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3. A utilização de produtos petrolíferos pode ser restrin- gida ou condicionada por razões relacionadas com a protec- ção da saúde, do meio ambiente e do património arquitectónico ou paisagístico. 4. A competência de controlo e monitorização da quali- dade técnica dos produtos petrolíferos a colocar no mercado petrolífero nacional, nos termos a definir em legislação com- plementar, é estabelecida por Decreto Presidencial. ARTIGO 76.° (Arbitragem) Os conflitos entre os operadores, os agentes económicos e os clientes, no âmbito da prestação de serviços integrados na definição de serviços públicos essenciais, podem ser resolvidos por recurso a arbitragem, nos termos da lei geral. ARTIGO 77.° (Seguros e cauções) 1. Os operadores e os agentes económicos devem consti- tuir e manter em vigor um seguro de responsabilidade civil, proporcional ao potencial risco inerente às actividades, de montante a definir, nos termos da legislação complementar. 2. Cumulativamente aos operadores e aos agentes econó- micos pode ser exigida a prestação de caução a definir em legislação complementar. ARTIGO 78.° (Norma transitória) Enquanto não for publicada a legislação referida na pre- sente lei mantêm-se em vigor os diplomas legais e os regu- lamentos respeitantes ao sector dos derivados de petróleo no que não sejam incompatíveis com as disposições estabeleci- das na presente lei. ARTIGO 79.° (Regulamentação) A presente lei deve ser regulamentada pelo Titular do Poder Executivo no prazo de cento e oitenta dias após a sua entrada em vigor. ARTIGO 80.° (Norma revogatória) É revogada toda a legislação que contrarie o disposto na presente lei, nomeadamente: a) a Lei n.° 1947, de 12 de Fevereiro de 1937; b) o Decreto n.° 37/00, de 6 de Outubro e respectivos diplomas regulamentares. ARTIGO 81.° (Dúvidas e omissões) As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e apli- cação da presente lei são resolvidas pela Assembleia Nacio- nal. ARTIGO 82.° (Entrada em vigor) A presente lei entra em vigor trinta dias após a data da sua publicação. Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos 19 de Julho de 2011. O Presidente da Assembleia Nacional, António Paulo Kassoma. Promulgada aos, 25 de Agosto de 2011. Publique-se. O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. –––––––––– Lei n.º 29/11 de 1 de Setembro Para melhor responder aos desafios de gestão adminis- trativa decorrentes dos progressos verificados e que venham a verificar-se nos domínios económico e social nas Provín- cias de Luanda e do Bengo. Considerando que a divisão administrativa da Província de Luanda já não se acha conforme com o crescimento urbano da Província de Luanda, transformando-a numa grande cidade com os desafios de gestão administrativa daí decorrentes; Tendo em conta que a expansão do aglomerado urbano propiciou o crescimento em torno da Cidade de Luanda e, por conseguinte, os limites territoriais dos municípios encontram-se, agora, desajustados ao intenso processo de crescimento e expansão urbano e territorial da Cidade de Luanda, colocando questões relacionadas com a delimitação territorial; I SÉRIE — N.º 168 — DE 1 DE SETEMBRO DE 2011 4129 Convindo, deste modo, adequar em alguns casos o nível hierárquico de determinadas circunscrições administrativas e noutros, a sua relação funcional e definir uma nova divisão administrativa dessas províncias; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alínea f) do artigo 161.° e da alínea d) do artigo 166.°, ambos da Constituição da República de Angola, a seguinte: LEI DE ALTERAÇÃO DA DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DAS PROVÍNCIAS DE LUANDA E BENGO CAPÍTULO I Disposições Gerais SECÇÃO I Alteração da Divisão Política-Administrativa ARTIGO 1.° (Objecto) A presente lei estabelece a divisão político-administrativa das Províncias de Luanda e do Bengo e a sua delimitação ter- ritorial. ARTIGO 2.° (Província do Bengo) 1. São desanexados da Província do Bengo, os Muni- cípios de Icolo e Bengo e da Quiçama, nos seus actuais limites. 2. A Província do Bengo, com sede na Cidade de Caxito, integra os seguintes municípios: a) Ambriz; b) Bula-Atumba; c) Dande; d) Dembos; e) Nambuangongo; f) Pango-Aluquém. ARTIGO 3.° (Limites geográficos da Provincia do Bengo) 1. A Província do Bengo tem os seguintes limites: O curso do Rio Loge desde a sua foz no Oceano Atlântico até à confluência do Rio Lué; o curso do Rio Lué, desde a sua confluência no Rio Loge até à sua nascente; a linha que une as nascentes dos Rios Lué e Suege; o curso do Rio Suege até à sua confluência com o Rio Luica; o curso do Rio Luica até à sua confluência no Rio Dange (ou Dande); o curso do Rio Dange (Dande) desde a confluência do Rio Luica para montante até à confluência do Rio Lufua; o curso do Rio Lufua desde à sua confluência no Rio Dange (ou Dande) até à confluência do Rio Cassenga; o curso do Rio Cassenga até à confluência do seu afluente da margem esquerda (linha de água) que tem a nascente da Estrada Belém-Aldeia Nova e si- tuada entre a nascente do Rio Luvolo e as dependências da Roça Senhora Graça; o curso deste rio (linha de água) até à nascente; a linha que une a nascente do afluente do Cassenga acima referido (linha de água) à nascente do Rio Luvolo (ramo mais a Norte); o curso do Rio Luvolo até á confluên- cia no rio Lombige; o curso do Rio Lombige até á sua con- fluência no Rio Zenza; o curso do Rio Zenza para jusante até à sua confluência na Albufeira da Quiminha no Rio Bengo (ou Zenza); o curso deste Rio para jusante até à sua foz no Oceano Atlântico; a Costa do Oceano Atlântico para Norte até a foz do Rio Loge no Oceano Atlântico. 2. O limite Sul do Município do Dande segue o curso do Rio Bengo desde a sua confluência na Albufeira da Quimi- nha, para jusante, até à sua foz no Oceano Atlântico. ARTIGO 4.° (Província de Luanda) 1. Integram na Província de Luanda, os Municípios de Quiçama e do Icolo e Bengo. 2. A Província de Luanda, com sede na Cidade de Luanda, integra os seguintes municípios: a) Luanda; b) Cacuaco; c) Belas; d) Viana; e) Cazenga; f) Icolo e Bengo; g) Quiçama. 3. O Município de Luanda coincide com a Cidade de Luanda. ARTIGO 5.° (Limites geográficos da Província de Luanda) A Província de Luanda tem os seguintes limites: 4130 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Lei29_11

