Lei Nº 996 - Codigo Tributario Do Municipio

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    CDIGO TRIBUTRIO DO MUNICPIO

    (com alteraes at a Lei Municipal n 2.468/01)

    Revogada pela Lei Complementar n 71, de 2003

    LEI N996 DE 21 DE DEZEMBRO DE 1977.

    Institui o Cdigo Tributrio do Municpio deDourados-MS.

    O PREFEITO MUNICIPAL DE DOURADOS: Fao saberque a Cmara Municipal decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

    PARTE GERAL

    TITULO I

    DOS TRIBUTOS EM GERAL

    CAPITULO I

    Do Sistema Tributrio do Municpio

    Art.1 - Este Cdigo dispe sobre os fatos geradores, aincidncia, a alquota, o lanamento, a cobrana e afiscalizao dos Tributos Municipais e estabelecenormas de Direito Tributrio a eles pertinentes.

    Art.2 - O Cdigo Tributrio Municipal subordinado:

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    I Constituio da Repblica Federativa do Brasil;

    II ao Cdigo Tributrio Nacional institudo pela Lein5.172, de 25 de outubro de 1966 e demais LeisFederais complementares e estatutrias de

    normas gerais de Direito Tributrio;

    III s resolues do Senado Federal;

    IV legislao estadual nos limites de suacompetncia.

    Art.3 - Integram o sistema tributrio do Municpio:

    I os impostos:

    a) sobre a propriedade predial e territorialurbana;

    b) sobre servios de qualquer natureza;

    II as taxas:

    a)decorrentes das atividades do poder de policiado municpio;

    b)decorrentes de atos relativos utilizaoefetiva ou potencial dos servios pblicosmunicipais, especficos e divisveis;

    III a contribuio de melhoria:

    CAPITULO II

    Da Legislao Tributria

    Art.4 - As importncias correspondentes a tributos, amultas, a limites para a fixao de multas ou a

    limites de faixas, para efeito de tributao, fixadaspor fora da Lei Municipal n. 2.132, de 6 de maio de1997, em UFIRs, so convertidas, aos 31 dedezembro de 2000, em moeda corrente do pas,observado o valor do referido ndice em 27 de outubrodo mesmo ano.(alterado pela Lei 2.405, de 23.3.01)

    Pargrafo nico Os valores convertidos sero

    atualizados de acordo com o disposto no artigo 139 e

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    seu pargrafo nico deste Cdigo.(alterado pela Lei2.405, de 23.3.01)

    Art.5 - Nenhum tributo ser exigido ou alterado, nemqualquer pessoa considerada como contribuinte ouresponsvel pelo cumprimento da obrigaotributria, seno em virtude deste Cdigo ou leisubseqente.

    1 - No constitui majorao de tributo aatualizao monetria a que se refere o Pargrafonico do artigo 40 desta Lei.

    2 - A lei tributria entra em vigor na data da suapublicao, salvo disposies que criem ou majoremtributos, definam novas hipteses de incidncia,extingam ou reduzam isenes, as quais entraro em

    vigor em 1 de janeiro do ano seguinte.

    Art.6 - A legislao tributria municipal compreende as leis,os decretos e as normas complementares que versem,no todo ou em parte, sobre tributos de competnciamunicipal e relaes jurdicas a ela pertinentes.

    1 - So normas complementares das leis e dosdecretos:

    I - as portarias, circulares, instrues, avisos,ordens de servio e outros atos normativos

    expedidos pelas autoridades administrativas;

    II - as decises dos rgos singulares ou coletivos dejurisdio administrativa, a que a lei atribuaeficcia;

    III - as prticas reiteradamente observadas pelasautoridades administrativas;

    IV - os convnios que o Municpio celebre com aadministrao direta ou indireta da Unio, do

    Estado e dos Municpios.

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    2 - No cabe a imposio de penalidades, acobrana de juros de mora e a atualizao do valormonetrio da base de clculo do Tributo, enquanto o

    contribuinte estiver protegido pelas disposies dasnormas referidas no pargrafo anterior.

    Art.7 - A lei tributria tem aplicao em todo o territrio doMunicpio e estabelece a relao jurdico-tributria,no momento em que tiver lugar o ato ou fatotributvel, salvo disposies em contrrio.

    CAPITULO III

    Da Administrao Fiscal, da Consulta e dos Atos Normativos

    Seo I

    Da Administrao Fiscal

    Art.8 - O prefeito poder firmar convnios comestabelecimentos bancrios, oficiais ou no, comsede, agncia ou escritrio no territrio do municpio,

    visando o recebimento de tributos e seus acrscimoslegais, vedada a atribuio de qualquer parcela daarrecadao a ttulo de remunerao, assim comoinstituir e regulamentar concursos e ou programasque sirvam para o aperfeioamento da fiscalizao eincremento da arrecadao.(alterado pela Lei 2.405, de

    23.3.01)

    Art.9 - Os rgos e servidores incumbidos da cobrana efiscalizao dos tributos, sem prejuzo do rigor e

    vigilncia indispensveis ao bom desempenho de suasatividades, daro assistncia tcnica aoscontribuintes, prestando-lhes esclarecimentos sobre ainterpretao e observncia da legislao tributria.

    Pargrafo nico - Aos contribuintes facultadoreclamar essa assistncia aos rgos responsveis.

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    Art.10 - As declaraes, registros e formulrios que deveroser preenchidos, obrigatoriamente, peloscontribuintes, para efeito de cadastramento,

    fiscalizao, lanamento e recolhimento de tributos,obedecero a modelos fixados pelos rgosfazendrios e sero adquiridos nas empresas grficase estabelecimentos comerciais do Municpio e,quando for o caso, fornecidos pela Prefeitura.

    Art.11 - So autoridades fiscais, para os efeitos deste Cdigo,as que tem jurisdio e competncia definidas em leis

    e regulamentos.

    Seo II

    Da Consulta e dos Atos Normativos

    Art.12 - facultado a qualquer interessado dirigir consulta s

    reparties competentes sobre assuntos relacionadoscom a interpretao e a aplicao das leis tributriase seus regulamentos.

    Pargrafo nico - A consulta ser formulada comobjetividade e clareza e somente focalizar dvidas ouCircunstncias atinentes situao do contribuinte.

    Art.13 - A autoridade julgadora dar soluo consulta no

    prazo do Regulamento, contado da data de suaapresentao.

    Art.14 - A soluo dada pelo dirigente da repartio traduzunicamente a orientao do rgo, e, sendo estadesfavorvel ao contribuinte, obriga-o, desde logo, aorecolhimento do tributo, se for o caso,independentemente de recurso administrativo quecouber.

    Art.15 - Nenhum contribuinte poder ser compelido a cumprirobrigao tributria principal ou acessria, enquanto

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    a matria de natureza controvertida estiverdependendo de soluo de consulta.

    Art.16 - O contribuinte que procedeu de conformidade com asoluo dada sua consulta, fica isento de

    penalidades que decorram de deciso divergente,proferida pela instncia superior, mas ficar obrigadoa agir de acordo com essa deciso, uma vez que lheseja dado cincia.

    CAPTULO IV

    Do Domiclio Fiscal

    Art.17 - Na falta de eleio pelo contribuinte ou responsvel,de domiclio fiscal, considera-se como tal:

    I tratando-se de pessoa fsica, a sua residncia ousendo esta incerta e desconhecida, o centrohabitual de sua atividade;

    II tratando-se de pessoa jurdica de direito privado,o lugar da sua sede, ou em relao aos atos oufatos que derem origem a obrigao, o de cadaestabelecimento;

    III tratando-se de pessoa jurdica de direito pblicoqualquer de suas reparties situadas noMunicpio.

    Art.18 - Quando no couber a aplicao das regras fixadas emqualquer dos incisos do artigo anterior, considerar-se- domicilio fiscal do contribuinte ou responsvel, olugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos

    ou fatos que deram origem obrigao.

    Art.19 - A autoridade administrativa pode recusar o domiclioeleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadaoou a fiscalizao do tributo.

    Pargrafo nico - Ocorrendo a hiptese deste artigo, odomiclio fiscal ser estabelecido de acordo com asregras do artigo anterior.

    Art.20 - O domiclio fiscal ser sempre consignado nos

    documentos e papis dirigidos s reparties fiscais.

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    Art.21 - Os contribuintes comunicaro repartiocompetente a mudana de domiclio no prazo que oRegulamento estabelecer.

    CAPITULO V

    Das Obrigaes Tributrias

    Seo I

    Das Normas Gerais

    Art.22 - A obrigao tributria principal ou acessria. 1 - A obrigao principal surge com a ocorrnciado fato gerador, tem por objeto o pagamento dotributo ou penalidade pecuniria e extingue-se

    juntamente com o crdito dela decorrente.

    2 - A obrigao acessria decorre da legislaotributria e tem por objeto imposies positivas ounegativas, no interesse da arrecadao ou da

    fiscalizao dos tributos. 3 - A ilicitude do fato gerador, inclusive a prtica deato simulado, nulo ou anulvel, bem como a prticade ato sem licena, licena ainda no concedida ouinconcedvel, no exime o pagamento dos tributoscorrespondentes.

    4 - A inobservncia da obrigao acessriaconverte-a em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria.

    Art.23 - Os contribuintes, mesmo quando gozarem de iseno,ficaro obrigados ao cumprimento das obrigaesacessrias constantes desta Lei e do seu regulamento.

    Seo II

    Do Fato Gerador

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    Art.24 - Fato gerador da obrigao tributria principal asituao definida neste Cdigo como necessria esuficiente para justificar o lanamento e a cobranade cada um dos tributos de competncia do

    Municpio.Art.25 - Fato gerador da obrigao tributria acessria

    qualquer situao que, na forma da legislaotributria, imponha a prtica ou a absteno de atoque no configure obrigao principal.

    Seo III

    Do Sujeito Ativo

    Art.26 - Na qualidade de sujeito ativo da obrigao tributria,o Municpio a pessoa de direito pblico titular dacompetncia para lanar, cobrar e fiscalizar ostributos especificados neste Cdigo e nas leis a elesubseqentes.

    1 - A competncia tributria indelegvel, salvo aatribuio da funo de arrecadar ou fiscalizartributos, ou de executar leis, servios, atos oudecises administrativas em matria tributria,conferida a outra pessoa de direito pblico.

    2 - No constitui delegao de competncia aocometimento a pessoas de direito privado do encargoou funo de arrecadar tributos.

    Seo IV

    Do Sujeito Passivo

    Art.27 - Sujeito passivo da obrigao tributria principal apessoa fsica, jurdica obrigada nos termos desteCdigo, ao pagamento de tributos da competncia doMunicpio.

    Pargrafo nico - O sujeito passivo da obrigaoprincipal ser considerado:

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    I - contribuinte: quando tiver relao pessoal edireta com a situao que constitua o respectivofato gerador;

    II - responsvel: quando, sem se revestir da

    condio de contribuinte, sua obrigao decorrerde disposies expressas neste Cdigo.

