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UPMAN – business advisers Porto | Rua do Passeio Alegre, 20 | Centro Empresarial do Porto | 4150-570 Porto T. +351 220 108 012 | F. +351 220 108 013 S. João da Madeira | Rua Comendador Raínho, 1192 | 3700-231 S. João da Madeira T. +351 256 826 234 | F. +351 256 826 252 E. [email protected] | Web: www.upman.com.pt Lean e(é) Produtividade Gestão do Desempenho dos Processos Por UPMAN – business advisers, Maio 2011 Em momentos anteriores tivemos oportunidade de abordar os desafios do sector do calçado e como, face à concorrência dos países emergentes e não só, as empresas nacionais se posicionaram de forma diferenciadora, contribuindo para que o setor do calçado seja atualmente um dos mais exportadores na economia nacional. Contudo, e face aos tempos que vivemos, Independentemente de a estratégia adoptada se ter revelado uma estratégia ganhadora (pela moda e design, mas também pela inovação, modernização e qualidade da produção), o foco na melhoria contínua das operações e otimização dos restantes processos de negócio da cadeia de valor não pode ser descurado, pelo contrário. A implementação de melhores práticas como o Lean na constante melhoria da produtividade, deve ser uma aposta clara com o objectivo último de reduzir custos e aumentar a rentabilidade das organizações, criando assim valor para o acionista. A abordagem Lean aos processos e operações permite às organizações ultrapassar os desafios, não só de produtividade, mas também de melhor nível de serviço, qualidade, redução de custos, e eliminação de desperdício. Considerando o exemplo do setor do calçado, por ter sido este que apresentámos pormenorizadamente e porque se depara com a exigência de lotes cada vez mais pequenos, devido a uma grande variedade de produtos e à crescente pressão para reduzir stocks em toda a cadeia, a implementação de práticas de SMED (Single-Minute Exchange of Die) para a redução de desperdícios, pode permitir às empresas obter ganhos de setup acima de 50% e redução do stock intermédio superiores a 25%. SMED representa mínimo tempo de paragem, mínimo tempo de mudança e máxima performance. Podemos, então, afirmar que Lean é Produtividade, mas devemos manter sempre presente que é igualmente “apenas” uma parte importante de um todo que é a abordagem integrada e holística necessária à melhoria do desempenho organizacional. Só uma abordagem integrada (a 360º) às Organizações, assente na transversalidade dos seus vetores de atuação – Estratégia, Pessoas, Processos e Operações, Sistemas de Informação – pode garantir que todos os pormenores são devidamente analisados e ponderados em termos de implementação e/ou otimização de soluções de gestão para o desempenho organizacional. Apenas uma abordagem holística permite que se rentabilize e maximize as Organizações em todas as suas vertentes. Hoje, mais que em qualquer outro momento, a eficiente gestão das organizações assume-se como uma prioridade e, até mesmo, como fator de sobrevivência. A crise generalizada que se instalou e promete manter-se por algum tempo, obriga as organizações, independentemente da sua dimensão ou setor de

Lean e Produtividade

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Page 1: Lean e Produtividade

UPMAN – business advisers Porto | Rua do Passeio Alegre, 20 | Centro Empresarial do Porto | 4150-570 Porto T. +351 220 108 012 | F. +351 220 108 013 S. João da Madeira | Rua Comendador Raínho, 1192 | 3700-231 S. João da Madeira T. +351 256 826 234 | F. +351 256 826 252

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Lean e(é) Produtividade

Gestão do Desempenho dos Processos

Por UPMAN – business advisers, Maio 2011

Em momentos anteriores tivemos oportunidade de abordar os desafios do sector do calçado e como, face à

concorrência dos países emergentes e não só, as empresas nacionais se posicionaram de forma

diferenciadora, contribuindo para que o setor do calçado seja atualmente um dos mais exportadores na

economia nacional.

Contudo, e face aos tempos que vivemos, Independentemente de a estratégia adoptada se ter revelado

uma estratégia ganhadora (pela moda e design, mas também pela inovação, modernização e qualidade

da produção), o foco na melhoria contínua das operações e otimização dos restantes processos de negócio

da cadeia de valor não pode ser descurado, pelo contrário.

A implementação de melhores práticas como o Lean na constante melhoria da produtividade, deve ser uma

aposta clara com o objectivo último de reduzir custos e aumentar a rentabilidade das organizações,

criando assim valor para o acionista. A abordagem Lean aos processos e operações permite às

organizações ultrapassar os desafios, não só de produtividade, mas também de melhor nível de serviço,

qualidade, redução de custos, e eliminação de desperdício.

Considerando o exemplo do setor do calçado, por ter sido este que apresentámos pormenorizadamente e

porque se depara com a exigência de lotes cada vez mais pequenos, devido a uma grande variedade de

produtos e à crescente pressão para reduzir stocks em toda a cadeia, a implementação de práticas de

SMED (Single-Minute Exchange of Die) para a redução de desperdícios, pode permitir às empresas obter

ganhos de setup acima de 50% e redução do stock intermédio superiores a 25%. SMED representa

mínimo tempo de paragem, mínimo tempo de mudança e máxima performance.

Podemos, então, afirmar que Lean é Produtividade, mas devemos manter sempre presente que é

igualmente “apenas” uma parte importante de um todo que é a abordagem integrada e holística

necessária à melhoria do desempenho organizacional. Só uma abordagem integrada (a 360º) às

Organizações, assente na transversalidade dos seus vetores de atuação – Estratégia, Pessoas, Processos

e Operações, Sistemas de Informação – pode garantir que todos os pormenores são devidamente

analisados e ponderados em termos de implementação e/ou otimização de soluções de gestão para o

desempenho organizacional. Apenas uma abordagem holística permite que se rentabilize e maximize as

Organizações em todas as suas vertentes.

Hoje, mais que em qualquer outro momento, a eficiente gestão das organizações assume-se como uma

prioridade e, até mesmo, como fator de sobrevivência. A crise generalizada que se instalou e promete

manter-se por algum tempo, obriga as organizações, independentemente da sua dimensão ou setor de

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atividade, a reformular a sua estratégia e a controlar cada vez mais as suas operações, a atrair,

desenvolver, motivar e reter talentos.

Paradoxalmente, esta crise deve igualmente ser encarada como um “mar de oportunidades”, na medida

em que proporcionará diversas possibilidades de crescimento e consolidação no mercado, mas que apenas

as empresas devidamente preparadas e estruturadas conseguirão aproveitar.

Vencer esta crise passa, incontornavelmente, por possuir uma estratégia de optimização da gestão

organizacional, assente nos princípios de eliminação dos desperdícios e optimização dos recursos, em todas

as componentes do seu negócio. Hoje, mais que nunca, a pergunta “está no rumo certo?” deve conduzi-lo a

uma reflexão sobre os caminhos que adoptou no passado e quais os que deverão nortear o seu futuro. Este

é o momento: ESTÁ NO RUMO CERTO?