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LUTA BANCÁRIA Av. Deodoro da Fonseca, 419, - Natal/RN - CEP: 59020-025 Telefone: 3213.0394 / Fax: 3213.5256 www.bancariosrn.com.br LB Independente e de luta Jornal do Sindicato dos Bancários do RN Ano XXVIII Nº 27 De 02 a 08 de dezembro de 2013 SEJA SÓCIO LEIA NESTA EDIÇÃO Juros Caixa AFBNB PÁG. 02 PÁG. 03 PÁG. 04 www.bancariosrn.com.br Impresso Especial 9912170537 - DR/RN SINDICATO DOS BANCÁRIOS - RN DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS CORREIOS LB 04 Pegadinhas da língua portuguesa Por João Bezerra Castro ERROS COMUNS DE GRAFIA Ninguém está livre de ficar confuso no momento de pronunciar ou de escrever certas palavras. Esse fato ocorre com todos os falantes, de todas as línguas. Apresentamos alguns exemplos desse tipo de ocorrência. Em negrito, destacamos a grafia registrada nos dicionários. A forma não registrada está entre parênteses, destacada em itálico e antecedida de um asterisco (*). Acupuntura (*acumpuntura). A palavra tem um só ene antes da sílaba tu. Locutores de rádio e TV leem a palavra acrescentando um eme indevido. Adivinhar (*advinhar). O verbo e suas flexões têm i depois do d. Da mesma forma, são grafados os substantivos adivinho e adivinhação. Advinha (sem i entre o d e o v) é forma do verbo advir (=acontecer, sobrevir, provir, resultar). Ansioso (*ancioso). Que sente ansiedade ou ânsia. Caranguejo (*carangueijo). A palavra deriva do espanhol cangrejo. Também sem i antes do j : caranguejada , caranguejar , caranguejeiro. Outros animais com terminação ejo: abadejo (forma variante badejo) e percevejo. Frustração (*frustação). Existem pessoas que se esquecem do segundo r ao pronunciarem palavras com rr em sílabas contíguas: fragrância, frustrado, frustrante, frustrar, opróbrio, propriedade, proprietário, próprio, prostrar. Menos (*menas). A palavra menos pode funcionar como advérbio, pronome indefinido, substantivo masculino ou preposição. Em qualquer situação ela é invariável: menos pessoas, menos vezes, menos favorecida, menos gente. Meteorologia (*metereologia). A palavra deriva do grego metéoros (=elevado no ar, meteoro). Significa o estudo dos meteoros. Da mesma forma: meteorológico, meteorologista, meteoromancia, meteoroscópio. Octogésimo (*octagésimo). Ordinal que corresponde ao número oitenta. Da mesma forma: Octogenário (que tem idade entre oitenta e oitenta e nove anos). Paralisação (*paralização). Também devemos grafar sempre com s: paralisado, paralisante, paralisar (e suas flexões), paralisia. Privilégio (*previlégio). Significa direito, concessão ou vantagem que se outorga a alguém ou a um grupo em detrimento de outros, isto é, algo privado, para poucos. Da mesma forma: privilegiado, privilegiar. Pus (*puz). Líquido espesso que sai de feridas infeccionadas. É homógrafa da palavra pus, 1ª pessoa do verbo pôr (eu pus). Sobrancelha (*sombrancelha). Deriva do latim supercilìa, que significa sobre os cílios. Sobrancelha não tem relação com a palavra sombra. Supetão (*sopetão). Aumentativo de *súpeto, forma antiga de escrever súbito. Usado na locução adverbial de supetão: de súbito, de repente, repentinamente. Crise econômica começa a ser exposta no Brasil. Lucro da Caixa esconde perdas salariais dos empregados. Diretoria é reeleita contra chapa