimento, manifestando-se expressamente sobre ospontos invocados pela parte interessada em seu pedido dereforma. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1672-6, da 12ª Unidade: FIC, Rel. Juiz FranciscoAuricélio Pontes, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Recurso. Embargos declaratórios. Efeito modificativo.Inocorrência de omissão. Rejeição neste tocante. Sãoadmissíveis embargos declaratórios com efeito infringente doacórdão, somente em caráter excepcional, quando cristalino oequívoco, não configurado na espécie. (Conforme Acórdão da3ª Turma Recursal, sob o nº 2001.0001.2642-9/2, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Recurso processual civil. Embargos declaratórios.Efeito modificativo. Ocorrência de contradição. Acolhimento nestetocante. Admissibilidade para modificar a conclusão do decidido.O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou adecisão recorrida no que tiver sido objeto do recurso (art. 512CPC). São admissíveis embargos declaratórios com efeitoinfringente do acórdão, somente em caráter excepcional, quandocristalina a contradição, configurada na espécie. É uníssono oentendimento do STJ no sentido de dar efeito modificativo aojulgado quando o suprimento da omissão ou supressão dacontradição acarretar modificação na conclusão do decidido.Embargos de declaração acolhidos para suprir a apontada

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contradição. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2002.0003.2929-8/1, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Intuito de obter o reexameda matéria já decidida para alcançar objetivo não atingido pelavia recursal. Ausência dos requisitos do art. 48 da Lei nº 9.099/95. Investida jurídica, sem qualquer relevância. O acórdãoexaminou criteriosamente as ponderações expostas,desmerecendo qualquer reparo. Embargos conhecidos, masrejeitados. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2710-8/1, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de12/02/2003).

Ementa – Embargos declaratórios com objetivo de modificar ojulgado. O inconformismo do embargante, para com o conteúdoda decisão do órgão julgador, não serve de fundamento para oreexame do recurso. Tentativa do embargante, de adequar oentendimento ao órgão judicante às suas argumentações.Investida recursal com intuito protelatório. Ausentes dosembargos as hipóteses do art. 48 da Lei nº 9.099/95. Mantido oAcórdão em sua íntegra. Rejeitados os embargos. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2001.0001.1953-8/1,Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de 12/02/2003).

Ementa – Embargos declaratórios. O Acórdão questionado nãomerece reparo. Avaliou corretamente as razões do recurso eacolheu os fundamentos que considerou válidos para seuembasamento. O órgão julgador não está obrigado a atender aoinconformismo das partes, nem tampouco reexaminar questõesjá decididas. Embargos conhecidos, mas rejeitados. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2001.0001.2632-1/1,Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de 12/02/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Omissão. Nãocaracterização. Rediscussão da matéria. Impossibilidade. Sendoas hipóteses de cabimento dos embargos de declaração

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taxativas, bem como pelo fato de o objetivo deste remédioprocessual ser tão somente o aprimoramento da decisão judicial,é vedada, nesta sede, a rediscussão da matéria já enfrentadaquando do julgamento do recurso principal. Assim, diante daimpossibilidade de se rediscutir a matéria, a falta de acolhimentoda tese defendida não implica a caracterização da omissão, dacontradição ou da obscuridade. Inteligência do artigo 46, partefinal, da Lei nº 9.099/95, o qual exige apenas a súmula dojulgamento, quando o acórdão confirmar a sentença de primeirainstância pelos seus próprios fundamentos. Decisão demotivação sucinta ou concisa é diversa daquela semfundamentação ou com fundamentação inadequada. Não é nuloo acórdão com fundamentação sucinta, mas o que carece dadevida motivação, essencial ao processo democrático. Recursocom efeito meramente protelatório disfarçado de propósito depré-questionamento da matéria. Aplicação de multa à parteembargante, como medida pedagógica. Embargos de declaraçãodesacolhidos. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2000.0148.7683-4/2, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 13/02/2003).

Ementa – Recurso processual civil. Embargos declaratórios.Efeito modificativo. Acolhimento no tocante à ocorrência decontradição. Admissibilidade para modificar a conclusão dodecidido. São admissíveis embargos declaratórios com efeitoinfringente do acórdão, somente em caráter excepcional, quandocristalina a contradição configurada na espécie. É uníssono oentendimento do STJ no sentido de dar efeito modificativo nojulgado, quando o suprimento da omissão ou supressão dacontradição acarretar a modificação na conclusão do decidido.É defeso, em sede de recurso, o reformatio in pejus. Embargosde declaração acolhidos para suprir a apontada contradição.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.0861-0/1, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de13/02/2003).

Ementa – Embargos declaratórios – Turmas Recursais – Sede

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inadequada para reapreciação do mérito questionado na açãoprincipal – Regência do art. 48, da Lei nº 9.099/95 – Inocorrênciade obscuridade, omissão, contradição ou dúvida no acórdãoatacado, como se verifica na espécie dos autos, não há de sefalar em embargos de declaração. Ademais, o procedimento oraexperimentado não se agasalha em sede apropriada que viabilizea reapreciação da matéria de mérito, objeto do processo deconhecimento. Embargos improvidos. (Conforme Acórdão da 5ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0007.4837-1/1, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Procedem os embargos declaratórios que têm comopano de fundo o esclarecimento de pontos articulados no bojodo recurso principal e, que no texto do acórdão, restaramsombreados e sua desobnubilação é de fundamental importânciapara viabilização da execução do julgado. Rejeitam pontos queenvolvem convencimento decisório. Embargos conhecidos eprovidos parcialmente. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0000.1892-6/2, Rel. Juiz Francisco SalesNeto, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Embargos declaratórios. Ausência de obscuridade econtradição, apontadas como pressupostos do recursointerposto. Decisão mantida incólume, por seus lídimosfundamentos. Improcedência. Condenação em multa, facemanifesto interesse protelatório (art. 538, § único, do C.P.C.).(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1946-6/1, da 11ª Unidade: Tancredo Neves, Rel. JuizFrancisco Gurgel Holanda, DJ de 18/03/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Reformatio in pejus.Reconhecimento de contradição na decisão, quanto à aplicaçãodos juros de mora. Embargos de declaração conhecidos eacolhidos para suprir a apontada contradição. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.3604-5/2, Rel. JuizMarcos Aurélio Rodrigues, DJ de 25/03/2003).

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Ementa – Embargos declaratórios. Efeito modificativo.Ocorrência de omissão. Acolhimento, neste tocante.Admissibilidade para modificar a conclusão do decidido. Ojulgamento proferido pelo Tribunal substituirá a sentença ou adecisão recorrida no que tiver sido objeto do recurso (art. 512,CPC). São admissíveis embargos declaratórios com efeitoinfringente do acórdão, somente em caráter excepcional, quandocristalina a omissão, configurada na espécie. É uníssono oentendimento do STJ no sentido de dar efeito modificativo aojulgado quando o suprimento da omissão ou supressão dacontradição acarretar modificação na conclusão do decidido.Embargos de declaração acolhidos para suprir a apontadaomissão, gerando, por conseguinte, o decreto de nulidade dadecisão de primeiro grau, por ser extra petita, para que outraseja prolatada em obediência ao princípio da adstrição, passandoo teor desta a substituir o acórdão ora combatido. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0009.3895-2/1,Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Embargos declaratórios. Omissão. Não há omissãono acórdão quando há referência na ementa e no interior doacórdão sobre a matéria ventilada no recurso. Embargosimprovidos. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2001.0001.2638-0/1, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Ausência de contradição,obscuridade ou omissão no julgado. Os embargos declaratóriostêm a função de completar a decisão omissa ou explicitá-la,dissipando obscuridades ou contradições. Não constatadas ashipóteses legais, improcedente é o recurso. Recurso conhecidoe improvido. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2467-2/1, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 15/04/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Obscuridade, contradição,omissão ou dúvida, não caracterização. Gratuidade da justiça –

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Requerimento feito na petição inicial e não apreciado –Possibilidade de análise e concessão por ocasião do recebimentodo recurso inominado, dispensando-se o preparo. Intimaçãooperada por AR não pode ser feita a pessoa diversa do recorrente.Intempestividade não caracterizada. Outorga uxória,desnecessidade em face de se tratar de relação obrigacional.Embargos de declaração desacolhidos. (Conforme Acórdão da1ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0006.3319-1/1, Rel. Juíza MariaApolline Viana de Freitas, DJ de 15/04/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Nenhuma obscuridade,contradição ou omissão. Não conhecimento. Pré-questionamento. Não aponta matéria constitucional pertinente.Intuito manifestamente protelatório. 1. Não podem ser conhecidosembargos de declaração que não indicam nenhuma obscuridade,contradição ou omissão no acórdão embargado. 2. Mesmo que,nos embargos, haja referência à pretensão de pré-questionamento, visando a interpor recurso extraordinário, senão demonstra nenhuma matéria daquelas que lhe dariam ensejo(alíneas do inciso III, do art. 102, da CF) e, textualmente, afirmapretender emprestar-lhe caráter modificativo a respeito de matériajá examinada e decidida, não há como incidir o teor da Súmula98 do STJ. 2.1. Revelando-se manifestamente protelatórios osembargos declaratórios, há que se aplicar multa prevista noparágrafo único do art. 538, do CPC. (Conforme Acórdão da 3ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0007.4879-7/2, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 23/04/2003).

Ementa – Os embargos declaratórios são inadequados paradiscutir os fundamentos e mérito do acórdão – Não detectadasas alegadas dúvidas, omissões e contradições, impossível aconcessão do efeito modificativo e caráter infringencialpleiteados. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.0761-1/1, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 07/05/2003).

Ementa – Embargos declaratórios – Não existe omissão no

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acórdão que apresenta fundamentação de forma concisa, massuficiente para formar o convencimento. Recurso improvido –Acórdão mantido na íntegra. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2001.0001.1945-7/1, Rel. Juíza Maria NaildePinheiro Nogueira, DJ de 07/05/2003).

Ementa – Inexiste erro material no acórdão quando não se verificainexatidão em suas premissas, tornando-se contraditório seusilogismo. Há perfeita adequação e aplicabilidade entre a hipótesee o fato. Embargos declaratórios protelatórios. Incidência de multade um por cento sobre o valor da condenação, conformeinteligência do parágrafo único do artigo 538 do CPC. Aplicávelsubsidiariamente ao rito dos Juizados Especiais. Embargosimprocedentes. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sobo nº 2002.0000.0843-2/1, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de07/05/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Nenhuma obscuridade,contradição, dúvida ou omissão, muito menos erro material. Nãoconhecimento. 1. Não podem ser conhecidos embargos dedeclaração que não indicam nenhuma obscuridade, contradição,dúvida ou omissão no acórdão embargado, nem tampouco erromaterial. 2. Revelando-se manifestamente protelatórios osembargos declaratórios, aforados pela terceira vez consecutiva,há que se aplicar a multa prevista no parágrafo único, parte final,do art. 538 do CPC, elevando-se, ao azo, o percentual da multapara 10% sobre o valor da causa, sem prejuízo doreconhecimento de litigância de má-fé da parte recorrente, emface da desmedida reiteração recursal com o único propósitode postergar o cumprimento da decisão judicial ora vergastada.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3895-2/3, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 15/05/2003).

Ementa – Recurso processual civil. Embargos declaratórios.Acolhimento no tocante à ocorrência de omissão, contradição eobscuridade. Admissibilidade em demonstrar maior clareza no

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acórdão, bem como onde repousa a responsabilidade doembargante. Erro material que se retifica. Embargos dedeclaração acolhidos para suprir a apontada omissão,obscuridade e contradição. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.1928-8/1, Rel. Juiz Marcos AurélioRodrigues, DJ de 04/07/2003).

Ementa – Embargos declaratórios. Procedência parcial. Alteradoo julgado para retirada da condenação indevidamente digitada edestinada a outro processo. No cômputo geral, o acórdão avalioucorretamente as razões do recurso e acolheu os fundamentosque considerou válidos para seu embasamento. O órgão julgadornão está obrigado a atender ao inconformismo das partes, nemtampouco reexaminar questões já decididas. Nem tampouco tema obrigação de adequar o seu entendimento ao da embargante.Embargos com procedência parcial. Mantido inalterado, quantoaos demais. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.3923-0/1, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de09/07/2003).

Ementa – Embargos declaratórios. Exigência de manifestaçãoexpressa nos exatos termos dos embargos. O acórdãoquestionado não merece reparo, pois, avaliou corretamente asrazões do recurso e acolheu os fundamentos que considerouválidos para seu embasamento. O órgão julgador não estáobrigado a atender ao inconformismo das partes, nem reexaminarquestões já decididas, ou responder a todas as alegações daspartes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para fundara decisão. Tampouco se obriga a ater-se aos fundamentosindicados por elas, ou ainda a atacar um a um todos os seusargumentos. Embargos conhecidos, mas rejeitados. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0000.7775-0/1,Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de 09/07/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Omissão, em parte.Obscuridade ou contradição inexistentes. É de se conhecer, emparte, os embargos de declaração com fulcro no art. 535, II do

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CPC, a fim de que haja esclarecimentos sobre o ponto omisso.Não se admitem embargos de declaração para reformar o méritoda decisão. Os embargos declaratórios têm, em regra geral,caráter integrativo ou aclaratório. Não visam a alterar asubstância do julgado. Embargos de declaração parcialmenteprovidos. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0006.3290-0/1, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 08/08/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Alegativa de que o acórdãofoi omisso em não considerar a imprescindibilidade da má-fépor parte dos embargantes para a aplicação do art. 1531 doCódigo Civil de 1916 (correspondente ao art. 940 do Código Civilde 2002). Má-fé comprovada nos autos e confessada pelosembargantes nas razões do recurso inominado cível. Recursoconhecido e provido, em parte. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0009.3919-3/1, Rel. Juiz Luiz EvaldoGonçalves Leite, DJ de 08/08/2003).

Ementa – Embargos de declaração. Omissão, obscuridade oucontradição inexistentes. Pré-questionamento. É de se rejeitaros embargos de declaração que não preencham os requisitosdo art. 48 da Lei 9.099/95. Ausentes quaisquer vícios no acórdãoembargado. Os embargos de declaração não têm efeitomodificador do julgado. Não se admitem embargos de declaraçãopara reformar o mérito da decisão. Mero reexame da causa.Embargos de declaração improvidos. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2003.0001.7153-6/1, Rel. Juiz LuizEvaldo Gonçalves Leite, DJ de 08/08/2003).

Ementa – Embargos declaratórios. Inexistência de omissão oucontradição. Rediscussão do mérito. Impossibilidade. Sãocabíveis embargos declaratórios para suprir omissão, dirimirobscuridade e contradição, mas não para rediscutir o meritumcausae. Embargos rejeitados. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.1705-6/1, Rel. Juiz Clécio Aguiarde Magalhães, DJ de 05/09/2003).

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Ementa – Não há omissão no acórdão que nega segurança,míngua de fundamento legal, sob pretexto de não ter enfrentadoquestão constitucional suscitada pelo representante do MinistérioPúblico na qualidade de custos legis. A corte não apreciaráquestão constitucional se lhe apresenta outro âmbito, no qualpossa ser decidida a causa, objeto do recurso. A decisão do TJque entendeu ser competente esta Turma Recursal para julgaro presente mandamus deve prevalecer em face do que decidiuo STJ. Esta turma deixou de apreciar questão constitucionaltrazida à colação pelo M.P. por se lhe apresentar outro caminho,ou seja, acatar decisão, transitada em julgado do STJ. Embargosrejeitados. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1413-8/1, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 08/09/2003).

Ementa - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. NENHUMAOBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. NÃOCONHECIMENTO. 1. NÃO PODEM SER CONHECIDOSEMBARGOS DE DECLARAÇÃO QUE NÃO INDICAM NENHUMAOBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO NO ACÓRDÃOEMBARGADO. REVELANDO-SE MANIFESTAMENTEPROTELATÓRIOS OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS, HÁQUE SE APLICAR A MULTA PREVISTA NO PARÁGRAFO ÚNICODO ART. 538 DO CPC. (Conforme Acórdão da 3ª TURMARECURSAL, sob o nº 2003.0006.7267-5/1, Relator(a).:RAIMUNDO NONATO SILVA SANTOS, DJ de 13/10/2003).

Ementa- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DEDEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE QUALQUERREQUISITO LEGAL DE ADMISSIBILIDADE. REJEIÇÃO. OsEmbargos de Declaração servem, via de regra, para completara decisão omissa ou, ainda, de aclará-la, dissipandoobscuridades ou contradições, não sendo admitidos parasubstituir a decisão embargada. No caso em tela, o objetivodeclarado do Embargante, segundo afirmando na própria peçade embargos (fl.159), é o de reformar ¨o decisum ora atacado,

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no sentido de julgar totalmente improcedentes os pleitos autorais,ou, ainda, caso persista o entendimento de condenação pordanos morais e verba honorária, que tais montantes sejamreduzidos de acordo com os padrões ora indicados¨, o que nãose coaduna com nenhuma das hipóteses legais atinentes àespécie. Reconhecimento de que os presentes são meramenteprotelatórios, com aplicação da cominação prevista no parágrafoúnico do art. 538 do CPC, com a conseqüente aplicação da multade um por cento (1%) sobre o valor da causa, em favor doEmbargado. Constatação da existência de erro material nojulgado, vez que não houve protesto indevido, mas sim a indevidainscrição nos órgãos de negativização creditícia, havendo, porigual, um único Promovido, para, em conseqüência, alterá-lo,tão somente neste ponto, conforme permissivo legal (CPC,463I). (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0007.8242-0/1, Relator: JOSIAS MENESCAL LIMA DEOLIVEIRA substituindo Dr. MARCOS AURÉLIO RODRIGUES,DJ de 13/10/2003).

Ementa - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSUALCIVIL. AUSÊNCIA DE CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO NOJULGADO. OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO TÊM AFUNÇÃO DE COMPLETAR A DECISÃO OMISSA, OUEXPLICITÁ-LA, DISSIPANDO OBSCURIDADES OUCONTRADIÇÕES. NÃO HAVENDO NENHUMA DASHIPÓTESES LISTADAS NA LEI, IMPROCEDENTE É ORECURSO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.ACÓRDÃO EMBARGADO MANTIDO. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2003.0001.7139-0/1, Relator: JOSÉEDMAR DE ARRUDA COELHO, DJ de 23/10/2003).

Ementa - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃOINEXISTENTE. Não se admitem embargos de declaração parareformar o mérito da decisão. Os embargos declaratórios nãotêm, em regra geral, caráter integrativo ou aclaratório. Não visama alterar a substância do julgado. EMBARGOS CONHECIDOSE IMPROVIDOS. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sobo nº 2002.0003.2857-7/1, Relator: MARCOS AURÉLIORODRIGUES, DJ de 14/11/03).

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Ementa - Embargos de Declaração. Ausência de qualqueromissão, contradição ou obscuridade no acórdão, devidamentemotivado e fundamentado, nos termos das exigênciasconstitucionais, proferido com base na prova dos autos, na Lei9.099/95 e nas demais normas e princípios do sistema jurídico.Inobrigatoriedade de evidenciar a ausência total de provas quecontrariem a presunção de veracidade dos fatos articulados nainicial decorrente da revelia como seu efeito. Fins meramenteprocrastinatórios. Recurso conhecido e improvido. Acórdãomantido. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.2648-0/2, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 26/11/03).

Ementa - Embargos Declaratórios. Repetição das exigênciascontidas no recurso, com pretensão de manifestação expressanos exatos termos dos embargos. O acórdão questionado nãomerece reparo, pois, avaliou corretamente as razões do recursoe acolheu os fundamentos que considerou válidos para seuembasamento. O órgão julgador não está obrigado a atender aoinconformismo das partes, nem reexaminar questões jádecididas, ou responder a todas as alegações das partes, quandojá tenha encontrado motivo suficiente para fundar a decisão.Tampouco se obriga a ater-se aos fundamentos indicados porelas, ou ainda a atacar um a um todos os seus argumentos.Embargos conhecidos, mas rejeitados. (Conforme Acórdão da2ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0002.3927-2/1, Relator(a).:MARIA GLADYS LIMA VIEIRA, DJ de 27/11/03).

Ementa - HABEAS CORPUS - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO- REAPRECIAÇÃO DE MATÉRIA FÁTICA E JURÍDICA JÁAMPLAMENTE DISCUTIDA NO ACÓRDÃO EMBARGADO - NÃOCABIMENTO - INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO A SER SUPRIDA -DECLARATÓRIOS REJEITADOS. I. NÃO MERECEM MEDRAROS DECLARATÓRIOS, POIS QUE PRETENDEM, ÚNICA EEXCLUSIVAMENTE, REDISCUTIR MATÉRIA DE FATO E DEDIREITO JÁ AMPLAMENTE DIVULGADA NA DECISÃORECORRIDA. II- DE SORTE QUE NÃO SE DIVISA, COMOPODIA, O ACÓRDÃO EMBARGADO TRATAR DA ALEGADA

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OFENSA AOS DISPOSITIVOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,QUE VERSAM SOBRE OS LIMITES DA DECISÃO JUDICIALDIANTE DO PEDIDO DO AUTOR, SE REFERIDOQUESTIONAMENTO É PRÓPRIO E OPORTUNAMENTERESERVADO PARA A FASE RECURSAL, QUANDO JÁ SE TEMULTIMADA A PRESTAÇÃO JURISDICIONAL COM ODELINEAMENTO DA TUTELA DESAFIADA, PELO MENOS ATÍTULO PROVISÓRIO, ENQUANTO PASSÍVEL DE RECURSO.III-AO REVÉS DO QUE ALEGA O EMBARGANTE, NÃO SEINFERE DO ACÓRDÃO EMBARGADO A AVENTADA OMISSÃONA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À ESPÉCIE, E DOSFATOS E FUNDAMENTOS RELEVANTES SUSCITADOS NAPETIÇÃO HABEASCORPAL, BEM COMO DOSDOCUMENTOS QUE A INSTRUÍRAM, DE SORTE AJUSTIFICAR A PRETENDIDA OMISSÃO DO ACÓRDÃOEMBARGADO. IV-PELO CONTRÁRIO, INFERE-SE DOPRECITADO DECISUM QUE O MESMO CUIDOU DEINVESTIGAR COM ACUIDADE ASPECTOS FÁTICOS EJURÍDICOS EXTRAÍDOS DA PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA, AQUAL REVELAVA, CLARIVIDENTE, A EXISTÊNCIA DOCONSTRANGIMENTO ILEGAL A QUE ESTAVA SUBMETIDO OPACIENTE, MERCÊ DE DENÚNCIAS INEPTAS. V-SE, APESARDO ALI EXPOSTO, AINDA ASSIM DISCORDAVA OEMBARGANTE DA CONCLUSÃO DO ACÓRDÃO, ENTÃO SÓCABERIA AO MESMO UTILIZAR-SE DOS RECURSOSCONSTITUCIONAIS PREVISTOS PARA A HIPÓTESE, NÃO SEPERFAZENDO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REMÉDIOAPROPRIADO PARA A REAPRECIAÇÃO DA MATÉRIA. VI-AFINAL, CONSOANTE JÁ DECIDIU O EGRÉGIO SUPERIORTRIBUNAL DE JUSTIÇA, OS EMBARGOS PRESTAM-SE AESCLARECER, SE EXISTENTES, DÚVIDAS, OMISSÕES OUCONTRADIÇÕES NO JULGADO. NÃO PARA QUE SE ADEQUEA DECISÃO AO ENTENDIMENTO DO EMBARGANTE. (STJ, 1ª.T., EdclAgRgREsp 10270-DF, REL. MIN. PEDRO ACIOLI, j.28.8.1991, DJU 23.9.1991, p.13067). VII-EMBARGOSREJEITADOS. DECISÃO UNÂNIME. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2003.0003.7224-8/1, Relator:FRANCISCO SALES NETO, DJ de 04/12/03).

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Ementa - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DECONTRADIÇÃO OU OMISSÃO NO ACÓRDÃO. OSEMBARGOS DE DECLARAÇÃO TÊM A FUNÇÃO DEESCLARECER OMISSÕES, OBSCURIDADES, CONTRADIÇÕESE DÚVIDAS. OS PRESENTES EMBARGOS NÃO SEENQUADRAM EM NENHUMA DAS HIPÓTESES DO ARTIGO48 DA LEI Nº 9.099/95. IMPROCEDENTE É O RECURSO.RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. (Conforme Acórdãoda 1ª Turma Recursal, sob o nº?2003.0001.7148-0/1, Relator:LUIZ EVALDO GONÇALVES LEITE, DJ de 04/12/03).

Ementa - EMBARGOS DECLARATÓRIOS. VÍCIOS DECONTRADIÇÃO E OMISSÃO. ALCANCE. 1) Os embargosdeclaratórios constituem recurso destinado a integração eesclarecimento do julgado, não se prestam, portanto, para areapreciação do decidido. 2) Apenas a contradição interna,encontrada no bojo da própria decisão recorrida, possibilita ocabimento dos embargos de declaração, jamais aquela queeventualmente exista com outras decisões, súmulas, dispositivoslegais ou com as provas constantes dos autos. 3) Da mesmaforma, a omissão hábil a ensejar a interposição correta dosembargos de declaração é aquela referente a pedido ou causade pedir não apreciada. 4) Declaratórios que, a pretexto de visarsuprir omissão e contradição, busca, na verdade, vedado novojulgamento do litígio, desvirtua por completo a finalidade dorecurso, configurando-se manifestamente inadmissível. 5)Embargos conhecidos, todavia improvido. (Conforme Acórdãoda 2ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.0719-0/1, Relator(a).:MARIA ESTELA ARAGÃO BRILHANTE, DJ de 09/12/03).

Ementa - Embargos de Declaração. Omissão. Julgam-seimprocedentes os embargos de declaração que não preenchamos requisitos do art. 535 do CPC e artigo 48 da lei nº 9.099/95. Aembargante teve o momento certo para esclarecer a omissãoque diz haver no acórdão, mas assim não fez. Improcedentesos embargos declaratórios. Embargos de Declaraçãoconhecidos e improvidos. Acórdão mantido. (Conforme Acórdãoda 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0005.1952-6/1, Relator:CLÉCIO AGUIAR DE MAGALHÃES, DJ de 22/12/03).

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Ementa - PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃOCONTRA SENTENÇA. SUSPENSÃO DO PRAZO PARA ORECURSO. DIFERENÇA ENTRE OS EFEITOS DOSEMBARGOS DECLARATÓRIOS NOS JUIZADOS ESPECIAISE NA JUSTIÇA COMUM. INTELIGÊNCIA DO ART. 50, DA LEI Nº9.099/95. 1. Não há como confundir os efeitos do recurso deembargos de declaração na Justiça Comum com os efeitosdesse mesmo recurso nos Juizados Especiais. Naquela, comose sabe, os embargos declaratórios interrompem o prazo paraa apelação aqui, os embargos apenas suspendem o prazo parao apelo. Ocorrendo causa de interrupção de prazo, e uma vezcessada a causa, o mesmo recomeça do início, como se nuncativesse começado a fluir. Ocorrendo hipótese de suspensão deprazo, a cessação da hipótese faz com que o prazo volte a fluirtão-somente pelo tempo que sobejar, somando-se com o períodojá decorrido. 2. O art. 50, da Lei nº 9.099/95, fala que os embargossuspendem o prazo para recurso. Já o art. 538, do CPC - deaplicação na Justiça Comum -, estabelece que os embargos,lá, interrompem o prazo para outros recursos. Claro é que há dese aplicar a regra específica, qual seja a do art. 50, da lei deregência. 3. Recurso não conhecido, em razão de sua flagranteintempestividade. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sobo nº 2003.0006.7217-9/0, Relator: CLÉCIO AGUIAR DEMAGALHÃES, DJ de 22/12/03).

Ementa - OMISSÃO EXISTENTE. ERRO SIMPLESMENTEMATERIAL. FIXAÇÃO DE VERBA HONORÁRIA. EMBARGOSPROCEDENTES. DECISÃO ALTERADA. (Conforme Acórdãoda 4ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7145-4/1, RELATOR:EXMO. SR. JUIZ CID PEIXOTO DO AMARAL NETO, DJ de 23/12/03).

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EMBARGOS DE TERCEIRO

Ementa – Embargos de terceiro. Cabimento nos JuizadosEspeciais Cíveis. Penhora em bens de terceiros. 1. À execuçãoque se processa nos Juizados Especiais Cíveis aplica-se, noque couber, o disposto no Código de Processo Civil. As alteraçõesde que cuida o art. 52, na Lei nº 9.099/95, não excluem apossibilidade de cabimento de embargos de terceiro. 2. Procedemos embargos de terceiro, oposto para livrar bens de constriçãojudicial, se o embargante apresenta prova de propriedade dosrespectivos bens. Recurso conhecido e provido. Sentençareformada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4861-4/0, Rel. Desª Maria Apolline Viana de Freitas,DJ de 30/04/2003).

Ementa – Embargos de devedor. Bem penhorado em nome deoutrem. Devedor que pretende a nulidade da constrição sob aalegação de que o bem pertence a terceiro. Ilegitimidade. Salvoas raras exceções legais, a ninguém é dado defender, semautorização, direito alheio em nome próprio, é o que preceitua oart. 6º do CPC. Aquele que não é parte no processo e se vêprivado dos seus bens indevidamente, tem a sua disposição aação de embargos de terceiro e, eventualmente, pode serressarcido de seus prejuízos por meio de ação própria. Conformeleciona Humberto Theodoro Júnior em sua obra “Curso de DireitoProcessual Civil”, vol. I, ed. Forense, 38ª ed., 2002, p.53: “Porfim, a terceira condição da ação, a legitimidade (legitimidade adcausam), é a titularidade ativa e passiva da ação, na linguagemde Leibman (...) Mas, para que o provimento do mérito sejaalcançado, para que a lide seja efetivamente solucionada, nãobasta existir um sujeito ativo e um sujeito passivo. É preciso queos sujeitos sejam, de acordo com a lei, partes legítimas, pois setal não ocorrer, o processo se extinguirá sem julgamento demérito (art. 267, VI). A decisão esgrimada deve ser mantida. Semônus sucumbenciais em face da flagrante pobreza do recorrente.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0006.7297-7/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,

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DJ de 14/08/2003).

Ementa – Embargo de terceiro à penhora sobre bem móvel. Deveo embargante comprovar sumariamente a posse do bempenhorado e a qualidade de terceiro – Aplicação do artigo 1050do CPC – Recurso improvido – Decisão confirmada. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7151-9/0,Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira, DJ de 05/09/2003).

Ementa – Processual civil. Embargos de terceiro. Imóvel, objetode penhora em ação de cobrança, foi vendido antes de ajuizadaa referida ação. Fraude à execução não caracterizada posto quefoi comprovada a transferência em data anterior ao ajuizamentoda ação. Penhora desconstituída. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0007.4855-0/0, Rel. Juiz Clécio Aguiarde Magalhães, DJ de 05/09/2003).

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EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO

Ementa – Exceção de suspeição. O fato alegado não seenquadra no artigo 135 do CPC. Ausência de prova.Arquivamento, nos termos do art. 314 do CPC. Pedidodesprovido. Litigância de má-fé. Exceção de suspeição é medidaexcepcional, implica o afastamento do magistrado na conduçãodo feito, porém, deve vir amparada de provas, sob pena de serdecretado seu arquivamento. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2001.0001.2641-0/0, Rel. Juiz Marcos AurélioRodrigues, DJ de 22/05/2003).

Ementa – Embargos à execução. 1) Exceção de suspeição.Suspeição por motivo de foro íntimo. Exceção levantada em facede impropérios assacados pelo autor/causídico, pós julgamento.Como é sabido, a suspeição do juiz o impede de exercer suasfunções no processo, a partir do momento em que for declarada.O fato gerador da suspeição foi superveniente à prolação dadecisão, o que deixa incólume a sentença. Registre-se: nomomento de sua prolação, o julgador monocrático estava sereno,com ânimo refletido, de sorte a respeitar o princípio daimparcialidade. 2) Subenfiteuse. Cobrança, via execução, delaudêmio. Impossibilidade. Ilegitimidade do subenfiteuta para talcobrança, mas, sim, do senhorio direto. Ação de resgate deaforamento. Julgamento procedente. Averbação realizada.Obrigação principal resolvida, perdendo, por conseguinte a razãode ser da obrigação acessória (subenfiteuse). Sentença mantidapelos seus próprios e jurídicos fundamentos. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0007.4815-0/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 14/08/2003).

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EXECUÇÃO

Ementa – Ação de execução de crédito condominial.Incompetência absoluta afastada. Caixa Econômica Federal.Mesmo havendo o comparecimento nos autos da CEF, o quenão é o caso em espécie, na condição de credora hipotecáriado imóvel, não tem o condão de deslocar a competência para aJustiça Federal. Embargos à execução. Possibilidade de serpenhorado o próprio imóvel que serve de residência do devedor.Observa-se que a Lei nº 8.099/90, em seu art. 3º, inciso IV, excetuada regra da impenhorabilidade até o imóvel familiar nos processosque visam à cobrança de taxas e contribuições devidas em funçãodo próprio imóvel, aí incluídas, obviamente, as cotascondominiais. Apelo conhecido, porém, improvido, a fim deconfirmar a sentença monocrática pelos seus próprios e jurídicosfundamentos (art. 46 da Lei nº 9.099/95). Suspensa acondenação em ônus sucumbencial, visto ser o recorrentebeneficiário da assistência judiciária gratuita. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0007.4871-1/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Recurso cível. Ação de execução por título extrajudicial.Sentença que decretou a ineficácia da venda do imóvel doexecutado. Equívoco do magistrado que não examinou bem aprova, diante das datas da transação e da dívida, objeto dacobrança, que dista 05 anos e mais de 05 meses. Sentençareformada. (Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2145-2, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Acordo firmado entre as partes referentes a aluguéisem atraso e homologado pelo juiz. Alegação de excesso deexecução por haver sido dispensada de parte da dívida. Nãocomprovação. Execução do acordo. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 771/97, Rel.Juiz Pedro Regnoberto Duarte, DJ de 08/08/2003).

