34
Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Lei Maria da PenhaLei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Page 2: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

1) O que é Violência Doméstica e Familiar?

2) É possível romper com a violência doméstica e familiar?

3) Sair da relação é a melhor solução?

4) Como a violência atinge a família? E os filhos são atingidos?

5) Quais os nossos desafios frente a essa problemática?

ALGUNS QUESTIONAMENTOS

Page 3: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

FAMÍLIA E VALORES PÓS-MODERNOS:FAMÍLIA E VALORES PÓS-MODERNOS:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 / Mudança na conjuntura social, econômica, política e cultural da sociedade;

Nos últimos 50 anos, ocorreram grandes transformações no âmbito da família;

Mulheres no mundo do trabalho (embora, ainda de forma precarizada). Direito ou Necessidade?

Deslocamento nos papéis de gênero;

Modificações no trato da sexualidade;

Mudanças na configuração da estrutura familiar e seu desdobramentos: (grande número de separações, diminuição dos casamentos, reduzido número de filhos; aumento da co-habitação e das uniões consensuais, famílias recompostas, aumento da expectativa de vida, drogadicção, alastramento de todas as formas de violência)...

.

CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DAS RELAÇÕES FAMILIARES: abordando violência e

gênero

Page 4: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

NOVOS ARRANJOS FAMILIARESNOVOS ARRANJOS FAMILIARES

“ “ Apesar das mudanças na estrutura, a expectativa social Apesar das mudanças na estrutura, a expectativa social relacionadas às suas tarefas e obrigaçoes continua preservada. relacionadas às suas tarefas e obrigaçoes continua preservada. Ou seja, espera-se o mesmo padrão de funcionalidade, Ou seja, espera-se o mesmo padrão de funcionalidade, independentemente do lugar que estão localizadas na linha da independentemente do lugar que estão localizadas na linha da estratificação social, calcadas em postulações culturais estratificação social, calcadas em postulações culturais tradicionais referentes ao papel paterno e, principalmente, tradicionais referentes ao papel paterno e, principalmente, materno”. (Mioto, 2006: pág.53)materno”. (Mioto, 2006: pág.53)

FAMÍLIAFAMÍLIA::

““São tantas as variáveis ambientais, sociais, econômicas, São tantas as variáveis ambientais, sociais, econômicas, culturais, políticas ou religiosas que determinam as distintas culturais, políticas ou religiosas que determinam as distintas composições das famílias até hoje que o simples cogitar abarcá-composições das famílias até hoje que o simples cogitar abarcá-las num enunciado integrador já nos paralisa o ânimo e tolhe o las num enunciado integrador já nos paralisa o ânimo e tolhe o propósito.”propósito.”(Osório, 2002: pág. 12)(Osório, 2002: pág. 12)

CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DAS RELAÇÕES FAMILIARES: abordando violência e

gênero

Page 5: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DAS RELAÇÕES FAMILIARES: abordando violência e

gênero

Violência INTRAFAMILIAR: determinadas pelas relações de proximidade e/ou parentesco entre as vitimas e o compartilhamento de um mesmo ambiente entre os mesmos.

Violência DOMÉSTICA: remete a um ambiente físico que envolve não apenas a família, mas todas as pessoas que convivem no mesmo espaço doméstico, vinculada ou não por laços de parentesco. Tal conceito remete a um ambiente privado trazendo em si uma dimensão simbólica que remete a um sagrado e inviolável lar da família, juntamente com um destaque dado pela sociedade ao poder do patriarca sobre a família, ou pessoas de seu convívio.

Fonte: www.albam.org.br

Page 6: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Violência de GÊNERO: diz da violência exercida a partir de relações de poder e soberania onde o agressor é detentor de poder dentro de uma determinada relação hierárquica. Dessa forma pode ser praticada por homens e/ou mulheres contra homens e/ou mulheres, apesar de permanecer em nossa sociedade a violência masculina perpetrada contra a mulher.

Violência de GÊNERO NO ÂMBITO DOMÉSTICO: conceito que caracteriza tanto a relação desigual entre os parceiros e a dimensão simbólica que essa violência assume.

CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DAS RELAÇÕES FAMILIARES: abordando violência e

gêneroFonte: www.albam.org.br

Page 7: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

“Eu não aguento mais, ele vive me ameaçando, diz que vai furar minha cabeça com um faca, na frente dos meus filhos.”

“Eu não queria ter feito isso, foi mais pela pressão das minhas amigas.”

“Ficou preso, teve contato com tudo que é gente e voltou pior.”

“ Ele é um usuário que a droga já tá afetando ele, não quero jogá-lo na rua, eu quero que ele seja tratado.”

