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  • TITULO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 - O Municpio de Marechal Cndido Rondon, pessoa jurdica de direito

    pblico interno, unidade territorial que integra a organizao poltico-administrativa da

    Repblica Federativa do Brasil, dotada de autonomia poltica, administrativa, financeira e

    legislativa, nos termos assegurados pela Constituio da Repblica, pela Constituio do

    Estado e por esta Lei Orgnica.

    Art. 2 - O territrio do Municpio poder ser dividido em distritos, criados,

    organizados e suprimidos, observadas as legislaes federal e estadual.

    Art. 3 - O Municpio integra a diviso administrativa do Estado.

    Art. 4 - A sede do Municpio d-lhe o nome e tem a categoria de cidade, enquanto a

    sede do distrito tem a categoria de vila.

    Art. 5 - Constituem bens do Municpio todas as coisas mveis e imveis, direitos e

    aes que a qualquer ttulo lhe pertenam, ressalvados os bens da Unio e do Estado.

    Pargrafo nico O Municpio tem direito participao no resultado da explorao de petrleo ou gs natural, de recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica e de

    outros recursos minerais de seu territrio.

    Art. 6 - So smbolos do Municpio o Braso, a Bandeira e o Hino, representativos

    de sua cultura e histria, na forma da lei.

    TTULO II

    DOS DIRETOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 7 - O Municpio assegurar, nos limites de sua competncia, a imediata e plena

    efetividade dos direitos e garantias individuais e coletivos, mencionados nas Constituies

    Federal e Estadual.

    TTULO III

    SEO I

    DA COMPETNCIA MUNICIPAL

    Art. 8 - Compete ao municpio:

    I legislar sobre assuntos de interesse local;

    ELO 08

  • II suplementar a legislao federal e a estadual no que couber; III instituir a arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar as suas

    rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos

    fixados em lei;

    IV criar, organizar e suprimir distritos observado a legislao estadual; V instituir a guarda municipal, destinada a proteo de bens, servios e instalaes

    conforme dispuser a lei;

    VI organizar e prestar diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, entre outros, os seguintes servios;

    a) transporte coletivo urbano e intramunicipal, que ter carter essencial;

    b) abastecimentos de gua e esgoto sanitrios;

    c) mercados feiras e matadouros locais;

    d) cemitrios e servios funerrios;

    e) iluminao pblica;

    f) limpeza pblica, coleta domiciliar e destinao do lixo;

    VII manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao pr-escolar, de ensino fundamental e segurana no trnsito;

    VIII prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao;

    IX promover a proteo do patrimnio histrico, cultural, artstico e paisagstico local, observada a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual;

    X promover a cultura e a recreao; XI fomentar a produo agropecuria e demais atividades econmicas, inclusive

    artesanal;

    XII preservar as florestas, a fauna e a flora e legislar sobre a poluio ambiental; XIII realizar servios de assistncia social, diretamente ou por meio de instituies

    privadas , conforme critrios e condies fixadas em lei municipal;

    XIV realizar programas de apoio s prticas desportivas; XV realizar programas de alfabetizao; XVI coadjuvar a Unio e o Estado em atividades de defesa civil, inclusive a de

    controle a incndios e preveno de acidentes;

    XVII promover, no que couber, adequado ordenamento, mediante planejamento e controle de uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano;

    XVIII elaborar e executar o plano diretor; XIX executar obras de:

  • a) abertura, pavimentao e conservao de vias;

    b) drenagem pluvial;

    c) construo e preservao de estradas, parques, jardins e hortos florestais;

    d) construo e conservao de estradas vicinais;

    e) edificao e conservao de prdios pblicos municipais;

    XX fixar:

    a) tarifas dos servios pblicos, inclusive dos servios de txis;

    b) horrio de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comercias e de servios;

    XXI sinalizar as vias pblicas urbanas e rurais; XXII regulamentar a utilizao de vias e logradouros pblicos; XXIII conceder licena para:

    a) localizao, instalao e funcionamento de estabelecimentos industriais, comercias e

    de servios;

    b) afixao de cartazes, letreiros, anncios, faixas, emblemas e utilizao de alto-falantes

    para fins de publicidade e propaganda;

    c) realizao de jogos, espetculos e divertimentos pblicos, observadas as prescries

    legais;

    d) prestao de servios txis.

    SEO II

    DAS VEDAES

    Art. 9 - A Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional de qualquer dos

    Poderes do Municpio obedecer aos princpios da legalidade, moralidade impessoalidade,

    publicidade eficincia, e tambm ao disposto nas Constituies Federal e Estadual.

    TITULO IV

    DO GOVERNO MUNICIPAL

    ELO 08

  • CAPITULO I

    DOS PODERES MUNICIPAIS

    Art. 10 O Governo Municipal constitudo pelos Poderes Legislativos e Executivos, independentes e harmnicos entre si.

    Pargrafo nico vedada aos Poderes Municipais e delegao recproca de atribuies, salvo nos casos previstos nesta Lei Orgnica.

    CAPTILO II

    DO PODER LEGISLATIVO

    SEO I

    DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 11 O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal, composta por nove Vereadores, no exerccio dos direitos polticos, eleitos para cada legislatura pelos

    cidados maiores de dezesseis anos, pelo voto direto e secreto.

    Pargrafo nico Cada legislatura ter a durao de 4 (quatro) anos. Art. 12 Revogado.

    SEO II

    DA POSSE

    Art. 13 A Cmara reunir-se- em sesses preparatrias, a partir de 1 de janeiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleio da Mesa.

    1 - Sob a presidncia do Vereador mais idoso entre os presentes, os demais

    Vereadores prestaro compromisso e tomaro posse, cabendo ao presidente prestar o

    seguinte compromisso:

    " Prometo cumprir a Constituio Federal, a Constituio Estadual e a Lei Orgnica

    Municipal, observar as leis, desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo

    progresso do Municpio e bem-estar de seu povo".

    2 - Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretrio que for designado para

    esse fim, far a chamada nominal de ca Vereador, que declarar.

    " Assim o Prometo".

    ELO 005, 008 e 009

  • 3 - O Vereador que no tomar posse na sesso prevista neste artigo, dever faz-lo

    no prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Cmara Municipal.

    4 - No ato da posse, os Vereadores devero desincompatilizar-se, quando for o

    caso, e fazer declaraes de seus bens, repetida quando o trmino do mandato, sendo ambas

    transcritas em livro prprio e divulgadas para o conhecimento pblico.

    SEO III

    DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNCIPAL

    Art. 14 Cabe Cmara, com a sano do Prefeito, legislar sobre as matrias de competncia do Municpio, especialmente no que se refere:

    I assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislao federal e a estadual, notadamente no que diz respeito:

    a) sade, assistncia pblica e proteo das pessoas portadoras de deficincia;

    b) proteo de documentos, obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural,

    como os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos do

    Municpio;

    c) a impedir a evaso, destruio de obras de arte e outros bens de valor histrico,

    artstico e cultural do Municpio;

    d) proteo ao meio ambiente e ao combate a poluio;

    e) ao incentivo industria, ao comrcio e prestao de servios;

    f) criao de distritos industriais;

    g) ao fomento da produo agropecuria e organizao do abastecimento alimentar;

    h) promoo de programas de construo de moradias, melhorando as condies

    habitacionais e do saneamento bsico;

    i) ao combate s causas da pobreza e aos fatores de marginalizao, promovendo a

    integrao social dos setores desfavorecidos;

    j) ao registro, ao acompanhamento e fiscalizao das concesses de pesquisa e

    explorao dos recursos hdricos e minerais em seu territrio;

    l) ao estabelecimento e implantao da poltica de educao para o trnsito;

    ELO 008

  • m) cooperao com a Unio e o Estado, tendo em vista o equilbrio do

    desenvolvimento e do

    bem-estar, atendidas as normas fixadas em lei complementar federal;

    n) ao uso e ao armazenamento de agrotxicos, seus componentes e afins;

    o) s polticas pblicas do Municpio;

    p) ao estabelecimento e implantao de poltica de preveno de todas as formas de

    violncia;

    II tributos, bem como autorizar isenes e anistias fiscais e a remisso de dvidas; III oramento anual, plano plurianual, e diretrizes oramentrias, bem como

    autorizar a abertura de crditos suplementares e especiais;

    IV obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem como sobre a forma e os meios de pagamento;

    V concesso de auxlios e subvenes; VI concesso e permisso de servios pblicos; VII concesso de direito real de uso de bens municipais; VIII alienao e concesso de bens imveis; IX aquisio de bens imveis, inclusive por desapropriao; X criao, organizao e supresso de distritos, observada a legislao estadual; XI plano diretor; XII alterao de denominao de prprios, vias e logradouros pblicos; XIII guarda municipal destinada a proteger bens, servios e instalaes do

    Municpio;

    XIV ordenamento, parcelamento, uso e ocupao do solo urbano; XV organizao e prestao de servios pblicos; Art. 15 Compete Cmara Municipal, privativamente, entre outras, as seguintes

    atribuies:

    I eleger sua Mesa Diretora, bem como destitu-la na forma da Lei Orgnica e do Regime Interno;

    II elaborar o seu Regimento Interno; III fixar os subsdios de seus membros, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos

    Secretrios Municipais;

    IV exercer, com o auxlio do Tribunal de Contas ou rgo estadual competente, e fiscalizao financeira, oramentria operacional e patrimonial do Municpio;

    V julgar as contas anuais do Municpio e apreciar os relatrios sobre e execuo dos planos de governo;

    VI questionar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa;

    ELO 05 e 08

  • VII dispor sobre sua organizao, funcionamento, poltica, criao, transformao ou extino de cargos e funes de seus servios e fixar a respectiva remunerao;

    VIII autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exerccio do cargo de Prefeito,a se ausentarem do Municpio, quando a ausncia exceder a 15 (quinze) dias;

    IX estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reunies, desde que aprovado pela maioria de dois teros dos seus membros;

    X fiscalizar e controlar, os atos do Poder Executivo, includos os da Administrao indireta e fundacional;

    XI proceder tomada de contas de Prefeito Municipal, quando no apresentadas cmara, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, aps a abertura da sesso legislativa;

    XII processar e julgar os Vereadores, na forma desta Lei Orgnica; XIII representar junto ao procurador Geral da Justia, mediante aprovao de

    dois teros dos seus membros, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e Secretrios Municipais

    ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prtica de crime contra a Administrao

    pblica de que tenha conhecimento;

    XIV dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renncia e afasta-los definitivamente do cargo, nos termos previstos em lei;

    XV conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento do cargo;

    XVI criar comisses especiais de inqurito sobre o fato determinado que se inclua na competncia da Cmara Municipal, sempre que requerer pelo menos um tero dos

    membros da Cmara;

    XVII convocar, por si ou qualquer de suas comisses, atravs do Presidente da Casa, Secretrios Municipais e Assessores Equivalentes, para prestarem, pessoalmente,

    informaes sobre assunto previamente determinado, podendo os mesmos serem

    responsabilizados, na forma da lei, em caso de recusa ou informaes falsas;

    XVIII solicitar depoimento do Prefeito sobre assunto previamente determinado; XIX solicitar informaes ao Prefeito Municipal sobre assuntos referentes

    Administrao;

    XX autorizar referendo e convocar plebiscito; XXI decidir sobre a perda de mandato de Vereador, por voto secreto e por 2/3 (dois

    teros), nas hipteses previstas nesta Lei Orgnica;

    XXII conceder ttulo honorfico a pessoas que tenham reconhecidamente prestado servios ao Municpio, mediante decreto legislativo, aprovado pela maioria de dois teros de

    seus membros.

