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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

KIT METODOLOGICO INOVAÇÃO EMPRESARIAL

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

APRESENTAÇÃO

Este documento reúne informações

sobre as principais ferramentas de

gestão da inovação, com uma dupla

finalidade: por um lado, servir de au-

xílio às micro e pequenas empresas

(MPE) na implementação de proces-

sos inovativos e, por outro lado, servir

de apoio aos Comitês Temáticos de

inovação dos Movimentos Estaduais

pela Qualidade, Produtividade e Com-

petitividade (MEQPC), no seu trabalho

de divulgação e estímulo à inovação

junto às MPE.

As informações sobre as ferramen-

tas de auxílio à gestão do processo

de inovação em Micro e Pequenas

Empresas contidas neste documento

complementam aquelas informações

sobre fontes de recursos para a inova-

ção contidas no Manual de Inovação

Empresarial. As mesmas informações

são também objeto de um tratamento

didático no Curso de Gestão da Inova-

ção Empresarial, terceiro produto do

trabalho contratado pelo Movimento

Brasil Competitivo junto à Fundação

Universa e o Instituto Brasileiro da

Qualidade e Produtividade – IBQP.

O Kit Metodológico aqui apresentado é

um documento de caráter instrumen-

tal e não acadêmico, que resume, de

maneira simples e numa linguagem

acessível, os principais conceitos e

ferramentas relativos à gestão dos

processos de inovação nas empre-

sas. Está composto de três partes:

uma primeira, referente a conceitos,

onde se ampliam alguns dos conceitos

básicos enunciados na primeira parte

do Manual de Inovação; uma segunda,

referente a ferramentas, onde de des-

crevem as principais áreas e diretrizes

metodológicas de gestão da inovação

nas MPE e uma terceira, de glossário e

referências, onde é feita uma descrição

dos termos mais utilizados e mencio-

nam-se os endereços dos sítios inter-

net mais relevantes sobre o tema.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

PARTE 1

CONCEITOS BÁSICOS

1. INOVAÇÃO

Inovação é a implementação de um

produto (bem ou serviço) novo ou sig-

nificativamente melhorado, ou de um

processo de produção, ou de um novo

método de marketing, ou de um novo

método organizacional nas práticas de

negócios, na organização do local de

trabalho ou nas relações externas da

empresa, que resultem em maior com-

petitividade no mercado.

Em termos gerais, a inovação empre-

sarial é a exploração de novas idéias ou

a aplicação original do conhecimento,

criando vantagens competitivas para

responder com sucesso comercial às

demandas do mercado. Ela pode ser

realizada pela empresa, individualmen-

te ou em parceria com outras institui-

ções ou, também, adaptando idéias de

outras empresas, sejam elas nacionais

e estrangeiras.

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2. TIPOS DE INOVAÇÃO

2.1 InovaçãoemProdutos (bensouserviços):

desenvolvimento de produtos novos

ou melhoramento significativo de pro-

dutos já existentes. Produtos novos

são aqueles cujas características tec-

nológicas, ou uso pretendido, diferem

significativamente dos produtos pre-

viamente produzidos. Produtos aper-

feiçoados são aqueles cujo desempe-

nho é substancialmente melhorado ou

avançado. Um produto simples pode

ser aperfeiçoado através do uso de

componentes ou matérias-primas de

melhor desempenho, enquanto um

produto complexo, que consiste na

integração de um certo número de

subsistemas técnicos, pode se tornar

aperfeiçoado através de mudanças

parciais em um dos subsistemas.

2.2 InovaçãoemProcessos:

aprimoramento ou desenvolvimento de

novas formas de produção ou de distri-

buição de bens ou de novos meios de

prestação de serviços. Essas novas

formas podem compreender mudan-

ças nos equipamentos ou na organiza-

ção da produção, ou uma combinação

de ambos, ou podem ser derivados

do uso de conhecimento novo. Pode

tratar-se também de novos métodos

introduzidos para distribuir produtos

novos, aperfeiçoados ou já existentes.

Também pode tratar-se de novas for-

mas de prestação de serviços, novos

ou já existentes.

2.3 InovaçãoTecnológica:

quando a inovação em produtos ou

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

processos é resultado da aplicação de

conhecimentos novos, obtidos atra-

vés da pesquisa científica aplicada a

produtos ou processos de produção,

com novas funcionalidades e efetivos

ganhos de qualidade ou produtividade,

resultando em maior competitividade.

Tais inovações podem envolver tecno-

logias radicalmente novas, serem ba-

seadas na combinação de tecnologias

existentes empregadas em novos usos

ou serem derivadas do uso de conhe-

cimento novo.

2.4 InovaçãoOrganizacional:

trata-se da adoção ou desenvolvimen-

to de novos métodos de organização e

gestão, seja no local de trabalho, seja

nas relações da empresa com o mer-

cado, com os fornecedores ou distri-

buidores. Pode envolver a implemen-

tação de novas estruturas de poder e

liderança, bem como a implementação

de novas formas de comunicação e

funcionamento entre os funcionários.

2.5 Inovação em Marketing ou

ModelosdeNegócio:

adoção ou desenvolvimento de novos

métodos de marketing e comercializa-

ção, com mudanças significativas na

concepção do produto, no design ou

na sua embalagem, no posicionamen-

to do produto no mercado, na sua pro-

moção ou na fixação de preços. Neste

caso a inovação consiste, fundamen-

talmente, num novo modelo de relacio-

namento com o cliente, onde produtos

ou serviços, novos ou não, passam a

ser comercializados de maneira total-

mente diferente daquelas existentes no

mercado até esse momento.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

2.6 Inovaçãoincremental:

conceito relativo ao grau de intensidade

da inovação; refere-se ao aperfeiçoa-

mento de produtos (bens ou serviços)

ou processos já existentes, mediante o

acréscimo de novos materiais, dese-

nhos, embalagens, usos diferenciados

ou outro tipo de melhoras evidentes,

que os tornam mais práticos e deseja-

dos pelos consumidores e, portanto,

mais competitivos.

2.7 Inovaçãoradical:

também relativo ao grau de intensida-

de da inovação, este conceito refere-

se idéias que resultam em produtos ou

processos totalmente novos, que an-

tes não existiam no mercado; quando

os produtos ou processos que resul-

tam da inovação radical tornam obso-

letas as bases tecnológicas existentes,

criando novos mercados e alterando o

comportamento da sociedade, fala-se

em inovaçãorevolucionária.

