LD_economia_brasileira.pdf

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  • Universidade do Sul de Santa Catarina

    Palhoa

    UnisulVirtual

    2007

    Economia Brasileira

    Disciplina na modalidade a distncia

    3 edio revista e atualizada

    Book.indb 1Book.indb 1 17/8/2007 10:26:4817/8/2007 10:26:48

  • CrditosUnisul - Universidade do Sul de Santa CatarinaUnisulVirtual - Educao Superior a Distncia

    Campus UnisulVirtualAvenida dos Lagos, 41 Cidade Universitria Pedra BrancaPalhoa SC - 88137-100Fone/fax: (48) 3279-1242 e3279-1271E-mail: [email protected]: www.virtual.unisul.br

    Reitor UnisulGerson Luiz Joner da Silveira

    Vice-Reitor e Pr-Reitor AcadmicoSebastio Salsio Heerdt

    Chefe de Gabinete da ReitoriaFabian Martins de Castro

    Pr-Reitor AdministrativoMarcus Vincius Antoles da Silva Ferreira

    Campus SulDiretor: Valter Alves Schmitz NetoDiretora adjunta: Alexandra Orsoni

    Campus NorteDiretor: Ailton Nazareno SoaresDiretora adjunta: Cibele Schuelter

    Campus UnisulVirtualDiretor: Joo VianneyDiretora adjunta: Jucimara Roesler

    Equipe UnisulVirtual

    AdministraoRenato Andr LuzValmir Vencio Incio

    Avaliao InstitucionalDnia Falco de Bittencourt

    BibliotecaSoraya Arruda Waltrick

    Capacitao e Assessoria ao DocenteAngelita Maral Flores (Coordenadora)Caroline BatistaEnzo de Oliveira MoreiraPatrcia MeneghelSimone Andra de CastilhoVanessa Francine Corra

    Coordenao dos CursosAdriano Srgio da CunhaAlosio Jos RodriguesAna Luisa MlbertAna Paula Reusing PachecoCharles CesconettoDiva Marlia FlemmingEduardo Aquino HblerFabiano CerettaItamar Pedro BevilaquaJanete Elza FelisbinoJucimara RoeslerLauro Jos BallockLvia da Cruz (auxiliar)Luiz Guilherme Buchmann FigueiredoLuiz Otvio Botelho LentoMarcelo CavalcantiMaria da Graa PoyerMaria de Ftima Martins (auxiliar)Mauro Faccioni FilhoMichelle Denise Durieux Lopes DestriMoacir FogaaMoacir HeerdtNlio HerzmannOnei Tadeu DutraPatrcia AlbertonRaulino Jac BrningRodrigo Nunes Lunardelli

    Criao e Reconhecimento de CursosDiane Dal MagoVanderlei Brasil

    Desenho EducacionalDesign InstrucionalDaniela Erani Monteiro Will (Coordenadora)Carmen Maria Cipriani PandiniCarolina Hoeller da Silva BoeingFlvia Lumi MatuzawaKarla Leonora Dahse NunesLeandro Kingeski PachecoLigia Maria Soufen TumoloMrcia LochViviane BastosViviani Poyer

    AcessibilidadeVanessa de Andrade Manoel

    Avaliao da AprendizagemMrcia Loch (Coordenadora)Cristina Klipp de OliveiraSilvana Denise Guimares

    Design Gr coCristiano Neri Gonalves Ribeiro (Coordenador) Adriana Ferreira dos SantosAlex Sandro XavierEvandro Guedes MachadoFernando Roberto Dias ZimmermannHigor Ghisi LucianoPedro Paulo Alves TeixeiraRafael PessiVilson Martins Filho

    Disciplinas a DistnciaEnzo de Oliveira Moreira

    Gerncia AcadmicaMrcia Luz de Oliveira Bubalo

    Gerncia de EnsinoAna Paula Reusing Pacheco

    Logstica de Encontros PresenciaisGraciele Marins Lindenmayr(Coordenadora) Aracelli AraldiCcero Alencar BrancoDouglas Fabiani da CruzFernando SteimbachLetcia Cristina BarbosaPriscila Santos Alves

    Formatura e EventosJackson Schuelter Wiggers

    Logstica de MateriaisJeferson Cassiano Almeida da Costa (Coordenador)Jos Carlos TeixeiraEduardo Kraus

    Monitoria e SuporteRafael da Cunha Lara (Coordenador)Adriana SilveiraAndria DrewesCaroline MendonaCludia Noemi NascimentoCristiano DalazenDyego RachadelEdison Rodrigo ValimFrancielle ArrudaGabriela Malinverni BarbieriJonatas Collao de SouzaJosiane Conceio LealMaria Eugnia Ferreira CeleghinRachel Lopes C. PintoTatiane SilvaVincius Maykot Sera m

    Produo Industrial e SuporteArthur Emmanuel F. Silveira (Coordenador)Francisco Asp

    Relacionamento com o MercadoWalter Flix Cardoso Jnior

    Secretaria de Ensino a DistnciaKarine Augusta Zanoni Albuquerque(Secretria de ensino)Ana Paula Pereira Andra Luci MandiraAndrei RodriguesCarla Cristina SbardellaDeise Marcelo AntunesDjeime Sammer Bortolotti Franciele da Silva BruchadoJames Marcel Silva RibeiroJanaina Stuart da CostaJenni er CamargoLamuni SouzaLiana Pamplona Marcelo Jos SoaresMarcos Alcides Medeiros JuniorMaria Isabel AragonOlavo LajsPriscilla Geovana PaganiRosngela Mara SiegelSilvana Henrique SilvaVanilda Liordina HeerdtVilmar Isaurino Vidal

    Secretria ExecutivaViviane Schalata Martins

    TecnologiaOsmar de Oliveira Braz Jnior(Coordenador)Je erson Amorin OliveiraMarcelo Neri da SilvaPascoal Pinto VernieriRicardo Alexandre Bianchini

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  • Apresentao

    Este livro didtico corresponde disciplina Economia Brasileira.O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autnoma, abordando contedos especialmente selecionados e adotando uma linguagem que facilite seu estudo a distncia. Por falar em distncia, isso no signi ca que voc estar sozinho. No esquea que sua caminhada nesta disciplina tambm ser acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade. Nossa equipe ter o maior prazer em atend-lo, pois sua aprendizagem nosso principal objetivo.Bom estudo e sucesso!

    Equipe UnisulVirtual.

    Book.indb 3Book.indb 3 17/8/2007 10:26:5117/8/2007 10:26:51

  • Book.indb 4Book.indb 4 17/8/2007 10:26:5117/8/2007 10:26:51

  • Amilton de Carvalho GuedesKtia Macedo

    Palhoa

    UnisulVirtual

    2007

    Design instrucional

    Carolina Hoeller da Silva Boeing

    Economia Brasileira

    Livro didtico

    3 edio revista e atualizada

    Book.indb 5Book.indb 5 17/8/2007 10:26:5117/8/2007 10:26:51

  • Edio Livro Didtico

    Professor ConteudistaAmilton de Carvalho Guedes

    Ktia Macedo.

    Design InstrucionalCarolina Hoeller da Silva Boeing

    Projeto Gr co e CapaEquipe UnisulVirtual

    DiagramaoAdriana Ferreira dos Santos

    Higor Ghisi Luciano (3 edio)

    Reviso Simone Rejane Martins

    Ficha catalogrfi ca elaborada pela Biblioteca Universitria da Unisul

    330.981G95 Guedes, Amilton de Carvalho

    Economia brasileira : livro didtico / Amilton de Carvalho Guedes, Ktia Macedo ; design instrucional Carolina Hoeller da Silva Boeing. 3. ed. rev. e atual. Palhoa : UnisulVirtual, 2007.

    226p. : il. ; 28 cm.

    Inclui bibliogra a.

    1. Economia Brasil Histria. I. Macedo, Ktia. II. Boeing, Carolina Hoeller da Silva. III. Ttulo.

    Copyright UnisulVirtual 2007

    Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prvia autorizao desta instituio.

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  • Apresentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    UNIDADE 1 Mercantilismo e perodo colonial (sc. XVI ao XIX) . . . . . 17UNIDADE 2 Economia agroexportadora e origem da indstria . . . . . . 31UNIDADE 3 As contas nacionais brasileiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49UNIDADE 4 Desenvolvimento econmico brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . 67UNIDADE 5 Instrumentos de poltica econmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85UNIDADE 6 Processo infl acionrio no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105UNIDADE 7 Sistema fi nanceiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125UNIDADE 8 Evoluo das contas externas brasileiras . . . . . . . . . . . . . . 149UNIDADE 9 Dvida externa brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163UNIDADE 10 Comrcio exterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177UNIDADE 11 Privatizao no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195

    Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 Sobre os professores conteudista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215Respostas e comentrios das atividades de auto-avaliao . . . . . . . . . . . . 217

    Sumrio

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  • Book.indb 8Book.indb 8 17/8/2007 10:26:5117/8/2007 10:26:51

  • Palavras dos professores

    Bem-vindo (a) disciplina de Economia Brasileira.O objetivo principal da disciplina que por meio deste estudo voc adquira conhecimentos bsicos sobre a evoluo da economia no Brasil que lhe permitam vivenciar o perodo contemporneo. A partir desta disciplina voc ter a possibilidade de uma melhor compreenso do processo histrico, poltico, econmico e social do pas, entre o perodo colonial at os dias atuais, obtendo elementos para melhor compreender o Brasil de hoje. Nesse contexto, voc estudar tambm a relao do Brasil com a economia mundial.Voc estudar a evoluo e as caractersticas fundamentais da economia brasileira que lhe permitiro uma melhor compreenso e anlise do desenvolvimento econmico brasileiro, assim como permitir que voc entenda porque o Brasil, apesar de todas suas riquezas, ainda no conseguiu tornar-se um pas desenvolvido.Em cada unidade da disciplina voc con rma o acesso a dados histricos e anlise da economia brasileira sob diferentes aspectos.Um bom estudo!

    Professor Amilton de Carvalho GuedesProfessora Ktia Macedo

    Book.indb 9Book.indb 9 17/8/2007 10:26:5117/8/2007 10:26:51

  • Book.indb 10Book.indb 10 17/8/2007 10:26:5217/8/2007 10:26:52

  • Plano de estudo

    O plano de estudos visa a orient-lo no desenvolvimento da disciplina. Ele possui elementos que o ajudaro a conhecer o contexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos. O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam, portanto, a construo de competncias se d sobre a articulao de metodologias e por meio das diversas formas de ao/mediao.So elementos desse processo:

    O Espao UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).As atividades de avaliao (a distncia, presenciais e de auto-avaliao).O Sistema Tutorial.

    Ementa

    A economia colonial brasileira. Ciclos econmicos. A economia da repblica velha. A economia da Era Vargas. Governo Kubitschek. A crise do incio dos anos 60 e o Golpe de 1964. O PAEG. O milagre econmico. O Governo Geisel e o segundo PND. O Governo Figueiredo. A Nova Repblica. Os planos de estabilizao na Nova Repblica. Cenrios futuros.

