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Agente + Escrivão de Polícia Legislação Institucional Prof. Mateus Silveira

Legislação Institucional Prof. Mateus Silveira · proteção ambiental, de uso e ocupação do solo e de patrimônio cultural; II – cooperar com órgãos de defesa civil; e III

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Agente + Escrivão de Polícia

Legislação Institucional

Prof. Mateus Silveira

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Legislação Institucional

Professor Mateus Silveira

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Edital

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL: Estatuto da Polícia Civil e Plano de Carreira - Princípios institucionais, organização e atribuições do Agente de Polícia. Carreira, deveres, direitos, prerrogativas e garantias dos Agentes de Polícia. Regime disciplinar. Constituição Federal (Título V, Capítulo III: Da Segurança Pública). Constituição do Estado de Santa Catarina (Título V: Da Segurança Pública). Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Santa Catarina (Lei n. 6.745/85). Estatuto da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (Lei n. 6.843/86). Plano de Carreira dos Policiais Civis de Santa Catarina (LC n. 453/09). Sistema Remuneratório dos Integrantes do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, Subgrupo Agente da Autoridade Policial do Estado de Santa Catarina (LC n. 611/13).

BANCA: FEPESE

CARGO: Agente + Escrivão de Polícia

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Legislação Institucional

SEGURANÇA PÚBLICA NAS CONSTITUIÇÕES

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

TÍTULO V

CAPÍTULO IIIDA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da inco-lumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I – polícia federal;

II – polícia rodoviária federal;

III – polícia ferroviária federal;

IV – polícias civis;

V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, desti-na-se a: (“Caput” do parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática te-nha repercussão interestadual ou interna-cional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contraban-do e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;

III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão per-manente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Parágrafo com reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão per-manente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. (Parágrafo com reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalva-da a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia os-tensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

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§ 6º As polícias militares e corpos de bom-beiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territó-rios.

§ 7º A lei disciplinará a organização e o fun-cionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

§ 8º Os Municípios poderão constituir guar-das municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Parágrafo acrescido pela Emenda Cons-titucional nº 19, de 1998)

§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolu-midade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:

I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras ati-vidades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana efi-ciente; e

II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos res-pectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. (Parágrafo acres-cido pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) 

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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE SANTA CATARINA

TÍTULO V

Da Segurança Pública

CAPÍTULO IDISPOSIÇÃO GERAL

Art. 105. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da inco-lumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I – Polícia Civil;

II – Polícia Militar;

III – Corpo de Bombeiros Militar; e

IV – Instituto Geral de Perícia.

• ADI nº 3469 – Declarada a inconstitu-cionalidade do art. 1º da EC 39/05 (IV do art. 105) (16.09.2010)

§ 1º A lei disciplinará a organização, a com-petência, o funcionamento e os efetivos dos órgãos responsáveis pela segurança pública do Estado, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

§ 2º O regulamento disciplinar dos militares estaduais será revisto periodicamente, com intervalo de no máximo cinco anos, visan-do o seu aprimoramento e atualização. Art. 105-A. A renumeração dos servidores poli-ciais integrantes dos órgãos relacionados no art. 105 será fixada na forma do art. 23-A.

CAPÍTULO IIDA POLÍCIA CIVIL

Art. 106. A Polícia Civil, dirigida por delegado de polícia, subordina-se ao Governador do Estado, cabendo-lhe:

• ADI STF 952 (Art. 106 e §1º) Decisão Mo-nocrática Prejudicada. DJ. 12.04.2002.

I – ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração das infrações penais, exceto as militares;

CAPÍTULO IIDA POLÍCIA CIVIL

Art. 106. A Polícia Civil, dirigida por delegado de polícia, subordina-se ao Governador do Estado, cabendo-lhe:

• ADI STF 952 (Art. 106 e §1º) Decisão Mo-nocrática Prejudicada. DJ. 12.04.2002.

I – ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração das infrações penais, exceto as militares;

II – a polícia técnico-científica; (Inciso II re-vogado pela EC/39, de 2004).

III – a execução dos serviços administrativos de trânsito;

IV – a supervisão dos serviços de segurança privada;

V – o controle da propriedade e uso de ar-mas, munições, explosivos e outros produ-tos controlados;

VI – a fiscalização de jogos e diversões pú-blicas.

§ 1º O Chefe da Polícia Civil, nomeado pelo Governador, será escolhido dentre os dele-gados de polícia.

§ 2º Lei complementar disporá sobre o in-gresso, garantias, remuneração, organiza-ção e estruturação das carreiras da Polícia Civil.

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§ 3º Os cargos da Polícia Civil serão organi-zados em escala vertical, de forma a asse-gurar adequada proporcionalidade de re-muneração das diversas carreiras com a de delegado de polícia.

§ 4º O cargo de Delegado de Polícia Civil, privativo de bacharel em Direito, exerce atribuição essencial à função jurisdicional do Estado e à defesa da ordem jurídica, ve-dada a vinculação a quaisquer espécies re-muneratórias às demais carreiras jurídicas de Estado.

§ 5º Aos Delegados de Polícia Civil é asse-gurada independência funcional pela livre convicção nos atos de polícia judiciária.

CAPÍTULO IIIDA POLÍCIA MILITAR

Art. 107. À Polícia Militar, órgão permanente, força auxiliar, reserva do Exército, organizada com base na hierarquia e na disciplina, subordi-nada ao Governador do Estado, cabe, nos limi-tes de sua competência, além de outras atribui-ções estabelecidas em Lei:

I – exercer a polícia ostensiva relacionada com:

a) a preservação da ordem e da segurança pública;

b) o radiopatrulhamento terrestre, aéreo, lacustre e fluvial;

c) o patrulhamento rodoviário;

d) a guarda e a fiscalização das florestas e dos mananciais;

e) a guarda e a fiscalização do trânsito ur-bano;

f) a polícia judiciária militar, nos termos de lei federal;

g) a proteção do meio ambiente;

h) a garantia do exercício do poder de po-lícia dos órgãos e entidades públicas, espe-cialmente da área fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de uso e ocupação do solo e de patrimônio cultural;

II – cooperar com órgãos de defesa civil; e

III – atuar preventivamente como força de dissuasão e repressivamente como de res-tauração da ordem pública.

§ 1º A Polícia Militar:

I – é comandada por oficial da ativa do últi-mo posto da corporação; e

II – disporá de quadro de pessoal civil para a execução de atividades administrativas, au-xiliares de apoio e de manutenção.

§ 2º Os cargos não previstos nos quadros de organização da corporação poderão ser exer-cidos pelo pessoal da Polícia Militar, por no-meação do Governador do Estado. (Redação do Art. 107 alterada pela EC/33, de 2002).

§ 3º O cargo de Oficial da Polícia Militar, pertencente ao Quadro de Oficiais Policiais Militares (QOPM), organizados em carreira que dependa de aprovação em concurso público e diploma de Bacharel em Direito, exerce função essencial à justiça e à defe-sa da ordem jurídica, vedada a vinculação a quaisquer espécies remuneratórias às de-mais carreiras jurídicas do Estado.

§ 4º Aos Oficiais da Polícia Militar é asse-gurada independência funcional pela livre convicção nos atos de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.

CAPÍTULO III-ADO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Art. 108. O Corpo de Bombeiros Militar, órgão permanente, força auxiliar, reserva do Exército, organizado com base na hierarquia e disciplina, subordinado ao Governador do Estado, cabe, nos limites de sua competência, além de outras atribuições estabelecidas em Lei:

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I – realizar os serviços de prevenção de si-nistros ou catástrofes, de combate a incên-dio e de busca e salvamento de pessoas e bens e o atendimento pré-hospitalar;

II – estabelecer normas relativas à seguran-ça das pessoas e de seus bens contra incên-dio, catástrofe ou produtos perigosos;

III – analisar, previamente, os projetos de segurança contra incêndio em edificações, contra sinistros em áreas de risco e de ar-mazenagem, manipulação e transporte de produtos perigosos, acompanhar e fiscalizar sua execução, e impor sanções administrati-vas estabelecidas em Lei;

IV – realizar perícias de incêndio e de áreas sinistradas no limite de sua competência;

V – colaborar com os órgãos da defesa civil;

VI – exercer a polícia judiciária militar, nos termos de lei federal;

VII – estabelecer a prevenção balneária por salva-vidas; e

VIII – prevenir acidentes e incêndios na orla marítima e fluvial.

§ 1º O Corpo de Bombeiros Militar:

I – é comandado por oficial da ativa do últi-mo posto da corporação; e

II – disporá de quadro de pessoal civil para a execução de atividades administrativas, au-xiliares de apoio e de manutenção.

§ 2º Os cargos não previstos nos quadros de organização da corporação, poderão ser exercidos pelo pessoal do Corpo de Bombei-ros Militar, por nomeação do Governador do Estado. (Redação do Art. 108 e Capítuto III-A no Título V dada pela EC/33, de 2003).

CAPÍTULO IVDA DEFESA CIVIL

Art. 109. A Defesa Civil, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, tem por objetivo planejar e promover a defesa permanente con-tra as calamidades públicas e situações emer-gências.

§ 1º A lei disciplinará a organização, o fun-cionamento e o quadro de pessoal da Defe-sa Civil, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

§ 2º O Estado estimulará e apoiará, técnica e financeiramente, a atuação de entidades privadas na defesa civil, particularmente os corpos de bombeiros voluntários. ADI STF 4886/12 (§ 2º do art. 109) Decisão Mono-crática Final: por maioria e nos termos do voto do Relator, o Tribunal negou provimen-to. Brasília, 4 de fevereiro de 2015.

CAPÍTULO IV-ADO INSTITUTO GERAL DE PERÍCIA

Art. 109-A. O Instituto Geral de Perícia é o órgão permanente de perícia oficial, competindo-lhe a realização de perícias criminais, os serviços de identificação civil e criminal, e a pesquisa e de-senvolvimento de estudos nesta área de atua-ção.

§ 1º A direção do Instituto e das suas diver-sas áreas de especialização serão exercidas por perito oficial de carreira, nomeado pelo Governador do Estado.

§ 2º A lei disciplinará a organização, o fun-cionamento e o quadro de pessoal do Ins-tituto, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. (NR) (Redação do Art. 109-A e Capítulo IV-A, acrescentada pela EC/39, de 2005).

• ADI STF 3469/05 (Arts. 1º a 5º, da EC 39/05) parcialmente procedente. DJ. 28.02.2011.

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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL DA PC-SC

LEI Nº 6.843, DE 28 DE JULHO DE 1986

Art. 1º O presente Estatuto institui normas so-bre o regime jurídico dos funcionários Policiais Civis, regula o provimento e a vacância de car-gos, fixa os direitos, vantagens, deveres, crité-rios de promoção e remoção e dispõe sobre o processo disciplinar.

Art. 2º Policial Civil é a pessoa legalmente inves-tida de cargo público do Grupo: Polícia Civil em provimento efetivo ou em comissão, com deno-minação função e vencimentos próprios, núme-ro certo (VETADO).

Parágrafo único. É proibida a prestação de serviços gratuitos à Polícia Civil.

TITULO II

Da Competência

Art. 3º À Polícia Civil, compete:

I – prevenir, reprimir e apurar os crimes e contravenções, na forma da legislação em vigor;

II – coordenar e executar as atividades rela-tivas à Polícia Administrativa e Polícia Técni-ca e Científica.

Art. 4º Os funcionários ou servidores não inte-grantes da Policia Civil, quando no exercício de função policial-civil, ficam sujeitos as normas desta lei, no que couber.

Art. 5º A estruturação e constituição da Policia Civil é objeto de lei específica.

TÍTULO III

Da Hierarquia Policial Civil

Art. 6º A atividade policial, por suas caracterís-ticas e finalidades, fundamentam-se nos princí-pios da hierarquia e disciplina.

Art. 7º A hierarquia policial civil alicerça-se na ordenação da autoridade, nos diferentes níveis que compõem o organismo da Policia Civil, en-tendendo-se que a classe superior tem prece-dência hierárquica sobre a classe inferior e en-tre funcionarias da mesma classe, o mais antigo precede o mais moderno.

Parágrafo único. A hierarquia da função prevalece sobre a hierarquia do cargo.

Art. 8º Nos serviços policiais em que intervier o trabalho de equipe, os funcionários especia-lizados, técnico-científico e administrativo ficam subordinados, eventualmente, à autoridade-po-licial competente.

CAPITULO IDAS AUTORIDADES POLICIAIS, SEUS

AGENTES E AUXILIARES

Art. 9º São autoridades policias

I – os Delegados de Policia.

Art. 10. São agentes da autoridade policial:

I – os Inspetores de Policia;

II – os Comissários de Policia;

III – os Escrivães de Policia;

IV – os Investigadores Policiais.

Art. 11. Todas as demais categorias que inte-gram a Policia Civil são auxiliares da autoridade policial.

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TÍTULO IV

DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA

Art. 12. Os cargos da Policia Civil são classifica-dos como de provimento efetivo e de provimen-to em comissão, estes regidos nos termos da le-gislação própria.

Art. 13. A primeira investidura em cargo de provimento efetivo da Polícia Civil depende de aprovação previa em concurso publico, com subsequente habilitação em curso de formação, promovido pela Academia de Policia Civil do Es-tado de Santa Catarina.

Art. 13. A investidura prevista nesta Lei, em cargo de provimento efetivo do Grupo: Polícia Civil, depende de aprovação prévia em exame psicotécnico e em concurso público de provas e título, com subsequente habilitação em curso de formação profissional promovido pela Aca-demia da Polícia Civil. (Redação do art. 13 dada pela Lei Complementar 45, de 1992).

Art. 13. A investidura prevista nesta Lei, em car-go de provimento efetivo do Grupo: Polícia Ci-vil, depende de aprovação prévia em concurso público de provas e títulos, que inclui a habilita-ção em curso de formação profissional promovi-do pela Academia de Polícia Civil – ACADEPOL. (Redação dada pela Lei Complementar 216, de 2001).

Art. 13. A investidura em cargo de provimento efetivo das carreiras pertencentes ao grupo Se-gurança Pública: Polícia Civil, depende de apro-vação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme o interesse públi-co, acrescido de exame psicotécnico vocaciona-do e de exame físico. (NR) (Redação do art. 13 dada pela Lei Complementar 334, de 2006).

§ 1º O concurso público é planejado, orga-nizado e executado pela Academia de Polí-cia Civil – ACADEPOL. (NR) (Redação do § 1º dada pela Lei Complementar 216, de 2001).

§ 2º Para as etapas de que trata o parágra-fo anterior, poderá ser celebrado convênio com entidade de ensino reconhecida pelo

Ministério da Educação ou contratada en-tidade pública ou privada, mediante autori-zação do Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, observada a legislação pertinente ao procedimento de licitação. (NR) (Redação do § 2º dada pela Lei Complementar 334, de 2006).

§ 3º O concurso público, que será homolo-gado pelo Secretário de Estado da Seguran-ça Pública e Defesa do Cidadão, compõe-se de procedimento seletivo que permitirá ao candidato aprovado, até o número de vagas previstas no edital e obedecida à ordem de classificação, ser nomeado e posteriormen-te, de forma obrigatória, matriculado no curso de formação profissional respectivo. (NR) (Redação do § 3º dada pela Lei Com-plementar 334, de 2006).

§ 4º A formação profissional é a fase que inicia com a matrícula do candidato no cur-so de formação profissional e termina com sua aprovação no respectivo curso, cujo re-sultado será homologado pelo Chefe da Po-lícia Civil. (NR) (Redação do § 4º dada pela Lei Complementar 334, de 2006).

§ 5º Os cursos de formação profissional serão realizados em conformidade com as especificações constantes do Regimento Interno do órgão de ensino da Polícia Ci-vil. (NR) (Redação do § 5º incluída pela Lei Complementar 334, de 2006).

§ 6º A aprovação final obtida no curso de formação profissional será considerada como um dos requisitos do estágio probató-rio. (NR) (Redação do § 6º incluída pela Lei Complementar 334, de 2006).

Art. 14. Os cargos de provimento efetivo regi-dos por esta lei são providos por:

I – nomeação;

II – progresso funcional;

III – reintegração;

IV – readaptação;

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V – reversão;

VI – aproveitamento.

Art. 15. São requisitos para nomeação em cargo de provimento efetivo da Policia Civil:

I – ser brasileiro;

II – ser idade mínima de 18 (dezoito) anos e máxima de 45 (quarenta e cinco) anos;

III – estar em dia com as obrigações milita-res;

IV – estar em gozo com seus direitos políti-cos;

V – gozar de boa saúde, comprovada por inspeção medica oficial;

VI – estar legalmente habilitado para o exer-cício do cargo.

§ 1º A nomeação para o cargo em comissão se subordinará as condições exigidas nos itens I, III e V, deste artigo.

§ 2º Quando o provimento for precedido de concurso público, os limites de idade esta-belecidos pelo item II, devem ser observa-dos à data da inscrição.

Art. 16. Compete ao Chefe do Poder Executivo prover os cargos públicos da Policia Civil.

Seção IDA NOMEAÇÃO

Art. 17. A nomeação para os cargos de provi-mento efetivo da Polícia Civil obedecerá à or-dem de classificação dos candidatos no concur-so público para ingresso na carreira nos termos de edital próprio. (NR) (Redação do art. 17 dada pela Lei Complementar 334, de 2006).

Art. 18. É tornada sem efeito a nomeação quan-do, por ação ou omissão do nomeado, a posse não se verificar no prazo estabelecido nesta lei.

Subseção IDA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 19. Posse é o ato que completa a investidu-ra no cargo.

Art. 20. A posse se dá no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da publicação do ato de nomeação pelo Diário Oficial do Estado.

§ 1º Este prazo pode ser prorrogado, no máximo por mais 30 (trinta) dias, pela au-toridade competente para dar posse a re-querimento do interessado ou, em caso de doença, enquanto durar o impedimento.

§ 2º Ninguém pode ser empossado em car-go de provimento efetivo da Polícia Civil, sem declarar que não exerce outro cargo ou função pública ou sem provar que solicitou exoneração ou dispensa, salvo acumulação legal.

§ 3º O funcionário deve declarar, no ato da posse, os bens e valores que constituem seu patrimônio.

§ 4º A declaração de bens de que trata o pa-rágrafo anterior, deve ser renovada e 5 (cin-co) em 5 (cinco) anos.

Art. 21. A posse é solene compreendendo, na primeira investidura, o compromisso policial, a assinatura da ata da posse e a entrega de cre-denciais.

Parágrafo único. O ato de posse é presidido pelo Superintendente da Polícia Civil.

Art. 22. O exercício do cargo, sob pena de exo-neração tem início no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da posse ou publicação oficial do ato, nos demais casos.

§ 1º O prazo deste artigo pode ser prorroga-do por mais 15 (quinze) dias, a requerimen-to do interessado e a juízo do Superinten-dente da Polícia Civil.

§ 2º Quando o policial civil se encontrar em férias, licenciado ou afastado regularmente do serviço, o prazo do “caput” deste artigo,

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conta-se a partir do termino das férias, li-cença ou afastamento.

Art. 23. A promoção não interrompe o exercício, contado, na nova classe, a partir da data da pu-blicação do ato.

Art. 24. O início do exercício e as alterações nele ocorridas são comunicados pelo Chefe da repar-tição ou serviço, ao órgão competente e regis-trado em assentamento individual do funcioná-rio.

Art. 25. Respeitados os casos previstos nesta lei, a interrupção do exercício num período de 12 (doze) meses, por mais de 30 (trinta) dias conse-cutivos ou 60 (sessenta) dias alternados sujeita o funcionário à demissão por abandono do car-go, caracterizado em processo disciplinar.

Art. 26. Nenhum policial civil pode se ausentar do Estado para estudo ou missão de qualquer natureza, com ou sem ônus para os cofres públi-cos, sem autorização expressa ou designação do Superintendente da Polícia Civil.

Parágrafo único. Para ações de natureza pu-ramente policial, a autorização de que trata este artigo, pode ser concedida pelo chefe imediato.

Art. 27. O afastamento do exercício do cargo tem prazo certo de duração, exceto quando:

I – para exercer cargo de provimento de co-missão de direção, chefia ou assessoramen-to na administração federal, estadual e mu-nicipal e respectivas autarquias;

II – para se candidatar e exercer mandato eletivo;

III – para atender convocação do serviço mi-litar;

IV – para desempenhar função de confian-ça.

Parágrafo único. O candidato a cargo eleti-vo é afastado do exercício pelo prazo e na forma da legislação eleitoral.

Art. 28. O período de tempo necessário à via-gem para a nova sede é considerado de efetivo exercício.

Parágrafo único. O período a que se refere este artigo é contado da data do desliga-mento.

Art. 29. O policial civil é afastado do exercício de suas funções até decisão transitada em julgado, quando:

I – preso preventivamente ou em flagrante delito;

II – denunciado por crime:

a) contra a administração pública;

b) inafiançável; e

c) de natureza hedionda a provocar clamor público.

Parágrafo único. No caso de condenação e não sendo esta de natureza a determinar a demissão do policial, continuará o mesmo suspenso até o cumprimento total da pena, (VETADO).

Art. 30. É, ainda, permitido o afastamento com prazo certo:

I – para realizar cursos especiais ou estágios de aperfeiçoamento ou especialização, den-tro ou fora do Estado;

II – para atender imperativo de convênio re-lacionado com a área de segurança.