    Art.28 - Sujeito passivo da obrigao acessria a pessoaobrigada prtica ou absteno de atosdiscriminados na legislao tributria do Municpio.que no configurem obrigao principal.

    Art.29 - Salvo os casos expressamente previstos em lei, asconvenes e contratos relativos responsabilidade

    pelo pagamento de tributos no podem ser opostos fazenda municipal, para modificar a definio legal dosujeito passivo das obrigaes tributriascorrespondentes.

    Art.30 - O Fisco poder requisitar a terceiros, e estes ficamobrigados a fornecer-lhe, todas as informaes edados referentes a fatos geradores da obrigaotributria, para os quais tenham contribudo ou quedevam conhecer, salvo quando, por fora de lei,

    estejam obrigados a guardar sigilo em relao a essesfatos.

    1 - As informaes obtidas por fora deste artigotm carter sigiloso e s podero ser utilizadas emdefesa dos interesses fiscais dos poderes pblicos.

    2 - Constitui falta grave, punvel nos termos doEstatuto dos Funcionrios Municipais, a divulgaode informaes obtidas no exame de contas oudocumentos exibidos.

    Art.31 - So solidariamente obrigados:

    I as pessoas expressamente designadas nesteCdigo;

    II as pessoas que, ainda que no expressamentedesignadas neste Cdigo, tenham interessecomum na situao que constitua o fato geradorda obrigao principal.

    Pargrafo nico - A solidariedade no comportabeneficio de ordem.

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    Art.32 - Salvo os casos expressamente previstos em lei, asolidariedade produz os seguintes efeitos:

    I o pagamento efetuado por um dos obrigadosaproveita aos demais;

    II a iseno ou remisso do crdito exonera todosos obrigados, salvo se outorgada pessoalmente aum deles, substituindo, nesse caso, asolidariedade quanto aos demais pelo saldo;

    III a interrupo da prescrio, em favor ou contraum dos obrigados, favorece ou prejudica aosdemais.

    CAPITULO VI

    Da Responsabilidade Tributria

    Seo I

    Da Solidariedade

    Art.33 - Sem prejuzo do disposto neste Captulo, a lei podeatribuir, de modo expresso, a responsabilidade pelocrdito tributrio a terceira pessoa vinculada ao fatogerador da respectiva obrigao, excluindo aresponsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a aeste em carter supletivo do cumprimento total ouparcial da referida obrigao.

    Seo II

    Responsabilidade dos Sucessores

    Art.34 - O disposto neste Captulo aplica-se por igual aoscrditos tributrios definitivamente constitudos ouem curso de constituio data dos autos a que elase refere e aos constitudos posteriormente, desde querelativos a obrigaes tributrias surgidas at a

    referida data.

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    Art.35 - Os crditos tributrios relativos a impostos cujo fatogerador seja a propriedade, o domnio til ou a possede bens mveis e bem assim os relativos a taxas pelaprestao de servios referentes a tais bens ou a

    contribuio de melhoria, sub-rogam-se na pessoados respectivos adquirentes, salvo quando conste dottulo a prova de sua quitao.

    Pargrafo nico - No caso de arrematao em hastapblica, a sub-rogao ocorre sobre o respectivopreo.

    Art.36 - So pessoalmente responsveis:

    I o adquirente ou remitente, pelos tributos

    relativos aos bens adquiridos ou remidos;II o sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro,

    pelos tributos devidos pelo de cujus at a datada partilha ou adjudicao, limitada estaresponsabilidade ao montante do quinho, dolegado ou da meao;

    III o esplio, pelos tributos devidos pelo de cujusat a data da abertura da sucesso.

    Art.37 - A pessoa jurdica de direito privado que resultar defuso, transformao ou incorporao de outra ou emoutra, responsvel pelos tributos devidos at a datado ato pelas pessoas jurdicas de direito privado

    fusionadas, transformadas ou incorporadas.

    Pargrafo nico - O disposto neste artigo aplica-seaos casos de pessoas jurdicas de direito privado,quando a explorao da respectiva atividade sejacontinuada por qualquer scio remanescente, ou seu

    esplio, sob a mesma razo social ou sob firmaindividual.

    Art.38 - A pessoa natural ou jurdica de direito privado queadquirir de outra, por qualquer ttulo, fundo decomrcio ou estabelecimento comercial, industrial ouprofissional e continuar na respectiva explorao, soba mesma ou outra razo social ou sob firma ou nomeindividual, responde pelos tributos relativos ao fundoou estabelecimento adquirido, devidos at a data do

    ato:

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    I integralmente, se o alienante cessar a exploraodo comrcio, indstria ou atividade;

    II subsidiariamente com o alienante, se esteprosseguir na explorao ou iniciar, dentro de 6

    (seis) meses a contar da data da alienao, novaatividade no mesmo ou em outro ramo decomrcio, indstria ou profisso.

    Seo III

    Responsabilidade de Terceiros

    Art.39 - Nos casos de impossibilidade de exigncia documprimento da obrigao principal pelocontribuinte, respondem solidariamente com este,

    nos atos em que intervirem ou pelasomissesdequem forem responsveis:

    I os pais, pelos tributos devidos pelos filhosmenores;

    II os tutores e curadores, pelos tributos devidospelos seus tutelados ou curatelados;

    III os administradores de bens de terceiros, pelostributos devidos por estes;

    IV o inventariante, pelos tributos devidos peloesplio;

    V o sndico e o comissrio, pelos tributos devidospela massa falida ou pelo concordatrio;

    VI os tabelies, escrives e demais serventurios de

    oficio, pelos tributos devidos sobre atospraticados por eles ou perante eles, em razo deseu oficio;

    VII os scios, no caso de liquidao de sociedade depessoas.

    Pargrafo nico - O disposto neste artigo s se aplica,em matria de penalidade, s de carter moratrio.

    Seo IV

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    Responsabilidade Por Infraes

    Art.40 - So pessoalmente responsveis pelos crditos

    correspondentes s obrigaes tributrias resultantesde atos praticados com excesso de poderes ouinfrao de lei, contrato social ou estatutos:

    I as pessoas referidas no artigo anterior;

    II os mandatrios, prepostos e empregados;

    III os diretores, gerentes ou representantes depessoas jurdicas de direito privado.

    Art.41 - A responsabilidade excluda pela denncia

    espontnea da infrao, acompanhada, se for o caso,do pagamento do tributo devido e dos juros de mora,ou do depsito da importncia arbitrada pelaautoridade administrativa, quando, o montante dotributo depender de apurao.

    Pargrafo nico - No ser considerada espontnea adenncia apresentada aps o incio de qualquerprocedimento administrativo ou medida defiscalizao, relacionada com a infrao.

    CAPITULO VII

    Do Crdito Tributrio

    Art.42 - O crdito tributrio decorre da obrigao principal etem a mesma natureza desta.

    Art.43 - As circunstncias que modificam o crdito tributrio,sua extenso ou seus efeitos ou as garantias ou osprivilgios a ele atribudos ou que excluem suaexigibilidade, no afetam a obrigao tributria quelhe deu origem.

    Art.44 - O crdito tributrio regularmente constitudosomente se modifica ou extingue ou tem a suaexigibilidade suspensa ou excluda, nos casosprevistos neste Cdigo, fora dos quais no pode ser

    dispensado, sob pena de responsabilidade funcional

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    na forma da lei, a sua efetivao ou as respectivasgarantias.

    CAPITULO VIII

    Do Lanamento

    Art.45 - Lanamento o procedimento privativo da autoridadeadministrativa municipal, destinada a constituir ocrdito tributrio, mediante a verificao daocorrncia do fato gerador da obrigaocorrespondente, a determinao da matria

    tributvel, o clculo do montante do tributo devido, aidentificao do sujeito passivo e, sendo o caso, aaplicao da penalidade cabvel.

    Art.46 - O ato do lanamento vinculado e obrigatrio, sobpena de responsabilidade funcional.

    Art.47 - O lanamento reporta-se data em que haja surgidoa obrigao tributria e rege-se pela lei ento vigente,ainda que posteriormente modificada ou revogada.

    1 - Aplica-se ao lanamento a legislao que,posteriormente ao nascimento da obrigao, hajainstitudo novos critrios de apurao da base declculo, estabelecido novos mtodos de fiscalizao,ampliado os poderes de investigao das autoridadesadministrativas ou outorgado maiores garantias eprivilgios Fazenda Municipal, exceto, no ltimocaso, para atribuir responsabilidade tributria aterceiros.

    2 - O disposto neste artigo no se aplica aosimpostos lanados por perodos certos de tempo,desde que a lei tributria respectiva fixeexpressamente a data em que o fato gerador deva serconsiderado para efeito de lanamento.

    Art.48 - Os atos formais relativos ao lanamento dos tributosficaro a cargo do rgo fazendrio competente.

    Pargrafo nico - A omisso ou erro de lanamentono exime o contribuinte do cumprimento da

    obrigao fiscal, nem de qualquer modo lhe aproveita.

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    Art.49 - O lanamento efetuar-se- com base nos dadosconstantes do Cadastro Fiscal e nas declaraesapresentadas pelos contribuintes, na forma e naspocas estabelecidas neste Cdigo e em Regulamento.

    Pargrafo nico - As declaraes devero conter todosos elementos e dados necessrios ao conhecimento dofato gerador das obrigaes tributrias e verificaodo montante de crdito tributrio correspondente.

    Art.50 - Alm das hipteses previstas neste Cdigo, far-se- olanamento de oficio, com base nos elementosdisponveis:

    I quando o contribuinte ou responsvel no

    houver prestado declarao ou a mesmaapresentar-se inexata, por serem falsos ouerrneos os fatos consignados;

    II quando, tendo prestado declarao, ocontribuinte ou responsvel deixar de atender,satisfatoriamente, no prazo e na forma legais,pedido de esclarecimento formulado pelaautoridade administrativa.

    Pargrafo nico - A declarao ou comunicao fora

    do prazo legal. para efeito de lanamento, nodesobriga o contribuinte do pagamento das multas e

    juros moratrios.

    Art.51 - Com a finalidade de obter elementos que lhepermitam verificar a exatido das declaraesapresentadas pelos contribuintes e responsveis e dedeterminar, com preciso, a natureza e o montantedos crditos tributrios, a Fazenda Municipal poder:

    I exigir, a qualquer tempo, a exibio de livros ecomprovantes dos atos e operaes que possamconstituir fato gerador da obrigao tributria;

    II fazer inspeo nos locais e estabelecimentosonde se exercem as atividades sujeitas aobrigaes tributrias ou nos bens ou serviosque constituam matria tributvel;

    III exigir informaes e comunicaes escritas ouverbais;

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    IV notificar o contribuinte ou responsvel paracomparecer s reparties da Fazenda Municipal;

    V requisitar o auxilio da Fora Pblica ou requererordem judicial, quando indispensvel

    realizao de diligncias, inclusive inspeesnecessrias ao registro dos locais eestabelecimentos, assim como dos objetos elivros dos contribuintes e responsveis.

