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k.

Duodecimo anno

ASSIGNATURA EH LISBOA

om _*• Annuncios, linha 20 réis.

om Ditos por cima da estam- in ! pa ou por baixo. 60 réis.

" Corpo do jornal 40 réis.

1 mez . .

3 mezea.

Avulso.. Domingo I de abril de 1883

ASSINATURA WAS PROVÍNCIAS

3 mezes, pagamento adiantado. . 1$150 réis Nlimpnn Q-RRí

A correspondência sobre administração a An- ' "UIIIGI U u.vU J

tonio R. Teixeira, T. da Queimada, n.° 35.

SECÇÃO UT1L

ALMAKACU

ABRIL (30 DIAS)

Domingo i 8 15 22 29

Segunda feira 2 9 1623 30

Terça feira 310 17 24 1

Quarta feira 4 11 1825

Quinta feira 5 12 1926

Sexta feira 6 132027 I i

Sabbado* 7li4!2Í28

PHASES DA LUA

F Lua nova a 7 — Quarto cres-

cente a 14 —Lua cheia a 23.—

Quarto minguante a 30.

CHRONICA DO DIA

Domingo, I.—Da Pachoela S.

Macario. As Chagas ide Santa Ca-

Iharina de Sena.

Dup. 2.* cl. c. br.

Lausperenne na egreja parochial

de Nossa Senhora da Pena.

Principio da aurora, 4 h. 10.

Nascimento do sol, 5 h. 43.

Occaso, 6 h. 17.

Primeiro preamar, 9 h. 42 m.

Segundo preamar,

Primeiro baixamar,

Segundo baixamar 4

Bol*a cie LiNboa

Venderam-se hontem:

Inscripções interna assentamen-

to a 53.58.

Titulos do Banco de Portugal a

622£500.

Acções Banco Commercial de

Lisboa, 107=5500.

pilotagem approvado pela carta

de lei de 6 de maio de 1878.

—Idem, permittindo á compa-

nhia da cultura do opio em Mo-

çambique a exportação pela al-

Mortiinento tie bengalas

PUEKIX

103. R. do Principe* 105

. , , T. L -. -a , E'hoje que se realisa no thea- fandega de Lisboa, livre dos di- tro d# Rato o beneficio do AÍcan-

al® ^ s°mma de tara Chaves, com a primeira re- réis 20:000£000 em cada anno. presentação do drama em 4 actos

—Balancete da companhia real o dête da engeitada.

dos caminhos de ferro portugue- E' de esperar que os academi

zes na semana de 5 a 11 de íeve- Cos de Lisboa, a quem a recita é

reiro de 1882. dedicada, vão applaudir a primei-

0 rendimento, de passageiros ra producção de dois dos seus col-

e mercadorias, foi de 41:600^000 iCgas

réis, ou 2:400£000 réis para me- E' também a nltima represen-

nos do rendimento em egual se- tação da actual companhia, que

mana no anno de 188- n$0 obstante ter acabado os seus

O ramal de Caceres, na mesma contractos no dia 15, não duvidou

semana, rendeu também em mer- ensaiar uma peça nova para obse-

S Quiar o seu director de scena, a de 800^000 réis ou *o0£000 reis quem dedica uma sincera estima,

para menos da mesma semana ne o beneficiado está extremamen-

anno de 1883. , te grato aos seus artistas por esta

—Balancete do rendimento do I nrnva dp arafidàn

caminho de ferro do Porto á Po-

voa na 2.a quinzena de janeire de

1883.

—Citação official dos fundos

públicos em 27 de março de 1883.

Tribunal cie conta*

Accordam, vista a reclamaçãe

dos herdeiros de Luiz Gonzaga de

Brito e Bettencourt, recebedor do

concelho de Praia da Victoria,

conGrmando o alcance de 324£742

réis constante de accordam provi-

sorio.

—Idem, julgando quite para com

a fazenda nacional ao sr. João Bar-

roso Pereira, ex-recebedor de Gui-

marães no periodo de 1 de julho

de 1847 a 31 de agosto de 1853.

prova de gratidSo.

Bom vinlio «Ia Madeira

PHEXIX

fileclroN e cliry*lae*

PIIKKLV

103* R. do Principe* 105

Falleceu na sua casa da Barrei-

ra de Condeixa no dia 15 do pre-

sente mez a ex.""1 sr.a D. Anna

Maxima de Campos e Almeida. Es-

ta infelicidade é sentidíssima por

seu extremoso e inconsolável ma-

rido o ex.mo sr. dr. Eduardo de

Freitas e Almeida, phisico mor de

Goa, reformado, por seus paren-

tes, por todas as pessoas que admi-

ravam suas virtudes e pelos po-

bres a que acudia com a mais dis-

velada e excessiva caridade.

ReccmmendamoH a lu-

va de Nuperior qualida-

de que «e vende na cana

do *r. IVa/arelIi na rua

do Ouro 123. 125

Objecto* para brindes

103* R. do Principe* 105 103* R* do Principe* 105

Charuteira* — novidade

PUEX1X

103* R. do Principe. IO»

Ruínas dc Allcrheiligen

Allerheiligen é uma pequena po-

ObrigaçÕes cid. Lisboa 93^500. voação de Carlsruhe (Baden), cele-

Prediaes coupons 5 por cento a bre peias ruinas d'uma antiga ab-

86$ 100 I badia e d'um castello feudal, cuja

origem se não conhece.

A nossa estampa representa es-

sas ruinas.

Rendimento da alfande-

ga de Li*lioa

Até 30 550:7635629

Em 31

Total

Diário do Governo

N.* 71. — 31 de março de 1883.

, A(> meio dia e meia hora temos

Ji.228£Jib I hoje na Trindade a Vêlta ao Mun-

do.

A's oito horas da noite repre-

sentar-se-ha também a mesma

peça. Uma dobradiça. Andar as-

sim.

RUINAS DE ALLERUE1LIGEN

571:9923575

«Vu*tica

Denantre e morte

Em Sanhome, proximidades da

Regoa, deu-se ante-hontem um

desgraçado acontecimento. O cria-

do do sr. José Antonio Leite, an-

dava conduzindo pipas, n'um car-

Solemnidade» religiosa* I ro Pichado a bois, quando ao picar

Celebram-se hoje as seguintes: " elles tambou o carro, ficando

S. Nicolau: primeira communhão debaixo d este o conductor, que fal-

as crianças. »*eceu instantaneamente.

Sé: primeira communhão

Perfumaria* ingleza*

1MB K MX

103* R. do Príncipe* 105

as

Relação das guias para paga-

mento de emolumentos apresenta-

das com as verbas de efectivida-

de de pagamento durante o prete-

rito mez de janeiro.

Os emolumentos importaram em

'4335360; os 6 0|0 de addional em

275294 réis.—Total, 4805654 réis.

—Relação das guias cuja im-

portância não se mostrou satisfei-

ta, guias que sommaram a quantia

de 4085260 réis. _ T - . , _ .ol .

—Licença ao juiz de Mértola, Conceição Borges. A' noite mati- Prata n.° 184, !.• andar,

aos delegados de Alemquer, Al- nas do orago.

caeer de Sal e Pesqueira, e ao es- Encarnaçao (freguezia): festa do Deve realisar-se amanha no Al-

erivão da camara de Fronteira ora£°- M,ssa a grande instrumen- leite a inauguraçao de uma aula.

Thomaz José de Macedo e Miranda! tal e de tarde Te Deum> ora<*or o . Parece que suas magestades as-

Fazenda reverendo Senna Freitas. sistem a ceremoma.