Ementa - EXECUÇÃO DE ACORDO. ACIDENTE DE TRÂNSITO.

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AÇÃO DE EXECUÇÃO DE DANOS. PRINCÍPIOSNORTEADORES DOS JUIZADOS ESPECIAIS. REALIZAÇÃODE CONCILIAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO. SERVIÇO PRESTADOCOM GARANTIA. EXECUÇÃO DE ACORDO. RECURSOIMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. SUCUMBÊNCIA EM 10%SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO. (Conforme Acórdão da3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0010.0889-2/0, Relator:RAIMUNDO NONATO SILVA SANTOS, DJ de 14/11/03).

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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Ementa – Processo civil. Ação de cobrança de honoráriosadvocatícios. Contra verbal. Indispensabilidade da prova deprestação de serviços. Sentença mantida. A cobrança dehonorários advocatícios não dispensa a prova dos serviçosprofissionais alegados, a justificar o valor reclamado, mormentequando impugnada a pretensão autoral. Recurso conhecido eimprovido, mantendo-se íntegra a sentença recorrida. Por nãoter se desincumbido, a parte autora, do ônus de provar o fatoconstitutivo de seu direito. Prova oral. (Conforme Acórdão da 3ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0000.4310-6/1, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Processo civil. Honorários advocatícios.Impossibilidade de exigir honorários ao devedor na chamadacobrança amigável. Obrigação que cabe ao contratante dosserviços profissionais, e não ao devedor. I – Se o advogadotrabalhou, exerceu atividade profissional, tem direito de recebera devida remuneração pelo serviço prestado. II – Quando se tratarde honorários contratuais, quem deve pagar a remuneração doadvogado é a parte que contratou os serviços. III – Quando tratar-se de honorários processuais ou sucumbência, é a partesucumbente, a responsável pelo pagamento. Inteligência do art.20 do Código de Processo Civil pátrio. Recurso improvido.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0002.3971-0/0, Rel. Juiz Clécio Aguiar deMagalhães, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Ação de cobrança objetivando a restituição dehonorários advocatícios por serviços não prestados – Embora aadvocacia seja considerada atividade meio, não provando ocausídico que pelo menos tentou cumprir o objeto do contrato,ou que tentou a destempo, quando não podia mais consegui-lo,com pálida petição de uma só lauda, sem qualquerfundamentação plausível do pedido, tem o dever de restituir oshonorários recebidos – Aplicação do artigo 964 do CC. Recurso

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improvido – Decisão confirmada. (Conforme Acórdão da 6ªTurma Recursal, sob o nº 2000.0010.1849-4/0, Rel. Juíza MariaNailde Pinheiro Nogueira, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Direito do consumidor. Restituição de indébito. Verbahonorária arbitrada em sede de cobrança extrajudicial.Improcedência. A verba honorária tem cabimento nasucumbência e nos contratos de prestação de serviçoprofissional, no campo da atividade advocatícia. A cobrança feitano escritório do advogado, denominada extrajudicial ou amigável,não enseja a incidência de verba honorária por parte do devedor.Recurso conhecido e não provido. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0006.7216-0/0, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 08/09/2003).

Ementa – Processo civil. Custas processuais e honoráriosadvocatícios. Cobrança de aluguel pela via judicial. Cláusulacontratual, no pacto de locação, com previsão de incidência deverba honorária de 10%, na hipótese, é abusiva. Segundo a normade regência da matéria (art. 26 do CPC), terminado o processopor desistência, as despesas e os honorários serão pagos pelaparte que desistiu, ou seja, cabem, exclusivamente, ao locador.Ademais, na espécie, conforme cópia da sentença prolatada nosautos da ação de despejo por falta de pagamento, sequer houvecondenação em verba sucumbencial. Não é, portanto, alegatóriaa fixação de honorários. Pagando o inquilino a mensalidade ecominações legais previstas no contrato, mostra-sedescaracterizada a prestação de serviços de advocacia, eis queo serviço de cobrança não é privativo da classe dos SenhoresAdvogados. Negado provimento ao recurso. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0007.8253-5/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 17/09/2003).

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ILEGITIMIDADE PASSIVA

Ementa – Ação ordinária de cobrança. Promovente que admiteem audiência não ser a promovida (menor púbere) devedora dotítulo, mas terceiro que não integra a relação processual.Sentença que julga improcedente o pedido inicial em face dapostulação contra a pessoa errada, admitida expressamente pelapromovente. Ilegitimidade passiva reconhecida. Correta aplicaçãodos princípios da oralidade, simplicidade e informalidade, previstosno art. 2º, da Lei 9.099/95, para a extinção do feito. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0164.2417-5/1, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 23/04/2003).

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IMPENHORABILIDADE DE BEM

Ementa – Embargos à execução por título extrajudicial.Impenhorabilidade de veículo, instrumento de trabalho dorecorrido/embargante, na condição de taxista. Dívida decorrentede contrato de locação, por ostentar o apelado/ embargante acondição de fiador. O instituto da impenhorabilidade tem limitadoseu alcance e extensão, de modo a proteger valores maiores,tais como a família, o salário, o trabalho (art. 649 do CPC, Lei nº8.009/90). Interesse do recorrido/ embargante que se confundecom os decorrentes do trabalho que exerce como taxista. Veículoutilizado como instrumento de trabalho. Situação que traduz maisdo que simples utilidade e, sim, a necessidade do instrumentopara o desempenho ou exercício da atividade profissional.Recurso improvido. Sentença de 1º grau confirmada na íntegra.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4875-4/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa - IMÓVEL HIPOTECADO - IMPOSSIBILIDADE DE SERALVO DE PENHORA POR SER BEM DE FAMÍLIA - SENTENÇAQUE EXTINGUIU A EXECUÇÃO MANTIDA. (Conforme Acórdãoda 4ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.1485-5/0, RELATOR:EXMO. SR. JUIZ FRANCISCO WILLO BORGES CABRAL, DJde 23/12/03).

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INTERESSE PROCESSUAL

Ementa – Processo civil. Desinteresse do autor. Processoparalisado por mais de trinta dias. Extingue-se o feito semjulgamento do mérito, nos termos do art. 267, inciso II do Códigode Processo Civil. Recurso conhecido e não provido. Decisãoconfirmada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1705-6/0, Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães, DJde 03/07/2003).

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LOCAÇÃO

Ementa – Locação. Ação de cobrança. Aluguéis atrasados c/cperdas e danos. Cerceamento de defesa. Ônus da prova. Provadocumental. Ficando evidenciado que da cobrança dos alugueresatrasados foi paga a importância de R$ 2.400,00, fl. 62, restandocomprovado nos autos que a recorrente, antes de entregar aschaves do bem, fl. 07, asseverou que o imóvel estava realmentedanificado, fl. 60, finalmente, evidenciada de forma cristalina, viaprova documental, dando conta do pagamento das avariassofridas pelo imóvel, fls. 29/34, não é dado à parte, ainda maisem sede de Juizado Especial, a esmo, invocar dispositivosconstitucionais e imputar ofensas à ordem constitucional deforma genérica, simplesmente porque sua pretensão não restouatendida pela autoridade judiciária, ainda mais que, no caso,permitiu-se o contraditório, produção de provas e razões, enfim,sendo obedecidas as fases processuais estabelecidas na LeiFederal 9.099/95. Não basta a inquilina alegar que pagou osalugueres reclamados pelo locador, sem fazer prova do efetivopagamento. É certo o ditado popular que diz: “quem paga mal,paga duas vezes”. Assim, se é que a inquilina pagou parte dovalor reclamado, bem como não teria ocorrido o reparo do imóvel,ou, se procedido, o apelado teria agido de má-fé, mas não temcomo provar, nada mais certo do que lhe aplicar o adágio popular,incidindo, na espécie, os arts. 939 e SS. do Código Civil vigenteà época da propositura da ação. Ora, a recorrente não fezqualquer prova a respeito de suas alegações, sendo certo quecabia a ela fazer tal prova, nos termos do art. 333, inc. II doCódigo de Processo Civil. Decisão vergastada mantida, por seusfundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2002.0007.4813-4/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 13/02/2003).

Ementa – Locação. Cobrança de alugueres vencidos e nãopagos. Condenação do locatário ao pagamento de tais verbas. Adecisão monocrática analisou os fatos, em seqüência lógica,demonstrando todas as obrigações do recorrente em

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decorrência do contrato de locação. Aplicação dos arts. 5º e 6ºda Lei 9.099/95, por meio dos quais pode o juízo monocráticoapreciar livremente o valor das provas coligidas aos autos, bemcomo adotar, em cada caso, a decisão que reputar mais justa eequânime. Recurso conhecido, porém improvido. Sentençaratificada in totum. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0000.7779-3/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato SilvaSantos, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Civil. Ação de despejo para uso próprio.Descumprimento. Houve realmente contrato de locação verbale por tempo indeterminado entre as partes. A autora é partelegítima para propor a ação e necessita do imóvel para residircom sua família, a qual se encontra morando de favor em casade amigos. Despejo obrigatório da promovida. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.1874-5/0, Rel. JuizMarcos Aurélio Rodrigues, DJ de 09/04/2003).

Ementa – Locação – Fiador – Cobrança de alugueres majoradosem sede de ação revisional – Despejo por falta de pagamento –Indenização por alegadas despesas efetuadas no imóveldesocupado – Vistoria sem prévio conhecimento do garante dalocação – Não é cometida obrigação ao fiador que não tenhaassentido com ajuste celebrado entre locador e afiançado paramajoração do aluguer contratual, além dos parâmetros legais,bem assim quando o mesmo não tenha sido chamado paraintegrar relação processual, como litisconsorte, tanto em sedede ação revisional, quanto em procedimento relacionado comdespejo por falta de pagamento. Por igual, não se ajusta aosmoldes legais pertinentes à cobrança de alegados reparos feitosno imóvel desocupado, sem a necessária realização de vistoriaprévia, com a devida cientificação do locatário e do fiador paraacompanhá-la. Precedentes jurisprudenciais, ajustados à Súmula214-STJ – Recurso conhecido e provido, para desconstituir ojulgado vergastado. (Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0001.7138-2/0, Rel. Juiz Edmo Magalhães Carneiro,

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DJ de 28/04/2003).

Ementa – Cobrança de aluguel. Alegação de que pactuouoralmente com o representante legal do espólio a não aplicaçãode cláusula expressa ao contrato de locação sobre o reajustedo aluguel. Não há nenhuma prova nos autos que comprove essefato. Aplicação do princípio pacta sunt servanda, em que o contratodeve ser cumprido em todo seu teor. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7176-5/0, Rel. Juiz Luiz EvaldoGonçalves Leite, DJ de 09/06/2003).

Ementa - RECURSO CÍVEL. CONTRATO DE LOCAÇÃO.FIADOR. A RESPONSABILIDADE DO FIADOR SUBSISTE EMDECORRÊNCIA DE OBRIGAÇÃO CONTRATUAL ASSUMIDA NACONDIÇÃO DE PRINCIPAL PAGADOR E DEVEDORSOLIDÁRIO. DIANTE DA EXPRESSA DISPOSIÇÃO CONTIDANO CONTRATO DE LOCAÇÃO, O FIADOR PODE SERCHAMADO JUDICIALMENTE A SATISFAZER DÉBITO, O QUALRESPONDERÁ PELA INTEGRALIDADE DA DÍVIDA, ATÉ SEREFETIVAMENTE PAGA. INCIDÊNCIA DO ART. 829, DO CÓDIGOCIVIL. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇAMANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0007.8230-6/0, Relator: FRANCISCO SALES NETO, DJde 23/10/2003).

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MANDADO DE SEGURANÇA

Ementa – Constitucional. Mandado de segurança preventivocontra decisão judicial. Receio de sofrer violação a direito.Cabimento no JEC. Determinação judicial, em mandado depenhora, determinando constrição de bens impenhoráveis. Direitolíquido e certo ferido. Segurança concedida. 1) Conhece-se deimpetração de mandado de segurança, contra decisão judicial,proferida na instância primária do juizado especial cível, da qual,segundo sua lei de regência (Lei nº 9.099/95), não comportarecurso de qualquer espécie. 2) Nos termos da Lei 8.009/90, apenhora que recai em móveis que guarnecem a residência dodevedor, ressalvados apenas os adornos suntuosos, não devesubsistir, porquanto os mesmos são impenhoráveis. 3) Oaplicador da lei deve observar os fins sociais a que ela se dirigee no caso dos autos, objetiva-se assegurar a dignidade humana,garantindo-se um mínimo de conforto no aconchego doméstico.4) A função jurisdicional executiva expropriatória, que deve serútil ao credor, é verdade, não pode chegar ao cúmulo de se privaro devedor e sua família de móveis domésticos, necessários aomínimo funcionamento de uma casa. 5) Mandado de segurançaconhecido e acolhido para deferir a segurança impetrada.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.3933-7/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa – Constitucional. Mandado de segurança contra decisãojudicial. Cabimento no JEC. Equívoco produzido pela conduçãoimprimida pelo juízo singular. Direito líquido e certo ferido.Segurança concedida. 1) Conhece-se de impetração demandado de segurança, contra decisão judicial, proferida nainstância primária do juizado especial cível, da qual, segundosua lei de regência (Lei nº 9.099/95), não comporta recurso dequalquer espécie. 2) Em sede de obrigação de fazer, tema afeitoao processo de conhecimento e regulado pelo art. 461, do CPC,que pode partir da incerteza quanto aos fatos que sustentam apretensão de direito material ou da verossimilhança dos

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mesmos, mas sempre reclamando atividade cognitiva esentença de acertamento, ainda que qualificada pela possívelauto-executividade, com o processo expropriatório dos artigos632 e seguintes do CPC, que reclama título executivo e, portanto,prévia certeza. 3) Mandado de segurança conhecido e acolhidopara deferir a segurança impetrada. (Conforme Acórdão da 3ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0003.2937-9/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Liminar concedida com oatendimento dos requisitos notoriamente admitidos para a suaconcessão. Ato questionado, ainda a depender da produção deprova. Recursal interposto após a data prevista para realizaçãode cirurgia, que objetiva impedir. A concessão da liminar nãoimpede a continuidade do processo. Seguimento com a formaçãodo quadro probatório, objetivando atribuir razão a quem fizer jus.Recurso recebido, segurança negada. (Conforme Acórdão da2ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.0165-9/0, da 12ª Unidade:FIC, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de 12/02/2003).

Ementa – Mandado de segurança cível. Liminar cassada. Nãorestou demonstrado abuso de poder nem ilegalidade nasentença. O juiz não está adstrito à literalidade da Lei, deve julgaratendendo aos fins sociais e a um contexto teleológico eaxiológico. A impetrante confirmou a dívida. O recurso interpostotornou-se deserto por falta de preparo. (Conforme Acórdão da 3ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0003.2883-6/0, Rel. Juiz MarcosAurélio Rodrigues, DJ de 13/02/2003).

Ementa – Constitucional. Mandado de Segurança. Ato judicial.Juizado Especial Cível. Cabimento. Concessão de antecipaçãodos efeitos da tutela de mérito, em sede de ação cominatória.Prolação de sentença na pendência deste remédio heróico, comrespectivo trânsito em julgado. Perda de objeto do mandamus.Cabível é a impetração de mandado de segurança contra decisãointerlocutória proferida por magistrado oficiante nos JuizadosEspeciais Cíveis, consubstanciada no deferimento de

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antecipação dos efeitos de mérito, que seria esgrimada, casoprevisto tal recurso no microssistema do juizado, por agravo deinstrumento. Julgada procedente a súplica exordial da açãocominatória, inclusive em face da revelia do impetrante, comtrânsito em julgado, impõe-se a perda do objeto do presente writ.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4832-0/0, da 12ª Unidade: FIC, Rel. Juíza MariaApolline Viana de Freitas, DJ de 11/03/2003).

Ementa – Processo civil. Mandado de Segurança. Ato judicial dejuiz de juizado especial. Efeitos rescisórios. 1. O cabimento demandado de segurança contra ato judicial tem campo restrito,devendo ter por pressuposto decisão teratológica e danosa. 2.Não cabe mandado de segurança contra decisão trânsita emjulgado (SUM. 268 do STF). 3. A não previsão da rescisória nosjuizados especiais visa à simplicidade e à desburocratizaçãodos procedimentos ditados pela Lei nº 9.099/95, contrariandoseus princípios informativos a tentativa de substituí-la pelo writof mandamus. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob onº 2001.0001.2658-5/0, Rel. Juíza Maria Estela Aragão Brilhante,DJ de 28/03/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Perde o objeto, o writ contradecisão interlocutória ratificada por sentença recorrível.Inteligência do artigo 267, VI, do CPC. Processo extinto por faltade objeto. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2518-0/0, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Mandado de Segurança contra decisão do juizadoespecial. Excepcionalmente, em hipóteses verdadeiramenteteratológicas, o mandado de segurança tem sido admitido pelasTurmas Recursais contra decisão monocrática dos JuizadosEspeciais. Writ denegado. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.2541-5/0, Rel. Juiz Francisco SalesNeto, DJ de 31/03/2003).

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Ementa – Mandado de Segurança contra ato jurisdicional. O juízode admissibilidade de recurso interposto junto aos juizadosespeciais cíveis e criminais deverá ser feito perante as TurmasRecursais. É de se conceder a chancela à segurança pleiteadaquando o juiz monocrático, de forma somítica e sumária, nega oseguimento do recurso de apelação, impedindo apreciação pelotribunal ad quem. Segurança concedida. (Conforme Acórdão da6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.3576-6/0, Rel. JuizFrancisco Sales Neto, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Mandado de Segurança Cível. Recusa de vista dosautos, pela secretaria, ao procurador judicial da parte. Decorrendoprazo recursal de decisão que rejeitou, liminarmente, embargosà execução interpostos é assegurado o acesso do causídicoaos autos a fim de que possa exercer plenamente defesa dosinteresses do seu cliente. Incabível em mandado de segurançaapreciação de matérias que não atendam ao seu pressupostode admissibilidade. Recurso conhecido e provido, em parte.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.0882-3/0, Rel. Juiz Francisco Auricélio Pontessubstituindo o Dr. Francisco das Chagas Oliveira, DJ de 11/04/2003).

Ementa – Mandado de Segurança – O juízo de admissibilidadedo recurso de apelação interposto nos Juizados Especiais épreliminar e provisório – Compete às Turmas Recursais o examedefinitivo da admissibilidade ou não do recurso por supostaintempestividade – Segurança concedida para determinar asubida do recurso e submissão a novo juízo de admissibilidade.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0006.3306-0/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 07/05/2003).

Ementa – O recurso crime em sentido estrito não cabe em sedede Juizados Especiais Criminais, por falta de previsão legal, porferir o princípio da celeridade processual e em face da existênciado instituto do Mandado de Segurança que, em casos extremos,

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mesmo tratando-se de decisão interlocutória, se presta a garantira reparação do direito líquido e certo violado – Não conhecimentodo recurso. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3951-7/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 07/05/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Decisão judicial desprovidade fundamentação. Impossibilidade. Precedentes. À luz do art.93, IX da Carta Política, todas as decisões judiciais devem serfundamentadas, sob pena de nulidade. Ação conhecida.Segurança concedida. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal,sob o nº 2000.0010.2694-2/0, Rel. Juiz Ademar Mendes Bezerra,DJ de 09/05/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Legitimidade ativa.Inexistência. Falta de interesse de agir. À míngua depressupostos, vai à sucumbência a desfalcada pretensão.Aplicação do art. 3º, do CPC. (Conforme Acórdão da 4ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0001.2354-1/0, Rel. Juiz Francisco GurgelHolanda, DJ de 27/05/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Ato judicial de juiz de juizadoespecial. Constrição de bem de terceiro. Embargos nãorecebidos. Mandado de segurança com pedido de liminar - viaadequada. Segurança concedida. Liminar mantida. 1. Embargosde terceiro é o meio adequado para defesa de bem penhorado,cujo proprietário não participa do pólo passivo da relaçãoprocessual na execução forçada. 2. Concede-se segurançavindicada para acautelar direito líquido e certo de promoverembargos de terceiro contra ato de constrição judicial de bemde possível titularidade do impetrante – pessoa estranha ao feito.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2001.0001.1983-0/0, Rel. Juíza Maria Estela Aragão Brilhante,DJ de 29/05/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Descabe a via mandamentalpara sustar execução de sentença transitada em julgado e não

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amparado o impetrante por direito líquido e certo. (ConformeAcórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº 2001.0001.1979-1/0,Rel. Juiz Francisco Suenon Bastos Mota, DJ de 30/05/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Ato judicial de juiz de juizadoespecial. Extinção do processo sem julgamento do mérito.Indeferimento de devolução dos documentos. Liminar indeferida.Segurança concedida. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0003.2659-0/0, Rel. Juíza Maria Estela AragãoBrilhante, DJ de 05/06/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Extemporaneidade derecurso. O prazo fatal para recorrer, no Juizado Especial Cível,é de dez (10) dias. Conta-se da efetiva intimação e não da juntadado AR nos autos. Inexistência de direito líquido e certo a mereceracolhida. Segurança denegada. (Conforme Acórdão da 5ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0005.1945-3/0, Rel. Juiz FranciscoSuenon Bastos Mota, DJ de 30/06/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Prevalece a decisão doTribunal de Justiça que pontificou ser das Turmas Recursais acompetência para apreciar e julgar mandado de segurançacontra autoridade judiciária dos Juizados Especiais, na ausênciade conflito negativo de competência entre Turma Recursal eCâmara do Tribunal de Justiça. Entendimento do STJ.Excepcionalmente, em hipóteses verdadeiramente teratológicas,admite-se o mandado de segurança contra ato jurisdicional dosJuizados Especiais. Writ denegado. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2000.0010.1276-3/0, Rel. JuizFrancisco Sales Neto, DJ de 10/07/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Prevalece a decisão doTribunal de Justiça que pontificou ser das Turmas Recursais acompetência para apreciar e julgar mandado de segurançacontra ato jurisdicional dos Juizados Especiais, na ausência deconflito negativo de competência entre Turma Recursal e Câmarado Tribunal de Justiça. Precedente do STJ. O recurso, no Juizado

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Especial, corresponde, no processo comum, à apelação, cabívelsempre que há extinção do processo, com ou sem julgamentodo mérito. Embargos do devedor consistem uma ação incidental.A decisão os rejeita, liminarmente. Comporta recurso inominadocível e não mandado de segurança. O remédio heróico, em setratando de Turmas Recursais, se admite, em situaçãoexcepcional, em hipótese teratológica, que não caiba maisrecurso e enseja prejuízos de difícil reparação à parte. Segurançadenegada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1368-9/0, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 08/08/2003).

Ementa – Mandado de Segurança Civil. Ato judicial. Respaldoem norma legal. Ausência de configuração do direito líquido ecerto. O mandado de segurança é perfeitamente cabível contraato judicial, desde que comprovada a ofensa a direito líquido ecerto do impetrante, em decorrência de ato ilegal ou abuso. Naausência destes requisitos denega-se a ordem impetrada.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1444-8/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 08/09/2003).

Ementa – Mandado de Segurança. Decisão judicial que mandougravar cláusula de intransferibilidade de veículo, objeto deconstrição judicial, em processo executivo. Impetrado mandadode segurança para que a referida cláusula fosse retirada, pois oimpetrante nomeou outros bens à penhora. Concedida a liminar.Ao apreciar o mérito, a liminar foi cassada. (Conforme Acórdãoda 1ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0001.7139-0/0, Rel. JuizJosé Edmar de Arruda Coelho, DJ de 08/09/2003).

Ementa – Processual civil. Mandado de Segurança. Intimado paramanifestar interesse no feito, autor deixa transcorrer o prazo semnada requerer, demonstrando desinteresse na continuação domandamus. Mandado de segurança extinto, por desinteressedo autor. Incidência do art. 267, III do CPC, c/c o art. 51, § 1º daLei 9.099/95. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o

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nº 2000.0010.0771-9/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite,DJ de 10/10/2003).

Ementa – Mandado de Segurança Cível. Não pode o impetranteinterpor mandado de segurança para ter anulada decisão contraa qual cabia recurso - art. 5º da Lei nº 1.533/51. Ausência deconfiguração de direito líquido e certo. Improcedência domandamus. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.0886-6/0, Rel. Juiz José Edmar de Arruda Coelho,DJ de 10/10/2003).

Ementa - LOCAÇÃO COMERCIAL. MANDADO DESEGURANÇA. DECISÃO JUDICIAL QUE DETERMINOU ADESOCUPAÇÃO DE IMÓVEL, APÓS O TRANSCURSO DEPRAZO ESTIPULADO EM ACORDO CELEBRADO EHOMOLOGADO EM JUÍZO. IRRECORRIBILIDADE DASDECISÕES HOMOLOGATÓRIAS DE ACORDO (ARTS. 26 E41 DA LEI 9099/95). INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO ECERTO DO IMPETRANTE. ̈ WRIT¨ CONHECIDO E JULGADOIMPROCEDENTE. SEGURANÇA DENEGADA. (ConformeAcórdão da 3ª TURMA RECURSAL, sob o nº 2003.0001.7121-8/0, Rel. Juiz RAIMUNDO DE SOUZA NOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - MANDADO DE SEGURANÇA - HAVENDO MEIOPRÓPRIO E ADEQUADO PARA SE OPOR AO ATO JUDICIALQUE ORDENA O PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO, NOCASO, EMBARGOS, NÃO SE DARÁ MANDADO DESEGURANÇA - APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISO II DA LEINº 1.533/51 - SEGURANÇA DENEGADA. (Conforme Acórdãoda 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.7885-6/0, Relator(a).:MARIA NAILDE PINHEIRO NOGUEIRA, DJ de 06/11/03).

Ementa - MANDADO DE SEGURANÇA. ESTABELECIMENTODE ENSINO SUPERIOR. Instituição particular. Contrato dePrestação de Serviços Educacionais. A Lei nº 9.870/99 nãoassegura ao aluno inadimplente direito subjetivo à matrícula,

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apenas veda a imposição de penalidades pedagógicas. Assisterazão à impetrante em ter a segurança concedida.PROCEDÊNCIA DO MANDAMUS. SUSPENSÃO DA TUTELAANTECIPADA. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2003.0001.3783-4/0, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 10/12/03).

Ementa - Mandado de Segurança. Constitucional. Não restouprovada a violação a direito líquido e certo. O impetrante nãojuntou provas cabíveis de demonstrar a referida violação.Extinção do processo sem julgamento do mérito, inteligência doartigo 267, IV do CPC e artigo 6º da lei nº 1.533/51. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0010.0862-0/0,Relator: CLÉCIO AGUIAR DE MAGALHÃES, DJ de 22/12/03).

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PLANO DE SAÚDE

Ementa – Recurso inominado cível. Ação de obrigação de fazer.Plano de saúde que se recusa a realizar procedimento cirúrgicosob a alegativa de ausência de cobertura. Cláusula limitativa einterpretação mais benéfica ao consumidor, hipossuficiente.Cirurgia das mamas sem a finalidade exclusivamente estética epara corrigir doenças surgidas posteriormente, identificadas emdiagnóstico. Não caracterização da hiperlordose lombar e cifosedorsal como doenças pré-existentes. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida pelos seus próprios fundamentos.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2348-7/0, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJde 20/01/2003).

Ementa – Direito do consumidor. Planos de saúde. Contrato deadesão. Interpretação das cláusulas contratuais da maneira maisfavorável ao consumidor, em obediência à regra insculpida noartigo 47 do Código de Defesa do Consumidor. Ilegítima a recusana adoção do procedimento, face ao patente estado deemergência em que se encontrava o usuário, que sofria risco devida. Dano moral configurado. Recurso conhecido e improvido.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0000.3606-1/0, da 12ª Unidade: FIC, Rel. Juiz JoséEdmar de Arruda Coelho, DJ de 06/02/2003).

Ementa – Contratos de cobertura de risco médico-hospitalar.Cláusulas limitativas ou exclusivas. A relação contratual dosaludidos pactos é tipicamente de resultado. Sua base econômicaé o mutualismo. A boa-fé sua alma. Inexistência de prova dedoença anterior à celebração do contrato. Carência cumpridapor ocasião da cirurgia. As empresas privadas que se habilitama ocupar o espaço de coadjuvante do poder público, percebendolucros, não podem continuar a se esquivar atrás das alegaçõesda quebra do mutualismo. Confirma-se tutela antecipatóriaautorizadora da cirurgia negada pelo plano de saúde. Recursoconhecido e não provido. (Conforme Acórdão da 6ª Turma

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Recursal, sob o nº 2001.0001.2639-9/0, Rel. Juiz Francisco SalesNeto, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Seguro – Plano de saúde – Obesidade mórbida –Gastroplastia – Cobertura – Ausência de cláusula expressa deexclusão de cobertura. Restando demonstrada, através de laudomédico, a necessidade de intervenção cirúrgica urgente para otratamento da patologia denominada obesidade mórbida, asdespesas necessárias à Gastroplastia, devem ser suportadaspela cooperativa médica que mantém contrato de plano de saúdecom o doente, mesmo porque, este só exclui da cobertura, ascirurgias exclusivamente estéticas. Insustentável ainda, anegativa de exclusão de cobertura, porquanto desde o ano de1996, a moléstia passou a ser catalogada na listagem daAssociação Médica Brasileira – AMB – de molde a vir a serincorporada às enfermidades cobertas pelo plano de saúde,corroborada pelo Rol de Procedimentos que devem ser cobertospelas operadoras de plano de saúde. Afastada a pretendidaexclusão da doença, por vincular-se em abusividade e ilegalidade,face à natureza adesiva do contrato de seguro de saúde, emafronta ao art. 51, caput, IV e XV, c/c § 1º, I e II, do Código deDefesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90). Apelo improvido.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0007.4838-0/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro,DJ de 26/02/2003).

Ementa – Plano de saúde. Prestação de serviço médico-hospitalar negado, sob a alegação de que o atendimento à autoraextrapolou o prazo de doze (12) horas, instalado, em cláusulacontratual, como limitador a definir, sem exagero algum, aresponsabilidade do segurador pelas despesas da paciente.Relação de consumo. Necessidade do tratamento, porque emsede de momento de defesa da saúde, urgencial. Recursoprovido. Obrigação de indenizar pelas despesas efetivamenterealizadas. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 4ªTurma Recursal, sob o nº 2000.0010.2164-9/0, da 12ª Unidade:FIC, Rel. Juiz Francisco Gurgel Holanda, DJ de 05/03/2003).

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Ementa – Civil – Plano de saúde – Negativa de autorização deexame médico – Ressonância magnética – Contrato querestringe a cobertura de despesas – Ausência de cláusulaexpressa de exclusão do procedimento requerido – Contrato deadesão – Interpretação das cláusulas contratuais da maneiramais favorável ao consumidor, em obediência à regra insculpidano art. 47, do Código de Defesa do Consumidor. 1. Restandodemonstrada, através de prescrição médica, a necessidade derealização de exame para diagnóstico de doença, em usuáriode plano de saúde, com contrato firmado anteriormente à Lei9.656/98, não pode a cooperativa médica esquivar-se doatendimento, impondo limites ou restrições aos procedimentosmédicos, utilizando-se de cláusula genérica de exclusão. 2. Éabusiva a cláusula contratual que exclui da cobertura determinadoprocedimento médico necessário, pois, embora não ponha oconsumidor em desvantagem extrema, restringe-lhe direitosinerentes à natureza do contrato, a ponto de tornar impraticávela realização de seu objeto, nos exatos termos do artigo 51, § 1º,inciso II, do Código de Defesa do Consumidor. 3. Ademais, ascláusulas restritivas, que impeçam o restabelecimento da saúdeem virtude de doença sofrida, atentam contra a expectativalegítima do consumidor quanto ao plano de saúde contratado.Apelo improvido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da6ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.2188-6/0, Rel. Juiz ClécioAguiar de Magalhães, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Processual civil – Preliminar de ilegitimidade ativa adcausam – Indeferimento – Sentença – Deficiência na motivação– Não configuração – Constitucional – Direito à vida e à saúde –Direito do consumidor – Plano de saúde – Limite de exames.Cláusula abusiva – Reembolso de despesas com tratamentode saúde – Reembolso devido – Sentença confirmada. 1. É partelegítima para contestar ou propor ação, em sede de direitoobrigacional, quem efetivamente figura como parte no contrato.2. Decisão de motivação sucinta ou concisa é diversa daquelasem fundamentação ou com fundamentação inadequada. Não

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é nula a sentença com fundamentação sucinta, mas a que careceda devida motivação, essencial ao processo democrático. Adecisão em questão, apresenta-se, de forma sucinta ou concisa,como determina a lei de regência, enfrentando, inclusive, todasas questões e teses deduzidas pelas partes, de sorte que não énula. 3. A paciente/dependente obteve autorização do Plano deSaúde para internação, mirando tratamento de denguehemorrágica, estando grávida de sete meses. Quando doatendimento, os médicos perceberam a necessidade de seproceder a exame de ultra-sonografia, a fim de se preservar avida uterina. A apelante se recusa a cobrir essa despesa, àconsideração de que o contrato exclui da cobertura a realizaçãode exames de forma ilimitada. A prevalência da proibição abusivanão permitindo o exame complementar para investigação dediagnóstico, implica o esvaziamento de uma das funções dacausa do contrato de assistência médica, consistente emconceder proteção eqüitativa ao segurado. O procedimentomédico, de natureza urgente, que, da não realização, exponha arisco de vida a segurada ou seu bebê é garantido por cláusulanatural a esse tipo de contrato, ainda que não escrita, comprimazia sobre qualquer outra. Demais, leve-se em consideraçãoo fato de que os direitos à vida e à saúde são consagrados pelomais alto patamar da ordem jurídica pátria, ou seja, têm statusconstitucional, cabendo às normas de natureza infraconstitucionalse amoldarem à moldura de hierarquia superior. 4. Cláusulacontratual ínsita em contrato referente a plano de assistência àsaúde, que exclui direitos do consumidor, deve ser interpretadade forma restrita, não comportando interpretação elastéria,impondo-se à empresa seguradora a responsabilidade peloreembolso das despesas efetuadas, mormente considerandoque o contrato/saúde tem como características o risco e acomutatividade. Sentença mantida por seus próprios e judiciososfundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2003.0001.7106-4/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 09/04/2003).