    Book.indb 11Book.indb 11 17/8/2007 10:26:5217/8/2007 10:26:52

  • Objetivo

    Possibilitar ao estudante uma melhor compreenso do processo histrico e da atualidade da economia brasileira, fornecendo-lhe elementos para melhor compreender a situao atual do Brasil.

    Carga horria

    A carga horria total da disciplina 60 horas-aula.

    Contedo programtico/objetivos

    Veja, a seguir, as unidades que compem o livro didtico desta disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos resultados que voc dever alcanar ao nal de uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade de nem o conjunto de conhecimentos que voc dever possuir para o desenvolvimento de habilidades e competncias necessrias sua formao.

    Unidades de estudo: 11

    Unidade 1: Mercantilismo e perodo colonial (sc. XVI ao XIX)

    Nesta unidade ser apresentada a economia brasileira durante o perodo colonial, trazendo a de nio do capitalismo, mercantilismo e pacto colonial, que sero apresentados nas primeiras sees. Com esses conceitos car mais fcil a compreenso dos primeiros ciclos econmicos no Brasil, que aconteceram no perodo colonial, entre eles, o ciclo do pau-brasil, o ciclo do acar, o ciclo do ouro e o ciclo do algodo.

    Unidade 2: Economia agroexportadora e origem da indstria

    Est unidade apresenta temas envolvendo regies geogr cas, a vinda de imigrantes para o Brasil e o processo de substituio de importao. Todos vinculados ao ciclo do caf e ao surgimento do processo de industrializao no Brasil.

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  • Unidade 3: As contas nacionais brasileiras

    Nesta unidade ser analisado o crescimento brasileiro atravs do instrumento denominado Contabilidade Nacional, bem como a evoluo dos setores econmicos e a participao dos Estados e regies na produo nacional. Sero analisadas, tambm a produo interna brasileira relacionada ao quantitativo populacional e a relao entre a produo brasileira e a produo dos demais paises do mercado mundial.

    Unidade 4: Desenvolvimento econmico brasileiro.

    Esta unidade apresenta o conceito de desenvolvimento e sua interao com o crescimento econmico. Esta unidade compara o ndice de desenvolvimento humano no Brasil com outros paises e o ndice de desenvolvimento humano entre os Estados brasileiros, bem como o ndice de distribuio de renda no Brasil.

    Unidade 5: Instrumentos de poltica econmica

    Esta unidade mostrar como o governo conduz a poltica econmica do pas, mediante instrumentos como as Polticas Fiscal, Monetria, Cambial e de Rendas. Esses instrumentos visam atingir a estabilidade econmica, o crescimento, a gerao de empregos e a distribuio de renda. O aluno ter um viso de como essas polticas afetam o seu dia-a-dia.

    Unidade 6: Processo in acionrio no Brasil

    Apresenta-se um breve histrico da in ao no Brasil e os principais planos econmicos implantados a partir da dcada de 80. Os planos Cruzado, Vero, Bresser, Collor e o Real foram criados para acabar com a in ao. O aluno estudar as caracterstica e cada plano e os principais motivos do fracasso e do sucesso de cada um deles.

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    Unidade 7: Sistema nanceiro

    Esta unidade apresenta detalhes da evoluo histrica e do funcionamento do sistema nanceiro brasileiro. Quais as entidades que a compem, alm de avalizar como so gerenciados e disponibilizados o recurso na economia brasileira e a distribuio de instituies por segmentos e Estados no Brasil.

    Unidade 8: Evoluo das contas externas brasileiras

    Esta unidade mostra a evoluo do balano de pagamentos, destacando o desempenho da balana comercial, que nos ltimos anos vem apresentando resultados positivos relevantes. Em 2004, o supervit foi de US$ 33 bilhes. Este resultado proporcionou uma melhora nas contas externas do pas, pois a entrada de divisas via exportao fundamental para o pagamento dos compromissos do pas no exterior.

    Unidade 9: Dvida externa brasileira

    A dvida externa brasileira sempre despertou a preocupao de vrios setores da economia. Nesta unidade veremos que ela no um problema recente, mas que foi muito afetada pela crise do petrleo na dcada de 70. A partir da renegociao da moratria em 1994, o governo vem tentando transmitir ao mundo nanceiro internacional, que o pas hoje capaz de quitar seus compromissos.

    Unidade 10: Comrcio exterior

    Nos ltimos anos, o comrcio exterior no Brasil passou a ser de vital importncia para a economia. At os anos 70, as exportaes brasileiras eram focadas em produtos bsicos. Aps a abertura comercial na dcada de 90, houve uma evoluo signi cativa na pauta de exportaes. Apesar da participao expressiva do agronegcio, hoje os produtos manufaturados e semi-manufaturados j representam 70% das vendas aos exterior.

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    Unidade 11: Privatizao no Brasil

    Esta unidade apresenta o processo de privatizao ocorrido no Brasil a partir da dcada de 90. A venda de grandes empresas estatais para iniciativa privada gerou e, gera at hoje, muitas crticas, principalmente quanto a pouca transparncia no processo e os ganhos para a sociedade.

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  • 16

    Agenda de atividades/ Cronograma

    Veri que com ateno o EVA, organize-se para acessar periodicamente o espao da disciplina. O sucesso nos seus estudos depende da priorizao do tempo para a leitura, da realizao de anlises e snteses do contedo, e da interao com os seus colegas e tutor.

    No perca os prazos das atividades. Registre no espao a seguir as datas, com base no cronograma da disciplina disponibilizado no EVA.

    Use o quadro para agendar e programar as atividades relativas ao desenvolvimento da disciplina.

    Atividades obrigatrias

    Demais atividades (registro pessoal)

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  • UNIDADE 1

    Mercantilismo e perodo colonial (sc. XVI ao XIX)

    Objetivos de aprendizagem

    Analisar questes referentes ao surgimento do Capitalismo e Mercantilismo.

    Reconhecer os ciclos econmicos brasileiros.

    Perceber a vinculao entre o perodo colonial e a economia brasileira contempornea.

    Sees de estudo

    Seo 1 Constituio do Capitalismo.

    Seo 2 Mercantilismo.

    Seo 3 Pacto colonial.

    Seo 4 Ciclos econmicos.

    1

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    Para que voc entender melhor a economia brasileira desde o perodo colonial, vamos comear trazendo a de nio de Capitalismo, Mercantilismo e Pacto Colonial, que sero apresentados nas primeiras sees. Com esses conceitos car mais fcil a compreenso dos primeiros ciclos econmicos no Brasil, que aconteceram no perodo colonial.

    SEO 1 - Constituio do Capitalismo

    O Capitalismo surge a partir das primeiras fortunas entre os burgueses da Idade Mdia com um novo sistema econmico e social baseado na iniciativa particular, na propriedade privada dos meios de produo e gosto pelo investimento de capitais com ns lucrativos.O Capitalismo tem trs casos em que se pode desenvolver: o caminho clssico, o prussiano e o colonial. A mudana dada a cada caso varia devido ao itinerrio da insero de cada regio no Capitalismo mundial.

    No caminho clssico desenvolveram-se os pases lderes do Capitalismo. Sua forma foi sustentada por realizar a industrializao, benefi ciando-se dos recursos provenientes da explorao das colnias.

    J o caminho prussiano consistiu-se do processo que envolveu os pases que tiveram um desenvolvimento industrial mais tardio, no sculo XIX, e ausncia de processos democrticos de emancipao, mas com autonomia econmica.

    O caminho por via colonial denota os pases que sofreram no s um atraso democrtico, como tambm econmico, pois passaram por total dominao econmica e sem autonomia poltica.

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    Economia Brasileira

    Unidade 1

    No perodo colonial as conquistas econmicas de Portugal, Espanha, Frana, Inglaterra e Holanda foram marcantes. Suas colnias eram fundamentais por conta do processo exploratrio. Aconteceu o chamado monoplio comercial que representava o total domnio da metrpole sobre a regio de explorao. As colnias no podiam produzir algo que competisse com a metrpole, devendo atuar somente no mercado de consumo. A produo da colnia estava vinculada s necessidades da metrpole.Os produtores no tinham o interesse em se estabilizar nas colnias, mas sim captar recursos para sua permanncia na metrpole, dessa forma voc pode compreender por que algumas regies se transformam em pases ricos e outras pobres, como o caso do Brasil.Se no perodo colonial a produo do Brasil fosse voltada tambm para o mercado interno e se os empreendedores viessem se estabelecer efetivamente, como aconteceu posteriormente, as riquezas exploradas no seriam totalmente deslocadas para a Europa, e certamente o Brasil estaria melhor estruturado.

    Dentro do Brasil temos um exemplo semelhante. Pense numa regio como a Serra Pelada, que produziu recentemente um quantitativo incalculvel de riqueza mineral (ouro). As riquezas extradas no fi caram na regio da Serra Pelada. Tampouco o grande volume de trabalhadores e exploradores permaneceram na regio. Por conta do grande volume de ouro extrado podemos afi rmar que se fosse destinado um pequeno percentual para investimentos na Serra Pelada ela tambm estaria mais bem estruturada.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    SEO 2 - Mercantilismo

    A expresso Mercantilismo vinculada economia signi ca dar prioridade s questes econmicas.

    Mas voc saberia responder como surgiu o Mercantilismo? Responda nas linhas a seguir e prossiga com seu estudo!

    A referncia para elaborar a resposta voc encontra nos Estados Europeus, pois foram eles que ao consolidar a centralizao poltica atriburam prticas econmicas que caram conhecidas como Mercantilismo.O Mercantilismo apresenta caractersticas econmicas diferenciadas entre Estados Europeus por conta das diferentes estruturas econmicas de cada um, tais como: o comrcio da Inglaterra, a indstria manufatureira da Frana e o metalismo da Espanha.O Mercantilismo tinha como objetivo fortalecer o Estado e a burguesia na fase de transio entre o Feudalismo e o Capitalismo. As caractersticas que se destacam no Mercantilismo so:

    metalismo a riqueza de um Estado era avaliada pela quantidade de metais preciosos que possua em seu territrio; balana de comrcio favorvel comrcio internacional no qual as exportaes teriam que superar as importaes; protecionismo o Estado tinha que tomar medidas protecionistas apoiando a produo interna para que pudesse concorrer com produtos externos;

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    Economia Brasileira

    Unidade 1

    intervencionismo estatal o Estado deveria intervir na economia por meio de tarifas alfandegrias, estmulos s empresas manufatureiras e ao industrialismo, etc.

    Fazendo uma interligao entre o Mercantilismo e o perodo contemporneo pode-se dizer que o Mercantilismo produziu os instrumentos para a atualidade. Considerando as proposies dos burgueses que colocavam como indispensveis a unio dos territrios, a homogeneizao lingstica, a instrumentao monetria, etc., possvel comparar essas informaes com a calorosa expresso amplamente citada nos dias de hoje; a globalizao.