Arrematações no ministério da | L Desde 27 do c™-

dia 2

crianças; orador o rev.* Costa Pe- Se quereis trazer sempre direi-

reira. tos os saltos das botas, sem gastar

Pena: festa a S. Sebastião; mu- dinheiro em tacões, comprae os

sica instrumental; orador o rev.* protectores, por 60 réis, na rua da

i. P.

fazenda, no

no

de maio.

Desejam#s-lhe promptas

1 horas.

me-

11

rde'bens SIm Angustias; missa por i%f que se avcha bastante incom

situados nos "concelhos dp Alma • n6 í íi í* u™' modado o ex.-* sr. Francisco Au- suuaaos nos concemos de Alma- Orador e rev.' Duarte do Rosano. cusl0 Teixeira Barbosa secretario

da, bairro Oriental de Lisboa, Oh- Ha hoje baile na sociedade Aca-1 fe ■ -BI*?,ratíarr,osa> ^relano

vaes e Belem. demica Recreativa Artística Lis-

—Idem perante os governadores bonense.

civis, no dia 30 de abril, de bens -

situados nos concelhos de Évora, Vella* que duram 9 e

Viana do Castello, Arrayollos, Gui-1 bora* — PU

marães e Coimbra. 103* R. do Principe* 105

deTÍft£dT,mfcoVceârhSé a £9íDi%XSê oí ar?^rd8

e Soure*' ^ ^ ^ M°mgUa

l,lsm «Ví/m nn dia 2 dp maio taBem. e * que permitte á Cêmpa-

de bens situados íos cíncelhos pd« ci^hv, ,c#mmercio ,do

e'&hdZCÔa' F0rn°S -pela SS3SgWlLbS?SS

—Resoluções do conselho geral Ide direi,os> alé á 1uantia de ™,e

das alfandegas.

Tbcatro do (iymnasio

Ora graças ás cabaças que já

havia quem suppozesse que O ma-

caco azul não apparecia por causa

do tempo estar chuvoso! Pois lá o

temos hoje, acompanhado da bo-

nita comedia O engaiolado.

E' aproveitar que espectáculo

como o de hoje poucas vezes se

apanha.

Relação das guias para paga-

mento de emolumentos apresenta-

das com as verbas de efectivida-

de de pagamento.

Marinba

Carta de lei substituindo o arti-

go 158.° do regulamento geral de

contos.

Em consequência das cheias do

Tejo foi ordenado que funccione

temporariamente a estação tele-

graphica de Vallada.

A camara municipal do Porto

resolveu crear 15 logares de aju-

dantes de professores para as es-

colas do município d'aquella cida-

de.

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Grande variedade diversos

objecUs e ouro com mar-

nlietados e oxidades, com-

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meio dia ás 3 da tarde.

Cigarreira*—novidade

PHENIX

103* R* do Principe* 105

Boquilha* e cachimbos

PHENIX

103* R* do Principe» 105

HIGH-LIFE

Estão esta semana de serviço

ao paço d'Ajuda, os seguintes di-

gnitários:

A el-rei o sr. D. Luiz camaris-

ta conde d\ Vidigueira.

Ajudante de campo, Baptista

de Andrade.

Official ás ordens, Bernar3o

Pindella.

A' rainha, veador duque de

Loulé.

—Fazem hoje annos as ex.

sr.":

Condessa de Pombeiro.

D. Maria Leonor Manuel de Vi-

lhena.

D. Anna Freitas Perestrello.

D. Justina Henriqueta Tavares

da Silva.

D. Maria Emilia Mahony.

D. Luiza Adelaide Craveiro Lo-

pes

D. Maria Adelaide de Barros

Vasconcellos de Saavedra.

D. Victorina Rosa Vieira da

Silva.

D. Elisa Julia Teixeira de

Mello.

D. Maria das Dores Dantas.

E os srs.:

Joaquim Simoes Ferreira.

José Ferreira Borges.

—Está em Lisboa o sr. Louren-

ço Joaquim de Vasconcellos, de

Santarém.

—Partiu para Paris o sr. com-

mendador Francisco Freire de

Aboim.

—O sr. D. Juan Valera, minis- tro de Hespánha n'esta corte deu

ante-honteui uma magnifica soi- rée nos salões da legação hespa-

nhola, em honra do sr. D. Mar-

cellino Pelayo, distinctissimo es-

criptor hespanhol e lente da uni-

versidade de Madrid.

A soirée esteve o mais brilhan-

te possível; a concorrência era

extraordinaria. Havia toilettes lin-

díssimas; algumas das senhoras

estavam decotadas.

A's 10 horas começaram as dan-

Sas ^ue dnraram ate ás 2 e meia

a manhã, conservando-se toda a

noite a mesma animação.

O serTv/o que foi o mais abun-

dante pós; rei, foi servido na sa-

la de jant-i* e*i mezas perfeita-

mente adorn;t<las com flores e cen-

tros admirarei*.

Estiveram presentes as ex.®" sr.":

Marquezas: de Oldoini, de Pe-

nafiel.

Condessas: de Alte, de Alme-

dina, de Thomar, do Paço do Lu-

miar, da Praia, de Bertiandos,

das Alcaçoras, de Valbom, de Fi-

calho, de Bobonne, de Anadia.

Viscondessas de Soreral, de Mo- raes Sarmento, de Balsemão.

Baronezas: de Greindl, de S.

George, de Gerike, de Schmi- thals.

D. Maria Luiza e D. Maria Car-

lota de Sousa Pereira Menezes,

D. Victeria Horta Machado, D.

Maria José Praia, D. Leonor Lo-

bo de Avila, D. Maria Ficalho.

D. Maria Luiza Moraes Sarmento,

D. Aline Greindl, D. Patrocínio,

D. Graça e D. Luz de Barros Li-

ma, D. Isabel Ferreira Pinto Bas-

to Martins, D. Cecília Arrobas,

D. Sophia Cardoso Arrobas, D.

Maria Amai ia de Castello Branco

(Figueira), D. Marianna Martens

Ferrão e sua filha D. Marianna,

D. Adelaide Santos e sua filha D.

Eliza, D. Joanna Orta Ennes e

sua filha D. Joanna, D. Anna

Serpa Pimentel e sua filha D.

Laura, madame Araujo Beltrão, D. Amelia Burnajr e sua fiiha D.

Amelia, D. Octavia Guedes, ma-

dame Marin, D. Maria Antónia

Ferreira Pinto, D. Maria Joaqui-

na e D. Constança Saldanha da

Gama, D. Guilhermina Anjos Jar-

dim, D. Marianna de Sousa Cou-

tinho, miss Bruce, D. Albertina

Dias Ferreira, madame de Goyri,

madame Van-Zeller e suas fiíhas D. Cecilia e D. Adj-, D. Cecilia

Van-Zeller, mademoiselle Serpa

Pimentel, D. Constança e D. Ma-

ria Luiza da Cunha Menezes, D.

Alice Ferreira Pinto, D. Maria

da Gloria da Cunha Castro Gui-

marães, I). Amelia Van-Zeller

Berquó, D. Sophia Almeida, D.

Emilia Barbosa e sua filha D. Ma-

ria, D. Thereza Roma du Boca-

Íe, D. Amalia Biester Chamiço,

>. Maria Domingues Belmonte,

D. Joanna Chaves Hintze Ribei-

ro.

E os srs.:

Nuncio de Sua Santidade.

Duque de Palmella.

Marquezes: de Oldoini, de Pe-

nafiel.

