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GRUPO DE PESQUISA EDUCAÇÃO E CIBERCULTURA
LEITURA DE OBRA
SANDRO DE OLIVERA
dez. 2012
FILOSOFIA DA TECNOLOGIA:UM CONVITE
REFERÊNCIAS:
CUPANI, Alberto. Filosofia da tecnologia: um convite. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011.
ALBERTO CUPANI
Doutor em Filosofia pela Universidade Nacional de Córdoba, Argentina, em 1974.
Estágios de Pós-doutorado no Canadá (McGill University; 1989), Alemanha (Universidade de Frankfurt, 1989) e França (Un. de Paris 7, 1994-95).
Professor titular do Departamento de Filosofia da UFSC desde 1987; área de pesquisa: Filosofia da Ciência.
ALBERTO CUPANI
ESTRUTURA DA OBRA
Cap. 1: Tecnologia: uma realidade complexa
Cap. 2: Estudos clássicos
Cap. 3: A visão do historiador
Cap. 4: Filosofia analítica da tecnologia
Cap. 5: Filosofia fenomenológica da tecnologia
Cap. 6: Tecnologia e poder
Cap. 7: Natureza do conhecimento tecnológico
Cap. 8: O impacto da tecnologia nas culturas
Cap. 9: A questão do determinismo tecnológico
FILOSOFIA DA TECNOLOGIA
É antiga enquanto reflexão filosófica e nova enquanto disciplina - surgiu na 2ª metade do séc XX;
Encerra questões (éticas, estéticas, epistemoló-gicas) que devem ser estudadas pela Filosofia e pelas outras áreas do conhecimento;
No Brasil ainda não desperta muito interesse dos estudantes (particularmente da Filosofia);
O livro convida o estudante a conhecer a FT.
CAPÍTULO 1
TECNOLOGIA: UMA REALIDADE COMPLEXA
TECNOLOGIA: UMA REALIDADE COMPLEXA
O que é tecnologia?
Complexidade e diversidade das definições propostas pelos filósofos (p.15);
Definições de Mitcham (1994), Heidegger (1997), Bunge (1985), Borgmann (1984), Ellul(1964), Feenberg (2002), entre outros (p.15-16);
TECNOLOGIA: UMA REALIDADE COMPLEXA
Quatro dimensões (manifestações) da tecnologia (Mitcham, 1994): objetos, modo de conhecimento, forma de atividade, volição (p.16).
Âmbito acadêmico: a FT aparece nos congressos de filosofia a partir da década de 1950 (p.28).
CAPÍTULO 2
ESTUDOS CLÁSSICOS
ESTUDOS CLÁSSICOS
José Ortega y Gasset: Meditación de la técnica(1939);
técnica: “*...+ a reforma que o homem impõe à natureza em vista da satisfação das suas necessidades.” (p.32);
Martin Heidegger: A questão da técnica (1953);
a técnica (moderna) é ao mesmo tempo des-abrigar (desocultar) e desafiar a Natureza (p.42).
ESTUDOS CLÁSSICOS
Arnold Gehlen: A alma da época técnica (1957);
técnica: “as capacidades e meios pelos quais o homem põe a Natureza ao seu serviço *...+” para controlá-la e explorá-la (p.48);
Gilbert Simondon: Sobre o modo de existência dos objetos técnicos (1958);
“os objetos técnicos fazem parte do mundo em que o ser humano cresce e se forma *...+.” (p.67).
CAPÍTULO 3
A VISÃO DO HISTORIADOR
A VISÃO DO HISTORIADOR
Lewis Mumford: Technics and civilization (1934) e The myth of the machine (1967 e 1970); uma história do progressivo desenvolvimento
tecnológico da espécie humana (p.73);
o homem deve ser entendido como Homo Sapiens e não como Homo Faber (p.85).
CAPÍTULO 4
FILOSOFIA ANALÍTICA DA TECNOLOGIA
FILOSOFIA ANALÍTICA DA TECNOLOGIA
Mario Bunge; técnica: “o controle ou a transformação da
Natureza pelo homem utilizando conhecimentos pré-científicos” (p.93);
tecnologia: técnica de base científica surgida a partir do séc XVIII (p.93);
tecnologia: condição para aceleração do progresso humano (p.95).
