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LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 168 Sumário TRABALHO CAGED Certificado Digital – Portaria 509 MTE............................................161 Meio Eletrônico – Portaria 509 MTE ...............................................161 INSPEÇÃO DO TRABALHO Procedimento Fiscal – Instrução Normativa 119 SIT......................164 MOTORISTA Exercício da Profissão – Decreto 8.433..........................................160 Exercício da Profissão – Portaria 510 MTE ....................................162 OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS Mensais – Orientação .....................................................................167 SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Equipamento de Proteção Individual – Portaria 505 MTE ..............161 SISTEMA HOMOLOGNET Implantação pelo MTE – Portarias 98 e 99 SRTE-MG ...................163 PREVIDÊNCIA SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL Benefícios – Súmula 79 CJF ..........................................................159 BENEFÍCIO Desastre Natural – Portaria 156 MPS.............................................159 BPC – BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL Requerimento – Súmula 80 CJF.....................................................159 OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS Mensais – Orientação .....................................................................167 SÚMULAS Aprovação – Conselho da Justiça Federal – CJF...........................159 JURISPRUDÊNCIA FRAUDE À EXECUÇÃO Configura fraude à execução a alienação ou oneração de bens realizada quando corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência .....................................158 TUTELA ANTECIPADA A concessão de tutela antecipada depende tanto da existência de prova inequívoca, quanto do fundado receio de dano ou abuso de direito ou manifesto propósito protelatório ........157 FGTS OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS Mensais – Orientação .....................................................................167 PIS/PASEP OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS Mensais – Orientação .....................................................................167 LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 168 Legislação, Doutrina e Jurisprudência ÚLTIMO DIÁRIO PESQUISADO 24/04/2015 ANO: 49 – 2015 FECHAMENTO: 24/04/2015 EXPEDIÇÃO: 26/04/2015 PÁGINAS: 168/157 FASCÍCULO Nº: 16

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LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 168

Sumário

TRABALHO

CAGED

Certificado Digital – Portaria 509 MTE............................................161Meio Eletrônico – Portaria 509 MTE ...............................................161

INSPEÇÃO DO TRABALHO

Procedimento Fiscal – Instrução Normativa 119 SIT......................164

MOTORISTA

Exercício da Profissão – Decreto 8.433..........................................160Exercício da Profissão – Portaria 510 MTE ....................................162

OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS

Mensais – Orientação .....................................................................167

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

Equipamento de Proteção Individual – Portaria 505 MTE ..............161

SISTEMA HOMOLOGNET

Implantação pelo MTE – Portarias 98 e 99 SRTE-MG ...................163

PREVIDÊNCIA SOCIAL

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Benefícios – Súmula 79 CJF ..........................................................159

BENEFÍCIO

Desastre Natural – Portaria 156 MPS.............................................159

BPC – BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DAASSISTÊNCIA SOCIAL

Requerimento – Súmula 80 CJF.....................................................159

OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS

Mensais – Orientação .....................................................................167

SÚMULAS

Aprovação – Conselho da Justiça Federal – CJF...........................159

JURISPRUDÊNCIA

FRAUDE À EXECUÇÃO

Configura fraude à execução a alienação ou oneraçãode bens realizada quando corria contra o devedordemanda capaz de reduzi-lo à insolvência.....................................158

TUTELA ANTECIPADA

A concessão de tutela antecipada depende tanto daexistência de prova inequívoca, quanto do fundado receio dedano ou abuso de direito ou manifesto propósito protelatório ........157

FGTS

OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS

Mensais – Orientação .....................................................................167

PIS/PASEP

OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS

Mensais – Orientação .....................................................................167

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 168

Legislação,Doutrina eJurisprudência

ÚLTIMODIÁRIO

PESQUISADO24/04/2015

ANO: 49 – 2015 FECHAMENTO: 24/04/2015 EXPEDIÇÃO: 26/04/2015 PÁGINAS: 168/157 FASCÍCULO Nº: 16

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TRABALHO

ORIENTAÇÃO OBRIGAÇÕES DAS EMPRESASMensais

Saiba quais as obrigações mensais que as empresas devem cumprir

Nesta Orientação, examinaremos as obrigações mensais, relativasàs legislações trabalhista e previdenciária, FGTS e PIS/Folha dePagamento, indicando os prazos de vencimento e a possibilidade deprorrogação ou obrigatoriedade de sua antecipação.Em próximo Fascículo, vamos abordar algumas obrigações a seremcumpridas em determinados meses do ano.

1. FERIADOS NACIONAISOs feriados nacionais civis são declarados em lei federal.Também serão considerados feriados civis a data magna do Estadofixada em lei estadual e os dias de início e do fim do ano centenáriode fundação do município, fixados em lei municipal.Os feriados religiosos são os dias de guarda, declarados em lei muni-cipal de acordo com a tradição local.Os feriados religiosos poderão ser fixados em número não superiora 4 por ano, incluída a Sexta-Feira da Paixão.Além da Sexta-Feira da Paixão, também o dia de Corpus Christi éferiado religioso, normalmente comemorado em âmbito nacional,motivo pelo qual será relacionado, no presente trabalho, com os fe-riados nacionais.

2. OBRIGAÇÕES A SEREM CUMPRIDAS EM TODOS OS MESESDO ANOAlgumas obrigações relacionadas com as legislações trabalhista eprevidenciária terão de ser cumpridas em todos os meses do ano,conforme examinamos a seguir.

2.1. ATÉ O 5º DIA DE CADA MÊSQuando os salários forem pagos por quinzena, o empregador devepromover o pagamento relativo à 2ª quinzena de cada mês, o maistardar até o 5º dia do mês subsequente, ou até o 5º dia da quinzenasubsequente, no próprio mês.Sendo os salários pagos por semana, o empregador deve promovero pagamento até o 5º dia da semana subsequente à vencida.

2.2. ATÉ O 5º DIA ÚTIL DE CADA MÊSTodos os empregadores têm até o 5º dia útil do mês subsequente aovencido para pagar o salário estipulado por mês.Para este efeito, o sábado é considerado como dia útil.

2.3. ATÉ O DIA 7 DE CADA MÊSNeste prazo, devem ser cumpridas as seguintes obrigações:a) CAGED – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEM-PREGADOSTodas as pessoas físicas ou jurídicas, com exceção dos empre-gados domésticos, estão obrigadas a enviar ao MTE – Ministério doTrabalho e Emprego o Caged, via internet, no endereço eletrônico:www.mte.gov.br, opção Caged, com a utilização do ACI – Aplicativodo Caged Informatizado para gerar e ou analisar o arquivo do Caged.

Desde 11-1-2013, é obrigatória a utilização de certificado digitalválido, no padrão ICP Brasil, para transmissão do arquivo Caged quecontenha a partir de 20 trabalhadores no primeiro dia do mês demovimentação e aqueles que estejam com o Caged em atraso.Quando o dia 7 não for útil, o Caged deve ser enviado ao MTE até odia útil anterior.As informações relativas a admissões devem ser prestadas:– na data de início das atividades do empregado, quando este estiverem percepção do Seguro-Desemprego ou cujo requerimento estejaem tramitação; e– na data do registro do empregado, quando o mesmo decorrer deação fiscal conduzida por Auditor-Fiscal do Trabalho.O MTE disponibiliza, no endereço eletrônico maisemprego.mte.gov.br, a situação do trabalhador relativa ao Seguro-Desemprego,para consulta pelo empregador e pelo responsável designado poreste.