    SEO 3 - Pacto colonial

    O chamado pacto colonial no a expresso adequada para atender ao objetivo de sua criao. O pacto colonial d idia de um acordo formal, ou contrato, entre as metrpoles e as colnias.O que vigorou na prtica foi a metrpole ter adquirido, imperativamente, o direito exclusivo (monoplio comercial) de realizar as compras da produo das colnias. Com um nico comprador os preos cavam limitados, reduzindo o lucro dos colonos. Adquiriu tambm o direito exclusivo de fornecedor. Nesse caso, com preo bem caro para os produtos vendidos aos colonos.Portanto, o pacto colonial serviu de instrumento para que os Estados Europeus controlassem a economia colonial, como foi o caso do Brasil, e se apropriassem dos recursos nanceiros.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    SEO 4 - Ciclos econmicos

    A expresso ciclos econmicos utilizada para identifi car as fases contnuas do conjunto crescimento/crise econmica. Ou seja, num primeiro momento a economia est crescendo e o desemprego desaparecendo e, posteriormente, surge a crise identifi cada pela queda da produo, do consumo, do desemprego, etc. Posteriormente retorna o crescimento.

    Nesta seo voc observar que os ciclos do perodo colonial brasileiro abrangem as produes do pau-brasil, do acar, do ouro e do algodo.

    Ciclo do pau-brasil

    Quando o Brasil foi descoberto por Portugal no ano de 1500, no foram encontradas riquezas de metal para explorao em prol da Coroa portuguesa, exceto in nitas rvores de pau-brasil, sendo essa ento a primeira riqueza a ser explorada, pois de sua madeira era extrada uma substncia vermelha que servia para tingir tecido, saindo da o interesse de sua explorao.No demorou muito para a Coroa portuguesa declarar a extrao do pau-brasil um monoplio portugus, com isso o cialmente ningum poderia retirar a madeira da mata sem a concesso da Coroa e o pagamento de um tributo.A mo-de-obra utilizada era a indgena, que comeou de forma amigvel. Os colonos faziam pagamentos com escambo, que seria uma srie de objetos: tecidos, espelhos, facas, que eram trocados por trabalho. Com o tempo esse relacionamento tornou-se complicado devido maneira que era imposto o trabalho para os ndios. Diante resistncia indgena passou a usar a violncia e impor a escravido.

    O professor da Unisul, Jaci Rocha, dentre seus projetos e atividades sociais, no seu trabalho e contatos com os ndios guaranis no Alto do Morro dos Cavalos em Santa Catarina, obteve informao curiosa, contida em sua crnica, sobre a expresso Brasil que no estaria vinculada somente a uma rvore: Em Kuaray Gu o ndio chora, refaz o flego da resistncia e deixa explodir sua alma mstica, espiritual, como na primeira dana para o europeu desembarcado, o Mby-guarani chama novamente pelo Anjo da Guarda, pelos Brasis, espritos protetores da oresta e das milhares de tribos que habitam esta terra.

    Prof. Jaci Rocha. Texto sobre Brasis.

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    Economia Brasileira

    Unidade 1

    O monoplio da explorao do pau-brasil s terminou em 1859, quando a Coroa j registrava que o volume contrabandeado era superior ao das vendas ofi cias e surgiram os corantes produzidos a partir do alcatro mineral. Foram mais de trs sculos de extrao predatria sem que sequer o processamento da madeira para extrao do corante tivesse sido desenvolvido na colnia, agregando algum valor ao produto ou gerando postos de trabalho.

    Ciclo do acar

    O acar entrou no Brasil no sculo XVI. Os fatores que levaram a Coroa portuguesa a implantar a monocultura aucareira foram as condies do litoral nordestino que eram favorveis, a experincia portuguesa no cultivo, a perspectiva de lucros que eram boas devido ao comrcio restrito e facilidade de mercado para a exportao, bem como a proteo que a colonizao daria a ameaas estrangeiras de ocupao do territrio.

    Com o incio da produo aucareira houve a necessidade de mo-de-obra de qualidade, e o ndio logo demonstrou a sua incapacidade fsica para suportar as funes do trabalho sob agresses do senhor de engenho. Comeou-se a a substituio pela mo-de-obra escrava africana, essa implantao foi lenta devido aos custos altos, pois as condies de viagem e maus tratos acabavam diminuindo o quadro e elevando os preos.

    O ciclo aucareiro desperta o interesse pelo Brasil de outros povos europeus e, principalmente, os holandeses, que at ento transportavam o acar brasileiro para ser re nado em Flandres. Com isso a Coroa portuguesa comea a sofrer di culdades com as invases holandesas na regio do Nordeste. A luta entre holandeses e a Coroa portuguesa durou 30 anos, cando conhecida como a guerra do acar. Ao serem expulsos do Brasil os holandeses passaram a cultivar a cana de acar em seus domnios nas Antilhas, colocando o produto no mercado

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    europeu por um preo abaixo do que os portugueses pediam na oferta do acar brasileiro. Conseguiram assim, mesmo vencidos no Brasil, derrotar o monoplio portugus de produo e comrcio. Ao passo que o acar antilhano ganhava o mercado europeu, aumentava a avidez da Coroa portuguesa pelo ouro brasileiro. O acar entrava em declnio e um novo ciclo econmico tinha incio.Por outro lado vale ressaltar que durante esse perodo as fronteiras do territrio colonial portugus sofrem um aumento, levando um alargamento da fronteira sobre o domnio ibrico, atingindo assim a regio da Amaznia.

    Ciclo do ouro

    No nal do sculo XVII so encontradas as primeiras jazidas de ouro em Minas Gerais, atravs das expedies feitas no Brasil. Entre as expedies a que mais se destaca dos bandeirantes paulistas, que tinham como objetivo a captura de ndios, surgindo assim um alarde, atraindo as atenes locais e internacionais sobre o territrio. O ouro atraiu para regio um contingente populacional no s de pessoas de posse, mas tambm de pessoas com a iluso de

    enriquecimento rpido. Acontecendo assim um movimento migratrio para o Brasil, alterando o per l populacional, sobretudo por aparecer uma nova camada social na escala mdia. Ocorrendo com isso uma expanso no territrio e o surgimento de novos

    ncleos de povoamento, dando origem a novas cidades.As acentuadas quantidades de pessoas que foram

    atradas para a regio mineira se deslocaram no s da prpria colnia como tambm de Portugal. A divulgao

    da descoberta de ouro motivou a vinda de muitos portugueses. Quantitativo no registrado, mas a criao de um decreto coibindo a sada de portugueses para o Brasil no deixa dvidas de que foi marcante o volume de pessoas que se deslocaram na busca do ouro.

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    O quantitativo de recursos nanceiros produzidos com o ouro foi inferior aos recursos produzidos com o acar, contudo o ciclo de ouro acrescentou modi caes signi cativas, tais como o envolvimento de um nmero maior de pessoas e uma maior distribuio de renda entre os trabalhadores mesmo com a alta carga tributria. O trabalho escravo tambm fez parte do ciclo, principalmente entre os grandes mineradores que os exploraram de forma brutal. O trabalho por cotas possibilitou que os escravos acumulassem recursos para a aquisio de sua liberdade.Para melhor administrar essa nova forma de explorao, Portugal criou leis espec cas e organizou um esquema de administrao, criando um rgo chamado de Intendncia Mineira, que exercia vrias funes administrativa, judicial e tributria. A ltima funo, considerada a mais importante, servia para a cobrana de imposto que equivalia a um quinto de qualquer quantia extrada de ouro, cando esse imposto conhecido como quinto. Por conta da produo mineral e do deslocamento de pessoas das demais regies para Minas Gerais, houve mudana do ncleo produtivo para o Centro-Oeste, mudando ento a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, deslocando o centro econmico devido a facilidade de comunicao pelo do porto martimo do Rio de Janeiro, bem como para poder gerar um maior controle sobre Minas Gerais. Com a cobrana do quinto os mineradores comearam a criar maneiras de burlar esse alto tributo, isso fez com que surgissem as Casas de Fundio. Todo o ouro extrado tinha que ser cunhado, recebendo um selo rgio. Nenhum ouro poderia circular se no fosse quintado. Os infratores teriam penas severas que poderia chegar at a expulso do territrio de domnio portugus.Contudo, outras atitudes mais drsticas foram tomadas pela Coroa portuguesa, com essas vieram as decretaes da cota mnima, sendo que 100 arrobas ou 1.500 quilos, deveriam ser espontaneamente doados Coroa ou de forma compulsria no derrame na hora da fundio. Com essas medidas acaba acontecendo uma revolta dos mineradores que ca conhecida como a Incon dncia Minera.

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    A produo de ouro apresentou dados quantitativos importantes nos primeiros anos de produo, neste perodo, o Brasil produziu mais ouro que toda a Amrica espanhola em 357 anos (CONTRIN, 1999), entrando em queda a partir de 1770.A regio de Minas Gerais alm de ouro apresentou na atual cidade de Diamantina pedras preciosas (diamantes) para explorao. Portugal tambm adotou estratgias de controle atravs de contratos, e posteriormente da criao de rgo (Intendncia dos Diamantes) para total controle da populao residente na cidade.

    Voc sabia?

    O Estado de Minas Gerais continua como o Estado de maior produo mineral do Brasil. No Quadro 1.1 possvel visualizar o percentual de recursos repassados ao Governo atravs da Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais (CFEM), nos anos de 2003 a 2005.

    do Estado de Minas Gerais que o setor pblico brasileiro arrecada em torno de 50% da CFEM ao ano. Somando a arrecadao dos Estados de Minas Gerais e Par, os maiores produtores de minrio do Brasil, o percentual de arrecadao do CFM fi ca entre 75% a 85% ao ano, do total arrecadado pelo Governo.

    Quadro 1.1 - Arrecadao do CFEM nos Estados de maior Arrecadao (em %)

    Estados Ano

    2003 2004 2005

    Bahia 1,88 % 2,84 % 2,38 %

    Gois 4,12 % 4,47 % 3,93 %

    Minas Gerais 51,26 % 47,08 % 46,87 %

    Par 25,26 % 28,52 % 31,80 %

    Santa Catarina 2,15 % 2,19 % 1,92 %

    So Paulo 2,85 % 2,65 % 2,25 %

    O percentual do ano de 2003 est relacionado arrecadao de julho a dezembro.

    O percentual do ano de 2005 est relacionado arrecadao de janeiro a julho.