§ 1º Na hipótese prevista no item I, a indica-ção é feita pela autoridade a que o policial civil estiver diretamente subordinado, ca-bendo à designação ou autorização ao Su-perintendente da Polícia Civil.

§ 2º O afastamento é dado mediante ato ex-presso da autoridade competente e no caso do item II, o ato deve conter a data do Diá-rio Oficial que publicou o convênio.

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Subseção IIDO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 31. Estágio probatório é o período de 2 (dois) anos de efetivo exercício, durante o qual são apurados os requisitos necessários à confir-mação ou não do policial civil no cargo de provi-mento efetivo para o qual foi nomeado.

§ 1º Os requisitas de que trata este artigo, são:

I – idoneidade moral;

II – assiduidade e pontualidade;

III – disciplina;

IV – eficiência e produtividade;

V – dedicação às atividades policiais;

VI – fidelidade às instituições e lealdade a seus superiores.

VI – fidelidade às instituições e lealdade a seus superiores; e

VII – aprovação final no curso de formação profissional. (NR) (Redação dos incisos VI e VII dada pela Lei Complementar 334, de 2006).

§ 2º Preenchidos os requisitas do parágrafo anterior, o policial civil é automaticamente confirmado no cargo.

§ 3º Não preenchendo o policial civil, duran-te o estágio probatório, um dos requisitos deste artigo, cabe ao chefe imediato instau-rar sindicância, para instrução de posterior Processo Disciplinar.

§ 4º O Processo Disciplinar obedece ao rito estabelecido neste Estatuto.

Seção IIDO PROGRESSO FUNCIONAL

Subseção IDA PROMOÇÃO

Art. 32. Considera-se progresso funcional o pro-vimento do policial civil estável em um cargo de provimento superior, na mesma carreira, pela promoção por antiguidade, merecimento, por ato de bravura ou “post mortem", com atribui-ção de vencimento superior, conforme dispuser legislação especial. (NR) (Redação do art. 32 dada pela Lei Complementar 98, de 1993).

Parágrafo único. As modalidades de promo-ção, os critérios essenciais à efetivação do processo de avaliação à contagem dos pon-tos dos policiais civis, bem como as disposi-ções relativas à constituição das comissões de promoção serão objetos de legislação especial. (NR) (Redação do parágrafo úni-co incluída pela Lei Complementar 98, de 1993).

Art. 33. Para que se processe promoção por an-tiguidade é necessário que haja vaga.

Parágrafo único. A promoção por antiguida-de independe dos limites de idade fixados no artigo 15.

Art. 34. Na avaliação da antiguidade é observa-da a seguinte graduação:

I – tempo de serviço prestado à classe;

II – tempo de serviço prestado à Categoria Funcional a que pertence o policial civil;

III – tempo de serviço prestado à Polícia Civil;

IV – tempo de serviço prestado à Secretaria da Segurança Pública;

V – tempo de serviço prestado às demais entidades públicas.

Art. 35. Aplicados os critérios do artigo anterior, em caso de empate entre 2 (dois) ou mais po-liciais civis, para promoção à mesma vaga, tem preferência o candidato que:

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I – for casado;

II – tiver maior número de dependentes;

III – for mais idoso.

Art. 36. As promoções são realizadas no dia 21 de abril de cada ano.

Parágrafo único. O processo de promoção deve detalhar os critérios de seleção e con-tagem de pontos. (Redação do art. 36 revo-gada pela Lei Complementar 98, de 1993).

Art. 37. O interstício para a promoção por anti-guidade é de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias de efetivo exercício na classe.

Art. 38. O interstício é determinado pelo tempo líquido de exercício do policial civil na classe a que pertence.

Parágrafo único. Havendo fusão de classe, a antiguidade abrange o efetivo exercício na classe anterior.

Art. 39. Na apuração de tempo líquido de efeti-vo exercício são incluídos os períodos de afasta-mento, decorrentes de:

I – licenças, exceto a concedida para tratar de interesse particular e por mudança de domicílio

II – exercício de cargo de provimento em co-missão de direção, chefia ou assessoramen-to no Governo do Estado;

III – convocação para o serviço militar, para o júri e outros serviços obrigatórios por lei;

IV – desempenho de mandato eletivo fede-ral, estadual e municipal;

V – missão ou estágio para estudo, no Esta-do ou fora dele, quando autorizado por au-toridade competente.

Art. 40. (VETADO).

Art. 41. Não pode ter progressão por mereci-mento, o policial civil:

I – em exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal;

II – em licença para tratar de interesses par-ticulares e por mudança de domicílio;

III – à disposição de outro órgão do Poder Público.

Parágrafo único. Exclui-se do disposto no item I deste artigo o exercício do mandato de vereador exercido concomitantemente com o seu cargo efetivo, sem incompatibili-dade de horário.

Art. 42. (VETADO).

Art. 44. Compete às comissões de promoção disciplinar a contagem de pontos para aferição de nota de merecimento, bem com sobre as de-mais disposições necessárias ao desempenho dos trabalhos de promoção, ouvindo os dirigen-tes de entidades de classe interessadas e com maior representatividade, respectivamente, dentro dos Subgrupos: Autoridade Policial, Téc-nico Científico e Técnico Profissional. (NR) (Re-dação do art. 44 dada pela Lei Complementar 98, de 1993).

Art. 45. Em benefício daquele a quem de direito caiba a promoção, é declarado sem efeito o ato que a houver decretado indevidamente.

§ 1º O Funcionário promovido indevida-mente não fica obrigado a restituir o que a mais houver recebido.

§ 2º O funcionário a quem caiba a promo-ção, é indenizado da diferença da remune-ração a que tiver direito.

Subseção IIDO ACESSO

Art. 46. Para que se processe o acesso é neces-sário que haja vaga.

Parágrafo único. As vagas não preenchidas por acesso podem ser providas por concur-so público, na forma desta lei.

Art. 47. A aprovação em concurso é condição essencial ao acesso, além da habilitação profis-sional e do nível de escolaridade.

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Parágrafo único. Pode também, conforme estabelecer o edital do concurso de acesso, ser exigido curso de treinamento na Acade-mia de Polícia Civil, além da aprovação em concurso a que se refere este artigo.

Art. 48. O concurso de acesso é planejado, or-ganizado e executado pela Academia de Policia Civil que, observada a legislação em vigor, expe-dirá os editais necessários a sua efetivação.

Art. 49. O Policial Civil nomeado por acesso pas-sa a integrar a nova carreira independentemen-te de posse.

Art. 50. É livre a inscrição para o concurso de acesso, atendida a exigência do interstício míni-mo de 1.460 (hum mil e quatrocentos e sessen-ta) dias em cargo efetivo da Polícia Civil e desde que preenchidos os requisitos constantes da es-pecificação do cargo.

Parágrafo único. Na contagem de tempo de serviço para efeito de interstício, observar--se-á o disposto nos artigos 38 e 39 desta Lei.

Art. 51. Não pode concorrer ao acesso o policial civil que:

I – tenha sofrido pena de suspensão nos úl-timos 05 (cinco) anos anteriores ao concur-so;

II – estiver no exercício de mandato eletivo;

III – estiverem em gozo das licenças previs-tas no artigo 102, itens I e VI, desta Lei.

Art. 52. As vagas na classe inicial de categoria funcional são providas metade por acesso e me-tade por concurso público, iniciando-se o pro-cesso pelo primeiro.

§ 1º Sendo ímpar o número de vagas, são reservadas, para concurso público, metade mais uma.

§ 2º Na falta de funcionários habilitados para acesso, as vagas que para este tenham sido reservadas podem ser promovidas por concurso público.

Seção IIIDA REINTEGRAÇÃO

Art. 53. Reintegração é o retorno aos quadros da Polícia Civil, do policial civil, dele demitido.

Parágrafo único. A reintegração é feita no cargo anteriormente ocupado pelo policial civil.

Art. 54. A reintegração decorre da decisão ad-ministrativa ou judicial passada em julgado, com o ressarcimento dos vencimentos, direitos e vantagens do cargo.

§ 1º Transformado o cargo em que se deva verificar a reintegração, esta se dá no car-go transformado e, se extinto, em outro do mesmo nível respeitada à habilitação.

§ 2º Não sendo possível reintegrá-lo na for-ma prevista no parágrafo anterior, o policial civil é posto em disponibilidade com remu-neração integral.

§ 3º O reintegrado é submetido à inspeção médica e, se verificada a sua incapacidade física para o exercício do cargo, é aposenta-do.

Seção IVDA READAPTAÇÃO

Art. 55. Readaptação e a investidura do policial civil desajustado no respectivo cargo, em outro compatível com suas qualificações, aptidões vo-cacionais e condições físicas.

Parágrafo único. A readaptação não pode ser requerida pelo funcionário, antes de 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo para o qual foi nomeado.

Art. 56. A readaptação não acarreta decesso nem aumento de vencimentos e é feita através de ato do Poder Executivo.

Art. 57. A readaptação depende:

I – da existência de vaga;

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II – da comprovação de habilitação profis-sional específica, exigida para o provimento do cargo.

Art. 58. Quando recomendada por Junta Médi-ca Oficial do Estado, a readaptação verificar-se á em cargo a ser definido pela Superintendência da Polícia Civil.

Parágrafo único. O policial civil readaptado nos termos deste artigo será lotado onde houver vaga.

Seção VDA REVERSÃO

Art. 59. Reversão é o reingresso no serviço pú-blico do policial civil aposentado, quando insub-sistentes os motivos da aposentadoria.

§ 1º Para que a reversão possa se efetivar e necessário que o aposentado:

I – não haja completado 60 (sessenta) anos de idade;

II – tenha seu reingresso considerado como de interesse do serviço público.

§ 2º Somente depois de decorridos 2 (dois) anos, salvo motivo de saúde, pode reapo-sentar-se o policial civil que reverter.

Art. 59. Reversão é o retorno à atividade de ser-vidor aposentado:

I – por invalidez, quando junta médica ofi-cial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou

II – no interesse da administração, desde que:

a) tenha solicitado a reversão;

b) a aposentadoria tenha sido voluntária;

c) estável quando na atividade;

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; e

e) haja cargo vago.

§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.

§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrên-cia de vaga.

§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentado-ria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de na-tureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.

§ 5º O servidor de que trata o inciso II so-mente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo.

§ 6º O Poder Executivo regulamentará o dis-posto neste artigo. (NR) (Redação do art. 59 dada pela Lei Complementar 334, de 2006).

Art. 60. É cassada a aposentadoria se o interes-sado não tomar posse ou não entrar no exercí-cio do cargo no prazo legal, aplicadas à hipótese as disposições dos artigos 19 a 22 desta Lei.

Seção VIDO APROVEITAMENTO

Art. 61. Aproveitamento é o reingresso no servi-ço do policial civil em disponibilidade.

Art. 62. Será obrigatório o aproveitamento do policial civil estável:

a) em cargo de natureza e remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado, respeitada sempre a habilitação profissio-nal;

b) no cargo restabelecido, ainda que modifi-cada a sua denominação, ressalvado o direi-to de opção, por outro, desde que o apro-veitamento já tenha ocorrido.

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§ 1º O aproveitamento dependerá de pro-va de capacidade física, mediante inspeção médica.

§ 2º Se o aproveitamento, excepcionalmen-te, se der em cargo de remuneração inferior ao anteriormente ocupado, terá o funcioná-rio direito à diferença.

Art. 63. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público.

Art. 64. Será tornado sem efeito o aproveita-mento e cassada a disponibilidade se o funcio-nário não tomar posse no prazo legal, salvo no caso de doença comprovada em inspeção mé-dica, ou de exercício de mandato eletivo, casos em que ficará adiada até a cassação do impedi-mento.

Parágrafo único. Provada a incapacidade definitiva, em inspeção médica, será decre-tada a aposentadoria.

CAPÍTULO IIDA VACÂNCIA

Art. 65. A vacância de cargo decorre de:

I – exoneração;

II – demissão;

III – aposentadoria;

IV – promoção;

V – acesso;

VI – readaptação; e

VII – falecimento.

Art. 66. Ocorre exoneração;

I – a pedido;

II – “ex-offício”:

a) quando se tratar de cargo de provimento em comissão;

b) quando não satisfeitas às condições de estágio probatório;

c) quando o policial civil não entrar em exer-cício dentro do prazo legal;

d) nos demais casos previstos em lei.

Art. 67. A demissão aplicada como penalidade pode ser simples ou qualificada.

TÍTULO V

Da Lotação, Da Remoção E Da Substituição

CAPÍTULO IDA LOTAÇÃO

Art. 68. A lotação representa, em seus aspectos quantitativos e qualitativos o quadro de funcio-nários que devam ter exercícios em cada órgão da Polícia Civil, mediante prévia distribuição dos cargos e funções.

§ 1º A lotação pessoal do policial civil será determinada no ato de provimento, remo-ção, ou reingresso após afastamento de que resulte perda da lotação.

§ 2º O policial civil perde a lotação pela re-moção, pelo acesso, pela readaptação, pela licença por mudança de domicilio, pela li-cença para tratar de interesses particulares e quando posto em disponibilidade.

CAPÍTULO IIDA REMOÇÃO

Art. 69. Remoção, prerrogativa de titular de car-go de provimento efetivo, e o deslocamento do policial civil de um para outro órgão da Polícia Civil.

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Art. 70. O policial civil pode ser removido:

I – a pedido;

II – por permuta;

III – “ex-offício” no interesse da administra-ção; e

IV – “ex-offício” por conveniência da disci-plina.

Art. 71. A remoção a pedido e por permuta só pode ser concedida ao policial após 2 (dois) anos de efetivo exercício no local de sua lotação.

§ 1º O prazo deste artigo pode ser reduzi-do se comprovada se a necessidade de tra-tamento médico especializado, por Junta Médica Oficial do Estado, do policial, de sua mulher, filho ou dependente que conviva consigo às suas expensas e subordinação.

§ 2º A remoção a pedido para a Capital do Estado, exceto o disposto no § 1º deste arti-go, somente é concedida ao policial civil se estiver em última classe da categoria fun-cional a que pertença.

§ 3º A remoção por permuta se processa a pedido escrito de ambos interessados ocu-pantes de idêntico cargo e não será deferida se uma das partes encontrasse em condi-ções de aposentadoria dentro de um ano, contado da data do pedido.

§ 4º A remoção deferida na forma deste ar-tigo não gera direito à ajuda de custo.

Art. 72. A remoção do policial civil, atendendo à conveniência e o interesse do serviço públi-co, independentemente do nível da carreira em que estiver o servidor, ocorrerá observando-se os seguintes motivos:

I – pela necessidade de aumentar o efetivo das Delegacias de Polícia com servidores de qualquer categoria, em decorrência do in-cremento da incidência criminal no Municí-pio ou Comarca;

II – para substituir policial nos impedimen-tos legais, na forma do § 3º deste artigo;

III – por motivo de remoção do policial civil da sua sede lotacional;

IV – em decorrência de causa emergencial devidamente justificada;

V – por proposta do Delegado Geral da Po-lícia Civil; mantidas as limitações impostas por este artigo, seus incisos e parágrafos;

VI – pela instauração de sindicância, pro-cesso disciplinar ou processo judicial de na-tureza penal, por fato ocorrido na área da circulação policial onde se encontra lotado

§ 1º Vetado

§ 2º Vetado

§ 3º Não se considera remoção as opera-ções especiais que exijam o deslocamento do exercício do policial civil para outro Mu-nicípio ou Comarca diversos da sua sede lotacional, assegurada a percepção anteci-pada dos benefícios financeiros previstos nesta Lei Complementar.

§ 4º Vetado

§ 5º Vetado. (NR) (Redação do art. 72 dada pela Lei Complementar 45, de 1992).

Art. 73. A remoção a pedido ou permuta não dá direito à ajuda de custo.

Art. 74. O pedido de remoção deve ser apresen-tado ao Chefe imediato, o qual, após pronun-ciar-se o encaminhará ao Superintendente da Polícia Civil para despacho final.

Art. 75. Na remoção de que trata o artigo 70 item IV, a conveniência da disciplina deve ser objetivamente demonstrada.

Art. 76. Na remoção “ex-offício”, por conveniên-cia da disciplina, não tem o policial civil direito à ajuda de custo, fazendo jus somente ao custeio do transporte.

Art. 77. A remoção por permuta se processa a pedido de ambos os interessados, desde que sejam ocupantes do mesmo cargo.

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Parágrafo único. A permuta não se pode ve-rificar quando uma das partes interessadas tiver condições de aposentadoria por tem-po de serviço dentro de 1 (um) ano, a con-tar da data do pedido.

Art. 78. O policial civil, quando removido, res-salvado o disposto no § 1º deste artigo, deve en-trar em exercício no órgão para o qual foi trans-ferido dentro de 30 (trinta) dias contados da data da publicação do ato, observado o disposto no artigo 28 desta Lei.

§ 1º Quando a remoção se der para novo órgão, sediado no mesmo Município da lo-tação anterior, o funcionário deve entrar em exercício na data da publicação do ato que o removeu e não tem direito à ajuda de custo.

§ 2º No caso de remoção, o cônjuge, se inte-grante da Polícia Civil, poderá acompanhar o policial removido para a sede do novo ór-gão.

CAPÍTULO IIIDA SUBSTITUIÇÃO

Art. 79. Cabe substituição no impedimento de ocupante de cargo de provimento em comissão e de função gratificada.

§ 1º A substituição é automática ou depen-de de ato da autoridade competente.

§ 2º A substituição é gratuita, salvo se exce-der de 15 (quinze) dias quando passa a ser remunerada, enquanto perdurar, na base dos vencimentos e vantagens do substi-tuído, respeitada a opção em contrário do substituto nesta hipótese.

Art. 80. O substituto exerce o cargo de provi-mento em comissão ou a função gratificada, enquanto durar o impedimento do respectivo ocupante.

TÍTULO VI

Dos Direitos E Vantagens

CAPÍTULO IDOS DIREITOS

Art. 81. São assegurados, além de outros bene-fícios desta Lei, ainda aos policiais civis:

I – uso das designações hierárquicas;

II – garantia do uso do título em toda sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ele inerentes, quando se tratar de autoridade policial;

III – desempenho de cargo ou função cor-respondente à condição hierárquica;

IV – assistência médico-hospitalar e judici-ária, pelo Estado, quando ferido em objeto de serviço ou submetido a processo, em ra-zão do exercício do cargo ou função;

V – prisão especial quando admitida pelo Código de Processo Penal, ou, em separado, nos demais casos.

VI – o direito à percepção do subsídio cor-respondente à entrância ou à classe ime-diatamente superior, respectivamente, da autoridade policial e do agente da autorida-de policial, referidos nos arts. 9º e 10 desta Lei, quando, ao ser transferido para a inati-vidade, contar com mais de 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, observado o que segue:

a) a autoridade policial, ao ingressar na ina-tividade, perceberá proventos correspon-dentes ao subsídio da entrância superior à sua, desde que conte com, no mínimo, 3 (três) anos de serviço na entrância em que se dará a aposentadoria;

b) a autoridade policial ocupante da última entrância da hierarquia, ao ingressar na ina-tividade, perceberá proventos correspon-

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dentes ao subsídio de sua própria entrân-cia, acrescido do percentual de 17,6471% (dezessete inteiros e seis mil, quatrocentos e setenta e um décimos de milésimo por cento), desde que conte com, no mínimo, 3 (três) anos de serviço na entrância em que se dará a aposentadoria;

c) o agente da autoridade policial ocupante da última classe da hierarquia, ao ingressar na inatividade, perceberá proventos corres-pondentes ao subsídio de sua própria clas-se, acrescido do percentual de 17,6471% (dezessete inteiros e seis mil, quatrocentos e setenta e um décimos de milésimo por cento), desde que conte com, no mínimo, 3 (três) anos de serviço na classe em que se dará a aposentadoria;

d) o agente da autoridade policial ocupan-te das demais classes, ao ingressar na ina-tividade, perceberá proventos correspon-dentes ao subsídio da classe superior à sua, desde que conte com, no mínimo, 3 (três) anos de serviço na classe em que se dará a aposentadoria. (NR) (Redação do inciso VI incluída pela Lei Complementar 609, de 2013).

§ 1º O regime de trabalho dos policiais civis do Estado, respeitado o já estabelecido na especificação do cargo e observada à regu-lamentação específica, é de 40 (quarenta) horas semanais.

§ 2º A jornada normal de trabalho poderá ser reduzida a pedido de funcionário estu-dante ou de enquadrado em situações es-peciais, obedecida à proporcional redução da remuneração.

§ 3º Assegurar-se-á ao funcionário, no pro-cedimento disciplinar, ampla defesa, (VETA-DO):

a) (VETADO);

b) (VETADO);

c) (VETADO);

d) (VETADO);

e) (VETADO);

f) (VETADO);

g) (VETADO);

h) (VETADO).

§ 4º (VETADO).

§ 5º Para fins do disposto no inciso VI des-te artigo, os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, nos termos do § 2º do art. 40 da Constitui-ção Federal.

§ 6º Considera-se remuneração, exclusiva-mente para efeitos do § 5º deste artigo, a soma das parcelas do subsídio e da Indeni-zação por Regime Especial de Trabalho Po-licial Civil, excluindo-se qualquer outra van-tagem, a qualquer título, que porventura esteja sendo percebida pelo servidor.