“Ele só é agressivo quando bebe.”

“Daqui uns dias Deus leva ele”.

“O menino é assustado, consequência desde a gestação, do que ele(acusado)fazia comigo. Ele chora por qualquer coisa, quando alguém fala alterado com outra pessoa, por exemplo, fica achando que é briga.”

FALAS FREQUENTES DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA

Page 8: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

1) TENSÃO1) TENSÃO

Atritos, insultos e ameaças; Mulher procura acalmar o agressor; Mulher sente-se culpada ou justifica atitude do parceiro.

2) EXPLOSÃO2) EXPLOSÃO

Descarga descontrolada de toda a tensão acumulada; Etapa mais grave costuma ser mais rápida que a 1ª etapa.

3) LUA DE MEL3) LUA DE MEL

Agressor mostra-se arrependido/apaixonado; Mulher acredita que aquilo não vai mais acontecer.

C I C L O D A V I O L Ê N C I A

Page 9: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Adaptado de Gelsi & cols

Page 10: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Perguntaram pra mimSe ainda gosto delaRespondi tenho ódioe morro de amor por ela

Hoje estamos juntinhosAmanhã nem te vejoSeparando e voltandoA gente segue andandoEntre tapas e beijos

Eu sou dela e ela é minhaE sempre queremos maisSe me manda ir emboraEu saio pra foraEla chama pra trás

Entre tapas e beijosÉ ódio, é desejoÉ sonho, é ternuraUm casal que se amaAté mesmo na camaProvoca loucuras

E assim vou vivendoSofrendo e querendoEsse amor doentioMas se falto pra elaMeu mundo sem elaTambém é vazio

Entre Tapas e Beijos (composição: Nilton Lamas e Antônio Bueno)

Page 11: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

História Familiar;

Questões religiosas;

Vergonha;

Sem apoio da própria família para reagir;

Receio em prejudicar agressor/filhos;

Medo de sofrer uma violência ainda maior;

Acreditam ser mais perigoso sair do que ficar no relacionamento;

DIFICULDADES DA MULHER EM ROMPER COM O CICLO DA VIOLÊNCIA

Page 12: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

• Sentem-se culpadas e/ou responsáveis pela violência que sofrem;

• Sensação de fracasso e culpa na escolha do parceiro;

Dependem financeiramente do agressor;

Acreditam ser difícil para uma mulher com filhos encontrar emprego;

Idéia: “ruim com ele, pior sem ele”;

DIFICULDADES DA MULHER EM ROMPER COM O CICLO DA VIOLÊNCIA

Page 13: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Agressor proporciona alguns momentos prazerosos;

Esperança de que o marido mude de comportamento;

Ambigüidade (amor e ódio convivem lado a lado);

Desamparo Aprendido (paralisia psicológica);

Co-dependência;

Baixa auto – estima;

Depressão;

Dependência Afetiva/ isolamento das mulheres (uma das características marcantes das relações conjugais violentas);

DIFICULDADES DA MULHER EM ROMPER COM O CICLO DA VIOLÊNCIA

Page 14: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

As causas da permanência dessas mulheres

no vínculo conjugal são múltiplas e complexas,

devendo ser consideradas não isoladamente,

mas sim no contexto em que se apresentam.

Importância de se considerar a história

individual de cada mulher, em todas as suas

nuances (infância, experiências educacionais,

religiosas, sociais, características de

personalidade, etc).

Page 15: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

CONSEQÜÊNCIAS DA VIOLÊNCIA PARA A MULHER

SAÚDE FÍSICA:

Lesões;

DSTs;

Problemas ginecológicos (dores pélvicas, repetidas infecções);

Dores de cabeça;

Mudanças no sistema endócrino (hormônios);

Gastrites;

Fibromialgia;

Obesidade;

Comportamentos danosos à saúde: aumento do uso de álcool/drogas, sexo inseguro;

Somatizações.

SAÚDE MENTAL

Ansiedade;

Depressão;

Baixa auto-estima;

Estresse pós-traumático (paciente sente como se estivesse vivendo novamente a tragédia com todo o sofrimento que ela causou originalmente);

Crises de pânico;

Desordens na alimentação;

Tentativas de suicídio;

Receio nos relacionamentos interpessoais.

Page 16: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

As conseqüências de diferentes tipos de abuso e

numerosos episódios de violência parecem ser cumulativos,

podendo persistir por muitos anos após o evento violento

(Ellsberg & cols, 1999; Ruiz-perez; Plazaola-castanõ, 2005).