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    Economia Brasileira

    Unidade 1

    Ciclo do algodo

    O cultivo do algodo no Brasil teve incio no perodo colonial. O algodo era cultivado em pequena escala, nos grandes latifndios pelo interior das capitanias.Seu cultivo inicialmente era restritos devido s leis rigorosas impostas pela Coroa portuguesa sobre a implantao de indstrias no Brasil, a nal, os produtos consumidos aqui deveriam ser importados da Europa.O algodo arbreo era apenas utilizado para a confeco de sacarias para produtos agrcolas (caf e acar) e tambm vestimentas grosseiras do enorme contingente de escravos.O algodo, que natural do continente americano, passa a ter acentuado processo de produo a partir da Revoluo Industrial que teve origem na Inglaterra. Como a Revoluo estava vinculada com o aumento da produo industrial, fez-se necessrio o aumento da produo dos insumos, que nesse caso era o algodo.

    O incentivo ao cultivo de algodo no Brasil s aconteceu aps a Guerra Civil nos Estados Unidos (1861-1865), que era o fornecedor da matria-prima para a Inglaterra. Em conseqncia da guerra houve uma interrupo no processo de exportao. Sentindo os efeitos que abalaram as estruturas das indstrias txteis, os grandes empresrios ingleses resolvem implantar indstrias no Brasil, principalmente na provncia de So Paulo durante a segunda metade do sculo XIX.

    O ciclo do algodo, na poca denominada ouro branco, gerou uma economia slida, engrandecendo e destacando signi cativamente a economia brasileira, passando a ter lugar de destaque na produo do algodo.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Atividades de auto-avaliao

    1) Utilize os trs instrumentos tericos sobre o desenvolvimento do Capitalismo e, conciliando com as informaes histricas do perodo colonial, avalie o desenvolvimento no Brasil.

    Sntese

    Esta unidade mostrou os aspectos histricos relevantes da economia brasileira. Nela voc aprendeu sobre o perodo mercantilista e os ciclos econmicos do perodo colonial.Com a leitura da Unidade 2 voc ter acesso ao ciclo do caf, e aprender sobre a integrao entre esse importante ciclo econmico e a evoluo da indstria no Brasil.

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    Economia Brasileira

    Unidade 1

    2) Qual sua opinio sobre o perodo mercantilista?

    3) Em um contato com um grupo de amigos (ou amigas), que nunca obtiveram informaes sobre ciclos econmicos, se os mesmos fi zessem a voc a seguinte pergunta: O que ciclo econmico? E qual foi o mais relevante para o Brasil no perodo colonial? O que voc responderia?

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Saiba mais

    Para aprofundar as questes abordadas nesta unidade voc pode realizar uma pesquisa nos seguintes livros:COTRIM, G. Histria do Brasil. So Paulo: Saraiva, 1999.REGO, J. M.. Economia brasileira. So Paulo: Saraiva, 2000.SILVA, S. Expanso cafeeira e origens da indstria no Brasil. So Paulo: Alfa - Omega, 1976.

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  • UNIDADE 2

    Economia agroexportadora e origem da indstria

    Objetivos de aprendizagem

    Analisar questes referentes produo cafeeira e sua importncia para a economia brasileira.

    Reconhecer as propores da Crise Mundial de 1929.

    Perceber a relao entre a produo do caf e a Crise de 1929 para o surgimento da indstria no Brasil.

    Sees de estudo

    Seo 1 O incio da produo cafeeira.

    Seo 2 Principais regies produtoras de caf.

    Seo 3 A vinda dos imigrantes para o Brasil.

    Seo 4 O comrcio e as operaes fi nanceiras no ciclo do caf.

    Seo 5 A Crise de 1929.

    Seo 6 Origem da indstria.

    Seo 7 Processo de substituio de importao.

    2

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    Voc estudou na unidade anterior o perodo colonial brasileiro e seus ciclos econmicos, teve noes sobre o conceito de Mercantilismo e sobre a constituio do Capitalismo. Nesta unidade voc ir saber mais sobre a economia brasileira entre o perodo do ciclo do caf e o surgimento do processo de industrializao aps a Crise de 1929. Entre esses perodos voc ter acesso a informaes sobre as regies que se centraram na plantao do caf, a evoluo da produo do caf e a importncia do caf como produto de exportao. Aprender, tambm, sobre o vnculo entre: a produo cafeeira e a vinda de imigrantes para o Brasil; a produo cafeeira e a indstria no Brasil; o processo de substituio de importaes, e o avano na industrializao brasileira.

    SEO 1 - O incio da produo cafeeira

    A importncia da produo cafeeira no Brasil geralmente relacionada Crise do Caf e evoluo do processo de industrializao brasileiro. Para voc obter um melhor entendimento do que ir ver a seguir, torna-se necessrio apontar e descrever caractersticas peculiares ao ciclo do caf, que esto vinculadas ascenso da produo capitalista no Brasil. Para isso necessrio levantar algumas questes histricas sobre esse produto.O caf originrio da Abissnia, hoje Etipia, que passou pela Europa e, posteriormente, chegou na Amrica. Sua introduo no Brasil se deu em torno do ano de 1727, no Perodo Colonial.

    Voc sabia que inicialmente sem valor comercial, o caf era utilizado apenas para o consumo domstico?

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    Economia Brasileira

    Unidade 2

    A partir do incio do sculo XIX, o consumo mundial de caf passou a ter um acentuado crescimento, tornando-se um produto de consumo popular nos Estados Unidos e na Europa.O consumo do caf nos Estados Unidos foi altamente signi cativo para o crescimento da produo cafeeira no Brasil, por aquele pas ter sido o principal consumidor do caf brasileiro chegando a comprar mais de 50% da produo. O caf a partir da dcada de 1830, segundo Gilberto Cotrim (1999), tornou-se o principal produto de exportao do Brasil, avanando sistematicamente, conforme os dados do quadro a seguir, gerando lucros que induziram a recuperao econmica do pas, chegando a superar os demais produtos que tambm eram destinados exportao.

    Quadro 2.1-Principais produtos agrcolas para exportao (porcentagem sobre valor global das exportaes).

    PERODO Caf Acar Algodo Fumo Cacau

    1831-1840 43,8 24,0 10,8 1,9 0,6

    1841-1850 41,4 26,7 7,5 1,8 1,0

    1851-1860 48,8 21,2 6,2 2,6 1,0

    1861-1870 45,5 12,3 18,3 3,0 0,9

    1871-1880 56,6 11,8 9,5 3,4 1,2

    1881-1890 61,5 9,9 4,2 2,7 1,6

    1891-1900 64,5 6,0 2,7 2,2 1,5

    FONTE: Anurio Estatstico do Brasil, 1939 e Gilberto Cotrim, 1999, p. 225.

    Enquanto a produo agrcola brasileira esteve concentrada nas regies Norte e Nordeste do Brasil, esteve tambm relacionada falta de capital, s limitaes tcnicas e a outros aspectos que ajudaram a gerar uma crise econmica naquele perodo. Essa crise s foi superada a partir do momento em que a produo de caf no Brasil passou a se tornar signi cativa, sendo que esse processo se deu em outras regies diferente daquelas em que se concentravam as produes agrcolas anteriores.

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    Essas questes referentes s regies que se tornaram as principais produtoras de caf sero vistas por voc na prxima seo. Siga em frente!

    SEO 2 - Principais regies produtoras de caf

    As regies que iniciaram a produo do caf no Brasil possuam caractersticas diferenciadas das regies que, posteriormente, alavancaram a produo cafeeira. A produo do caf iniciou na Baixada Fluminense e no Vale do Paraba. A partir da dcada de 1870 a produo cafeeira passa por um rpido crescimento que veio acompanhado pelo deslocamento do centro geogr co das plantaes. No perodo inicial do cultivo do caf era no Rio de Janeiro o local de maior produo cafeeira do Brasil. Contudo, a produo na poca, era realizada em fazendas mais antigas, com solos e tcnicas no muito adequados, desfavorveis ao crescimento da produo e marcada pela utilizao do trabalho escravo.

    Mas isso no tudo! Essas caractersticas citadas anteriormente iro mudar a partir da dcada de 1880.

    a partir de 1880 que So Paulo passa a superar a produo do Rio de Janeiro, sendo que houve nesse perodo um deslocamento da produo da regio do Vale do Paraba em direo ao Oeste paulista. Essa mudana levou a produo para um solo mais apropriado, ocupando reas das cidades de Campinas, Sorocaba, Ribeiro Preto, Araraquara e So Jos do Rio Preto. Essas novas reas de produo avanaram com a reduo do trabalho escravo e a incorporao do trabalho assalariado.

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    Economia Brasileira

    Unidade 2

    SEO 3 - A vinda dos imigrantes para o Brasil

    A partir da dcada de 1880, com o crescimento da produo cafeeira e o deslocamento do centro geogr co de produo para o Oeste paulista, ocorrem mudanas marcantes no processo produtivo do caf, entre elas podemos destacar a substituio do trabalho escravo pelo trabalho assalariado incrementando a imigrao no Brasil, em favor dos interesses dos cafeicultores de So Paulo.A vinda de imigrantes e sua vinculao com as atividades agrcolas eram formalizadas por meio do contrato de um ano de vigncia, prevendo o pagamento de um salrio calculado com base na produo proporcional ao nmero de ps de caf sob a responsabilidade do trabalhador. Muitos trabalhadores cumpriam suas tarefas e, ao nal de um ano de trabalho, se deslocavam para outras atividades.

    Em 1888, com abolio da escravatura, aumentou o nmero de pessoas sem fontes de renda e estruturas de manuteno, iniciando o surgimento de favelas. Esse ano foi tambm o de maior entrada no Brasil de imigrantes, atingindo um total de 91.826 pessoas.

    comum avaliar a abolio da escravatura vinculando esse fato somente libertao dos escravos. Contudo, no se pode esquecer que naquele momento a escravido no Brasil era praticamente insustentvel. A manuteno de um escravo se tornou invivel e sem sentido diante dos salrios pagos aos trabalhadores livres, que passaram a representar menores custos para os fazendeiros ou empresrios.Dessa forma fcil perceber que os produtores de caf e as indstrias j instaladas logo comearam a optar pelos trabalhadores imigrantes. Mesmo com salrios mais elevados, se comparados com aqueles pagos aos poucos trabalhadores assalariados brasileiros, ainda era mais vantagem pagar um imigrante do que manter um escravo.

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    Voc pode imaginar o quanto isso trouxe difi culdades para os trabalhadores locais considerados menos qualifi cados?

    As imigraes contavam com subsdios do Governo Federal e dos Estados. Entre os anos de 1870 e 1939, somente o Estado de So Paulo atingiu o quantitativo de 2.429.711 imigrantes. E entre 1900 a 1940, 10% do crescimento populacional brasileiro estava relacionado entrada no pas de imigrantes estrangeiros.Somente na dcada de 1930, com os problemas vinculados Crise Mundial e o agravamento do desemprego, iniciou-se restries imigrao. O Governo brasileiro estabeleceu um

    sistema de cotas com o objetivo de controlar a entrada de imigrantes. Ento, a imigrao entra em

    queda, perdendo sua relevncia na taxa de crescimento da populao.A contribuio da imigrao no crescimento populacional se deu de forma direta, ou seja, pelo

    do somatrio dos prprios imigrantes, e de forma indireta, pelos dos seus descendentes. Os dois casos representavam 19% do crescimento populacional entre 1840 a 1940. Um percentual relativamente insigni cante, se comparado com outros pases, como Argentina (58%), EUA (44%) ou Canad (22%).