§ 7º O requisito temporal exigido nas alí-neas do inciso VI deste artigo não se aplica aos policiais civis aposentados até a data da publicação desta Lei Complementar. (NR) (Redação dos §§§ 5º, 6º e 7º dada pela Lei Complementar 609, de 2013).

Seção IDA REMUNERAÇÃO

Art. 87. Somente nos casos previstos em Lei pode perceber remuneração o policial civil que não estiver no exercício do cargo.

Art. 89. O policial civil perde:

I – os vencimentos do dia, se não compare-cer ao serviço, salvo motivo previsto em Lei ou se acometido de moléstia comprovada, de acordo com as disposições deste Estatu-to;

II – um terço dos vencimentos do dia, quan-do comparecer ao serviço com atraso máxi-

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mo de uma hora ou quando se retirar antes de findar o período de trabalho;

III – um terço dos vencimentos nos casos do artigo 29, desta Lei.

§ 1º No caso de faltas sucessivas são com-puta dos para efeito de desconto, os domin-gos e feriados intercalados.

§ 2º O policial civil que, por doença, não pu-der comparecer ao serviço, fica obrigado a fazer uma pronta comunicação do seu es-tado ao Chefe imediato, para o necessário exame médico e atestado.

§ 3º Se no atestado médico estiver expres-samente declarado a impossibilidade do comparecimento ao serviço, não perde ele os vencimentos desde que as faltas não excedam a 3 (três) dias durante o mês e o atestado seja apresentado até o 4º (quarto) dia do início do impedimento.

Art. 90. A remuneração, ou qualquer vantagem pecuniária atribuída ao policial civil não pode ser objeto de arresto, sequestro ou penhora, salvo quando se tratar de:

I – prestação de alimentos;

II – reposição à Fazenda Pública.

Art. 91. As reposições a Fazenda Estadual devi das pelos policiais civis são descontadas em par-celas mensais não excedentes da décima parte dos vencimentos, ressalvada a hipótese do arti-go 201, desta Lei.

Art. 92. Não cabe o desconto parcelado em caso de exoneração ou abandono de cargo.

Art. 93. Ao policial civil e assegurada a perma-nência no nível ou padrão a que pertencer, ve-dada a sua passagem para outro, quando im-porte em diminuição dos vencimentos.

Art. 94. É proibida, fora dos casos expressamen-te consignados nesta Lei, ceder ou gravar venci-mentos ou quaisquer vantagens decorrentes de atividades funcionais.

Art. 95. Para efeito de pagamento, apurar-se-á frequência do seguinte modo:

I – pelo ponto;

II – pela forma a ser determinada, quanto aos policiais civis não sujeitos ao ponto.

§ 1º No registro de ponto devem ser lança-dos todos os elementos necessários à apu-ração da frequência.

§ 2º Para registro de ponto devem ser usa-dos de preferência, meios mecânicos.

§ 3º Salvo nos casos previstos em Lei ou re-gulamento e vedado dispensar o policial ci-vil do registro do ponto e abonar faltas ao serviço.

§ 4º A infração do parágrafo anterior deter-mina a responsabilidade da autoridade que tiver expedido a ordem, sem prejuízo de ação disciplinar que for cabível.

Seção IIDAS FÉRIAS

Art. 98. O policial civil tem direito a 30 (trinta) dias consecutivos de ferias por ano.

Art. 99. É proibida a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade de serviço, e neste caso, pelo máximo de 02 (dois) períodos.

Art. 100. Durante as férias o policial civil tem direito a todas as vantagens asseguradas pelo exercício do cargo.

Art. 101. O policial civil não pode ser obrigado a interromper as férias, a não ser em virtude de urgente necessidade de serviço, mediante con-vocação da autoridade competente.

Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo, o policial civil tem direito a gozar o período restante das ferias em época opor-tuna.

Seção IIIDAS LICENÇAS

Art. 102. É concedida licença:

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I – para tratamento de saúde;

II – por motivo de doença em pessoa da fa-mília;

III – para repouso à gestante;

IV – para serviço militar obrigatório;

V – por mudança de domicílio;

VI – para tratar de interesses particulares;

VII – como prêmio; e

VIII – especial.

Parágrafo único. Nos casos dos itens IV e V, a licença não tem limite de duração, preva-lecendo durante o período de afastamento do policial civil e/ou cônjuge, respectiva-mente.

Art. 103. O policial civil, em gozo de licença, deve comunicar ao Chefe imediato o local onde pode ser encontrado.

Art. 104. Salvo disposições legais ou regulamen-tares em contrário, a licença é concedida pela autoridade a quem compete o provimento.

Subseção IDA LICENÇA PARA

TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 105. A licença para tratamento de saúde é concedida “ex offício” ou a pedido do policial ci-vil ou de sou representante, quando o próprio não puder fazê-lo.

Parágrafo único. Em ambos os casos, e in-dispensável à inspeção médica, realizada, sempre que possível, no local onde se en-contra o interessado.

Art. 106. A licença e concedida pelo prazo indi-cado no laudo ou atestado da Junta Médica Ofi-cial.

Art. 107. O tempo necessário à inspeção é con-siderado de licença.

Art. 108. Findo o prazo, verificar-se-á nova ins-peção, cujo laudo médico, deve concluir pela

volta ao serviço, prorrogação de licença, apo-sentadoria ou pela readaptação.

Art. 109. A inspeção é feita por médicos fun-cionários do Estado ou por aqueles aos quais forem transferidas ou delegadas as respectivas atribuições.

§ 1º Caso o policial civil esteja ausente do Estado, pode ser admitido laudo medico particular.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o laudo só produzirá efeito após homologa-ção pela Junta Médica Oficial.

§ 3º Quando não for homologado o laudo, o policial civil e obrigado a reassumir o exer-cício do cargo, sendo considerado como de licença sem vencimentos os dias em que deixou de comparecer ao serviço por haver alegado doença.

Art. 110. Terminada a licença, o policial civil deve assumir o exercício, salvo nos casos de prorrogação “ex-offício” ou a pedido, ou de apo-sentadoria.

Art. 111. O pedido de prorrogação é apresenta-do antes do fim do prazo de licença; se indeferi-do, conta-se como de licença sem vencimentos o período compreendido entre a data do seu termino e a do conhecimento oficial do despa-cho denegatório.

Art. 112. A licença superior a 3 (três) dias de-pende de inspeção realizada por Junta Medica Oficial.

Art. 113. O policial civil não pode permanecer em licença para tratamento de saúde por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, exceto em casos considerados recuperáveis, hipótese em que, a critério da Junta Médica Oficial, esse pra-zo pode ser prorrogado.

§ 1º A licença concedida dentro de 60 (ses-senta) dias contados do termino da ante-rior, é considerado como prorrogação para fins deste artigo.

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§ 2º Expirado o prazo deste artigo, o poli-cial civil e submetido à nova inspeção e apo-sentado se julgado definitivamente incapaz para o serviço público em geral.

Art. 114. Em caso de doença grave, contagiosa ou não, e que imponha cuidados permanentes, pode a Junta Médica Oficial considerando irre-cuperável o doente, determinar a imediata apo-sentadoria.

Parágrafo único. Na hipótese de que trata este artigo, a inspeção é feita por Junta, de pelo menos 3 (três) médicos.

Art. 115. No processamento das licenças pata tratamento de saúde, e observado o sigilo sobre os laudos e atestados médicos.

Art. 116. No caso de licença para tratamento de saúde, o policial civil se abstém de atividades re-muneradas sob pena de interrupção da licença, com perda total da remuneração até que reas-suma o cargo.

Parágrafo único. Os dias correspondentes à perda da remuneração de que trata este artigo são considerados como licença sem vencimentos.

Art. 117. O policial civil não pode se recusar à inspeção médica, sob pena do ter suspenso o pagamento dos vencimentos até que se realize a referida inspeção.

Art. 118. Considerado apto em inspeção médi-ca, o policial civil reassume o exercício, sob pena de serem considerados como faltas os dias de ausência.

Art. 119. No curso de licença pode o policiar ci-vil requerer inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir o exercício ou com di-reito à aposentadoria por tempo de serviço.

Art. 120. É integral a remuneração do policial ci-vil licenciado para tratamento de saúde.

Parágrafo único. Nos casos de acidentes de trabalho e de doença profissional, alem da remuneração, correm por conta do Estado às despesas de tratamento médico e hos-

pitalar, realizados sempre que possível, em estabelecimento estadual de assistência médica.

Subseção IIDA LICENÇA POR MOTIVO DE

DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 121. Desde que prove ser indispensável sua assistência pessoal e que esta não possa ser prestada simultaneamente com o exercício, do cargo, ao policial civil pode ser concedida licen-ça por motivo de doença na pessoa de ascen-dente, descendente, colateral, consanguíneo, ou afim, até o segundo grau, ou cônjuge do qual não esteja legalmente separado ou de pessoa que viva as suas expensas e conste de seu as-sentamento individual.

§ 1º Prova-se doença em pessoa da família mediante inspeção médica oficial.

§ 2º A licença de que trata este artigo, é concedida com remuneração integral até um ano, ininterrupto, e com 2/3 (dois ter-ços) da remuneração, se exceder esse pra-zo, até o máximo de 02 (dois) anos, limite da licença.

§ 2º A licença de que trata este artigo é concedida com remuneração integral até 3 (três) meses, com 2/3 (dois terços) da re-muneração, se este prazo for estendido até 1 (um) ano e com metade da remuneração até o limite máximo de 2 (dois) anos. (NR) (Redação do art. 47 dada pela Lei Comple-mentar 47, de 1992).

§ 3º A licença concedida após o período de prorrogação, dentro do interstício de 2 (dois) anos, será considerada como licença para tratamento de interesses particulares.

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Subseção IIIDA LICENÇA À GESTANTE

Subseção IVDA LICENÇA PARA SERVIÇO

MILITAR OBRIGATÓRIO

Art. 124. Ao policial civil, convocado para servi-ço militar ou outros encargos de segurança na-cional, é concedida licença com remuneração integral.

§ 1º A licença é concedida a vista do docu-mento oficial que prove a incorporação.

§ 2º Da remuneração é descontada a impor-tância percebida na qualidade de incorpora-do, salvo se houver opção pelas vantagens financeiras do serviço militar, o que implica na suspensão do vencimento estadual.

§ 3º Ao policial civil desincorporado é con-cedido prazo não excedente a 30 (trinta) dias, para reassumir o exercício, sem perda da remuneração.

Art. 125. Ao policial civil, Oficial da Reserva das forças Armadas, é concedida licença com remu-neração integral durante os estágios não remu-nerados previstos pêlos regulamentos militares.

Parágrafo único. No caso do estágio remu-nerado, assegura-se lhe direito de opção.

Subseção VDA LICENÇA POR MUDANÇA

DE DOMICÍLIO

Art. 126. O policial civil casado tem direito a li-cença sem remuneração, quando o cônjuge, funcionário civil ou militar, autárquico, de em-presa pública, de sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público, for mandado servir, “ex-officio”, em outro ponto do Estado, do território nacional ou no estrangeiro.

Art. 127. O policial civil, cônjuge de quem exer-ce mandato eletivo, tem direito a licença sem remuneração, se o exercício do mandato impor-tar em mudança de residência.

Art. 128. A licença de que tratam os artigos 126 e 127, depende de pedido devidamente instituí-do devendo ser renovado de 2 (dois) em 2 (dois) anos, e não poderá ser concedida se o policial civil estiver respondendo a processo disciplinar.

Parágrafo único. Finda a causa da licença referida neste artigo, o policial civil deve reassumir o exercício dentro de 30 (trin-ta) dias, a partir dos quais a sua ausência é computada como falta ao trabalho.

Art. 129. Independentemente do regresso do cônjuge, o policial civil pode reassumir o exerci-do a qualquer tempo, vedada, neste caso, a re-novação do pedido de licença se não decorridos 02 (dois) anos da data de reassunção, salvo se o cônjuge for removido novamente.

Art. 130. Cessado o motivo do afastamento, em qualquer época, o policial civil é designado para ter exercício em órgão da Superintendência da Policia Civil onde houver vaga.

Subseção VIDA LICENÇA PARA TRATAR DE

INTERESSES PARTICULARES

Art. 131. Estável, o policial civil pode obter li-cença sem remuneração para tratar de interes-ses particulares, devendo aguardar em exercício a concessão de licença.

Parágrafo único. A licença não pode perdu-rar por tempo superior a 02 (dois) anos con-tínuos, podendo novamente se concedida, decorridos 02 (dois) anos de término da an-terior ou da sua interrupção.

Art. 132. Não é concedida licença para tratar de interesses particulares ao policial civil removi-do, antes de assumir o novo exercício ou quan-do inconveniente ao serviço.

Art. 133. A licença para tratar de interesses parti-culares pode ser interrompida a qualquer tempo, por provocação do licenciado, ou do Poder Públi-co. Em ambos os casos, porém, compete à Admi-nistração examinar a conveniência, a oportunida-de e a viabilidade do pedido. (NR) (Redação do art. 133 dada pela Lei Complementar 38, de 1991).

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Art. 134. Não se concede licença para tratar de interesses particulares ao titular de cargo efeti-vo em estagio probatório, nem ao ocupante de cargo de provimento em comissão, nem ao po-licial civil que esteja respondendo processo dis-ciplinar.

Subseção VIIDA LICENÇA PRÊMIO

Art. 135. Após quinquênio de serviço público estadual, o policial civil estável fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período de 03 (três) meses.

Parágrafo único. É facultada ao policial civil a conversão em dinheiro de até 1/3 (um ter-ço) da licença prêmio, assim como, gozá-la em parcelas mensais.

Art. 136. Interrompe-se a contagem do quinqu-ênio, se o policial civil sofrer, no período, pena de suspensão ou faltar ao serviço, sem justifica-ção, por mais de 10 (dez) dias.

§ 1º A contagem será suspensa pelo prazo de licença não remunerada, observadas as disposições contrarias de leis específicas so-bre a matéria.

§ 2º Excetuam-se do parágrafo anterior as licenças compulsórias.

Subseção VIIIDA LICENÇA ESPECIAL

Art. 137. Ao policial civil ocupante de cargo efe-tivo é facultado gozar licença especial, com re-muneração:

I – para atender, ao menor adotado, em ida-de pré-escolar, pelo prazo de 03 (três) me-ses;

II – para atender, em parte sua jornada de trabalho, ao excepcional sob sua guarda, pelo prazo de 1 (um) ano, podendo ser re-novada.

IV – para presidir a associação de sua clas-se no Estado de Santa Catarina, legalmente

instituída. (NR) (Redação do inciso IV incluí-da pela Lei Complementar 674, de 2016).

Parágrafo único. Os afastamentos previstos nos itens I e II deste artigo são privativos da funcionária policial civil, salvo provas ou declaração firmadas por autoridade judicial ou do Ministério Público da Comarca onde reside o interessado, quanto à viuvez, inter-namento por doença incurável da esposa, abandono do lar pela mesma ou outro fato grave que implique no cuidado presente e direto ao menor ou excepcional.

Seção IVDA CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 138. O tempo de serviço público prestado à União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Territórios e seus órgãos de administração indi-reta e fundações, bem como o tempo de man-dato eletivo e computado integral mente para efeito da aposentadoria, disponibilidade e adi-cional por tempo de serviço.

Parágrafo único. Para efeito deste artigo, consideram-se exclusivamente o tempo de exercício junto às entidades mencionadas, vedados quaisquer acréscimos não compu-táveis para todos os efeitos na legislação es-tadual.

Art. 139. Considera-se tempo de serviço públi-co estadual, para todos os efeitos legais, o tem-po de exercício em cargo, emprego ou função publica do Estado e suas autarquias e, ainda, com as ressalvas desta lei, os períodos de fe-rias; licenças remuneradas; júri e outras obri-gações legais; faltas justificadas; afastamentos legalmente autorizados, sem perda de direitos ou suspensão do exercício ou decorrentes de prisão ou suspensão preventivas e demais pro-cessos, cujos delitos e consequências não sejam afinal confirmados.

§ 1º É computado, exclusivamente, para fins de aposentadoria e disponibilidade, obser-vado o disposto no parágrafo único, do arti-go 138 desta Lei:

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I – o tempo de serviço prestado a instituição de caráter privado, que tenha sido transfor-mada em estabelecimento publico;

II – o tempo em que o policial civil esteve em disponibilidade ou aposentado;

III – um dobro, o período relativo à licença--prêmio obtida no exercido do cargo publi-co estadual e não gozada;

IV – um dobro, para efeito de aposentado-ria, até o limite máximo de 02 (dois) anos, o tempo de serviço prestado pelo policial civil em município de fronteira.

§ 2º Para efeito de aposentadoria, em todas as suas modalidades, e computado o tempo de serviço prestado em atividades de natu-reza privada, desde que o policial civil tenha completado 10 (dez) anos de serviço publi-co estadual.

Art. 140. É vedada a contagem de tempo de ser-viço prestado concorrente ou simultaneamente em cargos e empregos exercidos em regime de acumulação ou em atividade privada.

Art. 141. O tempo de serviço público estadual verificado é vista dos elementos comprobató-rios de frequência, observado o disposto no art. 139, será apurado em dias e estes convertidos em ano, considerando o ano como de 365 (tre-zentos e sessenta e cinco) dias.

Art. 142. A comprovação do tempo de serviço, para efeito de averbação, nos termos do art. 138, desta Lei, será procedida mediante certi-dão, com os seguintes requisitos

I – a expedição por órgão competente e vis-to da autoridade responsável pelo mesmo;

II – a declaração de que os elementos da certidão foram extraídos de documentação existente na respectiva entidade, anexando copia dos atos de admissão e dispensa;

III – a discriminação do cargo, emprego ou função exercida e a natureza do seu provi-mento;

IV – a indicação das datas de inicio e termi-no do exercício;

V – a conversão em anos dos dias de efetivo exercício na base de 365 (trezentos e ses-senta e cinco) dias por ano;

VI – o registro de faltas, licenças, pena lida-dos sofridas e outras notas constantes do assentamento individual;

VII – o esclarecimento de que o policial civil está ou não desvinculado da entidade que certificar.

§ 1º Será admitida a justificação judicial como prova do tempo de serviço, tão-so-mente em caráter subsidiaria ou comple-mentar, como começo razoável de prova material da época e desde que evidenciada a impossibilidade de atendimento dos re-quisitos deste artigo.

§ 2º A contagem e a comprovação do tem-po de serviço na atividade privada, obede-cerão às normas estabelecidas na legislação federal própria.

Seção VDA ESTABILIDADE

Art. 143. Estabilidade é o direito que adquire o policial civil nomeado por concurso de não ser exonerado ou demitido Após 2 (dois) anos de tempo de serviço, senão em virtude de senten-ça judicial ou processo disciplinar em que se lhe tenha assegurado ampla defesa.

Art. 144. A estabilidade diz respeito ao ser viço publico e não ao cargo.

Seção VIDA APOSENTADORIA

Art. 145. A aposentadoria será concedida ao po-licial civil ocupante de cargo de provimento efe-tivo, a vista dos elementos comprobatórios do tempo de serviço ou, conjugadamente, da inva-lidez para o serviço público em geral ou quando completar a idade limite.

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Parágrafo único. O policial aguardara em exercício a publicação do ato de aposenta-doria, salvo se estiver legalmente afastado do cargo ou se tratar de inativação com-pulsória, hipótese em que e dispensado do compare cimento ao serviço.

Art. 146. A aposentadoria que depender de inspeção medica só será concedida depois de verificada a impossibilidade da readaptação do policial civil.

§ 1º O laudo do órgão médico oficial, deve-ra mencionar se o policial civil esta invalido para as funções do cargo ou para o serviço publico em geral e se a invalidez e definitiva.

§ 2º Não sendo definitiva a invalidez, esgo-tado o prazo de licença para tratamento de saúde, quando utilizada, o policial civil será aposentado provisoriamente, com proven-tos integrais para a realização de novos exa-mes, no período de 05 (cinco) anos seguin-tes. Se, neste prazo, alterar-se o quadro de invalidez e ficar comprovada a cura, o poli-cial civil reverterá ao serviço.

§ 3º O não compadecimento aos exames marcados, na forma do parágrafo anterior, implica na suspensão dos proventos e, no caso de reincidência, na anulação da apo-sentadoria.

§ 4º Não sendo comprovada a cura o poli-cial civil será aposentado definitivamente, com proventos integrais.

§ 5º O disposto neste artigo estende-se aos cargos de provimento em comissão cujo ti-tular os tenha exercido por um período mí-nimo, contínuo ou descontinuo, de 5 (cinco) anos e comprovadamente a causa da invali-dez aconteceu dentro do exercício de suas funções.

Art. 147. Os proventos da aposentadoria serão calculados à base dos vencimentos, do policial civil, assim também entendidas as vantagens adquiridas por força de lei.

Art. 148. Os proventos de inatividade dos poli-ciais civis serão revistos sempre que houver al-teração de vencimentos, vantagens, bem como modificações na estrutura dos cargos efetivos do pessoal ativo, de categoria equivalente e nas mesmas condições.

§ 1º Observado o contido neste artigo, ne-nhum policial civil inativo poderá ter seus proventos de inatividade inferior ao venci-mento e vantagens da classe correlata em que foi aposentado.

