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LEGALE – PÓS GRADUAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIOS DIREITO EMPRESARIAL : Aula 3 - Transformações Societárias / Estabelecimento Empresarial / Propriedade Industrial Professor Doutor: Rogério Martir Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado Especializado em Direito Empresarial e Direito do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação, MBA e de Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica Empresarial e para o Terceiro Setor. www.martir.com.br 1

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIOS

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LEGALE – PÓS GRADUAÇÃO DIREITO

TRIBUTÁRIOS

DIREITO EMPRESARIAL : Aula 3 - Transformações

Societárias / Estabelecimento Empresarial /

Propriedade Industrial

Professor Doutor: Rogério Martir

Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado Especializado em Direito Empresarial e Direito do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação, MBA e de Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica Empresarial e para o Terceiro Setor.

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SOCIEDADES

SOCIEDADES CONTROLADAS,

COLIGADAS, SIMPLES

PARTICIPAÇÃO E

TRANSFORMAÇÕES

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SOCIEDADES

SOCIEDADES CONTROLADAS / COLIGADAS / SIMPLES PARTICIPAÇÃO / TRANSFORMAÇÕES

• Controlada: é a sociedade cujo controle pertence a outra sociedade, sendo que a mesma possui maioria dos votos na qualidade de sócia´(art. 1.098, i e ii do cc)

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SOCIEDADES

• Coligada: e quando outra sociedade participa do capital social com 10% ou mais, porem não exerce poder de controle (art. 1.099 do cc)

• Simples participação: possui menos de 10% (art. 1.100 do c)

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SOCIEDADES

• DA TRANSFORMAÇÃO

• Ocorre a transformação quando uma sociedade passa de um tipo para outro. Se não houver previsão estatutária dependerá de anuência de todos os sócios. O sócio que não concordar se vencido poderá retirar-se da sociedade. A transformação não poderá afetar os credores.

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SOCIEDADES

• DA INCORPORAÇÃO

• Ocorre a incorporação quando uma ou mais sociedade são absorvidas por outra sociedade. Materializada a incorporação as incorporadas são extintas e tudo devidamente registrado no órgão competente.

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SOCIEDADES

• DA FUSÃO

• Ocorre a fusão quando se unem as sociedades para formação de uma sociedade nova que lhe sucederá em direito e obrigações.

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SOCIEDADES

• DA CISÃO

• Ocorre a cisão quando parte de uma sociedade (direitos e obrigações) são cedidas para uma outra empresa, ocorrendo cessão total a sociedade cindida se extingue.

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SOCIEDADES

• DA IMPUGNAÇÃO A TRANSFORMAÇÃO / INCORPORAÇÃO / FUSÃO E CISÃO

• Até 90 dias das respectivas publicações os credores poderão impugnar a mudança propondo a competente ação judicial anulatória.

• Ou ainda procedimentos administrativo junto ao CADE.

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SOCIEDADES

CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica - Autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério da Justiça, que tem como objetivo orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos do poder econômico, exercendo papel tutelador da prevenção e repressão do mesmo. Seus órgãos principais são o Tribunal Administrativo, a Superintendência-Geral e o Departamento de Estudos Econômicos. O CADE, ao lado da SEAE, constituem o SBDC - Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.

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SOCIEDADES

• SOCIEDADE DEPENDENTE DE AUTORIZAÇÃO

• Quem regula e autoriza o funcionamento de sociedades que necessitam de autorização extravagante é o poder executivo. Exemplos são as emissoras de rádio e TV e as empresas estrangeiras.

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• CONCEITO

• considera-se estabelecimento todo o complexo de bens organizados para o exercício da empresa (art. 1.142 do CC). Os bens corpóreos e incorpóreos.

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• ALIENAÇÃO / USUFRUTO / ARRENDAMENTO

• O estabelecimento pode ser objeto unitário de direitos e de negócios (art. 1.143 do cc), desde que os respectivos atos, principalmente a alienação seja objeto de registro perante a junta comercial e publicado na imprensa oficial (art. 1144 do cc).

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• CONDIÇÃO PARA APERFEIÇOAR O NEGÓCIO

• O negociante do estabelecimento deve ser detentor de bens suficientes para liquidação do seu passivo ou mesmo quitar os credores. Podendo ainda ter uma autorização expressa ou tácita (notificação com 30 dias para impugnação sob pena de concordância) dos credores. (Art. 1.145 do cc).

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• AUTORIZAÇÃO PARA CONCORRÊNCIA

• Não havendo autorização expressa o alienante do estabelecimento não poderá fazer concorrência ao adquirente pelo prazo de 5 anos, no caso de usufruto ou arrendamento a vedação de concorrência prevalecerá até o termino do contrato.

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• SOBRE O PASSIVO (DÉBITOS)

• O adquirente responde por todos os débitos do estabelecimento desde que regularmente contabilizados, salvo estabelecido de outra forma no respectivo contrato. Quanto aos débitos tributários e trabalhistas independente de qualquer pacto será de responsabilidade do adquirente podendo fazer uso de ação de regresso.