2.8 Inovaçãoparaaempresa:

conceito relativo ao grau de abran-

gência da inovação, utilizado para re-

ferir-se às inovações implementadas

no âmbito de uma empresa, mesmo

que as mudanças já existam em ou-

tras empresas ou instituições, ou ain-

da que utilize conhecimentos técnicos

já dominados e difundidos em outros

lugares.

2.9 Inovaçãoparaomercado:

também relativo ao grau de abrangên-

cia da inovação, o conceito refere-se

especificamente à inovação em produ-

tos, quando a empresa é a primeira a

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

introduzir o novo produto no mercado,

seja esse mercado no âmbito regional

– um país ou região do mundo – seja

no âmbito setorial, no setor de atuação

da empresa.

2.10 Inovaçãoparaomundo:trata-se do tipo mais abrangente de

inovação, quando os resultados das

mudanças nos produtos ou proces-

sos de produção são introduzidos pela

primeira vez em todos os mercados,

nacionais e internacionais, no mundo

todo; ou seja, quando as mudanças

ainda não tinham sido praticadas por

outras empresas, no país ou no exterior.

�. INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE

A inovação e o aumento da competitivi-

dade estão diretamente associados ao

desempenho financeiro e ao sucesso

da empresa. A diferenciação de produ-

tos é essencial para a sobrevivência do

negócio.

Na economia globalizada do sécu-

lo XXI, onde a concorrência é mun-

dial, a inovaçãoé fator fundamental

de competitividade, tão importante

quanto à qualidade dos produtos e o

atendimento aos clientes e muito mais

importante que a redução de custos e

preços.

Na corrida para ser mais competitivas,

as empresas devem procurar subs-

tituir produtos velhos, diversificar a

gama de produtos oferecidos e me-

lhorar constantemente o desempenho

dos mesmos. Para isso, devem desen-

volver novas tecnologias ou melhorar

e adaptar, de maneira criativa, tecno-

logias existentes às necessidades de

produção da empresa.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Deve-seinovartambémnosproces-sos, para ser mais competitivos na

redução de custos, no aumento da

qualidade, na melhoria das condiçõesdetrabalho, na preservação do meioambientenatural e na produtividade

da empresa como um todo.

�. AMBIENTES PROPÍCIOS À INOVAÇÃO

Ambientes propícios à inovação são os

espaçosfísicoseinstitucionais, tanto

internos quanto externos à empresa,

onde existem condições favoráveis

para que a criatividadeeainovação

possam ser desenvolvidas.

No âmbito interno da empresa, trata-

se, por um lado, dos departamentosde pesquisa, desenvolvimento e ino-

vação e, por outro lado, das instanciasde discussão - em todos os níveis -

criadas para favorecer o surgimento de

novas idéias.

No âmbito externo da empresa, os am-

bientes propícios à inovação são os

espaços de pré-incubação e incuba-

ção de empresas, os parques científico

– tecnológicos, os pólos tecnológicos,

as tecnópolis e os sistemas locais e

regionais de inovação.

Incubadoras são ambientes que favo-

recem a criação de empresas e pro-

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

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dutos, em especial os inovadores e

intensivos em conhecimento, quando

se trata de incubadoras de empresas

de base tecnológica.

Parquestecnológicos são empreendi-

mentos imobiliários destinados a rece-

ber empresas inovadoras ou intensivas

em conhecimento e a promover a sua

interação com instituições de ensino e

pesquisa vinculadas ao parque.

Pólostecnológicos são aglomerações

de empresas, entidades de pesquisa e

órgãos de gestão de ciência e tecno-

logia, com interesses correlatos, que

atuam de forma articulada no âmbito

de um determinado território. Vários

pólos tecnológicos podem constituir

uma tecnópolis.

Tecnópolis, no sentido original do

termo, são cidades construídas para

promover a geração do conhecimen-

to científico e tecnológico e a sua

transformação em bens e serviços.

Num sentido amplo, são ambientes

regionais ou programas regionais de

desenvolvimento econômico e social

baseados em processos de inovação

e transferência de tecnologia.

Sistemas locais e regionais de ino-

vação é o conjunto de relações entre

diversos atores, públicos e privados,

que, na área de um ou mais municípios,

realizam ações destinadas a promover

a inovação nas empresas, contribuindo

dessa forma para o aumento da com-

petitividade das mesmas e para o de-

senvolvimento da economia regional.

Um sistema regional de inovação não

é uma entidade ou estrutura orgânica,

criada por iniciativa de um ou mais ato-

res sociais, e sim a rede de influências

mútuas entre esses atores, no contexto

das suas ações de estímulo à inovação.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

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�. PROFISSIONAIS INOVADORES

A inovação é sempre resultado da ati-

vidade de pessoas criativas, insatis-

feitas com a situação existente (pro-

dutos, condições de trabalho, comer-

cialização, etc.) e que procuram fazer

melhor e diferente.

Mas na basta ser criativo para inovar, é

preciso que a energia da criação tenha

um foco bem direcionado, no sentido

do resultado econômico das novas

idéias, da possibilidade real de serem

transformadas em processos e produ-

tos economicamente viáveis e comer-

cialmente bem sucedidos.

A inovação também não é resultado da

atividade isolada de indivíduos criati-

vos. A inovação é resultado da troca

de experiências, do aprendizado coleti-

vo e do trabalhoemequipe. Daí a im-

portância de ambientes propícios para

a inovação, onde as pessoas possam

trocar informações de maneira cons-

tante. Daí a importância, também, de

que na empresa existam condições

para que todos possam se manifestar,

abrindo espaço para as novas idéias

sobre como fazer mais e melhor.

A inovação, como processo organiza-

cional, com características próprias e

com focos diferenciados (tecnologia,

gestão, processos, produtos, negó-

cios), é resultado de uma cultura es-

pecífica, desenvolvida em ambientes

favoráveis para tanto e resultado da

atividade de pessoas inovadoras.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

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PARTE 2 FERRAMENTAS DE

GESTÃO DA INOVAÇÃO

1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E OPERACIONAL

A inovação deve formar parte da es-

tratégia da empresa. O empresário e

a gerência devem estar convencidos

da importância de inovar e a inovação

deve ser objetivoeresponsabilidade

permanente de todos os funcioná-

rios, em todos os níveis e em todos os

momentos.

