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Técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) concluíram na noite dessa terça, 3, o laudo que aponta as possíveis causas da queda da árvore no Parque Farroupilha (Redenção) no final da tarde de sábado, 31. A análise indica que a árvore, um eucalipto-cheiroso (Eucayptus citriodora Hook.), de 25 metros de altura, estava aparentemente saudável, sem sinais de processo de desvitalização e sem a presença de doenças ou hemiparasitas, como erva-de-passarinho. Foi verificada a inexistência de sinais externos, como lesões, necroses de casca ou aberturas de cavidades que permitissem a visualização do processo de deterioração interno. O laudo aponta que a possível causa da queda foi a “ruptura da madeira na região do colo da árvore e das raízes, provavelmente provocada por um processo de degradação interna do lenho (biodeterioração causada por microrganismos) que se iniciou no sistema radicular e que se alastrou para a região de transição entre o tronco e as raízes”.
Porto Alegre, 02 de setembro de 2013
Porto Alegre, 02 de setembro de 2013AoSr. Lo Antnio BullingSupervisor da SUPPJ/SMAM
Em atendimento vossa solicitao, vimos pelo presente apresentar laudo tcnico de vistoria referente ao evento envolvendo a queda de rvore ocorrida no Parque Farroupilha no dia 31 de agosto de 2013, por volta das 17h.Identificou-se que o exemplar arbreo envolvido no evento tratava-se de 01 (um) eucalipto-cheiroso (Eucayptus citriodora Hook.), com os seguintes dados dendromtricos aproximados: h=25,6m; DAP=100cm; DPC=18,0m. De acordo com Backes e Irgang (2004 p.140-141), trata-se de espcie extica para o Brasil, nativa da Austrlia, de grande porte, com caractersticas bastante ornamentais e apropriada para grandes espaos. Trata-se ainda de espcie que apresenta madeira muito pesada, com densidade entre 930 a 1.040kg/m.O exemplar estava localizado em canteiro prximo esquina entre os eixo transversal e central do Parque, na direo do quadrante sudoeste em relao fonte luminosa, em rea ao sul da regio popularmente conhecida como cachorrdromo (local do Parque onde os usurios que trazem seus ces para tomar sol costumam se concentrar).Em vistoria realizada no dia 01/09/2013, observou-se que a trajetria de queda do indivduo ocorreu no sentido norte do Parque, atingindo a rea de passeio de saibro do eixo transversal e a rea supra-citada, conhecida como cachorrdromo (fotos 01 e 02). A observao do vegetal cado sobre o solo permitiu concluir que se tratava de indivduo arbreo aparentemente saudvel, sem sinais de processo de desvitalizao e sem a presena de doenas ou hemiparasitas (como ervas-de-passarinho) (fotos 01 e 02). Permitiu ainda identificar como causa da queda a ruptura da madeira na regio do colo da rvore e das razes, provavelmente provocada por um processo de degradao interna do lenho (biodeteriorao causada por microrganismo, tais como fungos) que se iniciou no sistema radicular e que se alastrou para a regio do colo (regio de transio entre o tronco e as razes da rvore). Provavelmente devido seqncia de dias chuvosos que antecederam ao evento, a carga de peso incidente nesta rea atingida pelo processo de deteriorao supracitado teve considervel incremento devido a maior umidade concentrada na parte area da rvore (tronco, ramificaes e folhas), levando ao colapso da estrutura de sustentao do indivduo e sua queda subseqente. Pela anlise do tronco e razes remanescentes aps o evento da queda, verificou-se a inexistncia de sinais externos (como leses, necroses de casca e do lenho ou aberturas de cavidades) que permitissem a visualizao externa do processo de deteriorao interno da regio do colo e razes. Nas fotos 03, 04, 05, 06, pode-se observar a regio de ruptura (base do tronco), bem como a congruncia ou encaixe entre os fragmentos externos da rvore que permaneceram junto ao solo e aqueles que permaneceram fixos ao tronco cado. Tal encaixe demonstra a integridade externa da rvore ou a sua vedao e a inacessibilidade visual ao processo de degradao interna que levou ao colapso da estrutura. Ainda na vistoria do dia 01/09/2013 e em nova vistoria realizada no dia 02/09/2013, acompanhou-se os procedimentos de remoo da rvore, quando foi possvel visualizar internamente o estado interno da madeira em diferentes seces das ramificaes e tronco, incluindo a regio prxima do colo, onde ocorreu a ruptura que levou a sua queda. Na foto 07, pode-se observar diversas seces de ramificaes de grande porte que cumprem papel importante na estrutura da copa. A foto mostra a madeira perfeitamente sadia em todas as seces. Nas fotos 08 e 09, observa-se seces do tronco principal (ou fuste) da rvore em diversas alturas, sendo que, mais uma vez, todas elas permitem observar o perfeito estado da madeira. Finalmente, nas fotos 10, 11 e 12, observa-se, respectivamente, o ltimo corte do tronco feito em linha prxima a zona de ruptura e o iamento deste fragmento, cuja seco mostra, mais uma vez, as boas condies da madeira. Tais imagens ilustram que a regio onde ocorreu o processo de degradao do lenho e que provocou o colapso da estrutura da rvore e sua queda estava bastante restrita a uma rea localizada abaixo do nvel do solo e at uma altura aproximada de 30cm acima do nvel do solo (a foto 13 mostra o perfil deste fragmento).Em sntese, concluiu-se atravs deste laudo tcnico que a ruptura do tronco da rvore e sua subsequente queda foram ocasionadas por processo de degradao interna da madeira (biodeteriorao), provavelmente iniciado na regio das razes por algum tipo de leso no identificado, mas supostamente associado s condies de alta umidade do solo naquela rea do Parque, e que se alastrou em regio bastante restrita poro basilar da rvore. O processo de biodeteriorao da madeira ocorria internamente e se encontrava oculto devido ao perfeito estado externo da rvore na regio afetada, bem como a ausncia de sinais (necroses ou aberturas de cavidades) que permitissem a sua deteco atravs de anlise visual externa.
Srgio L. V. Tomasini Regina C. PatrocnioPaulo A. J. M. JardimEng. Agrnomo BilogaEng. AgrnomoSMAM Matricula 821620 SMAM Matrcula 105044 SMAM - Matrcula 818784
Foto 01
Foto 02
Foto 03
Foto 04
Foto 05
Foto 06
Foto 07
Foto 08
Foto 09
Foto 10
Foto 11
Foto 12
Foto 13