    Pargrafo nico - Nos casos a que se refere o item Vdeste artigo, os funcionrios lavraro termo dadiligncia, do qual constaro especificadamente oselementos examinados.

    Art.52 O lanamento e suas alteraes sero comunicadosaos contribuintes mediante notificao direta, feitapor meio de aviso ou, quando impossvel, por falta deelementos, atravs de edital publicado no rgo oficialdo Municpio ou em jornal local de grande circulao,em 3 (trs) edies consecutivas.

    Art.53 Far-se- reviso de lanamento sempre que severificar erro na fixao da base tributria, ainda queos elementos indutivos dessa fixao hajam sido

    alterados diretamente pelo Fisco.Art.54 Os lanamentos efetuados de oficio, ou decorrentes

    de arbitramento, s podero ser refeitos em face dasupervenincia de prova irrecusvel que modifique a

    base de clculo utilizada no lanamento anterior.

    Art.55 facultado ao Fisco o arbitramento de benstributveis, cujo montante no se possa conhecerexatamente ou quando a atividade exercida pelocontribuinte recomende esta medida, sempre acritrio do Fisco.

    Art.56 O Municpio poder instituir livros registrosobrigatrios de tributos municipais.

    Art.57 Independentemente do controle de que trata o artigoanterior, poder ser adotado a alterao ou

    verificao diria no prprio local de atividade.

    CAPTULO IX

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    Da Suspenso do Crdito Tributrio

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    Disposies Gerais

    Art.58 - Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio:

    I a moratria:

    II o depsito do seu montante integral:

    III as reclamaes e recursos nos termos da leitributria municipal;

    IV a concesso de medida liminar em mandado desegurana.

    Pargrafo nico - O disposto neste artigo nodispensa o cumprimento das obrigaes acessrias.

    Seo II

    Da Moratria

    Art.59 - A moratria somente poder ser concedida:

    I - em carter geral:

    a) pelo Municpio:

    b) pela Unio, em relao aos tributos decompetncia do Municpio, quandosimultaneamente concedida quanto aostributos de competncia federal e sobrigaes de carter privado:

    II - em carter individual, por despacho do Prefeito,desde que autorizada por lei nas condies doinciso anterior.

    Pargrafo nico - A lei concessiva da moratria podecircunscrever expressamente a sua aplicabilidade adeterminada rea do Municpio ou a determinadaclasse ou categoria de sujeitos passivos.

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    Art.60 - A lei que concede moratria em carter geral ouautoriza a concesso em carter individualespecificar sem prejuzo de outros requisitos:

    I o prazo de durao:

    II as condies da concesso em carter individual;

    III sendo o caso:

    a) os tributos a que se aplica:

    b) o nmero de prestaes e seus vencimentos,dentro do prazo a que se refere o item I,podendo atribuir a fixao de uns e de outros autoridade administrativa, para cada caso,de concesso em carter individual;

    c) as garantias que devem ser fornecidas pelobeneficiado, no caso de concesso em carterindividual.

    Art.61 - Salvo disposio de lei em contrrio, amoratria somente abrange os crditosdefinitivamente constitudos data da lei ou dodespacho que a conceder ou cujo lanamento jtenha sido iniciado quela data, por ato regularmente

    notificado ao sujeito passivo.Pargrafo nico - A moratria no aproveita os casosde dolo, fraude ou simulao do sujeito passivo ou deterceiros em beneficio daquele.

    Art.62 - A concesso moratria cm carter individualno gera direito adquirido e ser revogada de oficio,sempre que se apure que o beneficiado no satisfaziaou deixou de satisfazer as condies ou no cumprira

    ou deixou de cumprir os requisitos para a suaconcesso, cobrando-se o crdito acrescido de jurosde mora:

    I - com imposio de penalidade cabvel, noscasos de dolo ou simulao do beneficiado ou deterceiros em beneficio daquele;

    II - sem imposio de penalidade, nos demaiscasos.

    Pargrafo nico - No caso do item I, deste artigo, otempo decorrido entre a concesso da moratria e

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    sua revogao no se computa para efeito daprescrio de direito cobrana do crdito; no casodo item II deste artigo, a revogao s pode ocorrerantes de prescrito o referido direito.

    Seo III

    Do Depsito

    Art.63 - O sujeito passivo poder efetuar o depsitodo montante integral da obrigao tributria:

    I - quando preferir o depsito consignao judicial:

    II - para atribuir efeito suspensivo:

    a - consulta formulada na forma do artigo 12deste Cdigo;

    b - reclamao e impugnao referentes contribuio de melhoria;

    c - a qualquer outro ato por ele impetrado,administrativa ou judicialmente, visando modificao, extino ou excluso, total ou parcial, da

    obrigao tributria.

    Art.64 - A legislao tributria poder estabelecerhipteses de depsito prvio:

    I - a fim de evitar a correo monetria do crditofiscal, em caso de recurso voluntrio administrativoou judicial:

    II - como garantia a ser oferecida pelo sujeitopassivo, nos casos de compensao;

    III - como concesso por parte do sujeito passivo,nos casos de transao:

    IV - em quaisquer outras circunstncias nas quaisse fizer necessrio resguardar os interesses do Fisco.

    Art.65 - A importncia a ser depositadacorresponder ao valor integral do crdito tributrio,apurado:

    I - pelo Fisco, nos casos de:

    a - lanamento direto:

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    b - lanamento por declarao:

    c - alterao ou substituio do lanamento original,qualquer que tenha sido a sua modalidade;

    d - aplicao de penalidade pecunirias;

    II - pelo prprio sujeito passivo, nos casos de:

    a - lanamento por homologao:

    b - retificao da declarao, por iniciativa doprprio declarante;

    c - confisso espontnea da obrigao, antes doincio de qualquer procedimento fiscal:

    III - na deciso administrativa desfavorvel, no todo

    ou em parte, ao sujeito passivo;

    IV - mediante estimativa ou arbitramentoprocedido pelo Fisco, sempre que no puder serdeterminado o montante integral do crditotributrio.

    Art.66 - Considerar-se- suspensa a exigibilidade docrdito tributrio a partir da data da efetivao dodepsito na Tesouraria da Prefeitura, observado o

    disposto no artigo seguinte.Art.67 - O depsito, atendidos os interesses econvenincias da municipalidade, poder ser efetuadonas seguintes modalidades:

    I - em moeda corrente no pas;

    II - por cheque;

    III - por vale postal.

    1 - O depsito efetuado por cheque somente

    suspende a exigibilidade do crdito tributrio com oresgate deste pelo sacado.

    2 - O Poder Pblico poder exigir, que os chequesentregues para depsito, objetivando suspenso daexigibilidade do crdito tributrio, sejam previamente

    visados pelos estabelecimentos bancrios sacados.

    Art.68 - Cabe ao sujeito passivo, por ocasio daefetivao do depsito, especificar qual o crdito

    tributrio, quando este for exigido em prestaes,abrangido pelo depsito.

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    Pargrafo nico - A efetivao do depsito noimporta em suspenso da exigibilidade do crditotributrio:

    I - quando parcial, das prestaes vincendas em

    que tenha sido decomposto;

    II - quando total, de outros crditos referentes aomesmo ou a outros tributos ou penalidadespecunirias.

    Seo IV

    Da Cessao do Efeito Suspensivo

    Art.69 - Cessam os efeitos suspensivos relacionadoscom a exigibilidade do crdito tributrio:

    I - pela extino do crdito tributrio, porqualquer das formas previstas no artigo 70;

    II - pela excluso do crdito tributrio, porqualquer das formas previstas no Regulamento;

    III - pela deciso administrativa desfavorvel, no

    todo ou em parte, ao sujeito passivo;

    IV - pela cassao da medida liminar concedida emmandado de segurana.

    CAPITULO X

    Da Extino do Crdito Tributrio

    Seo I

    Disposies Gerais

    Art.70 - Extinguem o crdito tributrio:

    I - o pagamento;

    II - a compensao;

    III - a transao:IV - a remisso;

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    V - a prescrio e a decadncia;

    VI - a converso de depsitos em renda;

    VII - o pagamento antecipado e a homologao dolanamento nos termos do disposto neste Cdigo;

    VIII - a consignao em pagamento, julgadaprecedente:

    IX - a deciso administrativa irreformvel, assimentendida a definitiva na rbita administrativa;

    X - deciso judicial passada em julgado.

    Seo II

    Das Demais Modalidades de Extino

    Art.71 - Mediante lei, nas condies e sob asgarantias que estipular ou cuja estipulao, em cadacaso, atribuir autoridade administrativa, pode serautorizada a compensao, a transao ou aconcesso da remisso.

    1 - A autorizao de compensao alcana crditostributrios lquidos e certos, vencidos e vincendos, dosujeito passivo contra a Fazenda Municipal.

    2 - Sendo vincendo o crdito do sujeito passivo, alei determinar a apurao do seu montante, nopodendoporm consignar reduo maior que acorrespondente aos juros de 1% (um por cento) aoms pelo tempo que decorrer entre a data dacompensao e a do vencimento.

    Art.72 - A celebrao de transao far-se- medianteconcesses mtuas, que importe em terminao dolitgio e conseqente extino do crdito tributrio.

    Pargrafo nico - O disposto no presente artigo, serregulado em lei especial, que estabelea as condiesde transao e determine a autoridade competentepara celebr-la, em cada caso.

    Art.73 - A concesso da remisso total ou parcial

    deve atender:I - a situao econmica do sujeito passivo;

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    II - ao erro ou ignorncia escusveis do sujeitopassivo quanto a matria de fato;

    III - diminuta importncia do crdito tributrio;

    IV - a considerao de eqidade, em relao com ascaractersticas pessoais ou materiais do caso;

    V - a condies peculiares a determinadas reasdo territrio do Municpio.

    1 - A remisso no gera direito adquirido e serrevogada de oficio, sempre que se apure que o

    beneficiado no cumpria ou deixou de cumprir osrequisitos para sua concesso, cobrando-se o crditoacrescido de juros de mora.

    2 - O Prefeito a autoridade competente paraautorizar a remisso de que trata este artigo, em cadacaso e atravs de despacho fundamentado.

    CAPITULO XI

    Da Cobrana e do Recolhimento dos Tributos

    Art.74 - A cobrana dos tributos far-se-:

    I - por iniciativa do sujeito passivo;

    II - por procedimento fiscal;

    III - mediante ao judicial.

    1 - A cobrana por iniciativa do sujeito passivo far-se- pela forma e nos prazos estabelecidos nesteCdigo, nas leis e nos regulamentos fiscais.

    2 - Aos crditos fiscais do Municpio, aplicam-se asnormas de correo monetria de tributos epenalidades nos termos da legislao federalaplicvel.

    Art.75 - Nenhum recolhimento de tributo serefetuado sem que se expea o documento hbil.

    Art.76 - Nos casos de expedio fraudulenta dedocumentos a que se refere o artigo anterior,

    respondero, civil, criminal e administrativamente, osservidores que os houverem subscrito ou fornecido.