A estratégia empresarial para pro-

mover a inovação pode ser de vários

tipos, dependendo dos objetivos da

empresa:

• Se a empresa quer ser líder do mercado

no seu segmento de atuação, deve ter uma

estratégiapró-ativa de inovação, procu-

rando criar e lançar constantemente novos

produtos no mercado.

• Se o objetivo da empresa não é ser líder

no mercado e sim tão somente manter-se

no mercado com produtos competitivos

que não fiquem ultrapassados, então será

uma estratégia comparativa, procurando

acompanhar os produtos e processos lan-

çados pelos concorrentes.

Tanto no caso de uma estratégia pro

ativa quanto de uma estratégia compa-

rativa, a empresa deve definir, de ma-

neira organizada e sistemática, quais

são as ações a serem realizadas, quais

os prazoseasmetas, quais os resul-

tadosesperados, quais os obstáculos

erecursos e quais os departamentos

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

1�

ou pessoas que serão responsáveis

pelas mesmas.

Em outras palavras, a empresa deve

fazer uso do planejamentoestratégico

e inovação deve tornar-se parte desse

planejamento. Para tanto, as empresas

devem considerar a prospecção das

tendências tecnológicas no seu setor

de atuação, a identificação e planeja-

mento dos processos inovadores mais

adequados às suas características, as

adequações necessárias na estrutura

funcional, os recursos humanos, ma-

teriais e financeiros e os parâmetros de

avaliação do processo de inovação.

2. A GESTÃO DE RECURSOS FINAN-

CEIROS

Parte fundamental da estratégia em-

presarial para inovar é decidir quanto

a empresa está disposta a investir

nas atividades que possam estimular a

criatividade, a geração de novas idéias

e a sua transformação em produtos ou

processos novos. Por isso, a gestão

de recursos é ferramenta essencial

para a gestão da inovação.

Como os resultados dos investimentos

em pesquisa e desenvolvimento apa-

recem, na maioria dos casos, somente

no longo prazo, os investimentospara

inovaçãodevemsertambémdelon-

goprazo, sustentados no tempo.

Isso significa que o orçamento desti-

nado à pesquisa e desenvolvimento na

empresa não podem estar atrelados às

oscilações periódicas do faturamento,

sofrendo, portanto, alterações a cada

ano. O orçamento para a inovação deve

ter um caráter estratégico, que aponta

para resultados efetivos de longo prazo.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

1�

Na decisão de investir em inovação o

papel do setor público é fundamental e,

nesse sentido, a empresa deve procu-

rar se informar e utilizar-se, ao máximo,

das possibilidades oferecidas pelas di-

versas fontes existentes. OManualdeInovaçãoEmpresarialpreparado pelo

MovimentoBrasilCompetitivo–MBCinforma sobre as oportunidades emecanismosde fomentoe incentivoàinovaçãooferecidaspelosetorpú-blico, tanto no âmbito federal como no

âmbito das unidades da federação.

A procura por fomento e incentivos

públicos e a preparação e apresen-tação de projetos para alavancar os

recursos disponíveis, é uma ferramen-

ta importante de gestão de recursos

financeiros para a inovação, mas não

a única.

O planejamento financeiro da em-

presa que deseja inovar deve destinar

parte do faturamento às atividades

de pesquisa, desenvolvimento e ino-

vação, de maneira sistemática e per-

manente, criando centrosinternosdeP&D, promovendo a contratação depesquisadores e sustentando as ati-vidadesde trocadeconhecimentos,aprendizagemcoletivaeestímuloàcriatividade.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

1�

�. A COOPERAÇÃO E AS PARCERIAS EXTERNAS

Um dos aspectos mais importantes da

estratégia empresarial para a inovação

é a realização de parcerias externaseacooperação entre empresas para

melhor atender às demandas do mer-

cado e otimizar o acesso e o uso dos

recursos para o fomento e incentivo à

inovação.

A vinculaçãodasempresascomen-tidadesdepesquisa existentes na re-

gião, sejam estes centros e institutos

governamentais ou privados, univer-

sitários ou não, pode levar à criação

de centros ou sistemas locais ouregionaisdeinovação, diferentemen-

te dos centros de P&D das próprias

empresas. Verdadeiras redes de rela-

cionamento voltadas para a realização

de projetos cooperativos de inovação,

esses centros ou sistemas locais ou

regionais podem ser a base de proces-

sos inovativos permanentes nas PME

dos ArranjosProdutivosLocais.

Através de convênioseacordoscominstituiçõespúblicaseprivadas, a co-

operação e a parceria entre empresas

e entidades de pesquisa podem per-

mitir a oferta de suporte técnico espe-

cializado na identificação dos gargalos

tecnológicos das PME e no desenvol-

vimento das necessárias inovações,

seja na produção ou nos processos de

gestão e comercialização.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

1�

Cooperação e parceria são palavras

de ordem de primeira importância para

as PME. A organização em arranjos

produtivos locais, a articulação de

cadeias produtivas, a participação em

sistemas locais e regionais de inova-

ção, são mecanismos que permitem

ampliar a capacidade de ação dessas

empresas no esforço para inovar.

Do ponto de vista instrumental, o uso

das técnicas da Inteligência Com-petitiva pode ser de grande utilidade

para as PME no sentido de estimular

a cooperação empresarial, ouvindo

os clientes, compreendendo melhor

seus nichos de mercado, identifican-

do estruturas de custos e modelos de

estabelecimento de preços da concor-

rência, mediante a utilização de infor-

mações disseminadas no meio.

�. A GESTÃO DE PESSOAS E DA INTELIGÊNCIA

A inovação deve ser preocupação de

todos os colaboradores da empresa,

em todos os níveis. Entretanto, é fun-

damental que existam equipes espe-cialmente voltadas para a atividadedepesquisaedesenvolvimento e ins-

tâncias especialmente voltadas para

estimular a criatividade.

A empresa deve preocupar-se de con-

tratar e manter uma equipe especial-

mente treinada e capacitada para pes-

quisar e desenvolver novos produtos

e processos, a partir das novas idéias

sugeridas nas instâncias de estímulo à

criatividade.