Ementa – Civil – Plano de Saúde – Autorização de cirurgia –

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Negativa de cobertura, sob a alegação de doença pré-existente– Má-fé da usuária não demonstrada – Inexistência de exameadmissional – Cláusula restritiva – Interpretação das cláusulascontratuais de modo mais favorável ao consumidor, emobediência à regra insculpida no art. 47, do Código de Defesa doConsumidor. 1. Cabe à Empresa, operadora do Plano de Saúde,comprovar que a segurada tinha conhecimento de ser portadoraou sofredora da doença pré-existente à época da contrataçãodo seguro de saúde. 2. Inconcebível presumir-se a má-fé dasegurada, consistente em não informar à seguradora, acercade tal circunstância (ser portadora de doença pré-existente), nomomento da contratação. 3. A omissão da seguradora em efetuarexame prévio da usuária-consumidora, quando da contratação,frise-se, não lhe isenta da responsabilidade de arcar com osônus contratuais, máxime porque se trata de cláusula restritivade direitos do consumidor, a qual deve ser interpretada de modomais favorável à parte mais vulnerável, no caso, o consumidor.Ademais, as cláusulas restritivas que impeçam orestabelecimento da saúde, em virtude de doença sofrida,atentam contra a expectativa legítima do consumidor quanto aoplano de saúde contratado. 4. Os contratos de plano de saúdetêm como características o risco e a comutatividade, onde aEmpresa seguradora assume o risco do negócio. 5. Não tendoa Recorrente logrado trazer aos autos elementos robustos aagasalhar sua tese defensiva, impõe-se a improcedência dademanda. Apelo improvido. Sentença confirmada. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.1904-3/0,Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães, DJ de 07/05/2003).

Ementa – Plano de saúde. Reajuste por mudança de faixa etária.Contrato firmado em 1995. Anterior à lei nº 9.656, de 03.07.1998,não possui previsão de mudança de faixa etária. Para oscontratos antigos, de consumidores com 60 anos ou mais, senão existir cláusula no contrato com previsão de mudança defaixa etária, não pode haver aumento da mensalidade pormudança de faixa etária. O contrato da recorrida está incluídona primeira opção, logo, não pode haver aumento da mensalidade

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por tal fundamento. Recurso conhecido, mas improvido. Decisãoinalterada. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7763-7/0, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de14/05/2003).

Ementa – Plano de saúde. Cláusula que prevê ausência decobertura – Falta de pleno conhecimento, pelo consumidor, doconteúdo –Declaração de nulidade – Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0005.1935-6/0, Rel. Juiz Francisco Willo Borges Cabral,DJ de 27/05/2003).

Ementa – Recurso cível. Obrigação de fazer. Plano de saúde.Negativa de autorização para realização de implante de prótese.Carência. Emergência. Risco de vida. Aplicação da Lei 9.656/98. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7759-9/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 09/06/2003).

Ementa – Recurso cível. Obrigação de fazer. Relação deconsumo. Plano de saúde que nega exame com kit diagnóstico.Cláusula restritiva que agride princípio basilar que rege a Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor. Negativa de autorizaçãoimprocedente. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7757-2/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de04/07/2003).

Ementa – Recurso cível. Plano de saúde. Recusa aoatendimento. Referência à moléstia pré-existente. Ônus probandipor conta do plano de saúde. Inteligência do art. 11 da Lei nº9.656/98. Má-fé não comprovada. A cláusula restritiva defendidapelo recorrente, mostrou-se controvertida e foi interpretada demodo favorável ao usuário. Aplicação do art. 47 do Código deDefesa do Consumidor. Recurso conhecido, mas improvido.Decisão inalterada. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal,

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sob o nº 2000.0010.2510-5/0, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira,DJ de 05/09/2003).

Ementa – Plano de saúde. Interpretação de cláusulas de modomais favorável ao consumidor. A Carta Magna e o CDC ensejama prestação de serviços de boa qualidade, mediante contratoresguardado por cláusulas justas, evitando que o consumidorfique em desvantagem. A prestação de serviços médico-hospitalares não deve comportar cláusulas de exclusão, querde doenças, quer de tratamento, ou limitações de qualquergênero. O julgador soube precisar a responsabilidade do Planode Saúde para com o contratante, muito bem amparado noCódigo de Defesa do Consumidor, que recomenda sempre ainterpretação das cláusulas de modo favorável ao consumidor.A situação aflitiva causada ao associado e à sua dependente,resultou em práticas abusivas e prejudiciais ao usuário. Avaliadasas razões recursais como insuficientes à reforma da decisão. Anegativa do plano redundou na infração ao dever legal de nãolesar (CC, art. 186). Provimento parcial do recurso, tão somente,para reduzir os juros estipulados. A decisão permanece inalteradaquanto aos demais. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0002.3967-1/0, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira,DJ de 10/10/2003).

Ementa - DIREITO DO CONSUMIDOR. PLANOS DE SAÚDE.CONTRATO DE ADESÃO. INTERPRETAÇÃO DASCLÁUSULAS CONTRATUAIS DA MANEIRA MAIS FAVORÁVELAO CONSUMIDOR, EM OBEDIÊNCIA À REGRA INSCULPIDANO ARTIGO 47 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.ILEGÍTIMA A RECUSA NA ADOÇÃO DO PROCEDIMENTO, FACEAO PATENTE ESTADO DE EMERGÊNCIA EM QUE SEENCONTRAVA O USUÁRIO. RECURSO CONHECIDO EIMPROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. (Conforme Acórdãoda 1ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0006.7213-6/0, Relator:JOSÉ EDMAR DE ARRUDA COELHO, DJ de 06/11/03).

Ementa - Ação de Indenização. Plano de saúde HAPVIDA.

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Paciente em dia com suas obrigações contratuais, precisandode atendimento ambulatorial. Pedido de autorização. Obediênciaao procedimento exigido pelo plano. Ausência de autorização.Dano moral. Recurso conhecido e improvido. (Conforme Acórdãoda 2ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.3578-2/0, Relator:EMANUEL LEITE ALBUQUERQUE substituindo Dr. FRANCISCODAS CHAGAS OLIVEIRA, DJ de 11/11/03).

Ementa - Plano de Saúde. Reembolso de despesas. A decisãoacolheu o pleito de ressarcimento dos valores pagos. O Planode Saúde tem previsão de reembolso de despesas, e contribuiupara que os fatos tomassem tamanha proporção. Adequação àtabela de honorários do plano de saúde, com a devidaatualização. Recurso conhecido e parcialmente acolhido.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2003.0010.0877-9/0, Relator(a).: MARIA GLADYS LIMA VIEIRA,DJ de 09/12/03).

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RECURSO

Ementa – Recurso intempestivo. Consoante disposto no artigo42 da Lei nº 9.099/95, o prazo para a interposição do recurso éde 10 (dez) dias contados da ciência da decisão recorrida.Sentença cientificada em 08.05.2000 e recurso interpostosomente em 22.05.2000. Decisão mantida. (Conforme Acórdãoda 4ª Turma Recursal, sob o nº 2000.99.00316-3, da 7ª Unidade:Montese, Rel. Juiz Francisco Willo Borges Cabral, DJ de 03/01/2003).

Ementa – Direito processual civil. Recurso inominado. Juízo deadmissibilidade. Órgão monocrático. Não vinculação. Início doprazo recursal. Recebimento da correspondência intimatória dasentença. Recurso intempestivo. 1) O juízo de admissibilidadedos recursos – Exame da presença dos pressupostosnecessários para o seu conhecimento – No Direito Brasileiro, é,em regra, exercido em duas etapas: a primeira, pelo juízomonocrático prolator da sentença recorrida e a segunda, pelotribunal ad quem, quando do julgamento efetivo do recurso. 2)Contudo, a decisão proferida pelo órgão a quo é provisória, nãovinculando o tribunal competente para julgar o recurso. Ou seja,o tribunal ad quem fica livre para analisar os requisitos, inclusivepara, se for o caso, reconhecer a ausência de requisito já tidocomo presente pelo órgão a quo. 3) A intimação formal, por carta,deflagra o prazo para interposição de eventual recurso, na datado recebimento lançada no AR e não da juntada deste ao cadernoprocessual. 4) Recurso não conhecido. (Conforme Acórdão da2ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.1854-0, da Comarca deQuixadá, Rel. Juíza Maria Estela Aragão Brilhante, DJ de 13/01/2003).

Ementa – Apelação Cível. Recurso intempestivo. O prazo paraa interposição de recurso de apelação é de dez (10) dias. Art. 42da Lei 9.099/95. Apelação não conhecida. (Conforme Acórdãoda 2ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.3574-0/0, Rel. JuizFrancisco Auricélio Pontes substituindo o Dr. Francisco das

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Chagas Oliveira, DJ de 11/04/2003).

Ementa – Recurso cível. Intempestividade. Justiça gratuita.Contagem dos prazos processuais em dobro. Inaplicabilidadedas prerrogativas inerentes aos defensores públicos. Recursonão conhecido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 4ªTurma Recursal, sob o nº 2000.0001.9982-7/1, Rel. JuizFrancisco Gurgel Holanda, DJ de 09/05/2003).

Ementa – Recurso apresentado fora do decênio legal. Descabea sua apreciação. O não conhecimento do recurso é medidaque se impõe. A lei nº 9.099/95, em seu art. 42, estabelece osrequisitos da interposição de recurso nas lides em curso nosJuizados Especiais. A intempestividade do recurso obsta o seuconhecimento, impedindo o seu prosseguimento. Decisãoinalterada. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2298-7/0, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de14/05/2003).

Ementa – A justiça não socorre os que dormem (dormientibusnon sucurrent lus). A recorrente não teve apego à instrução dofeito e ela própria contribuiu para o desfecho da ação. Equivoca-se a recorrente ao pretender anular, nestes autos, sentençaexarada em outro processo, sem atentar para os efeitos dapreclusão. Diante de tanto tempo desperdiçado, o recurso maisse assemelha a um expediente protelatório, para que, uma vezaceitos seus argumentos, seja premiado pelo seu descaso paracom a intimação assumida, retardando indefinidamente o feito ea reparação do dano. Recurso recebido por tempestivo, porémimprovido. Decisão inalterada. (Conforme Acórdão da 2ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0000.7775-0/0, Rel. Juíza Maria GladysLima Vieira, DJ de 14/05/2003).

Ementa – Cível. Recurso inominado cível. Contrato de adesão acartão de crédito. Manifestação livre e consciente de vontade.Ausência de vícios de consentimento e de hipóteses de reformacontratual. Princípio pacta sunt servanda. O contrato faz lei entre

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as partes. Transação civil. Ausência de dolo, violência ou erroessencial. Recurso conhecido e improvido. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1673-4/0, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 05/06/2003).

Ementa – Recurso intempestivo. Inteligência do artigo 42, da leinº 9.099/95. Recurso interposto fora do decêndio legal, não setoma conhecimento. Intimação da pessoa jurídica feita à pessoaidentificada. O prazo para interposição começa a contar da datadesta intimação. Recurso não conhecido. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.1455-3/0, Rel. JuizMarcos Aurélio Rodrigues, DJ de 18/06/2003).

Ementa – Recurso intempestivo – O prazo para interposição derecurso conta-se a partir da ciência da sentença e é peremptório– Inteligência do artigo 42 da Lei nº 9.099/95 – Recurso nãoconhecido. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2343-6/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 03/07/2003).

Ementa – Recurso de apelação crime. Para configuração doartigo 309 do Código de Trânsito Brasileiro não basta dirigir semhabilitação, mas que a situação gere perigo de dano concreto.Ocorrido o fato após o advento da Lei nº 9.503/97 e não tendo aconduta do réu ocasionado efetivo perigo de dano, extinta estaráa punibilidade pela abolitio criminis. Precedente do STJ. Recursoimprovido. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2001.0001.1970-8/0, Rel. Juiz Francisco Sales Neto, DJ de 10/07/2003).

Ementa – Recurso de apelação criminal. Autor acusado da práticadelituosa tipificada no art. 324 do Código Penal. Não consta nosautos a comprovação da comunicação da exoneração do autordo quadro de agentes do Juizado da Infância e da Juventude. Nadúvida, não há incriminação. Recurso conhecido e provido.Sentença reformada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,

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sob o nº 2002.0009.3910-0/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo GonçalvesLeite, DJ de 10/07/2003).

Ementa – Juizado Especial – Recurso cível – Tempestividade –Pressuposto objetivo – Termo inicial da contagem do prazo parainterposição. 1) No rito do juizado especial, o prazo decendialpara interposição do recurso inicia-se da ciência da sentençacomo, expressamente, dispõe o art. 42 da lei nº 9.099/95. 2)Prazo peremptório para manifestação de recurso pela partevencida. 3) Interpondo-o após o decêndio legal, intempestivocomparece, impedindo-se, portanto o seu conhecimento, nãose podendo beneficiar aqueles que não observam corretamenteo tempo para a prática dos atos processuais, presenteando-oscom a tolerância e em detrimento aos interesses da partecontrária. 4) Preclusão formal. Recurso não conhecido, porqueintempestivo. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob onº 2000.0010.2032-4/1, Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães,DJ de 05/09/2003).

Ementa – Recurso intempestivo. O prazo para interposição derecurso inominado, nos juizados especiais, conta-se a partir dadata em que as partes tomaram ciência da sentença, e não seinterrompe, é apenas suspenso, com a apresentação deembargos declaratórios. Aplicação do artigo 42 e 50 da Lei nº9.099/95. Recurso não conhecido por absoluta intempestividade.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3890-1/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 05/09/2003).

Ementa – Recurso cível. Contrato de adesão. Ausência dedistrato. Sem rescindir seu contrato de conta corrente, ocontratante assumiu o risco pelo evento, que considerou danoso,por não tomar as precauções legais na dissolução do contrato.O contrato de adesão foi devidamente assinado pelo recorrente,e prova a sua anuência às normas ali estabelecidas, de modoincontroverso. As medidas tomadas pelo banco foram amparadasno contrato. A decisão exarada, em perfeita consonância com a

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prova dos autos, não merece reparo. Recurso conhecido mas,improvido. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4850-9/0, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de05/09/2003).

Ementa – Recurso de apelação crime. Processual penal.Realizada a audiência preliminar sem a participação do MinistérioPúblico. Ausência justificada do representante do Parquet.Obrigatória a presença deste, de acordo com o artigo 72 da leinº 9.099/95. Recurso conhecido e provido. Sentença reformada.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3908-8/0, Rel. Juiz José Edmar de Arruda Coelho,DJ de 08/09/2003).

Ementa – Recurso cível. Dano moral. Ausência de citação válida.Desobediência ao princípio constitucional do devido processolegal. Não há prova, nos autos, de que a pessoa que assinou oaviso de recebimento da carta de citação é funcionário daempresa recorrente. Há dúvidas se a recorrente foi realmentecitada. A relação jurídica processual não se formou de formaválida e eficaz. Sentença declarada nula. Recurso conhecido eprovido. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2294-4/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 08/09/2003).

Ementa – Ao juiz, frente à moderna sistemática processual,incumbe analisar o conjunto probatório em sua globalidade, semperquirir a quem competiria o onus probandi. Igualmente, nãopode desprezar as regras de experiência comum ao proferir asentença. Vale dizer, o juiz deve valorizar e apreciar as provasdos autos, mas ao fazê-lo pode e deve servir-se da suaexperiência e do que comumente acontece. A sentença a quoadotou os regramentos citados, por isso deve ser confirmada.Recurso conhecido e improvido. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.2663-2/0, Rel. Juiz Francisco SalesNeto, DJ de 08/09/2003).

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Ementa – Crime de violação de domicílio. Tentativa.Admissibilidade. Configuração na espécie. Sentençacondenatória confirmada. 1) A prova amealhada, embora nãoexuberante, é suficiente para demonstrar ter o apelante, demadrugada, invadido a residência de Rogecleide, com a supostaintenção de agredir a vítima, quando foi obstado em seu propósitopor força de intervenção pronta e efetiva de seu cunhado, que láse encontrava. Impossível determinar-se tenha o apelantepenetrado no local com animus necandi, indiscutível a práticadelituosa da invasão de domicílio, na forma tentada, e que estaaconteceu durante a noite, mais precisamente de madrugada,às 05:00 h. 2) O crime de violação de domicílio é definido no art.150 do CP: “Entrar ou permanecer, clandestina ouastuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quemde direito, em casa alheia ou em suas dependências”. DamásioE. de Jesus leciona: “Na descrição do art. 150, caput, do CP, olegislador somente define o comportamento do sujeito, semreferência de qualquer resultado. É preciso observar que o tipopenal não descreve qualquer conseqüência da entrada oupermanência” (Direito Penal- Parte Especial, 5 ed., São Paulo,Saraiva, 2º vol. 1983, pág. 283). É a orientação jurisprudencial:“Para a caracterização do delito previsto no artigo 150 do CódigoPenal, basta a intenção genérica do agente de entrar emhabitação alheia, sabendo que procede ilegitimamente” (RT 474/340). Ainda: “Aquele que invade domicílio de outrem com o fimde praticar crime diverso, mas se detém antes do resultado finalpretendido, concretiza dolosamente todos os elementaresnormativos do tipo penal do art. 150 do CP, consumando-o,portanto, como crime autônomo”(RT 626/305). E mais: “O delitodo art. 150, do CP subsistirá como crime autônomo sempre quetal violação seja um fim em si, ou quando houver dúvida quantoao verdadeiro propósito do agente”(RT 419/284). Damásio E. deJesus, com sua objetividade, esclarece: “Dependênciasprotegidas (caput, parte final): Como jardins, alpendres, adegas,garagens, quintais, pátios, etc., desde que fechados, cercadosou haja obstáculos de fácil percepção, impedindo a passagem(correntes, telas, etc.) Terraço: 467:385. Quintal: RT544:385 e

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RJTACrimSP, 9:160. Área: JTACrimSP, 94:364. Telhado demoradia:RJTACrimSP, 8:167” (Código Penal Anotado, 7ª ed., SãoPaulo, Saraiva, 1995, pág. 466). 3) Tem-se, pois, comocaracterizada a tentativa da prática do crime de violação dedomicílio (CP, arts. 150 c/c 14, II), merecendo o agente a sançãopenal respectiva. Recurso conhecido, porém improvido.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0003.7257-4/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 17/09/2003).

Ementa – Servidão de passagem. Recurso inominado cível.Alegação de ilegitimidade passiva em razão de doença mentalgeradora de incapacidade civil e processual. Atestado médicoreconhecendo ser o reclamado portador de distúrbio mental (CID2953/0). Sentença que, acertadamente, aplicou as regras formaisdo art. 218 do Código de Processo Civil, reconhecendo adeficiência mental do reclamado por já ter sido consideradoincapaz em ação anterior que lhe moveram os reclamantes, namesma comarca, e em face de exame médico. Interpretaçãocorreta do art. 8º c/c art. 51 da lei 9.099/95, extinguindo oprocesso sem julgamento de mérito, em conformidade com oscritérios norteadores dos juizados, entre os quais o dasimplicidade. Incapacidade processual decorrente de doençamental. Matéria de ordem pública. Desnecessidade de ação deinterdição para este fim. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0003.2919-0/0, Rel. Juiz Raimundo de SouzaNogueira, DJ de 17/09/2003).

Ementa - EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE - OCORRÊNCIA DADECADÊNCIA - O PRAZO PARA OFERECIMENTO DEREPRESENTAÇÃO COMEÇA A FLUIR, INDEPENDENTEMENTEDE INTIMAÇÃO, A PARTIR DA AUDIÊNCIA PRELIMINARINFRUTÍFERA, E NÃO SE INTERROMPE NEM SE SUSPENDE,POR QUALQUER MOTIVO - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 75 DALEI Nº 9.099/95 - RECURSO IMPROVIDO - DECISÃOCONFIRMADA. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob

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o nº 2000.0010.2463-0/1, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRONOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa – JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL -TEMPESTIVIDADE - PRESSUPOSTO OBJETIVO - CIÊNCIA DASENTENÇA - TERMO INICIAL DA CONTAGEM DO PRAZO PARAINTERPOSIÇÃO. 1.No rito do juizado especial, o prazo decendialpara interposição do recurso, inicia-se da ciência da sentença,que efetivou-se no caso, no dia da entrega, pelo carteiro, daintimação, cientificando da decisão do processo e não, da datada juntada do aviso de recebimento, regra imposta pelo art. 42,da Lei Nº 9.099/95. 2. Preclusão Formal. Recurso não conhecidoporque intempestivo. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0006.3308-6/0, Relator: CLÉCIO AGUIAR DEMAGALHÃES, DJ de 13/10/2003).

Ementa - RECURSO INTEMPESTIVO - O PRAZO PARAINTERPOSIÇÃO DE RECURSO, NOS JUIZADOS ESPECIAIS,É DE 10 DIAS E, PARA O REVÉL, CORREINDEPENDENTEMENTE DE INTIMAÇÃO - APLICAÇÃO DOARTIGO 322 DO CPC - RECURSO NÃO CONHECIDO.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3909-6/0, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRONOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - PENAL. DELITO DE TRÂNSITO. AUTOR QUE, AOEFETUAR MANOBRA, NÃO A FAZ COM AS DEVIDASCAUTELAS CHOCANDO-SE COM UMA MOBILETE ELESIONANDO SEU GUIADOR. DEPOIMENTOS DO AUTOR EDA VÍTIMA EM CONSONÂNCIA COM O LAUDO PERICIAL.PRÁTICA DE CRIME DESCRITO NO ARTIGO 303 DA LEI Nº9.503/97 - CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0007.8278-0/0, Relator: LUIZ EVALDO GONÇALVES LEITE,DJ de 06/11/06).

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Ementa - RECURSO CÍVEL. RESTITUIÇÃO DE VALORES.CABE AO COMERCIANTE, AO NEGOCIAR COM CARTÃO DECRÉDITO, ACAUTELAR-SE NO EXAME E CONFERÊNCIA DAASSINATURA E EXIGIR DO CONSUMIDOR DOCUMENTO DEIDENTIFICAÇÃO. NÃO PODE O CONSUMIDOR SERRESPONSABILIZADO POR DÉBITO CONTRAÍDOFRAUDULENTAMENTE POR TERCEIRA PESSOA. FALTA DECAUTELA DO ESTABELECIMENTO VENDEDOR. RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0003.7116-0/0, Relator: LUIZ EVALDO GONÇALVES LEITE,DJ de 06/11/03).

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REINTEGRAÇÃO DE POSSE

Ementa – Recurso cível. Ação de reintegração de posse. Ausênciade posse. Precariedade. Promessa de compra e venda eivadade vício. Confirmação da falta do direito vindicado. Provimentopara o fim de julgar improcedente o pleito vestibular. Sem ônussucumbencial. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2000.0143.5218-5/1, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa – Processual Civil. Em se tratando de matériapossessória, cumpria aos litigantes fazerem a prova estritamentefundada na posse e não em título dominial. Não tendo os autorescomprovado sua posse prévia sobre a gleba litigada, improcedeo pedido de reintegração. Recurso conhecido e improvido.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2000.0000.1898-5/0, Rel. Juiz José Edmar de ArrudaCoelho, DJ de 06/02/2003).

Ementa – Reintegração de posse. Requisitos elencados no art.927 do CPC não demonstrados. Ausência de prova robustaacerca da posse anterior e do alegado esbulho praticado pelarecorrente. Recurso conhecido e provido, a fim de julgar o pedidoinaugural improcedente. 1. Não comprovados, suficientementepela recorrida, os requisitos relativos à perda da posse decorrentede esbulho, e muito menos comprovou devidamente que tenhaexercido posse anterior sobre o imóvel, a improcedência dopedido é impositiva. 2. A simples alegação de domínio não amparaa pretensão possessória, a qual baseia-se em estado de fato.Diante disso, o princípio da fungibilidade das possessórias (CPC,art. 920) não pode ser estendido a outros tipos de ação, no caso,à reivindicatória, uma vez que esta possui natureza jurídicadiversa. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3911-8/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 13/02/2003).

Ementa – Civil. Através de inspeção, depoimentos pessoais e

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de testemunhas, restou comprovada que a promovente deveser reintegrada na posse do imóvel, cuja parte é de 49 cm, aqual não foi doada ao promovido. A ação de Inventário e Partilhanada tem a ver com esta ação. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2001.0001.1967-8/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues,DJ de 14/08/2003).

Ementa - CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SE A POSSE EO ESBULHO FORAM COMPROVADOS, A REINTEGRAÇÃO DAPOSSE DEVE SER CHANCELADA. O INSTITUTO DA EXCEPTIOPROPRIETATIS SOMENTE DEVE SER LEVADO EMCONSIDERAÇÃO QUANDO OS PONTOS CONTROVERTIDOSGIRAREM EM TORNO DO DOMÍNIO. RECURSO CONHECIDOE IMPROVIDO. CUSTAS E VERBA HONORÁRIA NA BASE DE15% (QUINZE POR CENTO). (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº?2000.0169.1387-7/1, Relator: FRANCISCOSALES NETO, DJ de 04/12/03).

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REPARAÇÃO DE DANOS

Ementa – Ação de indenização decorrente de danos morais. Aimputação de um delito a um inocente, ocasionando-lhe umasérie de constrangimentos graves constitui ofensa ao patrimôniomoral do indivíduo, indenizável na forma do art. 5º, V e X daConstituição Federal. Recurso improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2001.99.00456-0, da 20ª Unidade: Conjunto Palmeiras, Rel. JuizLuiz Evaldo Gonçalves Leite, DJ de 03/01/2003).

Ementa – Dano material e moral. Não provado o fato e neminstalados os pressupostos a definirem responsabilidade civilpelo evento dado como original dos danos, descabe qualquerpretensão dirigida a, daí, se obter indenização ressarcitória.Hipótese, in casu, de se exigir, do autor, a comprovação doalegado. Não o fez e, por isto, improcedente a sua súplica.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0006.3325-6/0, da 17ª Unidade: Parangaba, Rel.Juiz Francisco Gurgel Holanda, DJ de 10/01/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos materiais e morais.Responsabilidade civil. Ultrapassagem indevida, segundo normaconstante do artigo 203 do Código Nacional de Trânsito. Culpaexclusiva. Incidência da obrigação de reparar o dano, na formado artigo 159 do Código Civil Brasileiro. Recurso conhecido eimprovido, para o fim de manter íntegra a sentença recorrida.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2001.0001.2690-9/0, da Comarca de Aratuba, Rel. Juíza MariaApolline Viana de Freitas, DJ de 17/01/2003).

Ementa – Responsabilidade civil. Dano material. Queima e corteindevidos de árvore, tipo cajueiro médio, com períodos de safra.Queima e corte de árvore, sem autorização, com invasão dapropriedade. Cajueiro plantado pelo recorrido e que servia defonte suplementar de sustento da sua família, por intermédio davenda da castanha do caju. Prejuízo material configurado, visto

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ter o cajueiro tempo de vida médio em torno de cinqüenta anos.Quantum indenizatório que atende a ilicitude da conduta dorecorrente, a natureza do dano, bem assim ao porte econômicodos ofendidos e ao caráter punitivo-indenizatório que acondenação deve propiciar. Recurso improvido. Sentença de 1ºgrau confirmada na íntegra. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0148.7683-4/1, Rel. Juiz RaimundoNonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Serviço de telefonia. Recurso inominado cível. Açãode indenização por danos morais. Manutenção de nome dousuário em registro do sistema de proteção ao crédito por quantiairrisória e mesmo após o efetivo pagamento da dívida.Inviabilização do crédito decorrente da permanência indevida daanotação. Dano moral caracterizado. Quantum indenizatóriosuficiente. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.1906-0/0, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJde 20/01/2003).

Ementa - Ação de reparação de danos morais. Impropériosrecíprocos produzidos em altercação não têm condão de imputarreparação por dano moral. Na discussão acalorada, não há comose imputar responsabilidade quando há troca de impropériosconcorrendo ambos os contendores com culpa. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.1921-3/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos. Acidente provocado porveículo confiado a oficina e dirigido, na ocasião, por mecânico.Veículo vendido sem que restasse registrada a transferência noDetran. Isenção de responsabilidade do antigo proprietário, poisa transferência de bem móvel opera-se pela mera tradição.Ausência de comprovação da responsabilidade civil do atualproprietário (culpa in eligendo) e do mecânico por este escolhidopara cuidar de reparos em seu veículo, em face da carência

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probatória. Ausência de prova pericial que constate os elementosde culpabilidade. Inexistência de obrigação de reparar o dano.Recurso conhecido e provido. Sentença reformada. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.6913-0/0,Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Civil. Atraso de vôo. Indenização por danos moral ematerial. Indeferimento de oitiva de testemunha arrolada.Cerceamento de defesa. Inteligência do art. 5º, inciso LXV daConstituição Federal. Recurso conhecido e provido. Decisão aquo anulada. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2002.0003.2876-3/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJde 20/01/2003).

Ementa – Civil. Danos morais caracterizados. Restoucomprovado que o autor fora atingido por fogos de artifícios emvia pública, ocasião em que fora inaugurada uma das lojas dosArmazéns Nordeste. Artigos 159, 1521 e 1538 do Código Civilatual. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0005.1946-1/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de20/01/2003).

Ementa – Cheque pós-datado. Indenização. Danos morais. A taltítulo responde o portador que, em afronta ao ajuste feito com oemitente, apresenta antecipadamente cheque pós-datado,ensejando sua devolução por insuficiência de fundos. Indevidainscrição do nome de alguém no cadastro de inadimplentes doSerasa e/ou SPC. A prova da irregularidade do registro bastapara evidenciar o dano moral. O valor da indenização, ou o seuarbitramento, sujeita-se à discrição judicial. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0005.1956-9/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Civil. Declaratória. Indenização por danos moraiscaracterizados. Não houve aceitação do negócio por parte dapromovente. Alguém utilizou o nº do seu CPF e solicitou linhatelefônica. Nome da autora inscrito no SPC e Serasa. Cobrança

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indevida. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0005.1966-6/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de20/01/2003).

Ementa – Acidente de trânsito. Culpa evidenciada do motoristade veículo pertencente ao recorrente. Legitimidade deste últimopara figurar na tríade processual, visto ser co-responsável pelareparação de danos devida ao recorrido. Inexistência deconcorrência culposa por parte do apelado. Matéria fática.Princípios da imediatidade e identidade física do juiz instrutor.Recurso improvido. Decisão vergastada mantida por seusfundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2002.0007.4816-9/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa – Compra e venda com cartão de credito. Utilização porterceiro. Falsificação de assinatura. O cartão de crédito é pessoale intransferível. Seu uso é privativo do associado. Oestabelecimento comercial, ao aceitar a venda mediante aexibição do cartão pelo comprador é obrigado, pelo contrato, acolher assinatura do portador na nota de despesa, conferindo-acom a constante do cartão. A menor divergência de assinaturasimpedirá o negócio, impossibilitando a compra e venda com autilização do cartão. Da loja vendedora é o risco de aceitar ocartão sem a devida conferência da assinatura e sem exigir acomprovação devida, como a cautela recomenda, devendo, emtal hipótese, arcar com os prejuízos (RT V.640 PÁG. 137). Negadoprovimento ao recurso. Sentença monocrática confirmada.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4818-5/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Acidente de trânsito –competência. No caso, tratando-se de reparação de danos emvirtude de acidente automobilístico, a competência encontra-seestabelecida no inciso III do artigo 4º da Lei Federal 9.099/95.