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    Art.77 - Pela cobrana menor de tributoresponde, perante a Fazenda Municipal,solidariamente, o servidor culpado, cabendo-lhedireito regressivo contra o contribuinte.

    Art.78 - O pagamento no importa em quitao docrdito fiscal, valendo o recibo somente como provado recolhimento da importncia nele referida,continuando o contribuinte obrigado a satisfazerquaisquer diferenas que venham a serposteriormente apuradas.

    Art.79 - No se proceder contra o contribuinte quetenha agido ou pago tributo de acordo com decisoadministrativa ou judicial transitada em julgado,mesmo que, posteriormente, venha a ser modificada a

    jurisprudncia.

    Art.80 - O Prefeito poder firmar convnios comestabelecimentos bancrios oficiais ou no, com sede,agncia ou escritrio no territrio do Municpio,

    visando ao recebimento de tributos e penalidadespecunirias, vedada a atribuio de qualquer parcelada arrecadao a ttulo de remunerao.

    Pargrafo nico - O Regulamento dispor sobre osistema de arrecadao de tributos atravs da rede

    bancria, podendo autorizar, em casos especiais, aincluso, nos convnios, de estabelecimentos

    bancrios com sede, agncia ou escritrio em locaisfora do territrio do Municpio, quando o nmero decontribuintes nele domiciliados justificar tal medida.

    CAPTULO XIIDa Restituio

    Art. 81 - O contribuinte tem direito,independentemente de prvio protesto, restituiototal ou parcial do tributo, seja qual for a modalidadede seu pagamento, nos seguintes casos:

    I - cobrana ou pagamento espontneo de tributo

    indevido ou maior que o devido em face deste Cdigo,

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    ou da natureza ou das circunstncias materiais dofato gerador efetivamente ocorrido;

    II - erro na identificao do contribuinte, nadeterminao da alquota aplicvel, no clculo do

    montante do tributo ou na elaborao ou confernciade qualquer documento relativo ao pagamento;

    III - reforma, anulao revogao ou resciso dedeciso condenatria.

    Art.82 - A restituio total ou parcial de tributosabranger tambm, na mesma proporo, os juros demora e as penalidades pecunirias, salvo asreferentes a infraes de carter formal, que no

    devam reputar prejudicadas pela causa assecuratriada restituio.

    Art.83 - A restituio de tributos que comporte, pelasua natureza, transferncia do respectivo encargofinanceiro, somente poder se feita a quem provehaver assumido o referido encargo ou, no caso de t-lo transferido a terceiro, estar por ele expressamenteautorizado a receb-la.

    Art.84 - O direito de pleitear restituio extingue-secom o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados:

    I - nas hipteses dos itens I e II do artigo 81, dadata da extino do crdito tributrio;

    II - nas hipteses do item III do Art. 81, da data emque se tornar definitiva a deciso administrativa oupassar em julgado a deciso judicial que tenhareformado, anulado, revogado ou rescindido a decisocondenatria.

    1 - Prescreve em 2 (dois) anos a ao anulatria dadeciso administrativa que denegar a restituio.

    2 - O prazo de prescrio de que trata o anterior interrompido pelo incio da ao judicial,recomeando o seu curso, pela metade, a partir da

    data daintimaovalidamente feita ao representanteda Fazenda Municipal.

    Art.85 - Quando se tratar de tributos e multas

    indevidamente arrecadados, por motivo de errocometido pelo Fisco ou pelo contribuinte,

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    regularmente apurado, a restituio ser feita deofcio, mediante determinao de autoridadecompetente, em representao formulada pelo rgofazendrio e devidamente processada.

    Art.86 - O pedido de restituio ser indeferido se orequerente criar qualquer obstculo ao exame de suaescrita, documentos ou bens, quando isso se tornenecessrio verificao da procedncia da medida, a

    juzo da administrao.

    Art.87 - Os processos de restituio seroobrigatoriamente informados, antes de receberemdespacho pela repartio que houver arrecadado ostributos e as multas reclamados ou parcialmente.

    CAPTULO XIII

    Da Prescrio

    Art.88 - O direito de proceder ao lanamento detributos, prescreve em 5 (cinco) anos contados:

    I - do primeiro dia do exerccio seguinte queleem que o lanamento poderia ter sido efetuado;

    II - da data em que se tornar definitivamente adeciso que houver anulado, por vcio formal, olanamento anteriormente efetuado.

    Pargrafo nico - O decurso do prazo estabelecidoneste artigo interrompe-se pela notificao aocontribuinte de qualquer medida preparatriaindispensvel ao lanamento ou sua reviso,

    comeando de novo a correr da data em que seoperou a notificao.

    Art.89 - A ao para a cobrana do crdito tributvelprescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da suaconstituio definitiva.

    Art.90 - Interrompe-se a prescrio:

    I - por qualquer intimao ou notificao feita aocontribuinte, por repartio ou funcionrio fiscal,

    para pagar a dvida;

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    II - pela concesso de prazos especiais para essefim:

    III - pelo despacho que ordenou a citao judicialdo responsvel para efetuar o pagamento;

    IV - pela apresentao do documentocomprobatrio da dvida, em juzo, de inventrio ouconcurso de credores.

    Art.91 - Prescreve em 5 (cinco) anos a aplicao oucobrana de multas por infrao a este Cdigo.

    Art.92 - Ocorrendo a prescrio e no tendo sido elainterrompida na forma do item I do artigo 90, abrir-se- inqurito administrativo para apurar as

    responsabilidades, na forma da lei.

    l - Constitui falta de exao no cumprimento dodever, deixar o servidor municipal prescrever dbitostributrios sob sua responsabilidade.

    2- O servidor municipal, qualquer que seja o seucargo ou funo e independentemente do vinculoempregatcio ou funcional com o Governo Municipal,responder civil, criminal e administrativamente pela

    prescrio de dbitos tributrios sob suaresponsabilidade, cumprindo-lhe indenizar oMunicpio no valor dos dbitos prescritos.

    CAPTULO XIV

    Das Imunidades e Isenes

    Art.93 - vedado ao Municpio cobrar impostossobre:

    I - o patrimnio, a renda outros servios daUnio, dos Estados, do Distrito Federal e de outrosMunicpios;

    II - templos de qualquer culto.

    III - o patrimnio, a renda ou os servios departidos polticos e de instituies de educao ou deassistncia social, observados os requisitos fixados noCdigo Tributrio Nacional;

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    IV - o livro, o jornal e os peridicos, assim como opapel destinado sua impresso;

    V - o trafego intermunicipal de qualquer natureza,quando representarem limitaes ao mesmo.

    l - O disposto no item I deste artigo extensivo sautarquias, to somente no que se refere aopatrimnio, renda ou aos servios vinculados ssuas finalidades essenciais ou delas decorrentes, masno se estende aos servios pblicos concedidos, nemexonera o promitente comprador da obrigao depagar imposto que incidir sobre imvel objeto depromessa de compra e venda.

    2- No caso de servios pblicos concedidos pelaUnio, aplica-se o disposto neste artigo quando aiseno geral for por ela instituda, por meio de leiespecial, tendo em vista o interesse comum.

    3 - A imunidade tributria de bens imveis dostemplos se restringe queles destinados ao exercciodo culto.

    4 - As instituies de educao e assistnciasocial somente gozaro da imunidade mencionada no

    item III deste artigo, quando se tratar de sociedadescivis legalmente constitudas e sem fins lucrativos.

    Art.94 - Nenhum tributo incidir sobre:

    I - atos ou ttulos referentes vida funcional dosservidores municipais;

    II - conferncias cientificas ou literrias eexposies de arte;

    III - atividades de pequeno rendimento exercidasindividualmente, por conta prpria e destinadas,exclusivamente, ao sustento de quem as exerce ou desua famlia.

    Pargrafo nico - Consideram-se atividades depequeno rendimento para efeitos do item III desteartigo, aquelas cujo movimento econmico, em cadams, no exceda a 8 (oito) UPF.

    Art.95 - As isenes ou favores fiscais sero

    concedidos por Lei, com fundamento em razes de

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    ordem pblica ou de interesse do Municpio e nopodero ter carter pessoal.

    1 - A lei que conceder a iseno especificar ascondies e requisitos exigidos, o prazo de sua

    durao e os tributos a que se aplica.

    2 - Entende-se como favor pessoal no permitido, aconcesso em lei de iseno de tributos adeterminada pessoa fsica ou jurdica.

    3 - As isenes esto condicionadas renovaoanual e devero ser requeridas at o ms denovembro de cada ano sendo reconhecidas por ato doSecretrio de Planejamento, aps parecer da

    Advocacia Geral do Municpio.(alterado pela lei

    2.037, de 15.12.95)

    Art.96 - Verificada, a qualquer tempo, ainobservncia das formalidades exigidas para aconcesso ou o desaparecimento das condies que amotivaram, ser a iseno obrigatoriamentecancelada.

    Art.97 - As imunidades e isenes no abrangem astaxas e a contribuio de melhoria, salvo as excees

    expressamente estabelecidas neste Cdigo.

    CAPTULO XV

    Da Dvida Ativa

    Art.98 - Constitui dvida ativa tributria doMunicpio, a proveniente de crdito dessa natureza,

    regularmente inscrita na repartio administrativacompetente, depois de esgotado o prazo fixado parapagamento pela lei ou por deciso final proferida emprocesso regular.

    Pargrafo nico - Para todos os efeitos legaisconsidera-se como inscrita, a dvida registrada emlivros especiais na repartio competente daPrefeitura.

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    Art.99 - A dvida ativa tributria regularmenteinscrita goza da presuno de certeza e liquidez e temo efeito de prova pr-constituda.

    1 - A presuno a que se refere este artigo

    relativa e poder ser ilidida por prova inequvoca, acargo do sujeito passivo ou de terceiro que aaproveite.

    2 - A fluncia de juros de mora e a aplicao dosndices de correo monetria no excluem a liquidezdo crdito.

    Art.100 - Encerrado o exerccio financeiro, arepartio competente providenciar, imediatamente,

    a inscrio dos dbitos fiscais, por contribuinte.Pargrafo nico - Independentemente, porm, dotrmino do exerccio financeiro, os dbitos fiscais nopagos em tempo hbil, podero ser inscritos no livroprprio da Divida Ativa Municipal

    Art.101 - O Municpio far publicar no seu rgooficial ou pelos meios habituais, nos 30 (trinta) diassubseqentes inscrio e durante 5 (cinco) dias,relao contendo:

    I - nome dos devedores e endereos, relativos divida;

    II - origem da divida e seu valor.

    Pargrafo nico - Dentro de 30 (trinta) dias, a contarda data da publicao da relao, ser feita acobrana amigvel da dvida ativa, depois do que aPrefeitura promover a cobrana judicial, medidaque forem sendo extradas as certides relativas aos

    dbitos.