b) DEPÓSITO DO FGTSTodo o empregador, urbano ou rural, e o empregador domésticoquando tiver optado têm até o dia 7 de cada mês para efetuar o reco-lhimento dos depósitos do FGTS, correspondente a 8% das remune-rações pagas ou devidas, no mês anterior, aos empregados e dire-tores optantes.Em se tratando de contrato de trabalho de aprendiz, o depósito éde 2%.O depósito deve ser antecipado quando não houver expedientebancário no dia 7.Para prestar informações ao FGTS e à Previdência Social, bemcomo para a geração da GRF – Guia de Recolhimento do FGTS, aempresa deverá utilizar obrigatoriamente o Sefip – Sistema Empresade Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência.Mesmo que não haja recolhimento ao FGTS, o arquivo Sefip deveráser transmitido com as informações à Previdência Social e, quandonão existir fato gerador de contribuição ao FGTS ou à PrevidênciaSocial (Sefip sem movimentro), o arquivo Sefip deve ser transmitidocom Ausência de Fato Gerador.Contudo, ressaltamos que para a emissão da certidão de regulari-dade das contribuições previdenciárias, a RFB solicita que sejamenviados arquivos Sefip para todas as competências com ausênciade fato gerador.A prestação das informações pelo empregador ao FGTS, atual-mente realizada por meio do Sefip, será substituída pela transmissãodos eventos aplicáveis ao FGTS por meio do leiaute dos arquivosque compõem eSocial, naquilo que for devido.

c) CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO – INFORMAÇÃOAO MTEAs empresas de trabalho temporário deverão informar mensalmenteao MTE, por meio do Sirett – Sistema de Registro de Empresa deTrabalho Temporário, os contratos de trabalho temporários cele-

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 167

TRABALHO FASCÍCULO 16/2015 COAD

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brados e prorrogados, quando for o caso, com os dados identifica-dores da tomadora, do empregado e o motivo da contratação, parafins de estudo do mercado de trabalho temporário.As informações devem ser enviadas até o dia 7 do mês seguinte dascontratações, antecipando quando não for útil.Em caso de prorrogação que independa de autorização, a empresade trabalho temporário deverá informar a nova data de encerra-mento, por meio do Sirett, até o último dia do período inicialmentepactuado.Na hipótese de rescisão antecipada, a empresa de trabalho tempo-rário deverá informar a nova data de rescisão, por meio do Sirett, ematé 2 dias após o término do contrato.Quando se tratar de celebração de contrato com prazo superior a3 meses, a solicitação de autorização deve ser feita com antece-dência mínima de 5 dias de seu início e, quando se tratar de prorro-gação, a solicitação de autorização deve ser feita até 5 dias antes dotermo final inicialmente previsto.A solicitação de autorização para contratação por período superiora 3 meses supre a obrigação de informação até o dia 7 de cada mês.

2.4. ATÉ O DIA 10 DE CADA MÊSNeste prazo, devem ser cumpridas as seguintes obrigações:a) COMUNICAÇÃO DOS REGISTROS DOS ÓBITOSO Titular do Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais devecomunicar ao INSS o registro dos óbitos ocorridos no mês anterior,devendo constar da relação à filiação, a data e o local de nascimentoda pessoa falecida. Não havendo óbito, este fato deve ser comuni-cado.

b) REMESSA DA CÓPIA DA GPS – GUIA DA PREVIDÊNCIASOCIAL AO SINDICATOTodas as empresas ficam obrigadas a fornecer ao sindicato repre-sentativo da categoria profissional mais numerosa entre seus em-pregados, até o dia 10 do mês seguinte ao da competência, cópia daGPS, relativa às contribuições devidas à seguridade social arreca-dadas pela RFB.

2.5. ATÉ O DIA 15 DE CADA MÊSNeste prazo, deve ser cumprida a seguinte obrigação:– CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – contribuintes individuais,quando for o caso, facultativos e empregadores domésticos devemrecolher a contribuição incidente sobre o salário de contribuição.O recolhimento poderá ser prorrogado para o primeiro dia útil subse-quente quando não houver expediente bancário no dia 15.

2.6. ATÉ O DIA 20 DE CADA MÊSNeste prazo, devem ser cumpridas as seguintes obrigações:a) CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – COOPERATIVA DE TRA-BALHOA contribuição a cargo da empresa que contratar os serviços decooperativa de trabalho é de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal oufatura de prestação de serviços, relativamente a serviços prestadospor cooperados.As cooperativas de trabalho são obrigadas a descontar e recolher acontribuição previdenciária de 11% (serviço prestado à pessoa jurí-dica) ou 20% (serviço prestado à pessoa física ou à entidade benefi-cente de assistência social isenta de contribuição patronal), con-forme o caso, calculada sobre a remuneração repassada ou credi-tada no mês ao cooperado contribuinte individual.

Contudo, a cooperativa de trabalho não está sujeita à contribuiçãopatronal de 20% para o INSS sobre o total das importâncias pagas,distribuídas ou creditadas a seus cooperados, a título de remune-ração ou retribuição pelos serviços que prestem a pessoas físicas oujurídicas por intermédio dela.O recolhimento da contribuição previdenciária deverá ser anteci-pado para o primeiro dia útil anterior, quando não houver expedientebancário no dia 20.

b) CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – EMPREGADORTodos os empregadores urbanos, com exceção dos domésticos econtribuintes individuais, devem recolher a CPP – ContribuiçãoPatronal Previdenciária, a descontada dos empregados e a de ter-ceiros, quando for o caso, calculadas sobre a remuneração dostrabalhadores, pagas ou devidas no mês anterior.As empresas também estão obrigadas a reter a contribuição previ-denciária de 11% do total da remuneração paga ou creditada nodecorrer do mês ao segurado contribuinte individual a seu serviço,observado o limite máximo previdenciário, e recolhê-la com ascontribuições a seu cargo.O recolhimento deverá ser antecipado para o primeiro dia útil ante-rior, quando não houver expediente bancário no dia 20.

c) CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – PRODUTOR RURALTodo produtor rural, pessoa jurídica e pessoa física com empre-gados, o segurado especial, o adquirente, o consignatário ou acooperativa de produção rural deve recolher a contribuição previden-ciária.Também estão obrigadas ao recolhimento as agroindústrias, comexceção da piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura.A contribuição, que é calculada sobre a receita bruta proveniente dacomercialização da produção rural, é de 2,85% para o produtorpessoa jurídica e a agroindústria e 2,30% para o produtor pessoafísica e o segurado especial.O produtor rural, pessoa jurídica ou pessoa física, deverá recolher acontribuição de terceiros (Salário-Educação e Incra) de 2,7% sobre afolha de pagamento e a descontada dos empregados.O recolhimento deverá ser antecipado para o primeiro dia útil ante-rior, quando não houver expediente bancário no dia 20.

d) CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – RECEITA BRUTAAs empresas que se enquadram nas atividades econômicas ou quefabricam produtos industrializados listados na Lei 12.546/2011, esuas alterações, devem recolher a contribuição previdenciária de 1%ou 2% sobre a receita bruta em substituição à contribuição previden-ciária patronal de 20% incidente sobre a folha de pagamento.O pagamento, efetuado por meio do Darf – Documento de Arreca-dação de Receitas Federais, deve ser antecipado para o primeiro diaútil anterior, quando não houver expediente bancário no dia 20.

e) CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – RECLAMATÓRIA TRA-BALHISTAA legislação previdenciária estabelece que o recolhimento da contri-buição previdenciária decorrente de reclamatória trabalhista seráefetuado no mesmo prazo em que devam ser pagos os créditosencontrados em liquidação de sentença ou em acordo homologado,sendo que nesse último caso será feito em tantas parcelas quantasas previstas no acordo, nas mesmas datas em que sejam exigíveis eproporcionalmente a cada uma delas.Entretanto, caso a sentença condenatória ou o acordo homologadoseja omisso quanto ao prazo em que devam ser pagos os créditos

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 166

COAD FASCÍCULO 16/2015 TRABALHO

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neles previstos, o recolhimento das contribuições sociais devidasdeverá ser efetuado até o dia 20 do mês seguinte ao da liquidação dasentença ou da homologação do acordo ou de cada parcela previstano acordo, ou no dia útil imediatamente anterior, caso não haja expe-diente bancário no dia 20.

f) CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – RETENÇÃO DE 11% OU3,5% – CESSÃO DE MÃO DE OBRAA empresa contratante de serviços prestados mediante cessão demão de obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho tempo-rário, deverá reter 11% ou 3,5% (empresa que esteja sujeita aoregime de tributação substitutivo previsto na Lei 12.546/2011), con-forme o caso, do valor bruto na nota fiscal, fatura ou do recibo deprestação de serviço e recolher a importância retida, em nome daempresa cedente da mão de obra.A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratanteaté o dia 20 do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da faturaou do recibo de prestação de serviços, antecipando para o primeirodia útil anterior, quando não houver expediente bancário no dia 20.