    1. A falta de comparecimento do Secretrio Municipal ou Assessor equivalente, sem justificativa razovel, ser considerado desacato a Cmara, e, se o Secretrio ou

    Assessor for Vereador licenciado, o no comparecimento nas condies mencionadas,

    caracterizar procedimentos incompatvel com a dignidade da Cmara, para a instaurao do

    respectivo processo, na forma da lei federal.

    ELO 08

  • 2. Quando o parecer do Tribunal de Contas do Estado for contrrio s contas

    municipais, ser concedido direito de ampla defesa ao Prefeito Municipal na fase de anlise

    pelo Legislativo.

    SEO IV

    DO EXAME PBLICO DAS CONTAS MUNICIPAIS

    Art. 16 As contas do Municpio ficaro disposio dos cidados durante 60 (sessenta) dias, a partir de 15 (quinze) de abril de cada exerccio, no horrio de

    funcionamento da Cmara Municipal, em local de fcil acesso ao pblico.

    SEO V

    DA REMUNERAO DOS AGENTES POLTICOS

    Art. 17 Os subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretrios Municipais sero fixados por Lei de iniciativa da Cmara Municipal, dentro dos limites e critrios

    estabelecidos na Constituio Federal, at trinta dias antes das eleies municipais.

    Art. 18 Os subsdios dos Vereadores sero fixados por Lei de iniciativa da Mesa da Cmara Municipal, no ltimo ano da legislatura para viger na legislatura subseqente,

    at trinta dias antes das eleies municipais, observados os limites estabelecidos na

    Constituio Federal.

    Pargrafo nico na sesso legislativa extraordinria a Cmara Municipal

    somente deliberar sobre a matria para a qual foi convocada, podendo a mesma ser

    remunerada atravs de parcela indenizatria, a ser fixada por lei especfica.

    Art. 19 Revogado. Art. 20 A lei fixar critrios de indenizao de despesas de viagem do Prefeito, do

    Vice-Prefeito e dos Vereadores.

    Pargrafo nico Revogado.

    SEO VI

    DA ELEIO DA MESA

    ELO 01, 05,07 e 08

    2

  • Art. 21 Imediatamente aps a posse, os Vereadores reunir-se-o sob presidncia do Vereador mais idoso entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da

    Cmara, elegero os componentes da Mesa, que ficaro automaticamente empossados.

    1 - O mandato da Mesa ser de 2 (Dois) anos, vedada a reconduo para o mesmo

    cargo na eleio imediatamente subseqente.

    2 - Na hiptese de no haver quorum para eleio da Mesa, o Vereador mais idoso

    permanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que a mesma seja eleita.

    3 - A eleio para a renovao da Mesa realizar-se- obrigatoriamente at a

    ltima sesso ordinria da 2 sesso legislativa, considerando-se empossados os eleitos

    automaticamente em 1 de janeiro do exerccio seguinte.

    4 - Caber ao Regimento Interno da Cmara Municipal dispor sobre a composio

    da Mesa Diretora e, subsidiariamente, sobre a sua eleio.

    5 - Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo pelo voto da maioria de

    dois teros dos membros da Cmara Municipal, quando faltoso, omisso ou ineficiente no

    desempenho de suas atribuies, devendo o Regimento Interno da Cmara Municipal dispor

    sobre o processo de destituio e sobre a substituio do mesmo.

    SEO VII

    DAS ATRIBUIES DA MESA

    Art. 22 Compete Mesa da Cmara Municipal, alm de outras atribuies estipuladas no Regimento Interno:

    I remeter a quem de direito, at o primeiro dia de maro, as contas do exerccio anterior;

    II propor ao Plenrio projetos de resolues que criem, transformem e extingam cargos, empregos ou funes da Cmara Municipal, bem como a fixao da respectiva

    remunerao, observadas as determinaes legais;

    III declarar a perda de mandato de Vereador, de ofcio ou por provocao de qualquer dos membros da Cmara, nos casos previstos nos incisos I e VII do artigo 37 desta

    Lei Orgnica, assegurada ampla defesa, nos termos do Regimento Interno;

    IV elaborar e encaminhar ao Prefeito, at o dia 31 de agosto de cada ano, a proposta oramentria da Cmara, a ser includa na proposta geral do oramento do

    Municpio.

    Pargrafo nico A Mesa decidir sempre por maioria de seus membros.

    SEO VIII

    DAS SESSES

    Art. 23 A Cmara Municipal reunir-se-, anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro, sempre nas segundas-feiras, s 18:00 horas.

    ELO 05 e 08

  • 1 - As reunies marcadas para as datas estabelecidas no caput deste artigo sero

    transferidas para o dia determinado pelo Regimento Interno, e para o primeiro dia til

    subseqente quando este recair em feriado.

    2 - A Cmara reunir-se em sesses ordinrias, extraordinrias, solenes e secretas,

    conforme dispuser o seu Regimento Interno, e as remunerar de acordo com o

    estabelecimento nesta Lei Orgnica e na Legislao especfica.

    3 - A sesso legislativa no ser interrompida, sem as aprovaes dos projetos da

    lei de diretrizes oramentrias, do plano plurianual e da lei oramentria anual.

    Art. 24 As sesses da Cmara Municipal devero ser realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento, observado o disposto no artigo 15 inciso IX desta Lei

    Orgnica.

    Pargrafo nico As sesses solenes podero ser realizadas fora do recinto da Cmara.

    Art.25 A convocao extraordinria da Cmara Municipal dar-se-: I pelo Prefeito Municipal, quando este a entender necessria; II pelo presidente da Cmara; III a requerimento da maioria absoluta dos membros da Cmara. Pargrafo nico Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara Municipal

    deliberar somente sobre a matria para a qual foi convocada.

    SEO IX

    DAS COMISSES

    Art. 26 A Cmara Municipal ter comisses permanentes e especiais, constitudas na forma e com as atribuies definitivas do Regimento Interno ou no Ato de que resultar a

    sua criao.

    Art. 27 As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento

    Interno, sero criadas mediante requerimento de um tero de seus membros, para apurao

    de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas

    ao Ministrio Pblico para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos

    infratores.

    Art. 28 Qualquer entidade da sociedade civil poder solicitar ao Presidente da Cmara que lhe permita emitir conceitos ou opinies, junto as comisses sobre projetos que

    nelas se encontrem para estudo.

    Pargrafo nico O Presidente da Cmara enviar o pedido ao Presidente da respectiva comisso, a quem caber deferir ou indeferir o requerimento, indicando, se for o

    caso, dia e hora para o pronunciado e seu tempo de durao.

    ELO 08

  • SEO X

    DO PRESIDENTE DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 29 Compete ao Presidente da Cmara, alm de outras atribuies no Regimento Interno:

    I representar a Cmara Municipal; II dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da

    Cmara;

    III interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV promulgar as resolues e os decretos legislativos, bem como as leis que

    receberam sano tcita e as cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio e no tenham sido

    promulgadas pelo Prefeito Municipal;

    V fazer publicas os atos da Mesa, bem como as resolues, os decretos legislativos e as leis por ele promulgadas;

    VI declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, nos casos previstos em lei;

    VII apresentar ao Plenrio, at o dia 20 (vinte) de cada ms, o balano relativo aos recursos recebidos e s despesas realizadas no ms anterior;

    VIII requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara; IX exercer, em substituio, a chefia do Executivo Municipal nos casos previstos

    em lei;

    X designar comisses especiais nos termos regimentais, observadas as indicaes partidrias;

    XI mandar prestar informaes por escrito e expedir certides requeridas para a defesa de direitos e esclarecimentos de situaes;

    XII realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil e com membros da comunidade;

    XIII administrar os servios da Cmara Municipal, fazendo lavrar os atos pertinentes a essa rea de gesto;

    Art. 30 O Presidente da Cmara, ou quem o substituir, somente manifestar o seu voto nas seguintes hipteses:

    I na eleio da Mesa Diretora;

    II quando a matria exigir, para a sua aprovao, o voto favorvel de dois teros ou de maioria absoluta dos membros da Cmara;

    III quando ocorrer empate em qualquer votao do Plenrio.

    SEO XI

    DO VICE-PRESIDENTE DA CMARA MUNICIPAL

  • Art. 31 Ao vice-presidente compete, alm das atribuies contidas no Regimento Interno:

    I substituir o Presidente da Cmara em suas faltas, ausncias, impedimentos ou licenas;

    II promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resolues e os decretos legislativos sempre que o Presidente, ainda que se ache em exerccio, deixar de faze-lo no

    prazo estabelecido;

    III promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis quando o Prefeito Municipal e o Presidente da Cmara, sucessivamente, tenham deixado de faz-lo.