    SEO 4 - O comrcio e as operaes nanceiras no ciclo do caf

    Nesta seo voc ver aspectos referentes aos grupos e pessoas envolvidas na atividade comercial do caf e nas operaes nanceiras. Para sua melhor compreenso acerca da integrao entre os envolvidos, como fazendeiros, comissrios, ensacadores e exportadores, interessante conferir as atividades desenvolvidas por eles:

    comissrios eram brasileiros que estavam vinculados prestao de servios exercendo a funo de representantes dos fazendeiros no comrcio e, como voc

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    vai ver a seguir de forma mais detalhada, operavam como intermediadores nanceiros, disponibilizando recursos para os fazendeiros;ensacadores desempenhavam de modo geral a tarefa de comprar o caf dos comissrios, faziam os trabalhos de manipulao do caf e repassavam aos exportadores;exportadores estrangeiros, principalmente ingleses, que forneciam o caf para o mercado internacional. Ao longo do tempo foram tambm incorporando as funes dos ensacadores. Sua lucratividade aumentava com a baixa do preo de exportao. Considerando que eram rmas estrangeiras, tinham como motivao para se instalarem no Brasil a apropriao de capital e a remessa para o exterior.

    A produo do caf no Brasil tornou os cafeicultores uma classe relevante na sociedade brasileira, contudo ao longo do perodo cafeeiro do sc. XIX, no qual no existia uma estrutura nanceira adequada produo do caf. Para suprir essa de cincia os comissrios adotavam estratgias fazendo a interao entre os bancos e os fazendeiros.

    Cabia ento aos comissrios a captao de recursos para atender os investimentos de longo prazo, considerando que uma plena produo do caf vigorava somente a partir do sexto ano do plantio, bem como o capital de giro para a manuteno da lavoura.

    O comissrio conseguia junto ao banco o capital para a lavoura de caf e repassava ao fazendeiro com a mesma cobrana de juros do banco, que girava em torno de 9% a 12% ao ano. A remunerao dos comissrios estava vinculada interao comercial, por meio das negociaes do caf, com uma margem de lucro em torno de 3%. O produto era vendido ao ensacador que selecionava e classi cava o tipo de caf e depois repassava ao exportador que fazia a ligao com os outros pases.

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    Os emprstimos destinados diretamente aos fazendeiros s comearam a ocorrer por volta de 1920, com a abertura de agncias de bancos nacionais e agncias do Banco do Brasil no interior do Estado de So Paulo, cando mais prximas aos fazendeiros, possibilitando ento uma negociao direta com o banco.

    SEO 5 - A Crise de 1929

    Com a crise que a economia cafeeira comeou a enfrentar, alguns mecanismos de defesa foram implantados. O mais utilizado foi a reduo cambial para conter a queda na reduo das exportaes, com preos mais acessveis, diminuindo as perdas para os fazendeiros. Outra medida foi adotada em 1906, quando o Governo de Taubat com ajuda de investimentos estrangeiros passou a comprar o excedente da produo de caf, o que acabou incentivando ainda mais a produo e retardando uma crise cafeeira. Mas essa poltica no conseguiu se manter por muito tempo, pois com a Crise, as reservas de ouro do Brasil chegaram quase a zero.A soluo encontrada durante a Crise Mundial Capitalista, foi baixar os preos do caf para o aumentar a exportao desse produto, sendo assim, vendia-se mais caf e ganhava-se menos. Outra forma que o Governo brasileiro adotou foi a diminuio da oferta do produto no mercado internacional com a queima do estoque.

    Esse ato por parte do Governo consistiu na queima de 1/3 da produo de caf no perodo de 1931 a 1939. Para o fi nanciamento de tal prtica utilizou-se os impostos sobre a exportao e a expanso do crdito.

    A economia brasileira comea a ter reao a partir de 1933, no impulsionada pela recuperao da economia dos pases industrializados, mas por uma poltica interna de fomento e em defesa dos interesses nacionais.

    Essa Crise teve seu momento mximo quando ocorreu a quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, e cou conhecida como Crise Mundial de 1929.

    Essa crise foi caracterizada pela produo que superava o consumo.

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    A Crise de 1929 provocou uma crise geral do capitalismo liberal e da democracia liberal. Ocorrendo assim uma crise de superproduo, na qual as indstrias produziram acima da capacidade de absoro do mercado, pois os salrios no subiram acompanhando o crescimento da produo.Assim, passou a existir um excedente de produo. Os preos dos produtos comearam a baixar e, como no havia condies para o consumo, as empresas passaram a entrar em falncia, causando o desemprego e diminuindo ainda mais o poder de compra da populao.A sociedade norte-americana tinha como segurana para momentos de crise, uma reserva (em Aes), mas com a intensi cao do processo de crise passou a liquidar suas reservas (venda das aes) para sobreviver. Toda a populao tomou essa iniciativa ao mesmo tempo, vender as Aes, o que provocou sua extraordinria desvalorizao.

    Como naquele momento os EUA era o centro da economia capitalista mundial, essas atitudes abalaram fortemente a economia americana e levou a crise a se espalhar por todo o Ocidente.

    Como conseqncia de tudo isso, no Brasil acontece a perda da hegemonia poltica da burguesia cafeeira em favor de uma nova classe industrial ascendente. A partir dessa perda comea o processo de industrializao brasileira, que voc ir estudar na seo seguinte.

    SEO 6 - Origem da indstria

    A dinmica industrial brasileira foi em geral pautada pelas necessidades de consumo, seguindo etapas mais ou menos de nidas. Os investimentos, em termos setoriais, foram se dando em blocos, de acordo com as necessidades de demanda e com as possibilidades de materializao dos investimentos.

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    Uma das primeiras tentativas da implantao da indstria no Brasil, no perodo de 1880 a 1890, se apoiava num tratado comercial, desigual, com a Inglaterra, no qual essa limitava os impostos alfandegrios. Mesmo assim, uma parte da populao que tinha maior poder aquisitivo sentiu-se estimulada a montar indstrias no Brasil.

    Esse apoio somente era dado para produtos de interesse da Inglaterra!

    S no primeiro governo republicano de Marechal Floriano Peixoto (1891-1894) que foram tomadas medidas mais enrgicas para a defesa da indstria brasileira.O ministro da Fazenda, na poca Ruy Barbosa, estabeleceu impostos protecionistas para os produtos manufaturados nacionais, tendo uma queda considervel nas taxas cobradas sobre a importao de equipamentos e matria-prima.

    Nessa poca promulgada a Lei da Proteo Indstria com privilgios adicionais.

    No governo de Prudente de Morais (1894-1898) as medidas de apoio indstria foram anuladas e voltou-se para o interesse da burguesia do caf, tendo uma poltica antiindustrial. Com isso as indstrias existentes surgiram nas franjas da economia cafeeira, ou seja, de acordo com as possibilidades de atender as necessidades da economia cafeeira. Surgem assim duas linhas de teorias para a implantao da indstria no Brasil:

    na primeira, a crise do setor exportador que gera o impulso para a industrializao, ou seja, surgiu como uma resposta s di culdades de importar produtos industriais em determinados perodos; na segunda, o impulso o bom desempenho do setor exportador, que aparece no momento da exportao do caf.

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    Economia Brasileira

    Unidade 2

    Nos dois casos, a indstria visava atender as necessidades de consumo dos trabalhadores assalariados do caf, com produtos cuja importao era mais difcil.

    Exemplos disso seriam os bens perecveis ou aqueles que apresentavam baixa relao valor/frete, ou seja, alto custo para importar.

    Nesses casos, viabilizava-se a concorrncia domstica, apesar da menor produtividade. Outra pr-condio para que determinados setores fossem objeto de investimento industrial era a baixa necessidade de capital.Analisando as duas explicaes anteriores, pode-se concluir que o investimento industrial ocorreu nas fases de expanso do setor exportador, quando havia divisas para importar as mquinas necessrias ao investimento. J quanto ocupao da capacidade instalada, o aumento da produo ocorreu nos momentos de crise do setor exportador quando se di cultava a importao de bens de consumo e se permitia que a produo nacional se tornasse competitiva.

    importante saber que no incio do sculo XX, mesmo com a produo brasileira centrada no caf e na borracha, destinados exportao, o processo de industrializao j havia iniciado.

    Em 1907 j existiam 3.258 estabelecimentos industriais dos ramos de madeira, mobilirio, calados, fsforos, vestirios, couro, chapus, fumos e cermicos, oferecendo 152 mil empregos.A industrializao brasileira comea a crescer em 1920. Nessa primeira fase destacavam-se os bens de consumo leve, ou seja, os produtos txteis, alimentcios e bebidas que respondiam por mais de 80% do valor da produo industrial no pas. Os demais ramos industriais existentes eram basicamente setores acessrios, que surgiam para a prestao de servios aos principais setores.

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    O crescimento industrial, nas dcadas de 10 e 20, cou em torno de 50% em cada perodo. Somente na dcada de 30 que se acelerou o ritmo de crescimento industrial, mas no perodo de 1931 e 1932, sob o impacto da crise internacional, o pas cou praticamente estagnado. Em 1933 retomou-se o crescimento econmico com base na indstria.

    O crescimento industrial no perodo de 1933/39 foi de 100% e, na dcada seguinte, apesar da Segunda Guerra Mundial, o crescimento foi de 110%.

    O investimento industrial avanou de forma dinmica na produo interna, substituindo as importaes.

    SEO 7 - Processo de substituio de importao

    Durante a crise internacional de 1929 houve a necessidade de iniciar a produo interna do que antes era importado, sendo assim, surge no Brasil um processo de industrializao com base no processo de substituio de importao (PSI), como voc pode ver a seguir:

    O processo de industrializao brasileiro, baseado no chamado PSI, tinha como uma de suas caractersticas o protecionismo, que levava a uma despreocupao com a questo da e cincia. A necessidade de sobrevivncia, ao longo da crise, levou vrios setores e indstrias espec cas a um processo de modernizao e de busca de competitividade. Este processo levou, inclusive, a um aumento nas exportaes de manufaturados, uma vez que a crise forou as empresas a buscar novos mercados consumidores. (FORTUNA, 1995, p. 117)

    Esse modelo de industrializao caracterizado pelas seguintes etapas:

    estrangulamento externo com a queda do valor das exportaes com manuteno da demanda interna, mantendo a demanda por importao;

    As etapas a seguir foram elencadas com base no relato de Gremaud, (1999) na obra Economia Brasileira Contempornea.