Por isso, a contrataçãodeprofissio-naiscomtreinamentonaatividadedepesquisa - mestres e doutores – é de

grande importância para que a empre-

sa possa inovar.

O estímulo à criatividade exige que

sejam superadas algumas barreiras

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

1�

importantes no comportamento daspessoas, em especial por parte dos

cargos de gerência. A crítica e a puni-

ção dos erros desestimulam qualquer

ambiente criativo. Erros devem serentendidos como oportunidades deaprendizado e a tentativa deve serrecompensada.

Ferramentas fundamentais na gestão

de pessoas voltada para a inovação

são a GestãodaInformaçãoeaGes-tãodoConhecimento. A informação

existe em qualquer organização, o pro-

blema é a sua falta de estruturação,

que facilita a perda de informações

úteis e o excesso de informações inú-

teis, o chamado lixo informacional.

Por outro lado, as pessoas são deten-

toras de conhecimento, o capital inte-

lectual da empresa, que muitas vezes

não é aproveitado da melhor forma,

com os indivíduos ocupando cargos e

funções que não correspondem ao seu

perfil profissional. A gestão do conhe-

cimento é um bom instrumento para a

conformação de equipes motivadas,

para valorizar os talentos internos e

para criar um ambiente organizacional

voltado para a criação, transferência e

utilização do conhecimento.

A gestão de pessoas para a inovação

supõe promoveracriatividade. Nes-

se sentido, existem diversas técnicas

que podem ser usadas para aumen-

tar a criatividade de uma equipe tais

como o Brainstorming (“tempestade

de idéias”) e a sua versão escrita, o

Brainwriting (“escrevendo o que pen-

samos”).

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

1�

A gestão de pessoas deve considerar

a adequaçãodas liderançasno pro-

cesso de mudanças promovidas pela

criatividade e a inovação. Orientações

básicas para a mudança são a forma-çãodeequipes, a administraçãoporobjetivos, a negociação, a delegação

e o planejamentocomoumaatitudepermanente.

�. A GESTÃO DE ESPAÇOS

Pode parecer óbvio, mas por isso mes-

mo muitas vezes não é levando em

conta o fato que profissionais criativos

trabalham melhor em ambientes que

estimulam a criatividade. Ambientesde qualidade melhoram a produtivi-dadedequalqueratividade. Quando

essa atividade é pensar em como fazer

melhor e diferente, as condições do

espaço em que ela se da são de vital

importância.

Organizar o ambiente de trabalho,

criar condições materiais e funcionais

que permitam aos indivíduos se con-

centrarem nas suas tarefas fins e não

nos meios para realizá-las, constitui

uma ferramenta importante de gestão

da inovação.

O espaço que favorece a inovação é

um espaçoondesemisturamaqua-lidadematerial e umbomambientede relaçõesentreaspessoas. É um

ambiente institucional de transparên-

cia, aprendizado e reconhecimento

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

1�

dos valores individuais, que funciona

num espaço físico agradável, confor-

tável e aconchegante.

A preocupação com a qualidade, com

a higiene, com a funcionalidade, com

a segurança e com a beleza do espaço

de trabalho aponta para a criação de

ambientes que estimulam a culturada inovação. As técnicas de contro-

le e gestão dos ambientes de trabalho

oriundas do modelojaponês (sistema

toyota de produção) constituem uma

importante ferramenta nesse sentido.

A cultura da inovação gerada em

ambientes que estimulam o questio-

namento e a criatividade produtiva

favorece as relaçõeshorizontaisein-formaisemoposiçãoàsrelaçõeshie-rárquicaseverticais;estimula a troca

de experiências e conhecimento, ques-

tiona as tradições, aceita e enfrenta os

riscos como desafios de superação e

não tão somente como ameaças ou

perigos.

�. A GESTÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL

Para realmente funcionar como fator

de competitividade, as inovações de-

vem ser protegidas para que assim

não possam ser utilizadas pelos con-

correntes. Para proteger as inovações

existem diversasformasderegistro,

tais como os direitos autorais, mar-casepatentes.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

20

A patente é uma concessão cedida

pelo governo, que garante ao titular

a propriedade de explorar comercial-

mente sua criação, e assim evita que

terceiros copiem ou comercializem

determinado produto sem autorização

previa, em condições de vantagem

desleal, visto que não arcaram com os

custos da inovação e que possam ven-

dê-lo a mais baixo preço.

A patente também permite ao empresá-

rio, através da concessãodelicenças

deuso da inovação patenteada, ter um

retorno dos custos investidos no de-

senvolvimento da inovação, se conso-

lidando em um importante instrumento

para o aumento da rentabilidade de

umproduto.

No Brasil, quem se ocupa do registro

de direitos, marcas e patentes é o Ins-

tituto Nacional da Propriedade Inte-

lectual(INPI), organismo do Governo

Federal, vinculado ao Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comér-

cio Exterior. Mas em todos os Estados

vêm sendo criados grupos ou núcle-

os de orientação, apoio e proteção à

propriedade intelectual, assim como

em universidades e institutos de tec-

nologia.

Esta é uma ferramenta fundamental de

gestão da inovação, mas é importante

saber que para obter a patente de uma

invenção ou de um produto novo, é

necessário que o mesmo seja passível

de industrialização e comercialização.

Nãoépossívelobterpatentessópara

idéiasouparainvençõesquenãopo-

demserindustrializadas.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

21

�. A NORMALIZAÇÃO

Normalização é o cumprimento das

normas técnicas existentes num de-

terminado país ou setor empresarial.

As normas servem para estabelecer

requisitos de qualidade, de desempe-

nho ou de segurança, bem como para

estabelecer procedimentos, padronizar

formas, dimensões, tipos, usos, fixar

classificações ou terminologias nos

processos produtivos.

O cumprimento das normas existentes

é o ponto de partida para que inova-

ções possam ser reconhecidas e regis-

tradas, transformando-se efetivamente

em ferramentas de competitividade

no mercado. Num cenário marcado

pela globalização da economia e pela

concorrência internacional, aumenta

a importância de produtos com maior

valor agregado e portadores de maior

conteúdo tecnológico. Nesse contexto,

asbarreiras técnicasparaacomer-

cializaçãodebenseserviços tendem

também a aumentar, o que faz neces-

sário que as empresas se preocupem

cada vez mais com a normalizaçãode

seusprodutoseprocessos.