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Acidente de trânsito. Abalroamento na traseira. No trânsitourbano, de tráfego intenso, as freadas constituem-se emsituações corriqueiras e previsíveis a todos os condutores, quedevem se acautelar relativamente aos veículos imediatamenteà sua frente. Portanto, não se vislumbra culpa na conduta darecorrida, que precisou frear em virtude de obstáculo logo à frente(um terceiro veículo também em freada brusca). Tanto quantofez a apelada, também era esperado e exigível que o condutordo veículo que vinha atrás lograsse contê-lo sem colidir na traseirado veículo daquela. Não o fazendo, presume-se que estavadesatento ou em velocidade incompatível, sem contar aproximidade extremada e indevida em relação ao veículo dafrente. Culpa concorrente não provada. Presunção que militacontra quem abalroa por trás, diante dos elementos de provados autos. Recurso improvido. Sentença mantida por seusfundamentos (art. 46 da Lei 9.099/95). Suspensa a condenaçãoem ônus sucumbencial, visto ser concedido à recorrente, aoazo, o benefício da assistência judiciária gratuita. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0007.4834-7/0,Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Sentença. Dano moral. Fraude. Serasa. Respondeobjetivamente por dano moral a empresa telefônica,concessionária de serviço público, que registra no SPC dadosde terceiro fraudulentamente empregados por outrem para comela contratar serviços de telefonia. A prova da irregularidade doregistro basta para evidenciar o dano moral. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0007.4851-7/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Contrato de locação de veículo. Rescisão contratualunilateral sem aviso prévio. Previsão de multa contratual para talhipótese. Incidência da dita cláusula. O contrato em referênciasustenta o direito obrigacional perscrutado pelo recorrido. A multade natureza compensatória prevista para a rescisão do contratoserve também à indenização de despesas administrativas.Recurso improvido. Sentença de 1º grau confirmada na íntegra.

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(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4862-2/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa – Dano material – Acidente de trânsito – Valor daindenização – Menor orçamento que se apresenta idôneo – Nãohá controvérsia na apreciação e valoração da prova produzida,cuja irresignação do apelante reside no valor do orçamentoapresentado, achando ser maior. Correta a condenação –Sentença mantida. Mostrando orçamento exibido pela parte quemerece ressarcimento o exato valor necessário para o reparo,sendo ele compatível com os danos, e sendo ele o mais baixo,correta a decisão que o toma como base para a condenação.Mantendo-se a sentença, deve o recorrente pagar as custasprocessuais e honorários advocatícios. (Conforme Acórdão da3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0009.3891-0/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Indenização. Danos materiais. Empréstimo pessoal.Pagamento não comprovado. Mútuo comprovado. Valor devido.Ônus da prova. Mútuo comprovado impõe à devedora opagamento do empréstimo. O ônus da prova incumbe ao autor,quanto a fato constitutivo do seu direito, e a ré, quanto à existênciade fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor,segundo dispõe o art. 333 do Código de Processo Civil. Nãobasta a simples alegação do fato. É preciso a sua comprovação.Torna-se impossível o reexame da prova produzida em audiência.É evidente que o pedido há de ser julgado procedente, no casode a devedora de empréstimo pessoal não comprovar queefetuou o pagamento. Esse ônus lhe compete, nos termos doart. 333, inc. II do Código de Processo Civil. O fato é que a rénada provou em seu favor, a não ser que realmente contraiu oempréstimo. As provas carreadas aos autos não demonstram aquitação total do débito e nem tampouco atestam o pagamentoda dívida, apenas demonstrou que a ré quitou em parte suaobrigação. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0009.3883-9/0, Rel. Juiz Raimundo

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Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Indenização. Pedido inaugural. Concernente somentea dano moral. Decisão monocrática ultrapetita, visto terreconhecido a existência de dano material não pleiteado peloautor. Dano moral plenamente configurado em face da atitudeilícita da administradora de consórcio recorrente. Quantumindenizatório fixado em 40 (quarenta) salários mínimos.Provimento de ambos os recursos. O primeiro quanto à exclusãodo dano material. O segundo no que pertine à condenação daprimeira recorrente/ré ao pagamento de danos morais infligidosao segundo recorrente/promovente. (Conforme Acórdão da 3ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0009.3895-2/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 20/01/2003).

Ementa – Ação de indenização por danos morais e materiais.Incumbe ao autor o ônus da prova da conduta ilícita ou injusta,causadora de constrangimento indenizável. Simplesaborrecimentos diários não têm o condão de gerar pretensãoreparatória. Recurso conhecido. Sentença reformada. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.1706-4/0,Rel. Juiz Francisco Auricélio Pontes, substituindo Dr. Franciscodas Chagas Oliveira, DJ de 12/02/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Ação de indenização pordanos materiais e morais. Perda de contrato de assessoria emarketing pelo autor, em razão do recebimento da notificaçãoexpedida pelo Ministério Público, em virtude de demanda devizinha. Exercício regular de um direito pela vizinha, o direito depetição. Ausência de prova do alegado constrangimento e daexecração pública a qual diz ter sido submetido o recorrente.Dano moral e material inexistentes. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0001.2301-0/0, Rel. Juiz Raimundo deSouza Nogueira, DJ de 13/02/2003).

Ementa – Responsabilidade civil. Dano moral. Cobrança indevida

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e suspensão dos serviços prestados motivados por débitoinexistente. Caracterização. Deparando-se o consumidor comcobrança indevida e com a suspensão dos serviços de energiaelétrica, que lhes são prestados em decorrência da sua indevidaqualificação como inadimplente ante a negligência da prestadorade serviços e a imperfeição dos serviços que presta, ficará sujeitaaos constrangimentos, aborrecimentos, dissabores, incômodose transtornos de ser tratado como inadimplente e consumidorrefratário ao cumprimento das obrigações que lhe estãodestinadas e de sujeitar-se à suspensão dos serviços que lhesão fomentados, qualificando-se o ocorrido como ofensa aosseus atributos da personalidade e aos seus predicadosintrínsecos, ficando caracterizado que o dano moral queexperimentara é apto a gerar uma compensação pecuniária.Apurada a cobrança indevida e a ilícita suspensão dos serviçosprestados, ficando caracterizado o dano moral experimentadopelo consumidor, cuja caracterização, na espécie, se comprazcom a mera ocorrência dos atos que consubstanciaram-se noseu fato gerador, assiste-lhe o direito de merecer a compensaçãopecuniária compatível com os danos havidos ante oaperfeiçoamento do silogismo delineado pelo art. 159 do CódigoCivil, para que o dever de indenizar resplandeça, ratificando-sea mensuração promovida pela instância originária por terguardado conformação com o ocorrido, com as pessoas dosenvolvidos e com os princípios da proporcionalidade e darazoabilidade. Decisão vergastada mantida, por seusfundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob onº 2002.0002.8955-5/1, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 13/02/2003).

Ementa – Civil. Dano moral caracterizado. Atentado à honra deforma objetiva. Nome da recorrida inserido no registro do SPCde forma indevida. Aplicabilidade dos dois critérios do STJ: Critériolenitivo e critério punitivo. Inteligência do art. 5º, inciso X, daConstituição Federal, e arts. 927 e 932-III, ambos do novo CódigoCivil em vigor. Recurso conhecido e improvido. Decisão a quomantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº

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2000.0010.0775-1/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de13/02/2003).

Ementa – Devolução de valores pagos, a título de matrícula emateriais escolares – Transferência do aluno, antes de iniciadoo ano letivo – Desfazimento do contrato – Aceitação implícita –Dano – Indenização – O deferimento da transferência de alunomatriculado, antes de iniciado o ano letivo, implica a aceitaçãodo desfazimento do contrato, sujeitando o colégio à devoluçãodos valores recebidos, a título de pagamento e custeio dosmateriais a serem usados. Para indenização de danos, comefeito, faz-se necessária a imprescindível prova da culpa doagente e da relação da causalidade. Recurso improvido, restandoincólume a sentença vergastada. (Conforme Acórdão da 5ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0009.3901-0/0, DJ de 26/02/2003).

Ementa – Acidente de veículo. Reparação de danos. Obriga-sea reparar os danos emergentes condutor de veículo que imprimemanobra sem as cautelas necessárias, provocando acidente.Incabível acolhimento do pedido de lucros cessantes, quando opleito não se acha pautado pelas provas constantes dos autos.(Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3892-8/0, Rel. Juiz Francisco Suenon Bastos Mota,DJ de 26/02/2003).

Ementa – Reparação de danos morais. Envio de título vencidopara protesto, após sua renegociação e parcelamento paravencimento futuro, antes de expirado o prazo para o pagamentoda nova prestação – Cabível a indenização por danos morais,principalmente se, em conseqüência do protesto, o promoventeteve seu nome incluído no cadastro de entidade de proteção aocrédito – Recurso provido, em parte – Decisão reformada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.6915-6/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 26/02/2003).

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Ementa – Indenização – Ausência de prova do fato lesivo –Inversão do ônus da prova – CDC, art. 6º, VIII – Cabe, aomagistrado, verificar se estão presentes os requisitos legais paraque se proceda à inversão – A alegação verossímil ouhipossuficiência do consumidor. A obrigação de indenizar exigereal demonstração do fato imputado ao agente da relação causaldeste fato com o dano alegado. A produção de prova eranecessária para comprovação dos danos eventualmentesofridos pelos autores. Para que se conceda o ressarcimento,necessário se torna que o consumidor efetivamente tenhaexperimentado prejuízo real ou concreto. O dano hipotético nãojustifica a reparação. Recurso provido. Sentença reformada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2319-3/0, Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães, DJde 26/02/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos morais. Responsabilidadecivil da concessionária de energia elétrica. I – O corte indevidodo fornecimento de energia elétrica, causando constrangimentoao consumidor, constitui fato ensejador da responsabilidade daconcessionária por danos morais. II – O dano é a lesão sofridapor uma pessoa no seu patrimônio ou na sua integridade física,constituindo, pois, uma lesão causada ao bem jurídico, que podeser material ou imaterial. III – A concessionária agiu emdivergência com o art. 91, inciso I c/c § 1º, alínea a, da Resoluçãonº 456/00 da ANEEL. Recurso não provido. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0005.1918-6/0, Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães, DJde 26/02/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos morais. Responsabilidadecivil da concessionária de telecomunicação. Imprudência. A culpaconsiste em proceder o agente sem a necessária cautela,deixando de empregar as precauções capazes de prevenirresultados lesivos. Recurso improvido. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0006.3286-1/0, Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães, DJde 26/02/2003).

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Ementa – Ação de indenização por danos morais. Cliente queteve seu crédito negativado junto ao SERASA, sem notificaçãoprévia. Inscrição mantida, mesmo após a liquidação do débito.Dano moral comprovado. Recurso conhecido com provimentototal. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2337-1/0, da 7ª Unidade: Montese, Rel. Juiz LuizEvaldo Gonçalves Leite, DJ de 05/03/2003).

Ementa – Consumidor. Transparência na relação consumerista.Cobrança indevida. Dano moral. Prova. Fixação do quantum. 1)As relações consumeristas devem ser transparentes. Ofornecedor tem o dever de oportunizar ao consumidor ainformação sobre o completo conteúdo do contrato. 2) Odesrespeito a esse dever gera a inexistência do vínculo contratualobscuro. 3) A cobrança indevida e o corte de linha de telefoneocasionam, indiscutivelmente, danos morais. 4) Não se prova odano moral, uma vez que ninguém é possível conhecer, de formaescorreita, a porção espiritual de outrem. A prova deve ser feitaquanto à existência de ato ilícito, ato esse que traz ínsito o danoà moral do ofendido. 5) O valor da condenação há de ser fixadoem montante razoável, em ordem a viabilizar o atendimento àsfunções lenitiva e punitiva da indenização por danos morais.Fixação levando em conta as peculiaridades do caso, comobservância dos critérios balizadores fornecidos pela doutrina ejurisprudência. 6) Recurso conhecido e não provido. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0003.2653-1/0,Rel. Juíza Maria Estela Aragão Brilhante, DJ de 11/03/2003).

Ementa – Direito do consumidor. Banco de dados e cadastrosde consumidores. Inscrição indevida. Ato ilícito. Dano moral.Fixação. Forma de pagamento. 1) Os bancos de dados ecadastros de consumidores inadimplentes não são, per si, ilegaisou abusivos. Visam a fornecer informações de proteção aomercado e encontram supedâneo legal no art. 43, do Código deDefesa do Consumidor. 2) Contudo, inegavelmente, a inscriçãoem cadastros dessa espécie acarreta sérias restrições ao crédito

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do consumidor inscrito gerando, quando equivocada, oinafastável dever de indenizar. 3) Em se tratando de reparaçãodo dano moral, é desnecessária a comprovação do dano em si,uma vez ser impossível a análise dos meandros da almahumana. Logo, para que haja a responsabilidade do agente, sefaz necessária, tão-somente, a prova do ato lesivo. (Precedentesdo STJ). 4) O valor da condenação há de ser fixado em montanterazoável, em ordem a viabilizar o atendimento às funções lenitivae punitiva da indenização por danos morais. Ou seja, deve serbastante não só para confortar a vítima do ilícito, como pararepreender o ofensor e desencorajar comportamentos afins.Fixação atentando às peculiaridades fáticas, com observânciados critérios balizadores, previstos na doutrina e jurisprudência,de forma a não configurar-se exagerada, ensejando oenriquecimento ilícito da vítima, nem irrisória, a ponto de não sersentida pelo causador do dano. 5) Uma vez reconhecido o danomoral existente, é descabida a pretensão de impor à vítima doato ilícito forma insatisfatória de ressarcimento do prejuízoinjustamente sofrido, sujeitando-se a um longo período de esperapara o recebimento de todo o devido. Pagamento que deve ser,se possível, como na espécie, efetuado de uma só vez e emdinheiro, de modo a cumprir com a finalidade da condenação. 6)Recurso conhecido, mas não provido. (Conforme Acórdão da 2ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0001.2291-0/0, Rel. Juíza MariaEstela Aragão Brilhante, DJ de 11/03/2003).

Ementa – Ação de anulação de cobrança com pedido deindenização por danos morais – Recurso conhecido e providopara reforma da sentença – Ausência de prova de vício noprocedimento de cobrança da concessionária e, por igual, dospressupostos de procedência da pretensão indenizatória.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2001.0001.2203-2/0, Rel. Juíza Maria Apolline Viana de Freitas,DJ de 14/03/2003).

Ementa – Reparação de danos. Culpa exclusiva da vítima.Exercício regular de direito da parte recorrente. Ausência de

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comprovação dos alegados danos morais. Recurso conhecidoe provido. Sentença reformada. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0006.3345-0/0, Rel. Juíza Maria ApollineViana de Freitas, DJ de 14/03/2003).

Ementa – Ação de indenização por danos morais e materiais.Simples aborrecimentos diários não têm o condão de gerarpretensão reclamatória. Recurso conhecido. Sentençareformada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2528-8/0, Rel. Juíza Maria Apolline Viana de Freitas,DJ de 14/03/2003).

Ementa – Civil. Dano moral objetivamente demonstrado. A Lei8.078/90, em seus artigos 6º e 22, garante ao consumidor o direitoà efetiva prevenção e reparação dos danos patrimoniais e morais.A concessionária não exerceu, como desejado e devido, ocontrole referente ao pagamento das faturas que emite,prejudicando as atividades domésticas do autor e de sua família.Recurso conhecido e improvido. Decisão a quo mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2000.0160.8509-5/1, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de25/03/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Reparação de danos emacidente de veículo. Guiador do veículo pertencente ao promovidoque dá causa a acidente. Batida traseira, presunção de sua culpapelo acidente. Insubsistência dos argumentos do recorrente.Dever de reparar. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida pelos seus próprios fundamentos. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.1915-9/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Ação de indenização por danos morais c/c obrigaçãode fazer consistente na retirada do nome de devedor de cadastrorestritivo de crédito. Justo motivo para o cadastramento darecorrida junto ao SPC, comprovada a relação negocial com orecorrente, o qual é o credor de dívida não paga, na qual figura a

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apelada como avalista, inexistindo qualquer motivo para apretensão em cancelar o referido registro, ou mesmo obterindenização por dano moral, tendo em vista que o ato foi praticadoem exercício regular de direito, que afasta a pretensãoindenizatória. Inteligência dos arts. 14, § 3º, inciso II do Códigode Defesa do Consumidor e 160, inciso I do então vigente CódigoCivil. Sentença reformada. Recurso provido. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0000.7746-7/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Danos morais – Indenização – Teleceará Celular –Cobrança de dívida, depois de cancelado uso do acesso telefônico– Ameaça de restrição de crédito no SPC/SERASA – A despeitode protocolizado o pedido para cancelamento de uso da linhatelefônica, seguiram-se cobranças indevidas e ameaças derestrição de crédito junto ao SERASA, endereçadas ao ex-usuário. Conduta abusiva que malfere o direito de cidadania,sujeitando a prestadora de serviço ao pagamento dos danosmorais reclamados. Sentença confirmada. (Conforme Acórdãoda 5ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0009.3942-8/0, Rel. JuizEdmo Magalhães Carneiro, DJ de 28/03/2003).

Ementa – Indenização por danos morais – Suspensão nofornecimento de energia elétrica, sob equivocada alegação deinadimplência de débito – Restando comprovada a inexistênciade débito, a presença de agente da empresa na sede da unidadeconsumidora, com propósito ostensivo de corte no fornecimentode energia elétrica, resulta malferido o direito do consumidor ecaracterizada ofensa moral ao usuário, sujeitando a empresaresponsável ao ressarcimento dos danos ocasionados. Recursoimprovido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 5ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0009.3956-8/0, Rel. Juiz EdmoMagalhães Carneiro, DJ de 28/03/2003).

Ementa – Dano moral – Indenização consignatória precedente– Conexão – Incompetência não argüida – Matéria de ordempública, suscetível de conhecimento ex officio – Tratando-se,

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como se trata, de pedido de indenização derivada de condutaquestionada em juízo diverso, em sede de ação consignatória,há de prevalecer a norma insculpida no art. 105, do CPC.Sentença desconstituída. (Conforme Acórdão da 5ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0009.3967-3/0, Rel. Juiz Edmo MagalhãesCarneiro, DJ de 28/03/2003).

Ementa – Danos morais – Indenização – Suspensão indevidano fornecimento de energia elétrica, sob alegação da existênciade débito vencido e não pago – Expresso reconhecimento doequívoco cometido, por parte da promovida – Comprovada airregular suspensão do fornecimento de energia elétrica, resultamalferido o direito do consumidor, sujeitando a empresaresponsável ao ressarcimento dos danos morais ocasionadosao usuário dos serviços – Recurso improvido, confirmando-se asentença. (Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2003.0001.7096-3/0, Rel. Juiz Edmo Magalhães Carneiro, DJ de28/03/2003).

Ementa – Banco – Administradora de cartão de crédito – Enviode fatura com débito indevido após cancelamento do cartão –Responsabilidade do estabelecimento bancário ao negligenciarquanto às providências que deveria adotar após bloqueio decartão – Conduta ilícita ofensiva ao direito subjetivo da pessoa.1. Cabe ao banco, que exerce atividade profissional altamenteespecializada, estar aparelhado para realizar seus serviços,tomando todas as cautelas necessárias, de modo a garantir asegurança de suas relações contratuais com os correntistas. 2.Prova inequívoca do bloqueio do cartão. Nulidade do débito. Apeloimprovido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 6ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0002.3945-0/0, Rel. Juíza MariaNailde Pinheiro Nogueira, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Civil – Reparação de danos – Acidente de trânsito –Marcha à ré – Manobra perigosa – inobservância do fluxo detráfego no local – Culpa – Imprudência caracterizada –Indenização devida. De acordo com o art. 34 do Código de

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Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503, de 23.09.1997), o condutor quequeira executar uma manobra deverá certificar-se de que podeexecutá-la sem perigo para os demais usuários da via que oseguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando suaposição, sua direção e sua velocidade. Assim sendo, age comimprudência o motorista que efetua manobra de marcha à réem via pública, sem observar o fluxo de tráfego no local, vindo aprovocar acidente. Tratando-se a marcha à ré de manobraexcepcional, incumbe, pois, ao motorista portar-se comredobrada cautela. Caracterizada a culpa do guiador, impõe-se-lhe o dever de indenizar os danos causados no sinistro. Negadoprovimento ao recurso, para manter a sentença monocrática.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3943-6/0, Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães, DJde 31/03/2003).

Ementa – Civil. Ação de reparação de dano. Acidente de veículo.Abalroamento pela traseira – presunção de culpa. Veículo quecausou o sinistro pertencia à empresa Vicunha, tendo comomotorista, o Sr. José Nilton Gomes Ferreira, terceirizado daempresa. Dispõe o art. 932, III do Novo Código Civil: “São tambémresponsáveis pela reparação civil: III. O empregador ou comitentepor seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício dotrabalho que lhes compelir, ou em razão dele”, e no mesmo falar,a súmula 341 do STF. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2000.0161.2175-0/1, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de09/04/2003).

Ementa – Civil. Ação de reparação de danos. Não há que sefalar em nulidade da sentença. Nos autos, restam provados queo recorrente tomou ciência da mesma. O recorrente assumiuculpa exclusiva na colisão de veículos, não honrou ocompromisso de pagar os danos materiais e busca protelar ofeito. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2001.0001.2685-2/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de09/04/2003).

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Ementa – Acidente de trânsito. Reparação de danos. Imprudênciae negligência do causador. Age com negligência e imprudênciao motorista que, trafegando na mesma faixa de rolamento, nãoguarda a devida distância do veículo que segue adiante e,desatento, provoca colisão causando danos materiais, tornandocerta a obrigação de reparar o prejuízo ocasionado. Recursoimprovido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 2ªTurma Recursal, sob o nº 2001.0001.2684-4/0, Rel. JuizFrancisco Auricélio Pontes substituindo o Dr. Francisco dasChagas Oliveira, DJ de 11/04/2003).

Ementa – Inscrição no SPC – Pagamento da dívida –Cancelamento da inscrição a cargo do credor – Configuraçãode danos morais – Condenação em honorários de advogado,nos juizados especiais, afastada. (Conforme Acórdão da 4ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0000.1931-0/0, Rel. Juiz Francisco WilloBorges Cabral, DJ de 15/04/2003).

Ementa – Acidente de trânsito. Responsabilidade civilcaracterizada. Ato ilícito. Imperícia. Reparação de danos. Razõesexpendidas pelo autor em perfeita sintonia com o laudo pericialconclusivo pela culpa do guiador do ônibus de propriedade daempresa promovida/recorrente. Danos materiaisdocumentalmente comprovados. Termo inicial para fluência dejuros moratórios e correção monetária. Princípio da ne reformatioin pejus. Recurso improvido. 1) Se a vítima de colisão de veículotraz para os autos prova evidente da responsabilidade da parterecorrente sobre os danos por ela suportados, impõe-se aobrigação do responsável em reparar tais danos. 2) Recibo,notas fiscais, atinentes à locação de veículo, e orçamentos detrês empresas revendedoras de carros autorizadas, fazem provainconteste dos danos materiais advindos para a vítima, emconseqüência do sinistro questionado. 3) O termo inicial parafluência de juros moratórios e correção monetária sobre o valorda indenização decorrente de responsabilidade extracontratualé, em regra, o evento danoso. (Súmula 43 e 54, do STJ). 4) Não

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há de se reformar sentença em prejuízo do recorrente princípiorecursal consagrado em nosso ordenamento jurídico. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0002.3942-6/0,Rel. Juíza Maria Estela Aragão Brilhante, DJ de 22/04/2003).

Ementa – Ressarcimento de danos. Recurso inominado cível.Imóvel adquirido e que apresentava rachaduras. Inexistência devício redibitório, já que a promovente sabia dos defeitos ou nãoconseguiu provar que os desconhecia, no momento da compra.Aplicação correta do art. 333, I, do Código de Processo Civil.Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida, pelos seuspróprios fundamentos decisórios. (Conforme Acórdão da 3ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0002.3984-1/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 23/04/2003).

Ementa – Acidente de veículos – Civil – Reparação de danosmoral e material – Configuração – Processo civil – Reveliaexistência – Culpa do condutor – Dever de indenizar. Inicialmente,deve-se considerar que o apelo foi aforado dentro do prazo legal,apenas os autos não foram localizados no tempo oportuno pararecurso. 1. Relativamente ao dano moral requestado na exordial,tenho por certo que o julgado de primeira instância operou comacerto, visto ter levado em consideração, no caso em comento,as lesões sofridas pela apelada, sua gravidade e seqüelasdeixadas, o tempo recolhida ao leito, o período longo derecuperação, o desconforto de ficar vários dias esperando queo problema fosse solucionado. Enfim, o dano moral restouconfigurado. 2. Despicienda análise acerca do dano material,registro que, como se infere dos autos à fl. 68, tal ponto evidenciou-se incontroverso, conforme assertiva do próprio apelante, o pontocontrovertido a ser dirimido nesta instância recursal prende-sesomente à postulação dos danos morais e à revelia aplicada. 3.A revelia, a seu turno, conforme bem consignado pelo ilustradoe culto juiz sentenciante, a presunção a que se refere o artigo 20da lei nº 9.099/95 é meramente relativa e não absoluta, razãoporque os fatos só podem ser reputados como verdadeiros, naintegralidade daquilo que foi narrado na inicial, se do contrário

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não se convencer o julgador. A decretação de revelia pelosentenciante de primeiro grau, em face da ausência do apelanteà audiência de instrução, foi correta, conforme se infere do termode audiência de fl. 52. Finalmente, como é cediço, omicrossistema dos Juizados Especiais não comporta a figurada intervenção de terceiros, todavia, prevendo o contrato deseguro cobertura de danos pessoais, sem ressalva alguma, esendo os danos morais espécie de danos pessoais, não temcomo, a seguradora, se eximir do dever de ressarcimento, emregresso, desses danos morais ao apelante. Decisão vergastadamantida por seus fundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7145-5/0, Rel. Juiz RaimundoNonato Silva Santos, DJ de 23/04/2003).

Ementa – Indenização por danos morais – Restrição de créditolevada a registro no SERASA – Responsabilidade civil imputadaao informante – As informações de inadimplência endereçadasao SERASA ou a qualquer outro órgão de controle de crédito,são de inteira responsabilidade do informante, a quem é atribuídaa responsabilidade civil de ressarcir possíveis danos. Recursoconhecido e desprovido. Confirmada a sentença recorrida.(Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2002.0000.5601-1/1, Rel. Juiz Edmo Magalhães Carneiro, DJ de28/04/2003).

Ementa – Danos morais – Indenização – Vésper S/A -Irregularidade na prestação dos serviços de telecomunicações– Comprovada que seja a alegada subtração parcial na prestaçãodos serviços, resulta induvidável a ofensa ao direito doconsumidor, sujeitando a prestadora desses serviços aopagamento dos danos morais reclamados. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2003.0001.7142-0/0, Rel. Juiz Edmo Magalhães Carneiro, DJ de28/04/2003).

Ementa – Dano moral. Empresa telefônica. Concessionária deserviços públicos. Responsabilidade objetiva. Instalação de linha

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telefônica sem a devida solicitação. Cobrança de serviço nãosolicitado. Desconhecimento de cobrança pelo consumidor.Negativação indevida no cadastro de inadimplentes do SERASAe SPC. Dano moral caracterizado. Indenização devida. Recursonão provido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2005.0150.1580-8/1, Rel. Juiz Clécio Aguiarde Magalhães, DJ de 07/05/2003).

Ementa – Civil – Indenização por danos morais – Inclusãoindevida do nome do autor em banco de dados de serviço deproteção ao crédito – Negligência da loja de departamentos quesequer comprovou existência de contrato com o consumidor, e,conseqüentemente, a legitimidade da compra realizada. Danoconfigurado – Valor justo da indenização. Recurso conhecido eimprovido. 1. Procede o pleito indenizatório, pelo abalo de créditocausado ao Autor, resultado da ilícita inscrição de seu nome noSPC, sem ter a empresa recorrente, prova robusta do cadastrodo mesmo em seus arquivos, no caso o respectivo contrato, oque o habilitaria a realizar compras com cartão da loja. 2. Prejuízofacilmente comprovado, atingindo a honra subjetiva do Autor,sentimento que cada pessoa tem a respeito de seu decoro oudignidade. 3. Na aferição do valor indenizatório, na hipótese deressarcimento por abalo de crédito, deve-se proporcionar à vítimasatisfação, na justa medida do dano sofrido, sem enriquecimentosem justa causa, produzindo, em contrapartida, no causador domal, impacto bastante para dissuadi-lo de igual atentado,obrigando-se à reflexão e tornar sua conduta compatível com osentido da responsabilidade social. 4. Fixação da verbaindenizatória justa, não merecendo redução, pois que obedeceuao binômio da razoabilidade e proporcionalidade, consideradasas condições das partes envolvidas, a gravidade e a repercussãodas conseqüências do ato ilícito. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0002.3981-7/0, Rel. Juiz Clécio Aguiarde Magalhães, DJ de 07/05/2003).

Ementa – Civil – Reparação de danos morais e materiais –Acidente de trânsito – Veículo dirigido por terceiro – Preposto

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não habilitado – Culpabilidade demonstrada – Responsabilidadecivil do proprietário do veículo – Legitimidade passiva ad causam– Existência de ação penal – Sobrestamento da ação cível –Impossibilidade. I- Tratando-se de responsabilidade civil por atoilícito e sendo o condutor do veículo causador do acidentepreposto do proprietário, este responde pelos danos decorrentesda ilicitude, nos precisos termos do art. 932, inciso III, do CódigoCivil. II- Inegável a responsabilidade civil concorrente doproprietário de veículo, que o coloca aos cuidados de prepostonão habilitado causador do evento, haja vista presunção de culpain vigilando e in eligendo, não podendo assim alcançar alforriano pleito, que busca fixar a responsabilidade civil para fins dereparação de danos. A comprovação da imprudência do motoristaque, durante a madrugada, empurrava veículo em uma ladeira,com a porta do motorista aberta, faróis apagados, sendo umamão na direção e, ao mesmo tempo, empurrando o carro,tentando fazê-lo pegar no arranque, por si só, autoriza o decretocondenatório. III- A culpa tanto pode ser civil ou penal. Aresponsabilidade civil não depende da criminal. Recursoconhecido, rejeitadas as preliminares, e improvido, unânime.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4880-0/0, Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães, DJde 07/05/2003).

Ementa – Danos morais. Ofensa causada à pessoa perantecolegas de trabalho na reunião do órgão em que trabalha.Cumpre salientar que os gravames aos direitos da personalidadesão objeto da prova indireta, mediante presunções, calcadas noque ordinariamente acontece. Sentença mantida. Recursoimprovido. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4886-0/0, Rel. Juiz Francisco Gurgel Holanda, DJ de09/05/2003).

Ementa – Danos morais. Atraso de vôo. Causa dano moral quedeve ser indenizado. O dano evidencia-se mediante a prova dofato que, de acordo com a experiência ordinária, é apto a produzi-lo. Tratando-se de relação de consumo, é objetiva a

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responsabilidade da companhia aérea pela inadequada prestaçãodo serviço. Sentença mantida. Recurso improvido. (ConformeAcórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0005.1933-0/0,Rel. Juiz Francisco Gurgel Holanda, DJ de 09/05/2003).

Ementa – Recurso cível. Danos morais. Administradora de cartãode crédito. Indevida inscrição do nome da autora no cadastro deinadimplentes do SPC e SERASA. Cabimento. Postulaçãoamparada pela CF e CDC. Inclusão indevida do nome doconsumidor em cadastro de inadimplentes causa dano moralpassível de indenização. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0000.7765-3/0, Rel. Juiz Francisco Gurgel Holanda,DJ de 09/05/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos morais. Suspensãoindevida do direito de acesso ao serviço de telefonia. Configuradaarbitrariedade por parte da concessionária do serviço públicoem bloquear a linha do usuário, impõe-se o dever de indenizarpelo constrangimento ilegal a este impingido. Recurso conhecido– Sentença parcialmente reformada, para reduzir o valor dacondenação. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob onº 2001.0001.2679-8/0, Rel. Juiz Francisco Auricélio Pontessubstituindo Dr. Francisco das Chagas Oliveira, DJ de 14/05/2003).

Ementa – Acidente de trânsito. Colisão na parte traseira.Presunção de culpa em desfavor da recorrente. A apresentaçãode um único orçamento, fornecido por concessionária autorizadae idônea, é suficiente para avaliar os danos ocorridos no veículo.O número de orçamentos não é fixado em lei. Deriva deentendimento jurisprudencial para evitar vistoria ad perpetuamrei memoriam. Provimento parcial do recurso, mantendo acondenação do valor do reparo do veículo com redução doslucros cessantes, à míngua de maiores comprovações.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7772-6/0, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de

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14/05/2003).

Ementa – Indenização. Dano moral. Responsabilidade civilobjetiva. É lícito o lançamento do nome do devedor no SPC, poratraso de pagamento de prestações, mas, uma vez quitada aobrigação, como bem determina o art. 73 do CDC, cabe àcredora providenciar o cancelamento do registro. Aliás, seguindoo mesmo raciocínio do legislador, na linha de precedentes, oSTJ assim vaticinou, no RESP nº 292.045/RJ. Terceira Turma,tendo como relator o Min. Carlos Alberto Menezes: -Responsabilidade civil. Inscrição em cadastro negativo.Obrigação da credora de providenciar o cancelamento uma vezquitado o débito. Indenização. Valor adequado posto na sentença.Precedentes da Corte. 1. Na linha de precedentes da Corte,incumbe ao credor, uma vez quitado o débito, cancelar a inscriçãodo nome do devedor no cadastro negativo. 2. O valor daindenização posto pela sentença é adequado ao caso concreto,não se justificando qualquer modificação. 3. Recurso especialconhecido e provido, em parte. Data da Decisão 06/12/2002. –É este exatamente o caso dos autos. O devedor resolveu aobrigação e o credor recebeu a quitação, mas não providenciouo cumprimento do art. suso, deixou de corrigir imediatamente ainexata informação cadastral. O valor da indenização posto pelasentença é adequado ao caso concreto, não se justificandoqualquer modificação. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0001.7178-1/0, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 15/05/2003).

