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    CB4D

    Rio de Janeiro

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    EEBAL1. Uma forma alternativa de Obal (q.v. 1Cr 1.22).2. Um dos filhos de Sobal, filho de Seir, ohoreu (Gn 36.20,23; 1 Cr 1.40).3. O Monte Ebal, o centro de Cana, o picomais alto na regio montanhosa de Sama-ria. Ao norte do Monte Gerizim e Siqum, na

    passagem no meio, chega a uma altitude deI.

    000 metros acima do nvel do mar. ngre-me, improdutiva e pedregosa, Ebal foi o lo-cal onde Josu ergueu o altar de pedras na-turais e escreveu em pedras caiadas umacpia da lei como Moiss havia ordenado (DtII. 29; 27.2ss.; Js 8.30ss.). As doze tribos fo-ram divididas sobre os montes Gerizim eEbal para as bnos e as maldies, respec-tivamente, conforme a lei.

    BANO VejaPlantas.

    EBEDE Esta palavra significa servo. Doheb, ebed, um elemento de muitos nomescompostos. Os seguintes nomes podem serformas reduzidas de ebed-el, servo deDeus, ou ebed-yah,servo de Yahweh:1. O pai de Gaal que liderou a rebelio con-tra Abimeleque em Siqum (Jz 9.26-35).2. O lder do cl de Adim, que retomou comEsdras do cativeiro na Babilnia com cin-quenta homens (Ed 8.6).

    EBEDE-MELEQUE Este nome, que signi-fica servo do rei, pode tambm ter sido um

    ttulo equivalente a ministro do rei. Eleera um etope (cuxita) eunuco na corte dorei Zedequias de Jud, talvez responsvelpelo harm real, um cargo que lhe dariaacesso particular ao rei. Eie obteve permis-so de Zedequias para resgatar Jeremias dofundo lamacento de uma cisterna vazia (Jr38.6-13). Foi auxiliado por outros homens(conforme um manuscrito heb. e a LXX, v.10) usando cordas feitas com roupas e tra-pos velhos para proteger as axilas do profe-ta. Mais tarde, Jeremias profetizou para

    Ebede-Meleque, dizendo-lhe que por suabondade sua vida seria salva do dia da des-truio de Jerusalm que estava prximo (Jr39.15-18).

    EBENZER (pedra da ajuda). O nome mencionado trs vezes na Bblia (1 Sm 4.1;5.1; 7.12). De acordo com 1 Samuel 7.12, este

    era o nome dado a uma pedra colocada porSamuel para comemorar a assistncia divi-na dada a Israel na batalha. Atravs destaassistncia, a nao alcanou a vitria sobreos filisteus. Sua posio foi cuidadosamentedefinida como um lugar entre Mispa e Sem,nas proximidades de Afeca. De acordo com 1Samuel 4.1 e 5.1, vinte anos antes a nao

    de Israel havia sido derrotada neste mesmolocal pelos filisteus, e a arca de Deus foi to-mada e levada para Asdode. O escritor usouo nome Ebenzer porque o lugar era assimconhecido na poca.

    BER1. Eber era um descendente de Sem (Gn10.21.24) , Ele foi o pai de Pelegue e Joct, eo ancestral de vrios povos chamados de to-dos os filhos de ber (Gn 10.21; cf. Nm24.24)

    ; esta frase provavelmente significahebreus em uip sentido mais amplo. Atra-

    vs de Pelegue, ber tomou-se um ancestralde Abrao (Gn 11.16-26) e, assim, passou afazer parte da linhagem messinica (Lc3.35),vejaPovo Hebreu.2-5.Eber tambm o nome de um descen-dente de Gade (1 Cr 5.13), de dois descen-dentes diferentes de Benjamim (1 Cr 8.12;cf, 1 Cr 8.17), e o nome de um sacerdote doperodo ps-exlieo (Hb 12.20). VejaHber.