Condes: de Mesquitella, de Gou-

veia, de Alte, de Almedina, de

Thomar, do Paço do Lumiar, da

Praia, de Bertiandos, das Alcaço- vas (D. Luiz), de Valbom, de Fi-

calho, de Bobonne, da Figueira.

Viscondes: de Benalcanfor, de

Alferrarede, de Soveral, de Ro-

boredo.

Barões: deMeneval, de Greindl,

de Ferreira dos Santos, da Rega-

leira, de Dumreicher, de Schmi-

thals.

Francisco e Antonio Horta Ma-

chado; Francisco Calheiros, Villa-

Urrutia, Eduardo Coelho, Vicen-

te Pindella, Duarte Praia, conse-

lheiros Fontes Pereira de Mello,

Thomaz Ribeiro, dr. Bocage, Ma-

nuel Serpa Pimentel, Carlos Eu-

génio de Almeida, conselheiro An-

tonio de Serpa Pimentel. Luiz

Martins, conselheiro Antonio Bar-

reiros Arrobas, D. Luiz Machado

de Castello Branco (Figueira),

Charles Marin, Antonio Lima,

Jorge e José de Mello (Sabugoza),

conselheiro Martens Ferrão e seu

filho, D. Antonio Paraty, Alfredo

Guedes, conselheiro Carlos San-

tos, Araujo Beltrão, Henri e João

Burnay, Joaquim Maria de Mace-

do, Manuel Pereira, Carlos Fer-

reira Pinto, dr. Luiz Jardim, Fer-

nando de Serpa Pimentel. Alber- to Braga, conselheiro Dias Fer-

reira e seu filho, Eduardo Van- Zeller, mr. Goyri, Alexandre Ivou-

driaffsky, Eduardo Ferreira Pin-

to, Vicente de Castro Guimarães,

Julio Bastos, Antonio Berquó, dr.

Antonio Maria Barbosa e seu fi-

lho Antonio, dr. May Figueira,

Frederico Biester, Raymundo Bu-

lhão Pato, Fortunato Chamiço,

Manuel Gomes da Matta de Sou-

sa Coutinho (Penafiel), Luiz de

Sommer, Gustavo de Bofill, Bre- ton ,y Vedra, D. Luiz Maria Al-

varo da Costa, Carlos du Bocage,

D. Manuel de Sousa Coutinho,

Jorge O'Neill. Francisco Sampaio,

Felix Van-Zeller, Bearing, Anto-

nio José de Avila, conselheiro

Hintze Ribeiro, mr. Castro, Ca- sanova.

Esta agora é muito boa!...

Porque motivo seria

Que a ultima loteria

Não teve os 5:000, não;

Para eu ter a ventura

De apanhar (ohf que remata)

Lindos brindes d'oiro e prata,

Obra chic, do Leitão

Pedro Moreira '103

91. DEL NEGRO

MODISTA

R. Direita do Rato* 24* 2.®

pNCARREGA-SE de toda a qualidade de confecções quer

eja de vestidos ou de chapéus

pelos últimos figurinos. Preçes

rasoaveis.

Bon* cliarutoN e tabaco*

PHEXIX

■ 03* R. do Principe* lOo

L'etoile

Extracção da pedra e

de dentes. Rua do Moinho

to, 144.

TAM-TAM

Acabou-se, vae-se hoje,

0 bom do mez da tosquia.

Eu que a tosquiar o mundor

Nos gazetilhas do dia,

Passo a vida, tenho pena

O mez não continuar,

Pois ainda me faltavam.

Bastantes p'ra tosquiar.

Mas isto não faz ao caso;

Prosigo a faina febril,

E afiando a thesourinha.

Espero no mez d'Abril

Tirar-lhes o pello todo,

Sem rebuço, sem decoro!

E cautella meus pãesinhos,

Que eu posso rapar o couro.

Políticos, palradores,

IIlustres, vereadores,

Se o bom senso acaso falha,

Visto acabar-se a tosquia

Mudo o systema co'o dia

E escanho-os... á navalha f

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DIÁRIO ILLUSTRABO

BOLETIM PARLAMENTAR

Camara «lo* w».

deputado*

Antes da ordem do dia

0 sr. Luciano Cordeiro apresen-

tou um projecto de lei para que a

condição de. perda d* pensão ou do

direito a ella, pelo facto do casa-

mento, imposta ás viuvas e filhas

dos contribuintes e socios do Monte-

pio Oficial ou de quaesquer insti-

tuições de equal natureza e destino,

se tenha como não èscripta nos res-

pectivos estatutos.

E' de muito alcance este pro-

jecto; de alcance philosophico, de

direito civil e de interesses so-

ciaes.

A nossa legislação acabou com

os fideicomissos; desde esse mo-

mento, é incoherente que o Monte-

pio Official tenha uma como que

penalidade para a mulher que sa-

tisfaz, casando-se, a uma lei natu-

ral e a uma lei social.

O sr. Alberto Pimentel teceu

elogios merecidos ao indefesso

trabalho do sr. Clemente José dos

Santos, que acaba de publicar o

1.® volume da historia do nosso

parlamentarismo.

Nos applausos da camara teve

o sr. Clemente a manifestação do

muito em que è considerada a sua

obra.

Ordem do dia

Discutiu-se e votou-se o proje-

cto de ensino commercial, medida

de muito alcance pelos beneficos

resultados que ha de produzir.

O sr. Elias Garcia, que tinha

ficado com a palavra reservada

na sessão de sexta feira, concluiu

o seu discurso—discurso longo,

mas não conceituoso.

Respondeu-lhe o relator, o sr.

Rodrigo Affonso Pequito, profes-

sor do Instituto Commercial.

Com muito conhecimento do

assumpto, conhecimento de prin-

cípios e de factos, destruiu pela

base o discurso do deputado re-

publicano, que inspirado no obs-

truccionismo, discutira o projecto

á face da situação do ensino com-

mercial anterior a 1869 e poste-

rior a esta data, em que foi re-

formado fundamentalmente.

O sr. Pequito foi fluente e energi-

co; com estatísticas e com bom cri-

tério, provou que o ensino commer-

cial nem era mais caro que Qutro

qualquer ensino nem devia ser mais

barato. Demonstrou ao sr. Elias

Garcia que o pessoal das escolas

de Pariz, Veneza, etc., era muito

superior ao nosso; e com palavras

de Rouvier e Rodrigues de Frei-

tas, mostrou que a escola republi-

cana, a que pensa e não faz poli-

tica facciosa, não olha as cousas

do commercio pelo pequeno pris-

ma porque o sr. redactor da De-

mocracia as encarou n'esta discus-

são.

Seguiu-se o sr. dr. Bernardino

Machado, que sem pretensões a

discursar, se intencionou princi-

palmente, ou antes unicamente,

em explicar o seu voto n'esta ques-

tão de ensino.

As suas declarações podem as-

sim resumir-se:

—Que era altamente honroso

para o illustre ministro das obras

publicas a apresentação d'este pro-

jecto;

FOLHETIM

A felicidade

numa machinadecostnra

Era n'uma manhã de abril do

anno de 1881; ha precisamente dois

annos, quando Margarida, obrigada

pela desventura, pois havia já duas

semanas não podia trabalhar, se

dispoz a sair de casa procurando

quem lhe concertasse uma ma-

china de costura que possuia, e

que era todo o seu ganha-pão e

sustento de sua mãe, uma pobre

velhinha, que mal se podia mecher

já, vergada ao peso dos annos e

dos desgostos.

A machina tinha sido comprada

a prestações, havia três annos, e

d'então para cá, tanto e tanto tra

balhara, que por fim cançada, se

partiu, por uma das peças mais

principaes.