Ementa – Responsabilidade civil. Extravio de bagagem emtransporte aéreo. Abalos moral e material indenizáveis.Negligência na prestação do serviço. Sentença mantida por seuspróprios e jurídicos fundamentos. 1. Extravio de bagagem emtransporte aéreo causa abalo emocional e danos de ordemmaterial ao passageiro, que devem ser recompostos, em virtudeda má prestação do serviço colocado a seu dispor, que inclui,por imperativo lógico, o transporte incólume de seus pertences.2. Cumpre registrar que o extravio da bagagem da autora não

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dependia de outras provas, porquanto comprovadodocumentalmente e não negado pela ré, constituindo-se o fato,por si só, em causa suficiente para ocasionar abalo emocional egerar a indenização pretendida, em face da negligência darecorrente na prestação do serviço a que se propôs, sendodesnecessária qualquer prova do efetivo dano moralexperimentado pela recorrida, porquanto a incerteza e a afliçãoda espera são expressões íntimas. 3. Restando evidenciado odano moral infligido à parte recorrida, cuja caracterização, naespécie, se compraz com a mera ocorrência dos atos que seconsubstanciaram no seu fato gerador, assiste-lhe o direito demerecer a compensação pecuniária compatível com os danoshavidos ante o aperfeiçoamento do silogismo delineado pelacláusula geral indenizatória, insculpida no artigo 159 do entãovigente Código Civil e que serve de parâmetro para outrosmicrossistemas, para que o dever de indenizar resplandeça,ratificando-se a mensuração promovida na instância originária,por ter guardado conformação com o ocorrido, com as pessoasdos envolvidos e com os princípios da proporcionalidade e darazoabilidade. Decisão vergastada mantida por seusfundamentos. 4. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0003.717118-7/0, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 15/05/2003).

Ementa – Direito Civil e Direito do Consumidor. Quitação dedívida. Negativação do nome do devedor, após efetivo pagamentoda contraprestação ajustada. Danos morais configurados. Antea inexistência de critérios objetivos para o cálculo do dano moral,o valor a ser fixado deve ser arbitrado segundo o convencimentodo juízo. Recurso conhecido e improvido. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7756-4/0, Rel. Juiz José Edmar de Arruda Coelho,DJ de 16/05/2003).

Ementa – Ação de reparação por danos morais. Cliente que sofreconstrangimentos com bloqueio de seu cartão de crédito. Tendo

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inclusive recorrido aos serviços da defesa comunitária para fazervaler seus direitos. Caracterizada ofensa à honra e à dignidade.Dano moral comprovado. Reparação devida. Recursoconhecido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7134-0/0, Rel. Juiz Luiz EvaldoGonçalves Leite, DJ de 16/05/2003).

Ementa – Civil. Ação de reparação de danos morais e patrimoniaisdevida. O recorrido prestou serviço durante 7 (sete) anos para arecorrente e foi despedido, abruptamente, através de um simplestelefonema. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.3911-6/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de22/05/2003).

Ementa – Recurso Cível. Ação de cobrança cumulada comreparação de danos morais. Recorrente que intenta ação dereparação de danos contra terceiro que não está causandoconstrangimento a ele. Além de pleitear quantia já acertada emcontrato de compra e venda celebrado validamente. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0003.2875-5/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 22/05/2003).

Ementa – Civil. Dano moral caracterizado. A recorrente confessouque bloqueou a linha telefônica, porém, atribuiu a culpa à EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos. O chamamento ao feito daECT, que é estranha à relação de direito material, é vedada peloart. 10 da lei 9.099/95. Restou comprovado o dano moralpleiteado, arts. 5º, e 37, § 6º da CF/88, e art. 6º, VI da Lei 8.078/90. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0003.2917-4/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de22/05/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Responsabilidade cível. Furtode veículo em estacionamento. Não comprovação da

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exclusividade do local. Inexistência de vigilância. Indenizaçãoindevida. Sentença confirmada. Recurso conhecido e improvido.(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4876-2/0, Rel. Juiz Ademar Mendes Bezerra, DJ de27/05/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Acidente de trânsito. Motoristadesatento, que abalroa na traseira do carro parado a sua frente,aguardando sinal, age com culpa, quer pela negligência, querem razão de defeito no sistema de freios do veículo por eleconduzido, cuja circunstância acha-se reconhecida nos autos.Recurso a que se nega provimento, restando, por conseguinte,confirmada a sentença recorrida. Decisão indiscrepante.(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4844-4/0, Rel. Juiz Ademar Mendes Bezerra, DJ de27/05/2003).

Ementa – Cobrança de tarifas de energia elétrica, oriunda dealegado consumo não faturado, em virtude de fraude atribuídaao consumidor, detectada por técnicos da concessionária, nomedidor – Sentença que inverteu o ônus da prova, que não foifeita. Fraude não comprovada. Cobrança ilegítima. Decisiumconfirmado. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0010.1838-9/0, Rel. Juiz Francisco Willo Borges Cabral,DJ de 27/05/2003).

Ementa – Danos morais. Comprovada a inclusão do nome darequerente no cadastro dos inadimplentes, de forma injusta,comprovada, também, a existência de dano e a obrigação deressarcir assumida pela empresa (CC, art. 159). Incabível afixação do valor da indenização no irrisório valor sugerido pelarecorrente ou no alto valor do pedido. Deve o julgador utilizarparâmetros de eqüidade, dotados de bom senso para atribuirvalor significativo. E, ao mesmo tempo, fazer prevalecer o caráterpedagógico da decisão, contribuindo para inibir a prática abusiva,sem resvalar no exagero ou favorecer ao enriquecimento ilícitoe à indústria da reparação. Recurso parcialmente provido.

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(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2000.0147.7974-0/1, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira, DJ de29/05/2003).

Ementa – Bloqueio indevido de serviço telefônico. Indenizaçãodevida. Havendo o pagamento do uso da linha, incabível obloqueio. Ato abusivo. Infração ao dever de não lesar (CC, art.159, CDC, art. 22). Tutelados pela ordem jurídica os valoresíntimos da personalidade, e caracterizada a lesão moral, resta oressarcimento, em patamar razoável, para inibir a práticaabusiva. Responsabilidade objetiva da concessionária de serviçopúblico essencial (art. 37, § 6º, CF/88). A julgadora utilizou o bomsenso atribuindo valor significativo e, ao mesmo tempo, fazendoprevalecer o caráter pedagógico da decisão. Assim, contribuiupara inibir a prática abusiva, sem resvalar no exagero ou favorecerao enriquecimento ilícito e à indústria da reparação. Mantida adecisão. Rejeitado o recurso. (Conforme Acórdão da 2ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0003.2943-3/0, Rel. Juíza Maria GladysLima Vieira, DJ de 29/05/2003).

Ementa – Declaratória de inexistência de relação jurídica –Inscrição no SERASA/SPC – Dano moral – Indenização – Ainadimplência de obrigação decorrente do uso dos serviçostelefônicos sujeita o usuário às sanções graduais traduzidas, acada trinta dias, no bloqueio parcial e posterior suspensão totalde sua prestação, findando na rescisão do contrato e naconseqüente perda do direito de uso da respectiva linha, na formapreconizada nos arts. 68, 69 e 70 da Resolução nº 85/ANATEL –Não restando provada a ocorrência de efetiva conduta ofensivaao usuário consumidor, por outro lado, não se há falar emindenização por dano moral – Sentença monocráticadesconstituída – Julgamento pela improcedência do pleito inicial.(Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7780-7/0, Rel. Juiz Edmo Magalhães Carneiro, DJ de30/05/2003).

Ementa – Reparação de danos morais. Inclusão do nome do

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promovente no cadastro de inadimplentes do SPC, após oparcelamento da dívida e pagamento da primeira parcela.Alegação não comprovada de que o envio foi anterior aoparcelamento – Inércia da promovida para evitar a inclusão –Dever de indenizar – Recurso improvido – Decisão confirmada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0147.7073-4/1, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 05/06/2003).

Ementa – Civil – Indenização por danos morais – Consumidor –Responsabilidade civil decorrente de ato ilícito – Abordagem decliente mediante suspeita de furto no interior do supermercado –Prática de ato abusivo pela ré, expondo o autor aconstrangimento – Dano moral – Caracterização – Valor justoda indenização – Critérios. Recurso conhecido e improvido.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2357-6/0, Rel. Juiz Clécio Aguiar de Magalhães, DJde 05/06/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos materiais e morais –Para efeito de cálculos, devem os juros moratórios ter incidênciaa partir da citação – Recurso improvido – Decisão confirmada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3896-0/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 05/06/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos morais. Ato ilícito. Aqueleque, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Inteligência do art. 927 do Código Civil Brasileiro. Recursonão provido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 6ªTurma Recursal, sob o nº 2003.0001.7091-2/0, Rel. Juiz ClécioAguiar de Magalhães, DJ de 05/06/2003).

Ementa – Ação de indenização por danos morais e materiais –Sendo a condenação somente a título de dano moral, seu valornão poderá ultrapassar o valor pleiteado sob referido título,devendo ser deduzido do valor total da indenização pedida o valor

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não concedido a título de dano material excluído – Decisão extrapetita – Recurso provido – Decisão reformada, em parte.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2390-0/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 05/06/2003).

Ementa – Recurso cível. Bilhete de passagem rodoviáriocomprado. Embarque impossibilitado por excesso de lotação.Evento previsível e evitável, por isso passível de indenização.Recurso conhecido e parcialmente provido. Sentença reformada.(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.2310-0/0, Rel. Juiz Francisco Gurgel Holanda, DJ de06/06/2003).

Ementa – Direito civil. Ação de indenização por danos morais.Consumidora, grávida, que ao utilizar os serviços do banco édestratada pelo funcionário. Danos morais satisfatoriamentecomprovados. Obrigação de indenização por parte do banco.Recurso conhecido e improvido. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0003.2858-5/0, Rel. Juiz José Edmar de Arruda Coelho,DJ de 09/06/2003).

Ementa – Recurso cível. Reparação de danos materiais.Responsabilidade objetiva do construtor. Defeitos. Prescrição.Inocorrência. Prazo qüinqüenal da responsabilidade é de garantiae não de prescrição. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0006.3290-0/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 09/06/2003).

Ementa – Responsabilidade civil. Obrigação de indenizar. Açãoordinária de cobrança por dívida já paga. Aplicação do art. 1.531do Código Civil de 1916, dispositivo correspondente ao art. 940do atual Código Civil. Recurso conhecido e improvido. Sentençaconfirmada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3919-3/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJ

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de 09/06/2003).

Ementa – Civil. Não restou comprovada a indenização pleiteada.A cláusula sete do Contrato de empréstimo, com consignaçãoem folha de pagamento, contém a solicitação e autorização docliente para que o credor informe ao SPC a respeito deinadimplência contratual. Se houver indenização por danosmorais, esta recairá em terceiros, e não no promovido. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.0173-0/0, Rel. JuizMarcos Aurélio Rodrigues, DJ de 18/06/2003).

Ementa – Civil. Dano moral. Descaracterização. Em reunião naempresa, apagou-se todo mal-estar causado. Houve o pedidoformal de desculpas. Foi assinado TERMO DE COMPROMISSOpela autora e seu pai, portanto, não há falar em abalo moral.Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.0179-9/0,Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de 18/06/2003).

Ementa – Civil. Dano caracterizado. Restou comprovado que orecorrente é proprietário do animal que atravessou a pista,causando dano ao veículo da recorrida. A testemunha, vaqueiroda fazenda, tentou esconder a verdade, dizendo não saber quemera o proprietário do animal. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0002.3910-8/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues,DJ de 18/06/2003).

Ementa – Juizado Especial Cível. Responsabilidade civil.Indenização. Atropelamento de animal em via pública. Fatosapurados. Responde o proprietário do animal por dano causadoa outrem, a veículo. Princípios fundamentais. Suspeição de juiz– debates orais, transformação em memoriais, impossibilidade.1) No caso em comento, aplica-se o disposto no art. 1.527 dovestuto Código Civil, uma vez que o dano restou comprovado apartir dos depoimentos das testemunhas, as quais, de forma

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clara e coerente, afirmaram que houve a colisão do boi com oveículo do autor causando os prejuízos narrados. É de ressaltarque o próprio réu reconheceu a existência do fato, informando,inclusive que, naquele local, outro acidente fora registrado.Questão mais delicada diz respeito à culpa, pois esta não sepresume, devendo restar cabalmente demonstrada. Do que seapurou, principalmente com base no depoimento dastestemunhas citadas, o gado era de propriedade do réu ecostumava ficar solto, por sinal o boi que morreu tem o mesmoferro da marca dos bois do promovido. A responsabilidade civilexige a ocorrência de três elementos: o dano, o nexo causalentre a conduta do agente e o dano sofrido e, finalmente, a culpado causador do dano. O réu agiu com negligência quanto àvigilância do seu animal. 2) O dono ou detentor do animal, sejaele qual for, responde pelos danos causados. É dever doproprietário manter o animal guardado, de maneira que não possaofender a outrem, sob pena de ser considerado negligente. 3)Os Juizados Especiais foram criados para resolver,gratuitamente, causas consideradas simples. São orientadospelos critérios da simplicidade, informalidade, rapidez eeconomia processual, buscando sempre a conciliação entre aspartes. 4) Essa é a principal razão da eficácia dos Juizados,permitindo que a maioria dos casos sejam resolvidos já naprimeira audiência (art. 2º da lei nº 9.099/95). A exceção desuspeição, como incidente processual ocorrente, oposta emprocesso perante o Juizado Especial, é da competência dosistema dos Juizados, devendo ser conhecida, processada ejulgada pelo Colégio Recursal. 5) Na audiência de instrução ejulgamento, serão ouvidas as partes, colhida a prova e, emseguida, proferida a sentença (art. 28 da regente domicrossistema). Aliás, finda a instrução, não são necessáriosdebates orais. Sentença confirmada pelos próprios fundamentos,servindo a súmula do decisum de acórdão. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0008.9373-8/1, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 18/06/2003).

Ementa – Ação de indenização. Cadastramento indevido em

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órgãos de proteção ao crédito. Inexistência de débito. Equívocoda empresa recorrente ao deixar de dar baixa no pagamentoefetivado pela recorrida. Dano moral presumido. Arbitramentoda indenização por dano moral em quarenta salários mínimos,por ser considerado justo e adequado à reparação pretendida.Recurso improvido. Sentença de 1º grau confirmada na íntegra.1) A inscrição operada ocorreu de forma totalmente injustificadae descabida, agredindo o patrimônio moral da apelada. Oapelante, em sua peça contestacional, afirma que o apontamentodo nome da recorrida em cadastros restritivos de crédito ocorreupor equívoco. A ora apelante, ao promover a inscrição do nomeda autora no cadastro de inadimplentes, praticou ato ilícito,culposo, já que não havia qualquer motivo para tanto. 2) Tratando-se de dano causado à imagem do cidadão perante a sociedade,no caso, o simples ato de fazer constar o nome da apelada,indevida e equivocadamente no banco de dados de mauspagadores, caracteriza o dano moral puro, que acarreta o deverde indenizar. 3) Da análise da prova contida nos autos, restaevidente o equívoco cometido pela C& A Modas Ltda. Além dasprovas dos autos, a própria recorrente admitiu o erro no envio donome da recorrida a banco de dados contendo informações derestrição ao crédito. Embora louvável a conduta da apelante emadmitir o erro cometido, isto não a exime de responsabilidadepelos danos decorrentes de sua falha operacional. A conduta daré, por si só, é motivo para responsabilizá-la pelos danos alegadospela autora. Trata-se de dano moral puro (in re ipsa), ou seja,dano resultante da simples conduta gravosa do agente ofensor.4) O dano moral deve ser fixado considerando a necessidadede punir o ofensor e evitar que repita seu comportamento,devendo se levar em conta o caráter punitivo da medida, acondição social e econômica do lesado e a repercussão do dano.Inegável a negligência da demandada, que, por seu ato eresponsabilidade, causou a ofensa moral noticiada anteriormente.O que se está a indenizar é apenas o transtorno, o aborrecimentoe a insatisfação que o episódio causou à autora. Disso não deveimportar vantagem exagerada ou o seu enriquecimentoimotivado. Não se deve conceder vantagem exagerada à

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requerente de modo que o acontecimento represente-lhe umabenesse, melhor do que se não tivesse acontecido. Haveria umaverdadeira inversão de valores. Além do que, concretamente, alesão proveniente do presente cadastramento indevido éclassificada como leve, pois não há prova de repercussõesexternas do registro negativo. Assim sendo, tenho que a fixaçãode indenização em quarenta salários mínimos afigura-se medidajusta, proporcional e adequada ao dano sofrido. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7217-5/0,Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos, DJ de 18/06/2003).

Ementa – Indenização. Dano moral. Consumidora que, antealarme produzido em conseqüência de etiqueta de mercadorianão desmagnetizada, é conduzida por fiscal, na presença deoutras pessoas, constitui constrangimento e humilhaçãoindenizáveis a título de dano moral. Recurso improvido. Sentençaconfirmada. (Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4866-5/0, Rel. Juiz Francisco Suenon Bastos Mota,DJ de 30/06/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos proposta por terceirocontra seguradora – Laudo pericial apontando o veículo dosegurado como causador do acidente – Promovida que autorizaa concessionária a proceder parte do serviço necessário –Ilegitimidade ativa e passiva afastadas – Recurso improvido –Decisão confirmada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0000.6899-0/0, Rel. Juíza Maria Nailde PinheiroNogueira, DJ de 03/07/2003).

Ementa – Dano moral. Indenização. Aquele que, por ação ouomissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito oucausar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.Inteligência do art. 159 do Código Civil. Recurso conhecido eimprovido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 6ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0007.4856-8/0, Rel. Juiz ClécioAguiar de Magalhães, DJ de 03/07/2003).

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Ementa – Civil. Cabe ao causador do acidente indenizar,integralmente, a parte que sofreu os prejuízos. Não houveexcesso à execução. O valor atribuído para a reparação foi domenor orçamento apresentado, logo dispensa nota fiscal ourecibo. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0005.1924-0/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de04/07/2003).

Ementa – Aplicação adequada do princípio da boa-fé. Recursoinominado cível. Ação de indenização por danos morais. Empresaque envia nome da cliente para cadastro de emitente de chequessem fundos sem que esta devesse mais qualquer quantia, poiso cheque, objeto da inclusão de seu nome no CCF, foidevidamente resgatado. Quantum indenizatório suficiente.Litigância de má-fé da empresa recorrente. Recurso conhecidoe improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0006.3304-3/0, Rel. Juiz Raimundo deSouza Nogueira, DJ de 04/07/2003).

Ementa – Responsabilidade civil – Danos morais. Inclusão donome no SPC. Ausência de justa causa. Abalo de créditoconfigurado. Danos morais confirmados. Reparação feita atravésde pagamento à vista. Crédito consignado desvirtua o regime.Pedido contraposto chancelado. Recurso improvido. Sentençaconfirmada e modificada, em parte, por força do reconhecimentodo pedido contraposto. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.2475-3/0, Rel. Juiz Francisco SalesNeto, DJ de 10/07/2003).

Ementa – Responsabilidade civil. Danos materiais. Legitimidadepassiva ad causam. Responde pelos danos ocasionados poracidente de trânsito a proprietária do veículo causador do sinistro,que não provou haver vendido o mesmo, sendo, pois partelegítima no feito. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da2ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.0719-0/0, Rel. Des.Pedro Regnoberto Duarte, DJ de 08/08/2003).

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Ementa – Civil. Indenização. Responsabilidade da promovida.Transferência de acesso telefônico para outro endereço, mediantefornecimento de dados pessoais por telefone de supostosolicitante. Artigo 14 do CDC e 186 do Novo Código Civil. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7125-0/0, Rel. JuizMarcos Aurélio Rodrigues, DJ de 14/08/2003).

Ementa – Civil. Dano moral caracterizado. O nome do autor foralançado indevidamente no cadastro de emitentes de chequessem fundos. A empresa recebera valor em dinheirocorrespondente ao valor do cheque, mais taxa de R$ 5,00, nãodevolveu o cheque ao promovido e ainda o apresentou ao banco.Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7127-6/0,Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de 14/08/2003).

Ementa – Código Nacional de Trânsito. Civil. Processo civil.Tradição. Obrigação de fazer a transferência da titularidade deveículo comprado. Indenização por danos morais. Danosmateriais não comprovados. Sentença mantida, em parte. 1)Rejeita-se preliminar de incompetência do juízo, em face do art.4º, inciso III da Lei nº 9.099/95. 2) Se, em regular avença decompra e venda, o adquirente recebe, no ato da transação, aimediata tradição do automóvel (art. 620 do Código Civil entãovigente), assume, desde logo, a condição de senhor e legítimopossuidor da coisa móvel, passando, a partir de então, a arcarcom o ônus de eventuais multas e impostos incidentes sobre oveículo, devendo, então, em virtude da tradição ocorrida,providenciar a regularização da transferência, junto ao DETRAN,no prazo máximo de 30 dias, de acordo com o preceituado noinciso I do art. 123 e em seu § 1º, do Código de Trânsito Brasileiro.De qualquer sorte, mesmo não o fazendo, em razão do citadoinstituto da tradição, assumiu o risco do ônus daí decorrente,gerando transtornos e aborrecimentos ao apelado, implicandodanos morais. O mesmo não se pode dizer em relação aos danos

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materiais, porquanto, não comprovados nos autos. Sentençamantida, em parte. Recurso conhecido e provido parcialmente,reduzindo-se o valor da condenação para R$ 3.800,00 (três mile oitocentos reais), somente em face dos danos morais. Semônus sucumbenciais – Art. 21 do CPC. (Conforme Acórdão da3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7177-2/1, Rel. JuizRaimundo Nonato Silva Santos, DJ de 14/08/2003).

Ementa – Reparação de danos morais. O valor da indenizaçãopor dano moral deve ser fixado num patamar que amenize osofrimento do ofendido, servindo, ao mesmo tempo, para coibira reincidência, considerando, sempre, a situação econômico-financeira do ofensor. Recurso provido somente para majorar oquantum indenizatório. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0005.1960-7/0, Rel. Juíza Maria NaildePinheiro Nogueira, DJ de 05/09/2003).

Ementa – Direito do consumidor. Danos morais. Vistoria feita nointerior de residência, mormente, nas dependências íntimas dacasa, sem autorização, e, sob suspeita de furto de energiaelétrica, partida de premissa falsa de queda fraudulenta deconsumo de energia, depois, restando esclarecido que a quedade consumo resultou de programação lícita, constitui essaconduta, por si só, enseja constrangimento e vexame, dor esofrimento caracterizadores de danos morais. O pagamento daquantia relativa à reparação deve ser efetivamente imediato e deuma só vez e não sob a forma de consignação de crédito,descontável das parcelas vincendas de débito. Recursoconhecido e não provido. Sentença confirmada, parcialmente,em face do provimento do ponto contraposto. (Conforme Acórdãoda 1ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0001.2366-5/0, Rel. JuizFrancisco Sales Neto, DJ de 08/09/2003).

Ementa – Indenização. Furto em estacionamento deuniversidade. A universidade responde, perante o aluno, pelosdanos ocorridos em veículos deixados em suas dependências.A razão precípua do estacionamento para o usuário é a segurança

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e guarda de seu veículo. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0005.1969-0/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo GonçalvesLeite, DJ de 08/09/2003).

Ementa – Responsabilidade civil. Dano moral. Bancos. Portaeletrônica de segurança. Detectora de metais. Obrigatoriedadeda instalação de porta eletrônica nos acessos destinados aopúblico. Garantia de segurança. Excesso. Abuso do exercícioregular de direito. Dano moral configurado. Ninguém questionao dever e obrigatoriedade da manutenção das portas eletrônicas.Trata-se, atualmente, de uma exigência legal e social. E o fatode a porta trancar quando do ingresso das pessoas, fazendocom que essas tenham que parar para retirar objetos de suasbolsas etc..., não importa a configuração de um constrangimentomoral. Cuida-se, fim e cabo, das novas exigências que a vidamoderna impõe às pessoas. Entretanto, no caso dos autos, aconduta dos vigilantes e do gerente excedeu os limites dorazoável, do padrão referido de conduta aceitável. Nos autos, aprova coligida demonstra que houve má prestação de serviçosao recorrido ou de defeito na porta eletrônica. Devendo-se imputarao estabelecimento bancário (gerente e, principalmente, aosseguranças) a responsabilidade pelos transtornos sofridos peloautor. É certo que o banco estava exercendo um direito que lheassiste a lei, visando a proteger seu patrimônio e de seus clientes,afora o destas pessoas. Ocorre que, no caso concreto, ao exerceresse direito, houve abuso e arbitrariedade por parte do réu,representado por seus prepostos. Assim, é ato passível deindenização a proibição indevida de ingresso de correntistaportando arma de fogo em agência bancária, tratando-se estede policial civil, quando efetivamente apresentada a carteirafuncional. A não liberação do ingresso do recorrido pelo gerentemacula disposição legal que assegura o porte de arma de fogoaos policiais. Não há dúvida de que todo este fato causou grandeconstrangimento ao autor, o que deve ser compensado atravésde uma indenização pelos danos morais causados ao mesmo.No tocante ao valor fixado a título de indenização pelos danos

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morais, tenho que o mesmo atendeu ao caráter duplo ao qualvisa a indenização, conforme lição de CAIO MÁRIO DA SILVAPEREIRA, contida na obra “Dano Moral”, de Humberto TheodoroJúnior, 2ª edição, pág. 36, ed. Juarez de Oliveira, na qualrecomenda que se faça um “jogo duplo de noções”, de um lado,a idéia de punição do infrator, que não pode ofender em vão aesfera jurídica alheia, de outro lado, proporcionar à vítima umacompensação pelo dano suportado, pondo-lhe o ofensor nasmãos uma soma que não é o “pretium doloris” (Instituições deDireito Civil, 8ª ed, Rio de Janeiro, Forense, 1986, v.II, n. 176,p.235). Prossegue o consagrado doutrinador quanto à puniçãodo culpado, na mesma obra: “...não pode deixar de consideraras condições econômicas e sociais dele, bem como a gravidadeda falta cometida, segundo um critério subjetivo”. Consideradosestes aspectos, tenho que a indenização foi estipulada de formaa proporcionar à vítima a satisfação do abalo sofrido, sem ensejarindevido enriquecimento, e a desestimular a prática de novo atoilícito pela ré. Tal valor enquadra-se perfeitamente à capacidadeeconômica da demandada, sendo razoável para atingir osobjetivos aos quais visa. Recurso conhecido e improvido, a fimde ratificar, na íntegra, a sentença monocrática por seus própriose jurídicos fundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0006.7267-5/0, Rel. Juiz RaimundoNonato Silva Santos, DJ de 17/09/2003).

Ementa – Acidente de trânsito. Indenização. A revelia leva aoreconhecimento “juris tantum” da matéria de fato em favor doautor, se as provas trazidas por ele próprio demonstrarem oalegado e assim se convencer o juiz. Inteligência do art. 20 daLei 9.099/95 e do art. 319 do CPC. Dano material fixado empatamar inadequado. Aplicação dos princípios da razoabilidadee da proporcionalidade a amparar a redução do seu valor. Arevelia, nos moldes do art. 319 do CPC e art. 20 da Lei 9.099/95,induz prova “juris tantum” quanto à verdade dos fatos alegadospelo autor. Tal presunção “juris tantum” da revelia, quanto aosfatos alegados na inicial, não é absoluta, cabendo ao magistradoexame da prova existente nos autos para formar sua convicção,

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e com esta decidir. O próprio artigo 20 da lei 9.099/95 afirmaque: “o não comparecimento do réu à sessão de conciliação ouà audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeirosos fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultarda convicção do Juiz”, o que faculta ao juiz apurar o fato de ofícioe interpretar de forma adversa a prova apresentada pelo próprioautor. Demais disto, em sede de acidente de trânsito, tal comoresulta das disposições do artigo 159 do então vigente CódigoCivil, todo aquele que viola direito ou causa dano a outrem, lheimpõe a lei o dever de indenizar. Cabível, portanto, em grau derecurso, a discussão acerca de questões que se situam noâmbito do conhecimento de matéria de direito tal como se o valorda indenização fixado na sentença recorrida se mostra compatívelcom o dano efetivamente causado. De fato, na espécie, o“quantum” indenizatório se apresenta em descompasso com alógica dos fatos colocados sob a apreciação judicial, visto que odano material arbitrado se deu em quantia superior ao própriovalor de mercado do bem móvel maculado, justificando-se, emface dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, asua redução. Assim, por medida de eqüidade e justiça, tenhopor certo que o valor atribuído à causa, ou seja, R$ 5.850,00,embora possuindo natureza meramente estimativa eaçambarcando o prejuízo de duas vítimas, se afigura plenamentesuficiente para reparar o dano material infligido à parte recorrida.Recurso conhecido e provido. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0006.7292-6/0, Rel. Juiz RaimundoNonato Silva Santos, DJ de 17/09/2003).

Ementa – Processo civil – Civil – Contrato particular dereconhecimento e confissão de dívida, com autorização dedesconto em conta-corrente – Retenção dos salários (pensãoalimentícia) pelo banco para satisfazer pretenso crédito – Inversãodo ônus da prova – desnecessária – Falta de comunicaçãoexpressa da correntista – Dever de cautela do banco – Ilegalidade– Exercício arbitrário das próprias razões – Malferimento à normacontida no art. 5º, IV da Lei Maior e ao art. 649, IV do CódigoBuzaid. Nulidade da cláusula contratual autorizativa da retenção.

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Dano moral caracterizado. A atitude do recorrente, procedendoa descontos na conta-corrente da recorrida, objetivandorecebimento de pretenso crédito decorrente de utilização decheque especial, comparece injusta e ilegal, devendo, isto sim,valer-se dos meios legais para cobrar o que entende lhe sejadevido, porquanto ninguém pode satisfazer-se por suas própriasforças. Como dito na respeitável decisão açoitada: “o fato daautora não ter comunicado ao banco a natureza do depósito nãoisenta este de sua responsabilidade pelo fato, posto que cabia àinstituição bancária reclamada se acautelar, analisando adocumentação, por exemplo, o comprovante de depósito, emitidopela fonte depositante”. Por este motivo, desnecessária ainversão do ônus da prova. A cláusula autorizativa da retençãodo saldo em conta-corrente para liquidação ou amortização dedívida é considerada nula, de pleno direito, a teor do artigo 51, IV,do CDC. Os princípios do devido processo legal e do acesso àjurisdição, aliada ao tratamento alimentar dos salários, impedema retenção dos salários do correntista, absorvidos pelos débitosbancários. Restou mais que caracterizada a configuração dodano moral, porquanto, a sentença esgrimada disse tudo, maisprecisamente os aborrecimentos, frustrações, constrangimentoilegal e outros vexames, visto que a recorrida não pode suprir,naquele momento, as despesas diversas com seus filhos.Recurso conhecido e improvido, por unanimidade. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0007.8211-0/0,Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos, DJ de 17/09/2003).

Ementa – Direito do consumidor e responsabilidade civil objetiva.Preliminar de ilegitimidade ativa de parte rejeitada. Dano moralcaracterizado. Valor da condenação pautado dentro dos critériosda razoabilidade. Preliminar. Como dito na sentença esgrimada,embora a titular da inscrição da unidade consumidora seja aesposa do apelado, a ele também pertence, afigurando-se umailegitimidade meramente formal, aceita no processo administrativojunto à ARCE. Ademais, no caso em tela, o fundamento estános arts. 3º e 76, ambos do CPC e do vetusto CCB. Mérito. Oserviço de energia “prestado” pela apelante ao apelado, à luz

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dos arts. 2º e 3º do CDC, caracteriza-se perfeitamente comorelação típica de consumo e não como atividade meramentecomercial. Por outro lado, não existe nos fólios sequer início deprova no sentido de comprovar o não pagamento da prestaçãode serviço contratada, ficando o consumidor/apelado sujeito aosconstrangimentos, aborrecimentos, dissabores, incômodos etranstornos de ser tratado como irresponsável ante seus vizinhos.Leve-se em consideração que o ocorrido, como gerou ofensaaos atributos da personalidade do apelado e aos seus predicadosintrínsecos, ficando caracterizado que o dano moral queexperimentara é apto a gerar uma compensação pecuniária,assiste-lhe o direito de merecer a compensação compatível comos danos havidos ante o aperfeiçoamento do silogismo delineadopelo artigo 159 do então vigente código civil, para que o dever deindenizar resplandeça. E mais, o magistrado de primeiro grauoperou ainda com mais esmero no exato momento em que fixouo valor da condenação por dano material apegando-se somenteem prova documental. No tocante ao valor da condenação,razoável se mostra o arbitramento procedido pelo juízomonocrático, uma vez que o “quantum” fixado ficou dentro doscritérios da razoabilidade e proporcionalidade, arbitrado comcautela e moderação, mediante criteriosa consideração dascircunstâncias que envolveram o fato, das condições pessoaise econômico-financeiras dos envolvidos, assim como do grauda ofensa moral, sem ser, de um lado, suficiente a redundar emenriquecimento ilícito do ofendido e, de outro, não passandodespercebido pelo ofensor, afetando-lhe moderadamente opatrimônio financeiro. Sentença mantida pelos seus próprios ejurídicos fundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0007.8212-8/0, Rel. Juiz RaimundoNonato Silva Santos, DJ de 17/09/2003).