apoiada pela Contraf/CUT. Clima de terror na agência Centro Administrativo e tem um problema que se repete nos S bancos, ele se chama assédio moral. Muitos gestores ainda não entenderam que não é com autoritarismo e ameaças que se estimula uma equipe, e continuam apelando para este método agressivo e ineficaz. O figurão da vez é o gerente do BB Centro Administrativo, Edísio Filho. As denúncias contra ele são muitas. As cobranças são feitas em voz baixa, mas de forma autoritária e intimidatória, principalmente contra as mulheres, mostrando que além de intransigente o gestor revela inconscientemente o seu lado machista. Para Edísio, os funcionários são meras peças manipuláveis e descartáveis. Ele sequer respeita os problemas de saúde confirmados pelos médicos, chegando a ponto de questionar atestados desses profissionais e, pasmem, segundo informações de colegas da agência, aquele gestor queria rejeitar o retorno de uma bancária que estava em licença saúde porque ela precisaria ficar se ausentando esporadicamente para tratamento do seu grave problema de saúde. Quanta desumanidade! A ele só interessa os números da agência e, apesar do bom desempenho da Unidade, ele subvaloriza a avaliação de sua equipe atribuindo baixas notas na GDP. O clima organizacional é tão tenso que alguns colegas recebem com frieza a visita de dirigentes do Sindicato, com receio de retaliação, preferindo denunciá-lo via telefone. A agência já foi denunciada na edição 25 do LB e também à Covisa, por gerar risco aos trabalhadores e clientes, em razão das reformas em suas instalações sem se preocupar com a segurança das pessoas. A Covisa já esteve no local e estamos aguardando o desfecho da denúncia. Pois é, ''Seu'' Edísio, sua prática opressora está com os dias contados. Sua equipe não está nada satisfeita com a forma como vem sendo tratada e o Sindicato tomará as providências cabíveis. Edísio José Soares Filho, o gerente do Banco do Brasil que acha que meta se alcança sufocando sua equipe Banco do Brasil Facebook Diretoria da AFBNB é reeleita onforme estabelecido pelo C regulamento eleitoral, no dia 27 de novembro, a Comissão Eleitoral finalizou a contabilização dos votos nas eleições para Diretoria e Conselho Fiscal da AFBNB. O resultado final apontou que, dos 4.610 associados aptos a votar, sendo aproximadamente um quarto destes aposentados, segmento que historicamente comparece em pequena escala às urnas, 2.992 votaram para Diretoria, e 2.986 votaram para o Conselho Fiscal, com 45 votos nulos para a Diretoria e 43 para o Conselho Fiscal; 31 em branco para ambas as instâncias. O resultado foi o seguinte: - Diretoria: 2.094 votos para a Chapa 1, Autonomia e Luta - A chapa da AFBNB; e 822 votos para a Chapa 2, Renovação com unidade e ousadia; - Conselho Fiscal: 2.028 votos para a chapa 1, e 884 votos para a Chapa 2. A Chapa 1 venceu em 13 das 14 Unidades da Federação, onde o BNB atua (incluindo as agências extrarregionais e representação no DF), conforme o mapa divulgado pela Comissão Eleitoral. Fonte: AFBNB Nota do SEEB RN: A Chapa 1 derrotou a chapa apoiada pela Contraf/CUT e, por consequência, governista. Isso mostra a insatisfação da categoria com a forma adotada pelo governo no tratamento das demandas do BNB. O SEEB RN deseja uma boa gestão aos diretores reeleitos.