    EBES Nome usado para a cidade de Ebes(veja Js 19.20) localizada no territrio de

    Issacar.EBIASAFE Um antepassade de Hem, ummsico da poca de Davi (1 Cr 6.23,37; 9.19).Provavelmente o mesmo que Abiasafe (q.v.).

    ECLES1ASTES, LIVRO DE Um tratadosobre a filosofia correta de vida, e um exce-lente exemplo da Literatura de Sabedoria do

    Antigo Testamento.

    TtuloO ttulo deste livro chegou at ns atravsda Vulgata. Na LXX, significa um membroda ecdesia, A forma heb. qohelet, que os es-tudiosos freqentemente transliteram, umparticpio feminino usado de forma idiom-tica sobre aquele que convoca e discursa emuma assemblia ou escola pblica, isto , ooficial de uma qahal, uma palavra comumpara assemblia.

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    ECLES1ASTES, LIVRO DEECLES1ASTES, LIVRO DEECLES1ASTES, LIVRO DEECLES1ASTES, LIVRO DE ECLES1ASTES, LIVRO DEECLES1ASTES, LIVRO DEECLES1ASTES, LIVRO DEECLES1ASTES, LIVRO DE

    Teatro natural no lado sul do monte Ebal. JR

    AutorAutorAutorAutorSer que o eseritor reuniu vrios provrbios

    (cf. 1 Rs 4.32)? Em determinadas sees, pa-rece que sim (por exemplo, 7.1-13; 10). Ouser que ele era um orador ou um debatedor?Mas o livro parece ser mais uma reflexo doque uma discusso. A maioria dos estudio-sos traduz a palavra como pregador (Ec1.1,2; 12.8-10).Qoheleth declarado como sendo filho deDavi, rei em Jerusalm (1.1). O escritor dolivro o prprio Salomo, ou algum que sim-plesmente menciona um dito de Salomo no

    v. 2 como tema de seu estudo? Os estudiosostm opinies dividas quanto autoria de Sa-lomo. Contudo, em 1.12 l-se: Eu, o prega-dor, fui rei sobre Israel em Jerusalm, ouseja, na ocasio em que o livro foi escrito. Oargumento crtico contra a autoria de Salo-mo ilgico, porque a declarao acima natural para quem escreve uma autobiogra-fia. Comeando com o eap. 3, Salomo usaprovrbios que so baseaaos em sua experi-ncia. Ele disse, Sabedoria adquirirei; masela ainda estava longe de mim (7.23; em con-traste com 1.16). Foi uma poca pobre com-parada com dias anteriores (7.10), porque o

    governo era corrupto prximo ao fim de seureinado, e os sditos do rei tirano se consi-deravam oprimidos (3.16; 4.1; 8.9; 10.5-7).Qoheleth era uma s pessoa ou trs pessoasdistintas? Alguns modernistas dizem que opregador escreveu com pessimismo; assim,ele teria sido auxiliado por um homem S-

    bio conhecedor de provrbios (10.1-11.4), eeste por um homem piedoso com mais senti-mentos religiosos ortodoxos (2.26). Um apn-dice final (12.13ss.) recomenda a prtica dareligio judaica como o dever de todo homem.Mas no pode ri a algum com uma menteperspicaz elaborar um caso, adaptar provr-

    bios e tambm discutir dvidas?Qoheleth nunca mencionado no Novo Tes-tamento; mas Romanos 8.20, abordando oassunto da criao at a vaidade, pode terseu tema como base; e a parbola que nossoSenhor contou sobre o rico tolo (Lc 12.16-21)est relacionada sentena final do livro deEclesiastes (Ec 12.14).