2.6.1. Comunicação aos EmpregadosA Lei 12.692/2012 criou a obrigação das empresas comunicarem,mensalmente, aos empregados, por intermédio de documento a serdefinido em regulamento, os valores recolhidos sobre o total de suaremuneração ao INSS.Ressaltamos que apesar da referida Lei já ter garantido ao empre-gado acesso às informações relativas ao recolhimento de suascontribuições ao INSS, entendemos que esta obrigação somente setornará exigível após a regulamentação do documento a ser utilizadoe do prazo de cumprimento, o que até a elaboração desta Orientaçãoainda não tinha sido definido.

2.7. ATÉ O ÚLTIMO DIA ÚTIL DO 2º DECÊNDIO DO MÊS SUBSE-QUENTE AO MÊS DE OCORRÊNCIA DO FATO GERADORNeste prazo, deve ser recolhido o IR/Fonte incidente sobre a remu-neração paga aos empregados e trabalhadores autônomos.

2.8. ATÉ O 25º DIA DO MÊS SUBSEQUENTE AO MÊS DE OCOR-RÊNCIA DOS FATOS GERADORESNeste prazo deve ser recolhida a contribuição relativa ao PIS – Folhade Pagamento.A referida contribuição é devida pelas entidades sem fins lucrativos,inclusive condomínios e as cooperativas que excluírem da base decálculo do PIS-Faturamento ou da Cofins qualquer das receitas elen-cadas no artigo 15 da Medida Provisória 2.158-35/2001 ou 30-A daLei 11.051/2004.A contribuição corresponde a 1% da folha de salários, relativa àremuneração paga, devida ou creditada aos empregados.Deve ser antecipado o prazo de recolhimento para o primeiro dia útilque o anteceder, se o dia do vencimento não for dia útil.

2.9. ATÉ O ÚLTIMO DIA DO MÊSNeste prazo, deve ser recolhida a Contribuição Sindical descontadados empregados.Os empregados que não trabalharam no mês de março ou que, aoserem admitidos, não apresentaram prova do desconto anterior dacontribuição sindical serão descontados no primeiro mês subse-quente ao reinício do trabalho, no caso de empregados afastados, ouaqueles admitidos após o mês de março.O valor da contribuição sindical dos empregados deverá ser reco-lhido até o último dia do mês seguinte ao do desconto.

2.10. QUADRO-RESUMO DAS OBRIGAÇÕESA título de ilustração do presente trabalho, elaboramos a seguir oQuadro-Resumo das Obrigações Mensais Trabalhistas e Previden-ciárias, do PIS-Folha de Pagamento, do Imposto de Renda na Fontee do FGTS a serem cumpridas, mensalmente, pelas empresas emgeral.

OBRIGAÇÕES PRAZOS DECUMPRIMENTO

Salários dos semanalistas e quinzenalistasaté o 5º dia da semana ou

quinzena vencida

Salários dos mensalistasaté o 5º dia útil do

mês seguinte

Caged

até o dia 7 de cada mêsFGTS

Contrato Temporário – Informação ao MTE

Comunicação dos Registros dos Óbitosaté o dia 10 de cada mês

Remessa da cópia da GPS ao Sindicato

Contribuição Previdenciária Mensal – Contri-buinte Individual, Doméstico e Facultativo

até o dia 15 de cada mês

IR/Fonteaté o último dia útil do 2º

decêndio do mês subsequenteà ocorrência do fato gerador

Contribuição Previdenciária – Cooperativa deTrabalho

até o dia 20 de cada mês

Contribuição Previdenciária – Empregador

Contribuição Previdenciária – Produtor Rural

Contribuição Previdenciária – Receita Bruta

Contribuição Previdenciária – Retenção de11% ou 3,5%

PIS-Folha de Pagamentoaté o 25º dia do mês

subsequente

Contribuição Sindical dos Empregadosaté o último dia do mês

seguinte ao do desconto

Os prazos de pagamento das obrigações podem ser consultados noCalendário das Obrigações, enviado mensalmente a todos os Assi-nantes e disponibilizado no Portal COAD.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei 605, de 5-1-49 (Portal COAD);Lei 8.036, de 11-5-90 (Portal COAD); Lei 8.212, de 24-7-91 (PortalCOAD); Lei 9.093, de 12-9-95 (Portal COAD); Lei 9.715, de 25-11-98(Portal COAD); Lei 10.666, de 8-5-2003 (Portal COAD); Lei 11.196,de 21-11-2005 – artigo 70 (Informativo 47/2005); Lei 11.933, de28-4-2009 (Fascículo 18/2009); Lei 12.101, de 27-11-2009 (Fascí-culo 49/2009); Lei 12.546, de 14-12-2011 (Fascículo 50/2011 ePortal COAD); Medida Provisória 2.158-35, de 24-8-2001 (Informa-tivo 35/2001); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – CLT – Consolidaçãodas Leis do Trabalho – artigos 459; 580 ao 583 e 587 (Portal COAD);Decreto 3.048, de 6-5-99 – RPS – Regulamento da PrevidênciaSocial (Portal COAD); Decreto 8.373, de 11-12-2014 (Fascículo51/2014); Decreto 99.684, de 8-11-90 (Portal COAD); InstruçãoNormativa 971 RFB, de 13-11-2009 (Portal COAD); Ato de InstruçãoNormativa 9 SRP, de 24-11-2005 (Informativo 47/2005); Ato Decla-ratório Executivo 54 Codac, de 30-7-2010 (Fascículo 31/2010);Circular 669 Caixa, de 29-12-2014 – Manual de Orientação aoEmpregador Recolhimentos Mensais e Rescisórios ao FGTS e dasContribuições Sociais (Fascículo 01/2015).

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 165

TRABALHO FASCÍCULO 16/2015 COAD

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 119 SIT, DE 23-4-2015(DO-U DE 24-4-2015)

INSPEÇÃO DO TRABALHOProcedimento Fiscal

SIT altera norma de inspeção do trabalho na fiscalização do registro de empregadosEste ato altera os artigos 4º e 5º, bem como o Anexo (NCRE – Notificação para Comprovação de

Registro de Empregado) da Instrução Normativa 107 SIT, de 22-5-2014 (Fascículo 22/2014), para,dentre outras normas, estabelecer que quando o empregador se recusar a receber a notificação

para comprovar a formalização dos vínculos de emprego sem registros constatados,o AFT – Auditor Fiscal do Trabalho entregará a referida notificação à unidade local

de multas e recursos, que a enviará, por via postal, com aviso de recebimento.Com relação à alteração do Anexo, ficou especificado que o empregador que omitir, de formareiterada, em folha de pagamento ou em documento de informações previsto pela legislação

previdenciária, trabalhista ou tributária, o segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinteindividual que lhe preste serviço, estará sujeito à exclusão de ofício do Simples Nacional.

O SECRETÁRIO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO, no exer-cício de sua competência, prevista pelo art. 14, inciso XIII, doAnexo I do Decreto nº 5.063, de 03 de maio de 2004, e conside-rando o disposto no art. 11, inciso II, da Lei nº 10.593, de 6 dedezembro de 2002, que estabelece a prerrogativa da Inspeção doTrabalho de atuar na redução dos índices de informalidade,RESOLVE:

Art. 1º – A Instrução Normativa nº 107, de 22 de maio de 2014,passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º – ...........................................................................................................................................................................................”