Só os braços, da pobre Margari

da, se não tinham cançado, só

aquelles olhos se não fatigaram,

apesar das lagrimas e do muito

trabalho, ás vezes até alta noite.

O pae um bom e valente mili-

tar que havia servido a patria nas

campanhas da liberdade, ariscara

a vida por a felicidade de muitos,

mas legara por fim a miséria aps

seus. O irmão era um doidivanas,

que farto de dar desgostos â des-

graçada da velhinha e á pobre da

irma, que o sustentava também,

havia embarcada para o Brazil, o

■nguem mais soubera d'elle.

—Que um governo regenerador,

apresentando-o, era coherente com

as tradicções do seu partido, pois

que fora a regeneração que criára

o ensino commercial e industrial

em 1852;

—Que este projecto, elabora-

do de harmonia com a Associa-

ção Commercial, attestava que

esta benemerita sociedade mere-

cia louvores por dar todo o cuida-

do e sollicitude a um assumpto de

a tanta importancia;

—Que entendia que os esforços

louváveis da Associação seriam

levados a bom fim, encarregando-

se ella do ensino elementar e o go-

verno do ensino superior;

—Que lhe parecia que no pro-

jecto se não devia confundir o en-

sino commercial com o industrial,

ͻor serem muito distinctos: aquel-

8 faz applicação dos princípios da

economia politica, e este dos prin-

cípios da physica e da chymica;

—Que como da reforma já fora

retirada a cadeira de machanica,

também deviam ser retiradas as

cadeiras de chymica e physica. cu-

jos princípios necessários já es-

tavam nos preparatórios;

—Que a cadeira de technologia

tfíSorica devia ser substituída por

uma de technologia pratica, pois

que os princípios d'aquella já se

suppunham conhecidos na geogra-

phia e na estatística.

O illustre deputado, em phrases

eloquentes, concluiu por mostrar

que devemos dar todo o desinvol-

vimento a este ensino, já que ou-

tr'ora tão a serio cuidamos d'elte,

pela comprehensão da nossa mis-

são nacional.

A requerimento do sr. Correia

Arouca foi a materia julgada suf-

ficient ementediscutida.

Errata*

No artigo de fundo, onde se lê

as associações da barra de Lisboa,

deve ler-se as condições da barra

de Lisboa.

Também no mesmo artigo ap-

parece uma voce por una voce, e

outros erros de menor monta que

não merece a pena rectificar.

Privilegio* de invenção

Foram hontem assignados de-

cretos concedsndo as seguintes

patentes de invenção:

Por 5 annos a Jean Darvigon,

para uma especie de tijolo de du-

plo encaixe, denominado Tijolo

conjunctive;

Por 5 annos, ao conde Dela-

marre Huber, para luzes scintilan-

tes para itluminação das inas ma-

rítimas;

Por 15 annos a Carl Daniel

Ekman, Wilian Bresofe, e George

Trig, pára um methodo melhora-

do de extrahir a materia sacchari-

fera de substancias vegetaes;

Por 15 annos, o Carl Daniel

Ekman, para um methodo aper-

feiçoado de se obterem matérias

coloriferas.

Está gravemente enfermo em

Évora, o sr. José Sebastião de

Torres Yaz Freire, chefe do par-

tido progressista d'aquella cidaie.

Desejamos as melhoras de s. ex.a

Foram approvados os estatutos

da Associação de soccorro mutuo

do bairro occidental de Lisboa, e

a reforma dos antigos estatutts

da Sociedade protectora do Porto.

A primeira edéa que occorreu

a Margarida, logo que sahiu de

casa, foi dirigir-se á loja, onde

comprara a machina, mas lá, de-

pois de a observarem, declararão

que não tinha concerto algum.

Mais uma loja, mais outra ain-

da, e em todas diziam o mesmo:—

Esta machina não tem concerto.

A pobre Margarida não sabia já

o que fazer á sua vida, e desen-

ganada da sua triste sorte, quasi

resolvera voltar para casa, não

contando mesmo a verdade á boa

da velhinha.

N'estas lucubrações de espirito

ia, quando é despertada, por um

letreiro, que é visto mesmo de

longe, saindo fóra da parede, sus-

tido por um braço de ferro, que

annuncia á porta d'uma laja ao

cimo da rua dos Retrozeiros, que

é ali o acreditado deposito de ma

chinas de. costura, do bem quisto

industrial, José Rodrigues Couti-

nho.

Margarida mais por obter o ul-

timo desengano, que por outro

motivo, entrou no estabelecimento

do sr. Coutinho.

—Diga-me meu senhor, esta ma-

china terá algum concerto?...

Era ao dono da casa que ella

se dirigira.

O sr. Coutinho observa a ma-

china, e depois de a examinar

bem, responde-lhe:

—Não minha menina. Esta ma-

china, estragada como está, não

pode ter concerto.

—Louvado seja Deus, já me não

resta a minima esperança. Esta

machina era o meu ganha-pão, e

Nos Recreios :

Heje Etc e Tal, a applaudida

revista com o novo acto os Pi-

nauds da politica, e o quadro no-

vo Ao coirer do pello.

Um espectáculo para quem gos-

ta de rir e devertir-se. Aprovei-

tem que é a ultima recita da re-

vista.

Mercê

Foi agraciado com o titulo de

marquez de Angeja, em verifica-

ção de 2.* vida, no mesmo titulo,

o sr. D. Manuel d'Almeida e No-

ronha, filho primogénito do falle-

cido marquez.

O sr. dr. Henrique da Cunha Pi-

mentel, 1.® substituto do juiz de

direito em exercício, na comarca

d'Evora, deu na quinta feira Santa

um abundante jantar aos presos

da cadeia civil d'aquella cidade, o

que também fizera no dia d'anno

bom ultimo.

Pelo supremo tribunal de jus-

tiça foi confirmada a sentença que

condemna Carolina Augusta esua

filha Izabel de Jesus, a prisão cel-

lular perpetua, pelo crime de in-

fanticídio, commettido em novem-

bro de 1880, na comarca de Fron-

teira.

Deve ser brevemente publicado

no Diário do Governo um decreto

mandando passar á 5.* classe 94

estações telegraphicas.

O transporte índia arribou a Gi-

braltar com avaria na machina.

Tanromacliia

O tempo dará licença? Isso é o

que nós não sabemos; no entanto,

a verdade é que o bando saiu hon-

tem, e que a empreza dará hoje

uma brilhante corrida se o tempo

o permittir.

A influencia dos amadores' não

pôde ser maior; e ha rasão para

isso, visto o gado pertencer ao sr.

Yaz Monteiro, e ser cavaileiro

Mourisca, e capinhas os mais afs-

mados da troupe portugueza.

Eis a relação de alguns dos

mais importantes brindes com que

Argus foi ante-hontem presentea-

do :

De Salvador Marques um lindo

estojo de chagrin, com faca, ras-

padeira, penna e canivete, tudo

de prata em lavores.

Uma abotoadura de euro do sr.

Joaquim Moreira Marques.

De Pedro Moreira um alfinete

de peito em forma de chave, com

as palavras Etc. e tal, em esmalte

preto.

De Antonio Cruz um copo de

cristal com tampa de prata.

Augusto de Oliveira, uma boni-

ta bengala.

Marcellino Franeo, um tinteiro

de prata lavrada,[de bom gosto.

Actor Brandão, uma penna de

ouro com estojo.

Antonio Pires, port-charuto com

cinzeiro e fosforeira.

I). João de Menezes, um tinteiro

de bronze em firma de cabeça de

javali.

Julio Cordeiro, uma bonita ci-

garreira de prata.