§ 2º Nos casos em que as denominações das carreiras tiverem sofrido modificações, a correlação será apurada em face aos re-quisitos exigidos pelas respectivas leis que estabeleceram tais modificações.

Art. 149. O policial civil só poderá beneficiar-se da aposentadoria correspondente a um único cargo, salvo os casos em que, na atividade, haja exercido mais de uma carga, em virtude de acu-mulação legal.

Art. 150. A aposentadoria pode ser concedida dentro dos 180 (cento e oitenta) dias anteriores a data em que completar o tempo de serviço.

Seção VIIDA DISPONIBILIDADE

Art. 152. Disponibilidade é o afastamento de policial civil estável em virtude de extinção do cargo ou da declaração de sua desnecessidade por ato do Poder Executivo.

Parágrafo único. O policial civil em dispo-nibilidade percebe vencimentos propor-cionais ao tempo de serviço, até seu obri-gatório aproveitamento em outro cargo compatível com suas qualificações e apti-dões.

Art. 153. O policial civil em disponibilidade pode ser aposentado, com vencimentos integrais.

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Seção VIIIDAS CONCESSÕES

Art. 155. Ao licenciado para tratamento de saú-de, que necessite ser deslocado do Estado para outro ponto do território nacional, comprovada a necessidade por laudo médico, por falta de assistência médica especializa da, é concedido transporte à conta dos cofres estaduais, inclusi-ve para uma pessoa de sua família.

Art. 156. É concedido transporte ao cônjuge e filhos do policial civil, falecido fora do Estado no desempenho do cargo.

Art. 157. O benefício do auxílio-funeral consis-te no ressarcimento das despesas relativas ao funeral de policial civil, ativo ou inativo, devi-damente comprovadas, realizadas pelo depen-dente ou por terceiro que as tenha custeado, no valor correspondente a até 5 (cinco) vezes o me-nor vencimento fixado para o Quadro Único da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Estado. (NR) (Redação do art. 157 dada pela Lei Complementar 609, de 2013).

§ 1º A remuneração ou provento é aquele que o policial civil fizer jus no momento do óbito.

§ 2º Em caso de acumulação de cargos do Estado, o auxilio funeral correspondente ao pagamento da remuneração dos respecti-vos cargos.

§ 3º Não havendo pessoa da família no local do falecimento, o auxilio funeral é pago a quem promover o enterro, mediante prova das despesas.

§ 4º O pagamento do auxilio funeral obede-ce a procedimento sumário, concluído no prazo de 48 (quarenta e oito) horas de apre-sentação do atestado de óbito.

Art. 158. Ao policial civil estudante é permitido ausentar-se do serviço, sem prejuízo dos venci-mentos para submeter-se as provas e exames mediante apresentação do atestado fornecido pelo respectivo estabelecimento de ensino, des-de que os horários sejam coincidentes e pelo período de tempo da prova.

Art. 159. É facultado ao policial civil descontar em folha, mensalidades sociais, para suas entida-des de classe e fazer consignações para a aquisi-ção ou aluguel de imóvel para sua moradia.

Seção IXDO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 160. É assegurado o direito de petição em toda a sua amplitude, assim como o de repre-sentar.

Art. 161. O requerimento é dirigido à autorida-de competente que o decidira no prazo máximo de 30 (trinta) dias, salvo se o pedido demandar a realização de diligência ou estudo especial, hi-pótese em que não poderá passar de 90 (noven-ta) dias.

Art. 162. Da decisão que for prolatada, cabe pe-dido de reconsideração, não podendo ser, no entanto renovado a mesma autoridade.

Art. 163. Cabe recurso:

I – do indeferimento do pedido de reconsi-deração;

II das decisões sobre os recursos sucessiva-mente interpostos.

Parágrafo único. O recurso é decidido pela autoridade imediatamente superior àque-la que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente em escala ascen-dente pelas demais autoridades, observado o disposto na parte final do artigo 163 des-ta lei, devendo ser decidido no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias.

Art. 164. O direito de recorrer na esfera admi-nistrativa, prescreve em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorreram a demissão, apo-sentadoria ou disponibilidade do funcionarão e em 180 (cento e oitenta) dias, nos demais casos.

Art. 165. Os prazos de prescrição, estabelecidos no artigo anterior, contam-se a partir da data de publicação oficial ao ato impugnado ou, quando esta for dispensada, da data de ciência do inte-ressado, a qual deve constar do processo res-pectivo.

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Art. 166. O pedido de reconsideração e o recur-so quando cabíveis, interrompem a prescrição até 02 (duas) vezes.

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr pela metade do prazo da data do ato que a interrompeu ou do termo do respectivo processo.

Art. 167. Ao policial civil interessado, ou ao seu representante legal, é assegurado o direito de vista do processo disciplinar no órgão estadual competente durante o horário normal de expe-diente.

Seção XDA ACUMULAÇÃO

Art. 168. Ao policial civil e vedado exercer qual-quer outra atividade remunerada, publica ou privada, exceto:

I – o magistério;

II – o desempenho de atividades como membro de órgão de deliberação coletiva.

§ 1º Em qualquer caso, a acumulação e sempre condicionada à correlação da maté-ria e a compatibilidade de horário.

§ 2º A proibição de acumular proventos não se aplica ao aposentado, quanto ao exercí-cio de mandato eletivo, cargo de provimen-to em comissão ou a contrato para presta-ção de serviço técnico ou especializado.

Art. 169. O policial civil não pode desempenhar mais de 01 (uma) função gratificada, nem parti-cipar de mais de 01 (um) órgão de deliberação coletiva, salvo como membro nato.

Art. 170. Não constitui acumulação proibida a percepção:

I – conjunta, de pensões civis e militares;

II – de pensões com vencimento, remunera-ção ou salário;

III – de pensões com proventos de disponi-bilidade, aposentadoria ou reforma;

IV – de proventos, quando resultantes de cargo legalmente acumuláveis.

Art. 171. Verificada em processo administrativo a acumulação proibida e provada à boa fé, o po-licial civil é obrigado a optar por um dos cargos no prazo de 15 (quinze) dias.

Parágrafo único. Não tendo optado no pra-zo deste artigo fica o policial civil sujeito as sanções disciplinares nos termos do artigo 206 desta lei.

Seção XIDO DIREITO À ASSISTÊNCIA

E À PREVIDÊNCIA

Art. 172. O Estado atenderá a seguridade social dos policiais civis ativos, inativos e dependen-tes.

Parágrafo único. O associativismo com ob-jetivos culturais, esportivos e de lazer, será apoiado pelo Estado, mediante auxilio fi-nanceiro e cessão de imóveis, às associa-ções de policiais civis.

Art. 173. A proteção social aos policiais civis far--se-á mediante prestação de assistência e previ-dência.

§ 1º Entre as formas de assistência, incluem

I – serviço social-organizado, com vistas à integração do policial civil à família e a co-munidade de trabalho;

II – instalação de creches;

III – instituição de centros de aperfeiçoa mento social e cultural;

IV – promoção de segurança no trabalho;

V – subsidio a alimentação e ao transpor-te de policial civil, preferencialmente aos de menor renda;

VI – criação de cooperativas de consumo.

§ 2º A assistência, quando julgada con-veniente, poderá ser prestada através da entidade de classe, me diante convênio e

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concessão de auxilio financeiro destinado especificamente a esse fim.

§ 3º O Estado poderá instituir planos de pro-teção securitária, nos moldes da providen-cia privada patronal, para complementação de proventos, pensões e assistência médica.

CAPÍTULO IIDAS VANTAGENS

Art. 174. Vantagens são gratificações e indeni-zações asseguradas ao policial civil, em decor-rência da natureza e das condições com que se desobriga das suas atividades profissionais, bem como do tempo de efetivo exercício prestado.

Art. 175. Alem do vencimento, os policiais civis podem perceber as seguintes vantagens pecu-niárias:

I – gratificações;

II – indenizações;

III – ajuda de custo;

IV – diárias;

V – salário-família.

Seção IDAS GRATIFICAÇÕES

Art. 176. Conceder-se-á gratificações:

I – de função;

II – pela elaboração de trabalho relevante, técnico ou cientifico;

III – por serviço ou estudo fora do Estado;

IV – pela participação em grupo de trabalho ou estudo; nas comissões legais; e em órgão de deliberação coletiva;

V – pela participação em banca examinado-ra de concurso publico;

VI – gratificação natalina;

Subseção IDA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO

Art. 177. A gratificação de função destina-se a atender encargos de direção ou assistência in-termediária e outros determinados em lei.

Parágrafo único. Cabe ao Chefe do Poder Executivo fixar o valor da gratificação de função.

Art. 178. A função gratificada não constitui em-prego, mas vantagem acessória do vencimento.

Art. 179. O policial civil que se ausentar em vir-tude de ferias, luto, casamento, doença com-provada ou em serviço obrigatório por lei, não perde a gratificação de função.

Subseção IIDA GRATIFICAÇÃO PELA

ELABORAÇÃO DE TRABALHO RELEVANTE

Art. 180. A gratificação pela elaboração de tra-balho relevante, técnico ou científico, arbitrada pelo Chefe do Poder Executivo, e concedida na hipótese de: as sugestões, planos e projetos re-alizados não decorrerem do exercício do cargo ocupado efetivamente e forem utilizados pela administração.

Subseção IIIDA GRATIFICAÇÃO POR SERVIÇO OU

ESTUDO FORA DO ESTADO

Art. 181. A gratificação por serviço ou estudo fora do Estado e arbitrada pelo Chefe do Poder Executivo.

§ 1º Em qualquer caso, é facultado ao poli-cial civil optar pelo regime de diárias.

§ 2º Sem prejuízo do arbitramento em quantia global fixa, a gratificação de que trata este artigo pode corresponder ainda, a uma diária de viagem equivalente a 70% (setenta por cento) do valor do menor ven-cimento das escalas de remuneração da Po-lícia Civil.

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Subseção IVAS GRATIFICAÇÕES PELA

PARTICIPAÇÃO EM GRUPO DE TRABALHO OU ESTUDO NAS

COMISSÕES LEGAIS E EM ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO COLETIVA

Art. 182. As gratificações pela participação em Grupo de Trabalho ou Estudo, nas Comissões Legais e em Órgão de Deliberação Coletiva são fixadas por unidade de tempo previsto ou pela presença nas sessões, neste caso, sob regime de “jeton”.

Subseção VDA GRATIFICAÇÃO PELA

PARTICIPAÇÃO EM BANCA EXAMINADORA DE CONCURSO

PÚBLICO

Art. 183. A gratificação pela participação em Banca Examinadora de Concurso Público e fixa-do por unidade de tempo previsto a preparação das provas e pela presença no local de realiza-ção do Concurso Publico.

Subseção VIDA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 184. A gratificação natalina é devida no mês de dezembro de cada ano e seu valor será cal-culado, proporcionalmente aos meses de efeti-vo exercício, a razão de 1/12 (um doze avos) do vencimento devido em dezembro do ano cor-respondente.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral, para os efeitos deste ar-tigo.

Art. 185. Para o pessoal inativo, a gratificação natalina correspondera ao valor do vencimento que integrou o respectivo provento, com os rea-justes supervenientes.

Seção IIDAS INDENIZAÇÕES

Art. 186. Conceder-se-á indenizações:

I – de magistério;

II – de representação;

III – de atividade policial;

IV – de auxilio moradia.

Subseção IDA INDENIZAÇÃO DE MAGISTÉRIO

Art. 187. A indenização de magistério devida aos professores e instrutores da Academia de Policia Civil é paga por aula ministrada, de acor-do com o Plano de Ensino, que e aprovado pelo Chefe do Poder Executivo.

Parágrafo único. A indenização de que trata este artigo e assegurada no período de fé-rias escolares ao professor ou instrutor que tiver exercido as suas funções, nos meses que a antecederam.

Subseção IIDA INDENIZAÇÃO PELO EXERCÍCIO

DA AUTORIDADE POLICIAL

Art. 188. A verba destinada ao custeio dos gas-tos de representação decorrentes do exercício de funções de cargo será fixada por lei às autori-dades policiais.

Parágrafo único. A indenização de que tra-ta este artigo corresponderá ao percentual fixado em lei, incidindo seu cálculo sobre o vencimento do cargo de provimento efetivo ocupado pelo Delegado de Polícia. (NR) (Re-dação do art. 188 dada pela Lei 7.720, de 1989).

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Subseção IIIDA INDENIZAÇÃO DE ATIVIDADE POLICIAL

Art. 189. A indenização de atividade policial é concedida aos auxiliares e agentes da Autori-dade Policial, em razão da natureza especial da atividade de segurança, dos riscos dela decor-rentes, da insalubridade, da jornada prorrogada de trabalho, dos serviços de plantão, do serviço extraordinário e horário noturno. (NR) (Redação do art. 189 dada pela Lei Complementar 55, de 1992).

Parágrafo único. A indenização de que trata este artigo corresponderá ao percentual de 100% (cem por cento), calculados sobre o valor do vencimento do cargo de provimen-to efetivo ocupado pelo policial civil. (NR) (Redação do parágrafo único dada pela Lei Complementar 55, de 1992).

Subseção IVDA INDENIZAÇÃO DE AUXÍLIO MORADIA

Art. 190. A indenização de auxilio moradia des-tinada a custear os gastos decorrentes do paga-mento de aluguéis poderá ser concedida pelo Chefe do Poder Executivo aos Agentes da Auto-ridade Policial e Auxiliares da Autoridade Poli-cial, nos termos dos artigos 10 e 11, desta Lei.

Parágrafo único. A gratificação de que tra-ta este artigo corresponde ao percentual de até 20% (vinte por cento) sobre o vencimen-to do cargo de provimento efetivo ocupado pelo policial civil. (Redação do art. 190 ver art. 12 da Lei Complementar 55, de 1992)

Seção IIIDA AJUDA DE CUSTO

Art. 191. A ajuda de custo se destina a compen-sação das despesas de viagem às novas instala-ções quando o policial civil passar a ter exercício em nova sede.

Art. 192. A ajuda de custo compreende:

I – uma parte fixa correspondente ao valor dos vencimentos de 01 (um) mês, atribuído ao policial civil;

II – urna parte variável a ser paga na for ma do que estabelecem as normas regulamen-tares.

I – ao valor correspondente a 50% (cinquen-ta por cento) do respectivo subsídio, quan-do não possuir dependentes;

II – ao valor correspondente a 75% (setenta e cinco por cento) do respectivo subsídio, quando possuir até 2 (dois) dependentes expressamente declarados; e

III – ao valor correspondente ao respectivo subsídio, quando possuir mais de 2 (dois) dependentes expressamente declarados. (NR) (Redação dos incisos I, II e III dada pela Lei Complementar 609, de 2013).

Art. 193. Sem prejuízo das vantagens que lhe competirem, o policial civil obrigado a perma-necer fora da sede, em objeto de serviço, por mais de 30 (trinta) dias, perceberá ajuda de cus-to correspondente à metade do valor estabele-cido no inciso I do art. 192 desta Lei. (NR) (Reda-ção do art. 193 dada pela Lei 16.774, de 2015)

Art. 194. Não se concede ajuda de custo ao po-licial civil:

I – que, em virtude de mandato eletivo, dei-xar de assumir o exercício do cargo;

II – gosto a disposição de qualquer entidade de direito publico;

III – removido, a pedido, por permuta ou por conveniência da disciplina.

Art. 195. A percepção da ajuda de custo não im-pede o recebimento de diárias.

Art. 196. A ajuda de custo é restituída:

I – quando o policial civil não se transportar para a nova sede no prazo de terminado;

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II – quando, antes de terminada a importân-cia, regressar, pedir exoneração e abando-nar o cargo.

§ 1º A restituição e de exclusiva responsa-bilidade pessoal e pode ser feita parcelada-mente.

§ 2º Não se dá a obrigação de restituir a aju-da de custo quando o regresso for determi-nado “ex-officio” ou por doença comprova-da.

Art. 197. Pode ser concedida a ajuda de Custo ao policial civil designado para serviço ou estu-do fora do Estado ou no estrangeiro por tempo superior a 90 (noventa) dias.

Art. 198. Concluído o curso de formação, o poli-cial civil terá direito a ajuda de custo correspon-dente à metade do valor estabelecido no inciso I do art. 192 desta Lei, por ocasião da primeira lo-tação após concluir o curso de formação na Aca-demia da Polícia Civil, na forma do art. 36 da Lei Complementar nº 453, de 5 de agosto de 2009, desde que esta ocorra em sede diversa da loca-lidade de sua residência de origem. (NR) (Reda-ção do art. 198 dada pela Lei 16.774. de 2015)

Seção IVDAS DIÁRIAS

Art. 199. Ao policial civil que se deslocar tempo-rariamente em objeto de serviço, conceder-se-á alem do transporte, diária a titulo de indeniza-ção das despesas de alimentação e pousada, de acordo com critérios estabelecidos em Decreto do Chefe do Poder Executivo.

Art. 200. O valor da diária, nos termos desta lei, e calculado por período de 24 (vinte e quatro) horas, contado do momento da partida, consi-derando-se com 01 (uma) diária, a fração supe-rior a 12 (doze) horas.

Parágrafo único. As frações de penado são contadas como 1/2 (meia) diária, quando superiores de 04 (quatro) horas e inferiores a 12 (doze) horas.

Art. 201. O policial civil que receber indevida-mente diária, e obrigado a restituir de uma só vez a importância recebida, apuradas as respon-sabilidades.

Seção VDO SALÁRIO FAMÍLIA

Art. 202. É garantido ao policial civil ativo ou inativo, ou em disponibilidade, a título de salá-rio família, auxilio especial correspondente a 5% (cinco por cento) do menor vencimento pago pelo Estado a Policia Civil.

§ 1º Conceder-se-á salário família ao funcio-nário:

I – pelo cônjuge que não exerça atividade remunerada;

II – por filho menor de 18 (dezoito) anos ou comprovada a dependência econômica, se maior de 21 (vinte e um) anos, prorrogável ate 24 (vinte e quatro) anos, quando se tra-tar de estudante universitário.

III – por filho incapaz para o trabalho; e

IV – pelo ascendente, sem rendimento pró-prio que viva a expensas do policial civil.

§ 2º Compreende-se neste artigo o filho de qualquer condição, o enteado e o menor que, mediante autorização judicial, vive sob a guarda e sustento do policial civil.

§ 3º Quando o pai e mãe forem funcionarias do Estado e viverem em comum o salário fa-mília será concedido ao pai; se não viverem em comum, ao que tiver os dependentes sob sua guarda; e, se ambos os tiverem, de acordo com a distribuição dos dependen-tes.

§ 4º Equiparam-se ao pai e a mãe os repre-sentantes legais dos incapazes e as pessoas a cuja guarda e manutenção estiverem judi-cialmente confiados os beneficiários.

§ 5º O valor do salário família por filho inca-paz para o trabalho, corresponderá ao triplo do estabelecido neste artigo.

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§ 6º No caso de falecimento do policial civil o salário família continuara sendo pago aos seus beneficiários, observados os limites do § 1º deste artigo.

§ 7º O salário família não esta sujeito a qual-quer imposto ou taxa, nem servirá de base para qualquer contribuição, mesmo que de finalidade providenciaria ou assistencial.

Art. 203. A previdência, sob forma de benefí-cios e serviços, incluída a pensão por morte e a assistência médica dentaria e hospitalar, será prestada através da instituição própria, de cará-ter autárquico criado por lei, a qual será obriga-toriamente filiada o policial civil.

TÍTULO VII

Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO IDAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 204. Constitui infração disciplinar toda ação ou omissão do policial civil que possa compro-meter a dignidade e o decoro da função públi-ca, ferir a disciplina ou ahierarquia4 prejudicar a eficiência dos serviços públicos ou causar preju-ízo de qualquer natureza à administração.

Parágrafo único. A infração disciplinar é puni da conforme os antecedentes, a perso-nalidade, o nível cultural, o grau de culpa do agente, bem assim os motivos, as circuns-tâncias e as consequências do ilícito.

Art. 205. (VETADO).

CAPÍTULO IIDAS PENAS E DAS INFRAÇÕES

Art. 206. São penas disciplinares:

I – repreensão;

II – suspensão;

III – destituição dos cargos e encargos de confiança;

IV – demissão simples;

V – demissão qualificada;

VI – cassação da aposentadoria;

VII – cassação de disponibilidade.

Art. 207. São infrações disciplinares, puníveis com repreensão:

I – falta de espírito de cooperação e de so-lidariedade para com os companheiros de trabalho, em assunto de serviço;

II – apresentar-se ao serviço sem estar de-centemente trajado e sem condições satis-fatórias de higiene pessoal;

III – deixar de saldar dívidas legítimas ou de pagar com regularidade pensões a que de-seja obrigado por decisão judicial;

IV – manter relação de amizade ou exibir-se em público, habitualmente, com pessoa de má reputação;

V – permutar serviço sem expressa autori-zação da autoridade competente ou faltar ao serviço para o qual foi escalado;

VI – ingerir bebidas alcoólicas, quando em serviço;

VII – deixar, sem justa causa, de submeter--se a inspeção médica, determinada por lei ou por autoridade competente;

VIII – impontualidade.

Parágrafo único. Em caso de reincidência, as infrações previstas neste artigo, são pu-níveis com suspensão de ate 30 (trinta) dias.