Remissão COAD: Instrução Normativa 107 SIT/2014“Art. 4º – Nas fiscalizações do atributo Registro de Empre-gados o AFT deve:..........................................................................................”

“IV – lavrar auto de infração capitulado no art. 41, caput, daConsolidação das Leis do Trabalho – CLT, quando constatar aadmissão de empregado sem o respectivo registro;”

Esclarecimento COAD: O caput do artigo 41 daCLT – Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada peloDecreto-Lei 5.452/43 (Portal COAD), dispõe que em todasas atividades será obrigatório para o empregador o registrodos respectivos trabalhadores, podendo ser adotadoslivros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções aserem expedidas pelo Ministério do Trabalho.

“V – notificar o empregador para comprovar a formalizaçãodos vínculos de emprego sem registros constatados, informan-do-o de que o descumprimento constituirá infração ao art. 24 daLei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, combinado com o art. 6º,inciso II, da Portaria nº 1.129, de 23 de julho de 2014, do Ministrodo Trabalho e Emprego, e o sujeitará à autuação, a reiterada açãofiscal, sem prejuízo da adoção de outras medidas legais cabí-veis;”

Remissão COAD: Lei 7.998/90 (Portal COAD)“Art. 24 – Os trabalhadores e empregadores prestarão asinformações necessárias, bem como atenderão às exigên-cias para a concessão do seguro-desemprego e o paga-

mento do abono salarial, nos termos e prazos fixados peloMinistério do Trabalho.”

Esclarecimento COAD: O inciso II do artigo 6º da Porta-ria 1.129 MTE/2014 (Fascículo 30/2014), alterado pelaPortaria 509 MTE/2015, divulgada neste Fascículo e Cole-cionador, dispõe que, para fins do seguro-desemprego, asinformações relativas a admissões deverão ser prestadasno prazo estipulado em notificação para comprovação doregistro do empregado lavrada em ação fiscal conduzidapor Auditor-Fiscal do Trabalho.

“VI – lavrar auto de infração capitulado no art. 24 da Leinº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, combinado com o art. 6º, inciso II,da Portaria nº 1.129, de 23 de julho de 2014, do Ministro do Trabalhoe Emprego, quando constatar o descumprimento da notificação aque se refere o inciso anterior;”

“§ 1º – a notificação referida no inciso V será emitida conformemodelo constante do anexo a esta Instrução Normativa.”“ ........................................................................................................”

“§ 3º – caso o empregador se recuse a receber a notificação, oAFT deverá entregá-la à unidade local de multas e recursos, que aenviará, por via postal, com aviso de recebimento.”

“§ 4º – a comprovação da formalização dos vínculos deemprego irregulares deverá, a critério do AFT, ser feita por meio deconsulta eletrônica ou de forma presencial e será consignada, noauto de infração a que se refere o inciso IV, quando da sua confir-mação.”“ ........................................................................................................”

“Art. 5º – Os processos de autos de infração a que se referemos incisos IV e VI desta Instrução Normativa terão prioridade detramitação em todas as instâncias administrativas e, para tanto,serão identificados por meio de capas diferenciadas e/ou de sinaliza-ção específica.”

Art. 2º – Alterar a Notificação para Comprovação de Registrode Empregado – NCRE, de que trata o anexo da Instrução Normativanº 107, de 22 de maio de 2014, a qual passa a vigorar conformemodelo anexo.

Art. 3º – Esta Instrução Normativa entra em vigor na data desua publicação. (Paulo Sérgio de Almeida)

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 164

COAD FASCÍCULO 16/2015 TRABALHO

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ANEXO

PORTARIAS 98 E 99 SRTE-MG, DE 30-3-2015(DO-U DE 22-4-2015)

SISTEMA HOMOLOGNET

Implantação pelo MTE

Homolognet passará a ser obrigatório em Itabira e João Monlevade – MG

A SRTE-MG – Superintendência Regional do Trabalho eEmprego do Estado de Minas Gerais, por meio dos referidos atos,estabelece a obrigatoriedade da utilização do Sistema Homolognet,

a partir de 18-5-2015, nas Agências Regionais do Trabalho eEmprego de Itabira e João Monlevade, Minas Gerais, para fins deassistência à homologação da rescisão do contrato de trabalho.

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 163

TRABALHO FASCÍCULO 16/2015 COAD

NOTIFICAÇÃO PARA COMPROVAÇÃO DE REGISTRO DE EMPREGADO (NCRE) Nº _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Empregador:

CNPJ/CPF:

Endereço:

Com fundamento no disposto no art. 11 da lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002, fica V.S. notificado a apresentar ao sistema do segu-ro-desemprego, até o dia ____/____/____, por meio da transmissão das declarações do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desem-pregados), os registros dos empregados referidos no auto de infração nº ______________, lavrado em seu desfavor.

Fica V.S. informado que estará sujeito à autuação, nos termos do art. 24 da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, combinado com o art. 6º,inciso II, da Portaria nº 1.129, de 23 de julho de 2014, e a reiterada ação fiscal, nos termos do art. 26 do Regulamento da Inspeção do Trabalho,aprovado pelo Decreto 4.552, de 27 de dezembro de 2002, em caso de descumprimento da presente notificação.Notas.:1. Esta notificação foi emitida em decorrência do auto de infração acima referido e não necessita de apresentação de defesa específica.2. O empregador que omitir, de forma reiterada, em folha de pagamento ou em documento de informações previsto pela legislação previden-ciária, trabalhista ou tributária, o segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço, estará sujeito àexclusão de ofício do Simples Nacional (art. 29, inciso XII, da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006).

Observações:

(Local e data)

_________________________________________________Auditor-Fiscal do Trabalho – CIF nº

Recebi, nesta data, a segunda via deste documento.

_____/______/______

_________________________________________________Empregador ou preposto

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PORTARIA 510 MTE, DE 17-4-2015(DO-U DE 20-4-2015)

MOTORISTAExercício da Profissão

MTE disciplina condições sanitárias para motoristas profissionaisO referido ato que disciplina as condições de segurança, sanitárias e de conforto nos locais de espera, derepouso e de descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviário de passageiros e de cargas

dispõe, dentre outras normas, que as instalações sanitárias devem ser localizadas a uma distância máximade 250m do local de estacionamento do veículo; ser separadas por sexo; ser constituídas por bacias

sanitárias, chuveiros com água fria e quente, lavatórios e espelhos; ser dotadas de mictórios nas instalaçõesmasculinas; e ser mantidas em adequadas condições de higiene, conservação e organização.

A Portaria 510 MTE/2015 ainda determinou que todo local de espera, de repouso ou de descanso devecontar com plano de trânsito, exposto em local visível, contendo informação sobre as dimensõese localização das áreas destinadas ao estacionamento de veículos, do pátio de manobra, dasinstalações sanitárias e ambientes para refeições e das regras de movimentação de veículos.

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, nouso das atribuições que lhe confere o inciso II do parágrafo único doart. 87 da Constituição Federal e considerando o disposto no art. 9ºda Lei nº 13.103, de 02 de março de 2015 e no Art. 4º do Decretonº 8.433, de 16 de abril de 2015, RESOLVE:

Art. 1º – As condições de segurança, sanitárias e de confortonos locais de espera, de repouso e de descanso dos motoristasprofissionais de transporte rodoviário de passageiros e de cargasdevem atender ao disposto nesta Portaria.