CAPÍTULO 5
FILOSOFIA FENOMENOLÓGICA DA TECNOLOGIA
FILOSOFIA FENOMENOLÓGICA DA TECNOLOGIA
Três pensadores americanos: Don Ihde, Hubert Dreyfus e Albert Borgmann;
Borgmann: a tecnologia é um modo de vida próprio da Modernidade; um modo do homem lidar com o mundo (um paradigma) (p.140);
a experiência da tecnologia (enfoque fenomenológico) no mundo é “algo que nos inclui e modifica” (p.148).
CAPÍTULO 6
TECNOLOGIA E PODER
TECNOLOGIA E PODER
Herbert Marcuse: O homem unidimensional (1964);
Langdon Winner: Os artefatos têm políticas? (1986);
as máquinas, as estruturas e sistemas tecnológicos encarnam “formas específicas de poder e autoridade” (p.153).
TECNOLOGIA E PODER
Andrew Feenberg: Questioning technology (1999) e Transforming technology (2002);
resistência ao poder encarnado pela tecnologia (p.159);
exigência do envolvimento do público no projeto tecnológico (p.160).
CAPÍTULO 7
NATUREZA DO CONHECIMENTO TECNOLÓGICO
NATUREZA DO CONHECIMENTO TECNOLÓGICO
A tecnologia é, além da costumeira associação com artefatos, um modo específico de conhecer (p.169);
A tecnologia não é sinônimo de ciência aplicada e tampouco se reduz à técnicas sem valor cognitivo; ela constitui um corpo de conhecimento prático (p.183).
CAPÍTULO 8
O IMPACTO DA TECNOLOGIA NAS CULTURAS
O IMPACTO DA TECNOLOGIA NAS CULTURAS
Vinculação entre ciência e tecnologia origina a denominada tecnociência (pesquisas que obedecem antes as oportunidades tecnológi-cas do que interesses teóricos (p.187);
consequências identificadas: os meios impor-tam mais que os fins; universalização das nor-mas técnicas; valorização do artificial; mudan-ça na percepção do tempo; conhecimento reduzido a informação etc. (p.187-194).
CAPÍTULO 9
A QUESTÃO DO DETERMINISMO TECNOLÓGICO
A QUESTÃO DO DETERMINISMO TECNOLÓGICO
Jacques Ellul: A técnica e o desafio do século (1954);
tese: a tecnologia constitui uma realidade autôno-ma (p.201); progresso tecnológico: centralidade da noção e valor da eficiência (p.204);
Langdon Winner: Autonomous technology (1977);
uma perda de domínio sobre a tecnologia conduz a um declínio da capacidade humana de conhecer, julgar ou controlar os meios tecnológicos (p.213): eis a autonomia da tecnologia.
A QUESTÃO DO DETERMINISMO TECNOLÓGICO
Debate sobre determinismo (p.219);
Cupani apresenta algumas posições e críticas acerca do determinismo tecnológico (p.220-223);
não há sustentação para o determinismo, afirma Cupani; basta olhar para a história das tecnologias (p.223);
análise do historiador Leo Max sobre como a noção de determinismo se formou nos EUA (p.223) e, como consequência, no mundo.
CONSIDERAÇÕES
ELEMENTOS IMPORTANTES
A QUEM SE DESTINA
ELEMENTOS IMPORTANTES
Cupani realiza uma interessante síntese das principais ideias de alguns pensadores que tomaram a tecnologia como objeto de reflexão;
Como toda obra de caráter introdutório e geral, as omissões são inevitáveis; isto se dá pelo critério de escolha e pelos gostos pessoais do autor; parece-me que o trabalho de Álvaro Vieira Pinto mereceria menção.
A QUEM SE DESTINA
Todos aqueles interessados em conhecer e compreender as noções e conceitos gerais acerca da filosofia da tecnologia;
Estudantes da filosofia da ciência, das tecnologias e pesquisadores de pós-graduação que investigam a relação entre tecnologia e sociedade.
OBRIGADO!
E-mail: [email protected]