    SEO XII

    DO SECRETRIO DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 32 Ao secretrio compete, alm das atribuies contidas no Regimento Interno:

    I redigir a ata das sesses secretas e das reunies da Mesa; II acompanhar e supervisionar a redao das atas das demais sesses e proceder

    sua leitura;

    III registrar, em livro prprio, os precedentes firmados na aplicao do Regimento Interno;

    IV fazer a inscrio dos oradores na pauta dos trabalhos; V substituir os demais membros da Mesa, quando necessrio.

    SEO XIII

    DOS VEREADORES

    SUBSEO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 33 Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opinies, palavras e votos nos exerccio do mandato e na circunscrio da Municpio.

    Art. 34 Os Vereadores no sero obrigados a testemunhar, perante a Cmara, sobre informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoas

    que lhes confiaram ou deles receberam informaes.

    Art. 35 incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a percepo,

    por estes, de vantagens indevidas.

  • SUBSEO II

    DAS INCOMPATIBILIDADES

    Art. 36 Os vereadores no podero: I desde a expedio do diploma:

    a) firmar ou manter contrato com o Municpio, suas autarquias, empresas pblicas,

    sociedades de economia mista, fundaes ou empresas concessionrias dos servios pblicos

    municipais, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes;

    b) aceitar ou exceder cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam

    demissveis "ad nutum", nas entidades constantes da alnea anterior;

    II desde a posse:

    a) ser proprietrios, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente

    de contrato celebrado com o Municpio ou nela exceder funo remunerada;

    b) ocupar cargo ou funo de que sejam demissveis "ad nutum" nas entidades referidas

    na alnea "a" do inciso I, salvo o cargo de Secretrio Municipal ou equivalente;

    c) patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a

    alnea "a" do inciso I;

    d) ser titulares de mais um cargo ou mandato pblico eletivo.

    Art. 37 - Perder o mandato o Vereador:

    I que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior; II cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar; III que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, a tera parte da sesses

    ordinrias da Cmara, salvo em caso de licena, ou de misso oficial autorizada;

    IV que perder ou tiver suspensos os direitos polticos; V quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio Federal; VI que sofrer condenao criminal em sentena transitada e julgado; VII que deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro do prazo estabelecido

    nesta Lei Orgnica;

    1 - Extingue-se o mandato, e assim ser declarado pelo Presidente da Cmara, quando

    ocorrer falecimento ou renncia por escrito do Vereador.

    2 - Nos casos dos incisos I, II e IV desde artigo, a perda do mandato ser decidida pela

    Cmara, por voto secreto e maioria de 2/3 (dois teros), mediante provocao da Mesa ou de

    partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa.

    3 - Nos casos dos incisos III, V e VII; a perda do mandato ser declarada pela Mesa

    da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de qualquer Vereador ou de partido poltico

    representado na Cmara, assegurada ampla defesa.

  • 4. Caber ao Regimento Interno da Cmara definir os procedimentos incompatveis

    com o decoro parlamentar, podendo instruir outras formas de penalidade para condutas

    menos graves, em ateno ao princpio da gradao, segundo a gravidade de infrao, bem

    como regular o procedimento de apurao respectivo, garantida ampla defesa.

    5. A renncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar perda

    do mandato, nos termos deste artigo, ter seus efeitos suspensos at as deliberaes finais

    de que tratam os 2 e 3.

    SUBSEO III

    DO VEREADOR SERVIDOR PBLICO

    Art. 38 O exerccio de Vereana por servidor pblico de dar de acordo com as determinaes da Constituio Federal.

    Pargrafo nico o Vereador ocupante de cargo, emprego ou funo pblica municipal inamovvel de ofcio pelo tempo de durao de seu mandato.

    SEBSEO IV

    DAS LICENAS

    Art. 39 O Vereador poder licenciar-se: I por motivos de sade, devidamente comprovados; II para tratar o interesse particular, desde que o perodo de licena no seja

    superior a 120 (cento e vinte) dias por sesso legislativa.

    1 - Nos casos dos incisos I e II, no poder o Vereador reassumir antes que se

    tenha escoado o prazo de sua licena.

    2 - Para fins de remunerao, considerar-se- como em exerccio, o Vereador

    licenciado nos termos do inciso I.

    3 - O Vereador investido no cargo de Secretrio Municipal ou equivalente, ser

    considerado automaticamente licenciado, podendo optar pela remunerao da Vereana.

    4 - O afastamento para o desemprego da misses temporrias de interesse do

    Municpio, no ser considerado como de licena, fazendo o Vereador jus remunerao

    estabelecida.

    SUBSEO V

    DA CONVOCAO DOS SUPLENTES

    ELO 08

  • Art. 40 No caso de vaga, investidura no cargo de Secretrio Municipal ou equivalente, ou de licena de no mnimo 30 (trinta) dias, far-se- a convocao do suplente

    atravs do Presidente da Cmara Municipal.

    1 - Ocorrendo o licena no perodo ordinrio o suplente ser convocado para tomar

    posse na primeira sesso ordinria subseqente, e no recesso a convocao ser feita no

    prazo mximo de 5 (cinco) dias.

    2 - O suplente convocado dever tomar posse dentro do prazo de 15 (quinze) dias,

    salvo motivo justo aceito pela Cmara, sob pena de ser considerado renunciante.

    3 - Ocorrendo vaga e no havendo suplente, o Presidente da Cmara comunicar p

    fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.

    4 - Enquanto a vaga a que se refere o pargrafo anterior no for preenchida,

    calcular-se- o quorum em funo dos Vereadores remanescentes.

    SEO XIV

    DO PROCESSO LEGISLATIVO

    SUBCEO I

    DISPOSIO GERAL

    Art. 41 O processo legislativo compreende a elaborao de: I emendas Lei Orgnica Municipal; II leis complementares; III leis ordinrias; IV decretos legislativos; V resolues. Pargrafo nico Lei Complementar dispor sobre a elaborao, alterao,

    redao e consolidao das leis.

    SUBSEO II

    DAS EMENDAS LEI ORGNICA MUNICIPAL

    Art. 42 A Lei Orgnica Municipal poder ser emendada mediante proposta: I de um tero, mnimo, dos membros da Cmara Municipal; II do Prefeito Municipal. 1 - A proposta de emenda Lei Orgnica Municipal ser discutida e votada em

    dois turnos de discusso e votao, com interstcio mnimo de 10 (dez) dias, considerando-

    se aprovada quando obtiver, em ambos, dois teros dos votos dos membros da Cmara.

    2 - A emenda Lei Orgnica Municipal ser promulgada pela Mesa da Cmara

    com o respectivo nmero de ordem.

    3. A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de estado de stio ou de

    interveno no municpio.

    4. A matria constante de proposta de emenda Lei Orgnica rejeitada ou havida

    por prejudicada, no poder ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

    SUBSEO III

    DAS LEIS

    ELO 05 e 08

  • 3. A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de estado de stio ou de

    interveno no municpio.

    4. A matria constante de proposta de emenda Lei Orgnica rejeitada ou havida

    por prejudicada, no poder ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

    Art. 43 A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer Vereador, comisso permanente da Cmara, ao Prefeito e ao eleitorado que a exercer sob

    a forma de moo articulada subscrita, no mnimo, por cinco por cento do total do nmero

    de eleitores do municpio.

    Pargrafo nico Nos projetos de iniciativa do eleitorado ser considerado autor o primeiro signatrio da proposio.

    Art. 44 Compete privativamente ao Prefeito Municipal a iniciativa das leis que versem sobre:

    I regime jurdico dos servidores; II criao de cargos, empregos e funes na Administrao direta e autrquica do

    Municpio, ou aumento de sua remunerao;

    III oramento anual, diretrizes oramentrias e plano plurianual; IV criao, estruturao e atribuies dos rgos da Administrao direta do

    Municpio.

    Art.45 A iniciativa popular ser exercida pela apresentao, Cmara Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mnimo 5% (cinco por cento) dos eleitores inscritos no

    Municpio, contendo assunto de interesse especfico do Municpio, da cidade ou de bairros.

    1 - A proposta popular dever ser articulada, exigindo-se, para o seu recebimento

    pela Cmara, a identificao dos assinantes, mediante indicao do nmero do respectivo

    ttulo eleitoral, bem como a certido expedida pelo rgo eleitoral competente, contendo a

    informao do numero total de eleitores do bairro, da cidade ou do Municpio.

    2 - A tramitao dos projetos da lei de iniciativa popular obedecer s normas

    relativas ao processo legislativo.

    3 - Caber ao Regimento Interno da Cmara, assegurar e dispor sobre o modo pelo

    qual os projetos de iniciativa popular sero defendidos na Tribuna da Cmara.

    Art. 46 So objeto de leis complementares as seguintes matrias: I Cdigo Tributrio; II Plano Diretor, que tambm legislar sobre: a) Zoneamento Urbano e Rural; b) Uso e ocupao do Solo Urbano; c) Parcelamento do Solo Urbano; d) Obras e Edificaes; e) Sistema Virio; f) Poder de Polcia Administrativa; III Regime Jurdico dos Servidores.

    ELO 08

  • 1. As leis complementares exigem para a sua aprovao, o voto favorvel da

    maioria absoluta dos membros da Cmara.

    2. Observado o Regimento Interno da Cmara Municipal, facultada a realizao

    de consulta pblica aos projetos de leis complementares pelo prazo de quinze dias, para

    recebimento de sugestes.

    3. A sugesto popular referida no 2 deste artigo no pode versar sobre

    assuntos com reserva de competncia.

    Art. 47 No ser admitido aumento da despesa prevista: I nos projetos de iniciativa do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no artigo

    166, 3 e 4 da Constituio Federal;

    II nos projetos sobre organizao dos servios administrativos da Cmara Municipal.

    Art. 48 O Prefeito Municipal poder solicitar urgncia para apreciao dos projetos de sua iniciativa, considerados relevantes, os quais devero ser includos na ordem do dia,

    no prazo de quarenta e cinco dias.

    1 - Decorrido, sem deliberao, o prazo fixado no caput desde artigo, o projeto ser

    obrigatoriamente includo na ordem do dia, para que se ultime sua votao, sobrestando-se a

    deliberao sobre qualquer outra matria, exceto leis oramentrias e veto.

    2 - O prazo referido neste artigo no corre no perodo de recesso da Cmara e nem

    se aplica aos projetos de codificao.