Henrique Costa, um lindo alfi

nete de peito com cabeça de mo-

cho. ■■■■■I

Alferes Cabral, um descalçador,

novidade.

agora, o-que será de mim e de

minha velha mãe!...

E a chorar cahiu n'uma cadei-

ra.

—Mas vamos, não se aífiija, não

se apoquente, para tudo ha reme

dio. Observa-lhe o sr. Coutinho.

E a pobre Margarida continua-

va soluçando.

—Então tenha juizo. Olhe, uma

idéa:—Eu confio-lhe uma machi

na melhor do que esta. Não cos-

tumo fazer vendas a prestações,

nem quero enganar ninguém, ven-

dendo machinas velhas, tiradas a

quem falta a pagamentos. A' me-

nina porém faço-lhe o seguinte:—•

Leva a machina que eu lhe vou

dar e do custo de ItfâOOO réis. As

prestações não tem cifra certa,

vae juntando-as todas as semanas

na sua mão, e depois de completa

a totalidade, satisfaz, querendo.

Não podendo ser assim, não paga

nunca. Uma machina de menos,

não me faz falta; a providencia

proteje sempre quem trabalha e

quem ajuda a trabalhar.

Mal se podia conter em si de

alegria a pobre da rapariga. Ria e

chorava ao mesmo tempo. Queria

fallar e não podia articular pala-

vra. Queria agradecer e não tinha

expressões para o fazer, finalmen-

te achava-se n'uma colisão difficil

de explicar.

Em pouco tempo estava, dispos-

ta e bem acondiccionada, dentro

d'uma caixa uma, das melho

res machinas do custo de 18*5000

réis e do acreditado fabricante al

lemão Seidel & Naumann.

Margarida sobraçando sôfrega

men teáquella caixa preciosa, que

Actor Roque, uma cigarreira

com fechos de prata.

Francisco Antonio do Valle, uma

esplendida aguarella representan-

do um diabo que vae metter uma

chave n um bahu.

Actriz Maria da Rocha, uma pal-

matória de prata.

Actriz Ernestina L Drena, um

magnifico porte^charuto.

Caixa de charutos de Candido

de Faria.

Outra da actriz Carolina Perei-

ra.

Um estojo eom raspndeira, pen-

na e caneta de prata, da actriz

Georgina.

Um alfinete de ouro da actriz

Guilhermina.

Duas figuras de terre cuite dos

srs. Julio de Menezes e Carlos

Soares.

Um porte-cartes, do sr. José de

Menezes.

AGENCIA HAVAS REUTER

TeJegramma»

Londres, 31, t.

A Italia, a Allemanha e a Aus-

tria celebraram entre si um tra-

tado de alliança, com o fim de se appoiarem mutuamente se a Re-

publica franceza atacar um dia

qualquer das tres potencias allia-

das.

Madrid. 31. t.

O rei aa Baviera nomeou o rei D. Alfonso chefe honorário do re-

gimento 16 de infanteria.

S. Vicente, 31, t.

O vapor Benguella^á& Empreza

Nacional de navegação, vindo da

costa de Africa, chegou a S. Vi-

cente hoje pela manha.

Está publicado o 1.® numero do

Euterpe, periodico de musica, que

principiou agora a sahir em Lis-

boa, e ao qual já aqui nos referi-

mos. Traz a valsa de Lamothe Ciei

et Enfer.

A edição é perfeitíssima. O n.®

2, que em breve será publicado,

publicará o preludio do 3.® acto

do Lohengrin. Os editores d'este

interessante jornal também já ob-

tiveram permissão do sr. Frederi-

co Guimarães para publicarem a

symphonia da sua opera Beatriz.

É recommendavel esta publica-

ção. ___

Em sessão municipal o sr. ve-

reador Antunes Rebello fez a se-

guinte proposta.

Proponho que em officio áo mi-

nistério da marinha se agradeçam

os socorros mandados pelo arse-

nal ao incêndio que se manifes-

tou nas estancias do aterro na

noite de 10 para 11 do corrente,

bem como os que vieram de bor-

do dos navios Vasco da Gama,

Africa, Estephania, Rainha de Por-

tugal e D. Fernando.

Que igualmente se agradeça á

direcção da companhia lisbonense

de illuminação a gaz o auxilio

prestado pelo seu pessoal e ma-

terial, e que na acta se lance um

voto de agradecimento a todas as

associações de voluntários que ali

concorreram, especializando a

companhia de voluntários de Lis-

boa, pela efficacia dos soccorros e

aturado trabalho do seu pessoal.

Propoz igualmente louvores ao

sr. inspector dos incêndios aos 1.®

e 2.® ajudantes, ao medico do cor-

continha a felicidade que a ia ar-

rancar a ella e a sua velha mãe

das garras da miséria, saiu agra-

decendo commovida a acção gene-

rosa do seu kemfeitor, e fazendo-

Ihe mil protestos da sua gratidão

e promessa de pagamento.

Em casa a velhinha mal podia

acreditar tanta ventura. O resto da

semana, passou Margarida a tra-

balhar de noite e de dia; até a boa

da mãe a dissuadia de tanto tra-

balhar cora receio de que adoe-

cesse.

O dono da loja derouparia para

onde trabalhara, continuou, como

em'outro tempo, a incumbil-a das

obras que demandavam de mais

apurado gosto e bom acabamento.

Tudo corria n'aquella casa ás

mil maravilhas; certamente um

anjo bom tinha ouvido as preces

da santa velhinha.

Parece também que depois d'es-

te facto, a sorte que até ali sem-

pre bafejara o estabelecimento do

sr. José Rodrigues Coutinho, co-

meçou desde então a protegel-o

com largas mãos, a ponto de ser

hoje um dos mais acreditados no

seu genero, porque o honrado in-

dustrial, animado pelo bom aco-

lhimento do publico, tem forneci-

do a sua casa de forma tal, e taes

contractos tem sabido fazer com

os melhores fabricantes de machi-

nas de costura, que até muitos es-

tabelecimentos do mewno commer-

cio se fornecem do deposito do sr.

Coutinho, para revender. Tal é a

barateza dos artigos ali vendi-

dos;- ~ .■ I

Mas nunca mais o sn Coutinho

se recordou da boa acção que pra-

po dos bombeiros e

toda a corporação.

em geral j a

Solemuidadcs da Semana

Sanla em Sines

Apesar da falsa interpretação

que o povo ainda hoje dá as idéas

livres de alguns livres pensadores,

e resultar d'ahi uma sensível frie-

za, e um perigoso indifferentismo

para uma grande parte dos actos

religiosos, foram comtudo comme-

moradas n'esta villa, mais uma

vez, com o maior acatamento e

devoção as tristíssimas scenas da

paixão e morte de Jesus Christo,

d'esse martyr que derramou o seu

sangue para a salvação do genero

humano.

Correu tudo n'estes dias com a

melhor ordem possível. Todos os

actos e ceremonias pertencentes a

esta funcção, foram praticados

com o maior rigor e devoção tan-

to pelos rev."" padres, como pe-

los fieis que a elles assistiram.

Na quiuta feira santa esteve o

Templo deslumbrante de luzes, e

ornamentado com flores naturaes

e artiliciaes, tudo artisticamente

disposto, e causando o mais bello

effeito.

De tarde, ostentava-se d'um dos

lados da capella-mór um pequeno

throno sobrecarregado de riquíssi-

mas alfaias, para o serviço da

ceremonia do lavapés.

A este acto, symbolo da mais

perfeita humildade, prestaram-se

corn toda a devoção os principaes

irmãos da confraria do S. Sacra-

mento.