Art. 208. São puníveis com suspensão de 30 (trinta) dias:

I – falta de urbanidade;

II – deixar de atender prontamente:

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a) – as requisições para defesa fazenda pú-blica;

b) – os pedidos de certidões para defesa de direito subjetivo, devidamente indicado.

III – veicular noticias sobre serviços ou tare-fas em desenvolvimento ou realizadas pela repartição ou contribuir’ para que sejam divulgadas ou, ainda, conceder entrevistas sobre as mesmas sem autorização da auto-ridade competente;

IV – retirar, sem autorização superior, qual-quer documento ou objeto da repartição;

V – deixar de concluir nos prazos legais, sem justo motivo, sindicância ou processo disci-plinar ou negligenciar no cumprimento des-sas obrigações;

VI – exercer, mesmo fora da hora de expe-diente, funções em entidades privadas que dependam, de qualquer maneira, de sua re-partição;

VII – simular doença para esquivar-se ao cumprimento do dever;

VIII – agir, no exercício da função, com dis-plicência, deslealdade ou desleixo;

IX – intitular-se funcionário ou representan-te de repartição ou unidade de trabalho a que não pertença, sem estar expressamen-te autorizado para tal;

X – maltratar preso sob sua guarda ou usar de violência desnecessária no exercício da função policial;

XI – deixar de tratar os superiores hierárqui-cos e os subordinados, com a deferência e a urbanidade devidas;

XII – usar indevidamente os bens da reparti-ção, sob sua guarda ou não;

XIII – afastar-se do Município onde exercem suas atividades, sem expressa autorização superior, salvo por imperiosa necessidade do serviço;

XIV – ofender moralmente qualquer pessoa no recinto da repartição;

XV – deixar de cumprir, na esfera de suas atribuições, as normas legais a que está su-jeito;

XVI – ferir a hierarquia funcional ou desres-peitar, por qualquer modo, os superiores hierárquicos;

XVII – portar-se de modo inconveniente em lugar publico, causando desprestígio a orga-nização policial.

Parágrafo único. Em caso reincidência, as infrações previstas neste artigo, são puní-veis com suspensão de até 60 (sessenta) dias.

Art. 209. São puníveis com suspenso de 31 (trin-ta e um) a 60 (sessenta) dias:

I – conceder diárias com o objetivo de re-munerar outros serviços ou encargos, bem como recebê-las pela mesma razão ou fun-damento;

II – dar causa a instauração de sindicância ou processo disciplinar, imputando a qual-quer funcionário, infração de que saiba ino-cente;

III – indisciplina ou insubordinação;

IV – inassiduidade;

V – impontualidade constante;

VI – faltar à verdade, com má fé, no exercí-cio das funções;

VII – deixar por condescendência, de punir subordinado que cometeu infração discipli-nar ou, se for o caso, de levar o fato ao co-nhecimento da autoridade superior;

VIII – fazer afirmação falsa, ou caiar a verda-de, como testemunha ou perito, em proces-so disciplinar;

IX – oferecer representação ou queixa in-fundada contra qualquer colega ou superior hierárquico;

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X – deixar, na ausência da autoridade com-petente, de atender ocorrências passíveis de intervenção policial, que presencie ou de que tenha conhecimento imediato;

XI – não cumprir, sem motivo que o justifi-que, determinações e diligencias emanadas da justiça;

XII – dar, ceder ou entregar insígnia ou car-teira de identidade funcional, a quem não exerça cargo policial.

Parágrafo único. Em caso de reincidência, as infrações previstas neste artigo, são pu-níveis com suspensão de ate 120 (cento e vinte) dias, a critério do Superintendente da Policia Civil.

Art. 210. São puníveis com demissão simples:

I – pleitear, como procurador ou interme-diário, junto às repartições públicas, salvo quando se tratar de percepção de venci-mentos e vantagens de parentes de ate se-gundo grau;

II – inassiduidade intermitente ou perma-nente;

III – usura em qualquer de suas formas;

IV – embriaguez habitual ou em serviço;

V – entregar-se ao uso de tóxicos ou comer-cializá-los;

VI – acumulação ilegal de cargos públicos, com má fé, decorrido o prazo de opção em relação ao mais recente;

VII – ofensa física em serviço contra policial ou qualquer pessoa, salvo em legitima de-fesa;

VIII – ofensa física fora do serviço, mas em razão dele, contra policial civil, salvo em le-gitima defesa;

IX – aceitar representação, pensão, empre-go ou comissão de Estado Estrangeiro, sem previa autorização da autoridade compe-tente;

X – cometer à pessoa estranha a repartição, o desempenho de encargos que lhe compe-tir ou a seus subordinados;

XI – aplicar irregularmente dinheiro público;

XII – falsificar ou usar documentos que iniba falsificado;

XIII – ineficiência desidiosa no exercício das suas atribuições;

XIV – receber propinas e comissões ou au-ferir vantagens e proveitos pessoais de qualquer espécie e sob qualquer pretexto em razão de função ou cargo que exerça ou tenha exercido;

XV – entregar-se a pratica de jogos proibi-dos ou outros hábitos degradantes;

XVI – exercer qualquer atividade remunera-da, pública ou privada, exceto as previstas nos itens I e II, do artigo 169 desta lei;

XVII – eximir-se do cumprimento do dever policial;

XVIII – revelar ou facilitar a revelação de as-suntos sigilosos que conheça em razão do cargo;

XIX – a pratica de corrupção passiva nos ter-mos da Lei Penal.

§ 1º O ébrio habitual só pode ser demitido se declarado mentalmente são pela penda médica.

§ 2º Considera-se inassiduidade perma-nente a ausência do serviço sem justa cau-sa, por mais 30 (trinta) dias consecutivos e inassiduidade intermitente a ausência do serviço, sem justa causa, por 60 (sessenta) dias, intercaladamente, num período de até 12 (doze) meses.

§ 3º A demissão simples, incompatibiliza o ex-policial civil para o exercício de cargo ou emprego publico, pelo período de 5 (cinco) a 7 (sete) anos, tendo em vista as circuns-tancias atenuantes e agravantes.

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Art. 211. São puníveis com demissão qualifica da:

I – lesão aos cofres públicos;

II – dilapidação do patrimônio público;

III – qualquer ato que manifesta improbida-de no exercício da função pública,

Parágrafo único. A demissão qualificada in-compatibiliza o ex-policial civil para o exer-cício do cargo ou de emprego público pelo período de 6 (seis) a 10 (dez) anos, conside-radas as circunstâncias atenuantes ou agra-vantes.

Art. 212. As cassações de aposentadoria ou dis-ponibilidade aplicam-se:

I – ao que praticou, no exercício do cargo falta punível com demissão;

II – ao que, mesmo aposentado ou em dis-ponibilidade, aceitar representação, comis-são ou pensão de Estado estrangeiro, sem prévia autorização da autoridade’ compe-tente.

Parágrafo único. O policial civil aposentado ou em disponibilidade que, no prazo legal não entrar em exercício do cargo a que te-nha revertido ou sido aproveitado, respon-de a processo disciplinar, e uma vez provada à inexistência de motivo justo, sofre pena de cassação de aposentadoria ou disponibi-lidade.

Art. 213. É destituído o ocupante de cargo de provimento em comissão, encargo de confiança ou de função gratificada ou ainda, o integrante de órgão de deliberação coletiva que pratique infração disciplinar punível com suspensão.

Art. 214. As combinações civis, penais e disci-plinares podem acumular-se sendo uma e outra independente entre si, bem assim as instancias civil, penal e administrativa.

Art. 215. Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão de até 60 (sessen-ta) dias pode ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia da remu-

neração, obrigado, neste caso, o policial civil a permanecer em serviço.

Art. 216. O ato punitivo deve mencionar sem-pre os dispositivos legais que fundamentam a penalidade.

Art. 217. A aplicação de penalidade pelas infra-ções disciplinares constantes desta lei, não exi-me o policial civil da obrigação de indenizar os prejuízos causados ao Estado.

Art. 218. Na aplicação das penas disciplinares são sempre consideradas as circunstâncias, ate-nuantes e agravantes.

Art. 219. São circunstâncias atenuantes:

I – relevância de serviços prestados;

II – ter sido cometida a infração em defesa de direito próprio ou de terceiro, para evitar mal maior;

III – haver sido mínima a cooperação do po-licial civil no cometimento da infração;

IV – ter o agente:

a) – procurado espontaneamente e com efi-ciência logo após o cometimento da infra-ção, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequ-ências ou ter antes do julgamento, reparado o dano civil;

b) – cometido a infração sob coação de su-perior hierárquico a que não podia resistir, ou sob influência de violenta emoção, pro-vocada por ato injusto de terceiro;

c) confessado espontaneamente a autoria da infração ignorada ou imputada a outrem;

d) mais de 5 (cinco) anos de serviço com bom comportamento, antes da infração.

Art. 220. (VETADO).

Art. 221. As penas de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade são aplicadas pela autoridade competente para nomear ou aposentar.

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Art. 222. Para aplicação e imposição de penas disciplinares são competentes:

I – o Governador do Estado, em qualquer caso;

II – o Secretário da Segurança Pública nos casos admitidos em lei;

III – o Superintendente da Policia Civil nos casos de suspensão, que nunca poderão ul-trapassar de 60 (sessenta) dias;

IV – os Diretores de Órgãos Policiais, Corre-gedor Geral da Policia Civil e Delegados Re-gionais de Policia, nos casos de repreensão e suspensão até 10 (dez) dias.

§ 1º Será sempre ouvido o Conselho Supe-rior da Policia Civil, nas penas de suspensão superiores a 30 (trinta) dias.

Art. 222. Para aplicação e imposição de penas disciplinares, são competentes:

I – o Governador do Estado, em qualquer caso;

II – o Secretário de Estado da Segurança Pú-blica, nos casos de suspensão de mais de 30 (trinta) dias;

III – o Superintendente da Polícia Civil, nos casos de suspensão até 30 (trinta) dias;

IV – os Diretores de órgãos policiais e Dele-gados Regionais de Polícia, nos casos de re-preensão e suspensão até 15 (quinze) dias;

V – os Delegados de polícia de carreira, de Comarca e de distritos Policiais, nos casos de repreensão e suspensão até 10 (dez) dias;

VI – os Delegados Municipais, desde que Delegado de carreira, nos casos de repreen-são até 05 (cinco) dias.

§ 1º Incumbe ao Conselho Superior da Po-lícia Civil processar e julgar os pedidos de reabilitação requeridos por policial civil, ob-servados os seguintes:

I – interstício de 02 (dois) anos, a contar do ato punitivo;

II – conduta e bens serviços comprovados. (NR) (Redação do art. 222 e § 1º dada pela Lei Complementar 36, de 1991).

§ 2º Das penas aplicadas pêlos Delegados Regionais de Polícia cabe apelação, no pra-zo de 10 (dez) dias, a contar da ciência do ato punitivo, ao superior imediato.

§ 3º Das penas aplicadas pelo Superinten-dente da Policia Civil cabe apelação ao Se-cretario da Segurança Publica, no prazo previsto no § 2º deste artigo e, em última instância, no prazo de 15 (quinze) dias, ao Chefe do Poder Executivo.

Art. 223. A pena de suspensão de ate 30 (trinta) dias, independente do processo disciplinar.

CAPÍTULO IIIDAS APURAÇÕES DAS INFRAÇÕES

Art. 224. As autoridades policiais, Diretores de órgãos policiais e Corregedores, que tiverem notícia de irregularidade cometida por policial civil, são obrigados a promover sua apuração imediata por meio de sindicância, no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogáveis mediante despa-cho fundamentado da autoridade sindicante, se tratar-se de subordinado seu, ou comunicá-la dentro de 48 (quarenta e oito) horas a autorida-de competente sob pena de se tornar coniven-te.

§ 1º Em qualquer caso os Corregedores po-derão sindicar “ex-officio”.

§ 2º Pode ser afastado preventivamente das funções, sem prejuízo da remuneração, ate completa apuração dos fatos, o policial civil ao qual foi imputada falta ou infração que, por sua natureza, aconselhe tal providencia.

§ 3º O afastamento a que se refere o pará-grafo anterior, deve ser comunicado imedia-tamente à Superintendência da Policia Civil.

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§ 4º Do que for apurado, no prazo estabe-lecido neste artigo, deve ser cientificado o Superintendente da Policia Civil, através de sindicância ou relatório que especifique:

I – data, modo e circunstância em que teve notícia do fato;

II – versão do fato na forma que teve conhe-cimento;

III – declarações do policial civil sindicado;

IV – conclusão sugerindo, ou aplicando pena, se for o caso, ou ainda, absolvendo o sindicado.

§ 5º Nas transgressões individuais, cuja pu-nição consiste em repreensão ou suspen-são não superior a 05 (cinco) dias, a pena será aplicada de imediato, independente de sindicância. (NR) (Redação do § 5º incluído pela Lei Complementar 36, de 1991).

Art. 225. Se a falta imputada ao policial civil constituir também infração penal, deve ser en-caminhada copia da sindicância para a instaura-ção do respectivo inquérito policial.

Parágrafo único. Na impossibilidade de concluir o inquérito policial no prazo legal, a autoridade, sem prejuízo do disposto no Código de Processo Penal, deve dar ciência desta circunstancia ao Superintendente da Policia Civil.

Art. 226. O processo disciplinar e instaurado por determinação do Superintendente da Policia Ci-vil, para apurar responsabilidade do policial ci-vil, quando à. Infração cometida seja cominada pena de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, destituição de função, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

CAPÍTULO IVDA PRESCRIÇÃO

Art. 244. Prescreve a ação disciplinar:

I – em 2 (dois) anos, quanto aos fatos puní-veis com repreensão e suspensão;

II – em 5 (cinco) anos, quanto aos fatos pu-nidos com demissão, cassação de aposenta-doria ou disponibilidade, ressalvada a hipó-tese do § 3º deste artigo.

§ 1º O prazo de prescrição começa a correr:

I – do dia em que o ilícito se tornou conheci-do da autoridade competente para agir;

II – nos ilícitos permanentes ou continua dos, do dia em que cessar a permanência ou a continuação.

§ 2º O curso da prescrição interrompe-se com:

I – a abertura de sindicância;

II – a instauração de processo disciplinar;

III – o julgamento do processo disciplinar.

§ 3º A prescrição interrompida começa a correr por inteiro, do prazo da data do ato que a interrompeu ou do termo do respec-tivo processo.

§ 4º Se o fato configurar também i1ícito pe-nal, a prescrição é a mesma da ação penal, caso esta prescreva em mais de 5 (cinco) anos.

CAPÍTULO V(VETADO)

CAPÍTULO VIDA SUSPENSÃO PREVENTIVA

CAPÍTULO VIIDA PRISÃO ADMINISTRATIVA

Art. 255. Compete ao Secretario da Segurança Pública em caso de processo disciplinar, orde-

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nar, fundamentalmente e por escrito, a prisão administrativa do policial civil responsável por dinheiro ou valores, pertencentes à administra-ção estadual ou sob a guarda desta, no caso de alcance ou omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.

§ 1º Ao ordenar a prisão, o Secretario da Segurança Publica deve comunicar, imedia-tamente, o fato ao Tribunal de Contas e ao Juiz competente, e providenciar, com ur-gência, o processo de tomada de contas.

§ 2º A prisão administrativa, que não deve exceder a 90 (noventa) dias, pode ser rela-xada a qualquer tempo, desde que o acusa-do haja ressarcido o dano ou oferecido ga-rantias de ressarcimento.

§ 3º Aplicam-se a prisão administrativa, na forma que couber, as disposições do artigo 232, § 2º desta lei.

CAPÍTULO VIIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 256. É compulsório o afastamento, com re-muneração integral, sem prejuízo dos demais direitos, do policial civil eleito Vereador à Câma-ra Municipal, do Município sede de sua lotação, ate o cumprimento integral do mandato.

Art. 257. Ao policial civil obrigado a mudança domiciliar, por força de movimentação funcio-nal, e aos seus dependentes e assegurada, em qualquer época e independentemente de vaga, matricula no estabelecimento de ensino ade-quado, no local da nova residência.

Art. 258. Continuam as disposições constantes de leis especiais relativas ao serviço publico, desde que compatíveis com as normas aqui es-tabelecidas.

Art. 259. Os períodos de Licença-Prêmio já con-quistados poderão ser convertidos em dinheiro, nos termos do parágrafo único, do artigo 135, à razão de uma parcela por ano civil ou integral-mente quando da aposentadoria.

Art. 260. A frequência aos cursos de formação da Academia de Policia Civil, e considerado como de efetivos exercícios para todos os efei-tos legais, exceto estagio probatório e ferias.

Art. 261. Os alunos matriculados na Academia de Policia Civil, durante a realização dos respec-tivos cursos para ingresso, percebem, mensal-mente, uma bolsa de estudo correspondente ao valor do vencimento do menor cargo da Polícia Civil.

Art. 262. O cargo de Delegado de Policia é priva-tivo de Bacharel em Direito, com curso de Crimi-nologia na Academia de Policia Civil.

Art. 263. Em caso de morte em objeto de ser-viço ou razão da atividade funcional, o valor da remuneração que o policial perceber em vida, deve ser pago integralmente te, aos dependen-tes do policial, na forma da lei.

Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo será devido a seus dependentes um pecúlio pago de urna só vez, equivalente a 5 (cinco) vezes o valor dos vencimentos do policial civil falecido.

Art. 264. Os termos e os fatos firmados pelos Delegados de Policia e Escrivães de Policia, em razão do cargo, têm fé pública.

Art. 265. As autoridades policiais, seus agentes e auxiliares são obrigados a residir na sede das respectivas unidades a que estão lotados, não podendo afastar-se sem previa autorização su-perior, salvo para atos e diligencias de seus car-gos ou força maior.

Parágrafo único. O Estado constituirá meios e promoverá medidas para assegurar aos policiais civis no exercício do cargo a segu-rança física e a dignidade funcional.

Art. 266. A gratificação paga ao policial civil quando no desempenho da função de Delegado de Policia, incorpora-se à remuneração do cargo efetivo, na forma do artigo 96, desta lei.

Art. 267. O Secretario da Segurança Pública e o Superintendente da Policia Civil são competen-tes para elogiar.

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§ 1º O elogio ao funcionário que se destacar no cumprimento de sua missão, pode ser proposto por Diretores dos órgãos policiais.

§ 2º O elogio de que trata este artigo deve ser registrado na ficha funcional do policial civil, e considerado para efeito de progres-são por merecimento.

Art. 268. Ficam instituídas na Secretaria da Se-gurança Publica do Estado de Santa Catarina, as medalhas de “Mérito Policial” e “Mérito Espe-cial”, cuja concessão é disciplinada em regula-mento próprio.

Art. 269. Os cargos de direção da Superinten-dência da Policia Civil serão exercidos por ocu-pantes de cargo de Delegados de Policia.

Art. 270. É facultado ao Superintendente da Po-lícia Civil fornecer roupas especiais e alimenta-ção aos policiais Civis de acordo com a natureza e necessidade dos serviços.

Art. 271. O início da contagem do tempo de ser-viço para efeito de concessão do adicional trie-nal será a partir da data em que o policial civil completou o interstício do ultimo adicional na forma quinquenal, prevista na legislação ante-rior.

Art. 272. A transformação do adicional quinque-nal concedido na forma da legislação revogada em adicional trienal, será efetuada gradativa-mente, inclusive aos inativos, consoante regula-mentação a ser expedida pelo Chefe do Poder Executivo

Art. 273. O tempo do serviço averbado será considerado para efeito do adicional quinque-nal, na forma da sistemática anterior, obedecido o disposto nos artigos 271 e 272, deste Estatuto.

Art. 274. Aplicam-se subsidiariamente ao poli-cial civil as disposições do Estatuto dos Funcio-nários Públicos Civis do Estado de Santa Catari-na, reconhecidamente comuns, omissos e que não colidam com a presente lei.

Art. 275. A presente lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Florianópolis, 28 de julho de 1986.

ESPERIDIÃO AMIN HELOU FILHOGovernador do Estado

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LEI COMPLEMENTAR Nº 453, DE 05 DE AGOSTO DE 2009

Institui Plano de Carreira do Grupo Segurança Pública – Polícia Civil, e adota outras providên-cias.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATA-RINA,

Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembléia Legislativa decreta e eu san-ciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I

Do Plano De Carreira Dos Policiais Civis

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Fica instituído, nos termos desta Lei Complementar, o Plano de Carreira dos Servi-dores do Grupo Segurança Pública – Polícia Ci-vil, Subgrupo Autoridade Policial e Subgrupo Agente da Autoridade Policial, ativos, inativos e pensionistas, destinado a organizar os cargos de provimento efetivo permitindo a evolução fun-cional do policial, com o objetivo de:

I – valorizar o potencial profissional e o ní-vel de desempenho exigido no exercício das funções policiais;

II – incentivar a qualificação profissional e sua identidade com as funções da carreira e a realização pessoal;

III – democratizar as oportunidades de cres-cimento profissional e promover a valoriza-ção do sistema do mérito; e

IV – racionalizar e melhorar continuamente a qualidade dos serviços prestados.

Art. 2º Considera-se Autoridade Policial:

I – os Delegados de Polícia.

Art. 3º Considera-se Agentes da Autoridade Po-licial:

I – os Agentes de Polícia;

II – os Escrivães de Polícia; e

III – os Psicólogos Policiais.