1 em cada 5 dias de falta ao trabalho no mundo é causado

pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas

(Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Page 17: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Heise (1994): violência doméstica e estupro são

considerados a sexta causa de anos de vida perdidos

por morte ou incapacidade física em mulheres de 15

a 44 anos - mais que todos os tipos de câncer, acidentes

de trânsito e guerras.

O reflexo desse problema é nitidamente percebido no

âmbito dos serviços de saúde, seja pelos custos que

representam, seja pela complexidade do atendimento que

demanda.

Page 18: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

A adicção e a co-dependência no

contexto da violência doméstica e familiar

contra a mulher

Page 19: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Deus, concedei-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar

aquelas que posso e sabedoria para perceber a diferença.

ORAÇÃO DA SERENIDADE

Page 20: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

ALCOÓLICOS ANÔNIMOSFoi fundado em 1935, a partir de uma conversa

entre um corretor da bolsa de Nova York (Bill) e um médico (Dr. Bob), ambos alcoólicos, em Akron, Ohio.

A base dos 12 passos de AA foram os grupos Oxford e o trabalho do Dr. William Silkworth.

CRENÇA CENTRALSomente um alcoólico pode ajudar outro, pois

tem o poder de quebrar a barreira da negação e compreender totalmente aquela experiência.

1º PASSO: Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.

A EMPATIA COMO ESTRATÉGIA

Page 21: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Nasceu a partir do programa de AA, em julho de 1953, na Califórnia. Quando o 1° passo foi adaptado, a palavra “álcool” foi substituída por “adicção”, removendo a linguagem específica de drogas e refletindo “o conceito de doença” da adicção.

Passo 1: Admitimos que éramos impotentes perante nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis

Qualquer redação do Passo Um que indicasse drogas específicas - ou drogas em geral - teria exposto o princípio com muito menos poder do que o faz a nossa atual redação. 

NARCÓTICOS ANÔNIMOS

Page 22: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Presente

Raiva

PassadoRessentimento

FuturoMedo

Auto-obsessão: a essência da insanidade

Reação a pessoas, coisas e lugares

TRIÂNGULO DA AUTO-OBSESSÃO

Page 23: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Presente

Amor

PassadoAceitação

FuturoFé

Opção: crescer ou morrer

Reação a pessoas, coisas e lugares

TRIÂNGULO CORRIGIDO

Page 24: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

O reconhecimento da co-dependência

O alcoolismo é considerado pela maioria dos especialistas como a “doença da família”, que costuma atingir indiscriminadamente todos os seus membros, não apenas o dependente. Entretanto, verificamos que a simples abstinência parece representar o bastante para os familiares do indivíduo em recuperação. Tal indiferença finda em recaídas ou na própria dissolução do lar, mesmo com o familiar permanecendo sóbrio.

Considera-se ainda que a co-dependência pode manifestar-se quase tão destrutiva psicologicamente quanto a própria dependência em si, e que muitos familiares parecem menosprezar esse fato.

Page 25: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Foi fundado em 1951 nos EUA. É formado por parentes de alcoólicos que lutam para se livrar

das seqüelas provocadas pelo alcoolismo de um familiar, bem como para lidar com problemas de

adaptação, decorrentes da sobriedade recém adquirida.

Os familiares relutam em participar desses grupos de apoio usando a seguinte frase:

“Foi você quem bebeu, não tenho nada com isso.”

A L A N O N

Page 26: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

• Fundado em 1953 nos EUA, é uma irmandade de familiares de dependentes químicos que compartilham experiências, forças e esperanças a fim de resolverem os problemas que têm em comum. A família é atingida porque todos os membros são afetados emocionalmente, e às vezes fisicamente.

• 1° PASSO: Admitimos que éramos impotentes perante o adicto – que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis. (3 Cs)

N A R A N O N

Page 27: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Abrangem qualquer atividade adictiva que esteja causando problemas, como dependência, adicção ou compulsão (transtorno do impulso).

12 passos para:Familiares de adictos, co-dependentes,

comedores compulsivos, compradores compulsivos, jogadores compulsivos, fumantes, dependentes de amor e sexo, trabalhadores compulsivos, dependentes de internet, etc.