Daí a importância da certificação, no

sentido de que as normas técnicas es-

tão sendo cumpridas. A certificação

é realizada por organizações indepen-

dentes para atestar e declarar que um

produto, serviço, pessoa ou sistema

está em conformidade com os requi-

sitos técnicos especificados. Essas

organizações são normalmente deno-

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

22

minadas OrganismosdeCertificação(OC),ouOrganismosdeCertificaçãoCredenciados(OCC).

No Brasil a atividade de certificação

é desenvolvida, nos mais variados

setores industriais e pode ser de ca-

ráter voluntário, ou seja, por decisão

da própria empresa, ou compulsó-rio, determinada pelo governo para

poder comercializar produtos ou ser-

viços. A partir das últimas décadas

do século XX, tornou-se crescente

a necessidade de apresentar certifi-cação de sistemas de gestão (com

base nas normas ISO �000 e ISO

1�000, entre outras) e de produtos

para viabilizar relações comerciais

entre empresas de diferentes países.

No Brasil, o órgão responsável pela

elaboração das normas de caráter

voluntário é a Associação Brasileirade Normas Técnicas – ABNT. Já

o Instituto Nacional de Metrologia,NormalizaçãoeQualidade Industrial– INMETRO é o órgão governamental

encarregado da formulação e execu-

ção da política nacional nessas áreas e

responsável, portanto, pelo credencia-

mento dos organismos de certificação.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

2�

�. A ANÁLISE PRÉVIA E A AVALIAÇÃO DE RESULTADOS

O estudo cuidadoso das novas idéias e

da sua possível aplicação em produtos

comercialmente bem sucedidos, é uma

ferramenta básica de gestão da inova-

ção. Diferentemente da avaliação dos

resultados comerciais das inovações,

a análisepréviatemcomoobjetoosresultadosdaspesquisastécnicasecientíficaseasuatransformaçãoemprodutosnovosoumelhorados.

A análise prévia supõe caracterizar a

tecnologia proposta, analisar os resul-

tados obtidos em testes e protótipos,

estudar a situação do mercado para

a nova tecnologia, levando em con-

ta toda a cadeia produtiva e analisar

a viabilidade econômica, financeira e

comercial (em termos de parcerias e

financiamento) dos novos produtos.

A avaliação de resultados refere-seao estudo crítico do comportamen-todasinovaçõesnomercado, a sua

contribuição para a competitividade

da empresa no seu nicho específico, a

sua adequação aos objetivos estraté-

gicos da empresa face aos seus con-

correntes e o grau de atendimento às

necessidades e demandas de clientes

e consumidores.

Para avaliar resultados é importante

então definir como mediressesresul-tados, o que implica na adoção de in-dicadoresdeprodutividadeedequa-lidade. Os indicadores de produtivida-

de procuram avaliar se a empresa esta

produzindo mais com menos recursos

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

2�

e os indicadores de qualidade referem-

se ao desempenho dos produtos face

às necessidades dos clientes.

Análise prévia e avaliação de resulta-

dos devem ser práticas permanentes

na gestão da inovação e, dessa forma,

devem estar incorporadas ao plane-

jamento estratégico e operacional da

empresa, prevendo espaçosinstitucio-nais e recursos para a sua realização.

�. A GESTÃO POR PROJETOS E DE PROJETOS

Um projeto é uma ação a ser realizada,

num tempo determinado, com obje-tivos precisos e com recursos huma-

nos, materiais e financeiros claramente

estabelecidos.

Gerenciar um projeto - gestãodepro-jetos - é o acompanhamento e controle

da sua execução. Gestãoporprojetos

é a organização das atividades da em-

presa em projetos.

Page 25: KIT METODOLOGICO INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

2�

Na gestão por projetos, as atividades

realizadas correspondem aos diversos

projetos planejados, os quais devem

se enquadrar nas diretrizes e planos

estratégicos da empresa.

A gestão por projetos permite organi-zarasatividades da empresa de acor-

do com os seus objetivos e permite

controlar a sua execução e avaliar os

seus resultados.

Os elementosbásicos que compõem

um projeto são:

• o diagnóstico da situação (mercado e

tecnologia)

• os objetivos

• a justificativa

• os recursos humanos e materiais

• o orçamento (custo dos recursos)

• a viabilidade

• o cronograma (tempo de execução das

atividades)

• o método de execução (normas, proce-

dimentos e fluxos) e

• o método de acompanhamento e avalia-

ção de resultados.

Page 26: KIT METODOLOGICO INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

2�

PARTE 3GLOSSÁRIO E

ENDEREÇOS

1. GLOSSÁRIO

Auditoria:exame sistemático e independente

para se verificar se as atividades e seus re-

sultados estão em conformidade com requi-

sitos especificados e objetivos planejados.

Aglomeradoprodutivo:empresas que atuam

numa mesma atividade econômica normal-

mente em um mesmo território, com nível

elevado de articulação inter-empresarial, tra-

balhando em redes ou de forma cooperada.

Aprendizagemorganizacional: processo de

aquisição e assimilação coletiva de novas

bases de conhecimento para adaptação,

geração e aperfeiçoamento do processo de

produção da empresa.

ArranjosProdutivosLocais(APL):arranjos

produtivos são aglomerações de empresas

localizadas em um mesmo território, que

apresentam especialização produtiva e man-

têm algum vínculo de articulação, interação,

cooperação e aprendizagem entre si e com

outros atores locais tais como governo, as-

sociações empresariais, instituições de cré-

dito, ensino e pesquisa.

Atividades de Ciência e Tecnologia: Qual-

quer trabalho relacionado com a geração,

o avanço, a difusão e aplicação de conhe-

cimento científico e técnico em todos os

campos da atividade humana. Constituem

atividades de ciência e tecnologia a pesquisa

básica, científica, aplicada ou tecnológica;

o desenvolvimento experimental de produto

ou processo; a administração da pesquisa

científica e tecnológica; os eventos técnicos

e científicos; a educação e o treinamento em

ciência e tecnologia e os serviços de apoio

à pesquisa.