Art. 2º – As instalações sanitárias devem:a) ser localizadas a uma distância máxima de 250m (duzentos

e cinquenta metros) do local de estacionamento do veículo;b) ser separadas por sexo;c) ser constituídas por bacias sanitárias, chuveiros com água

fria e quente, lavatórios e espelhos, na proporção mínima de umconjunto para cada 1600m² (mil e seiscentos metros quadrados) deárea efetivamente destinada ao estacionamento de veículos detransporte de carga ou passageiros, ou fração, observada em todosos casos a quantidade mínima de um conjunto em instalação sanitá-ria masculina e um conjunto em instalação sanitária feminina;

d) ser dotadas de mictórios nas instalações masculinas, emquantidade compatível com o dimensionamento previsto na alínea“c”; e

e) ser mantidas em adequadas condições de higiene, conser-vação e organização.

Art. 3º – Os compartimentos destinados aos chuveiros devem:a) ser individuais;b) ser dotados de portas de acesso que impeçam o devassa-

mento, com trinco;c) possuir ralos sifonados com sistema de escoamento que

impeça a comunicação das águas servidas entre os compartimentose que escoe toda a água do piso;

d) dispor de suporte para sabonete e cabide para toalha;e) ter área mínima de 1,20m²; ef) possuir estrado removível em material lavável e impermeá-

vel.Art. 4º – Medidas adequadas devem ser adotadas para

garantir que o esgotamento das águas utilizadas não seja fonte decontaminação.

Art. 5º – Os ambientes para refeições podem ser de usoexclusivo ou compartilhado com o público em geral, devendo semprepermitir acesso fácil a instalações sanitárias e fontes de água potá-vel.

§ 1º – Os ambientes para refeições devem ser dotados demesa e assento, bem como adequadas condições de conforto.

§ 2º – Todos os ambientes para refeições devem ser mantidosem adequadas condições de higiene e limpeza.

§ 3º – A utilização dos ambientes para refeições não podeestar condicionada ao consumo de produtos comercializados nolocal.

Art. 6º – Deve ser disponibilizada gratuitamente água potável,por meio de copos individuais, bebedouro de jato inclinado ou equi-pamento similar que garanta as mesmas condições.

Parágrafo único – Deve ser garantido acesso à água potávelem quantidade suficiente.

Art. 7º – Todo local de espera, de repouso ou de descansodeve contar com plano de trânsito contendo informação sobre asdimensões e localização das áreas destinadas ao estacionamentode veículos, do pátio de manobra, das instalações sanitárias e am-bientes para refeições e das regras de movimentação de veículos.

Parágrafo único – O plano de trânsito deve permanecerexposto em local visível.

Art. 8º – As áreas de trânsito, estacionamento e manobra deveículos devem possuir sinalização vertical e horizontal de acordocom o plano de trânsito.

Art. 9º – As áreas destinadas ao trânsito, manobra ou movi-mentação de veículos devem ser dotadas de pavimentação oucalçamento.

Art. 10 – Todo local de espera, de repouso ou de descansodeve contar com plano de segurança, com o objetivo de prevenir aprática de atos ilícitos.

Art. 11 – Todo local de espera, de repouso ou de descansodeve ser cercado e possuir controle de acesso e sistema de vigilân-cia ou monitoramento eletrônico.

Art. 12 – É vedada a venda, fornecimento e consumo de bebi-das alcoólicas nos locais de espera, de repouso ou descanso.

Art. 13 – É vedado ingresso e permanência de crianças eadolescentes nos locais de espera, repouso ou descanso, salvoquando acompanhados pelos responsáveis ou por eles autorizados.

Art. 14 – Aos estabelecimentos de propriedade do transpor-tador, do embarcador ou do consignatário de cargas, bem como noscasos em que esses mantiverem com os proprietários destes locaiscontratos que os obriguem a disponibilizar locais de espera erepouso aos motoristas profissionais, aplicam-se as Normas Regu-lamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.

Art. 15 – Esta Portaria entra em vigor na data de sua publi-cação. (Manoel Dias)

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 162

COAD FASCÍCULO 16/2015 TRABALHO

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PORTARIA 509 MTE, DE 17-4-2015(DO-U DE 20-4-2015)– c/ Retificação no DO-U de 23-4-2015 –

CAGEDMeio Eletrônico

MTE altera ato que divulgou instruções para declarar o CagedO ato em referência, que entra em vigor no prazo de 60 dias, altera o inciso II do artigo 6º da

Portaria 1.129 MTE, de 23-7-2014 (Fascículo 30/2014), que aprovou instruções para aprestação de informações pelo empregador, relativas a movimentações de empregados.

A alteração consiste em estabelecer que as informações sobre admissões, para fins do Seguro-Desemprego,serão prestadas observando o prazo estipulado em notificação para comprovação do registro

do empregado lavrada em ação fiscal conduzida por Auditor-Fiscal do Trabalho.

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso da atribuição lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 daConstituição e tendo em vista o disposto no artigo 1º da Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965 e no art. 24 da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de1990, RESOLVE:

Art. 1º – A Portaria nº 1.129, de 23 de julho de 2014, passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 6º – ..............................................................................................................................................................................................

Esclarecimento COAD: O artigo 6º da Portaria 1.129 MTE/2014 determina o prazo, que para fins do Seguro-Desemprego, no qual as informa-ções relativas a admissões deverão ser prestadas.

II – no prazo estipulado em notificação para comprovação do registro do empregado lavrada em ação fiscal conduzida por Auditor-Fiscaldo Trabalho.

Art. 2º – Esta Portaria entra em vigor no prazo de sessenta dias da data de sua publicação. (Manoel Dias)

PORTARIA 505 MTE, DE 16-4-2015(DO-U DE 17-4-2015)

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHOEquipamento de Proteção Individual

MTE altera a NR-6 que dispõe sobre os equipamentos de proteção individual

O referido ato altera o Anexo I da NR – Norma Regulamenta-dora 6, aprovada pela Portaria 3.214 MTb, de 8-6-78 (Portal COAD),que dispõe sobre EPI – Equipamento de Proteção Individual, paraacrescentar a letra “d” ao item A.2 – Capuz ou Balaclava, cuja descri-ção é capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidadeproveniente de operações com uso de água, bem como a letra “f” aoitem F.3 – Manga, cuja descrição é manga para proteção do braço edo antebraço contra agentes químicos.

Também foram alteradas as descrições das letras dos seguin-tes itens:

• A.2 – Capuz ou Balaclacab) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agen-

tes químicos;• E.1 – Vestimentasc) vestimentas para proteção do tronco contra agentes quími-

cos;

• G.1 – Calçadog) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes

químicos.• G.3 – Perneirac) perneira para proteção da perna contra agentes quími-

cos;• G.4 – Calçab) calça para proteção das pernas contra agentes quími-

cos;• H.1 – Macacãob) macacão para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra agentes químicos;• H.2 – Vestimenta de Corpo Inteiroa) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de

origem química.

NOTA COAD: A íntegra da NR-6, com as devidas alterações, encontra-se disponível no Portal COAD – OpçãoLEGISLAÇÃO – Segurança e Medicina.

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 161

TRABALHO FASCÍCULO 16/2015 COAD

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DECRETO 8.433, DE 16-4-2015(DO-U DE 17-4-2015)– c/ Retificação no DO-U DE 20-4-2015 –

MOTORISTAExercício da Profissão

Governo regulamenta dispositivos da Lei que trata da profissão de motorista

O ato em referência, cuja íntegra encontra-se disponível noPortal COAD, regulamenta os artigos 9º, 12, 17 e 22 da Lei 13.103,de 2-3-2015 (Fascículo 09/2015), que disciplinou a jornada de traba-lho e o tempo de direção do motorista profissional, inclusive no quese refere a viagens de longa distância.

Dentre outras normas, o Decreto 8.433/2015 ratifica a conver-são em advertências das penalidades por infração à Lei 12.619, de30-4-2012 (Fascículo 18/2012), cuja aplicação correrá por conta doMTE – Ministério do Trabalho e Emprego; especifica os procedimen-tos para fins de restituição de valores já recolhidos relativos às pena-lidades; e dispõe que cabe ao MTE regulamentar as condições desegurança, sanitárias e de conforto nos locais de espera, de repousoe de descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviáriode passageiros e de cargas.