LB - bancariosrn.com.br · Independente e de luta Jornal do Sindicato dos Bancários do RN Ano XXVIII Nº 27 De 02 a 08 de dezembro de 2013 SEJA SÓCIO LEIA NESTA EDIÇÃO Juros Caixa

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LUTA BANCÁRIA

Av. Deodoro da Fonseca, 419, - Natal/RN - CEP: 59020-025

Telefone: 3213.0394 / Fax: 3213.5256

www.bancariosrn.com.br

LB

Independente e de luta

Jornal do Sindicato dos Bancários do RN

Ano XXVIII Nº 27

De 02 a 08 de dezembro de 2013

SEJASÓCIO

LEIA NESTA EDIÇÃO

Juros Caixa AFBNB

PÁG. 02 PÁG. 03 PÁG. 04www.bancariosrn.com.brImpressoEspecial

9912170537 - DR/RNSINDICATO DOSBANCÁRIOS - RN

DEVOLUÇÃOGARANTIDA CORREIOS

CORREIOSLB04

Pegadinhasda língua portuguesa

Por João Bezerra CastroERROS COMUNS DE GRAFIA

Ninguém está livre de ficar confuso no momento de pronunciar ou de escrever certas palavras. Esse fato ocorre com todos os falantes, de todas as línguas.Apresentamos alguns exemplos desse tipo de ocorrência. Em negrito, destacamos a grafia registrada nos dicionários. A forma não registrada está entre parênteses, destacada em itálico e antecedida de um asterisco (*).Acupuntura (*acumpuntura). A palavra tem um só ene antes da sílaba tu. Locutores de rádio e TV leem a palavra acrescentando um eme indevido. Adivinhar (*advinhar). O verbo e suas flexões têm i depois do d. Da mesma forma, são grafados os substantivos adivinho e adivinhação. Advinha (sem i entre o d e o v) é forma do verbo advir (=acontecer, sobrevir, provir, resultar).Ansioso (*ancioso). Que sente ansiedade ou ânsia. Caranguejo (*carangueijo). A palavra deriva do espanhol cangrejo. Também sem i antes do j : caranguejada , caranguejar , caranguejeiro. Outros animais com terminação ejo: abadejo (forma variante badejo) e percevejo. Frustração (*frustação). Existem pessoas que se esquecem do segundo r ao pronunciarem palavras com rr em sílabas contíguas: fragrância, frustrado, frustrante, frustrar, opróbrio, propriedade, proprietário, próprio, prostrar. Menos (*menas). A palavra menos pode funcionar como advérbio, pronome indefinido, substantivo masculino ou preposição. Em qualquer situação ela é invariável: menos pessoas, menos vezes, menos favorecida, menos gente.Meteorologia (*metereologia). A palavra deriva do grego metéoros (=elevado no ar, meteoro). Significa o estudo dos meteoros. Da mesma forma: meteorológico, meteorologista, meteoromancia, meteoroscópio. Octogésimo (*octagésimo). Ordinal que corresponde ao número oitenta. Da mesma forma: Octogenário (que tem idade entre oitenta e oitenta e nove anos).Paralisação (*paralização). Também devemos grafar sempre com s: paralisado, paralisante, paralisar (e suas flexões), paralisia.Privilégio (*previlégio). Significa direito, concessão ou vantagem que se outorga a alguém ou a um grupo em detrimento de outros, isto é, algo privado, para poucos. Da mesma forma: privilegiado, privilegiar.Pus (*puz). Líquido espesso que sai de feridas infeccionadas. É homógrafa da palavra pus, 1ª pessoa do verbo pôr (eu pus). Sobrancelha (*sombrancelha). Deriva do latim supercilìa, que significa sobre os cílios. Sobrancelha não tem relação com a palavra sombra.Supetão (*sopetão). Aumentativo de *súpeto, forma antiga de escrever súbito. Usado na locução adverbial de supetão: de súbito, de repente, repentinamente. Crise econômica começa

a ser exposta no Brasil.

Lucro da Caixa esconde perdas sa la r ia i s dos empregados.

Diretoria é reeleita contra c h a p a a p o i a d a p e l a Contraf/CUT.

Clima de terror na agência Centro Administrativo

e tem um problema que se repete nos

Sbancos, ele se chama assédio moral. M u i t o s g e s t o r e s a i n d a n ã o

entenderam que não é com autoritarismo e ameaças que se estimula uma equipe, e continuam apelando para este método agressivo e ineficaz. O figurão da vez é o gerente do BB Centro Administrativo, Edísio Filho. As denúncias contra ele são muitas. As cobranças são feitas em voz baixa, mas de f o rma au to r i t á r i a e i n t im ida tó r i a , principalmente contra as mulheres, mostrando que além de intransigente o gestor revela inconscientemente o seu lado machista. Para Edísio, os funcionários são meras peças manipuláveis e descartáveis. Ele sequer respeita os problemas de saúde confirmados pelos médicos, chegando a ponto de questionar atestados desses profiss ionais e , pasmem, segundo informações de colegas da agência, aquele gestor queria rejeitar o retorno de uma bancária que estava em licença saúde porque ela precisaria ficar se ausentando