Ativofixo:bens, direitos e valores que a em-

presa não pretende vender em curto prazo

e que não são facilmente conversíveis em

dinheiro.

Ativo imobilizado: conjunto de bens e di-

reitos necessários à manutenção das ativi-

dades da empresa, podendo apresentar-se

tanto na forma tangível (edifícios, máquinas,

etc.), como na forma intangível (marcas, pa-

tentes, etc.).

Ativos intangíveis:são bens não-físicos. O

termo define os ativos de uma empresa que

não têm representação física. Fazem parte

dos ativos intangíveis as patentes, franquias,

nomes e marcas, etc.

Auto-sustentabilidade: capacidade da em-

presa de manter-se no mercado de modo

competitivo.

Page 27: KIT METODOLOGICO INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

2�

Avaliação de conformidade: qualquer ati-

vidade com o objetivo de determinar, direta

ou indiretamente, que um produto, proces-

so, pessoa ou serviço atende aos requisitos

técnicos especificados pelos órgãos compe-

tentes.

Basetecnológica: processo ou produto que

resulta da pesquisa científica e cujo valor

agregado advém das áreas de tecnologia

avançada: informática, biotecnologia, quími-

ca fina, mecânica de precisão, novos mate-

riais, etc.

Benchmarking: um processo contínuo de

comparação dos produtos, serviços e práti-

cas empresariais entre os mais fortes con-

correntes ou empresas reconhecidas como

líderes. É um processo de pesquisa que

permite realizar comparações de processos

e práticas “empresa-a-empresa” para identi-

ficar o melhor do melhor e alcançar um nível

de superioridade ou vantagem competitiva.

Cadeiadevalor: conjunto das diversas eta-

pas de produção, que começa com a matéria

prima, inclui o fornecimento de equipamen-

tos, o aparato tecnológico e institucional e se

encerra com a distribuição e comercialização

do produto final.

Cadeiasprodutivas:referem-se ao conjunto

de etapas pelas quais passam e vão sendo

transformados e transferidos os diversos in-

sumos, em ciclos de produção, distribuição

e comercialização de bens e serviços.

Capacidade tecnológica: habilidade que a

empresa possui de reter e utilizar informa-

ções para as atividades que favorecem o do-

mínio de tecnologias para a aquisição de no-

vos conhecimentos e a inovação contínua.

Capitalderisco:investimento temporário em

empresas emergentes com evidente poten-

cial de crescimento por meio de aquisição de

ações ou debêntures conversíveis em ações

visando rentabilidade acima das alternativas

disponíveis no mercado financeiro.

Capital intelectual: conjunto de conheci-

mento e informações acumulado pelos fun-

cionários da organização.

Capital social: parcela do patrimônio líqui-

do de uma empresa, o qual abrange não

somente as parcelas entregues pelos acio-

nistas, mas também os valores obtidos pela

empresa e que, por decisão dos acionistas

ou proprietários, são incorporados no capital

social.

Centrode inovaçãoouCentrode tecnolo-

gia:organização que abriga e promove a ge-

ração de empreendimentos inovadores e de-

senvolve atividades para o desenvolvimento

de conhecimento científico e tecnológico e a

capacitação tecnológica, financeira e geren-

cial das empresas numa região.

Centrodepesquisaedesenvolvimento: or-

Page 28: KIT METODOLOGICO INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

2�

ganização que abriga atividades de estudos

empíricos e laboratórios.

Certificação Compulsória: estabelecida

pelo governo para comercialização de pro-

dutos e serviços (exemplos: certificação de

preservativos masculinos e certificação de

fios e cabos elétricos).

Certificações: procedimento de verificação

e produção de atestado formal, efetuado por

especialistas, relativo à presença de requisi-

tos mínimos estabelecidos quanto às qualifi-

cações de pessoal, processos, procedimen-

tos, ou itens de acordo com necessidades

específicas aplicáveis a empresa.

Certificado de Conformidade: documento

emitido, de acordo com as regras de um sis-

tema de certificação, para declarar a confor-

midade de um produto, processo ou serviço

às normas técnicas ou outros documentos

normativos.

Clínicatecnológica:é constituída por servi-

ços de consultorias tecnológicas, prestados

por especialistas a empreendedores e em-

presários de micro e pequenas empresas,

com o objetivo de fornecer soluções sob

medida para problemas específicos de pro-

dutos e processos.

Cluster:pólo produtivo consolidado pela in-

teração entre empresas de determinado se-

tor econômico que apresentam possibilidade

de crescimento contínuo superior àquele

das aglomerações econômicas comuns. O

cluster apresenta alto potencial de beneficia-

mento através de maior atração de capital,

redução do lead time, custos, e riscos; maior

qualidade e flexibilidade de mão de obra, au-

mento do dinamismo empresarial e da quali-

dade de vida da região.

Conhecimento científico: competência que

se adquire através da pesquisa ou investiga-

ção científica, seguindo as etapas da meto-

dologia científica e que dão origem a teorias

explicativas dos fenômenos estudados.

Credenciamento:modo pelo qual um orga-

nismo autorizado dá reconhecimento formal

de que uma organização ou pessoa é compe-

tente para desenvolver tarefas específicas.

Culturaempresarial: compreende um con-

junto ou sistema de significados que são

compartilhados por uma determinada em-

presa. Ela inclui valores e crenças, ritos,

histórias, formas de relacionamento, tabus,

tipos de gestão, de distribuição da autorida-

de, de exercício da liderança e uma série de

outros elementos.

Cursosin company:atende às necessidades

específicas de uma empresa, nas suas de-

mandas de capacitação e aprimoramento.

DeclaraçãodoFornecedor:procedimento

pelo qual um fornecedor dá garantia escrita

Page 29: KIT METODOLOGICO INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

2�

que um produto, processo ou serviço está

em conformidade com os requisitos especi-

ficados.

Desenvolvimento experimental: trabalho

sistemático delineado a partir de conheci-

mento preexistente, obtido por meio da pes-

quisa e/ou da experiência prática e aplicado

na produção de novos materiais, produtos e

aparelhagens, no estabelecimento de novos

processos, sistemas e serviços e, ainda, no

aperfeiçoamento de bens já produzidos ou

de processos já estabelecidos.