    Art.102 - O termo de inscrio da dvida ativa,autenticado pela autoridade competente, indicar,obrigatoriamente:

    I - nome do devedor e, sendo o caso, os dos co-responsveis, bem como, sempre que possvel, odomiclio ou residncia de um ou de outro;

    II - origem e a natureza de crdito fiscal,

    mencionando a lei tributria respectiva;

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    III - a quantia devida e a maneira de calcular os jurosdemora acrescidos;

    IV - a data em que foi inscrita;

    V - o nmero do processo administrativo de que seorigina o crdito fiscal, sendo o caso.

    1 - A certido, devidamente autenticada, conter,alm dos requisitos deste artigo, a indicao do livro eda folha de inscrio.

    2 - O registro da dvida ativa e a expedio dascertides podero ser feitos, a critrio daadministrao, atravs de sistemas mecnicos com autilizao de fichas e ris em folhas soltas, desde que

    atendam aos requisitos estabelecidos neste artigo.Art.103 - Sero cancelados, mediante despacho doPrefeito, os dbitos fiscais:

    I - legalmente prescritos;

    II - de contribuintes que hajam falecido semdeixar bens que exprimam valor.

    Pargrafo nico - O cancelamento ser determinadode oficio ou a requerimento de pessoa interessada,

    desde que fiquem comprovadas a morte do devedor ea inexistncia de bens, ouvidos os rgos fazendriose jurdicos da Prefeitura.

    Art.104 - As dvidas relativas ao mesmo devedor,quando conexas ou conseqentes, sero reunidas emum s processo.

    Pargrafo nico - A ocorrncia de qualquer forma desuspenso, extino ou excluso de crdito tributrio

    no invalida a certido nem prejudica os demaisdbitos objetos da cobrana.

    Art.105 - A cobrana da dvida ativa tributria doMunicpio ser procedida;

    I - por via amigvel - quando processada pelos rgosadministrativos competentes;

    II - por via judicial - quando ajuizada a competenteao.

    Pargrafo nico - Poder a administrao, quando ointeresse da Fazenda assim o exigir, providenciar

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    imediatamente a cobrana judicial da dvida, mesmoque no tenha dado incio ao procedimento amigvel.

    Art.106 - O recebimento de dbitos fiscaisconstantes de certides j encaminhadas para

    cobrana executiva, ser feito exclusivamente vistade guia prpria, expedida pelos escrives, com vistodo rgo jurdico da Prefeitura, incumbido dacobrana judicial da divida.

    Art.107 - A guia de que trata o artigo anterior, ser

    datada eassinadapelo emitente e conter:

    I - o nome do devedor e seu endereo;

    II - o nmero da inscrio da dvida;

    III - a importncia total do dbito e o exerccio ouperodo a que se refere;

    IV - a multa, os juros de mora e a correomonetria a que estiver sujeito o dbito;

    V - as custas judiciais.

    Art.108 - Ressalvados os casos de autorizaolegislativa, no se efetuar o recebimento de dbitosfiscais inscritos na dvida ativa com dispensa damulta, dos juros de mora e da correo monetria.

    1 - Verificada, a qualquer tempo, a inobservnciado disposto neste artigo, o funcionrio responsvel,alm da pena disciplinar a que estiver sujeito, obrigado a recolher aos cofres do Municpio o valor damulta dos juros de mora, e da correo que houverdispensado.

    2 - O disposto no anterior se aplica, tambm, ao

    servidor que reduzir graciosa, ilegal ouirregularmente, o montante de qualquer dbito fiscalinscrito na divida ativa, sem autorizao superior.

    3 - Se a reduo a que se refere o 2 se realizarpor fora de autorizao superior, o disposto no 1se aplica em quem autorizou a irregularidade.

    Art.109 - O disposto no artigo 108 e seus pargrafosno se aplica a quem praticar ou autorizar as

    redues mencionadas no citado dispositivo, emcumprimento de mandado judicial.

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    Art.110 - Ajuizada a ao executiva fiscal, cessar acompetncia do rgo fazendrio para agir ou decidirquanto a ela, cumprindo-lhe, entretanto, prestar asinformaes solicitadas pelo rgo encarregado da

    execuo e pelas autoridades judicirias.Art.111 - O Poder Executivo poder contratar, comfirmas especializadas ou advogados estabelecidos noMunicpio, a cobrana da dvida ativa municipal.

    Art.112 - Os procedimentos relativos inscrio,cobrana e baixa da divida ativa sero fixados peloPoder Executivo, obedecidas as prescries desteCdigo.

    CAPITULO XVI

    Das Certides Negativas

    Art.113 - A prova de quitao do tributo ser feitapor certido negativa, expedida vista derequerimento do interessado, que contenha todas asinformaes exigidas pelo Fisco, na forma doRegulamento.

    Art.114 - A certido ser fornecida dentro de 10 (dez)dias a contar da data da entrada do requerimento narepartio, sob pena de responsabilidade funcional.

    Pargrafo nico - Havendo dbito em aberto, acertido ser indeferida e o pedido arquivado, dentrodo prazo fixado neste artigo, tomando, a repartiofazendria, as providncias cabveis.

    Art.115 - A certido negativa expedida com dolo oufraude, que contenha erro contra a FazendaMunicipal, responsabiliza pessoalmente o funcionrioque a expedir pelo pagamento do crdito tributrio e

    juros de mora acrescidos.

    Pargrafo nico - O disposto neste artigo no exclui aresponsabilidade civil, criminal e administrativa quecouber e extensiva a quantos colaborem, por ao

    ou omisso, no erro contra a Fazenda Municipal.Art.116 - A venda, cesso ou transferncia de

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    qualquer estabelecimento comercial, industrial ouprodutor, no poder efetuar-se sem que conste dotitulo a apresentao da certido negativa de tributosmunicipais a que estiverem sujeitos esses

    estabelecimentos, sem prejuzo da responsabilidadesolidria do adquirente, cessionrio ou quem querque os tenha recebido em transferncia.

    1 - Sem prova, por certido negativa e pordeclarao de iseno ou de reconhecimento deimunidade com relao aos tributos ou a quaisqueroutros relativos ao imvel at o ano da operao,inclusive, os escrives, tabelies e oficiais de registrono podero lavrar, inscrever, transcrever ou averbar

    quaisquer atos ou contratos relativos a imveis, deacordo com o disposto no artigo 1.137 do CdigoCivil.

    2 - A certido ser obrigatoriamente referida nosatos e contratos de que trata este artigo.

    Art.117 - A expedio da certido negativa noimpede a cobrana de dbito anterior, posteriormenteapurado.

    CAPITULO XVII

    Das Penalidades

    Seo I

    Disposies Gerais

    Art.118 - Sem prejuzo das disposies relativas ainfraes e penas constantes de outras leis e cdigosmunicipais, as infraes a este Cdigo sero punidascom as seguintes penas:

    I - multa;

    II - proibio de transacionar com as repartiesmunicipais;

    III - sujeio a regime especial de fiscalizao;

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    IV - suspenso ou cancelamento de iseno detributos.

    Art.119 - A aplicao da penalidade de qualquernatureza, de carter civil, criminal ou administrativo

    e o seu cumprimento, em caso algum, dispensa opagamento do tributo devido e das multas, dacorreo monetria e dos juros de mora.

    Art.120 - No se proceder contra servidor oucontribuinte que tenha agido ou pago tributo deacordo com interpretao fiscal, constante de decisode qualquer instncia administrativa, mesmo que,posteriormente, venha a ser modificada essainterpretao.

    Art.121 - A omisso do pagamento de tributo e afraude fiscal sero apuradas mediante representao,notificao fiscal ou auto de infrao, nos termos dalei.

    Pargrafo nico - Considerar-se- como fraude areincidncia na omisso de que trata este artigo.

    Art.122 - A co-autoria e a cumplicidade, nasinfraes ou tentativa de infrao aos dispositivosdeste Cdigo, implicam os que a praticarem emresponder solidariamente com os autores pelopagamento do tributo devido, ficando sujeitos smesmas penas fiscais impostas a estes.

    Art.123 - Apurada a responsabilidade de diversaspessoas, no vinculadas por co-autoria oucumplicidade, impor-se- a cada uma delas a penarelativa infrao que houver cometido.

    Art.124 - A aplicao de multa no prejudicar aao criminal que, no caso, couber.

    Seo II

    Das Multas

    Art.125 - Todas as multas estipuladas neste Cdigo

    sero obrigatoriamente arrecadadas com o tributo, seeste for devido.

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    Art. 126- As infraes cometidas contra as normasrelativas aos tributos previstos neste Cdigo, quandono estabelecidas em captulo prprio e apuradasatravs de ao fiscal, sujeitam ao infrator s

    seguintes penalidades: (artigo alterado pela Lei2.468, de 27.12.2001)

    I -Infraes relacionadas com o recolhimento do

    imposto:

    a) multa de 40% (quarenta por cento) do valor doimposto devido e no pago, ou pago a menor, peloprestador do servio ou responsvel, no prazoregulamentar;

    b) multa de 100% (cem por cento) do valor do impostoaos que no recolherem ou recolherem a menor oimposto retido do prestador de servios, no prazoregulamentar, aplicveis aos responsveis tributrios;

    II -Infraes relacionadas com a inscrio e

    alteraes cadastrais:

    a) multa de R$ 300,00 (trezentos reais) aos que,iniciarem suas atividades sem se inscreverem no

    Cadastro de Atividades Econmicas deste Municpioou prestar qualquer informao falsa;

    b) multa de R$ 300,00 (trezentos reais) aos quedeixarem de proceder a alterao de dadoscadastrais, paralisao ou encerramento de suasatividades, no prazo de 1 5 (quinze) dias aps aocorrncia do fato;

    c) multa de R$ 400,00 (quatrocentos reais) aos que,convocados pela Administrao para promover o

    recadastramento ou para prestar qualquer declaraoou informao, deixarem de atender a exigncia noprazo determinado;

    III -Infraes relacionadas com os documentosfiscais:

    a) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais), porms ou frao de ms, aos que utilizarem livrosfiscais sem a devida autenticao ou em desacordo

    com as normas regulamentares;

