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Quinzenalmente. a coleeo "Os Cientistas'' apresenta k q I um fasckulo. um "Kit" ara ax~ri6ncias e um Man.--l

I de lnstw@es. O p"meiio contird a vida e a obra de um oiande homem do mundo ciantffico.

I.1 EDii'OR: VICTOR CIVITC(

D h l m de PuMkoWs: R o k m Clvilo

D h a r da Divltòo F ~ ~ l o s : P d m P a i o Poppi,ic

Dlnlor Edilorlal de F ~ ' m l o 5 : A v Coelho

CONSELHO EDITORIAL: Vier-D~IOI:

Elkizkrh di C m p ~ i S m l w l a Ediloriai

/asdcuio: CeIio Soiklmmn mmud: Anlonio Silvio L q ê ~ ~ r e

Chde dr Arte: Cmlos A l h Lorra

A ~ k l m l r s : JOd R m s Neto.

Soiiko Arikilo. S s v l w Ed. Auxlliwrs:

Vr.0 Malapl.

Supnvimr de Arte: EIfm Andrco~io

Deparlmenlo de Arrr: Jonor Aquho P1n.y (chde), Luir

G0n~nh.e~. Tererinha Bism~o

CONSULTORIA: Pm/. A l h Luk daRocho 8-r

lnsfit~la de Físka, 0S.P. w PESQUISA E TEXTO:

Rokrro L Andrdr M m i m

I lh* dor chqüenra experiincim, que acompanha os/ascí~(os de110

mkcb, consliruipmjero eiohado,% F u n m Bnsiki i

p m o DrmvolvOMito do mtin dr c a c h

. COORDENACAO ABRIL-FUNBEC: Elhr Em'

? COORDENAÇAO DO PROJETO: i'@. Myriam KroriMiA

Aum dor rxpcriéncias mbre 'Tr@f6rla dor Raios Luminosos e do rexlo.bw

u d de lnsmfp" Hldrya N&MO

COPYRIGWTMUNDIAL 1972 ABIIIL S.A. CULTURAL

E INDUSI1IIAL CAUUPOSTAL2372- sÃ0 PAULO - BRASIL

O "Kit" permitirá que vocb realize experi6ncias. que comprovam na orática aloumas das mais imoonantes desobenas ou ieis estabslecidas pelo cientista focalizado. O Manual de Instrucbes. aldm de orient4-lo na realizado das experibncias, leva-104. em cada passo, a concluir sorlnho os princípios que astho sendo demonstrados. Ao final da colaçlo. você te14 formado seu pequeno labomt6rio - wrmitlndo e realizaçlo de inrlmeras experi8ncias no campo da Fírica. Quimica a Biologia -. aldm de três volumes compostos d a s biogisnas encadehadasdos cientistas. Cada bsckulo ter i vinte &nas: I quatro capas e dezesseis páginas internas; apenas estas devedo ser encadernadas. Retiradas as capas dos fasckulos. encaderne-os em seqübncia cmnol6gica. seguindo a ordemde numeracbo das p4ginas. As capas sedo postas il venda nas bancas logo ap6s o rlltimo bsckulo de cada volume.

A caixa de experiancias n(Lo pode ser vendida separadamente deste fasclculo. do qual b z pane.

c .'.L ... ,Id?. - V d poda c0mp.i núrnams atrasada dista c d d o d o p n ~ o do &Imo hrku lo aia .nlvai nas bnus. Paa-o ao ..u l o d d m ou m dnilkildoi

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Nos postos de gasolina, u m simples movimento de alavanca 6 capaz de levantar u m autom6vel. Quando v o d aspira refresco por u m canudinho. consegue trazê-lo at6 a boca. Estes exemplos são rnanifestaçdes de u m mesmo fen8meno - a pressão. Com o material do seu kit, você vai fazer vhrias experihcias sobre pressão e construir um elevador hidráulico. Verificará, deste modo, como age a pressão. compreenderh por que se pode utilizá-la para facilitar o trabalho humano.

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ENE DESCARTES

de elaboração desses conheci- RO alemão apresentava-se mentos: eles iam surgindo, aos poucos,

bastante rigoroso. Por isso, o fragmentadamente, e não resultavam de jovem oficial francês René Descartes um trabalho racional contínuo, mas de abrigou-se em um quarto aquecido, simples opiniões, a maioria sem funda- onde continuou a meditar sobre o mento. Descartes concluiu, então, que a mesmo problema que o preocupava solução seria uma reconstrução comple- havia vários dias: como conseguir um ta, de maneira metódica e racional, a conhecimento seguro das coisas. Cons- partir de verdades indubitáveis -como tatara a falta de consenso na Filosofia e na Matemática. Era preciso pôr tudo de

n a s ciências, observando que cada re- lado, mesmo as mais sagradas crenças gião possuía opiniões, costumes e reli- morais e religiosas, para recomeçar. E giões diferentes. Só a Matemática era esta era a tarefa que ele se propunha igualmente adotada por todos. Porém, realizar a partir desse momento.

