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Laboratório de Qualidade de Grãos Luana Gandini ; Laura Ortiz Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Passo Fundo, RS O Laboratório de Qualidade Grãos, da Embrapa Trigo foi criado no final da década de 80 do século passado e credenciado em 12 de julho de 1995 como “Laboratório Oficial de Análise de Grãos” e “Laboratório Oficial de Análises de Controle de Qualidade de Grãos” através da Portaria n° 80, de 12 de julho de 1995, do MAARA, publicado no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 24 de julho de 1995, nº 140, Seção 1, página 11001. Como tal, tem como objetivos, respectivamente, executar análises fiscais e periciais e análises de controle de qualidade de conformidade com os métodos analíticos oficiais estabelecidos pela Coordenação de Laboratório Vegetal, do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, do MAARA e expedir os respectivos certificados de análises segundo estabelecido na Portaria n° 14, de 6 de fevereiro de 1995, publicado no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 13 de fevereiro de 1995, nº 31, Seção 1, página 1877), em seu ANEXO (publicada no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 3 de abril de 1995, nº 64, Seção 1, página 4686). O Laboratório de Qualidade de Grãos está estruturado com uma padaria experimental e demais instalações e equipamentos apropriados que permitem ofertar aos clientes as seguintes análises: Peso do hectolitro (balança Dalle Molle); Peso de mil grãos; Umidade de grãos (Dickey-John e NIR-reflectância no infravermelho próximo); Moagem experimental de farinha (moinho Quadrumat Senior Brabender); Dureza de grãos (equipamento Single Kernel Characterization System ); Umidade da farinha (NIR-reflectância no infravermelho próximo); Alveografia (alveógrafo Chopin); Número de queda (equipamento Falling Number ); Microssedimentação com dodecil sulfato de sódio; Proteínas totais (NIR-reflectância no infravermelho próximo); Cor de farinha (colorímetro Minolta). Estrutura Física do Laboratório Histórico A alveografia mede a pressão máxima da massa ou “P” é considerada com o índice de estabilidade de massa,indicando resistência ao trabalho de deformação e é positivamente correlacionada com a capacidade de absorção de água da farinha A extensibilidade, ou “L” é um indicativo de volume do pão. Em geral, quando maior o valor de L, maior será o volume do pão. Mas essa característica é dependente do valor de P. Deve existir uma proporcionalidade dos valores de P e L (relação P e L) para,associados ao valor de W (força geral do glúten) expressarem um bom potencial da panificação.A farinha que apresentar valores de P/L abaixo de 0,60 pode ser considerada de glúten extensível, de 0,61 a 1,20 de glúten balanceado, e valores de P/L acima de 1,21 de glúten tenaz. O teste de Falling Number tem por finalidade verificar a atividade da enzima alfa-amilase do grão, a fim de detectar danos causados pela germinação da espiga. O método foi aprovado pelo ICC (Iinternational Association of Cereal Chemistry) através da norma nº 107. O teste estima o potencial da panificação (força do glúten) de uma cultivar. O método é baseado na capacidade de embebição de água das proteínas formadoras de glúten, quando submetidas à desnaturação parcial por solução diluída de ácido lático. Avaliar a cor dos produtos, traduzindo essa cor em números. O resultado é expresso no sistema CIELAB que é o sistema de cor mais utilizado para avaliação de cor em alimentos. O colorímetro realiza as leituras através de reflectância. As amostras podem ser avaliadas sem prévia preparação sendo estas sólidas, pastas, pós ou líquidas e não é necessário o uso de qualquer reagente. A dureza de grãos pode ser definida como a dificuldade de desintegração do grão quando sobre eles é exercida uma pressão. Usualmente, o trigo é classificado como hard (duro) ou soft (mole). Acaracterística de dureza de grãos tem forte controle genético, mas também é afetada por fatores ambientais, como o solo (níveis de nitrogênio e de fósforo), a capacidade de retenção de água, a época de cultivo etc . O peso de mil grãos é uma medida que apresenta forte controle genético mas também é afetado pelas condições de temperatura,de luminosidade e de umidade durante a fase de maturação no campo. Peso de mil grãos (PMG) É a massa de cem litros de trigo, expressa em quilogramas. É medida tradicional de comercialização em vários países e expressa indiretamente atributos de qualidade dos grãos, em especial aqueles relacionados com a moagem. Na determinação do peso do hectolitro, estão associadas várias características do grão, como a forma, a texturado tegumento o tamanho, o peso e as características extrínsecas ao material, como a presença de palha, de terra e de outras matérias estranhas. Peso Hectolitro (PH) Sedimentação Alveografia Número de Queda Cor de Farinha A Moagem Experimental é a operação que tem por finalidades a separação do endosperma do grão das porções extremas constituídas pela casca e gérmen,a trituração e a pulverização do endosperma em partículas de granulometria variável. Moagem Experimental Dureza de Grãos