E' digno de todo o elogio o di-

gníssimo juiz da confraria do S.

Sacramento d'esta villa, pelo des-

vello e solicitude com que se hou-

ve no desempenho de tão sublime

tarefa, não se poupando a incom-

modo algum para que nada faltas-

se em actos tão solemnes.

Convidou também quatro apre-

ciáveis músicos de fóra—os ex.mo>

srs. Francisco Alexandre de Vi-

lhena, de Santiago de Cacem, pa-

dre Carvalho, do Turcifal, e Car-

los Praxedes e Ernesto Cyriaco,

de Lisboa, que muito concorreram

para abrilhantar esta funcção.

A musica foi executada, com o

maior gosto, por um escolhido co-

ro, regido pelo hábil musico d'es-

ta villa o ill.»® sr. Jacintho Au-

gusto de Carvalho, com uma soli-

citude e mestria dignas de louvor,

e em que se tem sempre distin-

guido.

Distinguiram-se no canto, d'uma

maneira que enlevou a todos que

tiveram o gosto de as ouvir, as

ex."" sr." D. Palmira Ermelinda

de Mendonça Carvalho, e D. Anna

Bernarda Soares Brissos, a pri-

meira pela pureza do seu sopra-

no, a segunda pela melodia da sua

voz, e ambas pela perfeição com

que desempenharam; para o que

muito concorreu a habilidade e

zelo do excellente ensaiador o

ill.»® sr. Manuel de Sande e Silva.

No domingo de Paschoa, final-

mente, celebrou-se essa festa de

um modo em tudo brilhante.

As duas jovens cantoras mos-

traram n'esse dia até que ponto

poderia chegar o seu talento mu-

sical, se continuassem a cultival-o.

N'esse dia, também, tivemos o

ticara, e também nunca mais sou-

be de Margarida.

Tinham-se passado porém dois

annos, quando um dia d'estes pára

á porta do estabelecimento, da rua

dos Retrozeiros n.°® 11 e 13 uma

bella carruagem tirada por dois

soberbos cavallos inglezes.

A portinhola do coupè abre-se de

súbito e uma joven elegantemente

vestida e dando o braço a um mo-

ço bastante sympathico, entra na

loja do sr. Coutinho.

O conhecido industrial levan-

ta-se e com aquella affabilidade

que taato o distingue para com

todos, dirige-se aos dois novos fre-

guezes, comprimentando-os.

—E' v. s." o sr. José Rodrigues

Coutinho?... lhe diz o sympathi-

co moço.

—Eu mesmo, um seu creado.

—Venho aqui pedir-lhe um fa-

vor.

—Estou ás snas ordens.

—Ha de permetir-me licença,

para lhe offerecer esta pequena

lembrança.

E entregou-lhe uma bonita cai-

xinha de veludo verde, marcheta

da de prata, contendo uma rica

abotoadura de brilhantes.

—Mas a que devo a sua atten-

ção?l Pergunta o sr. Coutinho, sem

saber a que attribuir um caso tão

imprevisto.

—Eu lhe explico:

Diz-Ihe então a jovem tomando

a palavra. Não ha nada que pa-

gue a boa acção que o sr. prati-

cou para comigo, eu sou aquella

pobre rapariga a quem o sr. com-

padecendp-se da sua desgraça lhe

confiou ha dois annos uma machi-

gosto de ouvir pela quarta e ulti-

ma vez, o eximio orador sagrado,

muito reverendo prior da Turcifàl

Manuel Antonio de Carvalho, o

qual subindo ao púlpito, onde com

todos os dotes de um orador con-

summado, e altamente sympathi-

co a todo este povo, nos tinha já

feito ouvir as suas idéas sublimes

sobre a religião, sobre a moral;

em summa, tocando em todos os

pontos em que realmente se basêa

a verdadeira felicidade dos povos

e das famílias; nos deslumbrou

masi uma vez com a sua fecunda

eloquencia, n'um brilhante e bem

elaborado discurso, terminando

por fazer ver de uma maneira cla-

ra, e ao alcance de todas as in-

telligencias, de quanta utilidade é

o desenvolvimento da instrucção

reHgiosa, intellectual e moral, e

quão rigoroso o dever que incum-

be aos chefes de família de faze-

rem todos os sacrifícios para le-

varem seus filhos a frequencia de

boas escholas.

Terminou finalmente esta bri-

lhante funcção, iudo a banda mar-

cial d'esta villa; que .merece im-

mensos elogios, pelo modo como

desempenhou seu cargo, indo re-

petimos pelas ruas dar as boas

festas, e agradecer a todas as pes-

soas que concorreram para abri-

lhantar aquella festividade.

(Do nosso correspondente).

Está melhor o actor Antonio

Pedro, por isso sobe hoje á scena,

no theatro do Príncipe Real, o ap-

paratoso drama o Quebra Queixos,

que tanto tem agradado.

Ao commercio

e indu*tria

E' deveras importante para os

tes dois ramos da actividade hu-

mana, a noticia que vamos dar

porque representa, além de um

grande melhoramento para a capi-

tal, um meio poderosíssimo para

alargar e desenvolver o commer-

cio e industria. Estes dois ramos

de que depende, por assim dizer,

quasi exclusivamente a vida de

uma nação, está intimamente liga-

do com a grande publicidade, com

o largo conhecimento que o publi-

co possa ter dos differentes esta-

belecimentos, dos productos e ob-

jectos vendidos ou expostos, ete.

Foi pois com estes fundamentos

que se acaba de fundar em Lis-

boa uma empresa com o fim de

publicar um jornal exclusivamen-

te de annuncios, que será distri-

buído gratuitamente por empre-

gados da empresa competentemen-

te fardados todas as manhãs e du-

rante o dia, nos hotéis, cafés, res-

taurants, estabelecimentos, esta-

ções de caminhos de ferro, pontes

de vapores e mais pontes de des-

embarque, Lazareto, alfandega,

portas da cidade, praças publicas,

ruas, etc.

O jornal terá quatro paginas em

grande formato, e publicar-se-ha

todo os dias. Na primeira pagina

serão inseridos todos os espectá-

culos da noite, com designação

dos personagens e mais pormeno-

res que possam interessar o pu-

blico.

D aqui nasce já a vantagem pa-

ra as emprezas que teem os sens

espectáculos larga e escrupulosa-

ca de costura. A sua machina além

de ter enxugado muitas lagrimas,

trouxe-me a felicidade e a de minha

mãe, e é meu marido quem lhe

acaba de offerecer essa lembrança.

A rapariga já o leitor por certo

advinhou que é Margarida, agora

resta explicar-lhe a historia do

casamento.

Elie, o noivo, é um joven, filho

d'um rico negociante e proprietá-

rio no Rio de Janeiro. Veiu á Eu-

ropa em viagem de recreio.

Hospedando-se n'um hotel fron-

teiro á modista casinha onde Mar-

garida habitava com sua mãe, sou-

be que era costureira, por a ver

passar dias inteiros a trabalhar á

machina; mandou-lhe encommen-

dar alguma roupa, contaram-lhe

da sua historia, da sua honestida-

de e virtude, agradou-se d'ella e

um dia foi pedil-a em casamento

á boa da velhinha, que estev qua-

si a morrer de alegria.

O joven noivo não queria dei-

xar o seu reconhecimento para

com o sr. Coutinho, somente na

abotoadura; pertendia também dis-

pensar-lhe toda a protecção para

maior disenvolvimento do seu com-

mercio e só desistiu do seu pro-

posito vendo que uma casa d'a-

quella ordem não carece já de mais

incremento. E' um dos melhores

estabelecimentos de machinas de

costura que ha em Portugal, e co-

mo tal tem já bem firmados os

seus créditos.