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    Unidade 2

    para se contrapor crise cambial, o governo toma medidas que acabam por proteger a indstria nacional preexistente, aumentando a competitividade e a rentabilidade da produo domstica;gerao de onda de investimentos nos setores substituidores de importao, produzindo internamente parte do que antes era importado, aumentando a renda nacional e a demanda agregada;novo estrangulamento externo, em funo do prprio crescimento da demanda, que se traduz em aumento das importaes e de parte dos investimentos que se materializam em matrias-primas e equipamentos importados.

    Nota-se que o processo de industrializao nasce do dinamismo do PSI, gerado pela queda do mercado esterno e as necessidades macias do consumo interno. Gerando um estmulo e investimento interno para industrializao, substituindo a importao, passando a determinar o crescimento econmico. Caracterizando-se assim pela idia de alcanar o desenvolvimento e a autonomia com base na industrializao.

    O crescimento de alguns setores de produo acaba gerando di culdades em outros, a demanda nestes setores acaba sendo suprida pela importao. Com o tempo esses setores acabam ganhando investimentos e substituindo as importaes, surgindo assim a industrializao por partes, que se divide em quatro setores: bens de consumo leves, bens de consumo durveis, bens intermedirios e bens de capital. A implantao do processo de substituio de importao provocou modi caes nas caractersticas da economia brasileira, com enfoque na industrializao e no deslocamento populacional dos meios rurais para os centros urbanos. Todavia, durante o perodo de implantao, principalmente nas dcadas iniciais, foram encontrados transtornos diferenciados na implementao do plano, tais como:

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    tendncia ao desequilbrio externo, que teve vrias razes, entre elas a poltica cambial que visava estimular a indstria e baratear os investimentos, transferindo a renda da agricultura para a indstria. Uma indstria sem competitividade com a viso de atender somente o mercado interno e a elevada demanda por impostos devido ao investimento industrial e o aumento da renda;aumento da participao do Estado com as funes de implantao da legislao trabalhista de nindo direitos e deveres dos trabalhadores e a relao empregado/empregador, direcionamento do capital da agricultura para a indstria, criao de agncias estatais, criao de infra-estrutura bsica, fornecimento de insumos bsicos criando setores produtivos estatais como a Companhia Siderrgica Nacional (CSN), Petrobras, entre outros, e sistemas de nanciamentos pblicos para a captao e distribuio de poupana;aumento do grau de concentrao de renda que ocorreu em funo do xodo rural incentivado pela indstria, fazendo que acontecesse esse deslocamento do campo para a cidade. Mas os investimentos nas indstria no signi cam mais trabalhos, mas sim substituio da mo-de-obra assalariada por mquinas, sendo assim, ocorreu um excedente de mo-de-obra e baixos salrios;escassez de fontes de nanciamento pela falta de sistemas nanceiros, pois o sistema restringia-se a bancos comerciais, algumas nanciadoras e agentes nanceiros, como o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico (BNDE), sendo que se operava com recursos de emprstimos compulsrios. Alm da ausncia de uma reforma tributria.

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    Unidade 2

    Sntese

    Nesta unidade podemos perceber como foi surpreendente a evoluo da economia brasileira a partir do ciclo do caf. Foi um processo produtivo que criou um modelo nanceiro de auto-sustentao, e, mesmo aps a evoluo da indstria no Brasil, continuou num bom patamar, alimentando o auge das exportaes brasileiras na dcada de 1950 e se mantendo na liderana nas exportaes at os anos 1970.Quando falamos sobre o caf, associamos sua crise evoluo da indstria no Brasil. Isso um fato provocado pelo Governo que buscava uma melhor estrutura para a economia brasileira. Contudo, observamos nesta unidade que o surgimento da indstria aconteceu por meio da disponibilidade de recursos provenientes da produo do caf.

    Atividades de auto-avaliao

    1) A partir do contedo que voc leu nesta unidade, com liberdade para a busca de informaes em outras fontes de pesquisa, avalie a importncia da vinda dos imigrantes para o Brasil.

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    2) Como foi mencionado na Seo 2, voc deve ter percebido com clareza que a produo de caf cresceu em algumas cidades brasileiras. Sendo assim, qual a relao entre a produo do caf e o surgimento da indstria nessas mesmas regies?

    3) Como voc avalia o sistema fi nanceiro no ciclo do caf?

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    Economia Brasileira

    Unidade 2

    Saiba mais

    COTRIM, G. Histria do Brasil. So Paulo: Saraiva, 1999.FORTUNA, E. Mercado nanceiro: produtos e servios. Rio de Janeiro: Qualymark, 1995.GREMAUD, A. P. Economia brasileira contempornea. So Paulo: Atlas, 1999.REGO, J. M.; MARQUES, R. M. Economia brasileira. So Paulo: Saraiva, 2000.SILVA, S. Expanso cafeeira e origens da indstria no Brasil. So Paulo: Alfa - Omega, 1976.

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  • UNIDADE 3

    Contas nacionais brasileiras

    Objetivos de aprendizagem

    Entender o processo evolutivo da produo no Brasil nas ltimas dcadas, assim como a evoluo dos setores econmicos.

    Avaliar a participao na produo nacional de cada regio no Brasil.

    Poder avaliar e comparar a situao da produo brasileira com relao produo mundial.

    Sees de estudo

    Seo 1 Evoluo da produo no Brasil.

    Seo 2 Evoluo dos setores econmicos brasileiros.

    Seo 3 A participao regional na produo brasileira.

    Seo 4 Produto Interno Bruto Per capita.

    Seo 5 Hierarquia produtiva mundial.

    3

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    Para incio de estudo

    Analisando a evoluo econmica voc concluir sobre a importncia do crescimento econmico e do uso de instrumentos de medio para anlise do crescimento interno brasileiro e para anlise comparativa entre regies, Estados e pases.Por meio de dados quantitativos voc vai comparar a produo por Estados e regies no Brasil, bem como a produo brasileira em relao a outros pases.Com a anlise dos diferentes setores de produo econmica voc aprender sobre o avano do setor secundrio no Brasil, atravs da industrializao, que gerou profunda mudana na estrutura econmica brasileira. Ser estudada, tambm, a produo interna brasileira relacionada ao quantitativo populacional denominada PIB per capita.

    SEO 1 - Evoluo da produo no Brasil

    Como nossa proposta inicial avaliar a evoluo da produo no Brasil, vamos ento, com a ajuda do PIB, identi car o crescimento e a crise econmica nos diferentes perodos histricos.

    Quadro 3.1 : O crescimento do PIB

    Ano Crescimento do PIB total (%)

    1971 11,3

    1972 11,9

    1973 14,0

    1974 8,2

    1975 5,2

    1976 10,3

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    Economia Brasileira

    Unidade 3

    Ano Crescimento do PIB total (%)

    1977 4,9

    1978 5,0

    1979 6,8

    Fonte: BACEN e IBGE

    No Quadro 3.1 voc pde observar que o perodo de crescimento da economia brasileira mais marcante de sua histria foi entre 1969 e 1973, conhecido como o perodo do milagre brasileiro. Durante a dcada de 1970, passando o perodo do incontestvel crescimento, o Brasil continuou crescendo. Mas, se voc comparar ao perodo do milagre vai perceber a queda na produo brasileira, que surge provocando aumento do desemprego e queda na renda dos trabalhadores.

    Quadro 3.2 - O crescimento do PIB.

    Ano Crescimento do PIB total (%)

    1980 9,2

    1981 -4,3

    1982 0,8

    1983 -2,9

    1984 5,4

    1985 7,8

    1986 7,5

    1987 3,5

    1988 -0,1

    1989 3,2

    Fonte: BACEN e IBGE

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Na dcada de 80 apenas em quatro anos foram obtidas taxas de crescimento signi cativas (ver quadro 3.2):

    1980, com 9,2%; 1984, com 5,4%;1985, com 7,8%; 1986, com 7,5%.

    A queda na produo dos demais anos caracterizou a dcada de 80 como perodo de recesso. Comparando a crise da dcada de 80 com os anos anteriores, somente se observar crise semelhante na dcada de 30. Contudo, como nos anos 80 a estrutura econmica brasileira j era muito diferenciada dos anos 30, o agravamento da crise foi muito maior.

    Considere a seguinte possibilidade para anlise: se voc zesse parte da populao existente nos anos 30 a possibilidade de voc estar trabalhando no meio rural seria grande, pois mais de 70% da populao brasileira fazia parte dele.Uma das caractersticas da produo rural ter uma produo para o mercado, mas tambm a produo para autoconsumo.

    (principalmente nas pequenas propriedades agrcolas). Ento, trabalhando no meio rural est se produzindo para o prprio consumo e para o

    consumo de outras pessoas moradoras dos centros urbanos. Com o avano da industrializao no Brasil houve um grande deslocamento (imigrao) do meio rural para as cidades. Pessoas que deixaram de produzir

    no s para os consumidores que estavam na cidade como para a sua subsistncia. Agora, morando nos centros

    urbanos, necessitam de poder de compra para se manter. Ento, no momento da crise da dcada de 80 a situao contou com o agravamento da di culdade de emprego para a gerao da renda e acesso produo.O crescimento da produo dos anos de 1985 a 1987 demonstra a reativao da economia na dcada de 80, mas a falta de sustentabilidade leva o Brasil para outra crise na dcada de 90.

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    Economia Brasileira

    Unidade 3

    Quadro 3.3 - O crescimento do PIB.

    Ano Crescimento do PIB total (%)

    1990 -4,3

    1991 1,0

    1992 -0,5

    1993 4,9

    1994 5,9

    1995 4,2

    1996 2,7

    1997 3,3

    1998 0,1

    1999 0,8

    Fonte: BACEN e IBGE

    A dcada de 90 inicia com um percentual acentuadamente negativo (-4,6%) do crescimento. Somente nos anos de 1993 (4,9%) e 1995 (5,9%) o crescimento foi signi cativo. O Quadro 3.3 apresenta a evoluo do PIB no perodo de 1990 a 1999. Voc pode notar que a produo brasileira (PIB) foi bastante irregular, apresentando, como na dcada de 80, crescimento negativo.A partir do Plano Real, implantado em 1993, no governo Itamar Franco, h o retorno do crescimento. Contudo, o crescimento a partir de 1994 entra em declnio, demonstrando a falta de estabilidade econmica.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Quadro 3.4 - O crescimento do PIB (continuao).

    Ano Crescimento do PIB total (%)

    2000 4,4

    2001 1,3

    2002 1,9

    2003 0,5

    2004 4,9

    Fonte: BACEN e IBGE

    Somente nos anos de 2000 (4,4%) e 2004 (4,9%) a economia teve um crescimento diferenciado. Enquanto no perodo de 1901 a 2000 o PIB brasileiro cresceu 110 vezes, com uma taxa mdia de 4,8% ao ano, a partir de 1986 o percentual se mantm abaixo da mdia, s superando no ano de 2004. A economia brasileira encontra-se numa fase de baixo crescimento evidenciando uma grande distncia entre seu potencial de crescimento apresentado em perodos anteriores (dcada de 50, 60 e 70), e o seu desempenho nos ltimos anos.