esporadicamente para tratamento do seu grave problema de saúde. Quanta desumanidade! A ele só interessa os números da agência e, apesar do bom desempenho da Unidade, ele subvaloriza a avaliação de sua equipe atribuindo baixas notas na GDP. O clima organizacional é tão tenso que alguns colegas recebem com frieza a visita de dirigentes do Sindicato, com receio de retaliação, preferindo denunciá-lo via telefone. A agência já foi denunciada na edição 25 do LB e também à Covisa, por gerar risco aos trabalhadores e clientes, em razão das reformas em suas instalações sem se preocupar com a segurança das pessoas. A Covisa já esteve no local e estamos aguardando o desfecho da denúncia. Pois é, ''Seu'' Edísio, sua prática opressora está com os dias contados. Sua equipe não está nada satisfeita com a forma como vem sendo tratada e o Sindicato tomará as providências cabíveis.

Edísio José Soares Filho, o gerente do Banco do Brasil que acha que metase alcança sufocando sua equipe

Banco do Brasil

Face

book

Diretoria da AFBNB é reeleita

onforme estabelecido pelo

Cregulamento eleitoral, no dia 27 de novembro, a Comissão

Eleitoral finalizou a contabilização dos votos nas eleições para Diretoria e Conselho Fiscal da AFBNB. O resultado final apontou que, dos 4.610 associados aptos a votar, sendo aproximadamente um quar to destes aposentados, s e g m e n t o q u e h i s t o r i c a m e n t e comparece em pequena escala às urnas, 2.992 votaram para Diretoria, e 2.986 votaram para o Conselho Fiscal, com 45 votos nulos para a Diretoria e 43 para o Conselho Fiscal; 31 em branco para ambas as instâncias. O resultado foi o seguinte: - Diretoria: 2.094 votos para a Chapa 1, Autonomia e Luta - A chapa da AFBNB; e 822 votos para a Chapa 2, Renovação com unidade e ousadia; - Conselho Fiscal: 2.028 votos para a chapa 1, e 884 votos para a Chapa 2. A Chapa 1 venceu em 13 das 14 Unidades da Federação, onde o BNB a t u a ( i n c l u i n d o a s a g ê n c i a s extrarregionais e representação no DF), conforme o mapa divulgado pela Comissão Eleitoral. Fonte: AFBNB

Nota do SEEB RN: A Chapa 1 derrotou a chapa apoiada pela Contraf/CUT e, por consequência, governista. Isso mostra a insatisfação da categoria com a forma adotada pelo governo no tratamento das demandas do BNB. O SEEB RN deseja uma boa gestão aos diretores reeleitos.

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LB LB02 03Editorial

Pena em hotel de luxo

EXPEDIENTE

[email protected]@bancariosrn.com.br

Jornalista responsável

Ana Paula Costa(1235 JP/RN)

Tiragem3.800 exemplares

ImpressãoUnigráfica

Conselho EditorialMarcos TinôcoBeatriz PaivaMarta Turra

osé Dirceu, condenado por

Jchefiar a quadrilha do mensalão, da qual, na verdade, era o número

2, já que o chefe claramente era Lula, não cansa de debochar da Justiça e de cada um dos brasileiros. Não satisfeito em roubar os cofres públicos e ter liderado um governo que governava comprando votos e retirando direitos da maioria da população, Dirceu, finalmente condenado após tanto tempo, deve passar sua “pena” em um hotel de luxo de Brasília. Dirceu se diz “preso político”, apesar de ter sido condenado por um

STF, cujos membros, num total de 11, 8 foram nomeados pelo PT. Condenado a 10 anos e 10 meses de prisão no mensalão, o ex-ministro de Lula só teve confirmados 7 anos e 11 meses de pena por corrupção ativa, e sua prisão é apenas uma resposta tímida do STF à indignação popular, mas que mantém todas as mordomias do braço direito de Lula. Assim, o corrupto Dirceu está cumprindo pena apenas no regime semiaberto, o que permite que trabalhe fora da prisão durante o dia. E

adivinhem onde lhe “ofereceram” um emprego? Num hotel de luxo. Paulo Abreu, dono do hotel, sabe que Dirceu não vai trabalhar horário nenhum, mas também sabe que não será ele a pagar o salário também. Então, o “contrato” é mais uma farsa nessa história recheada de fraudes, e supostamente estabelece a D i r c e u o c a r g o d e g e r e n t e administrativo com carga horária das 8h às 17h. O salário? R$ 20 mil por mês. Enquanto isso, o salário do trabalhador, ó...