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Nova divisão político Administrativa de Luanda

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  • 3. A utilizao de produtos petrolferos pode ser restrin-gida ou condicionada por razes relacionadas com a protec-o da sade, domeio ambiente e do patrimnio arquitectnicoou paisagstico.

    4. A competncia de controlo e monitorizao da quali-dade tcnica dos produtos petrolferos a colocar no mercadopetrolfero nacional, nos termos a definir em legislao com-plementar, estabelecida por Decreto Presidencial.

    ARTIGO 76.

    (Arbitragem)

    Os conflitos entre os operadores, os agentes econmicos

    e os clientes, no mbito da prestao de servios integrados

    na definio de servios pblicos essenciais, podem ser

    resolvidos por recurso a arbitragem, nos termos da lei geral.

    ARTIGO 77.

    (Seguros e caues)

    1. Os operadores e os agentes econmicos devem consti-tuir e manter em vigor um seguro de responsabilidade civil,proporcional ao potencial risco inerente s actividades, demontante a definir, nos termos da legislao complementar.

    2. Cumulativamente aos operadores e aos agentes econ-micos pode ser exigida a prestao de cauo a definir emlegislao complementar.

    ARTIGO 78.

    (Norma transitria)

    Enquanto no for publicada a legislao referida na pre-sente lei mantm-se em vigor os diplomas legais e os regu-lamentos respeitantes ao sector dos derivados de petrleo noque no sejam incompatveis com as disposies estabeleci-das na presente lei.

    ARTIGO 79.

    (Regulamentao)

    A presente lei deve ser regulamentada pelo Titular doPoder Executivo no prazo de cento e oitenta dias aps a suaentrada em vigor.

    ARTIGO 80.

    (Norma revogatria)

    revogada toda a legislao que contrarie o disposto napresente lei, nomeadamente:

    a) a Lei n. 1947, de 12 de Fevereiro de 1937;b) o Decreto n. 37/00, de 6 de Outubro e respectivos

    diplomas regulamentares.

    ARTIGO 81.

    (Dvidas e omisses)

    As dvidas e omisses suscitadas na interpretao e apli-cao da presente lei so resolvidas pela Assembleia Nacio-nal.

    ARTIGO 82.

    (Entrada em vigor)

    A presente lei entra em vigor trinta dias aps a data dasua publicao.

    Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,aos 19 de Julho de 2011.

    O Presidente da Assembleia Nacional, Antnio PauloKassoma.

    Promulgada aos, 25 de Agosto de 2011.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JOS EDUARDO DOS SANTOS.