CAPÍTULO IIDAS AUTORIDADES POLICIAIS

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 4º O cargo, sua respectiva graduação e quantitativo, que constituem a carreira de Dele-gado de Polícia, executora das atribuições, com exclusividade, de polícia judiciária e apuração de infrações penais, obedecerão à sistemática funcional estabelecida nesta Lei Complementar.

Parágrafo único. As entrâncias da carreira de Delegado de Polícia classificam-se em inicial, final e especial, conforme o disposto no Anexo I desta Lei Complementar.

Art. 5º O Grupo Polícia Civil, Subgrupo Autori-dade Policial, é constituído por:

I – Delegado de Polícia Substituto;

II – Delegado de Polícia de Entrância Inicial;

III – Delegado de Polícia de Entrância Final; e

IV – Delegado de Polícia de Entrância Espe-cial.

§ 1º A descrição, a especificação das atri-buições e a qualificação profissional exigida para o cargo de Delegado de Polícia estão dispostas no Anexo VIII desta Lei Comple-mentar.

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§ 2º A investidura na carreira de Delegado de Polícia dar-se-á no cargo de Delegado de Polícia Substituto.

§ 3º Os integrantes da carreira de Delega-do de Polícia só poderão ser designados por ato do Delegado Geral em entrância dife-rente da sua, mediante anuência do interes-sado, analisado o interesse público.

Art. 6º Os vencimentos dos Delegados de Polí-cia, do Subgrupo Autoridade Policial, obedecem à redefinição prevista no Anexo VII desta Lei Complementar, exclusivamente para efeito de adequação às entrâncias inicial, final e especial.

LC 609/13 (Art. 21) – (DO. 19.729, de 31/12/2013)

“Ficam revogados:

......................................................................

III – o art. 6º ... da Lei Complementar nº 453, de 5 de agosto de 2009.”

Seção IIDA LOTAÇÃO E DA MOVIMENTAÇÃO

Art. 7º O Delegado de Polícia Substituto terá exercício em unidade policial conforme escolha de vaga feita pelos nomeados, observada a or-dem de classificação em concurso público.

§ 1º O Delegado Geral da Polícia Civil pode-rá designar o Delegado de Polícia Substituto para ter exercício em qualquer órgão da Po-lícia Civil, bem como para substituir os Dele-gados de Polícia das demais entrâncias em seus afastamentos legais e exercer outras atribuições legais e constitucionais que lhe forem conferidas no ato da designação.

§ 2º Na falta de Delegado de Polícia Substi-tuto, a designação prevista no parágrafo an-terior, que será precária, poderá recair res-pectivamente em Delegado de Polícia das entrâncias inicial, final e especial.

§ 3º A substituição a que alude o parágrafo anterior será, de no máximo, um ano, po-dendo ser prorrogada por igual período.

Art. 8º A lotação dos ocupantes dos cargos da categoria funcional de Delegado de Polícia será de competência do Delegado Geral da Polícia Ci-vil, observado os seguintes critérios:

I – unidades policiais em Comarcas de Ent-rância Especial, por Delegados de Polícia de Entrância Especial;

II – unidades policiais em Comarcas de Ent-rância Final, por Delegados de Polícia de En-trância Final; e

III – unidades policiais em Comarcas de En-trância Inicial, por Delegados de Polícia de Entrância Inicial.

§ 1º Na falta de Delegados de Polícia, nas entrâncias acima definidas, ou por interes-se do serviço público, o Delegado Geral da Polícia Civil poderá designar, para respon-der pela direção das referidas unidades po-liciais, Delegado de Polícia de menor nível hierárquico, desde que objetivamente de-monstrada a necessidade.

§ 2º Considera-se requisito obrigatório para a movimentação a permanência mínima de 01 (um) ano na lotação em que estiver vin-culado.

Art. 9º Havendo imperiosa necessidade do ser-viço público, o Delegado de Polícia, independen-temente da entrância a que pertencer, poderá ser designado para responder cumulativamente por até duas Delegacias de Polícia de Comarca, desde que na circunscrição da mesma Delegacia Regional de Polícia.

LC 609/13 (Art. 21) – (DO. 19.729, de 31/12/2013)

“Ficam revogados:

......................................................................

III – o art. 6º ... da Lei Complementar nº 453, de 5 de agosto de 2009.”

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Seção IIDA LOTAÇÃO E DA MOVIMENTAÇÃO

Art. 7º O Delegado de Polícia Substituto terá exercício em unidade policial conforme escolha de vaga feita pelos nomeados, observada a or-dem de classificação em concurso público.

§ 1º O Delegado Geral da Polícia Civil pode-rá designar o Delegado de Polícia Substituto para ter exercício em qualquer órgão da Po-lícia Civil, bem como para substituir os Dele-gados de Polícia das demais entrâncias em seus afastamentos legais e exercer outras atribuições legais e constitucionais que lhe forem conferidas no ato da designação.

§ 2º Na falta de Delegado de Polícia Substi-tuto, a designação prevista no parágrafo an-terior, que será precária, poderá recair res-pectivamente em Delegado de Polícia das entrâncias inicial, final e especial.

§ 3º A substituição a que alude o parágrafo anterior será, de no máximo, um ano, po-dendo ser prorrogada por igual período.

Art. 8º A lotação dos ocupantes dos cargos da categoria funcional de Delegado de Polícia será de competência do Delegado Geral da Polícia Ci-vil, observado os seguintes critérios:

I – unidades policiais em Comarcas de Ent-rância Especial, por Delegados de Polícia de Entrância Especial;

II – unidades policiais em Comarcas de Ent-rância Final, por Delegados de Polícia de En-trância Final; e

III – unidades policiais em Comarcas de En-trância Inicial, por Delegados de Polícia de Entrância Inicial.

§ 1º Na falta de Delegados de Polícia, nas entrâncias acima definidas, ou por interes-se do serviço público, o Delegado Geral da Polícia Civil poderá designar, para respon-der pela direção das referidas unidades po-liciais, Delegado de Polícia de menor nível hierárquico, desde que objetivamente de-monstrada a necessidade.

§ 2º Considera-se requisito obrigatório para a movimentação a permanência mínima de 01 (um) ano na lotação em que estiver vin-culado.

Art. 9º Havendo imperiosa necessidade do ser-viço público, o Delegado de Polícia, independen-temente da entrância a que pertencer, poderá ser designado para responder cumulativamente por até duas Delegacias de Polícia de Comarca, desde que na circunscrição da mesma Delegacia Regional de Polícia.

LC 609/13 (Art. 12) – (DO. 19.729, de 31/12/2013)

O art. 9º da Lei Complementar nº 453, de 2009, passa a vigorar com a seguinte reda-ção:

“Art. 9º .........................................................

§ 1º A acumulação de chefias a que se re-fere o caput deste artigo dar-se-á por de-signação do Delegado-Geral da Polícia Ci-vil, cujo prazo máximo será 3 (três) meses, prorrogável 1 (uma) vez por igual período.

§ 2º Ao Delegado de Polícia, quando res-ponder por Delegacia de Polícia de Comar-ca, será concedida, enquanto subsistir a acumulação, verba indenizatória mensal, destinada a custear as despesas relativas à substituição, correspondente a 20% (vinte por cento) do respectivo subsídio, paga em valor proporcional aos dias substituídos.

§ 3º Ao Delegado de Polícia fica instituída retribuição por função, quando designado pelo Delegado-Geral da Polícia Civil, para o exercício de titularidade em Delegacia de Polícia de Entrância Especial, no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor do res-pectivo subsídio.” (NR)

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CAPÍTULO IIIDOS AGENTES DA

AUTORIDADE POLICIAL

Art. 10. Fica criado o cargo de Agente de Polícia Civil, do Subgrupo Agente da Autoridade Poli-cial, do Quadro de Pessoal da Polícia Civil, con-forme o disposto no Anexo V desta Lei Comple-mentar.

Art. 11. Ficam extintas as carreiras de Inspetor de Polícia, do Subgrupo Técnico Científico, de Comissário de Polícia, Investigador Policial e Es-crevente Policial, do Subgrupo Técnico Profissio-nal, do Grupo Polícia Civil, da Secretaria de Es-tado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão.

Art. 12. Os ocupantes dos cargos efetivos de Inspetor de Polícia, Comissário de Polícia, In-vestigador Policial e Escrevente Policial serão aproveitados no cargo efetivo de Agente de Po-lícia Civil, respeitada a correlação estabelecida nos Anexos II, V e VI, desta Lei Complementar, submetendo-se para todos os efeitos legais as atribuições estabelecidas no Anexo IX desta Lei Complementar.

Art. 13. O ingresso na carreira de Agente de Polícia Civil, nível inicial I, dar-se-á através de concurso público de provas ou provas e títulos, conforme definido em edital próprio, sendo re-quisito para a inscrição, comprovar o candidato a conclusão de curso de nível superior, confor-me definido nos Anexos IX, X e XI desta Lei Com-plementar.

Art. 14. O Grupo Segurança Pública – Polícia Ci-vil, Subgrupo Agente da Autoridade Policial, fica constituído pelas seguintes carreiras:

I – Agente de Polícia Civil;

II – Escrivão de Polícia Civil; e

III – Psicólogo Policial Civil.

§ 1º As atribuições dos cargos das carreiras previstas neste artigo estão descritas nos Anexos IX, X e XI desta Lei Complementar.

§ 2º Além das atribuições que estão descri-tas nos Anexos IX, X e XI desta Lei Comple-mentar, os Agentes da Autoridade Policial, mencionados no inciso I e II do caput des-te artigo, têm atividades de nível superior técnico-jurídico, principalmente na execu-ção de operações e investigações policiais, e nas formalidades e procedimentos neces-sários à realização dos serviços cartorários, os quais desempenharão além das ativida-des de polícia judiciária ou administrativas, outras determinadas pelas autoridades po-liciais, previstas nas normas legais e regula-mentares em vigor.

Art. 15. Os integrantes das carreiras de Agente de Polícia Civil, Escrivão de Polícia Civil e Psicólo-go Policial Civil serão lotados em qualquer órgão da Polícia Civil, mediante fundamentação em-basada na necessidade do serviço e no interesse público.

Art. 16. Os Investigadores Policiais e Escreven-tes Policiais, níveis e referências 1B, 1C, 1D, 1E e 1F serão aproveitados como Agentes de Polícia Civil, nas classes I, II e III, conforme a seguinte equivalência:

a) Nível e Referência 1B – Classe I;

b) Níveis e Referências 1C e 1D – Classe II; e

c) Níveis e Referências 1E e 1F – Classe III.

Art. 17. Os Comissários de Polícia, níveis e refe-rências 2B, 2C, 2D, 2E e 2F, serão aproveitados como Agentes de Polícia Civil, nas classes IV, V e VI, conforme a seguinte equivalência:

a) Níveis e Referências 2B e 2C – Classe IV;

b) Níveis e Referências 2D e 2E – Classe V; e

c) Nível e Referência 2F – Classe VI.

Art. 18. Os Inspetores de Polícia, níveis e refe-rências 3B, 3C, 3D, 3E e 3F, serão aproveitados como Agentes de Polícia Civil, nas classes VI, VII e VIII, conforme a seguinte equivalência:

a) Nível e Referência 3B – Classe VI;

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b) Níveis e Referências 3C e 3D – Classe VII; e

c) Níveis e Referências 3E e 3F – Classe VIII.

Parágrafo único. A descrição, a especifica-ção das atribuições e a qualificação profis-sional exigidas para o cargo de Agente de Polícia Civil estão previstas nos Anexos IX, X e XI desta Lei Complementar.

Art. 19. Fica mantida a carreira de Escrivão de Polícia Civil, do Subgrupo Técnico Profissio-nal, do Grupo Polícia Civil, passando a integrar o Subgrupo Agente da Autoridade Policial, do Grupo Polícia Civil, conforme definido no Anexo III desta Lei Complementar.

Parágrafo único. Os cinco níveis e referên-cias utilizados para efeito de remuneração da carreira de Escrivão de Polícia Civil ficam condensados e passam a constituir cinco classes de vencimento na mesma carreira, conforme o disposto nos Anexos III, V e VI desta Lei Complementar.

Art. 20. A linha de correlação, para efeito de aproveitamento na carreira de Escrivão de Polí-cia Civil, no Subgrupo Agente da Autoridade Po-licial, relativamente aos integrantes da carreira de Escrivão de Polícia Civil, do Subgrupo Técnico Profissional, do Grupo Polícia Civil, atenderá ao disposto no Anexo III desta Lei Complementar, e ao seguinte:

I – os Escrivães de Polícia Civil, níveis e refe-rências 2B, 2C, 2D, 2E e 2F, permanecerão com sua atual nomenclatura e serão apro-veitados nas classes IV, V e VI, conforme a seguinte equivalência:

a) Níveis e Referências 2B e 2C – Classe IV;

b) Níveis e Referências 2D e 2E – Classe V; e

c) Nível e Referência 2F – Classe VI.

§ 1º A descrição e especificação das atri-buições e a qualificação profissional exigida para o cargo de Escrivão de Polícia Civil está contida no Anexo X desta Lei Complemen-tar.

§ 2º A investidura inicial na carreira de Es-crivão de Polícia Civil dar-se-á na Classe IV, do Subgrupo Agente da Autoridade Policial, conforme definido no Anexo III desta Lei Complementar.

Art. 21. Fica mantida a carreira de Psicólogo Po-licial Civil, do Subgrupo Técnico Científico, do Grupo Polícia Civil, passando a integrar, o Sub-grupo Agente da Autoridade Policial, do Grupo Polícia Civil, conforme definido no Anexo IV des-ta Lei Complementar.

Parágrafo único. Os níveis e referências utili-zados para efeito de remuneração da carreira de Psicólogo Policial Civil passam a constituir os níveis e referências previstos nos Anexos IV, V e VI desta Lei Complementar.

Art. 22. A linha de correlação, para efeito de aproveitamento na carreira de Psicólogo Policial Civil, no Subgrupo Agente da Autoridade Poli-cial, relativamente aos integrantes da carreira de Psicólogo Policial Civil, do Subgrupo Técnico Científico, do Grupo Polícia Civil, atenderá ao disposto no Anexo IV desta Lei Complementar, e ao seguinte:

I – os Psicólogos Policiais Civis, níveis e re-ferências 3B, 3C, 3D, 3E e 3F, permanecerão com sua atual nomenclatura e serão apro-veitados nas classes VI, VII e VIII, conforme a seguinte equivalência:

a) Níveis e Referências 3B e 3C- Classe VI;

b) Níveis e Referências 3D e 3E – Classe VII; e

c) Nível e Referência 3F – Classe VIII.

§ 1º A descrição, a especificação das atri-buições e a qualificação profissional exigida para o cargo de Psicólogo Policial Civil estão previstas no Anexo XI desta Lei Complemen-tar.

§ 2º A investidura inicial na carreira de Psi-cólogo Policial Civil dar-se-á na Classe VI, do Subgrupo Agente da Autoridade Policial, conforme o disposto no Anexo VI desta Lei Complementar.

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Art. 23. Os vencimentos dos policiais civis, do Subgrupo Agente da Autoridade Policial, obede-cem à redefinição prevista no Anexo VI desta Lei Complementar, exclusivamente para efeito de aproveitamento na tabela de níveis e referên-cias de vencimento de cada carreira.

Art. 24. Quando houver imperiosa necessida-de do serviço, o Agente da Autoridade Policial, referidos nos incisos I e II do art. 3º desta Lei Complementar, poderá ser designado para res-ponder cumulativamente por até duas Delega-cias de Polícia Municipais, desde que na circuns-crição da mesma Delegacia Regional de Polícia Civil.

§ 1º A acumulação de chefias a que se re-fere o caput deste artigo, será efetuada por designação do Delegado Geral da Polícia Ci-vil, cujo prazo máximo será de 1 (um) ano, prorrogável uma vez por igual período.

§ 2º Ao Agente da Autoridade Policial de-signado nos termos do parágrafo anterior, desde que por prazo igual ou superior a 30 (trinta) dias, será concedida verba indeniza-tória mensal, destinada a custear as despe-sas relativas a substituição, correspondente a metade do seu vencimento básico, devida enquanto subsistir a acumulação.

LC 611/13 (Art. 8º) – (DO: 19.729 de 31/12/13)

A Lei Complementar nº 453, de 5 de agosto de 2009, passa a vigorar com a seguinte re-dação:

“Art. 24. ......................................................................................

§ 2º Ao Agente da Autoridade Policial desig-nado nos termos do § 1º deste artigo, desde que por prazo igual ou superior a 30 (trin-ta) dias, será concedida verba indenizatória mensal, destinada a custear as despesas relativas à substituição, correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) do subsídio da respectiva classe, devida enquanto subsistir a acumulação.

...........................................................” (NR)

§ 3º A acumulação a que se refere o § 2º deste artigo, quando ultrapassar o prazo de trinta dias, será paga em valor proporcional.

CAPÍTULO IVDA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 25. A função policial civil está fundamenta-da nos princípios da hierarquia e da disciplina.

Art. 26. A estrutura hierárquica constitui valor moral e técnico-administrativo, sendo instru-mento de controle e eficácia dos atos operacio-nais e, subsidiariamente, indutora da boa con-vivência profissional na diversidade de níveis, carreiras, cargos e funções que compõem a Po-lícia Civil, visando assegurar a disciplina, a ética e o desenvolvimento do espírito de equipe e de mútua cooperação, em ambiente de estima, confiança, lealdade e respeito recíproco.

§ 1º Independentemente da carreira, da classe e da entrância funcional, o regime hierárquico não autoriza qualquer violação de consciência e de convencimento técnico ou científico fundamentado.

§ 2º Sempre que possível, serão observados os níveis hierárquicos na designação para funções de direção, chefia e assessoramen-to.

§ 3º A hierarquia da função prevalece sobre a hierarquia do cargo.

§ 4º As carreiras de Agente de Polícia Civil, Escrivão de Polícia Civil e Psicólogo Policial Civil, do Subgrupo Agente da Autoridade Policial, não apresentam divisão hierárquica entre si.

Art. 27. A disciplina é o valor que agrega atitude de fidelidade profissional às disposições legais e às determinações técnicas e científicas fun-damentadas e emanadas da autoridade compe-tente.

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CAPÍTULO VDO INGRESSO NAS

CARREIRAS POLICIAIS CIVIS

Art. 28. A habilitação de candidatos aos cargos das carreiras da Polícia Civil, obedecidas às es-pecificações contidas no edital, será verificada em concurso público, por meio das seguintes fases:

I – provas escritas, objetivas e/ou disserta-tivas;

II – avaliação de títulos, específicos para a carreira à qual concorre o candidato;

III – avaliação da aptidão psicológica voca-cionada;

IV – prova de capacidade física;

V – exame toxicológico; e

VI – investigação social.

§ 1º Os requisitos para aprovação em cada uma das fases descritas neste artigo, as modalidades das provas, seus conteúdos e formas de avaliação serão estabelecidos no edital do concurso público, de acordo com as exigências definidas nesta Lei Comple-mentar e em legislação correlata.

§ 2º O concurso público de ingresso na car-reira de Delegado de Polícia, cargo privativo de bacharel em Direito, poderá ter a parti-cipação da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, observadas as condições e normas gerais previstas no respectivo edital.

§ 3º O edital de concurso público para o cargo de Delegado de Polícia contemplará a realização de prova oral, de caráter elimi-natório, que versará sobre o conteúdo pro-gramático completo previsto para a prova escrita.

Art. 29. A prova escrita, de caráter eliminatório e classificatório, visa revelar, teoricamente, os conhecimentos indispensáveis ao exercício das atribuições do cargo pretendido, e versará sobre conteúdos programáticos indicados no edital.

Art. 30. A avaliação de títulos, de caráter classi-ficatório, levará em conta a realização de cursos de aperfeiçoamento ou exercício de atividades afins que o habilitem para o melhor exercício das atribuições do cargo, obedecidos aos crité-rios fixados no edital.

Art. 31. A avaliação da aptidão psicológica vo-cacionada, de caráter eliminatório, visa verificar, tecnicamente, dados da personalidade do can-didato e se o mesmo possui o perfil e a capa-cidade mental e psicomotora específicos para o exercício das atribuições do cargo a que estiver concorrendo.

Art. 32. A avaliação da capacidade física, de ca-ráter eliminatório, visa verificar se o candidato tem condições para suportar o treinamento a que será submetido durante o curso de forma-ção, bem como para o exercício permanente das atividades inerentes ao cargo.

Parágrafo único. Para participar da prova de capacidade física, o candidato deverá apre-sentar atestado médico no qual comprove o gozo de boa saúde e a aptidão para subme-ter-se aos exercícios discriminados no edital do concurso público.

Art. 33. São requisitos básicos para o ingresso nas carreiras da Polícia Civil:

a) ser brasileiro;

b) ter no mínimo dezoito anos de idade;

c) estar quite com as obrigações eleitorais e militares;

d) não registrar sentença penal condenató-ria transitada em julgado;

e) estar em gozo dos direitos políticos;

f) ter conduta social ilibada;

g) ter capacidade física e aptidão psicológi-ca compatíveis com o cargo pretendido;

h) aptidão física plena;

i) possuir carteira nacional de habilitação; e

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j) ser portador de diploma de nível superior nos cursos exigidos para o cargo.