    Os perodos de baixo crescimento da economia produziram refl exos diretos e substanciais sobre a sociedade brasileira. O desemprego tem levado uma acentuada parcela da populao para trabalhos informais. Embora ocupados, no desfrutam dos direitos inerentes aos trabalhadores.

    SEO 2 - Evoluo dos setores econmicos brasileiros

    As produes dentro dos pases esto vinculadas aos setores primrio, secundrio e tercirio. Para analisar os setores da economia brasileira convm lembrar inicialmente o que representa cada setor.

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    Economia Brasileira

    Unidade 3

    Setor primrio constitudo pelas unidades de produo que utilizam intensamente recursos naturais no acrescentando transformaes que gerem substanciais aumentos no valor de seus produtos (no agrega valor).Setor secundrio constitudo pelas unidades dedicadas s atividades industriais, pelas quais os bens so transformados. Caracteriza-se pela intensa utilizao do fator de produo capital.Setor tercirio composto pelas unidades de produo que tem como funo a prestao de servios, tais como: educao, sade, comrcio, propaganda, etc. A produo deste setor difere dos demais setores por no ter forma de material (ou ser tangvel).

    Entre os setores da economia, o mais relevante at o inicio da dcada de 30 foi o setor primrio relacionado, principalmente, produo agrcola.

    No perodo colonial, como voc viu na Unidade 1, o Brasil passou por diversos ciclos econmicos como o do acar, do ouro, etc. Nesse perodo no era permitida a produo de bens manufaturados no Brasil. At sua independncia o Brasil cou caracterizado como uma colnia de explorao.A partir de sua independncia, em 1822, o ciclo de maior relevncia para a economia brasileira foi o do caf, que era o produto de maior desempenho no processo de exportao. A produo nacional de caf chegou a ultrapassar o quantitativo de consumo mundial. A crise de 1929 induziu a implantao no Brasil do Processo de Substituio de Importao (PSI). A indstria brasileira (setor secundrio) a partir da implantao do PSI entra em ascenso com crescimento em termos percentuais que ultrapassou o setor primrio na dcada de 40.O Quadro 3.5 mostra a participao de cada setor na produo econmica brasileira no perodo de 1972 a 2004, apresentando total superao do setor primrio pelo setor secundrio. O avano do setor secundrio est relacionado ao crescimento industrial estabelecido a partir do processo de substituio (PSI).

    Conforme voc j estudou na unidade anterior, a crise de 1929, que cou marcada pela queda da Bolsa de Valores de Nova York, gerou uma das maiores crises mundiais provocando um abatimento acentuado nas exportaes do caf e queda na economia brasileira.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Quadro 3.5 - Composio do produto interno bruto (%).

    Ano Setor primrio Setor secundrio Setor tercirio Total

    1972 12,25 36,99 50,75 100

    1973 11,92 39,59 48,49 100

    1974 11,44 40,49 48,07 100

    1975 10,75 40,37 48,88 100

    1976 10,86 39,91 49,24 100

    1977 12,61 38,64 48,75 100

    1978 10,26 39,49 50,25 100

    1979 9,91 40,05 50,04 100

    1980 10,11 40,93 48,95 100

    1981 10,11 40,04 49,85 100

    1982 8,73 41,21 50,07 100

    1983 10,95 38,93 50,13 100

    1984 12,15 40,73 47,12 100

    1985 11,12 42,27 46,61 100

    1986 11,20 43,71 45,10 100

    1987 9,33 40,99 49,68 100

    1988 9,75 40,04 50,21 100

    1989 7,74 36,64 55,62 100

    1990 6,91 33,03 60,06 100

    1991 6,90 32,04 61,06 100

    1992 6,23 31,23 62,54 100

    1993 5,77 31,77 62,46 100

    1994 8,63 35,06 56,31 100

    1995 8,46 34,47 57,07 100

    1996 7,90 32,97 59,16 100

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    Economia Brasileira

    Unidade 3

    Ano Setor primrio Setor secundrio Setor tercirio Total

    1997 7,57 33,50 58,92 100

    1998 7,83 32,93 59,24 100

    1999 7,88 34,01 58,11 100

    2000 7,66 36,07 56,27 100

    2001 7,98 35,87 56,15 100

    2002 8,23 36,04 55,73 100

    2003 9,40 36,79 53,81 100

    2004 9,65 37,21 53,14 100

    Fonte: IBGE, elaborao IPEA/DIMAC.

    Observe que os dados do Quadro 3.5 so expressos em percentuais, ou seja, do total produzido quanto representa cada setor da economia. Avaliando em quantitativos absolutos, o setor primrio continua em crescimento. Porm, tambm em termos absolutos, o setor secundrio tem uma maior produo, e isto o eleva, colocando o setor frente em termos percentuais.

    O setor primrio passa por um contnuo crescimento, e desse setor que sai os chamados insumos utilizados pelo setor secundrio (indstria) que transforma o produto agregando valores. O setor primrio est relacionado tambm ao mercado internacional, para onde destinada grande parcela da produo primria brasileira, como a soja.

    Mesmo com o signi cativo e continuado crescimento da produo vinculada ao setor primrio da economia no Brasil, a partir do momento em que o setor secundrio superou o setor primrio, surgiu uma profunda mudana na economia brasileira, ou seja, evoluiu a industrializao tornando a participao de cada setor da economia brasileira semelhante aos setores das economias dos chamados pases avanados.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Portanto, mesmo considerando relevante o avano do setor primrio, por demais importante o avano do setor secundrio, pois nesse setor que consta a incorporao de amplo avano tecnolgico. o setor secundrio que tem o mrito de alavancar a economia provocando ainda mais a produo do setor primrio e do tercirio.

    Veja, como exemplo, uma empresa produtora de calados que est aumentando sua produo. Para isso necessitara de couros e outras matrias-primas advindas do setor primrio. Aumentando a produo de calados os mesmos sero repassados ao setor tercirio (servios) para atendimento ao consumidor fi nal.

    SEO 3 - Participao regional na produo brasileira

    O Quadro 3.6 apresenta os quatros Estados da regio Sudeste. Dentre eles, trs so os de maior produo brasileira. So Paulo o Estado de maior produo, ultrapassando 30% do PIB brasileiro e junto com o Rio de Janeiro e Minas Gerais ultrapassam 50% do total produzido no Brasil, acrescidos com o Estado do Esprito Santo que mantm uma mdia participativa prxima de apenas 2%.

    Quadro 3.6 - Participao dos estados da regio sudeste no PIB a preo de mercado corrente 1998 a 2002 (%).

    Unidades da Federao 1998 1999 2000 2001 2002

    Minas Gerais 9,8 9,6 9,6 9,5 9,3

    Esprito Santo 1,9 1,9 2,0 1,9 1,8

    Rio de Janeiro 11,0 11,7 12,5 12,3 12,6

    So Paulo 35,5 34,9 33,7 33,4 32,6

    Regio Sudeste 58,2 58,2 57,8 57,1 56,3

    Fonte: IBGE

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    Unidade 3

    A segunda regio de maior produo o Sul, com Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul mantendo um percentual acima de 17%. Atravs da do Quadro 3.7, possvel visualizar a hierarquia produtiva da regio Sul com o Rio Grande do Sul, como o Estado de maior PIB seguido de Paran e Santa Catarina.

    Quadro 3.7 - Participao dos estados da regio sul no PIB a preo de mercado corrente 1998 a 2002 (%).

    Unidades da Federao 1998 1999 2000 2001 2002

    Paran 6,2 6,3 6,0 6,1 6,1

    Santa Catarina 3,5 3,7 3,9 3,9 3,9

    Rio Grande do Sul 7,7 7,7 7,7 7,8 7,8

    Regio Sul 17,5 17,7 17,6 17,8 17,7

    Fonte: IBGE

    As regies Nordeste, Centro-Oeste e Norte participam respectivamente, em torno de 13%, 7% e 5%. O Quadro 3.8 apresenta a quarta regio brasileira de maior produo entre 1998 a 2002, mantendo uma mdia superior a 13% do PIB.

    Quadro 3.8 - Participao dos estados da regio nordeste no PIB a preo de mercado corrente 1998 a 2002 (%).

    Unidades da Federao 1998 1999 2000 2001 2002

    Maranho 0,8 0,8 0,8 0,9 0,8

    Piau 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5

    Cear 2,1 2,0 1,9 1,8 1,8

    Rio Grande do Norte 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9

    Paraba 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9

    Pernambuco 2,7 2,7 2,6 2,6 2,7

    Alagoas 0,7 0,7 0,6 0,6 0,7

    Sergipe 0,6 0,6 0,5 0,7 0,7

    Bahia 4,2 4,3 4,4 4,4 4,6

    Regio Nordeste 13,1 13,1 13,1 13,1 13,5

    Fonte: IBGE

    A regio Centro-Oeste, contida no Quadro 3.9, apresenta o Estado de Gois como o de maior representao da regio em relao produo brasileira, com uma evoluo participativa a partir de 1999.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Quadro 3.9 - Participao dos estados da regio centro-oeste no PIB a preo de mercado corrente 1998 a 2002 (%).

    Unidades da Federao 1998 1999 2000 2001 2002

    Mato Grosso do Sul 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1

    Mato Grosso 1,1 1,2 1,2 1,2 1,3

    Gois 1,9 1,8 2,0 2,1 2,3

    Regio Centro-Oeste 6,8 6,4 7,0 7,2 7,4

    Fonte: IBGE

    Das regies brasileiras que apresenta menor ndice participativo no PIB a regio Norte. O quadro 3.10 apresenta o menor ndice participativo de 2002, com ndice de 5%.

    Quadro 3.10 - Participao dos estados no pib a preo de mercado corrente 1998 a 2002 (%).

    Unidades da Federao 1998 1999 2000 2001 2002

    Rondnia 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5

    Acre 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

    Amazonas 1,7 1,6 1,7 1,7 1,9

    Roraima 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1

    Par 1,7 1,7 1,7 1,8 1,9

    Amap 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

    Tocantins 0,2 0,2 0,2 0,3 0,3

    Regio Norte 4,5 4,4 4,6 4,8 5,0

    Fonte: IBGE

    Como voc pde observar nos quadros de 3.6 a 3.10, atravs dos ndices ao longo dos anos analisados (1998 a 2002), tanto as regies como as unidades da federao (Estados) mantm um padro relativamente estvel em relao produo nacional, ou seja, o percentual de participao passa por apenas pequenas alteraes ao longo do percurso.