Ementa – Civil. Danos morais. Qualquer irregularidade noexpediente citatório é suprida com a presença espontânea daparte. Preliminar rejeitada. Responde por danos moraisadministradora de cartão de crédito que cobra do cliente parcelasmaiores do que aquelas contratadas, mormente quando o

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comando retificatório fora feito pela loja, em tempo hábil,comprometendo-se formalmente em corrigir o erro, sem contudofazê-lo, provocando aborrecimentos, constrangimentos etranstornos. O valor da condenação deve ser guardar simetriacom as circunstâncias que rodeiam o fato, sobretudo, com aintensidade da dor moral, aplicando-se o princípio daproporcionalidade. Na hipótese dos autos, a condenação em tornode sessenta por cento do valor cobrado é razoável. Recursoconhecido e provido parcialmente. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2003.0003.7256-6/0, Rel. JuizFrancisco Sales Neto, DJ de 10/10/2003).

Ementa – Civil. Danos morais. I – Responde por danos morais ovendedor de brinquedos eletrônicos que, depois de recebido opreço e entregue a mercadoria, negligentemente, deixa de retirarda mesma dispositivo de alarme de proteção contra furto,fazendo-o disparar em shopping movimentado, em épocanatalina, chamando a atenção dos presentes com a abordagemda segurança provocando vexame e humilhação. II –Condenação em 25 (vinte e cinco) salários mínimos,correspondente a 60% do valor combinado, não é exagerada,levando em conta a intensidade da dor sofrida através dosvexames e humilhações sentidos em pleno shoppingmovimentado em época de natal. Recurso conhecido e improvido.Sentença confirmada na sua integridade. Custas e verbashonorárias na base de 20% sobre o valor da condenação,estabelecida no juízo monocrático. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2003.0006.7212-8/0, Rel. JuizFrancisco Sales Neto, DJ de 10/10/2003).

Ementa - AÇÃO INDENIZATÓRIA. CHOQUE DE VEÍCULO COMOBSTÁCULO APOSTO NA CALÇADA DO CONDOMÍNIO, EMDESACORDO COM A LEI MUNICIPAL QUE INSTITUIU OCÓDIGO DE OBRAS E POSTURAS DO MUNICÍPIO DEFORTALEZA. Exsurge cristalino o dever de indenizar a quem,de maneira irregular, planta objetos na calçada do Condomínio,colocando em risco o tráfego de veículos no local. Conhecimento

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do recurso, por tempestivo, para rejeição integral do mesmo,mantendo inalterado o decisum proferido pelo Juízo a quo porseus próprios fundamentos, adicionando a este, tão somente,por força de imposição legal, a condenação do Apelante aopagamento de custas e honorários, fixados estes em (20) pontossobre o montante condenatório. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0006.7257-8/0, Relator(a): JOSIASMENESCAL LIMA DE OLIVEIRA substituindo Dr. MARCOSAURÉLIO RODRIGUES, DJ de 13/10/2003).

Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS. SUSPENSÃO DESERVIÇO ESSENCIAL SEM PRÉVIA COMUNICAÇÃO AOCONSUMIDOR. IMPOSSIBILIDADE. Confissão do preposto deque não pode confirmar, sequer, a expedição da cartacomunicando a suspensão dos serviços, bem como as demaisconseqüências do não pagamento, muito menos que esta tenhasido recebida pelo consumidor. Conquanto não se discuta apossibilidade da empresa telefônica suspender o uso da linha,até transferindo-a a terceiro, em caso de reiteradoinadimplemento, há de se, primeiramente, demonstrar, deinequívoca forma, que o consumidor foi efetivamente cientificadodas conseqüências de seu inadimplemento. Inexistindo este, háde se considerar abusiva a rescisão unilateral do contrato.Inversão do ônus da prova, cabendo à operadora de telefonesdemonstrar a cabal ciência do consumidor. Danos morais emateriais. Valores estabelecidos em estrita consonância com aprova dos autos. Conhecimento do recurso, para rejeitá-lo, àíntegra. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0008.6876-6/1, Relator: JOSIAS MENESCAL LIMA DEOLIVEIRA substituindo Dr. MARCOS AURÉLIO RODRIGUES,DJ de 13/10/2003).

Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS - OCANCELAMENTO DO ACESSO DE LINHA TELEFÔNICA, APÓSA EFETIVAÇÃO DO PAGAMENTO, CAUSA DANO MORALINDENIZÁVEL, DEVENDO O ATRASO NO PAGAMENTOAPENAS COMO REDUTOR DO QUANTUM INDENIZATÓRIO –

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RECURSO PROVIDO, DECISÃO REFORMADA. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.3614-2/0,Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRO NOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - Recurso Cível. Indenização Danos Morais.Concessionária de serviço público de Telefonia. Relação deconsumo. O Código de Defesa do Consumidor adota aresponsabilidade objetiva, em seu art. 14, e prescinde dacomprovação de culpa. O consumidor deve ser informadoadequadamente sobre os serviços prestados pelasconcessionárias de serviço público. Quantum indenizatóriomantido. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0003.2855-0/0, Relator: CLÉCIO AGUIAR DE MAGALHÃES,DJ de 13/10/2003).

Ementa - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Emdecorrência da ligação do imóvel da promovente à rede deesgotos da CAGECE, esta passou a cobrar os débitos do antigoproprietário à promovente, lançando seu nome no cadastro deinadimplentes do SERASA. Configuração do dano moral.Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7220-5/0,Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRO NOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - Recurso Cível. Ação de Indenização. Danos pessoaiscausados a passageira em transporte coletivo, por manobrabrusca do guiador do veículo. Incidência do art. 37, § 6º da CF. Aresponsabilidade da empresa permissionária do serviço detransporte coletivo pelos danos causados aos seus passageirosé objetiva, independentemente da demonstração de culpa, deverde indenizar os danos causados a seus passageiros. Recursoconhecido e parcialmente provido. Sentença reformada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2253-0/0, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRO

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NOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - RECURSO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOMORAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. INCIDÊNCIA DOCDC. 1.DANO MORAL - INDENIZAÇÃO. NEGATIVAÇÃOINDEVIDA NOS CADASTROS DO SPC. DANO MORALCARACTERIZADO. PELA REPARAÇÃO DE DANO MORAL,QUE DECORRE DESSA INSCRIÇÃO. 3. MANTÉM-SE OQUANTUM, A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO, ARBITRADO PELODOUTO JUIZ A QUO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.SENTENÇA MANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0000.0168-3/0, Relator: JOSÉ EDMARDE ARRUDA COELHO, DJ de 23/10/2003).

Ementa - INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. ACIDENTEDE TRÂNSITO. PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA PODE SERFEITO EM QUALQUER MOMENTO DO PROCESSO. NÃODEVE PREVALECER DECISÃO PLANICIAL E DEIXAR DEACATAR O PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA POR TER SIDOFEITO NO MOMENTO DA APRESENTAÇÃO DO RECURSO,LEVANDO EM CONTA QUE ATÉ ALI NÃO HÁ FALAR-SE EMCUSTAS E HONORÁRIOS. PRELIMINAR ACATADA PARA OCONHECIMENTO DO RECURSO. RESPONDE POR DANOSMATERIAIS, EM COLISÃO DE TRÂNSITO OCASIONADA EMFACE DO AVANÇO DE SINAL, DEVIDAMENTE COMPROVADONO CONTEXTO IRISADO NO PROCESSO. RECURSOINOMINADO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇACONFIRMADA POR SEUS TERMOS. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2003.0006.7230-6/0, Relator:FRANCISCO SALES NETO, DJ de 23/10/2003).

Ementa - RECURSO CÍVEL. ACIDENTE DE TRÂNSITO.REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS. COLISÃO EMESTACIONAMENTO. VEÍCULO QUE SAI DEESTACIONAMENTO EM MARCHA-RÉ, SEM A DEVIDAATENÇÃO, ATINGINDO VEÍCULO PARADO. CULPAMANIFESTA. AGINDO COM CULPA O CAUSADOR DO DANO,

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TEM O DEVER CIVIL DE REPARÁ-LO. INCIDÊNCIA DO ART.186, DO CC. NÃO PODE APENAS A PARTE CONTRADITARTESTEMUNHA ADVERSA, TEM QUE HAVER COMPROVAÇÃODA SITUAÇÃO ARGÜÍDA, INTELIGÊNCIA DO ART. 414, § 1º DOCPC. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇACONFIRMADA. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sobo nº 2003.0010.0844-2/0, Relator: FRANCISCO SALES NETO,DJ de 23/10/2003).

Ementa - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CORRENTISTAQUE COMUNICA, VERBALMENTE, À INSTITUIÇÃO BANCÁRIAO ENCERRAMENTO DE SUA CONTA CORRENTE E, APÓSCERTO LAPSO DE TEMPO O BANCO VEM COBRAR DOCORRENTISTA DÉBITOS BANCÁRIOS. A INSTITUIÇÃOBANCÁRIA TEM E DEVE TER O CONTROLE DIÁRIO DACONTA, NÃO PODE PERMITIR E NEM ESPERAR QUE UMACONTA INOPERANTE DESDE O LIMIAR DE SUA ABERTURAFIQUE RENDENDO SALDOS NEGATIVOS DURANTE ANOS,PARA DEPOIS COBRÁ-LO DO CORRENTISTA. A INCLUSÃODO NOME DO CORRENTISTA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃOAO CRÉDITO É IRREGULAR. RECURSO CONHECIDO EIMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2000.0165.4974-1/1, Relator: LUIZEVALDO GONÇALVES LEITE, DJ de 06/11/03).

Ementa - PROCESSUAL CIVIL. CARTÃO DE CRÉDITO.SENTENÇA QUE RESCINDIU O CONTRATO FIRMADO ENTREAS PARTES E DECLAROU COMO ABUSIVA AS CLÁUSULASQUE EXIGEM A COBRANÇA DE JUROS E ENCARGOSFINANCEIROS. OBRIGAÇÃO DA PARTE PROMOVIDA EMPAGAR DOBRADO À PROMOVENTE OS VALORES PAGOS AMAIOR. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇAMANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0006.7250-0/0, Relator: FRANCISCO SALES NETO, DJde 06/11/03).

Ementa - Recurso Cível. Ação de Reparação de Danos. Acidente

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de trânsito. Legitimidade ativa de quem mantinha o veículo sobsua responsabilidade e arcou com os prejuízos decorrentes doabalroamento. Inexigibilidade de apresentação de notas fiscais.O menor orçamento é suficiente para demonstrar o quantumindenizatório. Ausência de culpa concorrente. Recurso conhecidoe improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0002.3940-0/0, Relator(a).: MARIANAILDE PINHEIRO NOGUEIRA, DJ de 06/11/03).

Ementa - Danos morais. Atraso de vôo. Companhia aérea quenão prestou seus serviços satisfatoriamente ao consumidor deveindenizá-lo pelos danos morais sofridos. Tratando-se de relaçãode consumo, é objetiva a responsabilidade da companhia aéreapela inadequada prestação de serviço. Autor que devido ao atrasono vôo deixou de comparecer a um dia de Congresso, além deter esperado várias horas nos aeroportos. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 6ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0005.1952-6/0, Relator:CLÉCIO AGUIAR DE MAGALHÃES, DJ de 06/11/03).

Ementa - CIVIL. DANO MORAL. REVISTA EMSUPERMERCADO. SOAR DE ALARME ANTI-FURTO.RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DE ATO ILÍCITO.ABUSIVIDADE DA CONDUTA, EXPONDO O AUTOR ACONSTRANGIMENTO. QUANTIFICAÇÃO. O VALOR JUSTO DAINDENIZAÇÃO. É abusiva a conduta da ré que submete o autorà verificação das compras adquiridas e conferência com a notafiscal, diante de inúmeros curiosos, em função de ter soado oalarme quando deixava o estabelecimento - o que foi causadoem função de não ter sido retirada a tarja magnética doproduto, pelo funcionário do estabelecimento comercial. Fato quepoderia ser verificado na hora, sem causar situação vexatória.Na quantificação da reparação do dano moral, além de outroscritérios, deve ser levada em conta a situação sócio-econômicada ofendida e do ofensor. Ainda, deve ser tal que sirva para coibira reiteração da prática do ilícito sem, no entanto,proporcionar enriquecimento sem causa para quem recebe.

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Quantia que, no caso, se mostra adequada e consentânea àscircunstâncias e peculiaridades da demanda. RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7118-8/0, Relator: CLÉCIO AGUIARDE MAGALHÃES, DJ de 06/11/03).

Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. EMPREGADOACUSADO DE ROUBO E EM SEGUIDA DEMITIDO. MESMOQUE A RESCISÃO CONTRATUAL SEJA SEM JUSTA CAUSA,PROVANDO A VÍTIMA A AÇÃO CALUNIOSA, O NEXO CAUSALE O DANO SOFRIDO, PERSISTE A OBRIGAÇÃO DEINDENIZAR POR DANOS MORAIS. RECURSO IMPROVIDO -DECISÃO CONFIRMADA. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7128-5/0, Relator(a).: MARIANAILDE PINHEIRO NOGUEIRA, DJ de 06/11/03).

Ementa - ACIDENTE DE TRÂNSITO. RESPONSABILIDADECIVIL. REPARAÇÃO DE DANOS. ABRANGÊNCIA. LUCROSCESSANTES. ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. 1) Asperdas e danos devidas à vítima do ilícito abrangem, além doque ela efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou delucrar (cf. art. 402, do atual CC, correspondente ao 1.059 doCC/1916). 2) Verifica-se assim que os danos podem ser positivose negativos (Washington de Barros Monteiro), consistindo aquelesna concreta redução no patrimônio da vítima - dano emergente,e estes naquilo que ele razoavelmente deixou de auferir emvirtude do sinistro - lucros cessantes. 3) A condenação nopagamento dos lucros cessantes pressupõe a plausibilidade desua ocorrência, que deve ser extraída dos elementos constantesdos autos. 4) Deixando o réu de impugnar especificamente pontoconstante da pretensão autoral, presumem-se verdadeiros osfatos pertinentes. 5) Recurso conhecido, mas improvido.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2001.0001.1988-0/0, Relator(a).: MARIA ESTELA ARAGÃOBRILHANTE, DJ de 11/11/03).

Ementa - DIREITO DO CONSUMIDOR. CADASTROS DE

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INADIMPLENTES. INSCRIÇÃO INDEVIDA. ATO ILÍCITO. DANOMORAL. PROVA. DESNECESSIDADE. QUANTUMINDENIZATÓRIO. 1) A inscrição indevida do nome de consumidorem cadastros de inadimplentes gera direito à indenização pordanos morais, daí advindos. 2) É desnecessária a comprovaçãodo dano moral e de sua extensão, sendo bastante para aresponsabilização do agente a prova do ato lesivo. Precedentes.3)Quantum fixado com moderação, de acordo com as balizasfirmadas na doutrina e jurisprudência. 4) Recurso conhecido,mas não provido. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal,sob o nº 2002 .0000.0172-1/0, Relator(a).: MARIA ESTELAARAGÃO BRILHANTE, DJ de 11/11/03).

Ementa - TELEMAR. Reparação de Danos. PropagandaEnganosa. A relação, derivada do contrato firmado entre arecorrente e o recorrido, recebe a tutela jurídica do Código deDefesa do Consumidor, que se torna necessária, diante damanifesta fragilidade do consumidor, no embate com o podercontratual dos concessionários de serviços públicos.Responsável, portanto, a empresa prestadora do serviço, pelosefeitos da informação insuficiente ou inadequada e sobre seusriscos. Na decisão, predominaram o bom senso da julgadora ea razoabilidade do pleito, aliados ao caráter pedagógico da fixaçãodo valor a ressarcir. Recurso conhecido, mas improvido.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7787-4/0, Relator(a).: MARIA GLADYS LIMA VIEIRA,DJ de 11/11/03).

Ementa - RECURSO INOMINADO CÍVEL. AÇÃO DEINDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AÇÃO MOVIDA CONTRAEMPRESÁRIO INDIVIDUAL E NÃO CONTRA A EMPRESA.RECUSA A VENDER MERCADORIA ALEGANDO QUE OCLIENTE NÃO PAGARIA, POIS JÁ DEVE EM VÁRIAS OUTRASLOJAS. APLICAÇÃO ADEQUADA DO PRINCÍPIO DASIMPLICIDADE. LEGITIMIDADE PASSIVA RECONHECIDA.¨Quantum¨ INDENIZATÓRIO SUFICIENTE. RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (Conforme

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Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.9798-2/1,Relator: RAIMUNDO DE SOUZA NOGUEIRA, DJ de 14/11/03).

Ementa - RECURSO INOMINADO CÍVEL. REPARAÇÃO DEDANOS. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PROMOVIDO. PRÉDIODE APARTAMENTOS. VAZAMENTO EM BANHEIRO DEAPARTAMENTO DO PAVIMENTO SUPERIOR E QUE AFETAAPARTAMENTO QUE SE ENCONTRA ABAIXO. EXERCÍCIO DODIREITO DE PROPRIEDADE PRECISA CONFORMAR-SE ÀSREGRAS QUE DISCIPLINAM O SEU BOM USO, SEMPREJUDICAR TERCEIROS. RECURSO CONHECIDO EIMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOSFUNDAMENTOS. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0001.7163-3/0, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 14/11/03).

Ementa - CIVIL. CHEQUE. REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS.A apresentação de cheques pós-datados antes da dataestipulada entre as partes, gera a obrigação de indenizar porparte daquele que descumpriu o pacto acordado. O cheque pós-datado, emitido para garantia de dívida, traduz contrato e aapresentação antes da data acarreta o dever de indenizar.RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇAMANTIDA. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0010.0892-2/0, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 14/11/03).

Ementa - CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. EMPRESAPRESTADORA DE SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICOCOLETIVO URBANO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE INDEMONSTRADA.ÔNIBUS DE TRANSPORTE PÚBLICO QUE OPERAULTRAPASSAGEM DE FORMA PERIGOSA E SEM O SEUCONDUTOR SE ATENTAR PARA AS CONDIÇÕES DETRÁFEGO. CONDENAÇÃO MODERADA E JUSTA COM BASEEM ORÇAMENTO IDÔNEO. REPARAÇÃO DO PREJUÍZO.RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.

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SUCUMBÊNCIA EM 20% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0010.0912-0/0, Relator: RAIMUNDO NONATO SILVASANTOS, DJ de 14/11/03).

Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS - ALUGUEL DE OUTROVEÍCULO DURANTE O ATRASO NA ENTREGA DAQUELE DEPROPRIEDADE DA RECORRENTE - DANO EMERGENTE -RECURSO PROVIDO. (Conforme Acórdão da 4ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.1676-9/0, Relator: FRANCISCOWILLO BORGES CABRAL substituindo Dr. FRANCISCOPEDROSA TEIXEIRA, DJ de 24/11/03).

Ementa - INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. INSTITUIÇÃOFINANCEIRA E TELEFÔNICA. AGENDAMENTO DEPAGAMENTO DE FATURA DE CELULAR. DISPONIBILIDADEDE SALDO BANCÁRIO. NEGATIVA DE PAGAMENTO.INCLUSÃO DO NOME DO CORRENTISTA EM CADASTRONEGATIVO DE CRÉDITO PELA TELEFONIA MÓVEL.PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INAUGURAL SOMENTE EMRELAÇÃO AO BANCO. EXCLUSÃO DA LITISCONSORTEPASSIVA. CONFIRMAÇÃO DA SENTENÇA MONOCRÁTICAPOR SEUS PRÓPRIOS E JURÍDICOS FUNDAMENTOS.APLICAÇÃO DA PARTE FINAL DO ART. 46 DA LEI Nº 9.099/95,SEM OFENSA AOS POSTULADOS DA LEGALIDADE, DAMOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS, DO CONTRADITÓRIO,DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DOS LIMITES DA COISAJULGADA E DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, CONFORMEREITERADAMENTE VEM DECIDINDO O PRETÓRIOEXCELSO. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0011.8931-5/0, Relator: RAIMUNDO NONATO SILVASANTOS, DJ de 26/11/03).

Ementa - DANO MATERIAL. DESCONTROLE NO SISTEMA DEINFORMATIZAÇÃO DA RECORRENTE, CAUSANDOPREJUÍZO À CONSUMIDORA. INCIDÊNCIA. O CÓDIGO DE

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DEFESA DO CONSUMIDOR PREVÊ, EXPRESSAMENTE, EMSEU ART. 14, A RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DESERVIÇOS POR FALHAS DECORRENTES DA RESPECTIVAPRESTAÇÃO. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO PARAMANTER ÍNTEGRA A R. SENTENÇA. RECURSO IMPROVIDO.SENTENÇA MANTIDA. SUCUMBÊNCIA EM 20% SOBRE OVALOR DA CONDENAÇÃO. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0011.8932-3/0, Relator: RAIMUNDONONATO SILVA SANTOS, DJ de 26/11/03).

Ementa - RESPONSABILIDADE CIVIL. CONTRATO DEPRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELEFONIA MÓVELCELULAR. RELAÇÃO DE CONSUMO CARACTERIZADA.IMPUTAÇÃO DA DÍVIDA E INSCRIÇÃO DO NOME DOCONSUMIDOR EM CADASTRO DE DEVEDORESINADIMPLENTES. VENDA CASADA DE APARELHO CELULAREM CONTRAPRESTAÇÃO À ADESÃO DE PLANOOFERECIDO PELA RECORRENTE PELO PRAZO DE ANO.DEFEITO EXISTENTE NO APARELHO QUE IMPEDIU OCONSUMIDOR DA UTILIZAÇÃO DO PLANO PROMOCIONAL.COBRANÇA DAS FATURAS REFERENTES AO PERÍODO DENÃO UTILIZAÇÃO, IMPAGAS POR TAL MOTIVO. DANO MORALCARACTERIZADO. COMPENSAÇÃO PECUNIÁRIA DEVIDA.REPETIÇÃO DO INDÉBITO CABÍVEL. PROCEDÊNCIAPARCIAL DO PEDIDO INAUGURAL. CONFIRMAÇÃO DASENTENÇA MONOCRÁTICA POR SEUS PRÓPRIOS EJURÍDICOS FUNDAMENTOS. APLICAÇÃO DA PARTE FINALDO ART. 46 DA LEI Nº 9.099/95, SEM OFENSA AOSPOSTULADOS DA LEGALIDADE, DA MOTIVAÇÃO DOS ATOSDECISÓRIOS, DO CONTRADITÓRIO, DO DEVIDOPROCESSO LEGAL, DOS LIMITES DA COISA JULGADA E DAPRESTAÇÃO JURISDICIONAL, CONFORME REITERADAMENTEVEM DECIDINDO O PRETÓRIO EXCELSO. RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. UNÂNIME. (Conforme Acórdão da3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0011.9048-8/0, Relator:RAIMUNDO NONATO SILVA SANTOS, DJ de 26/11/03).

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Ementa - Defesa do Consumidor. Empresa de Telefonia.Reparação de Danos Morais e Materiais. Constatada a situaçãovexatória a que foi exposto o consumidor. O serviço que arecorrente diz oferecer gratuitamente trouxe aborrecimento eperturbação ao usuário. Transtornos que foram agravados pelademora da recorrente em retirar o serviço. O profissional nãopode deixar de atender à sua clientela, e, mensagens no telefonepodem dar a entender que a pessoa solicitada não estáprecisando de trabalho. Na decisão, predominaram o bom sensodo julgador e a razoabilidade do pleito, aliados ao caráterpedagógico da fixação do valor a ressarcir. Notório desequilíbriona relação de consumo entre a empresa de telefonia prestadorade serviço e o usuário. Decisão irrepreensível. Recursoconhecido, mas improvido. (Conforme Acórdão da 2ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0005.1919-4/0, Relator(a).: MARIAGLADYS LIMA VIEIRA, DJ de 27/11/03).

Ementa - BLOQUEIO INDEVIDO DE SERVIÇO TELEFÔNICO.Havendo o pagamento do uso da linha, incabível o bloqueio.Infração ao dever legal de não lesar (CC, art. 159, CDC, art. 22).A ordem jurídica tutela os valores íntimos da personalidade.Assim, caracterizada a lesão moral, resta o ressarcimento dodano, em patamar razoável para inibir a prática abusiva.Constatada a situação vexatória a que foi exposta a consumidorae a razoabilidade do pleito, aliados ao caráter pedagógico dafixação do valor a ressarcir, é de manter-se a decisão ondepredominou o bom senso do julgador ao atribuir valorsignificativo, ao mesmo tempo em que fez prevalecer o caráterpedagógico da decisão. Assim, contribuiu para inibir a práticaabusiva, sem resvalar no exagero ou favorecer ao enriquecimentoilícito e à indústria da reparação. Reconhecida a responsabilidadeobjetiva da concessionária de serviço público essencial (art. 37,§ 6º, CF/88). Mantida a decisão. Rejeitado o recurso. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0005.1958-5/0,Relator(a).: MARIA GLADYS LIMA VIEIRA, DJ de 27/11/03).

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Ementa - CÍVEL. RECURSO INOMINADO CÍVEL. INDENIZAÇÃOPOR DANOS MORAIS. ACIONAMENTO INDEVIDO DO ALARMEANTI- FURTO. SUSPEITA INFUNDADA. SITUAÇÃO VEXATÓRIAEXPOSTA AO CLIENTE. RESPONSABILIDADE DARECORRIDA PELOS DANOS MORAIS CAUSADOS.RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇACONFIRMADA. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sobo nº?2003.0011.8874-2/0, Relator: FRANCISCO SALES NETO,DJ de 04/12/03).

Ementa - DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO.CANCELAMENTO DE CARTÃO JUNTO À EMPRESAREQUERIDA. A PARTE EFETUOU O PRIMEIRO PAGAMENTODA FATURA RELATIVO À ANUIDADE E, NÃO MAIS DESEJANDOOBTER O CARTÃO, CANCELOU O MESMO, PORÉM,CONTINUOU A RECEBER FATURAS PARA PAGAMENTO DAANUIDADE. TEVE SEU NOME LANÇADO NO SPC E SERASAPOR COBRANÇA INDEVIDA, UMA VEZ QUE HOUVE OCANCELAMENTO DO CARTÃO. DANOS MORAIS SOFRIDOS.RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇAMANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob onº?2003.0011.8881-5/0, Relator: JOSÉ EDMAR DE ARRUDACOELHO, DJ de 04/12/03).

Ementa - Ação de Indenização. Conta corrente, vinculada àpoupança, com baixa automática. Devolução de 03 (três)cheques por insuficiência de fundos e inscrição do nome darecorrida no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos.Erro operacional manifesto. Mantença da decisão de primeirograu. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1487-1/0, Relator: EMANUEL LEITE ALBUQUERQUEsubstituindo Dr. FRANCISCO DAS CHAGAS OLIVEIRA, DJ de09/12/03).

Ementa - RESPONSABILIDADE CIVIL. CONTRATO DE

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DEPÓSITO. INDENIZAÇÃO. FURTO. ESTACIONAMENTO DESHOPPING CENTER. NÃO INCIDÊNCIA DO ART. 26 DO CDC,MAS, SIM, DO ART. 27, QUE FIXA O PRAZO PRESCRICIONALDE CINCO ANOS PARA RESPONSABILIZAÇÃO POR DANOSDECORRENTES DE ACIDENTE DE CONSUMO. ÔNUS DAPROVA. ARTIGO 333 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INAUGURAL. CONFIRMAÇÃO DASENTENÇA MONOCRÁTICA POR SEUS PRÓPRIOS EJURÍDICOS FUNDAMENTOS. APLICAÇÃO DA PARTE FINALDO ART. 46 DA LEI Nº 9.099/95, SEM OFENSA AOSPOSTULADOS DA LEGALIDADE, DA MOTIVAÇÃO DOS ATOSDECISÓRIOS, DO CONTRADITÓRIO, DO DEVIDOPROCESSO LEGAL, DOS LIMITES DA COISA JULGADA E DAPRESTAÇÃO JURISDICIONAL, CONFORME REITERADAMENTEVEM DECIDINDO O PRETÓRIO EXCELSO. RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. UNÂNIME. (Conforme Acórdão da3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0013.0994-9/0, Relator:RAIMUNDO NONATO SILVA SANTOS, DJ de 10/12/03).

Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS - CORTE NOFORNECIMENTO DOS SERVIÇOS TELEFÔNICOS PORFALTA DE PAGAMENTO. CONTA PAGA RIGOROSAMENTE EMDIA. COMPROVADO O NEXO CAUSAL E O DANO, DEVE AEMPRESA DE TELEFONIA INDENIZAR POR DANOS MORAIS- RESPONSABILIDADE OBJETIVA INDEPENDENTEMENTE DECULPA. RECURSO IMPROVIDO - DECISÃO CONFIRMADA.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0003.2915-8/0, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRONOGUEIRA, DJ de 22/12/03).

Ementa - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -INÉRCIA DA PARTE CREDORA EM RETIRAR O NOME DODEVEDOR QUE TEVE SEU NOME INCLUÍDO EM CADASTRODE EMPRESAS QUE PRESTAM SERVIÇOS DE PROTEÇÃOAO CRÉDITO, SERASA, DEIXANDO QUE A SITUAÇÃOPERMANEÇA POR LONGO PERÍODO APÓS O EFETIVO

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PAGAMENTO DA DÍVIDA - OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR PORDANOS MORAIS - RECURSO IMPROVIDO - DECISÃOCONFIRMADA. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sobo nº 2002.0003.2925-5/0, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRONOGUEIRA, DJ de 22/12/03).

Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS - COBRANÇA DECONSUMO JÁ PAGO, MEDIANTE CARTAS AMEAÇANDOCORTE NO FORNECIMENTO, ONDE O CORTE SOMENTENÃO OCORREU POR IMPERÍCIAS DOS AGENTES DAPROMOVIDA QUE REALIZARAM O CORTE NOAPARTAMENTO ERRADO, DANDO MARGEM PARA QUE OSDEMAIS CONDÔMINOS TOMASSEM CONHECIMENTO DOSMOTIVOS DO CORTE REALIZADO E QUEM SUPOSTAMENTEDEU CAUSA, DEVIDA É A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS- RECURSO IMPROVIDO - DECISÃO CONFIRMADA.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4895-9/0, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRONOGUEIRA, DJ de 22/12/03).

Ementa - AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS - NÃO HAVENDOLAUDO PERICIAL E SENDO A PROVA EXCLUSIVAMENTETESTEMUNHAL, DECIDE CORRETAMENTE O JUIZ QUEAPRECIA LIVREMENTE A PROVA, DECLARANDO, NASENTENÇA, OS MOTIVOS QUE FORMARAM SUACONVICÇÃO - APLICAÇÃO DO ARTIGO 131 DO CPC -RECURSO IMPROVIDO - DECISÃO CONFIRMADA. (ConformeAcórdão da 6ª Turma Recursal sob o nº 2003.0006.7222-5/0,Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRO NOGUEIRA, DJ de 22/12/03).

Ementa - RESPONSABILIDADE CIVIL - CORTE INDEVIDO DOFORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA - PROVA DAQUITAÇÃO DA FATURA COBRADA - DÉBITO INEXISTENTE -DEMORA NA RELIGAÇÃO DO SERVIÇO - DANO MORALCARACTERIZADO - VALOR DA CONDENAÇÃO QUE SE

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MOSTRA ADEQUADO - SENTENÇA MANTIDA. RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. 1. O fornecimento de energiaelétrica constitui serviço essencial, sendo vedada sua suspensão,quanto mais quando evidente a adimplência dos usuários. 2.Usuária de serviço de fornecimento de energia elétrica, que otem desligado por quase 01 dia, por débito inexistente, e, ainda,que tem aborrecimentos e perda de tempo para demonstrar oequívoco da prestadora de serviço, sofre dano moral que temque ser indenizado. 3. Configuração de dano moral, na medidaem que o corte de luz é ato que dá publicidade àpseudoinadimplência por parte da usuária do serviço,consubstanciados no abalo do seu bom conceito comocumpridora de suas obrigações e do prestígio e idoneidade quegoza na comunidade em que vive. 4. Levando-se em conta acapacidade financeira de quem tem que pagar a condenação,que não pode significar incentivo a novos desrespeitos, o valorda condenação se mostra adequado. (Conforme Acórdão da 6ªTurma Recursal sob o nº 2003.0006.7240-3/0, Relator: CLÉCIOAGUIAR DE MAGALHÃES, DJ de 22/12/03).