    Art. 49 O projeto de lei aprovado pela Cmara ser, no prazo de 5 (cinco) dias teis, enviado pelo seu Presidente ao Prefeito Municipal que, concordando, o sancionar no

    prazo de 15 (quinze) dias teis.

    1 - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias teis, o silncio do Prefeito Municipal

    importar em sano.

    2 - Se o Prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou em parte,

    inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo- total ou parcialmente, no prazo

    de 15 (quinze) dias teis, contados da data do recebimento, e comunicar, dentro de 48

    (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Cmara, os motivos do veto.

    3 - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de

    inciso ou de alnea.

    4 - O veto ser apreciado dentro de trinta dias a contar do seu recebimento, com

    parecer ou sem ele, em uma nica discusso e votao.

    5 - O veto somente ser rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores, mediante

    votao secreta.

    6 - Esgotado sem deliberao o prazo previsto no 4 desde artigo, o veto ser

    colocado na ordem do dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies at sua

    votao final.

    7 - Se o veto for rejeitado, o projeto ser enviado ao Prefeito Municipal, em 48

    (quarenta e oito) horas, para promulgao.

    8 - se o Prefeito Municipal no promulgar a lei nos prazos previstos, e ainda no

    caso de sano tcita, o Presidente da Cmara a promulgar e, se este no o fizer no

  • ELO 05 e 08

    prazo de 48 (quarenta e oito) horas, caber ao Vice-Presidente obrigatoriamente faz-lo.

    Art. 50 A matria constante de projeto de lei rejeitado, somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta

    dos membros da Cmara.

    Art. 51 Os projetos de resoluo disporo sobre matrias de interesses internos da Cmara Municipal e os projetos de decretos legislativos sobre matrias de interesses

    externos.

    Pargrafo nico Nos casos de projeto de resoluo e de projeto de decreto

    legislativo, considerar-se- encerrada com a votao final, a elaborao de norma jurdica,

    que ser promulgada pelo Presidente da Cmara.

    CAPTULO III

    DO PODER EXECUTIVO

    SEO I

    DO PREFEITO MUNICIPAL

    Art. 52 O Poder Executivo exercido pelo Prefeito, com funes polticas, executivas e administrativas.

    Art. 53 O Prefeito e o Vice-Prefeito sero eleitos para um mandato de quatro anos, no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao trmino do mandato, mediante pleito

    direto e simultneo realizado em todo o pas.

    Art. 54 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posso no dia 1 de janeiro do ano subseqente eleio, em sesso solene da Cmara Municipal ou, se esta no estiver

    reunida, perante a autoridade judiciria competente, ocasio em que, prestaro o seguinte

    compromisso:

    "PROMETO cumprir a Constituio Federal, a Constituio Eleitoral e a Lei Orgnica

    Municipal, observar as leis, promover o bem geral dos muncipes e exercer o cargo sob a

    inspirao da democracia, da legitimidade e da legalidade."

    1 - Se at o dia 10 (dez) de janeiro, O Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de

    fora maior, devidamente comprovado e aceito pela Cmara Municipal, no tiver assumido

    o cargo, este ser declarado vago.

    2 - Enquanto no ocorrer a posse do Prefeito, assumir o cargo o Vice-Prefeito, e ,

    na falta ou impedimento deste, o Presidente da Cmara Municipal.

    3 - No ato da posse e ao trmino do mandato o Prefeito e o Vice-Prefeito faro

    declarao pblica de seus bens, a qual ser transcrita em livro prprio da Cmara Municipal

    e divulgada para o conhecimento pblico.

    4 - O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas pela

    legislao local, auxiliar o Prefeito sempre que por ele convocado para misses especiais, o

    substituir nos casos de licena e o suceder no caso de vacncia do cargo.

  • ELO 08

    Art. 55 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacncia dos respectivos cargos, ser chamado ao exerccio do cargo de Prefeito o Presidente da Cmara

    Municipal.

    Pargrafo nico A recusa do Presidente em assumir a Prefeitura, implicar em perda do cargo que ocupa na Mesa Diretora.

    SEO II

    DAS PROIBIES

    Art. 56 O Prefeito e o Vice-Prefeito no podero, desde a posse, sob pena de perda de mandato, alm do previsto na Constituio Federal:

    I firmar ou manter contrato com o Municpio ou com suas autarquias, empresas pblicas, sociedade de economia mista, fundaes ou empresas concessionrias de servio

    pblico municipal, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes;

    II ser titular de mais um mandato eletivo; III patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades mencionadas

    no inciso I deste artigo;

    IV ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato celebrado com o Municpio ou nela exercer funo remunerada;

    V fixar residncia fora do Municpio.

    Seo III

    Do Julgamento do Prefeito

    Art.56-A. O Prefeito ser processado e julgado: I pelo Tribunal de Justia do Estado, nos crimes comuns e de responsabilidade, nos termos da legislao federal aplicvel;

    II pela Cmara Municipal, nas infraes poltico-administrativas, nos termos do seu Regimento Interno, assegurados entre outros requisitos de validade, o contraditrio, a

    publicidade, ampla defesa, com os meios e recursos inerentes, e a deciso motivada que se

    limitar a decretar a cassao do mandato do Prefeito.

    1 - Admitir-se- a denncia por Vereador, por partido poltico ou por qualquer

    muncipe eleitor.

    2 - No participar do processo nem do julgamento o Vereador denunciante.

    3 - Se, decorridos cento e oitenta dias, o julgamento no estiver concludo, o processo

    ser arquivado, salvo que a demora no processo tenha ocorrido por ato de procrastinao da

    defesa do Prefeito..

    Art.56-B. O Prefeito perder o mandato:

  • ELO 08

    I quando assumir outro cargo, emprego ou funo na Administrao Pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e observado o disposto nos incisos

    II, IV e V do art. 38 da Constituio Federal;

    II por cassao nos termos do inciso II e dos pargrafos do artigo anterior, quando infringir:

    a) qualquer das proibies estabelecidas no art. 36 desta Lei Orgnica; b) o disposto no inciso V do art. 56 desta Lei Orgnica; III por extino, declarada pela Mesa da Cmara Municipal, quando: a) sofrer condenao judicial em sentena transitada em julgado;

    b) perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

    c) o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio Federal.

    d) renunciar por escrito, considerando-se tambm como tal o no comparecimento para

    a posse no prazo previsto no art. 54 desta Lei Orgnica.

    Seo IV

    Das Infraes Poltico-Administrativas

    Art. 56-C. So infraes poltico-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela

    Cmara Municipal e sancionadas com a cassao do mandato:

    I impedir o funcionamento regular da Cmara; II impedir o exame de livros, folhas de pagamento, bem como a verificao de obras e

    servios municipais, por comisso de investigao da Cmara ou auditoria, regularmente

    instituda;

    III desatender, sem motivo justo, as convocaes ou os pedidos de informaes da Cmara, quando feitos a tempo e em forma regular;

    IV retardar a publicao ou deixar de publicar as leis e os atos sujeitos a essa formalidade;

    V deixar de apresentar Cmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta oramentria;

    VI descumprir o oramento aprovado para o exerccio financeiro; VII praticar, contra expressa disposio de lei, ato de sua competncia ou omitir-se na

    sua prtica;

    VIII omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do municpio, sujeitos administrao da Prefeitura;

    IX ausentar-se do municpio, por tempo superior ao permitido em lei, ou afastar-se da Prefeitura, sem autorizao da Cmara de Vereadores;

    X proceder de modo incompatvel com a dignidade e o decoro do cargo.

    ELO 08

  • SEO V

    DAS LICENAS

    Art. 57 O Prefeito ou o Vice-Prefeito, quando no exerccio do cargo de Prefeito no poder, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do Municpio por perodo

    superior a 15 dias, sob pena de perda de mandato.

    Art. 58 O Prefeito poder licenciar-se: I por motivo de doena, devidamente comprovada; II para gozo de frias; III para misso oficial; IV por interesse prprio, desde que autorizado pela Cmara Municipal. Pargrafo nico Nos casos do incisos I, II e III o Prefeito licenciado far jus a sua

    remunerao integral.

    SEO VI

    DAS ATRIBUIES DO PREFEITO

    Art. 59 Compete privativamente ao Prefeito: I representar o Municpio em juzo e fora dele; II exceder a direo superior da Administrao Pblica Municipal; III iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei

    Orgnica;

    IV sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo;

    V vetar projetos da lei, total ou parcialmente; VI enviar a Cmara Municipal o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e o

    oramento anual do municpio;

    VII dispor sobre a organizao e o funcionamento da Administrao Municipal, na forma da lei;

    VIII remeter mensagens e plano de governo Cmara Municipal por ocasio de abertura da sesso legislativa, expondo a situao de o Municpio e solicitando as

    providncias que julgar necessrias;

    IX enviar Cmara Municipal, at 15 (quinze) de abril de cada exerccio, a prestao de contas, bem como os balanos do exerccio findo;

    X prover e extinguir os cargos, os empregos e as funes pblicas municipais, na forma da lei;

    XI declarar de utilidade pblica, nos termos da lei, para fins de desapropriao, por necessidades ou utilidade pblica, ou por interesse social;

    XII celebrar convnios com entidades pblicas ou provadas para a realizao de objetivos de interesse ao Municpio;

    ELO 08

  • XIII prestar Cmara, dentro de vinte dias teis, as informaes pela mesma solicitadas, salvo prorrogao, a seu pedido, por mais quinze dias e aceito pela Cmara, em

    face de complexidade da matria ou da dificuldade de obteno nas respectivas fontes, dos

    dados pleiteados, importando o no cumprimento em sanes definidas em lei;

    XIV publicar, at 30 (trinta) dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria;

    XV colocar disposio da Cmara Municipal, na forma da Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, e da Emenda Constitucional 25, de 14 de fevereiro de 2000, os

    recursos correspondentes s dotaes oramentrias que lhes so prprias, compreendidos

    os crditos suplementares e especiais, at o dia 20 (vinte) de cada ms;

    XVI solicitar o auxilio da foras policiais para garantir o cumprimento de seus atos, bem como da guarda municipal, da forma da lei;

    XVII decretar calamidade pblica quando ocorrerem fatos que a justifiquem; XVIII convocar extraordinariamente a Cmara; XIX fixar as tarifas dos servios pblicos concedidos e permitidos, bem como

    daqueles explorados pelo prprio Municpio, conforme critrios estabelecidos na legislao

    Municipal;

    XX - requerer autoridade competente a priso administrativa de servidor pblico

    municipal omisso ou remisso na prestao de contas dos dinheiros pblicos;

    XXI Revogado; XXII superintender a arrecadao dos tributos e preos, bem como a guarda e a

    aplicao da receita, autorizando as despesas e os pagamentos, dentro das disponibilidades

    oramentrias ou dos crditos autorizados pela Cmara;

    XXIII aplicar as multas previstas na legislao e nos contratos ou convnios, bem como relev-las quando for o caso;

    XXIV realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil e com membros da comunidade;

    XXV resolver, dando cincia de sua deciso parte interessada dentro de 15 (quinze) dias teis, sobre os requerimentos, as reclamaes ou as representaes que lhes

    forem dirigidos.