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    b) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais), aosque deixarem de escriturar os livros fiscais no prazode 10 (dez) dias;

    c) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais), por

    nota fiscal ou livro, aos que escriturarem livros fiscaisou emitirem notas fiscais, por sistema mecanizado oude processamento de dados, sem prvia autorizao;

    d) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais), aosque, aps a obteno da Nota Fiscal, deixarem deretornar ao rgo fiscal competente a via do fisco paraque se proceda a sua conferncia e emisso dodocumento para pagamento;

    e) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais), aosque deixarem de fazer, no prazo de 15 (quinze) dias,contados da data da ocorrncia do fato, a necessriacomunicao ao rgo fiscal competente dainutilizao ou extravio de livros e notas fiscais, porlivro ou nota fiscal;

    f) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais), aosque, estando inscritos e obrigados escriturao dedocumentos fiscais, funcionarem sem possuir

    quaisquer dos livros ou notas fiscais previstos nalegislao, inclusive para filiais, depsitos ou outrosestabelecimentos dependentes, por ms ou frao dems;

    g) multa de R$ 300,00 (trezentos reais) quando osdocumentos fiscais no forem encontrados naempresa ou se encontrarem em local no habilitadopara ret-los;

    h) multa de 200% (duzentos por cento) do imposto

    incidente, aos que utilizarem notas fiscais emdesacordo com as normas regulamentares ou apsdecorrido o prazo regulamentar de utilizao;

    i) multa de R$ 3.000,00 (trs mil reais), aos queimprimirem, para si ou para terceiros, documentofiscal de servios sem prvia autorizao, semprejuzo da ao penal cabvel;

    j) multa de R$ 3.000,00 (trs mil reais), aos que

    utilizarem um ou mais documento fiscal sem prvia

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    autorizao, ou com numerao e/ou srie emduplicidade;

    l) multa equivalente a 200% (duzentos por cento) dovalor do imposto devido aos que, em proveito prprio

    ou de terceiros, se utilizarem deum ou maisdocumento falso ou contendo informao falsa, paraproduo de qualquer efeito fiscal, sem prejuzo daao penal cabvel;

    m) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais) aosque emitirem nota fiscal de servio de srie diversa daprevista para a operao, por cada documento;

    n) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais), aos

    que deixarem de emitir a nota fiscal de serviocorrespondente natureza da prestao de serviorealizado, por cada nota, ainda que isenta ou notributada, independentemente de ter efetuado opagamento do imposto;

    o) multa equivalente a 200% (duzentos por cento)sobre o valor do imposto incidente sobre as notasfiscais, emitidas e no declaradas ou se declaradascom informaes errneas, respeitado o valor mnimo

    de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais);p) multa de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais), porms ou frao de ms, aos que deixarem deapresentar no prazo regulamentar, a declarao deausncia de movimento tributvel;

    q) multa de 50% (cinqenta por cento) do valor doimposto incidente, s pessoas jurdicas elencadascomo Responsvel Tributrio pela no reteno doimposto do prestador de servio, independentemente

    do recolhimento do imposto pelo contribuinte;

    r) multa de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais)aos que fizerem declarao ou publicao falsa deextravio de documentos fiscais, por declarao oupublicao;

    s) multa de R$ 30,00 (trinta reais) aos que, emitiremnota fiscal sem o preenchimento completo dos dadosinerentes ao tomador do servio, tais como: nome,

    endereo, telefone, data da emisso discriminao

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    detalhada do servio, aplicvel em cada operao pordocumento;

    IV -Infraes relacionadas com a ao fiscal:

    a) pelo no atendimento de intimao paraapresentao de documentos fiscais, contbeis ecomerciais, dentro do prazo concedido pelaautoridade fiscal, obedecendo a escala de valores deacordo com o porte da empresa: na primeiraintimao: R$ .500,00 (quinhentos reais); Segundaintimao: R$ 1.000,00 (hum mil reais) e terceiraintimao: R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais);

    b) pelo no atendimento de intimao para

    apresentao de documentos fiscais, contbeis ecomerciais, dentro do prazo concedido pelaautoridade fiscal, na segunda intimao e nasdemais: R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais);

    c) multa de R$ 3.000,00 (trs mil reais) aos queembaraarem, ilidirem ou impedirem de qualquerforma a ao fiscal, ou ainda, sonegarem documentospara a apurao do preo dos servios ou da fixaoda estimativa;

    V -Infraes para as quais no haja penalidadeespecfica prevista neste Cdigo: multa de R$

    350,00 (trezentos e cinqenta reais).

    1. No ser cominada penalidade de que trata esteartigo, ao contribuinte que espontaneamente sanarirregularidades decorrentes de obrigao tributria,desde que, acompanhada do pagamento do tributodevido acrescido de multa e juros de mora ou documprimento integral da obrigao acessria.

    2. No se considera espontnea a dennciaapresentada aps o incio de qualquer procedimentoadministrativo ou medida de fiscalizao, iniciadacontra o sujeito passivo.

    Art.127 - Por infrao ao Imposto Predial e TerritorialUrbano e Taxas incidentes sobre imveis, socominadas as seguintes multas:

    I - de valor igual ao do tributo, a falta deinscrio do imvel dentro dos prazos estabelecidos,

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    assim como falsidade, m-f, ou dolo nopreenchimento dos formulrios de inscrio;

    II - de 2 (duas) a 10 (dez) vezes o valor anual dotributo, a recusa ao fornecimento de informaes

    solicitadas para levantamento ou atualizaocadastral;

    III - de metade do valor do tributo, nos casos deinobservncia dos prazos das comunicaes a que serefere o artigo 184 a partir do exerccio em quedeveria ter sido feita a comunicao;

    IV -de 0,33% (zero vrgula trinta e trs por

    cento) ao dia sobre ovalor da parcela,at o limite

    de 20% (vinte por cento), para os pagamentosefetuados aps o prazo de vencimento de cada uma

    delas. (Lei 2.132, de 6.5.97) (REVOGADOpela Lei 2.405, de 23.3.01)

    V - de 5 (cinco) UPF, aos que cometerem infraopara a qual no haja penalidade especfica nesteartigo.

    Art.128 - Para os efeitos deste Cdigo, entende-se

    como sonegao ou fraude fiscal a prtica, pelosujeito passivo ou por terceiro em beneficio daquele,de quaisquer dos atos definidos em Lei Federal comocrimes de sonegao fiscal, a saber:

    I - prestar declarao falsa ou omitir, total ouparcialmente, informao que deva ser produzida aagentes do Fisco, com inteno de eximir-se, total ouparcialmente, do pagamento de tributo e quaisqueroutros adicionais devidos por lei;

    II - inserir elementos inexatos ou omitirrendimentos ou operaes de qualquer natureza emdocumentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com ainteno de exonerar-se do pagamento de tributosdevidos Fazenda Municipal;

    III - alterar faturas e quaisquer documentosrelativos a operaes mercantis, com o propsito defraudar a Fazenda Municipal;

    IV - fornecer ou emitir documentos graciosos oualterar despesas, majorando-as, com o objetivo de

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    obter deduo de tributos devidos FazendaMunicipal.

    Pargrafo nico - Apurada a prtica de crime desonegao fiscal, a Prefeitura ingressar com ao

    penal aplicvel.

    Art.129. O valor das multas, previstas nesta Seo,ser reduzida em 50% (cinqenta por cento), quandoo contribuinte ou responsvel efetuar o pagamento noprazo de 20 (vinte) dias contados da notificao doauto de infrao ou, no caso de opo peloparcelamento, no mesmo prazo, a reduo ser de

    30% (trinta por cento). (artigo alterado pela Lei2.468, de 27.12.2001)

    Art.130 - A multa ser aplicada em dobro em casode reincidncia especifica.

    Art.131 - As multas sero cumulativas, quandoresultarem concomitantemente do no cumprimentode obrigao tributria acessria ou principal.

    Pargrafo nico - Apurando-se no mesmo processo ono cumprimento de mais de uma obrigaotributria acessria pela mesma pessoa, impor-se-somente a pena relativa infrao mais grave.

    Art.132 - O pagamento total ou parcial do crditofiscal, implicar em confisso irretratvel do dbito.

    Art.133 - As multas previstas nesta Seo nodesobrigam o contribuinte de mora e correomonetria.

    Seo III

    Da Multa de Mora

    Art. 134 - Findo o prazo normal sem recolhimento dotributo, sobre este incidir multa de mora de 2% (dois

    por cento). (alterado pela Lei 2.405, de

    23.3.01)

    Pargrafo nico Alm da multa, haver incidnciade juros de mora de 0,5% (meio por cento) ao ms.

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    (acrescentado pela Lei 2.405,

    de 23.3.01)

    Seo IV

    Da Proibio de Transacionar com asReparties Municipais

    Art.135 - Os contribuintes que estiverem em dbitocom a divida ativa municipal, no podero receberquaisquer quantias ou crditos que tiverem com a

    Prefeitura, participar de concorrncia, convite outomada de preos, celebrar contratos, ou termos dequalquer espcie ou, ainda, transacionar, a qualquerttulo, com a administrao do Municpio.

    Pargrafo nico - Ser obrigatria, para a prtica dosatos previstos neste artigo, a apresentao dacertido negativa, na forma estabelecida na legislaotributria.

    Seo V

    Da Sujeio a Regime Especial de Fiscalizao

    Art.136 - O contribuinte que houver cometidoinfrao punida, segundo disposies deste Cdigoe em outras leis e regulamentos municipais, poderser submetido a regime especial de fiscalizao.

    Pargrafo nico - O regime especial de fiscalizao deque trata este artigo ser definido no Regulamento.

    Seo VI

    Da Suspenso ou Cancelamento de Isenes

    Art.137 - Todas as pessoas fsicas ou jurdicas que,gozando de iseno de tributos municipais,

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    infringirem disposies deste Cdigo, ficaroprivadas, por um ano, desse beneficio e, no caso dereincidncia, dele privado definitivamente.

    Pargrafo nico - As penas previstas neste artigo

    sero aplicadas em face de representao nessesentido, devidamente comprovada, feita em processoprprio, depois de aberta defesa ao interessado, nosprazos legais.

    Seo VII

    Do Parcelamento de Dbitos

    Art.138 A requerimento do interessado, permitidaa concesso de parcelamento do dbito fiscal, inscritoem Dvida Ativa, com seus acrscimos legais, em at36 (trinta e seis) parcelas mensais, restabelecendo-seo dbito tributrio, pelo saldo devedor remanescente,

    aps o atraso de trs parcelas. (alterado

    pela Lei 2.405, de 23.3.01)

    1 - Os juros de mora dos parcelamentos sero de

    0,5% (meio por cento) ao ms, ficando, o contribuinteque formalizar pedido de parcelamento at 30 de

    junho de 2.001, beneficiado com a sua noincidncia, perdendo o benefcio caso deixe de pagartrs parcelas nos respectivos vencimentos.

    (acrescentado pela Lei 2.405, de 23.3.01)

    2 - O Executivo, a requerimento do interessado,estender, s parcelas dos parcelamentos concedidos,ainda no pagas, o benefcio constante do pargrafo

    anterior.(acrescentado pela Lei 2.405, de 23.3.01)

    Seo VIII

    Da Correo Monetria

    Art.139 - Os dbitos fiscais decorrentes do norecolhimento, na data devida, de tributos, adicionais

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    e penalidades, que no forem efetivamente liquidadosno ms em que deveriam ter sido pagos, tero o seu

    valor atualizado monetariamente em funo dasvariaes do poder aquisitivo nacional.

    OBS: ARTIGO 139 COM REDAAO DETERMINADADA PELO ARTIGO 3 DA LEI 284 DE 23/ 12/83.

    Pargrafo nico Utilizar-se-, para correomonetria, o ndice geral de preos de mercadomedido pela Fundao Getlio Vargas (IGPM-FGV), naforma estabelecida em Regulamento emitido pelo

    Executivo Municipal. (alterado pela Lei 2.405, de

    23.3.01)

    Art.140 - A correo monetria prevista no artigoanterior aplicar-se- tambm aos dbitos cujacobrana seja suspensa por medida administrativa ou

    judicial, salvo se o contribuinte tiver depositado emmoeda a importncia questionada.