    Embora alguns estudiosos sugiram o contr-rio, o eplogo feito pelo prprio pregador.Ele havia questionado se, com a morte, oesprito do homem realmente iria para Deus(3.21), mas agora ele tem a certeza de umuzo final (12.14; cf. 11.9).

    poca em que Foi Escritopoca em que Foi Escritopoca em que Foi Escritopoca em que Foi EscritoAlguns estudiosos entendem que o livro foiescrito no perodo Persa (que terminou em333 a.C.), ou mesmo no perodo grego que osucedeu, devido ocorrncia de vrias pala-

    vras que parecem ser aramaicas ou persas.Porm as referncias a acontecimentos his-tricos especficos parecem ser um tanto in-distintas. Salomo teve mais contatos inter-nacionais do que qualquer outro depois dele(veja Archer, SOTI, pp. 462-471).

    TemaTemaTemaTemaO pensamento deites doze captulos d vol-tas, sobe e desce. As vezes, parece pessimis-ta, s vezes otimista. Embora Deus seja men-cionado vinte vezes, vinte e sete fatos preo-cupam o autor trazendo quatro problemasprincipais: a vida injusta (2.12-26); o mun-do impenetrvel (8.17); o futuro incerto(11.2,6,8ss.); a morte obscura (9.4-6,10).Contudo, parece haver uma progresso noscaps. 1-12 de uma nfase sobre a vaidade(heb. hebel, respirar, nvoa, qualquer coi-sa transitria, frgil, ilusria, vazia), a umanfase sobre a sabedoria e ser bio.O texto, Vaidade de vaidades! E tudo vaida-de (1.2; 12.8), verdadeiro para o humanismorealista. A vida sem Deus no tem significa-do real. O secularismo no pode trazer umasatisfao duradoura. A f, entretanto, abra-a o governo divino. Resumindo, Afasta, pois,a ira do teu corao e remove da tua carne omal, porque a adolescncia e a juventude so

    vaidade. Lembra-te do teu Criador nos diasda tua mocidade... (11.10-12.1).

    EsbooEsbooEsbooEsbooO Prlogo, 1.1-11A vida, embora no seja m em si, um ciclosem significado e v, enquanto vivida se-paradamente de Deus, e no usada para aglria dele.

    I. A Vaidade de Todas as Coisas, 1,12-6.12A.

    O fracasso de todas as tentativashumanistas de dar significado exis-tncia, 1,12-2.23

    B. O contraste de uma vida que vivi-da de acordo com as ordens de Deus,2.24-3.22

    C.

    Os desencantos da vida terrena, 4.1-16D.Os esforos fteis de uma busca

    egocntrica da vida, 5.1-20E.A inadequao dos valores munda

    nos, 6.1-6F. Concluso. Por que discutir com seu

    Criador? 6.7-12

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    ECLES1ASTES, UVRO DEECLES1ASTES, UVRO DEECLES1ASTES, UVRO DEECLES1ASTES, UVRO DE ECUPSEECUPSEECUPSEECUPSE

    II.II.II.II. Palavras de Sabedoria para Viver emmeio Vaidade, 7.1-12.8

    A. Conselho geral sobre a preservaode valores, 7.1-29

    B. Exortao a obedecer aos reis terre-nos e temer o Rei Celestial mesmo

    em situaes de dificuldade e perple-xidade, 8.1-17C. Como enfrentar o fato da morte, 9.1-

    12D.

    A sabedoria melhor do que a toli-ce, 9.13-10.20

    E.

    Exortao benevolncia e alegriaapesar dos possveis problemas,11 1-8

    F. Exortao juventude. Comear aviver para Deus enquanto ainaa jo-vens, antes da velhice chegar, 11.9-

    12.7G.

    Concluso; Repetio do tema deabertura - tudo vo e transitrio,12.8

    O Eplogo, 12,9-14Resumo: Temer a Deus, e obedecer aos

    seus mandamentos.VejaSabedoria.

