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SUMÁRIO
RESUMO........................................................................................................................... 03
1 INTRODUÇÃO TEÓRICA........................................................................................ 04
1.1 Modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio..................................................... 04
1.2 Constante de Rydberg....................................................................................... 04
2 METODOLOGIA.......................................................................................................... 06
2.1 Material utilizado............................................................................................ 06
2.2 Montagem e procedimento experimental.......................................................... 06
2.3 Resultados....................................................................................................... 06
2.4 Análise de Dados............................................................................................ 07
3 CONCLUSÃO............................................................................................................. 09
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 09
1
RESUMO
Esta prática tem como objetivo determinar a constante de Planck a partir da
observação do espectro de emissão do átomo de hélio.
Para isso, analisou-se o espectro emitido pelo gás da lâmpada através de uma rede de
difração de 1000 fendas por milímetro e determinou-se a que distâncias da origem de um
eixo ordenado eram observadas linhas espectrais de cores diferentes. Com essas
distâncias e a distância da fonte ao anteparo, calculou-se o ângulo de incidência. Com
equações que descrevem a refração da luz, pode-se calcular o comprimento de onda de
cada linha observada. Em seguida, calculou-se a Constante de Planck, uma vez que os
saltos quânticos dos elétrons correspondentes a cada linha espectral.
Foi encontrado o valor da constante de Planck h = 6,58999778E-34 m2 kg/s. Comparado ao valor teórico da Constante de Planck, h = 6,626068x10-34 m2 kg/s, o erro percentual em relação ao valor teórico da constante de Planck foi de 0,55 %, que foi considerado bom.
1 INTRODUÇÃO TEÓRICA
2
1.1 MODELO DE BOHR PARA O ÁTOMO DE HIDROGÊNIO
Em 1913, o físico dinamarquês Niels H. D. Borh propôs um modelo para o átomo de hidrogênio que combinava o trabalho de Planck, Einstein e Rutherford e obteve grande sucesso, prevendo o espectro de emissão do hidrogênio. Bohr considerou que o elétron movia-se em uma orbita ao redor do núcleo positivo. Tal modelo é mecânicamente estável devido ao potencial eletrostático, que gera força centripeta
F= kZ e2
r 2 =mv2
r(1.1 .1)
necessária para o movimento do elétron em uma circunferência de raio r na velocidade v, mas é eletricamente instável, pois o elétron esta sempre acelerando em direção ao núcleo. As leis da eletrodinâmica prevêm que uma carga acelerada irá produzir radiaçao e, consequentemente, perder energia.
A Energia total do elétron é a soma da energia potencial e cinética:
E=12mv2+(−kZ e2
r )(1.1.2)
Com a equação 1.1.1 chegamos à:
E=−kZ e2
2r(1.1.3)
Com este modelo clássico, com energia perdida em radiação, o elétron iria colidir no núcleo e o átomo irradiar um espectro contínuo. Borh resolveu esse problema considerando dois postulados. O primeiro é que elétrons poderiam mover-se em certas orbitas sem produzir radiação. O segundo, tirado da teoria de Planck, é que o átomo irradia quando o elétron faz uma transição de um estado estacionário para outro, e essa frequência emitida está relacionada as energias das orbitas
hf=Ei−E f (1.1 .4)
onde h é a constante de Planck. Com o objetivo de determinar as energias permitidas, Borh fez uma terceira consideração, conhecida com pricípio da correpondência, que teve importantes consequências.
Assim como as energias, Bohr apontou que o momento angular poderia assumir apenas valores de inteiros múltiplos da constande de Planck dividido por 2π , de acordo com a descoberta de J. W. Nicholson. Esta é a quantização do momento angular.
L=mvr= nh2 πn=1 ,2 ,3 ,…(1.1 .5)
Da equação 1.1.5, isolando o raio da orbita, e usando o valor da velocidade da equação 1.1.1 tem-se:
3
r= nh2 πm ( rmkZ e2 )
1/2
(1.1 .6)
Desenvolvendo mais um pouco chegamos à:
rn=n2h2
4 π2mkZ e2 (1.1 .7)
Finalmente podemos chegar à equação da energia total, também quantizada, utilizando a equação 1.1.3
En=−2 π2mk2Z2 e4
h2n2 =−E0Z2
n2 n=1 ,2 ,3 ,…(1.1 .8)
onde E1=−E0 é a energia do estado fundamental, para o átomo de hidrogêneo.
