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Edição 44 ABRIL/2017 Na quarta-feira, dia 22/03/2017, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 231 votos a favor, 188 contra e 8 abstenções, o PL 4302/98, de autoria do governo FHC, que permite a terceirização em todos os níveis de uma empresa. A matéria seguiu para sanção presidencial. Mesmo sob forte pressão dos parlamentares de oposição, dos movimentos sindicais e sociais, a maioria dos deputados – eleitos com o aporte financeiro do setor empresarial –, resolveu pela aprovação da matéria na íntegra. Os principais pontos do projeto aprovado são: 1) A terceirização poderá ser aplicada a QUALQUER ATIVIDADE DA EMPRESA. Por exemplo: um hospital poderá terceirizar desde os profissionais da recepção, até médicos e profissionais de enfermagem; 2) A contratação, remuneração e direção dos trabalhadores terceirizados fica exclusivamente por conta da empresa terceirizada; 3)O tempo de duração do trabalho temporário passa de até três meses para até 180 dias, consecutivos ou não; 4) O tempo de permanência do trabalhador temporário poderá exceder os 180 dias quando estiver substituindo pessoal regular e permanente, não decorrente de greve, que exceder seis meses; 5) Após o término do contrato, o trabalhador temporário só poderá prestar novamente o mesmo tipo de serviço à empresa após esperar três meses; 6) A responsabilidade da empresa contratante, em relação ao trabalhador, é apenas subsidiária, ou seja, em qualquer ação na justiça do trabalho quem responde pelo empregado é a terceirizada. Sem dar a mínima para os anseios da classe trabalhadora, o presidente Michel Temer sancionou na segunda-feira dia 03/04/2017, com três vetos, o Projeto de Lei 4.302/98 – Lei 13.429/17, que regulamenta a terceirização em qualquer setor de uma empresa de forma indiscriminada. O Sindesauvel denuncia e repudia veemente- mente a tentativa do governo de atender apenas os anseios do capital sem levar em consideração as condições de trabalho de milhares de terceiri- zados pelo Brasil, além das consequências imediatas para os milhões de trabalhadores efetivos. Continuaremos na luta incessante pela manutenção do sistema de emprego da forma como regem as leis trabalhistas, visto que, a partir de agora, com a regulamentação da terceirização desenfreada, as regras mudarão drasticamente. O Sindicato faz um apelo a todos os trabalha- dores, para se unirem e não calarem suas vozes, temos que lutar por nossos direitos, unir nossas categorias de base pela defesa do que é nosso! Procure seu sindicato, se informe e venha conosco nessa luta que é de todos nós! Fonte: http://www.cnts.org.br/noticias/ver/987

justiça do trabalho quem responde pelo empregado é a ......sancionou na segunda-feira dia 03/04/2017, com três vetos, o Projeto de Lei 4.302/98 – Lei 13.429/17, que regulamenta

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Page 1: justiça do trabalho quem responde pelo empregado é a ......sancionou na segunda-feira dia 03/04/2017, com três vetos, o Projeto de Lei 4.302/98 – Lei 13.429/17, que regulamenta

Edição 44 ABRIL/2017

Na quarta-feira, dia 22/03/2017, o plenário daCâmara dos Deputados aprovou, por 231 votosa favor, 188 contra e 8 abstenções, o PL4302/98, de autoria do governo FHC, quepermite a terceirização em todos os níveis deuma empresa. A matéria seguiu para sançãopresidencial.

Mesmo sob forte pressão dos parlamentares deoposição, dos movimentos sindicais e sociais, amaioria dos deputados – eleitos com o aportefinanceiro do setor empresarial –, resolveupela aprovação da matéria na íntegra. Osprincipais pontos do projeto aprovado são:

1) A terceirização poderá ser aplicada aQUALQUER ATIVIDADE DA EMPRESA. Porexemplo: um hospital poderá terceirizar desdeos profissionais da recepção, até médicos eprofissionais de enfermagem;

2) A contratação, remuneração e direção dostrabalhadores terceirizados ficaexclusivamente por conta da empresaterceirizada;

3)O tempo de duração do trabalho temporáriopassa de até três meses para até 180 dias,consecutivos ou não;

4) O tempo de permanência do trabalhadortemporário poderá exceder os 180 dias quandoestiver substituindo pessoal regular epermanente, não decorrente de greve, queexceder seis meses;

5) Após o término do contrato, o trabalhadortemporário só poderá prestar novamente omesmo tipo de serviço à empresa apósesperar três meses;

6) A responsabilidade da empresa contratante,em relação ao trabalhador, é apenassubsidiária, ou seja, em qualquer ação na

justiça do trabalho quem responde peloempregado é a terceirizada.

Sem dar a mínima para os anseios da classetrabalhadora, o presidente Michel Temersancionou na segunda-feira dia03/04/2017, com três vetos, o Projeto deLei 4.302/98 – Lei 13.429/17, queregulamenta a terceirização em qualquersetor de uma empresa de formaindiscriminada.

O Sindesauvel denuncia e repudia veemente-mente a tentativa do governo de atender apenasos anseios do capital sem levar em consideraçãoas condições de trabalho de milhares de terceiri-zados pelo Brasil, além das consequênciasimediatas para os milhões de trabalhadoresefetivos. Continuaremos na luta incessante pelamanutenção do sistema de emprego da formacomo regem as leis trabalhistas, visto que, apartir de agora, com a regulamentação daterceirização desenfreada, as regras mudarãodrasticamente.

O Sindicato faz um apelo a todos os trabalha-dores, para se unirem e não calarem suas vozes,temos que lutar por nossos direitos, unir nossascategorias de base pela defesa do que é nosso!Procure seu sindicato, se informe e venhaconosco nessa luta que é de todos nós!

Fonte: http://www.cnts.org.br/noticias/ver/987

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