    Bibliografia, Gleason L. Archer, A Surveyof Old Testament Introduction, Chicago.Moody, 1964, pp. 459-472; The LinguisticEvidence for the date of Ecelesiastes, JETS,

    XII (1969), 167-182. H. L. Ginsberg, TheStructure and Contents of the book ofKoheleth, Supplements to OT, III (1955),138-149. Robert Gordis, Koheleth - The Manan His World, Nova York. Block Publ. Co.,1955. G. S. Henry, Ecelesiastes, NBC.Ernst W. Hengstenberg, Commentary onEcelesiastes, trad. por D. W. Simon, Edin-

    burgh. T & T. Clark, 1876. Herbert C.Leupold, Exposition of Ecelesiastes, Colum-

    bus. Wartburg Press, 1952. J. StaffordWright, The Interpreta tion of Ecelesiastes,EQ, XVIII (1946), 18-34.

    W. G. B. e J. R.ECLESIOLOGIA (Do gr. ekklesia, chama-dos para fora, a igreja). A doutrina da igre-a baseada no estudo indutivo das Escritu-ras. Veja Igreja. A questo mais bsica en-

    volvida a da origem da igreja. Duas princi-pais opinies so sustentadas pelos telogosortodoxos.1. De acordo com alguns telogos, a igrejacomeou com o Novo Testamento. Foi preditapor Cristo por ocasio da confisso de Pedro(Mt 16.18). Aps a ressurreio de Cristo, Elefoi exaltado e sujeitou todas as coisas a seusps e, sobre todas as coisas, [Deus] o consti-tuiu como cabea da igreja, que seu corpo(Ef 1.22,23). O Penteeostes foi o dia em que aigreja verdadeiramente teve incio, pois, en-

    viando o Esprito Santo, Deus formou umnico corpo (1 Co 12.13) do qual fazem partetodos os crentes, quer judeus ou gentios.

    Esta opinio apoiada pelo argumento deque a igreja era um mistrio, que no haviasido manifestado aos filhos dos homens,mas estabelecido e revelado por Cristo (Ef3.5). Nele no h judeu nem grego; no hservo nem livre; no h macho nem fmea;

    porque todos somos um em Cristo Jesus (G13,28), a parede de separao que estava nomeio foi eliminada atravs da morte do Se-nhor Jesus (Ef 2.14,15). Aqueles que esta-

    vam separados, agora, atravs de Cristo, tmacesso ao Pai em um mesmo Esprito (Ef2.18). Este novo relacionamento baseadona promessa feita por nosso Senhor, de queo Esprito habitaria em cada cristo (Jo14.16.17) .2. De acordo com a outra opinio, aquela que sustentada pelos telogos reformistas, a

    igreja composta por todos os eleitos, de to-das as pocas. Havia uma igreja no deserto(At 7.38). Os crentes do Novo Testamentoformam uma universal assemblia e igrejados primognitos, que esto inscritos noscus (Hb 12.22,23). O mistrio de que osgentios so co-herdeiros, e de um mesmo cor-po com os judeus (Ef 3.5,9) tomou-se conhe-cido dos crentes do Antigo Testamento porrevelao (Is 42.1-4; 60.3; Lc 3.6; At 13.47;15.17) , mas, no completamente, como,ago-ra, tem sido revelado pelo Esprito (Ef 3.5).

    Uma vez que as promessas feitas a Abraodevem ser compartilhadas com os crentes detodas as pocas (Rm 4.13-16; Hb 11.39,40),os telogos reformistas no vem uma possi-

    bilidade de distino entre os crentes do An-tigo e do Novo Testamento, nem em suas ba-ses de salvao em Cristo e na justificaopor meio da f (a unio da ahana com a gra-a), ou de seu futuro destino e recompensas,

    R. A. K.

    ECLIPSEECLIPSEECLIPSEECLIPSE A Bblia no contm informaeshistricas sobre um eclipse. As trs horas deescurido comeando ao meio dia durante acrucificao de Cristo no podem ser logica-mente atribudas a um eclipse do sol, por-que a lua est sempre cheia na poca daPscoa.Porm as descries escatolgicas do dia doSenhor, possivelmente prevejam um oumais eclipses no futuro. Isaas escreveu, Osol escurecer ao nascer, e a lua no resplan-decer sua luz (13.10). De forma semelhan-te, Joel disse, O sol e a lua se enegrecero,e as estrelas retiraro seu resplendor (J1

    2.10; 3.15); O sol se converter em trevas, ea lua, em sangue, antes que venha o grandee terrvel dia do Senhor (J1 2.31; At 2.20).