Ementa - INDENIZATÓRIA. DANOS MATERIAIS E MORAIS.AGE COM MANIFESTA CULPA A INSTITUIÇÃO BANCÁRIAQUE, NÃO DEBITANDO AS PARCELAS DO SEGUROCONTRATADO NA CONTA CORRENTE DO CLIENTE, DEIXADE AVISÁ-LO, PONDO EM RISCO A COBERTURA DOSEGURO. ILEGITIMIDADE. HÁ DE SE AFASTAR DO PÓLOPASSIVO COMPANHIA SEGURADORA QUE NÃOCONCORREU COM CULPA PARA A QUEBRA DO CONTRATO.EM SE TRATANDO DE DANO MORAL, A INDENIZAÇÃO DEVESER SUFUCIENTE PARA REPARAR A DOR SUPORTADA PELAOFENDIDA, SEM PERDER DE VISTA O PRUDENTE ARBÍTRIODO JULGADOR, QUE HÁ DE RECHAÇAR OENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. VALOR REDUZIDO.LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NÃO COMPROVADA. RECURSOCONHECIDO E PROVIDO PARCIALMENTE. SENTENÇAREFORMADA. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob

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o nº Nº 2003.0007.8215-2, RELATOR: EXMO. SR. JUIZ MANOELCEFAS FONTELES TOMAZ, DJ de 23/12/03).

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REVELIA

Ementa – Ação ordinária de reparação de danos morais –Ocorrência de revelia – Fatos alegados no pedido, embora tidoscomo verdadeiros, por força de revelia, mas insuficientes paradar convicção do dever de indenizar – Aplicação da parte final doartigo 20 da Lei nº 9.099/95 – Recurso provido – Decisãoreformada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2002.0003.2661-2/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 05/03/2003).

Ementa – Revelia. Aplica-se a revelia em face da ausência dopromovido à audiência de instrução e julgamento. Inteligênciado art. 20 da Lei nº 9.099/95. Argüições de nulidadesimprocedentes. Decisão amparada em farta prova documental.Recurso insuficiente à reforma da sentença. Rejeita-se o recurso.Mantém-se a decisão. (Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0001.2317-7/0, Rel. Juíza Maria Gladys Lima Vieira,DJ de 11/03/2003).

Ementa – Competência. Forum Rei Sitae. Afastamento.Incidência do art. 4º, inciso II da Lei 9.099/95. Revelia. Ocorrência.1. Não incide a regra do artigo 95 do CPC, em se tratando deação de cobrança, visando ao adimplemento de obrigaçõescondominiais. Trata-se de relação jurídica situada meramenteno campo obrigacional, já que não houve transferência dedomínio, nem litígio sobre a posse do bem. Incide, na espécie, aregra insculpida no art. 4º da Lei 9.099/95, inciso II, ou seja, écompetente o juizado do foro do lugar onde a obrigação devaser satisfeita. 2. Deixando a parte recorrente de comparecer àaudiência designada, torna-se a mesma revel, devendo, porconseguinte, serem considerados verdadeiros os fatos argüidosna inicial, mormente em se cuidando de litígio sobre direitosdisponíveis, em que a versão autoral é verossímil e o contrárionão resulta da convicção do juiz sentenciante. 3. Recursoconhecido e improvido. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0000.7792-0/0, Rel. Juiz Raimundo

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Nonato Silva Santos, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Cível. Cobrança de débito de condomínio. Reveliacorretamente decretada. Sustentáculo no artigo 20, da Lei nº9.099/95. Apesar de devidamente citado e por várias vezes, orecorrente não esteve presente em nenhuma audiência deconciliação, tampouco na audiência de instrução e julgamento.Por duas vezes, justificou-se através de seu patrono, comatestado médico, mas ambos com a mesma data. Recursoconhecido e desprovido. Sentença confirmada. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.2022-7/0,Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de 25/03/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos – Irregularidade narepresentação do preposto – Incabível a decretação da reveliasem que tenha sido, antes, marcado prazo para que seja sanadoo defeito – Aplicação do artigo 13 do CPC – Recurso provido –Decisão anulada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sobo nº 2000.0010.0761-1/0, Rel. Juíza Maria Nailde PinheiroNogueira, DJ de 31/03/2003).

Ementa – Processual civil – Citação de pessoa jurídica – Avisode recebimento – Teoria da aparência – Revelia – Dano moralcaracterizado – Valor da condenação pautado dentro dos critériosda razoabilidade. 1. Em se tratando de pessoa jurídica, a citaçãopostal far-se-á por correspondência, com aviso de recebimentoem mão própria, entregue ao encarregado da recepção, nãohavendo necessidade do empregado que recebeu a carta terpoderes de gerência ou administração. Incidência, na hipótesevertente, da teoria da aparência quanto ao ato citatório. 2. Reveliacorretamente aplicada. Proclamada a validade e a eficácia detodos esses atos processuais, a ausência da ré às audiênciasde conciliação e instrução, faz configurar a sua revelia, comefeitos daí decorrentes, sobretudo por força dos documentosque instruem a inicial. 3. Restando comprovado, nos autos,mediante farta documentação, que o apelado sofreuconstrangimento, em face do não repasse à instituição financeira

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de parcelas do empréstimo, feito mediante pagamento porconsignação, inclusive, havendo necessidade de lavratura deboletim de ocorrência por crime de apropriação indébita, alémda missiva a si endereçada mirando cobrança de dívida paga,dúvida não existe de que ficou plenamente caracterizado o danomoral apontado na exordial. 4. Quantum fixado dentro doscritérios da razoabilidade e proporcionalidade, arbitrado comcautela e moderação, mediante criteriosa consideração dascircunstâncias que envolveram o fato, das condições pessoaise econômico-financeiras dos envolvidos, assim como o do grauda ofensa moral, sem ser, de um lado, suficiente a redundar emenriquecimento ilícito do ofendido e, de outro, não passandodespercebido pelo ofensor, afetando-lhe moderadamente opatrimônio financeiro. 5. Sentença mantida, pelos seus própriose jurídicos fundamentos. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7123-4/0, Rel. Juiz RaimundoNonato Silva Santos, DJ de 09/04/2003).

Ementa – Revelia. Comparecimento com atraso à audiência deinstrução e julgamento. Está conforme a legislação e não merecereparo a decisão que reputa como verdadeiros os fatos alegadosno pedido inicial, em razão da revelia. Parte promovida que nãose fez presente na hora marcada e nem trouxe nenhuma provaa demonstrar o motivo do atraso. Recurso conhecido eimprovido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 1ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0005.1951-8/0, Rel. Juiz LuizEvaldo Gonçalves Leite, DJ de 16/05/2003).

Ementa – Civil. Ação de Desconstituição de Negócio e Restituiçãode Dinheiro. Réu revel e não cumpriu o determinado em sentença.Aplicabilidade do artigo 52 da Lei 9.099/95 e arts. 652 e 659 doCPC. Recurso conhecido e provido. Sentença nula. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.2204-1/0,Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de 22/05/2003).

Ementa – Recurso cível. Revelia. Atestado médico apresentadopelo promovido, ora recorrente, para justificar a ausência na

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audiência de conciliação, instrução e julgamento. Nãodiscriminada, no atestado, a doença ou o código (CID). Nãoconstitui prova hábil de justa causa para o não comparecimentoà sede do juizado. Recurso conhecido e improvido. Sentençaconfirmada. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.3905-1/0, Rel. Juiz Francisco Gurgel Holanda, DJ de27/05/2003).

Ementa – Audiência de conciliação. Empresa promovidarepresentada por preposto munido da respectiva carta e que sefaz acompanhar de advogado não habilitado. Decreto de reveliana audiência de instrução sob o color de falta de exibição docontrato social da empresa e da habilitação do advogado.Inadmissibilidade. 1) O comparecimento de advogado àaudiência, desprovido de procuração, não enseja o imediatoreconhecimento de vício processual, devendo o magistradooportunizar prazo para a posterior juntada do mandato. 2) Nãose decreta, pois, a revelia pela ausência de procuração docausídico que acompanha parte à audiência de conciliação,notadamente nos Juizados Especiais onde há disposição legale expressa autorizando a outorga verbal do mandato (art. 9º, §3º, Lei 9.099/95). 3) Aliás, a regra da indispensabilidade deadvogado nas causas de valor superior a 20 salários mínimos(art. 9º, caput, Lei 9.099/95), refere-se aos atos queordinariamente reclamam capacidade postulatória para a suaprática, o que não inclui a audiência de conciliação. 4) O estatutosocial da empresa é instrumento que não necessariamente temque ser apresentado em juízo, mas apenas quando houverimpugnação da parte adversa quanto à legitimidade do outorgantedo poder de representação. Precedentes. 5) Recurso conhecidoe, parcialmente provido. (Conforme Acórdão da 2ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.2220-3/0, Rel. Juíza Maria EstelaAragão Brilhante, DJ de 05/06/2003).

Ementa – Recurso inominado cível. Não conhecimento,porquanto serodiamente apresentado, uma vez que em tendosido decretada a revelia, em face da ausência do promovido à

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audiência de instrução e julgamento, acrescida da circunstânciade não ter sido ofertada em tempo hábil a justificativa, o prazopara interposição do recurso começa a fluir da data da sentença,20.05.2001, terminando no dia 30 e não a 31 de maio, donde aimpossibilidade de sua apreciação. Todavia, mesmo que pudesseser conhecido, forçoso seria o improvimento, apesar dasponderáveis razões recursais, posto que em se tornando revel,por verdadeiros foram admitidos os fatos alegados pela recorrida,não se mostrando a alegação do apelante, capaz de afastar aargumentação da parte adversa, inclusive no tocante àilegitimidade passiva ad causam. (Conforme Acórdão da 4ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0002.3973-6/0, Rel. Juiz AdemarMendes Bezerra, DJ de 06/06/2003).

Ementa – Recurso cível. Revelia. Válida intimação feita portelefone, de acordo com o artigo 19 e princípios norteadores dalei nº 9.099/95. Promovido, devidamente intimado, deixa decomparecer à audiência de conciliação. Decretada a revelia.Recurso conhecido e improvido. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3886-3/0, Rel. Juiz Marcos Aurélio Rodrigues, DJ de18/06/2003).

Ementa – Ação de indenização por danos morais e materiais –Sendo comum o interesse do contestante com o do revel, nãoincidem os efeitos da revelia – Aplicação do artigo 320 do CPC –Preliminar rejeitada. Não comprovado o alegado dano, nem onexo causal entre este e a conduta dos promovidos, inexiste odever de indenizar – Recurso improvido – Decisão confirmada.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7755-6/0, Rel. Juíza Maria Nailde Pinheiro Nogueira,DJ de 03/07/2003).

Ementa – Revelia. Demandada que, devidamente citada, deixade comparecer à sessão de conciliação, reputam-se verdadeirosos fatos alegados no pedido inicial, se o contrário não resultarda convicção do juiz. Inteligência do artigo 20 da lei 9.099/95.

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Recurso conhecido, porém improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0002.2648-0/1, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJde 04/07/2003).

Ementa – Reparação de danos. Revelia. Ausência de contestaçãorelativa ao quantum indenizatório devido. Sentença prolatada deacordo com a prova dos autos. Recurso conhecido e improvido.Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0006.7270-5/0, Rel. Juiz José Edmar de ArrudaCoelho, DJ de 08/08/2003).

Ementa – Ação de reparação de danos causados em acidentede veículo. Revelia. O não comparecimento da parte à audiênciade instrução e julgamento sem motivo a justificar sua ausência,induz à revelia e ao conseqüente julgamento antecipado da lide.Respeito aos princípios norteadores das ações nos juizadosespeciais. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.0017-0/0, Rel. Des. Pedro Regnoberto Duarte, DJ de08/08/2003).

Ementa – Ação de reintegração de posse. Revelia. O nãocomparecimento da parte demandada à audiência de conciliação,instrução e julgamento, impõe-se o decreto de revelia. Mesmopresente a revelia, o reconhecimento da presunção da veracidadedos fatos alegados pelo autor exige prova dos autos deverossimilhança entre o fato alegado e a prova dos autos.Inexistindo essa prova, não se aplica os efeitos da revelia.(Conforme Acórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.1256-9/0, Rel. Des. Pedro Regnoberto Duarte, DJ de08/08/2003).

Ementa – Taxas condominiais em atraso. Ação de cobrança.Revelia e seus efeitos, entre os quais a presunção de veracidadedas alegações do autor, decorrente da contumácia da ré, apóscitação por hora certa. Sentença reconhecendo a procedência

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do pedido do condomínio autor. Aplicação adequada do art. 20da lei 9.099/95. Insubsistência da tese de cerceamento de defesaou de “error in judicando” e “in procedendo”. Recurso conhecidoe improvido. Sentença mantida pelos seus próprios fundamentos.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0005.1925-9/0, Rel. Juiz Raimundo de Souza Nogueira, DJde 14/08/2003).

Ementa – Recurso cível. Responsabilidade civil. Recorrenteintimado por mandado judicial, devidamente certificado pelomeirinho de que a parte ficou ciente da data da realização daaudiência, e apôs sua assinatura de ciente no mandado.Intimação válida e realizada nos termos da lei. Presunção deque a audiência de instrução e julgamento foi realizada de formacorreta e prevista por lei. Não há prova de que o recorrentecompareceu ao Fórum da comarca de origem e que não foichamado para participar da audiência. Não procedência de talalegativa. Aplicação da pena de revelia. No mérito, vêem-se, nosautos, caracterizados os três requisitos essenciais daresponsabilidade civil que são: fato gerador do dano, ocorrênciade dano patrimonial ou moral e nexo de causalidade entre aconduta do agente e o dano causado. É certa a obrigação deindenizar do recorrente. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal,sob o nº 2002.0001.5724-1/1, Rel. Juiz Luiz Evaldo GonçalvesLeite, DJ de 10/10/2003).

Ementa - PARTE QUE NÃO COMPARECEU À AUDIÊNCIA,EMBORA SUPRIDA A SUA INTIMAÇÃO. TANTO QUE O SEUADVOGADO PETICIONOU, MINUTOS ANTES, PLEITEANDOO ADIAMENTO DO ATO PROCESSUAL, PORÉM NÃOCOMPARECEU À AUDIÊNCIA SEQUER APRESENTOUCONTESTAÇÃO. JUSTIFICATIVA DE ADIAMENTO NÃOCONVINCENTE. EXISTÊNCIA DE PROVA MATERIAL DODIREITO DO AUTOR RECORRIDO. OCORRÊNCIA DAREVELIA QUE FORA DECRETADA. GRATUIDADEPROCESSUAL PLEITEADA, MAS NÃO EXAMINADA PELO JUIZ

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A QUO COM DEFERIMENTO PELA TURMA RECURSAL.RECURSO CONHECIDO, CONTUDO NÃO PROVIDO.SENTENÇA MANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2000.0010.2645-4/0, Relator: LUIZ EVALDOGONÇALVES LEITE, DJ de 06/11/03).

Ementa - RECURSO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DEDÉBITO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DOMÉRITO. A revelia é contumácia do réu que, citado pararesponder aos termos da ação, permanece inerte. Nos juizadosespeciais, a revelia decorre da ausência à sessão de conciliaçãoou à audiência de instrução e julgamento. Lei 9.099/95, incidênciado art. 20. Indenização por danos morais devida. REVELIADECRETADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0006.7260-8/0, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 14/11/03).

Ementa - RECURSO CÍVEL. REVELIA. Apesar de devidamenteintimados, o promovido e seu patrono não compareceram àaudiência de instrução e julgamento. Decreta a revelia, emconsonância com o artigo 20 da lei nº 9.099/95. Pedido inicialjulgado parcialmente procedente. RECURSO CONHECIDO EIMPROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0010.0876-0/0, Relator:RAIMUNDO DE SOUZA NOGUEIRA, DJ de 14/11/03).

Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS - DECRETAÇÃO DEREVELIA, EM FACE DE AUSÊNCIA EM CONCILIAÇÃO DEPREPOSTO CREDENCIADO. IMPOSSIBILIDADE DECAUSÍDICO, AINDA QUE MUNIDO DE PROCURAÇÃO COMPODERES ESPECIAIS, ASSUMIR A FUNÇÃO DE PREPOSTO.RECURSO DESPROVIDO. (Conforme Acórdão da 4ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0003.2928-0/0, Relator: CID PEIXOTODO AMARAL NETO substituindo Dr. FRANCISCO GURGELHOLANDA, DJ de 24/11/03).

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Ementa - REPARAÇÃO DE DANOS - ACIDENTE DE VEÍCULO.PARTE RÉ QUE NÃO COMPARECE À AUDIÊNCIA DECONCILIAÇÃO. DECRETO DE REVELIA. QUESTÃO DEDIREITO BEM DEMONSTRADA. AÇÃO PROCEDENTE.(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2003.0003.7145-4/0, Relator: FRANCISCO GURGEL HOLANDA,DJ de 24/11/03).

Ementa - RECURSO CÍVEL. PROCESSUAL. EM SEDE DEJUIZADO ESPECIAL CIVIL, NÃO SE ADMITE QUE OADVOGADO DA EMPRESA SEJA, AO MESMO TEMPO,ADVOGADO E PREPOSTO, EIS QUE SUAS ATRIBUIÇÕESSÃO DISTINTAS, SENDO NECESSÁRIA A PRESENÇA DOPREPOSTO REPRESENTANDO A PESSOA JURÍDICA.AUSENTE A PESSOA CREDENCIADA PARA REPRESENTARA PESSOA JURÍDICA NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO EJULGAMENTO, HÁ QUE SE DECRETAR SUA REVELIA.RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇAMANTIDA. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob onº?2002.0000.0170-5/0, Relator: LUIZ EVALDO GONÇALVESLEITE, DJ de 04/12/03).

Ementa - AUDIÊNCIA. PREPOSTO DESACOMPANHADO DARESPECTIVA CARTA. CONCESSÃO DE PRAZO. REVELIA.ALCANCE. 1) Correta a decretação da revelia quando a partepromovida - pessoa jurídica regularmente intimada - se fazrepresentar, na audiência, por preposto desacompanhado doindispensável instrumento de mandato - Carta de Preposição.Inadmissível a concessão de prazo para sua apresentação.Precedentes. 2) Os efeitos da revelia não influem diretamentesobre a procedência da fundamentação jurídica da inicial,limitados que estão às questões de fato. 3) Diante daspeculiaridades do caso e do disposto no parágrafo único do art.38 da Lei 9.099/95, inviável o deslinde imediato da controvérsia.4) Recurso conhecido e parcialmente provido. (ConformeAcórdão da 2ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.1969-5/0,Relator(a): EMANUEL LEITE ALBUQUERQUE substituindo Dr.

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FRANCISCO DAS CHAGAS OLIVEIRA, DJ de 09/12/03).

Ementa - RECURSO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO PORDANO MORAL. O NÃO COMPARECIMENTO DO RÉU ÀAUDIÊNCIA PARA QUAL ESTAVA DEVIDAMENTE INTIMADO,IMPLICA REPUTAREM-SE VERÍDICOS OS FATOS NARRADOSPELO AUTOR. SIMPLES PEDIDO DE ADIANTAMENTOFORMULADO ÀS VÉSPERAS DA AUDIÊNCIA E AINDA NÃODESPACHADO PELA JUÍZA, NÃO EXIME O SUPLICADO DAOBRIGAÇÃO DE ESTAR PRESENTE À AUDIÊNCIA.DECRETA-SE A REVELIA, TEOR DO ART. 20, DA LEI Nº 9.099/95. REDUÇÃO DO QUANTUM DA INDENIZAÇÃO DEVIDAPARA QUE NÃO VENHA A CONSTITUIR-SE EMENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. RECURSO CONHECIDO EPARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2003.0003.7163-2/0, RELATOR: O EXMO. SR. JUIZ CIDPEIXOTO DO AMARAL NETO, DJ de 23/12/03).

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SEGUROS

Ementa – Recurso cível. Obrigação de fazer. Seguro obrigatóriode veículo – DPVAT. Data do sinistro anterior à Lei 8.441/92.Desnecessidade de apresentação do DUT. Incidênciaindenizatória prevista na letra a do art. 3º da Lei nº 6.194, de 19de dezembro de 1974 – 40 (quarenta) vezes o valor do salário-mínimo vigente no País – no caso de morte. Recurso conhecidoe improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0009.3940-1/0, Rel. Juiz Raimundo deSouza Nogueira, DJ de 22/05/2003).

Ementa - Processual Civil. Cobrança de seguro. Contrato deseguro firmado entre as partes no caso de extravio de bagagens.Ocorrido o fato, a empresa só efetua parte do pagamento, nãoobserva o valor estipulado no contrato. Obrigação da empresacontratada em indenizar o restante que falta. Recurso conhecidoe improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0005.1934-8/0, Relator: CLÉCIO AGUIARDE MAGALHÃES, DJ de 06/11/03).

Ementa - Recurso Cível. Reparação de danos materiais e morais.Seguro. Recusa da Seguradora em pagar indenização àsecuritária. Direito do consumidor. Em relações contratuaisreguladas pelo CDC, faz-se uma interpretação em prol doconsumidor, já que ele é parte vulnerável, é a mais frágil darelação. O consumidor, ao contratar um seguro para seu veículo,espera ser atendido com a cobertura, principalmente quandoexiste cláusula que o assegure. Recurso conhecido e provido.Sentença reformada. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal,sob o nº 2003.0007.8227-6/0, Relator: CLÉCIO AGUIAR DEMAGALHÃES, DJ de 06/11/03).

Ementa - Recurso Cível. Cobrança. Seguro Obrigatório de Veículo- DPVAT. Incidência indenizatória prevista na letra ¨a¨ do art. 3ºda Lei nº 6.194/74:¨ 40(quarenta) vezes o valor do maior saláriomínimo vigente no País - no caso de morte¨. Precedentes do

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STJ. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0010.0915-5/0, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 26/11/03).

Ementa - PROCESSUAL CIVIL. RESTITUIÇÃO DE VALORESPAGOS. Assiste razão à autora, ora recorrida, em reaver osvalores pagos a título de seguro, em contrato de financiamentode crédito, com alienação fiduciária, já que não tinha interesseno referido seguro. Deve ser devolvido o montante principalacrescido de juros e correção monetária. Não caracterizada acobrança indevida. RECURSO CONHECIDO. SENTENÇAPARCIALMENTE REFORMADA. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7107-2/0, Relator: RAIMUNDO DESOUZA NOGUEIRA, DJ de 10/12/03).

Ementa - CONTRATO DE SEGURO DE AUTOMÓVEL -INVERSÃO DO ÔNUS PROBANTE - DEVE A SEGURADORARESSARCIR DEVIDAMENTE O SEGURADO NAQUILO QUEDESPENDEU, DEDUZINDO-SE O VALOR DA FRANQUIA.RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Conforme Acórdão da4ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0003.7126-8/0, RELATOR:EXMO. SR. JUIZ CID PEIXOTO DO AMARAL NETO, DJ de 23/12/03).

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Ementário CriminalAno de 2003

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ABUSO DE AUTORIDADE

Ementa - Penal. Crime de abuso de autoridade. Sentença queabsolveu o acusado da prática de crime descrita no artigo 3º,letras a e i da Lei nº 4.898/65 - Lei do Abuso de Autoridade. Asprovas acostadas aos autos não foram suficientes para quehouvesse condenação. Recurso conhecido e improvido.Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal,sob o nº 2000.0164.2082-0/1, Relator: ONILDO ANTÔNIOPEREIRA DA SILVA, DJ de 22/12/03).

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CONTRAVENÇÃO PENAL

Ementa – Contravenção penal. Processo penal. Máquina de jogode azar. Possibilidade de manipulação de seus componenteseletrônicos. Não realização do exame pericial na máquinaapreendida. Nulidade. Sentença cassada. Determinação deperícia no objeto da contravenção imputada. 1) A contravençãopenal decorrente da exploração de máquina de jogo de azar (art.50 da LCP), indiscutivelmente, é daquelas que deixa vestígio,razão porque exige, para a constatação de sua materialidade, oindispensável exame de corpo de delito (art. 158 do CPP). Oobjeto material diz respeito à máquina com componenteseletrônicos e com óbvia possibilidade de manipulação de seu(s)programa(s). 2) Constatada a ausência injustificada doindispensável exame pericial do corpo de delito da imputaçãocontravencional, a comprovar-lhe a materialidade, assim como,subsistindo o seu objeto, que está apreendido, fica configurada,a toda evidência, a nulidade do feito, consoante a previsão daletra b, do inciso III, do art. 564 do CPP. 3) Recurso conhecido eprovido, com o acolhimento, de ofício, da nulidade do processo,com a cassação da sentença recorrida e a determinação darealização, no objeto apreendido, de exame pericial de corpo dedelito. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2000.0143.3184-6/1, Rel. Juiz Raimundo Nonato Silva Santos,DJ de 20/01/2003).

Ementa – Crime de ameaça e contravenção da perturbação datranqüilidade, configuração. Contravenção penal do porte de armabranca. Não configuração, pelo princípio da consunção.Absolvição. Sentença parcialmente reformada. (ConformeAcórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0169.7685-2/1,Rel. Juiz Paulo Camelo Timbó, DJ de 28/04/2003).

Ementa – Penal. Contravenção penal. Prática da contravençãotipificada no art. 19 da Lei das Contravenções Penais. Agenteque traz consigo arma fora de casa ou de dependência desta.

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Na ocasião, portava arma dentro de um clube, local público.Recurso conhecido e improvido. Sentença confirmada.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0170.1697-6/1, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 10/07/2003).

Ementa – Recurso criminal. Arts. 129, caput e 137 do CódigoPenal c/c art. 19 da Lei das Contravenções Penais. Sentençaque julgou procedente a denúncia, condenando os réus naspenas respectivas. Prova testemunhal que confirma asacusações constantes dos autos. Idoneidade e licitude da prova.Depoimentos testemunhais uniformes e incontroversos. Recursoconhecido e improvido. Sentença mantida. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0007.4833-9/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 14/08/2003).

Ementa - APREENSÃO DE MÁQUINAS ELETRÔNICASPROGRAMADAS. RECURSO CRIMINAL. JOGOSELETRÔNICOS. TRADIÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO NOQUE CONCERNE À PROIBIÇÃO DOS JOGOS DE AZAR(ART.50, § 3º, ALÍNEA a DA LEI DAS CONTRAVENÇÕESPENAIS). DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA,LASTREADA EM LAUDO PERICIAL. RESPEITO AO DEVIDOPROCESSO LEGAL. OPORTUNIDADE DE DEFESADESPERDIÇADA PELA APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOSALHEIOS AOS FATOS DISCUTIDOS NA LIDE. AUSÊNCIA DEQUALQUER VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS.RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇAMANTIDA. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2000.0161.2275-6/1, Relator(a).: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - Perturbação da tranqüilidade. Recurso Criminal.Contravenção penal prevista no art. 65 da Lei das ContravençõesPenais. Conflito entre vizinhos. Ausência de provas efetivas deque as pedras lançadas na casa da vítima tenham sido atiradas

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pela recorrida. Absolvição. Impossibilidade da presunção de culpaem matéria penal. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2000.0169.7173-7/1, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 13/10/2006).

Ementa - APELAÇÃO CRIME. APELAÇÃO CRIMINAL,FORMULADA PELO ÓRGÃO MINISTERIAL, IRRESIGNADOCOM DECISÃO DE 1º GRAU QUE ABSOLVEU A APELADA DASCOMINAÇÕES LEGAIS PREVISTAS NO ART. 129 DO CP.PROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO. O conjunto probandidemonstra, insone de dúvidas, que houve concurso de pessoasà prática do delito, já que a Apelada, embriagada, efetivamenteparticipou da briga com a Vítima. Inobstante tenha sidoconstatado, durante o processo, que foi a menor quem jogou apedra, impede reconhecer a efetiva participação da Apelada naagressão, máxime porque a mesma se dirigiu deliberadamenteà casa da Vítima para agredi-la, chegando, neste esforço,inclusive a adentrar na residência da mesma. Provimento integraldo recurso, com a conseqüente condenação da Apelada,invertendo-se, assim, a sentença monocrática, tudo de acordocom o douto parecer ministerial. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0006.3344-2/0, Relator: JOSIASMENESCAL LIMA DE OLIVEIRA substituindo Dr. MARCOSAURÉLIO RODRIGUES, DJ de 13/10/2003).

Ementa - APELAÇÃO CRIMINAL, FORMULADA PELO ÓRGÃOMINISTERIAL, IRRESIGNADO COM DECISÃO DE 1º GRAUQUE ABSOLVEU O APELADO DAS COMINAÇÕES PREVISTASÀS CONTRAVENÇÕES DISPOSTAS NOS ARTS. 21 E 62DA LCP. PROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO. Inobstante anegativa do Apelado, o conjunto probandi demonstra, insone dedúvidas, que o mesmo efetivamente estava embriagado, tendochegado às vias de fato, em plena via pública, com terceiros.Impede reconhecer, assim, a incidência aos tipos previstos nosarts. 21 e 62 da LCP. Provimento integral do recurso, com a

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conseqüente condenação do Apelado, invertendo-se, assim,a sentença monocrática. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0007.2327-1/0, Relator: JOSIASMENESCAL LIMA DE OLIVEIRA substituindo Dr. MARCOSAURÉLIO RODRIGUES, DJ de 13/10/2003).

Ementa - APELAÇÃO CRIME. CONTRAVENÇÃO DE PORTEDE ARMA. Alegação de que não restou provada que a armabranca (canivete) efetivamente pertencesse ao Acusado.Impossibilidade de procedência da tese, diante da confissão domesmo de que é não nega que a assinatura feita à delegaciaseja sua, bem como que tem inúmeros inimigos. Injustificávelfalta de lembrança do mesmo quanto ao fato. Prova testemunhalconfirmando a prisão. Lesão corporal simples. Vítima que, porreceio do Apelante, não comparece à delegacia. Prova de suapericulosidade, confirmada pela extensa folha corrida deste.Parecer ministerial pela improcedência do apelo. Mantençaintegral do decisum ora atacado, por seus próprios fundamentos.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0007.8276-4/0, Relator: JOSIAS MENESCAL LIMA DEOLIVEIRA substituindo Dr. MARCOS AURÉLIO RODRIGUES,DJ de 13/10/2003).

Ementa - APELAÇÃO CRIME. CONTRAVENÇÃO DE PORTEDE ARMA. Alegação de situação atípica, que desnaturaria ocrime, qual seja, o fato da arma ter sido encontrada numa frestade muro onde estava encostado o Apelante e não em poderdeste. Impossibilidade de procedência da tese, diante daconfissão do mesmo de que é verdade ter sido preso portandofacão, bem como de que tem inúmeros inimigos. Parecerministerial pela improcedência do apelo. Mantença integral dodecisum ora atacado, por seus próprios fundamentos, máximea confissão do Acusado. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0007.8277-2/0, Relator: JOSIASMENESCAL LIMA DE OLIVEIRA substituindo Dr. MARCOSAURÉLIO RODRIGUES, DJ de 13/10/2003).

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Ementa - RECURSO DE APELAÇÃO CRIME. DISPARO DEARMA DE FOGO, EM LOCAL PÚBLICO. INCIDÊNCIA DO ART.10, § 1º, INCISO III, DA LEI 9.437/97. RECURSO CONHECIDO,MAS IMPROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0010.0859-0/0,Relator: MARCOS AURÉLIO RODRIGUES, DJ de 14/11/03).

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CRIME DE AMEAÇA

Ementa – Penal e Processo Penal. Crime de Ameaça.Configuração. Transação penal. Não cabimento. I – Quando nãojulgar preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos doparágrafo 2º do art. 76 da Lei nº 9.099/95, pode o juiz não acolherproposta de transação penal oferecida pelo Ministério Público eaceita pelo réu. II – A configuração do crime de ameaça dá-secom a ofensa à tranqüilidade espiritual da vítima, prescindindo-se de intenção do réu em efetivamente causar-lhe mal futuro einjusto. III – É lícito ao juiz cominar pena superior ao mínimo legalpara réu que, embora primário, tenha maus antecedentes. IV –Recurso conhecido e parcialmente provido. (Conforme Acórdãoda 2ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.2524-5/0, Rel. JuízaMaria Estela Aragão Brilhante, DJ de 11/04/2003).

Ementa – Delito de ameaça. Crime de ação privada.Arquivamento do procedimento. Recurso não conhecido, por serincabível. Ausência de previsão legal, além de extemporâneo.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2621-7/0, Rel. Juiz Luiz Evaldo Gonçalves Leite, DJde 15/04/2003).

Ementa – Recurso criminal. Art.147 do Código Penal. Sentençaque julgou procedente a denúncia, condenando o réu a pena de3 (três) meses de detenção, substituída por prestação de serviçosà comunidade. Prova testemunhal que confirma gravaçãotelefônica constante dos autos. Idoneidade e licitude da provaem fita magnética, confirmada por depoimentos testemunhaisuniformes. Recurso conhecido e improvido. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.0872-6/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 23/04/2003).

Ementa – Invasão de domicílio e ameaça. Crimes tipificados nosarts. 150 e 147 do Código Penal, respectivamente. Sentençaque julgou procedente a denúncia, condenando os réus às penasde 1 (um) ano e 3 (três) meses de detenção e 1 (um) ano e 4

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(quatro) meses, a serem cumpridas em regime semi-aberto.Prova testemunhal que confirma a denúncia e não permite acatara inconsistente tese de negativa de autoria. Depoimentostestemunhais uniformes e incontroversos que revelam a certezada conduta delituosa dos acusados. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0005.4583-7/1, Rel. Juiz Raimundo deSouza Nogueira, DJ de 15/05/2003).