    1 - O Prefeito Municipal poder delegar as atribuies previstas nos incisos XII,

    XXIII e XXV deste artigo.

    2 - O Prefeito Municipal poder, a qualquer momento, segundo seu nico critrio,

    avocar a si a competncia delegada.

    3 - O Prefeito Municipal poder, com autorizao da Cmara, adquirir, atravs de

    consrcios, veculos, mquinas e equipamentos, no podendo no entanto as obrigaes

    financeiras decorrentes ultrapassar o limite do mandato.

    Art. 60 Os crimes que o Prefeito Municipal praticar no exerccio do mandato ou em decorrncia dele, por infraes penais comuns ou por crimes de responsabilidade, sero

    julgados perante o Tribunal da Justia do Estado.

    1 - A Cmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que

    possa configurar infrao penal comum ou crime de responsabilidade, nomear comisso

    especial para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias, devero ser apreciados pelo

    Plenrio. ELO 08

  • 2 - Se o Plenrio entender precedentes as acusaes, determinar o envio do

    apurado Procuradoria Geral da Justia para as providncias; se no, determinar o

    arquivamento, publicando as concluses de ambas as decises.

    3 - Recebida a denncia contra o Prefeito pelo Tribunal de Justia, a Cmara

    decidir sobre a designao de Procurador para assistente de acusao.

    4 - O Prefeito ficar suspenso de suas funes com o recebimento da denncia pelo

    Tribunal de Justia, que cessar se, at cento e oitenta dias, no tiver concludo o

    julgamento.

    SEO VII

    DA TRANSIO ADMINISTRATIVA

    Art. 61 At 30 (trinta) dias antes do fim de seu mandato o Prefeito Municipal dever preparar, para entregar ao seu sucessor e para a publicao imediata, relatrio da

    situao da Administrao Municipal que conter, dentre outras, informaes atualizadas

    sobre:

    I dvidas do Municpio, por credor, com as datas das respectivas emisses e vencimentos, inclusive das dvidas a longo prazo e encargos decorrentes de operaes de

    crdito, informando sobre a capacidade da Administrao Municipal realizar operaes de

    crditos de qualquer natureza;

    II medidas necessrias a regularizao das contas municipais, perante o Tribunal de Contas ou rgo equivalente, se for o caso;

    III prestao de contas de convnios celebrados com organismos da Unio e do Estado, bem como do recebimento de subvenes ou auxlios;

    IV situao dos contratos com concessionrias e permissionrias de servios Pblicos;

    V estado dos contratos de obras e servios em execuo ou apenas formalizados, informando sobre o que foi realizado e pago e o que h por executar e pagar, com os prazos

    respectivos;

    VI transferncias a serem recebidas da Unio e do Estado por fora de mandato constitucional ou de convnios;

    VII projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Cmara Municipal, para permitir que a nova Administrao decida quando convenincia de lhes

    dar prosseguimento, acelerar seu andamento ou retira-los;

    VIII situao dos servidores do Municpio, seu custo, quantidade e rgos em que esto lotados e em exerccio;

    Art. 62 Revogado.

    SEO VIII

    DOS AUXILIARES DIRETOS DOS PREFEITO MUNICIPAL

    ELO 08

  • Art. 63 O Prefeito Municipal, por intermdio de ato administrativo, estabelecer as atribuies dos seus auxiliares diretos, definindo-lhes competncias, deveres e

    responsabilidades.

    Art. 64 Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal so solidariamente responsveis, junto com este, pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.

    Art. 65 Os auxiliares direitos do prefeito Municipal, como agentes polticos, sero escolhidos entre brasileiros maiores de vinte e um anos, no exerccio dos direitos polticos.

    Pargrafo nico Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal devero fazer declarao de bens no ato de sua posse em cargo ou funo pblica e quando de sua

    exonerao.

    SEO IX

    DA CONSULTA POPULAR

    Art. 66 O Prefeito Municipal poder utilizar consultas populares na forma da lei, para decidir sobre assuntos de interesse especfico do Municpio, de bairro ou de distrito,

    cujas medias devero ser tomadas diretamente pela Administrao Municipal.

    1 - A realizao da consulta popular dever ser aprovada pela maioria absoluta dos

    membros da Cmara.

    2 - Sero realizadas, no mximo, duas consultas por ano.

    3 - vedada a realizao de consulta popular nos quatro meses que antecedem as

    eleies para qualquer nvel do Governo.

    TTULO V

    DA ADMINISTRAO MUNICIPAL

    CAPTULO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 67 A Administrao Pblica direta, indireta ou funcional do Municpio obedecer, no que couber, ao disposto no Captulo VIII, do Ttulo III da Constituio

    Federal e nesta Lei Orgnica.

    Art. 68 Os planos de cargos e carreiras do servio pblico municipal sero elaborados de forma a assegurar aos servidores municipais remunerao compatvel com o

    mercado de trabalho para a funo respectiva, oportunidade de progresso funcional e acesso

    a cargos de escalo superior.

    1 - Para fins de cumprimento dos programas mencionados, o Municpio poder

    manter convnios com instituies especializadas.

  • 2 - A lei assegurar, aos servidores da Administrao Pblica direta, isonomia de

    vencimentos para cargos de atribuies iguais ou semelhantes do mesmo Poder ou entre

    servidores dos Poderes Legislativo e Executivo, ressalvadas as vantagens de carter

    individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho.

    3. Fica assegurado aos servidores municipais o adicional de remunerao para as

    atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.

    4 - Quando do desmembramento de reas do Municpio, os servidores que

    prestam servios no territrio que pertencer ao Municpio instalado tero assegurado o

    direito, independente de concurso, de integrar o quadro de servidores do Municpio

    desmembrado, ficando a critrio do Prefeito do novo Municpio a manuteno ou no das

    vantagens de carter pessoal dos servidores.

    Art. 69 Um percentual, definido em lei, dos cargos e empregos do Municpio ser destinado, preferencialmente, a pessoas portadoras de deficincias, devendo os critrios para

    seu preenchimentos serem definidos na forma da lei.

    Art. 70 O Municpio Garantir proteo especial servidora gestante, adequando ou mudando temporariamente suas funes, nos tipos de trabalho comprovadamente prejudicais

    sua sade e do nascituro, sem que disso decorra qualquer nus posterior para o

    Municpio.

    Art. 71 O Municpio assegurar a seus servidores e dependentes, na forma da lei municipal, servios de atendimento mdico, odontolgico e de assistncia social.

    Pargrafo nico Os servios referidos neste artigo so extensivos aos aposentados e aos pensionistas do Municpio.

    Art. 72 Os concursos pblicos para preenchimento de cargos, empregos ou funes na Administrao Municipal, seguiro o disposto nas Constituies Federal e Estadual.

    Art. 73 vedada, na Administrao Pblica direta, indireta e fundacional do Municpio, a contratao de empresas que reproduzem prticas discriminatrias na admisso

    de mo-de-obra, na forma da lei.

    CAPTULO II

    SEO I

    DOS ATOS MUNICIPAIS

    Art. 74 A publicao das leis e atos municipais far-se- em rgo da imprensa oficial do Municpio e por afixao na sede da prefeitura e da Cmara Municipal, conforme

    o caso.

    1 - No caso de no haver peridicos no Municpio, a publicao ser feita por

    afixao em local prprio e de acesso pblico, na sede da Prefeitura Municipal ou na

    Cmara Municipal.

    2 - A publicao dos atos no normativos, pela imprensa, poder ser resumida.

    3 - A escolha do rgo de imprensa oficial para divulgao dos atos municipais

    ser feita por meio de licitao, em que se levaro em conta, alm dos preos, as

    circunstancias de periodicidade, tiragem e distribuio.

    4 - Nenhum ato produzir efeito antes de sua publicao.

  • 5 - obrigatria a publicao de todos os atos municipais que criem, modifiquem,

    extingam ou restrinjam direitos, especialmente as leis, decretos legislativos, resolues,

    decretos e razes de vetos apostos no recesso da Cmara.

    Art. 75 A formalizao dos atos administrativos da competncia do Prefeito far-se-:

    I mediante decreto numerado, em ordem cronolgica quando se tratar de:

    a) regulamentao de lei;

    b) criao ou extino de gratificao, quando autorizadas em lei;

    c) abertura de crditos especiais suplementares;

    d) declarao de utilidade pblica ou ordem de interesse social para efeito de

    desapropriao ou servido administrativa;

    e) criao, alterao e extino de rgos da Prefeitura, bem como a instituio de

    Conselhos e nomeao dos respectivos membros, quando autorizado em lei;

    f) definio da competncia dos rgos e das atribuies dos servidores da Prefeitura,

    no privativas de lei;

    g) aprovao de regulamentos e regimentos dos rgos da Administrao

    descentralizada;

    h) aprovao dos estatutos dos rgos da administrao descentralizada;

    i) fixao e alterao dos preos dos servios prestados pelo Municpio e aprovao dos

    preos dos servios concedidos ou autorizados;

    j) permisso para a explorao de servios pblicos e para uso de bens municipais;

    l) aprovao e implantao de planos de trabalho, projetos e programas dos rgos da

    Administrao direta;

    m) criao, extino, declarao ou modificao de direito das administrados, no

    privativos da lei;

    n) medidas executrias do Plano Diretor;

    o) estabelecimento de normas de efeitos externos, no privativas de lei;

    II mediante portaria, quando se tratar de:

    a) provimento e vacncia de cargos pblicos e demais atos de efeito individual, relativos

    aos servidores municipais;

    b) lotao e relotao nos quadros de pessoal;

    ELO 08

  • c) criao de comisses e designao de seus membros;

    d) instituio e dissoluo de grupos de trabalho;

    e) autorizao para contratao de servidores por prazo determinado e dispensa, na

    forma da lei;

    f) abertura de sindicncias e processos administrativos e aplicao de penalidades;

    g) outros atos que, por sua natureza ou finalidade, no sejam objeto de lei ou decreto.