; perguntava-se ele, não seria possível Com o cérebro incendiado, Descartes construir uma Filosofia e uma Ciência deitou-se. Seu sono, porém, foi agitado:

' que pudessem ser universalmente acei- sua consciência estava intranquila. O tas? O que teria impedido, até então, plano audacioso de demolição de velhas

B 1 que isso se concretizasse? doutrinas e de reconstrução das.ciências

Suas meditações levaram-no à con- fazia-o sentir-se presunçoso. No entan- clusão de que a falha estava ligada ao to, ele superará essa crise de humqdade: 85

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menios;e ele o faria.

A ORIGEM DA DESCRENÇA

O século XVI é uma época de pro- fundas transformapões para o homem ocidental. Nele, novos horizontes se abrem ao conhecimento humano: há uma redescoberta de velhas doutrinas filosóficas e científicas opostas às con- ceppões da Idade Média, ao mesmo tempo que viajantes e aventureiros ras- gam continentes e mares, descobrindo novas terras e novos povos. A Antigui- dade greco-romana renasce através das obras de seus pensadores, enquanto se constitui uma nova imagem geográfica do mundo. Essa efewescência, que marca a atmosfera intelectual do Renas- cimento, traz consigo a rejeição das idéias que até então prevaleciam. Tudo é sacudido ou destruído: a unidade polí- tica, religiosa e espiritual da Europa; a ciência medieval; a autoridade e o pres- tígio da Igreja Se o homem ocidental descobre que há idéias diferentes das que vinha docilmente aceitando como as únicas verdadeiras; se ele fica saben- do que há outros povos vivendo de maneira muito diversa dos padrões que lhe pareciam os Únicos legítimos - é. natural que se desenvolva uma vaga de descrença, de desconfiança, de. dúvida. Três pensadores formularão esse clima de ceticismo propiciado pelas conquis- tas da Renascença: Agrippa de Nettes- heim, nascido em Colõnia; o português Francisco Sanchez; e principalmente o francês Michel de Montaigne.

Porém no fmal do século XVI e iní- cio do XVII apresenta-se um movi- mento de reação ao ceticismo que Mon- taigne exprimira com tanta acuidade. Dois grandes nomes tentam encontrar bases sólidas para o conhecimento, através do estabelecimento de novos métodos de investigação: o inglês Ffan- cis Bacon, que preconiza uma ciência subentada pela o b s e ~ a ~ ã 0 e pela expe-

a 86 rimentação, e o francês René Descartes,

numa amizade que resistiti ao tempo.

Numa de suas cartas ao velho amigo dos bancos escolares, Descartes enviou-lhe esie desenho, no qual o movimento da bola de tênis i1usti.a a irqietória parabdlica de um projéiil.

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que busca na razão - desdobrada de forma modelar pela Matemática - a recuperação da certeza.

René Descartes, senhor Du Perron, nasçeu a 31 de março de 1596, em La Haye, na França. Filho de uma família de burgueses enobrecidos, graças à for- tuna de seu pai ele nunca precisou trabalhar.

Poucos dias após o parto, sua mãe faleceu, vitimada pela tuberkulose: ,Du- rante algum tempo, temeu-se pela sorte daquele menino doentio, magro e fraco, aue demorou a se fortalecer.

Seu pai, Joachim Descartes, desejava fazer de René o seu continuador, um rico burguis.. Aos oito anos, enviou-o r ao colégio La Flbche, dirigido.wr pa-

d dres je&tas - um dos melhoresda época, para onde era enviada a jovem

Descartes e seu contemporâneo Fermat foram dosprimeiros maremáticos a

aplicar a Algebra à Geometria.

nbbreza da França. Lá eram minis- trados dois tipos de conhecimentos: as ciências "práticas", úteis a um oficial (Matemática, Geografia; noções de má- quinas e fortificações; Hidrograíia, etc.); e as "letras", ou conhecimentos humanísticos (Gramática, História,

tes comentaria mais tarde: "Eu me sen- tia satisfeito sobretudo nas matemáti- cas, por causa da certeza e evidência de suas razões; mas não compreendia seu verdadeiro uso; e, pensando que não

. serviam senão às artes mecânicas, eu me espantava de que, sendo seus funda- [ mentos tão firmes e sólidos, nunca tiver sem conduzido a algo mais elevado" Quanto à Filosofia, embora seus profes- sores lhe tivessem assegurado que ela lhe daria um conhecimento claro e segu- ro de tudo o que é Útil à vida, parecia- lhe apenas ."um meio de falar co verossimilhança de todas as coisas (se prová-las), e de se fazer admirar pelo menos sábios". As "verdades" que o padres ensinavam não lhe parec nem um pouco seguras ou claras, já

Como o f c i d o cientistaparticlpou da tomada de La Rochelle (1628).

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