Parágrafo único. Para inscrição no concur-so público, o candidato deverá apresentar o documento oficial de identidade e a de-claração firmada de que preenche as exi-gências mínimas, sob as penas da lei, e os demais requisitos exigidos para o exercício do cargo.

Art. 34. O prazo de validade do concurso pú-blico para as carreiras da Polícia Civil será de 2 (dois) anos, a partir da data da homologação do resultado final, prorrogável uma vez, por igual período.

CAPÍTULO VIDA NOMEAÇÃO, DA POSSE E DO

EXERCÍCIO

Art. 35. A nomeação para os cargos de provi-mento efetivo da Polícia Civil obedecerá à or-dem de classificação dos candidatos no con-curso público para ingresso na carreira, após sua homologação pelo Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, nos ter-mos do respectivo edital.

§ 1º A nomeação será feita conforme a necessidade do serviço público e as vagas constantes no edital.

§ 2º Os nomeados serão os novos policiais civis, empossados em sessão solene na Aca-demia de Polícia Civil, presidida pelo Se-cretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, ocasião em que serão convocados pelo Diretor da Academia de Polícia Civil para o curso de formação pro-fissional, que terá início com a matrícula e obedecerá a grade curricular e carga horária previstas para cada carreira, em conformi-dade com as especificações do Regimento Interno da Academia de Polícia.

§ 3º O curso de formação profissional é re-quisito fundamental do estágio probatório,

sendo que a reprovação do policial civil acarretará sua imediata exoneração.

§ 4º Durante o curso de formação, será efe-tuado o acompanhamento da vida social do policial civil, que obrigatoriamente deverá ser levado em consideração para efeito de avaliação no estágio probatório.

§ 5º O Regimento Interno da Academia de Polícia Civil, em consonância com as dispo-sições legais, regulará o curso de formação policial, estabelecendo diretrizes e regras de funcionamento, nas quais constem os direitos, os deveres, as proibições e as prer-rogativas do policial civil, sem prejuízo do disposto nesta Lei Complementar.

Art. 36. Concluído o curso de formação, será atribuído exercício aos novos policiais civis nos seus respectivos órgãos de lotação.

§ 1º Feita a designação, sob pena de exone-ração, o novo policial civil deverá entrar em exercício no prazo de 15 (quinze) dias, com a devida comunicação ao Delegado Geral da Polícia Civil.

§ 2º O policial civil que abandonar os qua-dros da Polícia Civil antes de concluído o es-tágio probatório deverá ressarcir ao Estado pelas despesas decorrente do curso de for-mação.

Art. 37. O tempo de serviço na classe ou entrân-cia inicial da carreira, será computado desde a data da posse.

Parágrafo único. Para os empossados na mesma data, será obedecida, para efeito de antiguidade, a ordem de classificação no concurso.

CAPÍTULO VIIDO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 38. Os três primeiros anos de exercício nas carreiras da Polícia Civil serão considerados como período de estágio probatório, durante

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os quais o policial civil será avaliado quanto a aptidão e a capacidade para o desempenho do cargo, como condição para a aquisição de sua estabilidade e ao preenchimento dos demais re-quisitos legais.

Parágrafo único. O policial civil em estágio probatório não poderá, em hipótese algu-ma, ser colocado à disposição de outros ór-gãos ou entidades.

Art. 39. O policial civil em estágio probatório será avaliado pelo seu chefe imediato, que de-verá informar, em relatório de Acompanhamen-to de Desempenho Funcional, a cada seis me-ses, sua aptidão e seu desempenho, levando em conta os seguintes fatores:

I – assiduidade;

II – pontualidade;

III – comprometimento com a Instituição Policial Civil;

IV – relacionamento interpessoal;

V – eficiência;

VI – iniciativa;

VII – conduta ética; e

VIII – produtividade.

Parágrafo único. Para fins deste artigo con-sidera-se:

I – assiduidade: frequência diária na unida-de de trabalho com o cumprimento integral da jornada de serviço;

II – pontualidade: cumprimento dos horá-rios de chegada e saída e saídas nos inter-valos da unidade de trabalho, inclusive nas convocações para serviços policiais;

III – comprometimento com a Instituição Policial Civil: fiel cumprimento dos deveres de servidor público e de policial civil;

IV – relacionamento interpessoal: capaci-dade de se comunicar e de interagir com a

equipe de trabalho e com o público em fun-ção da boa execução do serviço;

V – eficiência: capacidade de atingir resul-tados no trabalho com qualidade e rapidez, considerando as condições oferecidas para tanto;

VI – iniciativa: ações espontâneas e apre-sentação de ideias em prol da solução de problemas da unidade de trabalho, visando seu bom funcionamento;

VII – conduta ética: postura de honestida-de, responsabilidade, respeito à instituição e ao sigilo das informações, às quais tem acesso em decorrência do trabalho e da ob-servância a regras, normas e instruções re-gulamentares; e

VIII – produtividade: capacidade de atingir as metas de volumes dos serviços atribuí-dos nos prazos previstos.

Art. 40. A apuração do atendimento aos requisi-tos durante o estágio probatório far-se-á à vista do relatório de Acompanhamento de Desempe-nho Funcional, elaborada pelas chefias imedia-tas e encaminhada, reservadamente, à Comis-são Permanente de Avaliação da Carreira.

Art. 41. Será constituída Comissão Permanente de Avaliação da Carreira, coordenada pelo De-legado Geral da Polícia Civil, integrada por até 8 (oito) membros, obrigatoriamente policiais civil efetivos, a ser regulamentada por decreto.

Art. 42. Compete a Comissão Permanente de Avaliação da Carreira:

I – coordenar e orientar a aplicação do rela-tório de Acompanhamento de Desempenho Funcional;

II – fixar cronograma de trabalho para cada período de avaliação;

III – dar conhecimento prévio das normas, critérios e conceitos a serem utilizadas nas avaliações;

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IV – julgar recurso interposto pelo policial civil, em razão da avaliação realizada pelo seu chefe imediato;

V – avaliar e decidir sobre questões que te-nham comprometido ou dificultado a apli-cação das avaliações pelos avaliadores e avaliados, sugerindo medidas às unidades competentes; e

VI – formular parecer conclusivo sobre o desempenho dos policiais civis para o Dele-gado Geral da Polícia Civil, cujo teor deverá contemplar a assinatura da maioria dos in-tegrantes da Comissão.

Art. 43. O resultado obtido no Acompanhamen-to de Desempenho Funcional será utilizado:

I – a fim de conferir estabilidade ao policial civil considerado apto; e

II – para o fim de exoneração do policial civil considerado inapto.

Parágrafo único. Será assegurado ao avalia-do o conhecimento dos conceitos lançados em seu relatório de Acompanhamento de Desempenho Funcional.

CAPÍTULO VIIIDO PROGRESSO FUNCIONAL

DO POLICIAL CIVIL

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

DO POLICIAL CIVIL

Art. 44. O progresso funcional dos integrantes do Grupo Segurança Pública: Polícia Civil, Sub-grupo Autoridade Policial e Subgrupo Agente da Autoridade Policial será efetuado mediante pro-moção na respectiva carreira.

Art. 45. A promoção na carreira da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina consiste na movi-mentação da classe ou entrância atual para a classe ou entrância imediatamente superior,

dentro do respectivo cargo, alternadamente pelos critérios de antiguidade e merecimento, seguindo a ordem sequencial da última promo-ção.

§ 1º A promoção será realizada com a aber-tura das vagas e antecedida de realização dos procedimentos de avaliação de promo-ção e sua apuração através das Comissões Permanentes de Promoção.

§ 2º A ascensão na carreira de Delegado de Polícia será precedida de remoção horizon-tal voluntária, que consiste na permanência na mesma entrância em unidade policial em Comarca distinta da anteriormente ocupa-da.

§ 3º Efetuadas as remoções horizontais de que trata o parágrafo anterior desta Lei Complementar e constatada vaga remanes-cente na carreira de Delegado de Polícia, fica a autoridade competente autorizada a preenchê-la através de processo de promo-ção.

Art. 46. Em se tratando de promoção por anti-guidade e merecimento, as vagas nos cargos das diversas classes e entrâncias das carreiras que integram o Grupo Polícia Civil serão preenchi-das, uma a uma, alternadamente, obedecendo a ordem sequencial do ultimo processo promo-cional.

Art. 47. O progresso funcional do policial civil não dependerá de prévia habilitação.

§ 1º Verificada a abertura de vagas na lota-ção na classe e entrância, a promoção do policial civil será efetivada após análise do Delegado Geral da Polícia Civil com a apro-vação do Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa do Cidadão e mediante au-torização do Chefe do Poder Executivo, de-vendo às Comissões Permanentes de Pro-moção apresentar a contagem de pontos por merecimento e antiguidade.

§ 2º O ocupante de cargo de Delegado de Polícia de Entrância Final, para ser promovi-do por antiguidade ou merecimento à Ent-

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rância Especial, além dos requisitos a que se refere esta Lei Complementar, deverá com-provar 10 (dez) anos de efetivo exercício, ininterrupto ou intercalado, na carreira.

Art. 48. O Agente de Autoridade Policial somen-te poderá ser promovido depois de cumprido o estágio probatório e não dependerá de prévia habilitação.

Art. 49. Haverá uma Comissão Permanente de Promoção para cada carreira da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina que será responsável pela condução dos procedimentos de Avaliação de Promoção e pela elaboração das normas e procedimentos pertinentes a avaliação funcio-nal, a ser regulamentada em ato do Chefe do Poder Executivo.

§ 1º As Comissões Permanentes de Pro-moção serão constituídas por 03 (três) po-liciais civis efetivos de cada carreira da Po-lícia Civil, por indicação do Delegado Geral da Polícia Civil e aprovação do Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Ci-dadão do Estado de Santa Catarina e seus membros terão mandato de 02 (dois) anos, permitida a recondução, por igual período.

§ 2º A contagem preliminar dos pontos, para os atos de promoção, deverão ser de conhecimento dos policiais civis, 60 (ses-senta) dias antes da data de efetivação da-quela concessão.

§ 3º Os pedidos de revisão dos pontos po-derão ser interpostos pelos policiais civis, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da publi-cação da contagem preliminar de pontos no Diário Oficial do Estado.

§ 4º As comissões apreciarão os pedidos de revisão no prazo de 05 (cinco) dias, findo o prazo recursal.

Art. 50. Das decisões das comissões de promo-ção caberá recursos ao Delegado Geral da Polí-cia Civil, sem efeito suspensivo, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, a contar da publicação do ato da decisão de negatória de recursos, e sucessi-

vamente, em igual prazo, ao Secretário de Esta-do da Segurança Pública e Defesa do Cidadão.

Parágrafo único. Da decisão do Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão não caberá recurso.

Art. 51. Compete às comissões de promoção:

I – organizar e submeter à aprovação do De-legado Geral da Polícia Civil a listagem de promoção com a ordem de classificação dos policiais civis para efeito de antiguidade e merecimento;

II – publicar a contagem dos pontos e or-dem de classificação dos policiais civis, no site da Polícia Civil;

III – elaborar formulários de avaliação de promoção;

IV – propor ao Delegado Geral da Polícia Civil, devidamente motivada, a exclusão de policial civil da contagem dos pontos ou da listagem final, de acordo com as disposições contidas nesta Lei Complementar, notifican-do o interessado, no prazo de 10 (dez) dias úteis, para fins de, querendo apresentar pe-dido de reconsideração; e

V – manter atualizado, através do Setor de Recursos Humanos, o registro de vagas exis-tentes de todas as carreiras da Polícia Civil, obedecendo ao critério de que toda e qual-quer informação funcional deverá constar do Sistema Integrado de Gestão de Recur-sos Humanos – SIGRH, sendo vedada a utili-zação de outro meio tecnológico.

Parágrafo único. Recebidos os formulários de avaliação de promoção, serão os mes-mos preenchidos pela chefia imediata e devolvidos no prazo de até 5 (cinco) dias, impreterivelmente, às Comissões Perma-nentes de Avaliação de Promoção.

Art. 52. Em benefício daquele a quem de direito caiba a promoção, é declarado sem efeito o ato que a houver decretado indevidamente.

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§ 1º O policial civil promovido indevidamen-te não fica obrigado a restituir o que a mais houver recebido.

§ 2º O policial civil a quem caiba a promo-ção, é indenizado da diferença da remune-ração a que tiver direito.

Art. 53. Não poderá ser promovido por antigui-dade ou merecimento, além dos demais casos previstos nesta Lei Complementar, o policial civil que:

I – estiver preso, em virtude de decisão judi-cial transitada em julgado;

II – tiver sofrido pena de suspensão discipli-nar nos últimos 3 (três) anos, com trânsito em julgado;

III – não estiver em dia com a Fazenda Públi-ca, em razão de sua função;

IV – caso tenha seu nome vetado pela res-pectiva comissão;

V – for condenado, enquanto durar o cum-primento integral da pena, mesmo com a concessão da suspensão ou livramento con-dicional, nos termos do Código de Processo Penal;

VI – estiver licenciado para tratar de inte-resses particulares; e

VII – estiver em disponibilidade.

Art. 54. Não poderá, ainda, ser promovido por merecimento, o policial civil que:

I – estiver em gozo de licença para trata-mento de saúde de pessoa da família, por mais de 03 (três) meses;

II – estiver em exercício de mandato eletivo, cuja carga horária de trabalho seja incom-patível com o exercício da função policial;

III – estiver no exercício de cargo ou função pública civil temporária não eletiva, inclu-sive da Administração Indireta, Fundações, Autarquias, Economia Mista e Empresas Pú-blicas;

IV – estiver à disposição de Órgão Federal, Estadual ou Municipal, exercendo função não policial civil, salvo por interesse da Se-cretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão; e

V – estiver licenciado para realizar quais-quer cursos a nível de doutorado, mestra-do, especialização ou similares, na forma da legislação específica e desde que não tenha relação direta com a atividade policial.

Art. 55. Efetuadas as promoções e constatada vaga remanescente de cargo na carreira de De-legado de Polícia, esta poderá ser preenchida através de processo de promoção, a qualquer época e sem restrições de data, observando-se o disposto no art. 47 desta Lei Complementar.

Art. 56. Compete ao Setor de Recursos Huma-nos da Polícia Civil gerir os procedimentos ne-cessários ao progresso funcional.

Seção IIPROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE

Art. 57. Concorrerão à promoção por antigui-dade os integrantes das carreiras da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina que tiverem maior tempo de efetivo exercício na classe ou entrân-cia, o qual será contado nos casos de:

I – nomeação, a partir da data do efetivo exercício no cargo devidamente aprovado no estágio probatório, exceto os Delegados de Polícia;

II – reversão ou retorno, a partir da data em que reverteu ou retornou ao exercício do cargo; e

III – promoção a partir da publicação do ato de movimentação.

Parágrafo único. Havendo empate na con-tagem do tempo de serviço na classe ou en-trância, a classificação obedecerá, sucessi-vamente, aos seguintes critérios:

I – maior tempo de serviço em caráter efeti-vo, na carreira;

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II – maior tempo de serviço policial civil no Estado;

III – maior tempo de serviço público no Es-tado;

IV – maior idade; e

V – maior número de dependentes.

Seção IIIPROMOÇÃO POR MERECIMENTO

Art. 58. Merecimento é a demonstração positiva pelo policial civil, durante a sua permanência na classe ou entrância, do desempenho de suas fun-ções com eficiência, ética e responsabilidade.

Parágrafo único. O merecimento do poli-cial civil será apurado em pontos, mediante o preenchimento das condições definidas nesta Lei Complementar.

Art. 59. A avaliação de promoção, com o obje-tivo de aferir o merecimento do policial civil no exercício das respectivas atribuições, condicio-na-se ao preenchimento dos requisitos conside-rados indispensáveis ao exercício das funções e ao atendimento das condições essenciais para concorrer à promoção por merecimento, com base nos seguintes critérios:

I – comprometimento com a Instituição Po-licial Civil;

II – relacionamento interpessoal;

III – eficiência;

IV – iniciativa;

V – conduta ética;

VI – produtividade no trabalho;

VII – qualidade do trabalho;

VIII – disciplina e zelo funcional; e

IX – aproveitamento em programas de ca-pacitação e cultura profissional.

Parágrafo único. Para fins deste artigo con-sidera-se:

I – comprometimento com a Instituição Po-licial Civil: fiel cumprimento dos deveres de servidor público e de policial civil;

II – relacionamento interpessoal: capaci-dade de se comunicar e de interagir com a equipe de trabalho e com o público em fun-ção da boa execução do serviço;

III – eficiência: capacidade de atingir resul-tados no trabalho com qualidade e rapidez, considerando as condições oferecidas para tanto;

IV – iniciativa: ações espontâneas e apre-sentação de ideias em prol da solução de problemas da unidade de trabalho, visando seu bom funcionamento;

V – conduta ética: postura de honestidade, responsabilidade, respeito à instituição e ao sigilo das informações, às quais tem acesso em decorrência do trabalho e da observân-cia a regras, normas e instruções regula-mentares;

VI – produtividade no trabalho: a compro-vação, a partir da comparação da produção desejada com o trabalho realizado que será aferido, sempre que possível, com base em relatórios estatísticos de desempenho quantificado;

VII – qualidade de trabalho: demonstração do grau de exatidão, precisão e apresenta-ção, quando possível, mediante apreciação de amostras, do trabalho executado, bem como pela capacidade demonstrada pelo policial civil no desempenho das atribuições do seu cargo;

VIII – disciplina e zelo funcional: observân-cia dos preceitos e normas, com a compre-ensão dos deveres, da responsabilidade, do respeito e seriedade com os quais o policial civil desempenha suas atribuições e a exe-cução de suas atividades com cuidado, de-dicação e compreensão dos deveres e res-ponsabilidade; e

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IX – aproveitamento em programas de ca-pacitação e cultura profissional: comprova-ção da capacidade para melhorar o desem-penho das atribuições normais do cargo e para a realização de tarefas superiores, adquiridas por intermédio de estudos, de trabalhos específicos e da participação em cursos regulares relacionados com atribui-ções do cargo.

Art. 60. Para cada um dos critérios relacionados no artigo anterior serão atribuídos graus de ava-liação, que serão convertidos em pontos, para apurar o desempenho dos policiais civis, con-forme dispuser regulamento editado pelas Co-missões Permanentes de Promoção e aprovado pelo Delegado Geral da Polícia Civil.

Art. 61. O resultado final da Avaliação de Pro-moção do policial civil será o Coeficiente de De-sempenho do Policial Civil, obtido por meio do somatório da pontuação conquistada pelo poli-cial civil auferido no Formulário de Avaliação da Promoção, com a correspondência de conceitos de desempenho conforme segue:

I – apresenta perfil de alto desempenho: de 81 (oitenta e um) a 100 (cem) pontos;

II – demonstra perfil esperado: de 61 (ses-senta e um) a 80 (oitenta) pontos;

III – pratica os critérios relacionados, mas necessita de aprimoramento: de 41 (qua-renta e um) a 60 (sessenta) pontos; e

IV – necessita desenvolver: de 21 (vinte e um) a 40 (quarenta) pontos.

Parágrafo único. No resultado da Avaliação de Promoção só será considerado o núme-ro inteiro e uma casa decimal, utilizando-se, para isso, a regra de aproximação de valores numéricos da Matemática:

I – maior ou igual a 5 (cinco), acresce-se mais uma unidade; e

II – menor que 5 (cinco), mantém-se inalte-rado o número inteiro e despreza-se o deci-mal.

Art. 62. As Comissões Permanentes de Pro-moção, além dos conceitos lançados nos for-mulários de Avaliação de Promoção pelas che-fias imediatas, utilizará para elaboração dos Coeficientes de Desempenho do Policial Civil parâmetros de desempenho sob os aspectos de capacitação e treinamentos que serão con-siderados, os cursos de formação continuada, aperfeiçoamento e aprimoramento profissional, realizados pela Academia da Polícia Civil ou por instituições pela mesma reconhecidas:

I – cursos de formação profissional, em se tratando de nova investidura, consideran-do-se o cargo efetivo anteriormente ocupa-do, válido apenas para a primeira promo-ção;

II – cursos de formação continuada ou aper-feiçoamento profissional; e

III – congressos, seminários, palestras, ou similares.

Art. 63. A análise do curso e registro no Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos – SI-GRH, para efeito de promoção funcional, será procedida pela Gerência de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão.

§ 1º O certificado do curso deverá ser acom-panhado do conteúdo programático e sua respectiva carga horária.

§ 2º Os cursos deverão estar relacionados com a função ou área de atuação, sendo necessária carga horária mínima de 16 (de-zesseis) horas para efeito de homologação e validação.

Art. 64. Os sistemas e critérios da Avaliação da Promoção de que trata esta Lei Complementar, serão estabelecidos em regulamento no prazo máximo de 90 (noventa) dias da data de sua pu-blicação.

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Seção IVPROMOÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Art. 65. São consideradas modalidades de pro-moção extraordinárias as realizadas por Ato de Bravura e Post Mortem.

Art. 66. A promoção extraordinária ocorrerá, em caráter excepcional, quando integrante de carreira da Polícia Civil do Estado de Santa Cata-rina ficar permanentemente inválido, em virtu-de de ferimento sofrido em ação ou pela prática de Ato de Bravura.