Ementa – É de se aplicar, na espécie, ou seja, no suposto crimede ameaça, o princípio da insignificância, perfeitamenteconsoante com a jurisprudência e a doutrina dominantes – Sendoo Ministério Público parte ilegítima para propor ação com atinênciaao delito de dano, porquanto, de iniciativa privada, estandoademais, mesmo que tivesse restado comprovado, alcançadopela decadência, ex vi do disposto nos artigos 38, 107, IV e 61,caput, dos Códigos Penal e de Processo, a ensejar a extinçãoda punibilidade da ré. Sentença mantida. Recurso conhecido eimprovido. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0009.3927-4/0, Rel. Juiz Ademar Mendes Bezerra, DJ de27/05/2003).

Ementa – Apelação crime. Processo penal. Crime de resistência– art. 329 do Código Penal Brasileiro. O crime de resistência seconsuma quando se faz presente a violência ou a ameaça.Inaplicável a substituição da pena privativa de liberdade porprestação de serviço à comunidade, quando o réu não preencheos requisitos elencados no art. 44 do CP. Recurso conhecido eimprovido. Sentença mantida. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0000.1214-4/1, Rel. Juiz Luiz EvaldoGonçalves Leite, DJ de 10/07/2003).

Ementa - APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE AMEAÇA (CP 147).CONSTATAÇÃO, FACE ÀS DECLARAÇÕES DA VÍTIMA E DETESTEMUNHAS, DA EXISTÊNCIA DE AMEAÇA IDÔNEA, CAPAZDE INTIMIDAR A VÍTIMA. SENTENÇA MANTIDA, POR SEUSPRÓPRIOS E INTEGRAIS FUNDAMENTOS, EM ESTRITA

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CONSONÂNCIA COM PARECER MINISTERIAL. (ConformeAcórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0000.6898-2/0,Relator(a): JOSIAS MENESCAL LIMA DE OLIVEIRA substituindoDr. MARCOS AURÉLIO RODRIGUES, DJ de 13/10/2003).

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HABEAS CORPUS

Ementa – Processual penal. Habeas corpus crime. Trancamentode ação penal. É inepta a denúncia que não pormenoriza a açãoindividual de cada um dos acusados, de forma a impossibilitar oexercício do direito constitucional da ampla defesa. Ordemconcedida. Ação penal trancada. (Conforme Acórdão da 6ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7179-0/0, Rel. Juiz Clécio Aguiarde Magalhães, DJ de 05/09/2003).

Ementa - 1. O MINISTÉRIO PÚBLICO PODE PROPOR AÇÃOPENAL SEM NECESSARIAMENTE DEPENDER DEINQUÉRITO POLICIAL, CONTUDO, NÃO PODEAUTOPRODUZIR OS ELEMENTOS SUFICIENTES PARALASTREAR A NOTITIA CRIMINIS. É INEPTA A DENÚNCIAOFERTADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO EM QUE FORA,EXCLUSIVAMENTE, INVESTIGADOR E DENUNCIANTE, PORFALTA DE LEGITIMIDADE. PRECEDENTE DO STF. 2. SENDOO CONTEÚDO PENAL DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO,E REUNINDO O PACIENTE OS REQUISITOS LEGAIS, NÃOPODE O MINISTÉRIO PÚBLICO, DE FORMA LACÔNICA EPEREMPTORIAMENTE, REJEITAR A TENTATIVA DETRANSAÇÃO, POR NÃO SER MERA FACULDADE E SIM UMDIREITO DO PACIENTE. ORDEM CONCEDIDA PARATRANCAR AS DENÚNCIAS OFERTADAS CONTRA OPACIENTE. RATIFICAÇÃO DA LIMINAR ANTERIORMENTEDEFERIDA. (Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2003.0003.7224-8/0, Relator: LUIZ EVALDO GONÇALVES LEITE,DJ de 06/11/03).

Ementa - Processual Penal. Habeas Corpus. Pretensão detrancamento da ação penal, sob a alegativa de falta de justacausa, fundada em denúncia inepta. ¨Tratando-seespecificamente da descrição dos fatos relevantes em casosde mais de um acusado, denúncia deverá conter a exposiçãodo fato criminoso, com todas as suas circunstâncias. Se odescumprimento dessa exigência pode tornar inepta a peçaacusatória¨. Ordem concedida. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0006.7266-7/0, Relator: MARCOSAURÉLIO RODRIGUES, DJ de 10/12/03).

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LESÃO CORPORAL

Ementa – Recurso criminal. Lesão corporal, calúnia e difamação(arts. 129, 138 e 139 do Código Penal). Exame de corpo de delitoque não comprovou a existência de lesões. Desclassificaçãopara as vias de fato em razão das provas testemunhais,suficientes para condenar a acusada. Autoria e materialidadedelitiva comprovadas. Recurso conhecido e improvido. Sentençamantida pelos seus próprios fundamentos. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0001.2325-8/0, Rel. JuizRaimundo de Souza Nogueira, DJ de 20/01/2003).

Ementa - AMEAÇA E LESÃO CORPORAL. RECURSOCRIMINAL. SENTENÇA QUE ATENDE A PARECERMINISTERIAL E DETERMINA O ARQUIVAMENTO DOPROCESSO POR FALTA DE COMPROVAÇÃO DA TIPICIDADEDELITIVA. CRIMES TIPIFICADOS NOS ARTS. 147 E 129 DOCÓDIGO PENAL, RESPECTIVAMENTE. AUSÊNCIA DEAPRECIAÇÃO DAS PROVAS PRODUZIDAS NOS AUTOS.INEXISTÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO E MOTIVAÇÃO PARA OARQUIVAMENTO DO FEITO. VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOCONSTITUCIONAL (ART. 93, IX DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL).RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA ANULADA.(Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0000.7770-0/0, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - LESÃO CORPORAL DE NATUREZA LEVE. PROVASUFICIENTE QUANTO À MATERIALIDADE E AUTORIA.CONDENAÇÃO DECRETADA. PENA MÍNIMA DE TRÊS MESESDE DETENÇÃO, FULMINADA PELA PRESCRIÇÃO.RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PARA REFORMAR ADECISÃO MONOCRÁTICA. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0001.7159-5/0, Relator: FRANCISCOSALES NETO, DJ de 04/12/03).

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PORTE ILEGAL DE ARMA

Ementa – Processual penal. Recurso inominado criminal. Porteilegal de arma. Atipicidade. Arma desmuniciada. Irrelevância. Ocrime previsto no artigo 10, da Lei nº 9.437/97, se configuraatravés de sua posse ou circulação sem autorização legal. Nãotem importância se a arma apreendida se encontravadesmuniciada. Precedente do STJ. Recurso conhecido eimprovido. Sentença confirmada. (Conforme Acórdão da 6ªTurma Recursal, sob o nº 2002.0008.1673-3/1, Rel. JuizFrancisco Sales Neto, DJ de 05/06/2003).

Ementa - PORTE ILEGAL DE ARMAS. FACÃO APREENDIDONA RESIDÊNCIA DO RÉU NO MOMENTO DA BUSCA.APELAÇÃO CRIMINAL. ART.19 DO DECRETO-LEI Nº 3.688/41DO CÓDIGO PENAL. SENTENÇA QUE JULGOUIMPROCEDENTE A DENÚNCIA, ABSOLVENDO O RÉU PORFALTA DE PROVAS (ART. 386, VI DO CÓDIGO DE PROCESSOPENAL). DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS CONTROVERSOSE LACUNOSOS. IMPOSSIBILIDADE DE DETERMINAR SE OFACÃO ESTAVA EM PODER DO DENUNCIADO E SE DELEPRETENDIA FAZER USO ILÍCITO. A INTERPRETAÇÃO DASNORMAS PENAIS (TIPOS) DEVE SER RESTRITA, HAJA VISTASUA CONDIÇÃO DE REGRAS RESTRITIVAS DE DIREITOS.RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇAMANTIDA. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2002.0007.4820-7/0, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - RECURSO DE APELAÇÃO CRIME. PORTE ILEGALDE ARMA. Demonstrado que o apelante possuía o revólver,comprovado está o cometimento do delito a ele atribuído. Aconfissão espontânea é uma circunstância atenuante elencadano art. 65, III, ̈ d¨ , do Código Penal, devendo ser reconhecida emfavor do réu, quando o mesmo confessa a prática de delito emseu interrogatório. Sentença reformada quanto ao ̈ quantum¨ dacondenação. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE

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PROVIDO. (Conforme Acórdão da 3ª Turma Recursal, sob o nº2003.0006.7319-1/0, Relator: RAIMUNDO DE SOUZANOGUEIRA, DJ de 14/11/03).

Ementa - CRIME DE PORTE DE ARMAS. ARTIGO 10 DA LEI9.437/97. TESTEMUNHAS QUE NÃO PRESENCIARAM O FATO.APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO FAVOR REI. ABSOLVIÇÃO.(Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2002.0001.3070-0/1, Relator: CID PEIXOTO DO AMARAL NETOsubstituindo Dr. FRANCISCO GURGEL HOLANDA, DJ de 24/11/03).

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PRESCRIÇÃO

Ementa – Crime de dirigir veículo automotor, em via pública, sema devida permissão para dirigir ou habilitação. Ocorrência daextinção da punibilidade pela prescrição superveniente.Declaração de ofício por se tratar de matéria de ordem pública.(Conforme Acórdão da 5ª Turma Recursal, sob o nº2000.0010.2493-1/0, Rel. Juiz Paulo Camelo Timbó, DJ de 28/04/2003).

Ementa – Ainda que a denúncia tivesse sido devidamenteconfirmada no confronto com a prova produzida, o que não severificou, culminando na absolvição das acusadas, mesmoassim o processo de execução não poderia prosperar, comobem ponderou a eminente promotora de justiça oficiante nestaTurma Recursal, porquanto foram as infrações atingidas pelosinstitutos da decadência e da prescrição, impondo-se, por viade conseqüência, a declaração da extinção da punibilidade dasacusadas. (Conforme Acórdão da 4ª Turma Recursal, sob o nº2000.0169.6737-3/1, Rel. Juiz Ademar Mendes Bezerra, DJ de27/05/2003).

Ementa - EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE - OCORRÊNCIA DAPRESCRIÇÃO - APLICAÇÃO DO ARTIGO 110, PARÁGRAFO1º C/C ARTIGO 109, INCISO VI, AMBOS DO CÓDIGO PENAL -IMPOSSIBILIDADE DE EXAME DO MÉRITO RECURSAL.(Conforme Acórdão da 6ª Turma Recursal, sob o nº2003.0003.7141-1/0, Relator(a).: MARIA NAILDE PINHEIRONOGUEIRA, DJ de 13/10/2003).

Ementa - RECURSO DE APELAÇÃO CRIME.CONTRAVENÇÃO PENAL. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃOPUNITIVA. DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. TENDO DECORRIDOMAIS DE DOIS ANOS, CONTADOS DA PUBLICAÇÃO DASENTENÇA CONDENATÓRIA ATÉ A DATA DO JULGAMENTODO RECURSO, PARA OS CRIMES APENADOS COM PENAMÁXIMA INFERIOR A UM (01) ANO, DECLARA-SE EXTINTA A

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PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃOPUNITIVA, CONFORME DISPOSTO NOS ART. 107, INCISO IVe 109, VI DO CÓDIGO PENAL. RECURSO NÃO CONHECIDO.(Conforme Acórdão da 1ª Turma Recursal, sob o nº2001.0001.2660-7/0, Relator: JOSÉ EDMAR DE ARRUDACOELHO, DJ de 06/11/03).

Ementa - RECURSO DE APELAÇÃO CRIME. SENTENÇAABSOLUTÓRIA NÃO CONSTITUI CAUSA INTERRUPTIVA DAPRESCRIÇÃO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. DECLARAÇÃODE OFÍCIO. TENDO DECORRIDO MAIS DE DOIS ANOS,CONTADOS DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA ATÉ A DATADO JULGAMENTO DO RECURSO INTERPOSTO, SEM QUEHAJA CAUSA INTERRUPTIVA, DECLARA-SE, DE OFÍCIO,EXTINTA A PUNIBILIDADE, PELA PRESCRIÇÃO DAPRETENSÃO PUNITIVA, CONFORME DISPOSTO NOSARTIGOS 107, INCISO IV E 109, VI DO CÓDIGO PENAL.RECURSO NÃO CONHECIDO. (Conforme Acórdão da 1ª TurmaRecursal, sob o nº 2003.0007.8223-3/0, Relator: LUIZ EVALDOGONÇALVES LEITE, DJ de 06/11/03).

Ementa - PRESCRIÇÃO PENAL. Antes de analisar o mérito dacausa, verifica-se se há preliminares que impeçam o julgamentodo mesmo. No caso ¨sub judice¨, observa-se a existência daprescrição da pena ïn abstrato¨, devendo pois ser decretada aextinção da punibilidade da acusada com esteio nos arts. 107,inciso IV c/c art. 109, inciso VI e art. 129, caput do Código PenalBrasileiro. RECURSO NÃO CONHECIDO. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2000.0010.2779-5/0, Relator:MARCOS AURÉLIO RODRIGUES, DJ de 14/11/03).

Ementa - PRESCRIÇÃO PENAL. Verificado, de logo, nos autos,a existência da prescrição da pena ïn abstrato¨é de se decretara extinção da punibilidade do réu, sem entrar no mérito recursal.RECURSO NÃO CONHECIDO. (Conforme Acórdão da 3ª TurmaRecursal, sob o nº 2002.0001.233 3-9/0, Relator: MARCOSAURÉLIO RODRIGUES, DJ de 14/11/03).

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Ementa - PRESCRIÇÃO PENAL. Transcorrido o lapso temporal,descrito na lei penal, da data da sentença até o julgamento dorecurso, extinta está a punibilidade da acusada devido àprescrição. RECURSO NÃO CONHECIDO. (Conforme Acórdãoda 3ª Turma Recursal, sob o nº 2002.0006.3301-9/0, Relator:MARCOS AURÉLIO RODRIGUES, DJ de 14/11/03).

Ementa - PENAL. RECURSO DE APELAÇÃO. OCORRÊNCIADE PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. EXTINÇÃO DAPUNIBILIDADE DO AGENTE. RECURSO CONHECIDO EIMPROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. (Conforme Acórdãoda 1ª Turma Recursal, sob o nº 2003.0007.8266-7/0, Relator:FRANCISCO SALES NETO, DJ de 04/12/03).

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Relatório Estatístico dosRelatório Estatístico dosRelatório Estatístico dosRelatório Estatístico dosRelatório Estatístico dosJuizados Especiais Cíveis eJuizados Especiais Cíveis eJuizados Especiais Cíveis eJuizados Especiais Cíveis eJuizados Especiais Cíveis e

Criminais de Fortaleza - CearáCriminais de Fortaleza - CearáCriminais de Fortaleza - CearáCriminais de Fortaleza - CearáCriminais de Fortaleza - CearáAno 2003Ano 2003Ano 2003Ano 2003Ano 2003

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TOTAL DOS PROCESSOS ENTRADOS - COMPETÊNCIA CÍVEL - ANO 2003

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAIS

RELATÓRIO ESTATÍSTICO DOS PROCESSOS ENTRADOS DEJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 83 79 72 107 128 109 142 154 124 114 103 92 1.3072ª 93 84 66 136 107 80 125 124 130 99 80 54 1.1783ª 136 129 116 126 138 117 160 176 181 132 126 110 1.6474ª 44 35 40 53 93 75 56 65 68 52 63 27 6715ª 114 92 88 234 104 155 119 92 168 131 94 64 1.4556ª 87 102 151 96 132 156 119 101 101 133 136 88 1.4027ª 77 100 82 103 113 115 112 125 56 124 72 117 1.1968ª 68 41 35 69 52 74 67 69 78 83 52 49 7379ª 75 71 50 114 111 103 94 94 115 87 108 55 1.07710ª 455 471 424 440 470 538 506 480 556 639 544 563 6.08611ª 58 85 67 91 66 88 88 73 48 96 79 47 88612ª 129 200 139 223 215 164 242 206 247 204 215 173 2.35713ª 125 122 86 132 105 122 108 103 113 111 121 76 1.32414ª 74 58 73 87 87 66 105 66 104 156 67 59 1.00215ª 102 73 74 104 108 74 102 75 83 76 66 50 98716ª 82 61 62 86 105 94 68 87 79 74 86 66 95017ª 84 76 80 121 1 110 95 99 121 120 85 55 1.04718ª 22 24 20 41 31 38 39 29 46 37 34 23 38419ª 43 41 39 122 65 72 72 74 70 80 54 67 79920ª 79 52 58 82 71 86 66 56 74 86 61 34 805

TOTAL 2.030 1.996 1.822 2.567 2.302 2.436 2.485 2.348 2.562 2.634 2.246 1.869 27.297

COMPETÊNCIA CÍVEL

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TOTAL DAS SESSÕES CONCILIATÓRIAS - COMPETÊNCIA CÍVEL - ANO 2003

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DAS SESSÕES CONCILIATÓRIASJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 69 91 81 84 84 89 91 96 113 112 100 134 1.1442ª 22 35 23 36 15 41 26 82 95 48 81 24 5283ª 202 221 207 172 217 188 176 188 171 168 165 142 2.2174ª 16 28 14 12 20 31 41 37 37 32 66 19 3535ª 40 126 141 96 127 159 205 173 204 256 152 186 1.8656ª 139 126 97 94 92 79 69 72 93 96 88 42 1.0877ª 29 30 45 51 49 35 100 77 61 65 57 44 6438ª 72 72 85 1350 70 7 28 7 91 103 98 0 1.9839ª 16 34 51 75 67 67 21 43 106 45 85 32 642

10ª 434 426 398 415 431 514 506 454 514 609 534 559 5.79411ª 34 27 26 36 33 22 30 26 27 33 30 27 35112ª 80 229 64 87 101 109 140 142 112 125 108 75 1.37213ª 109 65 60 104 128 62 69 71 65 102 200 71 1.10614ª 84 79 67 83 99 76 83 81 102 136 133 158 1.18115ª 24 32 26 43 37 48 42 46 46 47 49 32 47216ª 27 46 37 43 51 25 53 37 81 17 89 28 53417ª 50 45 51 38 53 58 58 40 48 45 53 37 57618ª 17 15 29 25 49 33 29 33 42 24 34 34 36419ª 23 22 27 8 0 38 38 50 56 44 67 24 39720ª 54 41 43 46 34 46 53 55 42 41 63 37 555

TOTAL 1.541 1.790 1.572 2.898 1.757 1.727 1.858 1.810 2.106 2.148 2.252 1.705 23.164

COMPETÊNCIA CÍVEL

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249

TJCE - Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Ceará - Vol. V

TOTAL DOS ACORDOS REALIZADOS NAS CONCILIAÇÕES - COMPETÊNCIA CÍVEL - ANO 2003

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DOS ACORDOS REALIZADOS NAS CONCILIAÇÕESJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 29 35 32 36 30 36 37 43 45 42 45 29 4392ª 10 21 12 14 9 27 15 37 39 27 25 17 2533ª 14 51 23 19 36 35 21 19 4 27 28 28 3054ª 13 16 8 9 14 19 18 18 18 20 9 9 1715ª 25 21 22 21 29 43 45 29 58 60 47 38 4386ª 26 41 19 40 35 38 34 39 42 47 35 17 4137ª 12 23 34 47 31 29 19 64 46 51 39 40 4358ª 7 6 0 67 0 1 8 0 0 36 17 0 1429ª 0 9 20 25 24 21 7 21 21 20 29 13 210

10ª 396 389 364 377 384 462 439 404 451 545 467 483 5.16111ª 18 20 18 30 21 20 20 19 19 16 20 15 23612ª 19 25 9 17 24 22 25 34 26 16 22 12 25113ª 12 16 20 18 34 21 32 25 24 71 48 16 33714ª 23 21 23 30 29 35 28 29 45 30 40 41 37415ª 12 8 10 25 26 31 19 31 24 32 29 22 26916ª 8 14 10 6 9 6 19 9 21 6 17 8 13317ª 36 30 22 28 38 44 43 39 29 33 33 20 39518ª 10 12 12 17 30 22 17 16 28 12 18 10 20419ª 12 13 15 4 28 21 21 43 35 26 37 12 26720ª 21 27 29 30 14 29 40 42 22 22 36 21 333

TOTAL 703 798 702 860 845 962 907 961 997 1.139 1.041 851 10.766

COMPETÊNCIA CÍVEL

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250

TJCE - Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Ceará - Vol. V

TOTAL DAS AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO - COMPETÊNCIA CÍVEL - ANO 2003

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DAS AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO REALIZADASJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 0 17 25 25 19 17 0 31 26 25 31 14 2302ª 0 8 22 1 19 0 0 18 15 10 0 0 933ª 0 31 42 32 36 48 0 42 42 39 39 31 3824ª 0 5 4 0 21 19 0 28 29 26 19 14 1655ª 0 28 25 34 31 40 0 38 39 38 34 28 3356ª 1 1 6 9 42 27 0 0 0 3 13 3 1057ª 0 25 25 18 4 30 0 27 32 31 20 23 2358ª 0 1 14 14 30 16 0 28 21 31 16 16 1879ª 0 30 23 28 29 27 0 32 30 33 33 17 28210ª 0 42 37 36 46 72 2 43 53 52 39 49 47111ª 0 12 4 8 18 12 0 8 12 8 11 11 10412ª 0 53 67 79 0 65 0 49 59 52 22 38 48413ª 0 24 36 39 0 25 0 25 0 18 30 0 19714ª 0 38 25 21 36 23 0 52 36 50 44 42 36715ª 19 19 15 17 19 14 19 16 19 26 25 17 22516ª 0 31 30 24 39 31 0 31 39 16 39 5 28517ª 0 16 13 23 18 28 0 25 20 23 24 7 19718ª 0 5 2 4 5 4 0 3 3 1 9 3 3919ª 0 9 9 3 7 0 0 17 12 8 15 8 8820ª 0 19 22 19 24 13 0 14 25 25 28 25 214

TOTAL 20 414 446 434 443 511 21 527 512 515 491 351 4.685

COMPETÊNCIA CÍVEL

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251

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TOTAL DOS ACORDOS REALIZADOS NAS AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO - COMPETÊNCIA CÍVEL - ANO 2003

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DOS ACORDOS EFETUADOS NAS AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃOJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 0 3 6 8 6 5 0 9 6 3 9 5 602ª 0 1 1 0 1 0 0 0 0 2 0 0 53ª 0 9 5 4 51 5 0 4 4 5 4 6 974ª 0 2 1 1 1 1 0 0 1 0 1 0 85ª 0 6 13 16 4 8 0 11 15 13 20 5 1116ª 0 1 1 2 1 1 0 0 0 0 1 1 87ª 0 2 1 0 4 0 0 0 1 0 2 1 118ª 0 0 0 0 7 7 0 3 14 13 7 1 529ª 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 3

10ª 0 13 12 15 18 18 0 12 21 17 10 15 15111ª 0 4 1 1 7 9 0 5 3 3 3 2 3812ª 0 1 3 4 0 8 0 5 2 2 14 2 4113ª 0 10 11 6 0 10 0 8 0 3 4 0 5214ª 0 2 1 4 3 1 0 8 2 4 3 3 3115ª 1 1 0 2 2 2 3 1 1 0 3 2 1816ª 0 8 2 4 13 8 0 5 9 0 7 0 5617ª 0 3 1 7 4 5 0 6 4 8 2 1 4118ª 0 0 0 1 1 2 0 1 1 1 4 0 1119ª 0 6 1 1 1 0 0 5 2 2 2 1 2120ª 0 2 3 2 5 0 0 2 1 3 6 4 28

TOTAL 1 75 63 79 130 90 3 85 87 79 102 49 843

COMPETÊNCIA CÍVEL

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252

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TOTAL DOS PROCESSOS JULGADOS - COMPETÊNCIA CÍVEL - ANO 2003

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DOS PROCESSOS JULGADOSJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 72 110 121 399 124 137 105 245 121 130 104 72 1.7402ª 36 72 47 60 42 67 81 89 165 143 122 92 1.0163ª 14 244 251 198 292 265 21 279 283 280 239 213 2.5794ª 23 74 26 80 83 68 74 133 92 132 129 69 9835ª 0 255 112 113 150 165 45 141 162 209 140 147 1.6396ª 101 79 79 132 143 138 197 137 161 166 142 76 1.5517ª 49 103 95 91 134 129 78 210 114 165 167 128 1.4638ª 0 43 58 79 53 35 6 34 67 55 44 37 5119ª 2 59 71 76 51 43 69 82 131 93 95 31 803

10ª 604 492 421 474 434 585 576 472 489 694 586 577 6.40411ª 78 91 67 84 115 119 72 136 122 95 102 92 1.17312ª 16 34 75 126 28 55 8 167 143 174 192 98 1.11613ª 86 91 78 99 80 124 94 105 86 183 149 32 1.20714ª 65 96 46 85 94 92 34 129 122 95 122 109 1.08915ª 56 50 42 66 92 83 94 85 107 110 94 62 94116ª 56 143 46 59 82 77 56 90 65 40 56 44 81417ª 54 133 76 84 91 152 73 190 122 100 122 50 1.24718ª 9 25 24 25 44 34 27 41 43 18 32 29 35119ª 22 34 37 28 58 71 79 76 93 86 86 39 70920ª 43 72 70 60 58 68 38 137 65 49 52 66 778

TOTAL 1.386 2.300 1.842 2.418 2.248 2.507 1.827 2.978 2.753 3.017 2.775 2.063 28.114

COMPETÊNCIA CÍVEL

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253

TJCE - Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Ceará - Vol. V

TOTAL DOS PROCESSOS ENTRADOS - COMPETÊNCIA CRIME - ANO 2003

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DOS PROCESSOS ENTRADOSJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 92 13 2 22 17 45 58 1 55 29 15 20 3692ª 29 30 30 28 48 43 0 59 30 52 17 19 3853ª 81 48 58 31 64 29 49 55 61 77 72 39 6644ª 24 24 27 29 0 33 29 33 2 39 34 39 3135ª 12 79 148 89 98 108 57 56 78 70 66 64 9256ª 33 27 23 16 31 22 31 32 29 19 23 28 3147ª 20 16 11 13 362 24 4 36 27 30 19 29 5918ª 12 38 30 22 26 21 33 30 29 25 21 29 3169ª 14 22 22 21 10 11 20 19 17 32 20 2 21010ª 11 5 12 19 10 10 12 8 14 8 11 9 12911ª 40 19 21 31 18 25 37 32 21 19 31 27 32112ª 15 100 15 28 21 13 110 38 39 31 24 31 46513ª 47 36 46 57 42 34 41 40 34 47 47 23 49414ª 30 32 32 37 38 34 32 27 3 21 26 29 34115ª 42 30 32 34 34 37 46 39 47 34 20 20 41516ª 6 23 12 12 8 18 2 14 13 14 17 13 15217ª 36 40 34 45 39 31 44 44 45 44 33 46 48118ª 7 21 7 15 11 13 16 13 10 7 10 11 14119ª 13 19 23 18 16 30 30 13 26 30 19 29 26620ª 17 22 15 20 16 11 11 14 12 13 22 13 186

TOTAL 581 644 600 587 909 592 662 603 592 641 547 520 7.478

COMPETÊNCIA CRIME

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254

TJCE - Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Ceará - Vol. V

TOTAL DAS AUDIÊNCIAS REALIZADAS - COMPETÊNCIA CRIME - ANO 2003

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DAS AUDIÊNCIAS REALIZADASJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 5 6 36 15 10 13 0 20 18 30 30 35 2182ª 0 10 2 17 41 7 0 1 8 6 14 14 1203ª 0 71 75 77 87 71 24 75 76 74 77 69 7764ª 0 19 10 26 19 37 9 68 4 11 9 38 2505ª 0 60 103 80 131 91 0 117 93 133 77 84 9696ª 24 1 0 38 1 49 0 53 50 61 60 35 3727ª 0 19 17 34 5 15 0 29 30 24 16 24 2138ª 0 10 10 40 0 27 0 21 53 22 23 41 2479ª 0 40 62 4 7 42 0 14 14 13 15 15 226

10ª 2 17 15 1 1 32 16 38 17 13 11 11 17411ª 0 2 11 19 8 11 0 13 13 15 9 8 10912ª 0 23 10 26 24 17 0 44 33 35 33 23 26813ª 96 31 15 23 2 53 79 31 26 26 69 49 50014ª 0 69 59 23 5 74 0 77 55 50 42 51 50515ª 0 0 110 29 1 67 3 33 0 0 0 0 24316ª 0 20 4 10 3 24 0 8 8 8 7 4 9617ª 0 68 94 12 29 57 0 62 27 30 46 22 44718ª 0 8 28 28 21 19 0 17 21 18 22 9 19119ª 0 24 60 28 2 11 11 24 38 24 27 8 25720ª 0 15 22 18 9 30 0 16 22 16 39 38 225

TOTAL 127 513 743 548 406 747 142 761 606 609 626 578 6.406

COMPETÊNCIA CRIME

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TOTAL DAS TRANSAÇÕES PENAIS DURANTE AS AUDIÊNCIAS - COMPETÊNCIA CRIME - ANO 2003

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DAS TRANSAÇÕES PENAIS DURANTE AS AUDIÊNCIASJANEIRO A DEZEMBRO - 2003UNIDADES

JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL1ª 0 1 5 13 8 13 0 11 15 13 22 32 1332ª 0 0 1 2 2 1 0 1 0 2 4 3 163ª 0 5 4 5 18 9 5 14 15 14 15 11 1154ª 0 4 2 5 0 3 0 0 1 0 0 2 175ª 0 11 29 13 26 34 0 22 34 20 12 24 2256ª 3 1 0 5 7 3 0 13 10 8 21 11 827ª 0 2 1 9 2 4 0 5 12 6 3 5 498ª 0 0 0 1 1 3 0 3 6 6 4 4 289ª 0 3 4 6 6 4 0 2 3 2 2 2 3410ª 1 2 2 0 0 4 0 4 2 1 1 4 2111ª 0 0 5 13 4 8 0 9 4 14 4 5 6612ª 0 2 2 0 2 4 0 16 9 10 7 10 6213ª 7 0 4 7 11 11 0 6 3 12 17 0 7814ª 0 20 12 10 20 23 0 20 7 13 7 15 14715ª 0 0 0 12 15 17 3 14 0 0 0 0 6116ª 0 1 1 2 1 8 0 2 1 1 1 1 1917ª 0 25 17 9 9 26 0 27 17 17 20 11 17818ª 0 0 2 5 2 4 0 3 5 7 4 3 3519ª 0 9 8 13 2 7 7 13 11 10 9 1 9020ª 0 1 3 5 6 8 0 4 15 7 10 6 65

TOTAL 11 87 102 135 142 194 15 189 170 163 163 150 1.521

COMPETÊNCIA CRIME

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TOTAL DOS PROCESSOS JULGADOS - COMPETÊNCIA CRIME - ANO 2003

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COMARCA DE FORTALEZA - JUIZADOS ESPECIAISRELATÓRIO ESTATÍSTICO DOS PROCESSOS JULGADOSJANEIRO A DEZEMBRO - 2003

UNIDADESJAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. T OTAL

1ª 12 8 30 25 21 19 3 19 40 36 32 45 2902ª 0 12 5 8 41 25 6 3 17 5 6 4 1323ª 0 59 77 62 96 84 7 96 120 118 91 79 8894ª 0 12 5 25 12 41 3 36 29 21 66 16 2665ª 0 107 112 79 109 100 0 121 71 120 83 90 9926ª 13 8 6 39 110 38 1 41 41 59 78 31 4657ª 12 7 13 7 26 9 10 18 25 8 18 11 1648ª 0 27 3 14 5 7 0 8 41 10 7 6 1289ª 17 6 6 19 10 8 0 13 11 13 8 7 11810ª 4 4 9 3 1 10 2 7 6 3 6 6 6111ª 2 2 24 24 17 21 5 30 17 25 22 28 21712ª 0 3 3 11 4 0 11 21 15 19 16 7 11013ª 33 8 7 44 37 34 16 27 24 32 18 0 28014ª 8 76 32 37 56 53 16 48 46 50 28 65 51515ª 0 3 26 23 35 42 3 31 0 0 4 0 16716ª 1 10 9 13 5 11 4 27 4 5 9 7 10517ª 5 68 32 17 37 80 0 72 27 51 43 37 46918ª 0 8 6 18 6 12 2 22 18 24 9 15 14019ª 6 18 20 17 18 13 13 25 24 29 15 15 21320ª 2 18 28 25 17 4 36 35 8 13 20 206

TOTAL 115 464 425 513 671 624 106 701 611 636 572 489 5.927

COMPETÊNCIA CRIME

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TJCE - Revista de Jurisprudência das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Ceará - Vol. V

Diagramação e Impressão

Parque Gráfico do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará

TJCE - REVISTA DE JURISPRUDÊNCIA DAS TURMASRECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E

CRIMINAIS DO CEARÁ

Elaboração: outubro/2006Mário Parente Teófilo NetoJuiz de Direito - Titular da 10ª Unidade do Juizado Especial Cívele Criminal

Colaboração:Fábio de Assis de Girão SerraAna Célia de Macedo Barros Rios

Produção GráficaWellington Forte Miranda Filho