Desenvolvimento sustentável: desenvolvi-

mento industrial que atende às necessidades

presentes sem comprometer a possibilidade

de as gerações futuras satisfazerem as suas

próprias necessidades. Preserva o meio am-

biente e os recursos naturais renováveis.

Design: esforço criativo através do qual se

projetam todo tipo de coisas, incluindo uten-

sílios, vestimentas, peças gráficas, livros,

máquinas, processos, ambientes e também

interfaces de programas.

Diferenciação: a capacidade que uma em-

presa tem de ser percebida como diferente

dos concorrentes, em função de suas van-

tagens competitivas. Ela pode se diferenciar

a partir da segmentação de seu mercado,

seu posicionamento e seu Mix de Marketing

(produto, preço, promoção e ponto-de-ven-

da/distribuição).

Difusão tecnológica: processo de generali-

zação, adoção, melhoramento e adaptação

contínua de inovação técnica entre usuários

potenciais.

Direitos autorais: ramo do Direito Privado

destinado a regulamentar as relações jurí-

dicas surgidas da criação e da utilização de

obras literárias, artísticas ou científicas.

Empresas de base tecnológica: organiza-

ção que fundamenta sua atividade produtiva

no desenvolvimento de novos produtos ou

processos, baseado na aplicação de conhe-

cimentos científicos e tecnológicos e na utili-

zação de técnicas avançadas ou pioneiras.

Engenharia não-rotineira: atividades de

engenharia diretamente relacionadas ao pro-

cesso de inovação, envolvendo o desenvolvi-

mento de produtos e/ou processos.

Ergonomia:avaliação de tarefas, trabalhos,

produtos, ambientes e sistemas, a fim de

torná-los compatíveis com as necessidades,

habilidades e limitações das pessoas.

Fomento:aplicação de recursos orçamentá-

rios governamentais destinados a estimular

atividades diversas; é frequentemente apli-

cado às atividades relacionadas à pesquisa

científica e tecnológica.

Fundo de investimento: é uma entidade

Page 30: KIT METODOLOGICO INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

�0

financeira, formada pela união de vários in-

vestidores que se juntam para a realização

de um investimento financeiro, visando um

determinado objetivo ou retorno esperado,

dividindo as receitas geradas e as despesas

necessárias para o empreendimento.

Fundossetoriais: são instrumentos de finan-

ciamento de projetos de pesquisa, desenvol-

vimento e inovação no País. Seus recursos

são alocados no FNDCT e operados pela

FINEP. Comitês gestores definem suas dire-

trizes e planos anuais de investimentos.

Gestãodainovação:conjunto de atividades

da função gerencial que coordena esforços

para apoiar a criatividade dos seus membros

e prover contextos de pesquisa e desenvolvi-

mento para que eles gerem novos produtos

e processos.

Gestãodaqualidade:consiste numa estraté-

gia de administração orientada a criar cons-

ciência de qualidade em todos os processos

organizacionais. Seu objetivo é a implicação

não só da empresa inteira mais também a

organização estendida: fornecedores, distri-

buidores e demais parceiros de negócios

Gestãotecnológica: estratégia de utilização de

técnicas de administração com a finalidade de

maximizar o potencial tecnológico da empresa.

Licenciamentode tecnologia: acordo con-

tratual pelo qual uma organização vende a

outra empresa os direitos de uso de tecno-

logia de sua propriedade, sob a forma de

patentes, processos e/ou know-how técnico

e pelo qual recebe pagamentos de royalties

e/ou outra forma de compensação.

Melhoriacontínua: as empresas são muni-

ciadas com ferramentas para se organizarem

e buscarem sempre resultados melhores.

Atua de forma ampla para reconhecer e

eliminar os desperdícios existentes na em-

presa, sejam em processos produtivos já

existentes ou em fase de projeto, produtos

novos, manutenção de máquinas e proces-

sos administrativos.

Metrologia:ciência da medição que abran-

ge todos os aspectos teóricos e práticos

relativos às medições, qualquer que seja a

incerteza, em quaisquer campos da ciência

ou tecnologia.

Metrologia: é a ciência das medições que

trata de como obter uma informação confi-

ável a partir do uso de um instrumento de

medição, que é algo imperfeito.

Nicho de mercado: segmento de mercado

especializado, com características próprias

e que oferecem oportunidades de negócios

para empreendimentos específicos.

NichoTecnológico: oportunidade de inovação

de natureza predominantemente incremental,

detectada no paradigma tecnológico vigente,

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

�1

que utiliza competências essenciais da em-

presa ou da região, para possibilitar vanta-

gem competitiva em determinado mercado.

OrganismodeInspeção(OI):entidade res-

ponsável por avaliar se determinada caracte-

rística ou conjunto de características de um

produto ou serviço atendem aos requisitos

técnicos especificados.

Organização de Terceira Parte: organiza-

ção independente, não envolvida diretamente

na produção do produto/ na prestação do

serviço ou representante de seus interesses

(primeira parte), nem com o consumo deste

produto ou serviço ou quem representa os

seus interesses (segunda parte).

Paradigma tecnológico: padrão ou mode-

lo para solução de problemas tecnológicos

ou econômicos que define as necessidades

mais relevantes, os princípios científicos

utilizados para a realização de determinada

tarefa e o material tecnológico a ser utilizado.

O paradigma tecnológico determina as opor-

tunidades tecnológicas que resultam em ino-

vações e alguns procedimentos básicos para

a exportação dessas inovações.

Patente:título de propriedade temporária so-

bre invenção, modelo de utilidade ou desenho

industrial, outorgado pelo estado ao inventor,

autor, pessoa física ou jurídica detentora de

direitos sobre a criação. A patente confere

ao seu titular uma situação legal, pela qual a

invenção patenteada pode ser explorada (fa-

bricada, importada, vendida e usada), com

autorização do particular.

Planodenegócios:documento no qual esta-

rão registrados o conceito do negócio, os ris-

cos, os concorrentes, o perfil da clientela, as

estratégias de marketing e o plano financeiro.

Produtividade sistêmica: abordagem inte-

grada dos diversos fatores que integram os

processos produtivos: sociais, tecnológicos,

culturais, econômicos e ambientais.

Produtividade: (a) maximização dos resulta-

dos da empresa através da otimização dos

recursos utilizados; (b) medida da eficiência

de uma empresa ou organização na utiliza-

ção de recursos, calculada através da divi-

são da produção física obtida numa unidade

de tempo por um dos fatores de produção

(trabalho, bens, capital).