§ 1º Considera-se ação policial civil a reali-zação ou a participação em atividades ope-racionais da Polícia Civil na execução de ta-refas para manutenção da ordem pública.

§ 2º A promoção extraordinária dar-se-á para a classe ou entrância imediatamente superior àquela que o policial civil se encon-trar enquadrado.

Art. 67. A promoção por bravura, condicionada à existência de vaga, se efetivará pela prática de ato considerado meritório e terá as circunstân-cias para a sua ocorrência apuradas em inves-tigação conduzida por membros da Comissão Permanente de Avaliação da Promoção.

§ 1º Para fins deste artigo, Ato de Bravura em serviço corresponde à conduta do poli-cial civil que, no desempenho de suas atri-buições e para a preservação da vida de outrem, coloque em risco incomum a sua própria vida, demonstrando coragem e au-dácia.

§ 2º Na promoção por Ato de Bravura não é exigido o atendimento de requisitos para a promoção, estabelecidos nesta Lei Comple-mentar.

Art. 68. A promoção Post Mortem tem por ob-jetivo expressar o reconhecimento do Estado ao policial civil falecido, quando:

I – no cumprimento do dever; e

II – em consequência de ferimento recebido no exercício da atividade policial, ou por en-

fermidade contraída em razão do desempe-nho da função.

§ 1º A superveniência do evento morte, em decorrência dos mesmos fatos e circunstân-cias que tenham justificado promoção ante-rior por Ato de Bravura, excluirá a de caráter Post Mortem.

§ 2º A promoção de que trata o caput deste artigo e seus incisos terá as circunstâncias para a sua ocorrência apuradas em investi-gação conduzida por membros da Comissão Permanente de Avaliação da Promoção.

CAPÍTULO IXDA REMOÇÃO

Art. 69. A remoção do policial civil poderá ser:

I – a pedido do próprio policial civil interes-sado;

II – por permuta;

III – compulsória, por conveniência da dis-ciplina;

IV – compulsória, por interesse público ou necessidade do serviço policial civil; e

V – por promoção.

LC 609/13 (Art. 13) – (DO. 19.729, de 31/12/2013)

O art. 69 da Lei Complementar nº 453, de 2009, passa a vigorar com a seguinte reda-ção:

“Art. 69. ........................................................

......................................................................

§ 1º No caso de remoção compulsória, por interesse público, necessidade do serviço policial civil ou promoção que implicar mu-dança de lotação ou sede funcional, o po-licial civil terá direito a 15 (quinze) dias de trânsito, prorrogável por igual período, em caso de justificada necessidade, bem como

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ao pagamento de verba indenizatória, a tí-tulo de ajuda de custo, para compensar as despesas de transporte e novas instalações, na forma do art. 192 da Lei nº 6.843, de 28 de julho de 1986.

...........................................................” (NR)

§ 2º Se o policial civil possuir dependentes, a ajuda de custo de que trata o §1º deste artigo será paga em dobro.

LC 609/13 (Art. 21) – (DO. 19.729, de 31/12/2013)

“Ficam revogados:

......................................................................

........................................

III – ... o § 2º do art. 69 ... da Lei Comple-mentar nº 453, de 5 de agosto de 2009.”

§ 3º A remoção por permuta entre policiais civis dependerá de pedido escrito, formula-do em conjunto pelos pretendentes, desde que ambos sejam integrantes do mesmo Subgrupo Agente da Autoridade Policial ou Subgrupo Autoridade Policial, devendo-se observar, neste último caso, a correlação de classe ou entrância entre os requerentes.

§ 4º A remoção compulsória somente pode-rá ser efetuada nas hipóteses dos incisos III e IV deste artigo, devendo ser devidamen-te fundamentada, sob pena de nulidade do ato.

CAPÍTULO XDOS PROGRAMAS DE

VALORIZAÇÃO FUNCIONAL

LC 609/13 (Art. 21) – (DO. 19.729, de 31/12/2013)

“Ficam revogados:

......................................................................

III – ... os arts. 70 ... da Lei Complementar nº 453, de 5 de agosto de 2009.

CAPÍTULO XIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

E TRANSITÓRIAS

Art. 71. Fica resguardado o direito de perma-necerem no mesmo órgão de lotação e/ou na mesma Comarca, até a próxima promoção, aos integrantes do Grupo Segurança Pública, Sub-grupo Autoridade Policial reenquadrados em entrância de graduação diversa daquela que pertenciam na data de entrada em vigor desta Lei Complementar.

Art. 72. A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remune-ratório das carreiras da Polícia Civil será esta-belecida em lei de iniciativa do Governador do Estado, nos termos do § 1º do art. 26 da Consti-tuição do Estado, e § 1º do art. 39 da Constitui-ção Federal, observando-se, para tanto:

I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

II – os requisitos para a investidura; e

III – as peculiaridades dos cargos.

Art. 73. No âmbito da Polícia Civil, as funções de confiança com atribuições de direção, chefia, coordenação e assessoramento serão exercidas exclusivamente por ocupantes de cargos de pro-vimento efetivo da Instituição, nos termos do art. 21, inciso IV, da Constituição do Estado, e art. 37, inciso V, da Constituição Federal.

Art. 74. Os ocupantes dos cargos de provimen-to efetivo da carreira de Técnico em Necropsia e Técnico Criminalístico, do Subgrupo Técnico Pro-fissional, do Grupo Polícia Civil, que optaram, pela transposição, mediante reenquadramento, para o Grupo Polícia Civil ficam extintos, nos ter-mos desta Lei Complementar.

§ 1º Os ocupantes do cargo de Técnico em Necropsia, níveis e referências 1B, 1C, 1D, 1E e 1F serão aproveitados como Agentes de Polícia, nas classes I, II e III, conforme a seguinte equivalência:

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PC-SC (Agente + Escrivão de Polícia) – Legislação Institucional – Prof. Mateus Silveira

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a) Nível e Referência 1B – Classe I;

b) Níveis e Referências 1C e 1D – Classe II; e

c) Níveis e Referências 1E e 1F – Classe III.

§ 2º Os ocupantes do cargo de Técnico Cri-minalístico, níveis e referências 2B, 2C, 2D, 2E e 2F, serão aproveitados como Agentes de Polícia, nas classes IV, V e VI, conforme a seguinte equivalência:

a) Níveis e Referências 2B e 2C – Classe IV;

b) Níveis e Referências 2D e 2E – Classe V; e

c) Nível e Referência 2F – Classe VI.

Art. 75. Fica assegurado aos candidatos apro-vados nos concursos previstos nos Editais 001/SSP/DGPC/ACADEPOL/2008 e 002, a nomeação para os cargos correspondentes conforme reen-quadramento fixado nesta Lei Complementar.

Art. 76. Toda e qualquer informação funcional deverá constar do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos – SIGRH, sendo vedada a utilização de outro meio tecnológico.

Art. 77. A aplicação desta Lei Complementar não poderá gerar redução da remuneração dos servidores ativos, inativos e pensionistas do Grupo Polícia Civil contemplados por suas dis-posições.

Art. 78. As Funções Gratificadas de Responsável pelo Expediente de Delegacia Municipal passam a vigorar de acordo com o Anexo XII desta Lei Complementar.

Parágrafo único. A designação para o exer-cício das funções de que trata o caput deste artigo somente poderá recair sobre os ocu-pantes de cargos de provimento efetivo re-feridos nos incisos I e II do art. 3º desta Lei Complementar.

LC 609/13 (Art. 21) – (DO. 19.729, de 31/12/2013)

“Ficam revogados:

......................................................................

III – ... os arts. ... 79 da Lei Complementar nº 453, de 5 de agosto de 2009.”

Art. 80. O Delegado Geral, o Delegado Geral Ad-junto e os Delegados de Polícia são Órgãos Per-sonalizados da Polícia Judiciária de carreira, com autonomia funcional e operacional no exercício exclusivo das suas atribuições constitucionais e legais, dotados das seguintes prerrogativas:

I – inamovibilidade, salvo por interesse pú-blico devidamente motivado;

II – irredutibilidade de subsídio;

III – acesso a informações e banco de dados dos órgãos privados e públicos, da adminis-tração direta e indireta, dos três Poderes, no interesse da investigação criminal, me-diante solicitação motivada à autoridade imediata competente, respeitado o sigilo das informações e dados em virtude de lei ou decisão judicial;

IV – receber o mesmo tratamento protoco-lar deferido aos ocupantes das demais car-reiras jurídicas;

V – requisitar informações ou diligências a qualquer órgão público ou privado; e

VI – outras que lhe forem delegadas em leis específicas.

Art. 81. Além das disposições do artigo anterior, os policiais civis gozarão das seguintes prerroga-tivas, entre outras estabelecidas em lei:

I – documento de identidade funcional com validade em todo território nacional e pa-dronizado pelo Poder Executivo Federal;

II – porte de arma com validade em todo território nacional;

III – livre acesso, em razão do serviço, aos locais sujeitos à fiscalização policial;

IV – ser recolhido em unidade prisional es-pecial, até o trânsito em julgado de senten-ça condenatória e, em qualquer situação, separado dos demais presos;

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V – prioridade nos serviços de transporte, saúde e comunicação, públicos e privados, quando em cumprimento de missão de ca-ráter emergencial;

VI – aposentadoria, nos termos do art. 40, § 4º, da Constituição Federal, quando couber; e

VII – ter a sua prisão imediatamente comu-nicada ao Delegado Geral de Polícia.

Parágrafo único. Na falta de unidade prisio-nal nas condições previstas no inciso IV, o policial civil será recolhido em dependência da própria instituição policial, até o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Art. 82. Ficam convalidados os atos de promo-ção dos policiais civis realizados a partir de ja-neiro de 2006.

Art. 83. As despesas decorrentes da execução desta Lei Complementar correrão à conta das dotações próprias do Orçamento Geral do Esta-do.

Art. 84. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 85. Ficam revogados os arts. 1º e 2º, o in-ciso IV do art. 15 e os Anexos I e II da Lei Com-plementar nº 55, de 29 de maio de 1992; a Lei Complementar nº 98, de 16 de novembro de 1993 e a Lei Complementar nº 201, de 28 de se-tembro de 2000.

Florianópolis, 05 de agosto de 2009

LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA

Governador do Estado

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LEI COMPLEMENTAR Nº 611, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2013

Procedência: GovernamentalNatureza: PLC/0046.0/2013DO: 19.729, de 31/12/2013Alterada e revogada parcialmente pela Lei 16.774/2015ADI STF 5114/14 (aguardando julgamento)ADI TJSC 9119560-12.2015.8.24.0000 – SuspensoFonte: ALESC/Coord. Documentação.

Fixa o subsídio mensal dos integrantes do Gru-po Segurança Pública – Polícia Civil, Subgrupo Agente da Autoridade Policial, conforme deter-mina o § 9º do art. 144 da Constituição da Repú-blica e o art. 105-A da Constituição do Estado e estabelece outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembleia Legislativa decreta e eu san-ciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º O sistema remuneratório dos integran-tes do Grupo Segurança Pública – Polícia Civil, Subgrupo Agente da Autoridade Policial, fica es-tabelecido por meio de subsídio, fixado na for-ma dos Anexos I, II e III desta Lei Complementar.

Parágrafo único. O subsídio fica fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qual-quer gratificação, adicional, abono, prêmio ou outra espécie remuneratória, salvo as verbas estabelecidas no art. 3º desta Lei Complementar.

Art. 2º A aplicação das disposições contidas nesta Lei Complementar aos integrantes do Grupo Segurança Pública – Polícia Civil, Subgru-po Agente da Autoridade Policial ativos, inativos e instituidores de pensão não poderá implicar redução de remuneração, de proventos nem de pensão.

§ 1º Na hipótese de redução de remune-ração, de proventos ou de pensão, em de-corrência da aplicação do disposto nesta

Lei Complementar, eventual diferença será paga a título de parcela complementar de subsídio, de natureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento na carreira, bem como da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natureza e da implantação dos va-lores constantes dos Anexos I, II e III desta Lei Complementar.

§ 2º A parcela complementar de subsídio estará sujeita exclusivamente à atualização decorrente da revisão geral da remunera-ção dos servidores públicos estaduais, a partir da integralização do subsídio, na for-ma do Anexo III desta Lei Complementar.

Art. 3º O subsídio dos integrantes da carreira a que se refere o art. 1º desta Lei Complementar não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específicas, de:

I – décimo terceiro vencimento, na forma do inciso IV do art. 27 da Constituição do Estado;

II – terço de férias, na forma do inciso XII do art. 27 da Constituição do Estado;

III – diárias e ajuda de custo, na forma da legislação em vigor;

IV – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição da Repú-blica, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003;

V – retribuição financeira transitória pelo exercício de função de direção, chefia e as-sessoramento;

VI – vantagem de que trata o § 1º do art. 92 da Lei nº 6.745, de 28 de dezembro de 1985;

VII – parcela complementar de subsídio, na forma desta Lei Complementar;

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VIII – Indenização por Regime Especial de Trabalho Policial Civil, na forma desta Lei Complementar;

IX – indenização de magistério devida aos professores da Academia de Polícia Civil, nos termos do art. 187 da Lei nº 6.843, de 28 de julho de 1986, e do § 1º do art. 7º da Lei nº 9.764, de 12 de dezembro de 1994;

X – retribuição financeira transitória pelo exercício de atividades no Corpo Temporá-rio de Inativos da Segurança Pública (CTISP), na forma do art. 8º da Lei Complementar nº 380, de 3 de maio de 2007;

XI – indenização por invalidez permanente, na forma da Lei nº 14.825, de 5 de agosto de 2009;

XII – retribuição financeira transitória pela participação em grupos de trabalho ou es-tudo, em comissões legais e em órgãos de deliberação coletiva, nos termos do inciso II do art. 85 da Lei nº 6.745, de 1985;

XIII – auxílio-alimentação; e

XIV – outras parcelas indenizatórias previs-tas em lei.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no § 11 do art. 37 da Constituição da República às vantagens previstas nos incisos I, II, III, IV, VIII, IX, X, XI, XIII e XIV do caput deste ar-tigo.” (NR) (Redação dada pela Lei 16.774, 2015).

Art. 4º Estão compreendidas no subsídio e por ele extintas todas as espécies remuneratórias do regime remuneratório anterior, de qualquer origem e natureza, que não estejam explicita-mente mencionadas no art. 3º desta Lei Com-plementar, em especial:

I – vantagens pessoais e vantagens pesso-ais nominalmente identificadas (VPNI), de qualquer origem e natureza;

II – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

III – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de dire-ção, chefia ou assessoramento ou de cargo de provimento em comissão;

IV – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço, tri-ênios ou quinquênios;

V – abonos;

VI – valores pagos a título de representação;

VII – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

VIII – adicional noturno;

IX – Indenização de Estímulo Operacional, instituída pela Lei Complementar nº 137, de 22 de junho de 1995;

X – adicional vintenário;

XI – adicional de pós-graduação; e

XII – Indenização de Representação de Che-fia, instituída pelo art. 18 da Lei Comple-mentar nº 254, de 15 de dezembro de 2003.

Parágrafo único. Não poderão ser concedi-das, a qualquer tempo e a qualquer título, quaisquer outras vantagens com o mesmo título e fundamento das verbas extintas quando da adoção do regime de remunera-ção por subsídio.

Art. 5º Os servidores integrantes das carreiras pertencentes ao Subgrupo de que trata o art. 1º desta Lei Complementar não poderão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer va-lores ou vantagens incorporados à remuneração por decisão administrativa, judicial ou extensão administrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial transitada em julgado.

Art. 6º Fica atribuída aos servidores referidos no art. 1º desta Lei Complementar, que se en-contrarem em efetivo exercício, Indenização por Regime Especial de Trabalho Policial Civil, no percentual de 17,6471% (dezessete inteiros e seis mil, quatrocentos e setenta e um décimos

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de milésimo por cento) do valor do subsídio da respectiva classe, fixado na forma do Anexo III desta Lei Complementar, a contar de 1º de agos-to de 2014.

O percentual da Indenização prevista no caput do art. 6º, passa a ser de 19,25% (dezenove in-teiros e vinte e cinco centésimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 2016) . (Redação dada pela Lei 16.774, 2015).

§ 1º A Indenização por Regime Especial de Trabalho Policial Civil visa compensar o des-gaste físico e mental a que estão sujeitos os titulares dos cargos de que trata esta Lei Complementar em razão da eventual pres-tação de serviço em condições adversas de segurança, com risco à vida, disponibilidade para cumprimento de escalas de plantão, horários irregulares, horário noturno e cha-mados a qualquer hora e dia.

§ 2º A Indenização por Regime Especial de Trabalho Policial Civil constitui-se em verba de natureza indenizatória e não se incorpo-ra ao subsídio, aos proventos de aposenta-doria de qualquer modalidade nem à pen-são por morte, sendo isenta da incidência de contribuição previdenciária.

§ 3º O valor da Indenização por Regime Es-pecial de Trabalho Policial Civil não constitui base de cálculo de qualquer vantagem.

§ 4º Para fins do disposto no caput deste artigo, não se considera como de efetivo exercício o período em que o servidor se encontrar afastado a qualquer título, nota-damente nas seguintes situações:

I – licenciado, nos casos previstos no art. 102 da Lei nº 6.843, de 1986;

II – ausente, nos termos do art. 98 da Lei nº 6.843, de 1986;

III – licenciado, no caso previsto no inciso VI do art. 62 da Lei nº 6.745, de 1985;

IV – afastado, nos termos do art. 18 da Lei nº 6.745, de 1985;

V – convocado, nos casos previstos no in-ciso III do art. 39 da Lei nº 6.843, de 1986, incluindo as folgas decorrentes da convoca-ção;

VI – afastado, em decorrência das situações previstas na Lei Complementar nº 447, de 2009;

VII – afastado, na hipótese do § 1º do art. 69 da Lei Complementar nº 453, de 5 de agosto de 2009;

VIII – afastado, na forma do disposto no art. 1º da Lei Complementar nº 470, de 9 de de-zembro de 2009;

IX – afastado para o exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, ain-da que opte pela remuneração do cargo efetivo;

X – afastado para o exercício de mandato classista, observada a proporcionalidade do afastamento;

XI – à disposição, no âmbito estadual, dos órgãos e entidades do Poder Executivo, Po-der Legislativo, Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas, bem como de qualquer dos Poderes da União, dos demais Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios, ressalvados os casos em que houver interesse da segurança pública;

XII – ausente do serviço, nos termos do in-ciso I do art. 89 da Lei nº 6.843, de 1986, independentemente de qualquer ressalva;

XIII – afastado, nos termos do § 2º do art. 224 da Lei nº 6.843, de 1986;

XIV – preso preventivamente ou em flagran-te delito; e

XV – preso ou afastado em virtude de deci-são judicial.

§ 5º Não faz jus à indenização de que trata o caput deste artigo o policial civil que não tenha concluído o curso de formação profis-sional para ingresso na carreira.

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§ 6º Nas hipóteses, legalmente admitidas, em que o policial civil obtém o direito de ausentar-se de parte da sua jornada diária de trabalho, o pagamento da indenização de que trata o caput deste artigo será pro-porcional a jornada efetivamente trabalha-da. (NR) Redação dada pela Lei 16.774, de 2015).

Art. 8º A Lei Complementar nº 453, de 5 de agosto de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 24. ........................................................

......................................................................

§ 2º Ao Agente da Autoridade Policial desig-nado nos termos do § 1º deste artigo, desde que por prazo igual ou superior a 30 (trin-ta) dias, será concedida verba indenizatória mensal, destinada a custear as despesas relativas à substituição, correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) do subsídio da respectiva classe, devida enquanto subsistir a acumulação.

...........................................................” (NR)

Art. 9º O Anexo XII da Lei Complementar nº 453, de 2009, passa a vigorar conforme a redação constante do Anexo IV desta Lei Complementar.

Art. 10. Os valores fixados nesta Lei Comple-mentar absorvem eventuais reajustes concedi-dos em cumprimento ao disposto no art. 1º da Lei nº 15.695, de 21 de dezembro de 2011.

Art. 11. A alteração dos valores nominais do subsídio, fixados no Anexo III desta Lei Comple-mentar, dependerá de lei específica, de inicia-tiva privativa do Chefe do Poder Executivo, nos termos dos incisos X e XI do art. 37 da Constitui-ção da República e dos incisos II e IV do art. 50 da Constituição do Estado.

Art. 12. O subsídio estará sujeito ao teto remu-neratório aplicado aos servidores públicos, na forma do inciso III do art. 23 da Constituição do Estado.

Art. 13. Aplicam-se as disposições desta Lei Complementar aos Agentes da Autoridade Poli-cial inativos e aos pensionistas respectivos com direito à paridade em seus benefícios, nos ter-mos da Constituição da República.

Art. 14. As despesas decorrentes da execução desta Lei Complementar correrão à conta das dotações próprias do Orçamento Geral do Esta-do.

Art. 15. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Parágrafo único. O Anexo I desta Lei Com-plementar surtirá efeitos a contar de 1º de agosto de 2014, o Anexo II, a partir de 1º de agosto de 2015 e o Anexo III, a partir de 1º de dezembro de 2015.

Florianópolis, 20 de dezembro de 2013.

JOÃO RAIMUNDO COLOMBOGovernador do Estado

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ANEXO I

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ANEXO II

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ANEXO III

ANEXO IV