    Lei n. 29/11de 1 de Setembro

    Para melhor responder aos desafios de gesto adminis-trativa decorrentes dos progressos verificados e que venhama verificar-se nos domnios econmico e social nas Provn-cias de Luanda e do Bengo.

    Considerando que a diviso administrativa da Provnciade Luanda j no se acha conforme com o crescimentourbano da Provncia de Luanda, transformando-a numagrande cidade com os desafios de gesto administrativa dadecorrentes;

    Tendo em conta que a expanso do aglomerado urbanopropiciou o crescimento em torno da Cidade de Luanda e,por conseguinte, os limites territoriais dos municpiosencontram-se, agora, desajustados ao intenso processo decrescimento e expanso urbano e territorial da Cidade deLuanda, colocando questes relacionadas com a delimitaoterritorial;

    I SRIE N. 168 DE 1 DE SETEMBRO DE 2011 4129

    Convindo, deste modo, adequar em alguns casos o nvelhierrquico de determinadas circunscries administrativase noutros, a sua relao funcional e definir uma nova divisoadministrativa dessas provncias;

    A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,nos termos da alnea f) do artigo 161. e da alnea d) doartigo 166., ambos da Constituio da Repblica deAngola,a seguinte:

    LEI DE ALTERAO DA DIVISOPOLTICO-ADMINISTRATIVA DAS

    PROVNCIAS DE LUANDA E BENGO

    CAPTULO IDisposies Gerais

    SECO IAlterao da Diviso Poltica-Administrativa

    ARTIGO 1.

    (Objecto)

    Apresente lei estabelece a diviso poltico-administrativadas Provncias de Luanda e do Bengo e a sua delimitao ter-ritorial.

    ARTIGO 2.

    (Provncia do Bengo)

    1. So desanexados da Provncia do Bengo, os Muni-cpios de Icolo e Bengo e da Quiama, nos seus actuaislimites.

    2. A Provncia do Bengo, com sede na Cidade de Caxito,integra os seguintes municpios:

    a) Ambriz;b) Bula-Atumba;c) Dande;d) Dembos;e) Nambuangongo;f) Pango-Aluqum.

    ARTIGO 3.

    (Limites geogrficos da Provincia do Bengo)

    1. A Provncia do Bengo tem os seguintes limites:

    O curso do Rio Loge desde a sua foz no OceanoAtlnticoat confluncia do Rio Lu; o curso do Rio Lu, desde a

    sua confluncia no Rio Loge at sua nascente; a linha queune as nascentes dos Rios Lu e Suege; o curso do Rio Suegeat sua confluncia com o Rio Luica; o curso do Rio Luicaat sua confluncia no Rio Dange (ou Dande); o curso doRio Dange (Dande) desde a confluncia do Rio Luica paramontante at confluncia do Rio Lufua; o curso do RioLufua desde sua confluncia no Rio Dange (ou Dande) at confluncia do Rio Cassenga; o curso do Rio Cassenga at confluncia do seu afluente da margem esquerda (linha degua) que tem a nascente da Estrada Belm-Aldeia Nova e si-tuada entre a nascente do Rio Luvolo e as dependncias daRoa Senhora Graa; o curso deste rio (linha de gua) at nascente; a linha que une a nascente do afluente do Cassengaacima referido (linha de gua) nascente do Rio Luvolo(ramo mais a Norte); o curso do Rio Luvolo at conflun-cia no rio Lombige; o curso do Rio Lombige at sua con-fluncia no Rio Zenza; o curso do Rio Zenza para jusante at sua confluncia na Albufeira da Quiminha no Rio Bengo(ou Zenza); o curso deste Rio para jusante at sua foz noOceano Atlntico; a Costa do Oceano Atlntico para Norteat a foz do Rio Loge no Oceano Atlntico.

    2. O limite Sul do Municpio do Dande segue o curso doRio Bengo desde a sua confluncia na Albufeira da Quimi-nha, para jusante, at sua foz no Oceano Atlntico.

    ARTIGO 4.

    (Provncia de Luanda)

    1. Integram na Provncia de Luanda, os Municpios deQuiama e do Icolo e Bengo.

    2. A Provncia de Luanda, com sede na Cidade deLuanda, integra os seguintes municpios:

    a) Luanda;b) Cacuaco;c) Belas;d) Viana;e) Cazenga;f) Icolo e Bengo;g) Quiama.