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• SOBRE A SUB-ROGAÇÃO DO ADQUIRENTE

• Salvo disposição em contrário o adquirente assume os contratos em andamento que envolvam o estabelecimento, podendo os respectivos terceiros rescindir os contratos em 90 dias. Os créditos serão transferidos ao adquirente, porém se um devedor do estabelecimento pagar de boa fé ao cedente este ficará exonerado de sua responsabilidade, cabendo a competente ação de regresso (art. 1.149 do cc).

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• PONTO COMERCIAL – é um bem incorpóreo do estabelecimento e possui real valor, corresponde ao local onde é desenvolvida a atividade empresária e tudo que envolve o mesmo.

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO

• Objetivo: é uma ação judicial que faculta ao locatário (empresário / sociedade empresária) do estabelecimento comercial exigir a renovação obrigatória do contrato de locação por igual prazo.

• O sucessor, cessionário e o sublocatário (no caso de sublocação total) da locação também possuem direito a ação renovatória.

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• Requisitos para propositura da ação (art. 51 da lei 8.245/91):

• 1-) contrato de locação escrito;

• 2-) prazo determinado de 5 anos ou somatória de contratos ininterruptos;

• 3-) exercício da mesma atividade nos últimos 3 anos;

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• 4-) propositura da ação de 1 ano a 6 meses antes do termino do contrato.

• Obs. Os requisitos são cumulativos devem estar todos presentes

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• O locador (proprietário) poderá se opor a renovação da locação alegando:

• Obras exigidas pelo poder público;

• Obras realizadas pelo locador que valorizaram o imóvel;

• Proposta melhor de terceiro;

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• Uso próprio empresarial, de seu cônjuge, ascendente ou descendente, sendo necessário ser um ramo diferente e que o negócio exista a mais de um ano e sejam possuidores da maioria do capital social.

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• Indenização ao locatário

• Possível indenização somente é cabível se a ação renovatória foi proposta. A mesma é cabível nos casos de proposta melhor de terceiro, e nos demais casos se o locatário em 3 (três) meses não iniciar as obras ou ocupar o estabelecimento conforme declarado na defesa.

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

• Locação em shopping center

• Aplica-se a mesma legislação, vedado apenas a alegação em defesa que a retomada é para uso próprio ou de parentes nos termos da lei.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL (RAMO DO DIREITO INTELECTUAL)

• A Propriedade Industrial contempla os seguintes institutos:

• Patentes (invenção e modelo de utilidade pública)

• Desenho Industrial

• Marcas

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• PATENTES (registro junto ao INPI)

• Patente de invenção: é a concessão do privilégio de exploração (carta de patente) de uma criação até o momento não existente, devendo estar presentes 3 requisitos:

• Criatividade.

• Novidade.

• Industriabilidade.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• A patente se transfere em ato “inter vivos” ou “causa mortis”, podendo ser objeto de desapropriação quando for de interesse público e segurança nacional se não explorada em tempo hábil a circular no mercado.

• O prazo para exploração da patente de invenção é de 20 anos improrrogáveis

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• Patente de modelo de utilidade pública: é a concessão do privilégio de exploração (carta de patente) de toda forma ou disposição nova obtida em face de objetos conhecidos que se preste a utilidade prática.

• Necessários os mesmos requisitos da patente de invenção.

• O prazo para exploração desta patente é de 15 anos improrrogáveis.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• DESENHO INDUSTRIAL

• Considera-se desenho industrial a forma plástica ou ornamental de um objeto ou conjunto dos mesmos, considerando linhas e cores e que possa ser objeto de fabricação industrial. Ex. Jóias, móveis, canetas, relógios, forma de máquinas e objetos.

• São necessários os mesmo requisitos.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• O prazo de exploração e de 10 anos, renováveis por três períodos de 5 totalizando o máximo de 25 anos.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• MARCAS

• Conceito: sinal distintivo capaz de diferenciar um produto ou serviço de outro.

• Nominativa: composta apenas por palavras / letras simples / convencionais.

• Figurativa: composta apenas por símbolos/ desenhos.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• Mista: composta por palavras e símbolos

• Prazo para exploração da marca

• O prazo é de 10 anos prorrogáveis pelo mesmo período, tantas vezes desejarem seus proprietários, desde que o pedido seja dentro do último ano do prazo a ser prorrogado e as contribuições sejam devidamente recolhidas.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• Classificação das marcas:

• Produtos e serviços (Sadia, Coca Cola, CVC Viagens);

• Certificação (ISO9000);

• Coletiva (FIESP / OAB)

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• MARCA NOTÓRIA: dentro do seu ramo de atividade goza de proteção especial independentemente de estar depositada/registrada ou não. (Art. 126, LPI).

• MARCA DE ALTO RENOME: a marca registrada no brasil de alto renome (coca cola) tem assegurada proteção especial em todos os ramos de atividade. (Art. 125, LPI).