    1- No caso deste artigo, a importncia do depsitoque tiver de ser devolvida, por ter sido julgadaprocedente a reclamao, o recurso ou a medida

    judicial, ser atualizada monetariamente, na forma

    prevista neste captulo. 2 - As importncias depositadas peloscontribuintes, em garantia de instnciaadministrativa ou judicial, sero devolvidasobrigatoriamente no prazo mximo de 60 (sessenta)dias, contados da data da deciso que houverreconhecido a improcedncia total ou parcial daexigncia fiscal.

    3 - Se as importncias depositadas, na forma dopargrafo anterior, no forem devolvidas no prazonele previsto, ficaro sujeitas a correo monetriaat a data da efetiva devoluo, podendo serutilizadas pelo contribuinte como compensao, naforma do artigo 71, para pagamento de tributosdevidos ao Municpio.

    Art.141 - As multas e juros de mora previstos nalegislao tributria, como percentagens do dbito

    fiscal, sero calculados sobre o respectivo montantecorrigido monetariamente, nos termos deste captulo.

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    Art.142 - A correo monetria de aplicaoobrigatria, s podendo ser dispensada nas hiptesesexpressamente mencionadas neste Cdigo.

    TTULO II

    DO PROCESSO FISCAL

    CAPITULO 1

    Das Medidas Preliminares e Incidentes

    Seo 1

    Dos Termos de Fiscalizao

    Art.143 - A autoridade ou o funcionrio fiscal quepresidir ou proceder a exames e diligncias, far oulavrar, sob sua assinatura, termo circunstanciadodo que apurar, do qual constaro, alm do mais quepossa interessar, as datas iniciais e finais do perodo

    fiscalizado e a relao dos livros e documentosexaminados.

    1 - O termo lavrado no estabelecimento ou localonde se verificar a fiscalizao ou a constatao dainfrao, ainda que ai no resida o fiscalizado ouinfrator e poder ser datilografado ou impresso emrelao s palavras rituais, devendo os claros serpreenchidos a mo e inutilizadas as entrelinhas em

    branco.

    2 - Ao fiscalizado dar-se- cpia do termo,autenticada pela autoridade, contra recibo nooriginal.

    3 - A recusa do recibo, que ser declarada pelaautoridade, no aproveita ao fiscalizado, nem oprejudica.

    4 - Os dispositivos do pargrafo anterior soaplicveis extensivamente, aos fiscalizados,

    analfabetos ou impossibilitados de assinar odocumento de fiscalizao, mediante declarao da

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    autoridade fiscal, ressalvadas as hipteses dosincapazes, definidos pela lei civil.

    Seo II

    Da Apreenso de Bens e Documentos

    Art.144 - Podero ser apreendidas as coisasmveis, inclusive mercadorias e documentos,existentes em estabelecimento comercial, industrial,agrcola ou profissional, do contribuinte, responsvelou de terceiros ou em outros lugares ou em trnsito,

    que constituam prova material de infrao tributria,estabelecidas neste Cdigo, em lei ou regulamento.

    Pargrafo nico - Havendo prova ou fundada suspeitade que as coisas se encontram em residnciaparticular ou lugar utilizado como moradia, seropromovidas a busca e apreenso judiciais, semprejuzo das medidas necessrias para evitar aremoo clandestina.

    Art.145 - Da apreenso lavrar-se- termo prprio,

    com os elementos do auto de infrao, observando-se,no que couber o disposto no artigo 153 deste Cdigo.

    Pargrafo nico - O termo de apreenso conter adescrio das coisas ou dos documentos apreendidos,a indicao do lugar onde ficaram depositados e aassinatura do depositrio, o qual ser designado peloautuante, podendo a designao recair no prpriodetentor, se for idneo, a juzo do autuante.

    Art.146 - Os documentos apreendidos podero, arequerimento do autuado, ser-lhe devolvidos, ficandono processo cpia do inteiro teor ou da parte que devafazer prova, caso o original no seja indispensvel aesse fim.

    Art.147 - As coisas apreendidas sero restitudas,a requerimento, mediante depsito das quantiasexigveis, cuja importncia ser arbitrada pelaautoridade competente, ficando retidos, at deciso

    final, os espcimes necessrios prova.

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    Pargrafo nico - Em relao a este artigo aplica-se,no que couber, o disposto nos artigos 163 a 171.

    Art.148 - Se o autuado no provar opreenchimento dos requisitos ou o cumprimento das

    exigncias legais para liberao dos bensapreendidos, no prazo de 30 (trinta) dias aps aapreenso, sero os bens levados a hasta pblica ouleilo.

    1 - Quando a apreenso recair em bens de fcildeteriorao, estes podero ser doados, a critrio daadministrao, associaes de caridade e demaisentidades beneficentes ou de assistncia social.

    2 - Apurando-se, na venda em hasta pblica ouleilo, importncia superior aos tributos, acrscimoslegais e demais Custos resultantes da modalidade de

    venda, ser o autuado notificado para, em prazo noinferior a 30 (trinta) dias, receber o excedente, se jno houver comparecido para faz-lo.

    Seo III

    Da Representao

    Art.149 - Qualquer pessoa pode representar contratoda ao ou omisso contrria disposio desteCdigo ou de outras leis e regulamentos fiscais.

    Art.150 - Recebida a representao, a autoridadecompetente providenciar imediatamente asdiligncias para verificar a respectiva veracidade e,

    conforme couber, autuar o infrator ou arquivar arepresentao.

    CAPITULO II

    Dos Atos Iniciais

    Seo 1

    Do Auto de Infrao

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    Art.151 - Verificada a omisso do pagamento dotributo ou qualquer infrao de dispositivo legal ouregulamentar, ser expedida contra o infrator auto de

    infrao, para que no prazo de 20 (vinte) dias,contados da data da lavratura, pague o dbitorespectivo e regularize a situao. Fica revogado o 1 e o 2 passar a ser Pargrafo nico, do artigo151, com a seguinte redao:

    Pargrafo nico - Considera-se convencido do dbitofiscal o contribuinte que pagar o tributo no prazoreferido no caput deste artigo, no cabendo maisrecursos ou defesa para a mesma.

    Art.152-O auto de infrao obedecer modelo a serfixado em ato normativo do Poder Executivo.

    Art.153 - O auto de infrao, lavrado com preciso eclareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras,dever:

    I - mencionar o local, dia e hora da lavratura;

    II - conter o nome do infrator e das testemunhas,

    se houver;III - descrever o fato que constitui a infrao e ascircunstncias pertinentes, indicar o dispositivo legalou regulamentar violado e fazer referncia ao termode fiscalizao em que se consignou a infrao,quando for o caso;

    IV - conter a intimao ao infrator para pagar ostributos e multas devidos ou apresentar defesa eprova nos prazos previstos;

    V - conter a assinatura do autuante.

    Pargrafo nico - As omisses ou incorrees do autono acarretaro nulidade, quando do processoconstarem elementos suficientes para a determinaoda infrao e do infrator, podendo, a critrio daautoridade fiscal, ser lavrado Termo Aditivo.

    OBS.: ARTIGOS 151, 152 E 153 COM REDA AODETERMINADA PEL4 LEI N 1.888 DE 21.12.1993.

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    Art.154 - A assinatura no constitui formalidadeessencial validade do auto, no implica emconfisso, nem a recusa agravar a pena.

    Pargrafo nico - Se o infrator, ou quem o represente,

    no puder ou no quiser assinar o auto, far-se-meno dessa circunstncia.

    Art.155 - Da lavratura do auto de infrao serintimado o infrator:

    I - pessoalmente, sempre que possvel, medianteentrega de cpia do auto ao autuado, seurepresentante ou preposto, contra recibo datado nooriginal;

    II - por carta, acompanhada de cpia do auto, comaviso de recebimento (AR) datado e firmado pelodestinatrio ou algum de seu domiclio;

    III - por edital, com prazo de 20 (vinte) dias, sedesconhecido o domicilio do infrator.

    OBS.: ARTIGO 155 COM REDA AO DETERMINADAPELA LEI N 1.888 DE 21.12.1993.

    Art.156 - A intimao presume-se feita:

    I - quando pessoal, na data do recibo;

    II - quando por carta, na data do recibo de volta, ese esta for omitida, 15 (quinze) dias aps a entrega dacarta no correio com AR;

    III - quando por edital, no termo do prazo, contadoeste na data da afixao ou da publicao.

    Art.157 - As intimaes subseqentes inicial,quando necessrias, far-se-o pessoalmente, caso emque sero certificadas no processo e por carta ouedital, conforme as circunstncias, observado odisposto nos artigos 155 e 156 deste Cdigo.

    Seo II

    Das Reclamaes Contra Lanamentos

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    Art.158 - O contribuinte que no concordar com olanamento poder reclamar no prazo de 20 (vinte)dias, contados da publicao no rgo oficial do editalou do recebimento do aviso.

    OBS.: ARTIGO 158 COM REDAAO DETERMINADAPELA LEI N 1.888 DE 21.12.1993

    Art.159 - A reclamao contra lanamento far-se-por petio, facultada a juntada de documentos.

    Art.160 - cabvel a reclamao por parte dequalquer pessoa contra a omisso ou excluso dolanamento.

    Art.161 - A reclamao contra lanamento ter

    efeito suspensivo da cobrana dos tributos lanados.

    CAPITULO III

    Da Defesa

    Art.162 - O autuado apresentar defesa no prazo de20 (vinte) dias, contados da data do recebimento do

    auto de infrao.

    1- Findo o prazo constante deste artigo, sem queo autuado apresente defesa, ser considerado revel.

    2 - O Termo de Revelia impedir recurso parajulgamento singular de primeira instncia.

    OBS.: ARTIGO 162 COM REDA 4O DADA PELA LEIN 1.888 DE 21.12.1993.

    Art.163 - A defesa do autuado ser apresentada porpetio repartio por onde correr o processo,contra recibo do Protocolo Geral da Prefeitura.

    Pargrafo nico - Apresentada a defesa, ter oautuante o prazo de 10 (dez) dias para apreci-la.

    Art.164 - Na defesa, o autuado alegar toda amatria que entender til, indicar e requerer asprovas que pretenda produzir, juntar logo as queconstarem de documentos e, sendo o caso, arrolar

    testemunhas, at o mximo de 3 (trs).

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    Art.165 - Nos processos iniciados mediantereclamao contra lanamento, ser dada vista aochefe da repartio competente para aquela operao,a fim de apresentar a defesa, no prazo de 10 (dez)

    dias, contados da data em que receber o processo.Art.166 - Findos os prazos previstos nos artigos 162e 163 desta lei, poder a autoridade de primeirainstncia, se entender necessrio, baixar o processopara novas diligncias, no prazo de 20 (vinte) dias,inclusive determinar lavratura de Termo Aditivo, sefor o caso.