    Pargrafo nico Podero ser delegados os atos constantes de item II deste artigo.

    SEO II

    DAS CERTIDES

    Art. 76 A Prefeitura e a Cmara Municipal so obrigadas a fornecer a qualquer interessado, no prazo de 15 (quinze) dias, certides dos atos, contratados e decises, desde

    que requeridas para fim de direito determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade

    ou servidor que negar ou retardar a sua expedio. No mesmo prazo, devero atender as

    requisies judicias se outro no for fixado pelo Juiz.

    Pargrafo nico As certides relativas ao Poder Executivo sero fornecidos pelo Secretrio da Administrao da Prefeitura, exceto as declaratrias de efetivo exerccio do

    Prefeito, que sero fornecidas pelo Presidente da Cmara.

    CAPTULO III

    DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

    Art. 77 Compete ao Municpio instituir os seguintes tributos: I Impostos sobre:

    a) propriedade predial e territorial urbana;

    b) transmisso "inter vivos", a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por

    natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem

    como cesso de direitos sua aquisio;

    c) Revogado.

    d) servios de qualquer natureza, definidos em lei complementar;

    II taxas, em razo do exerccio do poder de poltica ou pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos ou divisveis, prestados ao contribuinte ou postos

    sua disposio;

    III contribuio de melhoria, decorrente de obras pblicas. ELO 08

  • IV contribuio para o custeio do servio de iluminao pblica. 1 - O imposto previsto no inciso I, alnea "a", poder ser progressivo, em reas

    especficas e nos termos da lei, de forma a assegurar o cumprimento da funo social.

    2 - A contribuio de melhoria poder ser cobrada doas proprietrios de imveis

    beneficiados por obras pblicas, tendo como limite total a despesa realizada.

    Art. 78 de responsabilidade do rgo competente da Prefeitura Municipal a inscrio em dvida ativa dos crditos provenientes de impostos, taxas, contribuio de

    melhoria e multas de qualquer natureza, decorrentes de infraes legislao tributria, com

    prazo de pagamento fixado pela legislao ou por deciso proferida em processo regular de

    fiscalizao.

    Art. 79 Ocorrendo a decadncia do direito de constituir o crdito tributrio ou a prescrio da ao de cobr-lo, abrir-se- inqurito administrativo para apurar as

    responsabilidades, na forma da lei.

    Pargrafo nico a autoridade municipal, qualquer que seja seu cargo, emprego ou funo, independente do veculo que possuir com o Municpio, responder civil, criminal e

    administrativamente pela prescrio ou decadncia ocorrida sob sua responsabilidade,

    cumprindo-lhe indenizar o Municpio do valor dos crditos prescritos ou no lanados.

    CAPTULO IV

    DOS PREOS PBLICOS

    Art. 80 Para obter o ressarcimento da prestao de servios de natureza comercial ou industrial ou de atuao na organizao e explorao da atividades econmicas, o

    Municpio poder cobrar preos pblicos.

    Pargrafo nico Os preos devidos pela utilizao de bens e servios municipais devero ser fixados, de modo a cobrir os custos dos respectivos servios e serem reajustados

    quando se tornarem deficitrios.

    Art. 81 a lei Municipal estabelecer outros critrios para a fixao de preos pblicos.

    CAPTULO V

    DOS ORAMENTOS

    SEO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 82 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I o plano plurianual; II as diretrizes oramentrias; III os oramentos anuais. 1 - O plano plurianual compreender:

    I diretrizes, objetivos e metas para as aes municipais de execuo plurianual; II investimentos de execuo plurianual; III gastos com a execuo de programas de durao continuada. 2 - As diretrizes oramentrias compreendero:

  • I as prioridades da Administrao Pblica Municipal, quer de rgos da Administrao direta, quer da Administrao indireta, com as respectivas metas, incluindo a

    despesa de capital para o exerccio financeiro subseqente;

    II orientao para elaborao da lei oramentria anual; III alterao na legislao tributria; IV autorizao para concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao,

    criao de cargos ou alteraes de estrutura de carreiras, bem como a demisso, de pessoal a

    qualquer ttulo, pelas unidades governamentais da Administrao direta ou indireta,

    inclusive as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico Municipal, ressalvadas as

    empresas pblicas e as sociedades de economia mista.

    3 - O oramento anual compreender:

    I o oramento fiscal da Administrao direta municipal, incluindo os seus fundos especiais;

    II os oramentos das entidades da Administrao indireta, inclusive das fundaes institudas pelo Poder Pblico Municipal;

    III o oramento de investimentos das empresas em que o Municpio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    IV o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculadas, da Administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas

    pelo Poder Pblico Municipal.

    Art. 83 Os planos e programas municipais de execuo plurianual ou anual sero elaboradas em consonncia com o plano plurianual e com as diretrizes oramentrias,

    respectivamente, e apreciados pela Cmara Municipal.

    1 - O projeto do plano plurianual para vigncia at o final do primeiro exerccio

    financeiro do mandato municipal subseqente, ser encaminhado at quatro meses antes do

    encerramento do primeiro exerccio financeiro e devolvido para sano at o encerramento

    da sesso legislativa.

    2 - O projeto de lei de diretrizes oramentrias ser encaminhado at oito meses e

    meio antes do encerramento do exerccio financeiro e devolvido para sano at o

    encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa.

    Art. 84 Os oramentos previstos no 3 do artigo 82 sero compatibilizados com o plano plurianual e as diretrizes oramentrias, evidenciando os programas e polticas do

    Governo Municipal.

    Pargrafo nico O projeto de lei oramentria ser encaminhado at trs meses antes do encerramento do exerccio financeiro e devolvido para sano at o encerramento

    da sesso legislativa.

    SEO II

    DAS VEDAES ORAMENTRIAS, DAS EMENDAS E DA EXECUO

    ORAMENTRIA

    ELO 03 e 04

  • Art. 85 As vedaes oramentrias so aquelas previstas na Constituio Federal e na Lei Complementar Federal.

    Art. 86 As emendas aos projetos oramentrios so aquelas previstas na Constituio Federal e na Lei Complementar Federal.

    Art. 87 A execuo do oramento de Municpio de refletir na obteno das suas receitas prprias, transferidas e outras, bem como na utilizao das dotaes consignadas s

    despesas para a execuo dos programas nele determinados, observando sempre o princpio

    do equilbrio, e o disposto na Constituio Federal e na Lei Complementar Federal.

    SEO III

    DA ORGANIZAO CONTBIL

    Art. 88 A contabilidade do Municpio obedecer, na organizao de seu sistema administrativo e informativo e nos seus procedimentos, aos princpios fundamentais de

    contabilidade e s normas estabelecidas na legislao pertinente.

    Art. 89 A Cmara Municipal poder ter a sua prpria contabilidade.

    SEO IV

    DAS CONTAS MUNICIPAIS

    Art. 90 At 60 (sessenta) dias aps o incio da sesso legislativa de cada ano, o Prefeito Municipal encaminhar ao Tribunal de Contas de Estado ou rgo equivalente as

    contas do Municpio, que se comporo de:

    I demonstraes contbeis, oramentrias e financeiras da Administrao direta e indireta, inclusive dos fundos especiais e das fundaes institudos e mantidos pelo Poder

    Pblico;

    II demonstraes contbeis, oramentrias e financeiras consolidas dos rgos da Administrao direta com as dos fundos especiais, das fundaes e das autarquias,

    institudos e mantidos pelo Poder Pblico Municipal;

    III demonstraes contbeis, oramentrias e financeiras consolidadas nas empresas municipais;

    IV notas explicativas s demonstraes de que trata este artigo; V relatrio circunstanciado da gesto dos recursos pblicos municipais no

    exerccio demonstrado.

    SEO V

    DA PRESTAO E TOMADA DE CONTAS

    ELO 03, 04 e 08

  • Art. 91 So sujeitos tomadas ou prestao de contas, os agentes da Administrao Municipal responsveis por bens e valores pertencentes ou confiados

    Fazenda Pblica Municipal.

    1 - O tesoureiro do Municpio, ou servidor que exera a funo, fica obrigado

    apresentao do boletim dirio de tesouraria.

    2 - Os demais agentes municipais apresentaro as suas respectivas prestaes de

    contas at o dia 15 (quinze) de ms subseqente, quele em que o valor tenha sido recebido.

    SEO VI

    DO CONTROLE INTERNO INTEGRADO

    Art. 92 Os poderes Executivo e Legislativo mantero, de forma integrada, um sistema de controle interno, apoiado nas informaes contbeis, com objetivo de:

    I avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e a execuo dos programas do Governo Municipal;

    II comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quando eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nas entidades da Administrao Municipal, bem

    como da aplicao de recursos pblicos municipais por entidades de direito privado;

    III exercer o controle dos emprstimos e dos financiamentos, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Municpio.

    Pargrafo nico Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dele daro cincia comisso permanente de

    Finanas e Oramento da Cmara Municipal, sob pena de responsabilidade solitria.

    Art. 93 A comisso permanente de Finanas e Oramento, diante de indcios de despesa no autorizadas, ainda sob forma de investimentos no programados ou de subsdios

    no aprovados, poder solicitar da autoridade responsvel que, no prazo de 5 (cinco) dias,

    preste os esclarecimentos necessrios.

    1 - No prestados os esclarecimentos ou considerados estes insuficiente, a

    Comisso Permanente de Finanas e Oramento solicitar ao Tribunal de Contas

    pronunciamento conclusivo sobre a matria em carter de urgncia.

    2 - Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a Comisso Permanente

    de Finanas e Oramentos propor Cmara Municipal a sua sustao.