Juros sobem a 10% e superávit do governo é autorizado a ser ainda mais baixo: duas notícias que mostram a gravidade da crise no Brasil!

CPA 10 Sindicato alerta os bancários com atribuições que exigem a Certificação de

OInvestimento (CPA 10), da necessidade de revalidação dessa certificação para o exercício da função. Como se trata de uma exigência legal, caso o empregado

não possua a certificação ou esta esteja vencida, corre o risco de perder a função.

epois de 20 meses, os juros

Dbrasileiros, os mais altos entre as principais economias do

mundo, voltam ao patamar de dois dígitos. Por decisão unânime do Banco Central, a taxa Selic, que serve de referência para o rendimento das aplicações financeiras e o custo dos empréstimos bancários, foi elevada de 9,5% para 10% ao ano. Sob o governo Dilma, a taxa de juros atingiu seu menor percentual desde que foi criada em 1986, chegando a 7,25% anuais, o que foi motivo de festa no PT e no governo. A comemoração, porém, não se sustentou mais que alguns meses. Na verdade, os juros não baixaram tanto porque a economia estivesse bem, mas exatamente pelo contrário: o PIB do Brasil estava crescendo tão pouco – e continua assim – que Dilma foi obrigada a baixar os juros para reforçar a

capacidade de tomar empréstimos e facilitar a compra a prazo por parte da população, tentando fazer voltar a crescer o consumo e o investimento, em queda desde o fim do boom da era Lula, quando as dívidas das famílias deram um salto. O efeito colateral da queda dos juros e da consequente nova “forçação de barra” para que todos fizessem mais emprést imos e gastassem ainda mais um dinheiro que não têm, foi o aumento dos preços e recrudescimento da inflação, que pode ser ainda mais alta neste ano do que foi em 2012, quando já foi muito forte. Para lidar com este descontrole do custo de vida, o BC de Dilma teve que novamente voltar a subir os juros. O efeito desta política será claro: a inflação pode até desacelerar, mas já está alta e isso não será revertido; ao mesmo tempo em que o consumo cairá, levando para baixo toda a economia brasileira, já muito combalida. Tão grave quanto isso é o aumento da dívida pública do país, reajustada pela Selic, e que já é superior a 2 trilhões de dólares! Dilma agora também terá que l idar com a perda de um argumento eleitoral que seria usado no ano que vem, o de ter chegado à

taxa mais baixa de juros da história, o que agora é mais um engodo que veio abaixo. E, se os juros que regem a dívida do Brasil estão mais altos, o montante devido também deve aumentar. É que, além de pagar uma taxa maior, com a Selic a 10%, o governo Dilma, outra vez, diminuiu o compromisso de “economia” do orçamento, chamado de superávit primário, e que serve para pagar os juros da dívida pública. O Congresso Nacional, por orientação de Dilma, aprovou um p r o j e t o d e l e i q u e r e t i r a a obrigatoriedade de o governo federal compensar as metas de superávit primário que não forem atingidas por Estados, Distrito Federal e municípios em 2013. A proposta vai livrar a União de ter que poupar até R$ 47,8 bilhões e representa uma mutilação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013, que previa que o setor público deveria economizar R$ 155,8 bilhões este ano, equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado. Deste valor, o governo Dilma deveria aportar R$ 108,1 bilhões, valor que poderia aumentar mais R$ 47,8 bilhões, o que agora foi suprimido. Além desta manobra que deve fazer com que nem municípios,