Programa:conjunto de projetos ou ações per-

manentes estabelecidas para atingir objetivos,

que utilizam recursos de uma mesma fonte.

Projeto: atividade ou conjunto coordenado

de atividades, com início e término definidos,

dirigidas para alcançar objetivos explícitos e

justificados, segundo uma metodologia defi-

nida e empregando recursos humanos, mate-

riais e financeiros previamente estabelecidos.

Propriedadeindustrial: conjunto de direitos

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

�2

que compreende as patentes de invenção, os

modelos de utilidade, os desenhos ou mo-

delos industriais, as marcas de fábrica ou

de comércio, as marcas de serviço, o nome

comercial e as indicações de proveniência

ou denominações de origem, bem como a

repressão da concorrência desleal.

Propriedade intelectual: conjunto de direi-

tos que competem a um indivíduo (escritor,

artista ou inventor) como autor de uma obra

imaginada, elaborada ou inventada. O título

de propriedade intelectual pode ser concedido

nas categorias: artística,, técnica e científica.

Protótipo: modelo original básico represen-

tativo de invenção ou criação nova, feito em

escala, e que apresenta todas as caracterís-

ticas essenciais do produto final desejado. O

protótipo é utilizado em testes físicos.

Qualidade: características de valor de um

produto ou serviço que atende às especifi-

cações ou padrões de excelência referentes

a esse produto ou serviço.

QualificaçãodoFornecedor:atividade re-

alizada pelo produtor ou comprador do bem

ou serviço, para avaliar se seu fornecedor

atende aos requisitos especificados.

Requisitos Técnicos Especificados: itens

ou critérios definidos em uma norma técni-

ca, regulamento técnico ou outro documento

de referência.

Responsabilidadesocial:é a forma ética e

responsável que a empresa desenvolve to-

das as suas ações, suas políticas, suas prá-

ticas, suas atitudes, tanto com a comunidade

quanto com o seu corpo funcional.

Royalties: trata-se de uma retribuição finan-

ceira paga mensalmente pelo franqueado ao

franqueador pelo uso contínuo da marca e

pelo apoio permanente que o franqueado re-

cebe (treinamentos, suporte mercadológico,

suporte administrativo, etc.).

SistemaNacionaldeMetrologia,Normali-

zaçãoeQualidadeIndustrial(SINMETRO):

criado em 1���, tem como finalidade o de-

senvolvimento e implementação da política

nacional de metrologia, normalização e ava-

liação da qualidade industrial. Qualquer enti-

dade pública ou privada que exerça atividade

relacionada aos assuntos pode integrar-se

ao SINMETRO. Possui como órgão norma-

tivo o CONMETRO e como órgão executivo

o INMETRO.

Sistema Brasileiro de Certificação (SBC):

conjunto de organizações, atividades, regras

e procedimento reconhecido pelo governo

brasileiro para garantir a transparência e

credibilidade da atividade de certificação e

atividades correlatas. O órgão executivo do

SBC é o INMETRO.

Page 33: KIT METODOLOGICO INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

��

Spin-off: empresa impulsionada por outra

já estabelecida no mercado, para atuar na

mesma área de negócio, mas com produto

ou serviço diferente daquele que a empresa

original comercializa.

Tecnologia da informação: aquela que se

aplica às áreas da informática, telecomuni-

cações, comunicações, ciência da computa-

ção, engenharia de sistemas e de software.

Tecnologia industrial básica: tecnologia

aplicada ao processo de manufatura de uma

indústria.

Tecnologia limpa: tecnologias capazes de

produzir com pouco ou nenhum resíduo e/

ou impacto ambiental. Do mesmo modo, ao

produto formado por esta tecnologia é exi-

gido que seja ambientalmente correto – ou

seja, não apresente risco para qualquer usu-

ário durante todo seu ciclo de vida – e que o

descarte seja possível e eficiente nos requi-

sitos de consumo de energia.

Tecnologia: refere-se a técnicas, métodos,

procedimentos, ferramentas, equipamentos

e instalações que contribuem para a realiza-

ção e obtenção de um ou vários produtos.

Em geral, divide-se a tecnologia em duas

categorias: tecnologia de produto e tecnolo-

gia de processo. As tecnologias de produto

caracterizam-se por resultarem em compo-

nentes tangíveis e facilmente identificáveis,

as de processo incluem técnicas, métodos e

procedimentos utilizados para obter determi-

nados produtos.

Transferência de tecnologia: intercâmbio

de conhecimento e habilidades tecnológicas

entre instituições acadêmicas de pesquisa e

empresas. É feita na forma de contratos de

pesquisa e desenvolvimento, serviços de

consultoria, formação profissional, inicial

e continuada, venda de patentes, marcas e

processos industriais, publicação na mídia

científica, apresentação em congressos,

migração de especialistas, programas de

assistência técnica, espionagem industrial e

atuação de empresas multinacionais.

Valor agregado: procedimento através do

qual uma empresa desenvolve e melhora

produtos ou serviços antes de oferecê-los a

seus clientes.

Vantagemcompetitiva: conjunto de fatores

fundamentais que influem na diferenciação

de produtos e processos num ambiente de

concorrência econômica.

Vantagemtecnológica: capacidade da empre-

sa de se manter na fronteira do conhecimento

para o favorecimento do processo de inovação.

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Kit Metodológico PARA A INOVAÇÃO EMPRESARIAL

��

2. ENDEREÇOS NA INTERNET

http://www.inovacaotecnologica.com.br

http://www.infotec.org.br

http://www.inovar.org.br

http://www.institutoinovacao.com.br

http://www.mbc.org.br

http://www.mct.gov.br

http://www.desenvolvimento.gov.br

http://www.bndes.gov.br

http://www.finep.gov.br

http://www.abdi.com.br

http://www.sebrae.com.br

http://www.senai.br

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MBC » SBN » Quadra 1 » Bloco B » Sala 404 » Edifício CNC » CEP: 70041.902 » Brasília/DFFone/Fax: (55) (61) 3329.2101 » [email protected]

Esta publicação contou com o apoio MCT/FINEP através do projeto “Mobilizar para Inovar”