A seguir, transcrevemos os artigos do Decreto 8.433/2015,relativos à matéria divulgada neste Colecionador:“ .........................................................................................................

Art. 1º – Este Decreto regulamenta a Lei nº 13.103, de 2 demarço de 2015, que dispõe sobre o exercício da profissão de moto-rista...........................................................................................................

Art. 3º – As penalidades a que se refere o art. 22 da Leinº 13.103, de 2015, ficam convertidas em advertências, conforme osprocedimentos estabelecidos:

I – pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no caso das infra-ções ao disposto na Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012, de quetrata o inciso I do caput do art. 22 da Lei nº 13.103, de 2015; e

II – pelos órgãos competentes para aplicar penalidades, nocaso das infrações ao Código de Trânsito Brasileiro de que tratam osincisos I e II do caput do art. 22 da Lei nº 13.103, de 2015.

Esclarecimentos COAD: O inciso I do artigo 22 da Lei13.103/2015 determina que ficam convertidas em adver-tências as penalidades, aplicadas até 3-3-2015, decor-rentes de infrações à Lei 12.619/2012, que alterou aCLT – Consolidação das Leis do Trabalho para definirnormas sobre o serviço do motorista profissional, e à Lei9.503/97 (Portal COAD), que instituiu o CTB – Código deTrânsito Brasileiro.• Já o iniciso II do artigo 22 da Lei 13.103/2015 converteuem advertências as penalidades, aplicadas até 2 anosantes de 16-4-2015, por violação à norma de transitar como veículo com excesso do peso permitido.

§ 1º – As penalidades decorrentes das infrações de trânsito deque tratam os incisos I e II do caput do art. 22 da Lei nº 13.103, de2015, são aquelas previstas no inciso XXIII do caput do art. 230 e noinciso V do caput do art. 231 do Código de Trânsito Brasileiro,respectivamente.

Remissões COAD: Lei 9.503/97“ Art. 230 – Conduzir o veículo:............................................................................................

XXIII – em desacordo com as condições estabelecidas noart. 67-A, relativamente ao tempo de permanência do con-dutor ao volante e aos intervalos para descanso, quando setratar de veículo de transporte de carga ou de passageiros:Infração – grave;Penalidade – multa;Medida administrativa – retenção do veículo para cumpri-mento do tempo de descanso aplicável;............................................................................................Art. 231 – Transitar com o veículo:............................................................................................V – com excesso de peso, admitido percentual de tole-rância quando aferido por equipamento, na forma a serestabelecida pelo Contran:Infração – média;Penalidade – multa acrescida a cada duzentos quilo-gramas ou fração de excesso de peso apurado, constantena seguinte tabela:a) até seiscentos quilogramas – 5 (cinco) Ufir;b) de seiscentos e um a oitocentos quilogramas – 10 (dez)Ufir;c) de oitocentos e um a um mil quilogramas – 20 (vinte) Ufir;d) de um mil e um a três mil quilogramas – 30 (trinta) Ufir;e) de três mil e um a cinco mil quilogramas – 40 (quarenta)Ufir;f) acima de cinco mil e um quilogramas – 50 (cinquenta)Ufir;Medida administrativa – retenção do veículo e transbordoda carga excedente;..........................................................................................”

§ 2º – A restituição de valores pagos pelas penalidades referi-das no caput deverá ser solicitada por escrito e autuada em processoadministrativo específico junto ao órgão responsável pelo recolhi-mento.

Art. 4º – Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego regu-lamentar as condições de segurança, sanitárias e de conforto noslocais de espera, de repouso e de descanso dos motoristas profissio-nais de transporte rodoviário de passageiros e de cargas, conformedisposto no art. 9º da Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015; e

Parágrafo único – Para os procedimentos de reconhecimentocomo ponto de parada e descanso, os órgãos de que trata o § 3º doart. 11 da Lei nº 13.103, de 2015, observarão o cumprimento da regu-lamentação de que trata o caput.

Esclarecimento COAD: O § 3º do artigo 11 da Lei 13.103/2015 trata da competência do órgão da União, ou, con-forme o caso, da autoridade do ente da federação comjurisdição sobre a via, do reconhecimento como ponto deparada e descanso dos estabelecimentos existentes nostrechos das vias públicas.

..........................................................................................................Art. 7º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publi-

cação. (Dilma Rousseff; Antonio Carlos Rodrigues; Manoel Dias;Gilberto Kassab)

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 160

COAD FASCÍCULO 16/2015 TRABALHO

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PREVIDÊNCIA SOCIAL

PORTARIA 156 MPS, DE 23-4-2015(DO-U DE 24-4-2015)

BENEFÍCIODesastre Natural

MPS autoriza antecipação de benefício para vítimas das inundações em Santa Catarina

O MPS – MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, por meiodo ato em referência, autoriza o INSS – Instituto Nacional do SeguroSocial a antecipar aos beneficiários domiciliados no Município deXanxerê, no Estado de Santa Catarina – SC, os benefícios de presta-ção continuada previdenciária (aposentadoria e pensão) e assisten-cial (para idosos e deficientes) no primeiro dia útil do cronograma, apartir da competência maio/2015 e enquanto perdurar a situação, emvirtude do estado de calamidade pública decorrente de inundaçõesreconhecido por ato do Governo Federal.

O disposto anteriormente aplica-se unicamente aos beneficiá-rios domiciliados no município na data de decretação do estado decalamidade pública, ainda que os benefícios sejam mantidos emoutros municípios, bem como aos benefícios decorrentes.

Também será permitido, mediante opção do beneficiário, oadiantamento de mais uma renda mensal correspondente ao valordo benefício, devendo esta quantia ser ressarcida ao INSS em até 36parcelas mensais fixas, a partir do terceiro mês seguinte ao da ante-cipação, mediante desconto da renda do benefício.

CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL CJF, DE 15-4-2015(DO-U DE 24-4-2015)

SÚMULASAprovação

CJF aprova Súmulas que tratam da concessão de benefício de prestação continuada

O CJF – Conselho da Justiça Federal, através da TNU –Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais,em sessão realizada em 15-4-2015, aprovou, por unanimidade, osenunciados das seguintes Súmulas:

� 79. Nas ações em que se postula benefício assistencial, énecessária a comprovação das condições socioeconômicas doautor por laudo de assistente social, por auto de constatação lavradopor oficial de justiça ou, sendo inviabilizados os referidos meios, porprova testemunhal.

� 80. Nos pedidos de benefício de prestação continuada(LOAS), tendo em vista o advento da Lei 12.470/11, para adequadavaloração dos fatores ambientais, sociais, econômicos e pessoais

que impactam na participação da pessoa com deficiência na socie-dade, é necessária a realização de avaliação social por assistentesocial ou outras providências aptas a revelar a efetiva condiçãovivida no meio social pelo requerente.

Esclarecimento COAD: A Lei 12.470/2011 (Fascículo36/2011) alterou, dentre outras, a Lei 8.742/93 (PortalCOAD), para estabelecer que a concessão do benefício deprestação continuada à pessoa com deficiência e ao idosoficará sujeita à verificação da deficiência e do grau de impe-dimento, composta por avaliação médica e social reali-zadas por médicos peritos e por assistentes sociais doINSS – Instituto Nacional de Seguro Social.