nem estados e nem o governo federal economizem este valor, que irá se acumular como mais dívida total, Dilma já tinha cortado sua própria m e t a d e s u p e r á v i t p r i m á r i o , eliminando os investimentos do P r o g r a m a d e A c e l e r a ç ã o d o Crescimento (PAC) e a desoneração de tributos em até R$ 65,2 bilhões. O resultado é que a política de superávit primário foi praticamente demolida pelo governo Dilma, apesar das entregas bilionárias de patrimônio público, por meio da privatização da área petrolífera de Libra por R$ 15 bilhões e dos mais de R$ 20 bilhões consegu idos pe la venda dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG). Nós defendemos o fim do superávit primário, pois somos contra o pagamento da própria dívida pública. Mas, para um governo em que esta discussão é impossível, e q u e é r e f é m d o s c r e d o r e s internacionais e nacionais, deixar de pagar os juros da dívida é uma prova de que a economia brasileira vai de mal a pior, e que a crise e a quebradei ra públ ica estão no horizonte. Ainda mais com o retorno da Selic a 10% ao ano.

BB e Correios unem-se para explorar outros serviços no Banco Postal Banco do Brasil e os Correios

Oanunciam uma joint venture para criar definitivamente o

Banco Postal. O BB já tem uma concessão para atuar nas agências de correios como correspondente bancário, o que restringe a ampliação dos negócios. A l é m d e s e r v i ç o s d e pagamento e recebimento, o BB passará a explorar um leque maior de operações, como seguros, outras linhas de crédito, capitalização, cartões pré-pagos e consórcios. Mais um passo dado rumo à terceirização definitiva dos serviços bancários. Processo iniciado no governo FHC e continuado com muito

“empenho” pelos governos do PT. A terceirização do trabalhador é sempre uma forma de ampliar a exploração e colocar em risco os funcionários. Os trabalhadores de ambos os lados serão prejudicados. Por um lado os Correios não possuem estrutura e segurança suficiente para oferecer os serviços bancários. Além disso, seus empregados serão submetidos ao m e s m o a s s é d i o q u e t a n t o denunciamos nos bancos: metas abusivas e assédio. Em contrapartida, os bancários perderão mais mercado enfrentando o desemprego. Apenas a lucratividade dos bancos deverá aumentar, à custa da opressão da classe trabalhadora

EXPLORANDO

Reintegra Bradesco!

funcionária do Bradesco, da agência Rio Branco, Ivana Aparecida

Ade Oliveira Costa, voltou ao trabalho em 27 de novembro, após um ano de luta na Justiça.

Ela foi demitida por problemas de saúde (LER/DORT) e ficou afastada do banco por um ano! Mas foi com muita luta do Sindicato e de sua Assessoria Jurídica, além da força de vontade de Ivana, que hoje conseguimos fazer a reintegração oficial dela na agência.

Sindicato vence, na Justiça, causa de acúmulo de vínculos

epois que o Banco do Brasil

Dcomeçou a exigir de seus funcionários que possuem

vínculo empregatício com outro serviço público, muitos tiveram que optar. Mas alguns apelaram para a Justiça tentando manter os dois cargos e conseguiram. É o caso do pofessor Francisco Leandro Soares de Moura, da agência Jucurutu. Ele alegou, através da Assessoria Jurídica do Sindicato, que, baseado em norma interna do Banco, seria possível manter os dois vínculos, sem prejuízo para as duas funções. A causa foi julgada pelo juiz Carlito Antônio da Cruz, em 18 de novembro, garantindo ao bancário/professor a manutenção dos dois empregos.

De janeiro a setembro, Caixa lucrou R$ 5 bilhões

Caixa Econômica Federal obteve lucro líquido de R$ 5,006 bilhões

Anos nove primeiros meses de 2013, com aumento de 19,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Mais um ótimo

resultado para o banco, o que não se reflete em melhoria para os empregados. Apesar de alardear o aumento nos lucros, a Caixa não se dispõe a negociar as perdas salariais, acumuladas desde a implantação do Plano Real, com seus funcionários. Nem tem se preocupado em oferecer melhores condições de trabalho. O que vemos sempre é o aumento na cobrança, acúmulo de trabalho e hora extra para cumprimento de meta. Até mesmo a abertura de novas agências não vem acompanhada da contratação de mais empregados. Lucrativo pra quem?