Laboratório de Qualidade de Grã os - Portal Embrapa · Alveografia (alveógrafo Chopin); Número de queda (equipamento Falling Number); Microssedimentação com dodecil sulfato

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Laboratório de Qualidade de Grãos

Luana Gandini ; Laura Ortiz Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Passo Fundo, RS

Luana Gandini ; Laura Ortiz Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Passo Fundo, RS

O Laboratório de Qualidade Grãos, da Embrapa Trigo foi criado no final da década de 80 do século passado e credenciado em 12 de julho de 1995 como “Laboratório Oficial de Análise de Grãos” e “Laboratório Oficial

de Análises de Controle de Qualidade de Grãos” através da Portaria n° 80, de 12 de julho de 1995, do MAARA,publicado no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 24 de julho de 1995, nº 140, Seção 1, página

11001. Como tal, tem como objetivos, respectivamente, executar análises fiscais e periciais e análises de controle dequalidade de conformidade com os métodos analíticos oficiais estabelecidos pela Coordenação de LaboratórioVegetal, do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, do MAARA e

expedir os respectivos certificados de análises segundo estabelecido na Portaria n° 14, de 6 de fevereiro de 1995, publicado no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 13 de fevereiro de 1995, nº 31, Seção 1, página1877), em seu ANEXO (publicada no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 3 de abril de 1995, nº 64,

Seção 1, página 4686).

O Laboratório de Qualidade Grãos, da Embrapa Trigo foi criado no final da década de 80 do século passado e credenciado em 12 de julho de 1995 como “Laboratório Oficial de Análise de Grãos” e “Laboratório Oficial

de Análises de Controle de Qualidade de Grãos” através da Portaria n° 80, de 12 de julho de 1995, do MAARA,publicado no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 24 de julho de 1995, nº 140, Seção 1, página

11001. Como tal, tem como objetivos, respectivamente, executar análises fiscais e periciais e análises de controle dequalidade de conformidade com os métodos analíticos oficiais estabelecidos pela Coordenação de LaboratórioVegetal, do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, do MAARA e

expedir os respectivos certificados de análises segundo estabelecido na Portaria n° 14, de 6 de fevereiro de 1995, publicado no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 13 de fevereiro de 1995, nº 31, Seção 1, página1877), em seu ANEXO (publicada no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, em 3 de abril de 1995, nº 64,

Seção 1, página 4686).

O Laboratório de Qualidade de Grãos está estruturado com uma padaria experimental e demais instalações eequipamentos apropriados que permitem ofertar aos clientes as seguintes análises:

Peso do hectolitro (balança Dalle Molle);Peso de mil grãos;Umidade de grãos (Dickey-John e NIR-reflectância no infravermelho próximo);Moagem experimental de farinha (moinho Quadrumat Senior Brabender);Dureza de grãos (equipamento Single Kernel Characterization System);Umidade da farinha (NIR-reflectância no infravermelho próximo);Alveografia (alveógrafo Chopin);Número de queda (equipamento Falling Number);Microssedimentação com dodecil sulfato de sódio;Proteínas totais (NIR-reflectância no infravermelho próximo);Cor de farinha (colorímetro Minolta).