JURISPRUDÊNCIA

AGRAVO DE PETIÇÃO – MULTA PREVISTA NO ARTIGO475-J DO CPC – APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA AO PROCESSODO TRABALHO – POSSIBILIDADE

– É cediço que a Lei nº 6.830/80, que rege os processos execu-tivos fiscais, aplica-se às execuções trabalhistas, nos termos doart. 889 da CLT. No entanto, não há como negar a aplicação do Códigode Processo Civil, quando aludida fonte formal de aplicação subsidiá-ria for omissa e o preceito não for incompatível com os princípiosfundamentais do direito do trabalho – art. 8º, parágrafo único, e art. 769da CLT. Ante a omissão axiológica, com vistas a assegurar o efetivo

cumprimento de decisão judicial transitada em julgado, privilegiandoas soluções hermenêuticas orientadas pelas garantias constitucio-nais, inscritas no artigo 5º, inciso XXXVI e LXXVIII, da CRFB, com aadoção de meios que garantam a razoável duração do processo,direito fundamental de todos os cidadãos brasileiros, conclui-se que oartigo 475-J do CPC aplica-se ao processo do trabalho. No mes-mo sentido, posicionamento adotado em Enunciado aprovado na1ª Jornada do Direito Material e Processual na Justiça do Trabalho: “aaplicação subsidiária do art. 475-J do CPC atende às garantias consti-tucionais da razoável duração do processo, efetividade e celeridade,tendo, portanto, pleno cabimento na execução trabalhista”. A natureza

LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 159

PREVIDÊNCIA SOCIAL/JURISPRUDÊNCIA FASCÍCULO 16/2015 COAD

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singular do crédito trabalhista requer que sejam incorporadas aoprocesso do trabalho todas as mudanças legislativas que inovam nosentido de assegurar uma execução mais célere e eficaz. Contudo, nocaso dos autos, como a matéria objeto de insurgência já foi apreciadapor esta E. Turma em outra composição e em sede de agravo de peti-ção interposto pela 1ª executada, ressalvo meu posicionamento paraexcluir a multa do artigo 475-J do CPC. (TRT-1ª R. – AP 123600-40.2008.5.01.0482 – Relª Desª Sayonara Grillo Coutinho Leonardo daSilva – Publ. em 28-1-2015) @150454

BANCÁRIO – CARGO DE CONFIANÇA – REQUISITOS NÃOPREENCHIDOS – HORAS EXTRAS DEVIDAS

– Para que o empregado bancário seja enquadrado na exce-ção do § 2º do art. 224 da CLT, além do pagamento de gratificaçãonão inferior a um terço do salário do cargo efetivo, é imprescindível oefetivo exercício de função que o eleve a uma posição de destaque.Não preenchidos os requisitos, é devido o pagamento das horasexcedentes da sexta diária. (TRT-4ª R. – RO 1448-23.2011.5.04.0701 – Rel. Des. Cláudio Antônio Cassou Barbosa – Publ. em29-1-2015) @150500

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL – NOTIFICAÇÃO – PUBLICA-ÇÃO EM EDITAIS GENÉRICOS

– Verificado que embora a publicação para cobrança dacontribuição sindical tenha sido feita em editais genéricos, em des-cumprimento ao disposto no art. 605 da CLT, tem se que o sujeitopassivo foi devidamente notificado do débito tributário, conformeaviso de recebimento constante dos autos, não impugnado nadefesa. Cumprida, assim, a obrigação de notificação pessoal pre-vista no art. 145 do CTN. Nesse caso, foi convalidada a intimação daré, estando ela, por isso, constituída em mora. (TRT-3ª R. – RO1631-2013-017-03-00-4 – Rel. Des. Emerson José Alves Lage –Publ. em 30-1-2015) @150489

DANO MORAL – DIFICULDADE AO USO DO BANHEIRO –OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA – INDE-NIZAÇÃO DEVIDA

– A dificuldade ao uso do banheiro ofende os princípios consti-tucionais da dignidade da pessoa humana – art. 1º, III, da CF/88 – edos valores sociais do trabalho – art. 1º, IV, da CF/88 –, ensejando acondenação da reclamada no pagamento de indenização por danosmorais. (TRT-4ª R. – RO 20609-97.2013.5.04.0523 – Rel. Des.Ricardo Carvalho Fraga – Publ. em 29-1-2015) @150492

EMBARGOS À EXECUÇÃO – PENHORA INCIDENTE SO-BRE VALORES DEPOSITADOS – ALEGAÇÃO DE PENSÃOE SALÁRIO NÃO COMPROVADA – IMPENHORABILIDADEREJEITADA

– Deve ser mantida a decisão que rejeitou a pretensão dedu-zida nos embargos à execução da sócia Executada, opostos sob ofundamento de impenhorabilidade de valores decorrentes de pen-são e salário, por não ter sido comprovada tal alegação nos autos.(TRT-1ª R. – AP 100100-17.2008.5.01.0070 – Rel. Des. RogérioLucas Martins – Publ. em 29-1-2015) @150470

EMPREGADO PÚBLICO – PROFESSOR – PISO SALARIALPROFISSIONAL NACIONAL

– Devido aos professores da rede pública da educação bási-ca, o piso salarial profissional nacional previsto na Lei 11.738/2008, acontar de 27 de abril de 2011 – data do julgamento do mérito da ADI4.167 –, conforme a modulação de efeitos realizada pelo Plenário doSupremo Tribunal Federal – 27-2-2013 – , no julgamento dos embar-gos de declaração opostos contra a referida decisão da Corte. Nahipótese, comprovado que o Município observou o piso nacional domagistério, deve ser mantida a sentença de improcedência, nosseus exatos termos. (TRT-4ª R. – RO 813-28.2014.5.04.0801 – RelªDesª Maria Madalena Telesca – Publ. em 29-1-2015) @150503

FÉRIAS – ATRASO NO PAGAMENTO – DOBRA SOBRE OVALOR INTEGRAL

– O pagamento das férias fora do prazo estabelecido no art.nº 145 da CLT, ainda que estas tenham sido usufruídas na épocaprópria, enseja o pagamento da sua dobra sobre o valor integral.(TRT-4ª R. – RO 309-19.2014.5.04.0802 – Rel. Des. Ricardo Carva-lho Fraga – Publ. em 29-1-2015) @150498

FRAUDE À EXECUÇÃO – NEGÓCIO JURÍDICO REALI-ZADO ANTES DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO TRABALHIS-TA – NÃO CONFIGURAÇÃO

– Nos termos do art. 593, II, do CPC, aplicável subsidiariamenteao Processo Trabalhista, configura fraude à execução a alienação ouoneração de bens realizada quando corria contra o devedor demandacapaz de reduzi-lo à insolvência. Verificando-se que no caso dos autoso negócio jurídico foi realizado vários anos antes do ajuizamento daação trabalhista, não há como reconhecer a fraude à execução,segundo entendimento majoritário, ressalvado entendimento pessoaldo Relator. (TRT-3ª R. – AP 262-2014-090-03-00-7 – Rel. Des. Emer-son José Alves Lage – Publ. em 30-1-2015) @150477

HONORÁRIOS DE ADVOGADO – BENEFICIÁRIO DA JUS-TIÇA GRATUITA – CABIMENTO

– Quando o beneficiário da assistência for vencedor na causa,o art. 11 da Lei nº 1.060/50 determina que o vencido pague os hono-rários do advogado. (TRT-12ª R. – RO 1958-2012-009-12-00-1 –Rel. Des. Jorge Luiz Volpato – Publ. em 28-1-2015) @150172

HORAS EXTRAS – COMPENSAÇÃO DE VALORES PA-GOS – NÃO LIMITAÇÃO AO MÊS DE COMPETÊNCIA DOFATO GERADOR DA PARCELA

– Especificamente quanto ao tema das horas extras, a SBDI-1desta Corte, com ressalva do posicionamento pessoal em contráriodo Relator, pacificou o entendimento de que o abatimento das horasextras já pagas não se limita ao mês da apuração, devendo ser inte-gral, aferido pelo total das horas extras quitadas durante o períodoimprescrito do contrato de trabalho, conforme se extrai o teor daOrientação Jurisprudencial nº 415 da SBDI-1 do TST: “A deduçãodas horas extras comprovadamente pagas daquelas reconhecidasem juízo não pode ser limitada ao mês de apuração, devendo serintegral e aferida pelo total das horas extraordinárias quitadas duran-te o período imprescrito do contrato de trabalho.” Dessa forma, oabatimento de valores efetivamente pagos pelo empregador a títulode horas extraordinárias deve ser efetuado pela totalidade dos crédi-