E. Desforges.

Page 3: k. - purl.ptpurl.pt/.../j-1244-g_1883-04-01_0000_1-4_t24-C-R0150.pdf · de 800^000 réis ou *o0£000 reis quem dedica uma sincera estima, para menos da mesma semana ne o beneficiado

BIÀRIO fLLUSTRADO

mente annunciados, e para o pu-

blico que estará ao facto do que

se passa no mundo theatral e ar-

tístico. O resto da primeira pagi-

na eas outras tres sào consagradas

exclusivamente a annuncios que

a empresa proporcionará ao ao

commercio e industria, por um

baratíssimo ao alcance de

ffi.

idéa não é nova; ha bas-

annos que em Paris, Lon-

Milào, Bruxellas, Hamburgo,

Nová-York, Bordéus, Havre, Vien-

na e em geral em todos os cen-

tros de movimento existem jor-

naes de annuncios que são dis-

tribuídos gratuitamente em larga

escala, chegando muitas vezes a

publicarem-se supplements, tal

é a afluência de annuncios, pois

corn este jornal os estabelecimen-

tos nào fazem distribuição de pe-

quenos annuncios por garotos im-

mundos e esfarrapados, pois an-

nunciando no jornal, este é larga-

mente distribuído produzindo o

mesmo resultado com mais vanta-

gem e mais economicamente, e

d'esta maneira poupa-se aquelle

espectáculo vergonhoso que só se

vé aqui e que nào é digno da ci-

dade.

E' pois mais um melhoramento

digno de registrar-se, tanto mais

a empresa fará uma larga re-

de jornaes para o Brazil on-

de está em contractos com uma

respeitável casa do Bio de Janeiro,

e Pará, para a distribuição tam-

bém gratuita n'aquellas terras.

A tentativa é arrojada, mas sau-

damos com enthusiasmo a inicia-

tiva pelo seu alcance e pelos fruc-

tos que d'ahi podem resultar.

Becommendamos aos nossos lei-

tores a photographia Du Grand

Monde de que é proprietário o sr.

D. Manoel de La Cuadra na rua

das Chagas.

Veja-se o annuncio.

ESPECTÁCULOS

rs.THEATRO DE S. CARLOS—

A's 7 3(4. % . (111 recita d assinatura).

Ooera: Lohengrin.

THEATRO DE D. MARIA.—

A's 8 horas.

O eraude industrial. THEATRO DA TRINDADE.

Á 1 hora da tarde.

A volta do mundo em 80 dias. A's 7 li*2. **

A' volta do mundo em 80 dias. THEATRO DO GYMNASIO.-

A's 8 horas.

O macaro azul.

O engaiolado.

Ao calçar das luvas. THEATRO DOS RECREIOS.

-A's 8 112.

Etc. e tal. . Acto novo—Os pmauds da poli-

tica. . , .. Quadro novo: Ao correr do pello.

THEATRO DO PRlNUlfE

REAL.—A's 8 horas.

O Quebra queixos.

THEATRO DO RATO.-A's 8

horas

Beneficio de Pedro Carlos d'Al-

cantara Chaves.

O dote da engeitada.

COL1SEO DOS RECREIOS.—

A's 8 1{2.

Ultimo espectáculo em que Jto-

ma parte toda a companhia Diaz.

PRAÇA DO CAMPO DE SAN-

T'ANNA. — Domingo 1 de abril.

— Inauguração da presente epçca tauromachica. — Grande corrida

de 13 touros pertencentes ao la-

vrador Vaz Monteiro — Cavallei-

ro, Ãlanuel Mourisca — Bandari- lheiros, Robertos, Peixinhos, Ca-

labaça, Caixinhas, Sancho e José

Cortez. — Preços os do costume —

Bilhetes á venda na tabacaria

Climaco, rua da Bitesga, 71.

Ijpograpliia do ' Diário Illustrade

* T. da Queimada* 35

• l

LOTUS

JOÃO CANDIDO DA SILVA

229, Rua do Ouro, 231

^xtracç&o cm SO de março de 1883

l cautellas 6: 000$000

Club Portuguez

DOR ordem do ex.mo sr. presi- dente, é convocada a assem-

bléa geral para o dia 2 de abril

proximo, pelas 8 horas da noite;

afim de se proceder á eleição de vice-presidente e de um secreta-

rio da mesa; ser lido e entrar em discussão, o projecto de reforma

dos estatutos, c tomar conheci-

mento de um recurso de alguns

socios relativo ao regulamento in-

Lisboa, 30 de março de 1883.

O secretario

Eduardo Esteves Costa.

1856

2527

3020

1442

3440

737

2919

eir

11

11

11

11

11

11

11

11

Bilhete

11

1-.000&000

300&000

100S000

100$000

íoofooo

100I000

Belem

]\*o dia 6 d'ahril. pela»

12 hora*» da manhã, no

«rilmnal da Boa Hora.

2.a vara* vae á

uma proprietlade Mi

da na rua do Caes.

KucKía de Blelem. 11."

demos 5 e O. livre de

foro ou qualquer pen-

são* avaliada em 920S

■ éiw.

IJM ILIA Barreiros Cardoso ^ Botto, Maria da Pena Botto.

Maria da Conceição Botto, José Joaquim de Paiva Cabral Cou-

ceiro, José Duarte Botto Junior (ausente), João Augusto Bc>tto

(ausente), João Baptista da Silva

Lopes, João Carlos Pessoa de

Amorim, Joaquim Barreiros Car-

doso, Guilherme Barr«ir#s Cardo-

so e Francisco Barreiros Cardoso participam a todos os seus caren-

tes e pessoas de suas reiações que foi Deus servido levar da vi-

da presente seu presado marido,

filho, irmão e cunhado, Eduardo Annibal Botto, que se ha de se-

pultar hoje, 1 de abril, no cemi-

terio occidental, sahindo o présti-

to fúnebre de sua casa, na rua do

Monte de Santa Catharina n.# 38,

pelas 11 horas da manha.

Não se fazem convites espe-

ciais.

A 6 de abril, loteria portugueza,

premio maior

6:000$000

A 7 de abril, grande loteria de Ma-

drid.

Custo do bilhete 46$000

PREIIIO MAIOR

500:000 pesetas

PRAÇA DO CAMPO DE SANT ANNA

Domingo 1 de abril de 1883

A's 4 Ij2 da tarde

Inauguração da presente epocatauromachica

VTAGESTOSA corrida de bravíssimos 13 TOUROS pertencem MAf0

US pertencentes Antonio Vaz Monteiro. CAVALLEIRO Manuel

Mourisca Junior. BANDARILH EIRÓS Irmãos Robertos, Peixinhos,

Calabaça, Sancho e o'.habll TOUREIRO HESPANHOL José Cortez.

Preços do costume. Os bilhetes á venda na tabacaria Climaco, rua

da Bistega, 71.

Xarope de phelandrio composto de—Rosa

0.- STE xarope é efficaz para a cura de catharro, tosses

de qualquer natureza, ataques asthmaticos e todas

s doenças de peito. Foi ensaiado com optimos resulta-

- nos hospitaes de Lisboa, e pelo conselho medico d«

to, bem como pelos princinaes facultativos da capital e

províncias como consta de 30 attestados que acompa-

m cada frasco.

Vende-se em Lisboa nas pharmacias dos srs. Azevedo,

no Rocio—Barral, na rua do Ouro—Rodrigues, na rua

Nova da Palma—e 11a Raspail—travessa da Assumpção

n.# 83.—Deposito principal Pharmacia Rosa.