    1 - Findo o prazo previsto neste artigo, o processoser presente autoridade de primeira instncia, queo julgar e proferir despacho decisrio.

    2 - A autoridade no fica adstrita s alegaes daspartes, devendo julgar de acordo com sua convico,em face das provas produzidas no processo.

    CAPITULO IV

    Da Deciso em Primeira Instncia e Recursos

    Art.167 - A deciso, redigida com simplicidade eclareza, concluir pela procedncia ou improcednciado auto de infrao ou da reclamao contralanamento, definindo expressamente os seus efeitos,num e outro caso.

    1 - Sendo a deciso de Primeira Instncia favorvelao Fisco municipal, ser extrada contra o autuado,

    intimao, ficando marcado o prazo de 20 (vinte) dias,contados do ciente, para pagamento do dbito.

    2 - Durante o prazo mencionado no 1 desteartigo, ser facultado ao autuado, dentro De 10 (dez),dias corridos, interpor pedido de reconsiderao aoSecretrio Fazendrio ou, dentro de 15 (quinze) diascorridos, recurso dirigido ao Prefeito.

    3 - Os recursos interpostos, depois de esgotado oprazo do anterior, sero encaminhados

    obrigatoriamente ao prefeito, que deles poder

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    conhecer, excepcionalmente, observado, sempre, ocontido nos artigos 168 e 169 desta Lei.

    4 - No caso mencionado no 2 deste artigo,subindo o recurso apreciao do Secretrio

    Fazendrio, a requerimento do interessado, sendo seudespacho contrrio ao Fisco municipal, dever oreferido Secretrio recorrer, de oficio, ao Prefeito, noprazo de 10 (dez) dias, desde que, o montante emlitgio seja superior a 10 (dez) UPF.

    5 - Sendo a deciso de primeira instncia contrriaao Fisco municipal, dever a autoridade recorrer, deoficio, no prazo de 10 (dez) dias, ao SecretrioFazendrio, desde que, o montante exigido seja

    superior a 5 (cinco) UPF.

    6 - No caso do 5 deste artigo, qualquer que sejaa deciso do Secretrio, no o obrigar a recorrer aoPrefeito, cabendo todavia, este direito ao autuado noprazo de 10 (dez) dias, observadas as exignciascontidas nos artigos 168 e 169.

    7 - Findo o prazo mencionado no pargrafo 10deste artigo e no tendo sido tomadas as medidas

    previstas no 2, nem a parte requerendo o previstono 6 deste artigo, ser expedida intimao decobrana amigvel, sendo aguardado, no prazo de 20(vinte) dias, contados do ciente, o comparecimentodo autuado para liquidao do dbito.

    8 - Findo o prazo mencionado no 7 deste artigo,sem que haja sido liquidado o dbito, ser extradaNota de Dbito para envio Dvida Ativa.

    9 - Em qualquer fase do julgamento em primeira

    instncia, poder o Prefeito, nos casos que julgarconveniente, avocar processos fiscais, reformando,inclusive, despachos proferidos pelas autoridades quelhe so subordinadas.

    OBS.: ARTIGO 167 COM REDAAO DADA PELALEIN 1.888 DE 21.12.1993.

    CAPITULO V

    Do Depsito Prvio

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    Art.168 - Para interposio de recurso voluntrio, oprvio depsito das quantias exigidas evitar acorreo monetria e os juros de mora, extinguindo-

    se o beneficio do reclamante que no efetuar odepsito no prazo legal.

    Art.169 - Quando a importncia total do litgioexceder de 15 (quinze) UPF, permitir-se- aprestao de fiana para interposio do recurso

    voluntrio, requerida no prazo a que se refere o 2do artigo 167 deste Cdigo.

    1 - A fiana prestar-se- mediante indicao do

    fiador idneo a juzo da administrao ou pela cauode ttulos de dvida pblica.

    2 - Ficar anexado ao processo o requerimento queindicar fiador, acompanhado do Termo de Fianafirmado por este, e, se for casado, tambm por suamulher, sob pena de indeferimento.

    3 - A fiana mediante cauo far-se- no valor dostributos e multas exigidos e pela cotao dos ttulosno mercado, devendo o recorrente declarar no

    requerimento que se obriga e efetuar o pagamento doremanescente da dvida, no prazo de 8 (oito) dias,contados da notificao, se o produto de venda dosttulos no for suficiente para a liquidao do dbito.

    Art.170 - Julgado inidneo o fiador, poder orecorrente, depois de intimado dentro do prazo igualao que restava quando protocolado o requerimento deprestao de fiana, oferecer outro fiador, indicandoos elementos comprovantes da idoneidade do mesmo.

    Pargrafo nico No se admitir como fiador o sciosolidrio, quotista ou comanditrio da firmarecorrente nem o devedor da Fazenda Municipal.

    Art.171 - Recusados dois fiadores, ser o recorrenteintimado a efetuar o depsito, dentro de 5 (cinco) diasou de prazo igual ao que lhe restava quandoprotocolado o segundo requerimento de prestao defiana, se este prazo for maior.

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    CAPITULO VI

    Da Execuo das Decises Fiscais

    Art.172 - Havendo recurso voluntrio e na forma dosartigos 168 e 169, as decises fiscais definitivas serocumpridas:

    I - pela notificao do sujeito passivo e, quandofor o caso, tambm do seu fiador, no prazo de 10 (dez)dias, para satisfazer ao pagamento do valor dacondenao;

    II - pela notificao do sujeito passivo para vir

    receber importncia indevidamente recolhida comotributo ou multa;

    III - pela notificao do sujeito passivo para receberou, quando for o caso, pagar, no prazo de 10 (dez)dias, a diferena entre:

    a - o valor da condenao e a importncia depositadaem garantia de instncia;

    b - o valor da condenao e o produto da venda dosttulos caucionados, quando no satisfeito opagamento no prazo legal;

    IV - pela liberao dos bens, mercadorias oudocumentos apreendidos ou depositados ou pelarestituio do produto de sua venda, se tiver havidoalienao ou do seu valor de mercado, se houverocorrido doao;

    V - pela inscrio, na dvida ativa, e remessa dacertido para cobrana executiva, dos dbitos a que

    se referem os incisos I e III deste artigo, se notiverem sido pagos no prazo estabelecido.

    Art.173 - A venda de ttulos da dvida pblica aceitosem cauo no se realizar abaixo da cotao,deduzidas as despesas legais da venda, inclusive astaxas oficiais de corretagem, proceder-se-, em tudoque couber, na forma do inciso III, alnea b, doartigo 172.

    CAPITULO VII

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    Dos Prazos

    Art.174 - Os prazos fixados na legislao tributria

    do Municpio sero contnuos, excluindo-se na suacontagem, o dia do incio e incluindo-se o dovencimento.

    Pargrafo nico - A legislao tributria poder fixar,ao invs da concesso do prazo em dias, data certapara o vencimento de tributos ou pagamento demultas.

    Art.175 - Os prazos s se iniciam ou vencem em diade expediente normal da repartio em que corra o

    processo ou deva ser praticado o ato.

    Pargrafo nico - No ocorrendo a hiptese previstaneste artigo, o incio ou o fim do prazo sertransferido ou prorrogado para o primeiro dia til deexpediente normal imediatamente seguinte aoestabelecido.

    TITULO III

    Do Cadastro Fiscal

    CAPITULO I

    Das Espcies de Cadastro

    Art.176 - O Cadastro Fiscal da Prefeitura,

    compreende:I - o Cadastro Imobilirio;

    II - o Cadastro de Atividades Econmicas.

    1 - O Cadastro Imobilirio compreende:

    a - os terrenos vagos existentes nas reasurbanas, urbanizveis ou de expanso urbana doMunicpio;

    b - os terrenos edificados ou que vierem a ser

    edificados nas reas urbanas, urbanizveis ou deexpanso urbana do Municpio.

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    2 - O Cadastro de Atividades Econmicas,compreende os estabelecimentos de produo,inclusive agropecurios, de indstria e comrcio,habituais e lucrativos, as empresas ou profissionais

    autnomos, com ou sem estabelecimento fixo,prestadores de servios sujeitos tributaomunicipal, as sociedades civis e fundaes, bem comoos que exercem o comrcio eventual de ambulantes.

    Art.177 - Todos os proprietrios ou possuidores, aqualquer ttulo, de imveis mencionados no 1 doartigo anterior, bem como todas as pessoas fsicas ou

    jurdicas que exeram, no territrio do Municpio,qualquer atividade econmica legalmente permitida,

    de natureza civil ou comercial, mesmo sem finalidadelucrativa, referidas no 2 do artigo anterior, estosujeitos inscrio obrigatria no Cadastro Fiscal daPrefeitura.

    Art.178 - O Poder Executivo poder celebrarconvnios com a Unio e o Estado, visando a utilizaros dados e os elementos cadastrais disponveis.

    Art.179 - A Prefeitura, poder, quando necessrio,

    instituir outras modalidades acessrias de cadastrosa fim de atender organizao fazendria dostributos de sua competncia.

    CAPITULO II

    Da Inscrio no Cadastro Imobilirio

    Art.180 - Todos os imveis, inclusive os que gozaremde imunidade ou de iseno, situados nas reasurbanas, urbanizveis ou de expanso urbana doMunicpio, devero ser inscritos no CadastroImobilirio da Prefeitura, de acordo com a LegislaoMunicipal.

    1- A inscrio de que trata este artigo, ser daresponsabilidade:

    a - do proprietrio ou seu representante legal,

    devidamente averbado;

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    b - dos condminos, em se tratando de condomnio;

    c - do compromissrio comprador, nos casos decompromisso de compra e venda, inscrito no Registrode Imveis;

    d - do inventariante, sndico ou liquidante, quando setratar de imvel pertencente a esplio, massa falidaou sociedade em liquidao.

    2- A inscrio far-se- em formulrio prprio,aprovado pela Prefeitura, no qual o contribuinte ouseu representante, legalmente habilitado, declarar,sob sua exclusiva responsabilidade e sem prejuzo deoutros elementos que venham a exigir-se em

    regulamento:I - tratando-se de imvel no construdo:

    a - nome e qualificao;

    b - nome do procurador ou representante legal;

    c - local do imvel e denominao do bairro, vila,loteamento ou logradouro em que esteja situado;

    d - rea e dimenso do terreno, bem como asconfrontaes;

    e - valor do imvel;

    f - dados do ttulo de aquisio da propriedade oudo domnio til;

    g - qualidade em que a posse exercida;

    h - endereo para entrega do aviso;

    i - localizao do imvel, segundo esboo oucroquis que anexar;

    j - certido de quitao do imvel;

    II - tratando-se de imvel construdo:

    a - nome e qualificao;

    b - nmero da inscrio anterior;

    c - localizao;

    d - rea do terreno e da construo, porpavimentos, rea total da edificao, inclusive

    pequenas construes;e - valor do imvel;

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    f - aluguel efetivo anual;

    g - dados do ttulo de aquisio da propriedade oudo domnio til;

    h - qualidade em que a p