COMPORTAMENTOS ADICTOS

Page 28: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Na Web: www.aa.org.brwww.al_anon.org.brwww.na.org.brwww.naranon.org.br Em Fortaleza:Escritório de AA: 3231.2437Escritório de Alanon: 3221.2639Contato de NA: 9115.4664Contato de Naranon: 9981.0459

CONTATOS

Page 29: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL E JURÍDICO:

-abordagem multidisciplinar – ganhos para os profissionais e usuárias(os)abordagem multidisciplinar – ganhos para os profissionais e usuárias(os)

Objetivos:

-Possibilitar a garantia dos direitos das mulheres, propiciando a mulheres e Possibilitar a garantia dos direitos das mulheres, propiciando a mulheres e homens condições para resolverem seus conflitos psicossociais, de modo a homens condições para resolverem seus conflitos psicossociais, de modo a diminuir a violência doméstica e familiar;diminuir a violência doméstica e familiar;

- Contribuir para a efetividade do cumprimento da Lei Maria da Penha aos Contribuir para a efetividade do cumprimento da Lei Maria da Penha aos agressores, não só privando a liberdade deles, mas reforçando o caráter social agressores, não só privando a liberdade deles, mas reforçando o caráter social desta Lei, propiciando um espaço de reflexão, informação e orientação desta Lei, propiciando um espaço de reflexão, informação e orientação psicossocial, na busca de uma cultura da não-violência de gênero.psicossocial, na busca de uma cultura da não-violência de gênero.

DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR

Page 30: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

ENTREVISTA:

- Abordagem individual, realizada pelo Serviço Social/Psicologia;Abordagem individual, realizada pelo Serviço Social/Psicologia;

- Possibilita a escuta qualificada e o acolhimento da mulher;- Possibilita a escuta qualificada e o acolhimento da mulher;

-Possibilita fazer a Possibilita fazer a tipificação da violênciatipificação da violência e o e o diagnóstico da situaçãodiagnóstico da situação..

Procedimentos Técnico-operativos utilizados na Intervenção

Profissional

VISITAS DOMICILIARES E INSTITUCIONAIS:

- Prática profissional, investigativa ou de atendimento, que reúne pelo menos Prática profissional, investigativa ou de atendimento, que reúne pelo menos três técnicas: a observação, a entrevista e o relato oral;três técnicas: a observação, a entrevista e o relato oral;

- Objetiva conhecer a realidade na qual vive a mulher, principalmente em Objetiva conhecer a realidade na qual vive a mulher, principalmente em processos que demandam um estudo sociofamiliar;processos que demandam um estudo sociofamiliar;

Page 31: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

REUNIÕES COLETIVAS (psico-socio-jurídico)-Informa sobre o que é VDFCM, o ciclo da violência, os tipos de violência e as Informa sobre o que é VDFCM, o ciclo da violência, os tipos de violência e as consequências desta situação; consequências desta situação; - Discute os mitos em torno da questão da VDFCM;Discute os mitos em torno da questão da VDFCM;- Socializa experiências;- Socializa experiências;- Esclarece dúvidas.- Esclarece dúvidas.

Procedimentos Técnico-operativos utilizados na Intervenção

Profissional

DOCUMENTAÇÃO, ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E PARECERES: -registram a história familiar de cada uma das pessoas atendidas, de cada uma das mulheres;- consta toda a trama da situação vulnerável em que se encontra a família ou as partes envolvidas no conflito;- resultado de um estudo minucioso e bem fundamentado.

Page 32: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

Procedimentos Técnico-operativos utilizados na Intervenção

Profissional

ENCAMINHAMENTOS: -Pode ampliar a autonomia dos sujeitos envolvidos, ultrapassando a ação individual do profissional para com as usuárias e usuários, criando possibilidades de aumentar a participação dos sujeitos.

Defensoriae

PromotoriaC A P S

Centros de Referência da

Mulher(Estado e Município)

Juizadoda mulher

C R A S

A.Ae

N.A

ConselhoTutelar

ARTICULAÇÃO EM REDE

Page 33: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

•Adotar um olhar sensível a problemática da violência doméstica e Adotar um olhar sensível a problemática da violência doméstica e familiar;familiar;

•Atuar na prevenção da VDF (“Atuar na prevenção da VDF (“Informar para romper o silêncio”Informar para romper o silêncio”););

•Estar disposto a aprender com olhares diferentes das outras Estar disposto a aprender com olhares diferentes das outras disciplinas – disciplinas – multidisciplinaridade da problemática;multidisciplinaridade da problemática;

•Questionar a prática profissionalQuestionar a prática profissional

DESAFIOS PROFISSIONAIS

Page 34: Lei Maria da Penha Lei N˚ 11.340 de 7 de Agosto de 2006 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JUIZADO DA MULHER/ FORTALEZA

A Lei Maria da PenhaEstá em pleno vigorNão veio pr’a prender homemMas pr’a punir agressorPois em “mulher não se bateNem mesmo com uma flor”.

Dizia o velho ditadoQue “ninguém mete a colher”.Em briga de namoradoOu de “marido e mulher”Não metia... Agora, mete!Pois isso agora refleteNo mundo que a gente quer.

(Tião Simpatia)