1.2 CONSTANTE DE RYDBERG
A existência estados estacionários correspondente a cada valor de energia permitido é a quantização da Energia, isso significa que as energias final e inicial da equação 1.1.4, aplicadas ao modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, nos permite identificar a frequência do fóton emitido em uma determinada transição de estados energéticos
hf=Eni−Enf=−E0Z2
n i2 −(−E0
Z2
nf2 )(1.2 .1)
f=E0Z
2
h ( 1nf
2−1ni
2 )(1.2.2)
A equação 1.2.2 pode ser escrita da forma da equação de Rydberg-Ritz, substituindo f=c / λ, e dividindo por c
1λ=E0Z
2
hc ( 1nf
2−1ni
2 )(1.2.3)
Assim podemos calcular a constante de Rydberg, utilizando a equação 1.1.8:
R=E0
hc=2π 2mk2 e4
ch3 (1.2.4)
Colocando o k em função de ϵ 0 a equação 1.2.4 fica da seguinte forma
R= me4
8 ϵ 02 c h3 (1.2.5)
4
usando os valores de m, e, c, ϵ 0 e h conhecidos em 1913, Bohr calculou R e encontrou um resultado que concordava com o valor obtido da espectroscopia.
É conveniente plotar os valores de energia estacionária, confeccionando um gráfico que mostra as transições possíveis de estado estacionário.
Figura 1 – Diagrama dos Níveis de Energia e as séries espectrais.
2 METODOLOGIA
2.1 MATERIAL UTILIZADO
Lâmpada de Hidrogênio;
Espectômetro da marca Krüss;
Tubo espectral da marca Scientia modelo SP-200;
Rede de Difração com 300 linhas /mm.
2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
5
Inicialmente, ligou-se a lâmpada de hélio e observou-se o seu espectro na rede
de difração. Mediu-se a distância das imagens à lâmpada com a régua, que estava
apoiada num suporte. Sabendo-se a distância da imagem de cada cor à lâmpada e a
distância da lâmpada à rede de difração, calculou-se o seno do ângulo com o qual a luz
daquela cor foi difratada e em seguida o valor de λ pela fórmula:
a⋅senθ=n⋅λ (2.1)
A partir do comprimento de onda, sabendo que quanto maior o comprimento de
onda, maior a energia. Além disso, quanto maior a energia menor o salto quântico de
energia, tem-se que a cor com maior comprimento de onde corresponderá ao menor
salto de energia. Desse modo, a partir da série de Balmer, tem-se, pela equação 1.1:
1λ=R( 1
4−
1
n2 ) n=3,4,5…
Com os três valores de comprimento de onda e sabendo cada valor de n fez-se o
gráfico
1λ x
1
n2 e, desse modo, calculou- se o valor experimental da constante de
Rydberg a partir da fórmula:
1λ= R
4−R⋅ 1
n2⇒ y= R
4−R⋅x
Ou seja, a constante de Rydberg é igual ao módulo do coeficiente angular da reta obtida.
Com isso, calcula-se a constante de Planck, que é o objetivo desta prática a partir da equação (4).
6
Figura 2 – Montagem do Experimento
3 RESULTADOS
Os resultados encontrados para o espectro da lâmpada de hélio encontram-se dispostos nas tabelas a seguir:
Cores Marcação (mm) Distância (cm) Sen(ɵ) λexp (Ȧ) 1/n^2 1/λexp (Ȧ)
violeta 20 41,6 0,433294435 4332,944 0,04 2,307899478
verde 22,2 41,6 0,470808369 4708,084 0,0625 2,124006425
vermelho 35,8 41,6 0,652290607 6522,906 0,11111111 1,533059023
Tabela 3.1 – Dados do espectro de Hélio
7
0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11 0.120
0.5
1
1.5
2
2.5
f(x) = − 11.0980417198193 x + 2.77854331625462R² = 0.992693388541041
Series2Linear (Series2)
Gráfico 3.1 – Inverso do comprimento de onda em função de 1/n2.
O valor da constante de Rydberg obtido no experimento foi:
R = 11,098x106 m-1
Já o valor da constante de Planck foi calculada a partir dessa constante e da fórmula (1.2), obtendo-se o valor h = 6,58999778E-34 m2 kg/s.
4 CONCLUSÃO
O valor encontrado para a constante de Planck foi de h = 6,58999778E-34 m2 kg/s. O valor teórico para essa constante é de h = 6,626068x10-34 m2 kg/s. Logo, o erro associado foi de 0,55%.
Comparando-se o valor teórico com o valor experimental para a constante de
planck, observou-se uma pequena variação, o que demonstra o sucesso da experiência.
A variação ocorre principalmente devido aos seguintes fatores: erro de paralaxe; falta de
prática do operador e falta de precisão do equipamento.
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- TIPLER, P. A.; LLEWELLYN R. A. Modern Physics. New York: W. H. Freeman and Company, 2008.
- Notas de aula de Física IV do Professor Gerson.
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