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COAD FASCÍCULO 16/2015 JURISPRUDÊNCIA

Page 12: Legislação, Doutrina e PESQUISADO ÚLTIMO DIÁRIO ... - COADcoad.com.br/app/webroot/files/trab/pdf/ct_net/2015/dp1615.pdf · A legislação previdenciária estabelece que o recolhimento

tos, independentemente do mês de pagamento e ainda que o seupagamento tenha ocorrido em momento posterior ao mês em queforam prestadas. O mesmo raciocínio se aplica, por analogia, àsdemais verbas postuladas na demanda, sob pena de incorrer emenriquecimento ilícito do reclamante, na forma prevista no art. 884 doCódigo Civil. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST – RR1504800-66.2004.5.09.0006 – Rel. Min. José Roberto FreirePimenta – Publ. em 30-1-2015) @150140

HORAS EXTRAS – CONFISSÃO FICTA DO RECLAMAN-TE – EFEITOS – AUSÊNCIA DOS CARTÕES DE PONTO

– A confissão ficta, por ausência à audiência em que a partedeveria depor, gera presunção relativa de veracidade dos fatos decli-nados pela adversa, podendo ser elidida por prova em contrário,pré-constituída nos autos. No presente caso, em face da inexistênciade elementos aptos a infirmar os horários declinados na peça dedefesa, restou obstado o deferimento de horas extras com base najornada declinada na prefacial, efeito da confissão ficta em que incor-reu o Autor. Uma vez confesso, fez-se desnecessária a juntada deeventuais cartões-ponto. Em paralelo, a situação se assemelha àshipóteses em que, em face da confissão ficta, o Juízo dispensa a oitivade testemunhas. O labor extraordinário, que configura fato excepcio-nal do contrato de trabalho, exige prova robusta e inequívoca de extra-polamento da jornada, ônus processual do Reclamante. Nesse sen-tido, na especial hipótese dos autos – confissão ficta do Reclamante,vale repisar – a ausência dos controles de jornada não tem o condãode inverter o ônus probatório da prestação de labor sem a devidacontraprestação – aplicação da Súmula nº 338 do C. TST –, posto quea Reclamada impugnou a existência de labor em sobre jornada –art. 818 da CLT. A jornada indicada na prefacial como a que se subme-teu o obreiro por todo o contrato é fato constitutivo do direito às extrasperseguidas, permanecendo o encargo na esfera do Obreiro –arts. 818 da CLT e 333, I, do CPC. No caso em apreço, a omissãopatronal não pode suplantar os efeitos da confissão ficta em que incor-reu o Autor. Recurso Ordinário do Reclamante a que se nega provi-mento. (TRT-9ª R. – RO 1801-2014-325-09-00-8 – Rel. Des. UbirajaraCarlos Mendes – Publ. em 23-1-2015) @150163

JORNADA DE TRABALHO – INTERVALO PREVISTO NOARTIGO 384 DA CLT – RECEPÇÃO PELA CF/88 – PRO-TEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER

– Não obstante disponha o art. 5º, inc. I, da Carta Magna que“homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termosdesta Constituição”, não representa mácula ao princípio da isonomiaentre os sexos o art. 384 da CLT, visto que o próprio texto constitucio-nal contempla a “proteção do mercado de trabalho da mulher, me-diante incentivos específicos, nos termos da lei” – art. 7º, XX –, o queautoriza a concessão do aludido intervalo apenas às trabalhadoras.(TRT-12ª R. – RO 4926-29.2012.5.12.0039 – Relª Desª Ligia M.Teixeira Gouvêa – Publ. em 4-2-2015) @150180

JORNADA DE TRABALHO – PLATAFORMA – REGIME DE14 X 21 – FOLGAS COMPENSATÓRIAS

– A norma coletiva da categoria prevê 1,5 dias de folga paracada dia de trabalho embarcado, nada dispondo sobre o regime deescala de 14 x 21. As folgas podem ser compensadas de formaglobal, a fim de melhor atender às especificidades da atividadeempresarial. (TRT-1ª R. – RO 2472-80.2013.5.01.0481 – Relª DesªDalva Amélia de Oliveira – Publ. em 12-1-2015) @150460

PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS – PROMOÇÕES PORMERECIMENTO – NÃO CONCESSÃO – ÓBICE CAUSADOPELO EMPREGADOR

– É entendimento assente nesta d. Turma que o fato de a recla-mada não ter realizado a avaliação de desempenho do empregadonão pode obstar o direito deste último às promoções na carreira, umavez que a ré não pode se valer de condições puramente potestativaspara se furtar ao cumprimento daquilo a que se obrigou, espontanea-mente, sendo nulas essas condições, a teor do art. 129 do CódigoCivil. Desse modo, se a reclamada não demonstra que a reclamantenão preencheu os requisitos objetivos – e não potestativos – paraprogredir na carreira, conforme era de seu exclusivo ônus processual,deve ser condenada ao pagamento das promoções não concedidas,imotivadamente. (TRT-3ª R. – RO 482-2014-108-03-00-4 – Rel. Des.Emerson José Alves Lage – Publ. em 30-1-2015) @150484

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – JUSTACAUSA – REVERSÃO – ABANDONO DE EMPREGO NÃOCARACTERIZADO

– O abandono de emprego caracteriza-se pelo transcurso detempo razoável, sem qualquer manifestação do empregado,demonstrando, tacitamente, seu desinteresse na perpetuação doliame. Empregada que, de forma imediata, após o término da licen-ça-maternidade, retorna ao seu posto de trabalho, mas encontra olocal fechado, pois a reclamada encerrou suas atividades na locali-dade, não pode ter seus atos positivos e evidentes confundidos coma inércia, com a omissão característica do abandono. Não configu-rado o animus abandonandi. Justa causa revertida. (TRT-12ª R. –RO 6926-14.2012.5.12.0035 – Rel. Des. José Ernesto Manzi – Publ.em 2-2-2015) @150189

TUTELA ANTECIPADA – RESTABELECIMENTO DO PLA-NO DE SAÚDE – DOENÇA OCUPACIONAL – PRESENÇADOS PRESSUPOSTOS QUE AUTORIZAM A CONCESSÃO

– A tutela provisória deita suas raízes na efetividade doprocesso, pois, enquanto espécie de providência imediata e deurgência, afasta a possibilidade de dano decorrente da demora naprestação jurisdicional – CF, art. 5º, LXXVIII. Funciona, portanto,como instrumento de harmonização entre a segurança jurídica e aefetividade do processo, na medida em que viabiliza a outorga deprovidências de natureza temporária, tendentes a frear situações derisco. Nessa perspectiva e a teor do art. 273 do CPC, a concessão detutela antecipada depende tanto da existência de prova inequívocacapaz de convencer o julgador da verossimilhança da alegaçãoquanto do “fundado receio de dano irreparável ou de difícil repara-ção” ou do “abuso de direito ou o manifesto propósito protelatório doréu” – incisos I e II do art. 273 do CPC. A noção de urgência dámargem ao julgador para decidir sem a necessidade de aprofundar acognição, desde que presentes os elementos que impulsionem aformação do seu convencimento quanto à existência do direito. Nahipótese, a constatação de que, ao tempo da dissolução contratual, olitisconsorte passivo se encontrava acometido por doença incapaci-tante relacionada ao trabalho autoriza a antecipação dos efeitos datutela, para fim de restabelecer o plano de saúde, conforme entendi-mento consubstanciado na Súmula 440 desta Corte. Recurso Ordi-nário em mandado de segurança conhecido e desprovido. (TST –RO 3311-64.2011.5.01.0000 – Rel. Min. Alberto Luiz Bresciani deFontan Pereira – Publ. em 6-2-2015) @150133

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JURISPRUDÊNCIA FASCÍCULO 16/2015 COAD