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    Economia Brasileira

    Unidade 3

    SEO 4 - Produto interno bruto - per capita

    Como voc j estudou na seo anterior, o somatrio em termos monetrios de toda a produo dos setores da economia, ou seja, de todos os bens e servios produzidos dentro do Brasil ou de qualquer fronteira geogr ca em determinado perodo, chama-se Produto Interno Bruto (PIB). Contudo, ao relacionar a produo com a populao possvel fazer a diviso do PIB pelo quantitativo populacional chegando ao resultado que leva o nome de PIB per capita (PIB por pessoa).O Quadro 3.11 mostra o PIB per capita no Brasil entre 1998 a 2004. Observe que se a produo brasileira fosse distribuda igualmente para toda a populao, os brasileiros receberiam os valores relacionados na segunda coluna (em reais) ou em dlares, relacionados na quinta coluna.

    Quadro 3.11 - Produto interno bruto per capita no Brasil.

    ANO Preos correntes (R$) Em R$ de 2003Variao percentual real

    Preos correntes em US$

    1998 5.498,61 8.571,29 -1,4 4.739,12

    1999 5.770,82 8.510,57 -0,7 3.179,51

    2000 6.429,56 8.750,68 2,8 3.515,92

    2001 6.896,35 8.735,89 -0,2 2.932,87

    2002 7.630,93 8.774,53 0,4 2.604,32

    2003 8.694,47 8.694,47 -0,9 2.831,43

    2004 9.743,00 9.014,00 3,7 -

    Fonte: IBGE Preos correntes em US$ estimados pelo BC.

    Olhando os valores a preos correntes a imagem de que o PIB cresceu e provocou o crescimento do PIB per capita, mas s aparncia. Atualizando os valores em preos reais, como consta na terceira coluna do Quadro 3.11 com base no ano de 2003, e calculando a variao percentual contida na quarta coluna, ca claro que somente nos anos de 2000, 2002 e 2004 o Brasil teve avano no PIB per capita.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    SEO 5 - Hierarquia produtiva mundial

    O PIB nos permite medir os crescimentos e depresses econmicas comparando diferentes pases em vrios perodos. As colunas do Quadro 3.12 mostram os valores do PIB de 1997 a 2003, identi cando a hierarquia monetria da produo nas principais economias mundiais e pases latino-americanos.

    Quadro. 3.12 - Produto interno bruto, por pases preos correntes (us$ bilhes).

    Pas 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004*

    Estados Unidos 8.318,4 8.781,5 9.274,3 9.824,7 10.12 8,0 10.487,0 11.004,1 11.750,4

    Japo 4.323,9 3.945,6 4.473,4 4.766,1 4.163,8 3.976,1 4.296,2 4.621,2

    Alemanha 2.113,6 2.147,4 2.110,8 1.875,2 1.857,6 1.989,4 2.406,3 2.672,8

    Reino Unido 1.328,3 1.423,5 1.460,4 1.440,9 1.431,8 1.567,5 1.797,6 2.128,2

    Frana 1.407,0 1.454,3 1.444,5 1.313,3 1.321,8 1.442,8 1.762,2 1.986,6

    Itlia 1.168,0 1.198,2 1.182,0 1.077,6 1.091,4 1.189,9 1.470,9 1.649,3

    China 898,4 946,3 991,4 1.080,8 1.175,8 1.270,7 1.412,3 1.601,0

    Canad 637,5 616,8 661,3 724,2 715,5 737,9 869,9 970,3

    Espanha 562,2 588,8 603,0 562,8 585,7 659,5 842,1 964,3

    Coria do Sul 476,5 317,1 406,1 461,5 481,9 546,9 605,4 667,4

    Mxico 400,9 420,9 481,1 581,4 623,9 648,5 626,1 663,1

    ndia 406,9 409,4 436,8 460,8 473,8 496,8 579,7 654,8

    BRASIL 807,8 787,9 536,6 602,2 509,8 459,4 506,8 604,9Austrlia 405,9 363,4 391,9 378,7 358,2 400,0 508,5 602,7

    Rssia 404,9 271,0 195,9 259,7 306,6 345,6 432,8 571,8

    Pases Baixos 377,4 394,0 399,1 371,6 384,6 420,3 513,6 568,5

    Sua 256,0 262,6 259,0 240,4 250,5 274,5 319,7 351,9

    Blgica 245,2 250,7 251,5 228,7 227,4 245,4 302,3 339,0

    Sucia 247,6 248,3 251,6 239,8 219,4 241,1 301,6 336,7

    Taiwan 291,0 267,4 287,9 309,6 281,2 281,9 286,2 307,5

    Astria 206,0 212,2 210,3 191,2 190,3 206,1 253,6 282,9

    Arbia Saudita 167,9 151,7 162,8 188,8 187,0 192,6 219,5 252,0

    Indonsia 215,7 95,4 140,0 150,2 143,2 173,4 208,4 222,0

    Tailndia 150,9 111,9 122,6 122,6 115,5 126,9 143,2 165,7

    Hong Kong 173,7 165,2 160,6 165,4 162,8 159,9 156,7 164,0

    Argentina 292,9 298,9 283,5 284,2 268,7 101,5 127,3 144,8

    Malsia 100,2 72,2 79,1 90,2 88,0 95,2 103,7 112,5

    Venezuela 88,7 95,8 103,3 121,3 126,2 94,3 84,8 104,1

    Cingapura 95,4 81,9 81,4 91,5 86,0 88,3 91,3 103,6

    Colmbia 106,7 98,5 80,9 78,5 83,3 80,5 77,6 92,2

    Chile 82,5 79,3 72,9 74,9 68,4 67,3 72,1 89,3

    Philipinas 83,8 66,6 76,1 74,8 70,2 75,6 78,1 84,2

    Peru 59,0 56,9 50,7 52,9 56,4 60,6 66,2

    Equador 23,6 23,3 16,7 15,9 21,0 24,3 26,8 29,0

    Uruguai 21,7 22,4 20,9 20,1 18,6 12,3 10,8 11,9

    Paraguai 9,6 8,5 7,8 7,7 6,9 5,6 6,0 7,0

    (*) PreliminarFonte: Banco Mundial e FMI ( World Economic Autlook)

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  • 63

    Economia Brasileira

    Unidade 3

    Os PIBs dos Estados Unidos e China obtiveram um crescente crescimento, diferenciado dos demais pases que apresentam perodos de queda na produo principalmente nos anos de 2000 e 2001.O Mxico, que em 2003 estava na 10 posio, chegou a superar a Espanha em 2000 e 2001 com estimativa de ocupar o 11 lugar em 2004. A Coria do Sul, 12 posio em 2003, superou a ndia em 1997 e em 2000, com estimativa de ocupar a 12 posio em 2004. A Austrlia superou os Pases Baixos em 2000. As alteraes hierrquicas ou quedas na produo dos pases so pouco signi cativas em relao ao Brasil, Argentina e Paraguai. O Brasil ocupava a 8 posio em 1997 e 1998, abaixo da China, caindo para 10 posio em 1999 e 15 posio em 2003, com estimativa de avano para 13 posio em 2004. Com exceo da produo dos anos 2000 e 2004, os demais anos apresentam queda acentuada na produo brasileira. A Argentina que ocupava a 17 posio, em 1997, caiu para a 26 em 2004.As quedas na produo dos demais pases, principalmente entre os seis primeiros (Japo, Alemanha, Reino Unido, Frana e Itlia) provocaram mudanas que no foram to signi cativas. Apresentando alteraes negativas de curto prazo, com recuperao e continuidade do crescimento do PIB. A China vem apresentando um consistente crescimento nos ltimos anos, demonstrando um acentuado avano produtivo. Observando a tendncia linear do crescimento chins voc pode estimar que voltar a superar no s o PIB italiano, como o de outros pases. Para voc ter mais esclarecimentos sobre os principais agregados macroeconmicos veja no quadro a seguir as de nies sintticas dos termos geralmente utilizados.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Quadro 3.13: Principais agregados macro-econmicos.

    AGREGADOS MACROECONMICOS DEFINIES SINTTICAS

    Produto Interno Bruto (PIB)

    Soma dos valores monetrios dos bens e servios nais produzidos dentro da fronteira geogr ca de um pas.

    Impostos indiretos Impostos relacionados ao preo nal do produto pelo fabricante que transferido do produto para o consumidor.

    Subsdios Estmulo concedido pelo setor pblico quando tem interesse em que determinado produto tenha um preo mais baixo para o consumidor nal. Visa diminuir o custo de produo de um bem ou servio.

    Depreciao Parcela do produto que se destina reposio ou reparo dos equipamentos.

    Renda recebida do exterior Representa a entrada de recursos vindo do exterior gerada pelo processo produtivo e investimentos em outros pases.

    Renda enviada para o exterior Representa a sada de recursos para o exterior gerada pelo processo produtivo externo e por investimentos estrangeiros no Brasil.

    Produto Interno Bruto a preo de mercado (PIBpm)

    Soma dos valores monetrios dos bens e servios produzidos, computando os impostos indiretos e subtraindo os subsdios.

    Produto Interno Bruto a custo de fatores (PIBcf) Soma dos valores monetrios dos bens e servios produzidos, subtraindo os impostos indiretos e considerando os subsdios.

    Produto Interno Lquido (PIL) Na contabilidade pblica de ne-se como lquido a subtrao da parcela do produto que se destina reposio ou reparo dos equipamentos (depreciao).

    Produto Nacional (PN) ou Renda Nacional (RN) Sinteticamente, representa o saldo do PIB considerando a renda enviada para o exterior e a renda recebida do exterior.

    Renda Pessoal (RP) Agregado destinado aos consumidores residentes no pas.

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  • 65

    Economia Brasileira

    Unidade 3

    Sntese

    Nesta unidade voc estudou sobre a evoluo da economia brasileira atravs do Produto Interno Bruto - PIB. Pde veri car com dados quantitativos a produo nas diferentes regies e Estados brasileiros, bem como comparar a produo brasileira em relao produo de outros pases. Aprendeu sobre a evoluo dos setores primrios, secundrios e tercirios, e sobre a relao entre a produo e o nmero de habitantes (PIB per capita) no Brasil.

    Atividades de auto-avaliao

    1) Analise a evoluo do crescimento econmico brasileiro.

    2) Qual a importncia de cada um dos setores econmicos para a evoluo da economia brasileira?

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    3) Avalie o crescimento brasileiro em relao ao crescimento dos demais pases.

    Saiba mais

    Para aprofundar as questes abordadas nesta unidade, realize pesquisa nos seguintes livros:REGO, J. M. Economia brasileira. So Paulo: Saraiva, 2000.SILVA, S. Expanso cafeeira e origens da indstria no Brasil. So Paulo: Alfa - Omega, 1976.

    Book.indb 66Book.indb 66 17/8/2007 10:27:0717/8/2007 10:27:07

  • UNIDADE 4

    Desenvolvimento econmico brasileiro

    Objetivos de aprendizagem

    Compreender o conceito de desenvolvimento econmico e suas diferenas do crescimento econmico.

    Entender o ndice de desenvolvimento humano (IDH) e sua importncia.

    Comparar o ndice de desenvolvimento humano brasileiro com outros pases, assim como dos Esta