    CAPTULO VI

    DA ADMINISTRAO DOS BENS PATRIMONIAIS

    Art. 94 Compete ao Prefeito Municipal a administrao dos bens municipais, respeitada a competncia da Cmara quando queles empregados nos servios desta.

    Art. 95 A alienao de bens municipais se far de conformidade com a legislao pertinente.

  • Art. 96 A afetao e desafetao de bens municipais depender da lei. Pargrafo nico As reas transferidas ao Municpio em decorrncia da aprovao

    de loteamentos sero consideradas bens dominiais enquanto no se efetivarem benfeitorias

    que lhes dem outra destinao.

    Art. 97 O uso de bens municipais por terceiros poder ser feito mediante concesso, permisso ou autorizao, conforme interesse pblico exigir.

    Pargrafo nico O Municpio poder ceder seus bens a outros entes pblicos, inclusive os da Administrao indireta, desde que atendido o interesse pblico.

    Art. 98 O Municpio poder ceder a particulares, para servios de carter transitrio, conforme regulamentao a ser expedida pelo Prefeito e aprovada pela Cmara

    Municipal, mquinas e operadores da Prefeitura, desde que os servios da municipalidade

    no sofram prejuzo e o interessado recolha, previamente, a remunerao arbitrada e assine o

    termo de responsabilidade pela conservao e devoluo dos bens cedidos.

    Art. 99 Nenhum servidor ser dispensado, transferido, exonerado, ou ter aceito o seu pedido de exonerao ou resciso, sem que o rgo responsvel pelo controle dos bens

    patrimoniais da Prefeitura ou da Cmara ateste que o mesmo devolveu os bens mveis do

    Municpio que estavam sob sua guarda.

    Art. 100 O rgo competente do Municpio ser obrigado, independentemente de despacho de qualquer autoridade, a abrir inqurito administrativo e a propor, ser for o caso,

    a competente ao civil e penal contra qualquer servidor, sempre que forem apresentadas

    denncias contra o extravio ou danos de bens municipais.

    Art. 101 O Municpio, preferentemente venda ou doao de bens imveis, conceder direitos real de uso, mediante concorrncia.

    Pargrafo nico A concorrncia poder ser dispensada quando o uso se destinar a concessionrio de servio pblico, a entidades assistenciais, ou verificar-se relevante

    interesse pblico na concesso, devidamente justificado.

    CAPTULO VII

    DAS OBRAS E SERVIOS PBLICOS

    Art. 102 de responsabilidade do Municpio, mediante licitao e de conformidade com os interesses e as necessidades da populao, prestar servios pblicos,

    diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, bem como realizar obras pblicas,

    podendo contrat-las com particulares atravs de processo licitatrio.

    Art. 103 Nenhuma obra pblica, salvo os casos de extrema urgncia, devidamente justificados, ser realizada sem que conste:

    I o respectivo projeto; II o oramento do seu custo; III a indicao dos recursos financeiros para o atendimento das respectivas

    despesas;

    IV a viabilidade do empreendimento, sua convenincia e oportunidade para o interesse pblico;

    V os prazos para seu incio e trmino.

  • Art. 104 A concesso ou a permisso de servios pblicos somente ser efetivada com autorizao da Cmara Municipal e mediante contrato, precedido de licitao.

    1 - Sero nulas de pleno direito as concesses e as permisses, bem como qualquer

    autorizao para a explorao de servios pblicos, feitas em desacordo com o estabelecido

    neste artigo.

    2 - Os servios concedidos ou permitidos, ficaro sempre sujeitos

    regulamentao a fiscalizao da Administrao Municipal, cabendo ao Prefeito Municipal

    aprovar as tarifas respectivas.

    Art. 105 Os usurios estaro representados nas entidades prestadoras de servios pblicos na forma que dispuser a legislao municipal, assegurando-se sua participao em

    decises relativas a:

    I planos e programas de expanso dos servios; II reviso da base de clculo dos custo operacionais; III poltica tarifria; IV nvel de atendimento da produo em termos de quantidade e qualidade; V mecanismos para ateno de pedidos e reclamaes dos usurios, inclusive para

    apurao de danos causados a terceiros.

    Pargrafo nico Em se tratando de empresas concessionrias de servios pblicos, a obrigatoriedade mencionada neste arquivo dever constar de contrato de concesso ou

    permisso.

    Art. 106 As entidades prestadoras de servios pblicos so obrigadas, pelo menos uma vez por ano, a dar ampla divulgao de suas atividades, informando, em especial, sobre

    planos de expanso, aplicao de recursos financeiros e realizao de programas de trabalho.

    Art. 107 Nos contratos de concesso ou permisso de servios pblicos sero estabelecidos, entre outros:

    I os direitos dos usurios, inclusive as hipteses de gratuidade; II as regras para a remunerao do capital e para garantir o equilbrio econmico e

    financeiro do contrato;

    III as normas que possam comprovar eficincia da atendimento do interesse pblico, bem como permitir a fiscalizao pelo Municpio, de modo a manter o servio

    contnuo, adequado e acessvel;

    IV as regras para orientar a reviso peridica das bases de clculo dos custo operacionais e remunerao do capital, ainda que estipulada em contrato anterior;

    V a remunerao dos servios prestados aos usurios diretos, assim como a possibilidade de cobertura dos custos por cobrana a outros benefcios pela existncia dos

    servios;

    VI as condies de prorrogao, caducidade, resciso e reverso da concesso ou permisso.

    Pargrafo nico Na concesso ou na permisso de servios pblicos, o Municpio reprimir qualquer forma de abuso do poder econmico, principalmente, as que visem

    dominao do mercado, explorao monopolista e ao aumento abusivo de lucros.

  • Art. 108 O Municpio poder revogar a concesso ou a permisso dos servios que forem executados em desconformidade com o contrato ou ato pertinente, bem como

    daqueles que se revelarem manifestamente insatisfatrios para o atendimento dos usurios.

    Art. 109 As licitaes para a concesso ou permisso de servios pblicos devero ser precedidas de ampla publicidade, em rgo oficial de imprensa do Municpio, rdios

    locais, inclusive em rgos da imprensa da capital do Estado, mediante edital ou

    comunicado resumido.

    Art. 110 As tarifas dos servios pblicos prestados diretamente pelo Municpio ou por rgos de sua administrao descentralizada sero fixadas pelo Prefeito Municipal,

    cabendo Cmara Municipal definir os servios que sero remunerados pelo custo e baixo

    custo, tendo em vista seu interesse econmico e social.

    Pargrafo nico Na formao do custo dos servios de natureza industrial computar-se-o, alm das despesas operacionais e administrativas, as reservas para

    depreciao e reposio dos equipamentos e instalaes, bem como previso para expanso

    dos servios.

    Art. 111 O Municpio poder consorciar-se com outros municpios, para realizao de obras ou prestao de servios pblicos de interesse comum.

    Pargrafo nico o Municpio dever propiciar meios para criao, nos consrcios, de rgo consultivo constitudo por cidados no pertencentes ao servio pblico municipal.

    Art. 112 Ao Municpio facultado conveniar com a Unio, o estado e outros Municpios a prestao de servios pblicos de sua competncia privativa, quando lhe

    faltarem recursos tcnicos ou financeiros para execuo do servio em padres adequados

    ou quando houver interesse mtuo para a celebrao do convnio.

    Pargrafo nico Na celebrao de convnios de que trata este artigo dever ao Municpio:

    I propor os planos de expanso dos servios pblicos; II propor critrios para fixao de tarifas; III realizar avaliao peridica da prestao dos servios. Art. 113 A criao pelo Municpio de entidade de administrao indireta para

    execuo de obras ou prestao de servios pblicos s ser permitida, caso a entidade possa

    assegurar sua auto-sustentao financeira.

    Art. 114 Os rgos colegiados das entidades de administrao indireta do Municpio tero a participao obrigatria de um representante de seus servidores, eleito por

    estes, mediante voto direto e secreto, conforme regulamentao a ser expedida por ato do

    prefeito Municipal.

    CAPTULO VIII

    DOS DISTRITOS

    SEO I

    DISPOSIES GERAIS

  • Art. 115 Nos distritos, exceto no da sede, haver um Administrador Distrital nomeado em comisso pelo Prefeito Municipal.

    Art. 116 A instalao do distrito novo dar-se- com a posse do Administrador Distrital perante o Prefeito Municipal.

    SEO II

    DO ADMINISTRADOR DISTRITAL

    Art. 117 O Administrador Distrital ter a remunerao que for fixada na legislao municipal.

    Pargrafo nico Criado o distrito, fica o Prefeito Municipal autorizado a criar o respectivo cargo de Administrador Distrital, bem como, de criar as condies fsicas e

    funcionais para o desempenho da funo.

    Art. 118 Compete ao Administrador Distrital: I executar e fazer executar, na parte que lhe couber, as leis e os demais atos

    emanados dos Poderes Competentes;

    II coordenar e supervisionar os servios pblicos distritais de acordo com o que for estabelecidos nas leis e nos regulamentos;

    III propor ao Prefeito Municipal a admisso e a dispensa dos servidores na Administrao Distrital;

    IV promover a manuteno dos bens pblicos municipais, localizados no distrito; V prestar contas de importncias recebidas para fazer face s despesas da

    Administrao Distrital, observadas as normas legais;

    VI prestar as informaes que lhe forem solicitadas pelo Prefeito Municipal ou pela Cmara Municipal;

    VII solicitar ao Prefeito Municipal as providncias necessrias boa administrao do distrito;

    VIII executar outras atividades que lhe forem solicitadas pelo Prefeito Municipal e pela legislao pertinente.

    CAPTULO IX

    DA PLANEJAMENTO MUNICIPAL

    SEO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 119 O Governo Municipal manter processo permanente de planejamento, visando promover o desenvolvimento do Municpio, o bem-estar da populao e a melhoria

    da prestao dos servios pblicos municipais.

  • Pargrafo nico O desenvolvimento do Municpio ter por objetivo a realizao plena de seu potencial econmico, e a reduo das desigualdades sociais no acesso aos bens

    e servios, respeitadas as vocaes, as peculiaridades e a cultura locais e preservado o seu

    patrimnio ambiental, natural e construdo.