O Laboratório de Qualidade de Grãos está estruturado com uma padaria experimental e demais instalações eequipamentos apropriados que permitem ofertar aos clientes as seguintes análises:

Peso do hectolitro (balança Dalle Molle);Peso de mil grãos;Umidade de grãos (Dickey-John e NIR-reflectância no infravermelho próximo);Moagem experimental de farinha (moinho Quadrumat Senior Brabender);Dureza de grãos (equipamento Single Kernel Characterization System);Umidade da farinha (NIR-reflectância no infravermelho próximo);Alveografia (alveógrafo Chopin);Número de queda (equipamento Falling Number);Microssedimentação com dodecil sulfato de sódio;Proteínas totais (NIR-reflectância no infravermelho próximo);Cor de farinha (colorímetro Minolta).

Estrutura Física do Laboratório

Histórico

A alveografia mede a pressão máxima da massa ou “P” é considerada

com o índice de estabilidade de massa,indicando resistência ao trabalho de deformação e é positivamente

correlacionada com a capacidade de absorção deágua da farinha A extensibilidade, ou “L” é um indicativo de volume do pão. Em geral, quando maior o valor de L, maior será o volume do pão. Mas essa característica é

dependente do valor de P. Deve existir uma proporcionalidade dos valores de P e L (relação P e L) para,associados ao valor de W (força geral do glúten)

expressarem um bom potencial da panificação.A farinha que apresentar

valores de P/L abaixo de 0,60 pode ser considerada de glúten extensível, de 0,61 a 1,20

de glúten balanceado, e valores de P/L acima de 1,21 de glúten tenaz.

O teste de Falling Number tem por finalidade verificar a atividade da enzima

alfa-amilase do grão, a fim de detectar danos causados pela

germinação daespiga. O método foi aprovado pelo ICC

(Iinternational Association of Cereal Chemistry) através da

norma nº 107.

O teste estima o potencial da panificação (força do glúten)

de uma cultivar. O método é baseado na capacidade de embebição de água

das proteínas formadoras de glúten, quando submetidas à desnaturação parcial por

solução diluída de ácido lático.

Avaliar a cor dos produtos, traduzindo essa cor em números.

O resultado é expresso no sistema CIELAB que é o

sistema de cor mais utilizadopara avaliação de cor em alimentos.

O colorímetro realiza as leituras através de reflectância.

As amostras podem ser avaliadas sem prévia preparação sendo estas sólidas, pastas,

pós ou líquidas e não é necessário o uso de qualquer reagente.

A dureza de grãos pode ser definida como a dificuldade de desintegração do grão quando sobre eles é exercida uma pressão. Usualmente, o trigo é classificado como hard (duro) ou soft (mole).

Acaracterística de dureza de grãos tem forte controle genético, mas também é afetada por fatores ambientais, como o solo (níveis de nitrogênio e de fósforo), a capacidade de retenção de água, a

época de cultivo etc.

O peso de mil grãos é uma medida que apresenta forte controle genético

mas também é afetado pelas condições de temperatura,de

luminosidade e de umidade durante a fase de

maturação no campo.

Peso de mil grãos (PMG)

É a massa de cem litros de trigo, expressa em quilogramas. É medida tradicional de

comercialização em vários países e expressa indiretamente atributos de qualidade dos grãos,

em especial aqueles relacionados com a moagem. Na determinação do peso do hectolitro, estão

associadas várias características do grão, como a forma, a texturado tegumento o tamanho,

o peso e as características extrínsecas ao material, como a presença de palha, de terra e de outras matérias estranhas.

Peso Hectolitro (PH)

Sedimentação Alveografia

Número de Queda Cor de Farinha

A Moagem Experimental é a operação que tem por finalidades a separação do endosperma do

grão das porções extremas constituídas pela casca e

gérmen,a trituração e a pulverização do

endosperma em partículas de granulometria variável.

Moagem Experimental Dureza de Grãos