    3. O Municpio de Luanda coincide com a Cidade deLuanda.

    ARTIGO 5.(Limites geogrficos da Provncia de Luanda)

    A Provncia de Luanda tem os seguintes limites:

    4130 DIRIO DA REPBLICA

  • O curso do Rio Bengo desde a sua foz no Oceano Atln-tico at sua confluncia naAlbufeira da Quiminha; aAlbu-feira da Quiminha at interceptar com a linha da divisopoltico-administrativa entre as Provncias de Luanda eCuanza Norte; esta linha da diviso poltico-administrativaentre as Provncias de Luanda e Cuanza-Norte em direcosul at confluncia do Rio Quitmbua naAlbufeira da Qui-minha; o curso do Rio Quitmbua para montante at con-fluncia no Rio Calucala; o curso do Rio Calucala at confluncia do Riacho Mongolo; o curso deste Riacho at confluncia do Riacho Fumege; o curso do Riacho Fumegeat a confluncia do riacho Malengue; a confluncia do Ria-cho Malengue no Riacho Fumege uma linha quebrada queparte desta confluncia at ligar com o Riacho Mbondo-Ma-hungo; o curso do Riacho Mbondo-Mahungo at sua con-fluncia no Rio Xixe; o curso do Rio Xixe at conflunciado Riacho Cachimba; esta confluncia, uma linha quebradaat cruzar com o Rio Cuanza; o curso do Rio Cuanza at confluncia do Rio Luime (excluindo a Ilha de Dalangombeque pertence a Provncia de Cuanza-Norte); o curso do RioLuime, desde a sua confluncia no Rio Cuanza, at con-fluncia do Rio Lucocosso; o curso do Rio Lucocosso at sua nascente; a linha que une as nascentes dos Rios Luco-cosso e Lunze; o curso do Rio Lunze at sua confluncia noRio Muconga; o curso do Rio Muconga entre as conflun-cias Lunze e Sanvo; a linha quebrada que une esta conflun-cia linha de alturas do morro Quizaulo (definida pelospontos de cota 561, 589, 558, 560 e 562) e nascente do RioCavunda (no Morro Quizaulo); o curso do Rio Cavundadesde a sua nascente at sua confluncia no Rio Zongoge;o curso do Rio Zongoge at confluncia do Rio Longo; alinha que une esta confluncia confluncia do Rio Can-guengu no RioMuxixe; o curso do RioMuxixe entre as con-fluncias dos Rios Canguengu e Quiuua; o curso do RioQuiuua at sua nascente; a linha quebrada que une as nas-centes dos Rios Quiuua, Mondenga, Mugila (ou Mugil) eMunguruge; o curso do Rio Munguruge at sua conflun-cia no Rio Longa; o curso do Rio Longa entre as conflunciasdos Rios Munguruge e Luau; o curso do Rio Luau at con-fluncia do Rio Quianguelo; a linha que une esta confluncia confluncia do Rio Landa no Rio Nhia; o curso do RioNhia, desde a confluncia do Rio Landa at sua conflun-cia no Rio Longa; o curso do Rio Longa at a sua foz noOceanoAtlntico; a costa do OceanoAtlntico entre a foz doRio Longa e a foz do Rio Bengo.

    SECO IIOrganizao Territorial dos Municpios

    ARTIGO 6.

    (Unidades territoriais, regime organizativo e administrativo)

    1. Diploma prprio estabelece a organizao e a estruturainterna das unidades territoriais dos municpios.

    2. Pode ser fixado um regime organizativo e adminis-trativo especfico das unidades urbanas na unidade territorialdo municpio.

    CAPTULO IIDisposies Finais

    ARTIGO 7.

    (Revogao)

    So revogados os seguintes diplomas:

    a) Lei n. 3/80, de 26 de Abril Que divide a Pro-vncia de Luanda em duas Provncias: Luanda eBengo;

    b) Decreto n. 187/80, de 15 de Novembro;c) Decreto executivo n. 36/81, de 23 de Setembro.

    ARTIGO 8.

    (Dvidas e omisses)

    As dvidas e omisses resultantes da interpretao eaplicao da presente lei so resolvidas pela AssembleiaNacional.

    ARTIGO 9.

    (Entrada em vigor)

    Apresente lei entra em vigor sessenta dias aps a data dasua publicao.

    Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,aos 26 de Julho de 2011.

    A Presidente, em exerccio, da Assembleia Nacional,Joana Lina Ramos Baptista.

    Promulgada aos 25 de Agosto de 2011.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JOS EDUARDO DOS SANTOS.

    I SRIE N. 168 DE 1 DE SETEMBRO DE 2011 4131 4132 DIRIO DA REPBLICA

  • I SRIE N. 168 DE 1 DE SETEMBRO DE 2011 4133 4134 DIRIO DA REPBLICA

    O Presidente da Repblica, JOS EDUARDO DOS SANTOS.