    Art. 120 O processo de planejamento municipal dever considerar os aspectos tcnicos e polticos envolvidos na fixao de objetivos, diretrizes e metas para ao

    municipal, propiciando que autoridades, tcnicos de planejamento, executores e

    representantes da sociedade civil participem do debate sobre os problemas locais e

    alternativas para o seu enfrentamento, buscando conciliar interesse e solucionar conflitos.

    Art. 121 O planejamento municipal dever orientar-se pelos seguintes princpios bsicos:

    I democracia e transparncia no acesso s informaes disponveis; II eficincia e eficcia na utilizao dos recursos financeiros, tcnicos e humanos

    disponveis;

    III complementaridade e integrao de polticas, planos e programas setoriais; IV viabilidade tcnica e econmica das proposies, avaliada a partir do interesse

    social da soluo e dos benefcios pblicos;

    V respeito e adequao realidade local e regional e consonncia com os planos e programas estaduais e federais existentes.

    Art. 122 A elaborao e a execuo dos planos e dos programas de Governo Municipal obedecero s diretrizes do plano diretor e tero acompanhamento a avaliao

    permanentes, de modo a garantir o seu xito e assegurar sua continuidade no horizonte de

    tempo necessrio.

    Art. 123 O planejamento das atividades do Governo Municipal se expressar atravs do Plano de Governo, que obedecer s diretrizes deste captulo e ser feito por

    meio de elaborao e manuteno atualizada entre outros, dos seguintes instrumentos:

    I Plano Diretor; II Plano Plurianual; III Diretrizes Oramentrias; IV Oramento Anual. Art. 124 Os instrumentos de planejamento municipal mencionados no artigo

    anterior devero incorporar as propostas constantes dos planos e dos programas setoriais do

    Municpio, dadas as suas implicaes para o desenvolvimento local.

    SEO II

    DA COOPERAO DAS ASSOCIAES NO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

    Art. 125 O Municpio buscar, por todos os meios ao alcance, a cooperao das associaes representativas na planejamento municipal.

    ELO 08

  • Pargrafo nico Para fins deste artigo, entende-se como associao representativa qualquer grupo organizado, de fins lcitos, que tenha legitimidade para representar seus

    filiados independente de seus objetivos ou natureza jurdica.

    Art. 126 A convocao das entidades mencionadas neste captulo far-se- por todos os meios disposio do Governo Municipal.

    CAPTULO X

    DAS POLTICAS MUNICIPAIS

    SEO I

    DA POLTICA DE SADE

    Art. 127 A sade direito de todos os muncipes e dever do Poder Pblico, assegurada mediante polticas sociais e econmicas, que visem eliminao do risco de

    doenas e outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para a sua

    promoo, proteo e recuperao.

    Art. 128 Para atingir os objetivos estabelecidos no artigo anterior, o Municpio promover por todos os meios ao seu alcance:

    I condies dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentao, educao, transporte e lazer;

    II respeito ao meio ambiente e controle de poluio ambiental; III acesso universal e igualitrio de todos os habitantes do Municpio s aes e

    servios de promoo, proteo e recuperao da sade, sem qualquer discriminao.

    Art. 129 As aes de sade so de relevncia pblica, devendo sua execuo ser feito preferencialmente atravs de servios pblicos e complementarmente na forma do

    disposto no artigo 131 desta lei atravs de servios de terceiros.

    Pargrafo nico vedado ao Municpio, cobrar do usurio pela prestao de servios de assistncia sade, mantidos pelo Poder Pblico ou contratados com terceiros.

    Art. 130 So atribuies do Municpio, no mbito do Sistema nico de Sade:

    I planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as aes e os servios de sade; II planejar, programar e organizar a rede regionalizada e hierarquizada do SUS, em

    articulao com sua direo estadual;

    III gerir, executar, controlar a avaliar as aes referentes s condies e aos ambientes de trabalho;

    IV executar servios de:

    a) vigilncia epidemiolgica;

    b) vigilncia sanitria;

    c) alimentao e nutrio;

    V planejar e executar a poltica de saneamento bsico em articulao com o Estado e a Unio;

    VI executar a poltica de insumo e equipamentos para a sade;

  • VII fiscalizar as agresses ao meio ambiente que tenham repercusso sobre a sade humana, junto aos rgos estaduais e federais competentes, para control-las;

    VIII formar consrcios intermunicipais de sade; IX gerir laboratrios pblicos de sade; X avaliar e controlar e execuo de convnios e contratos, celebrados pelo

    Municpio, com entidades privadas prestadoras de servio de sade;

    XI fiscalizar a instalao e o funcionamento de servios privados de sade. Art. 131 as aes e servios de sade realizados no Municpio, integram uma rede

    regionalizada e hierarquizada, constituindo o Sistema nico de Sade no mbito do

    Municpio, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I comando nico exercido pela Secretaria Municipal da Sade ou equivalente, de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Sade;

    II integridade da prestao das aes de sade; III participao, em nvel de deciso, de entidades representativas dos usurios,

    dos representantes das entidades prestadoras de servios, dos profissionais de sade e dos

    representantes governamentais na formulao, gesto e controle da poltica municipal e das

    aes de sade atravs do Conselho Municipal de Sade, que ter carter deliberativo e

    paritrio;

    IV direito do indivduo de obter informaes e esclarecimentos sobre assuntos pertinentes promoo, proteo e recuperao de sua sade e da coletividade.

    Art. 132 O Prefeito convocar, anualmente, o Conselho Municipal de Sade para avaliar a situao do Municpio, com ampla participao da sociedade, e fixar as diretrizes

    gerais da poltica de sade do Municpio.

    Art. 133 A lei dispor sobre a organizao e o funcionamento do Conselho Municipal de Sade que ter as seguintes atribuies:

    I formular a poltica municipal da sade; II planejar e fiscalizar a distribuio dos recursos destinados sade; III aprovar a instalao e o funcionamento de novos servios pblicos de sade

    necessrios ao Municpio.

    Art. 134 As instituies privadas podero participar de forma complementar do Sistema nico de Sade, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo

    preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos.

    Art. 135 O Sistema nico de Sade no mbito de Municpio ser financiado com recursos do oramento do Municpio, do Estado, da Unio e da seguridade social, alm de

    outras fontes.

    1 - Os recursos destinados aes e aos servios de sade no Municpio,

    constituiro o Fundo Municipal de Sade, conforme dispuser a lei.

    2 - vedada a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s

    instituies privadas com fins lucrativos.

    Art. 136 A assistncia mdica e odontolgica, com inspeo peridica no ensino fundamental, ser realizada pelo Municpio, realizando e atestando as imunizaes das

    crianas da rede.

  • Pargrafo nico Ficam criados, nos termos da lei, programas permanentes a cargo da Secretaria Municipal de Sade e que tenham como meta principal motivar a melhoria da

    sade bucal no municpio.

    SEO II

    DA POLTICA EDUCACIONAL, CULTURAL E DESPORTIVA

    Art. 137 A educao ser ministrada com base nos seguintes princpios: I igualdade de condies para o acesso escola; II liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte, a cultura,

    o desporto e o saber;

    III valorizao dos profissionais do ensino; IV garantia de padro de qualidade em toda a rede do sistema municipal de ensino; V gesto democrtica e colegiada das instituies de ensino mantidos pelo Poder

    Pblico Municipal, adotando-se o sistema eletivo, direto e secreto na escolha dos dirigentes,

    na forma da lei;

    VI pluralidade de oferta de ensino da lngua estrangeira na rede municipal de ensino; VII universalizao do ensino fundamental, com pluralidade de idias, princpios

    ideolgicos e de concepes pedaggicas.

    Art. 138 O Municpio manter: I ensino fundamental obrigatrio e gratuito, inclusive para que os que a ele no

    tiveram acesso na idade prpria;

    II atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia; III atendimento em creche e pr-escola s crianas de zero a seis anos de idade; IV ensino noturno regular de boa qualidade, adequado s condies do educando; V rede de estabelecimentos pblicos de ensino fundamental, de acordo com o

    necessidade da comunidade;

    VI atendimento ao educando, no ensino fundamental, por meio de programas suplementares de fornecimento de material didtico, transporte escolar, alimentao e

    assistncia sade.

    1 - O no oferecimento do ensino obrigatrio pelo Municpio, ou sua oferta irregular,

    importa em responsabilidade da autoridade competente.

    2 - O ensino religioso, da matrcula facultativa e natureza interconfessional,

    constituir disciplina nos horrios normais das escolas pblicas municipais do ensino

    fundamental.

    3 - O ensino fundamental regular ser ministro em lngua portuguesa.

    Art. 139 o Municpio promover, anualmente, o recenseamento da populao escolar e far a chamada dos educandos.

    Art. 140 no ato da Matrcula, estando o candidato em idade pertinente, alm dos documentos exigidos, dever apresentar a carteira de vacinao atualizada.

    ELO 08

  • Pargrafo nico Em caso de o aluno no preencher a exigncia do caput deste artigo, o Municpio ter 30 (trinta) dias para, atravs da Secretaria Municipal da Sade ou

    equivalente, regularizar a situao.

    Art. 141 o Municpio zelar, por todos os meios ao seu alcance, pela permanncia do educando na escola.

    Art. 142 o Poder Pblico Municipal assegurar s escolas pblicas uma estrutura fsica adequada prtica dos diferentes esportes e ao lazer, sempre que possvel, bem como

    material pedaggico e didtico para fins especficos do processo de ensino-aprendizagem.

    Art. 143 O Municpio estimular, por todos os meios, a educao fsica , que ser obrigatria nos estabelecimentos particulares que recebem auxlio do Municpio e nos

    estabelecimentos municipais que possurem mais de cem alunos matriculados, utilizando

    para tal, professores da rea.

    1 - O Municpio fomentar as prticas desportivas, principalmente nas comunidades

    organizadas.

    2 - O Municpio estimular prticas desportivas entre os portadores de deficincia,

    criando condies para tal.

    Art. 144 O municpio dever estabelecer e implantar polticas para: I educao e segurana no trnsito; II preveno e combate a incndios; III preveno e combate ao uso de drogas, lcool e tabaco; IV sade bucal; V preveno de molstias infecto-contagiosas; VI preveno e combate a todas as formas de violncia. Art. 145 O Sistema Municipal de Ensino, organizado pelo Poder Pblico Municipal,