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ihu.unisinos.br Karl Rahner, 25 anos depois 1 min read • original Depois da missa deste domingo, um paroquiano da Alemanha me lembrou que no dia 30 de março deste ano era o 25º aniversário da morte de Karl Rahner, um dos teólogos católicos mais importantes do século XX. Eu me lembro que me senti órfão quando fiquei sabendo de sua morte e imaginei onde poderíamos chegar, no futuro, com os seus insights a respeito de condições e situações na Igreja que muitas vezes recebemos dele. O texto é de Joseph A. Komonchak, publicado no blog da revista Commonweal, 29-03-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Se tivéssemos que julgar isso pelo número de dissertações dedicadas às ideias do pensador, poderíamos concluir que os dias da influência de Rahner acabaram e que a tocha foi passada para Hans Urs von Balthasar. De fato, a preferência de orientação teológica geralmente é colocada em termos de escolher entre Rahner and Balthasar. Há alguns anos, eu participei de uma conferência na universidade de Notre Dame sobre esses dois grandes teólogos. Um balthasariano acusou Rahner de comprometer a transcendência divina com a sua abordagem antropocêntrica. Eu achei isso estranho por vir de um discípulo do homem que afirma saber uma extraordinária quantidade de coisas que aconteceram entre Deus Pai e Deus Filho no Sábado Santo!

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28/04/2015 Karl Rahner, 25 anos depois — www.ihu.unisinos.br

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Karl Rahner, 25 anos depois

1 min read • original

Depois da missa deste domingo, um paroquiano da Alemanha melembrou que no dia 30 de março deste ano era o 25º aniversário damorte de Karl Rahner, um dos teólogos católicos maisimportantes do século XX. Eu me lembro que me senti órfãoquando fiquei sabendo de sua morte e imaginei onde poderíamoschegar, no futuro, com os seus insights a respeito de condições esituações na Igreja que muitas vezes recebemos dele.

O texto é de Joseph A. Komonchak, publicado no blog da revistaCommonweal, 29-03-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Se tivéssemos que julgar isso pelo número de dissertaçõesdedicadas às ideias do pensador, poderíamos concluir que os diasda influência de Rahner acabaram e que a tocha foi passada paraHans Urs von Balthasar. De fato, a preferência de orientaçãoteológica geralmente é colocada em termos de escolher entreRahner and Balthasar. Há alguns anos, eu participei de umaconferência na universidade de Notre Dame sobre esses doisgrandes teólogos. Um balthasariano acusou Rahner decomprometer a transcendência divina com a sua abordagemantropocêntrica. Eu achei isso estranho por vir de um discípulodo homem que afirma saber uma extraordinária quantidade decoisas que aconteceram entre Deus Pai e Deus Filho no SábadoSanto!

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Eu não conheço nenhum teólogo que enfatizou e tensionou mais atranscendência do divino Mistério em nossos fracos esforços decompreendê-lo do que Rahner. Ele encarnou o adágio agostiniano:"Si comprehendis, non est Deus" [Se compreendes, não é Deus]. Aincompreensibilidade de Deus, mesmo depois da suaautorrevelação em Jesus Cristo-Mistério que permaneceMistério, não por causa de uma falta de inteligibilidade, mas porum excesso de inteligibilidade, em nenhum lugar maior do que nomistério que iremos celebrar na próxima semana, quando omistério que é excesso de significado encontra e supera a absolutafalta de sentido que é o pecado.

O gênero escolhido por Rahner foi o ensaio teológico, e ninguémpode fingir que os seus ensaios são fáceis. Mas também é possívelentender alguma coisa do homem, por meio de seus brevestrabalhos sobre oração e em trabalhos como "The Shape of theChurch to Come" [do original Strukturwandel der Kirche alsAufgabe und Chance], que ainda nos oferece uma proveitosaleitura.

Uma história: Johannes Quasten, grande patrologista eprofessor de universidades católicas, costumava visitar asenhora Rahner, mãe de Hugo e Karl, quando tinha que retornarpara a Alemanha para suas visitas no verão. Uma vez, quando elaestava com uma idade bem avançada (ela viveu mais de 100 anos),Pe. Quasten comentou alguma coisa que Karl havia dito sobrealguma controvérsia da Igreja na Alemanha. A senhora Rahner,então,  respondeu: "Oh, Pe. Quasten, não preste atenção em Karl.Ele sempre exagera!".

É bom saber que Karl Rahner tinha uma mãe também.

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