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PROPRIETÁRIO E DIRECTOR:—M. DE LA CUADRA

pAZEM-SE retratos e reproduccões de todos os tamanhos. x Tiramse photograpliias de objectos de arte, monumentos, etc.

Conservam-se todos os clichés, pertencentes á antiga casa, com-

prehendendo 120 vistas e monumentos de Portugal.

Illuminam-se photographias e fazem-se retratos a oleo.

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d'arte antigos

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Tinta de escrever communicativa e commum. Resiste a todos os

reagentes e conserva-se inalteravel, evitando viciações que dão lo- gar a grandes fraudes. Garantia em todos os escriptos. Preparada

pelo chimico inventor JOÃO ANTONIO OGUEIA.

Proprietários: FONSECA & C.a

RUA DA PRATA. 33, LISBOA

Todos os frascos levam a chancella FONSECA & C.a a tinta en-

carnada, e sao falsificados todos os que carecerem d'este requisito,

sendo punidos os seus auct«res, com a confiscação e multa segundo

a lei.

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GRANDE LOTERIA DE MADRID

EXTARCÇÃO A 7 DE ABRIL

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abril, constando de 661 prémios!! distribuídos da maneira seguinte:

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manhã. No palacio, Lam> de S. Domingos, n.° 14, ao Rocio.

HPara partilhas por motivo ao fallecimento do ex.- F. Zea Ber-

mudez se procederá á venda em leilão de uma magnifica collecçao

de quadros a oleo, antigos de diversos auctores e escolas, ricos con- tadores de tartaruga e embutidos de marfim, boletes, commodas e

mesas também embutidas e antigas, uma grande collecçao de vasos

etruscos, relogios cristaes de Veneza, porcelanas de baxe, Sevres e

China, faianças italianas e hespano arabes, e objectos de arte; algu-

ma mobília moderna. ,. . , . Nos catalogos que particularmente se distribuem, vae descripçao

dos quadros, sendo a maior parte de grande merecimento. *--r ;

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XTO dia 4 d'abril, pelo meio dia, no tribunal da Boa Hora, esçri- 1^1 vão Coutinho, vae á praça um prédio sito na rua do Caldeira,

n 26 e 28, com o rendimento de 156S000 réis (rendas baixas) ava-

liado cm 1:200S0(X> réis-, penhorado em execução da Direcção do

Banco de Portugal contra Guilherme Candido Borges de bousa.

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sejam para jogo particular como para negocio, vindo os mesmos acom-

panhados de suas importâncias em vales ou estampilhas do correio»

ordens sobre Lisboa ou Porto ou em qualquer especie de prompta

liquidação.

As remessas são feitas pelo seguro do correio e quando haja algum

extravio o annunciante envia nova remessa.

Pedidos ao cambista Antonio Ignacio da Fonseca.

56, Rua do Arsenal, 64—LISBOA

33, Feira de S. Bento, 35-PORTO

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flCOM AS FALSIFICAÇÕES E IMITAÇÕES NOCIVAS"!

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gueira e seus filhos, partici- pam por este único meio, a todas

as pessoas das suas relações que

falleceu a sua presada esposa e

mae Eugenia Maria da Piedade Xa-

vier Nogueira, e que se hade sepul-

tar no cemiterio Oriental, hoje, 1

de abril, saindo o préstito fúne-

bre pelas 8 horas da tarde, da

da rua da Graça, n.° 70.

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ARRENDAM-SE asproprieda-

dades que possue em Oliven-

ça a ex. »a sr.4 condessa de Sar-

mento e que constam dc montado,

pastos e terras de semeadura. Ac- ceitam-se propostas em carta fe-

chada até 16 do proximo abril,

devendo ser abertas n'esse dia em

casa da mesma sr.* em Lisboa na

rua do Quelhas, n,# 36 das 11 ás

3 da tarde.

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divisões ou mais, quintal, duas

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soalmente na Carreirinha do Soc-

corro, 17.

PARA 0 PARA

Recebendo car-

ga e passagei-

ros para Ma-

náos

Sairá depois do

Emca demora em

isboa o paquete- inglez Ais SE LM,

^ que se espera de'

Liverpool em 4 de abril.

Para carga trata-se na rua do«

Alecrim, n.° 10.

Os agentes

Garland Laialey & C.k

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Para o Rio de Janeiro, Montevideo

Buenos-Ayres, Valparaizo, Africa, Islaye Callao

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Trata-se com A. Teixeira.

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TOM auctorisação do senhorio

subloca-se, a principiar do dia 8 do presente mez, um primeiro

andar com 10 compartimentos, to-

dos claros e em boa conservação,

tendo g«z em sete casas e agua da

companhia para uso domestico.

Renda annual 200^000 réis.

Rua da Barroca, n.° 4, 1.®

Aos srs. militares

|V'A sapataria Lisbonense, rua

Augusta, 204, esquina da

travessa d'Assumpcao, encontra-

se sempre calçado com caixas com

esporas.

Liverpool, Brazil and

River Plate, Mail

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Bahia e Rio de Janeiro

I Para os portos

acima sairao de-

ÀyTjtFXuP°*8 curta de- mora em L*flhoa 08 paquetes in-

ARCHIMEDES; em 6 de abril»

* TYCHO BRAHE em 9 de abril.

* BESSEL em 16 de abril. Os vapores com o signal * vfio

também a Santos.

N. B. O vapor ARCHIMEDES

não toca na BAHIA. O vapor

TYCHO BRAHE recebe carga e passageiros.

Todos os vapores para o Rio do

Janeiro, recebem carga e passa-

geiros para Paranaguá, Santa

Catharina, Rio Grande do SuU

Pelotas e Porto Alegre.

Para carga ou passagens trata-

se na rua do Alecrim, 10.

Os agentes

Garland Laialey & C.B

SAIRÃO OS PAQUETES

#CordilIera a 4 de abril. [| «Valparaiso a 2 de maiô.l

Patagonia a 17 de abril. || Araucania a Í5 de maio.

#Os paquetes Cordillera e Valparaiso farão escala por Per-

nambuco e Bahia para onde só recebem malas e passageiros.

Faz-se abatimento ás famílias que viajarem para os portos do

Brazil e Rio da Prata.

A companhia acaba de reduzir os preços de passagens em 3.» clas-

se para Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro a 36£000 réis. Na passagem de 3.* classe por estes magníficos vapores, está in-

cluído vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

A bordo ha criados, cosinheiros portuguezes e medicos.

Para carga e passagens trata-se com os

5 ' : Ase11*©»

_ _ No Porto Em Lisboa Vasco Ferreira Pinto Basto, E. Pinto Basto & C

Largo de S* João Novo, 10. Caea do Sodró, 64,1.1

Amo-a!!!

Deus! faz que se dissipem

as trevas que envolvem o meu attribulado espirito.

Amo a! ! e a incerteza de ser

amado escandece-me a razão !

Passo á hora que sabe ; dA-me uma prova de que leu mostrando-

me oste jornal.

Para PERNAMBUCO,

descarregando den-

tro do porto e MA-

CEIÓ

Sairá depois de

pouca demora o

o paquete inglez

ALICE, que se

... espera de Liver-

pool em 12 de abril.

Para carga trata- se na rua do -

Alecrim, 10.

Os agentes Garland Laialey & O

Espera-se de 30 a 31 do corren-

te. para sair depois da indispen-

sável demora.

Para carga trata-se no Caes do

Sodré, 64, 1.®

Os agentes

E. Pinto Basto &