    Ams previu com ainda mais clareza o eclip-se solar. Farei que o sol se ponha ao meio-dia e a terra se entenebrea em dia de luz(Am 8.9). Outras profecias que podem suge-rir tal fenmeno so Jeremias 4,23; Ezequi-el 32.7,8; Sofonias 1.15. O discurso do Se-nhor Jesus Cristo no Monte das Oliveiras

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    ECLIPSE DEN

    refere-se a estas perturbaes astronmicas(Mt 24.29), e Apocalipse 6.12 repete o pen-samento, E o sol tomou-se negro como sacode cilcio, e a lua tornou-se como sangue.

    Ao soar da quarta trombeta haver uma res-

    trio parcial da luz do sol, da lua e das es-trelas (Ap 8.12).Tiago (1.17) pode estar referindo-se, por con-traste, sombra de um eclipse quando es-creveu, ... o Pai das luzes, em quem no hmudana, nem sombra de variao (isto ,na posio de corpos celestes, Arndt, pp. 97,834). J parece ter tido conscincia do fen-meno do eclipse; em sua maldio do dia deseu nascimento ele exclamou: Que a escu-rido e as trevas o dominem; que as nuvenso cubram e apaguem a luz do sol! (3,5,NTLH, Jerus B),

    A Bblia marcada pela ausncia da crenana mitologia, inclusive na astrologia tal comoo mito babilnico do eclipse da lua, onde opecado do deus da lua atacado por setedeuses perversos e este deve ser salvo poroutras grandes divindades.Na antiga Assria, os eclipses solares eramobservados e registrados, e considerados deforma especial. Houve um caso em que oeclipse foi considerado o principal evento doano e, por isso, este ano recebeu uma distin-o nas listas anuais oficiais do limmu. Es-tes registros tm sido relacionados com aslistas dos reis assrios, fornecendo a seqn-cia e a durao dos Teinados. Determinandouma estrutura cronolgica de uma histriada poca do Antigo Testamento, a chave anota daquele eclipse do sol no ms de Stmanuno limmu-ship de Bur-Sagale, o nono ano dorei Assur-D III. Pelo clculo astronmico,isto ocorreu em 15 de Junho de 763 a.C., deacordo com o sistema do nosso calendrio.Outros eclipses que podem ter sido vistos emerusalm ocorreram em 9 de Fevereiro de

    784; 5 de Junho de 716; e 30 de Setembro de

    610 a.C. Jeremias estaria fazendo aluso aeste ltimo em Jeremias 15.9? Herdoto des-creveu uma batalha que deve ter acontecidoem tomo desta data, entre os ldios e os me-dos, quando o dia de repente tornou-se noi-te (The Histories, Penguin Classics, 1954,p. 42). Em seu cnon ou Almagest, o estudi-oso egpcio Ptolomeu (70-161 a.C.) registrouum grande nmero de datas astronmicas,incluindo oito eclipses entre 721 e 491 a.C.Todas estas datas tm sido confirmadas pe-los astrnomos modernos. Veja Sol; Crono-logia do Antigo Testamento.

    J. R.

    ECROM Dentre as cinco cidades mais im-portantes da Filstia (Js 13,3), Ecrom era aque estava situada mais ao norte na regio.Foi primeiramente atribuda a Jud (Js15.11,45,46), em seguida a D (Js 19.43).

    Antes que essa tribo se mudasse para o nor-te, foi temporariamente tomada por Jud (Jz

    1.18). Teve um papel proeminente em todosos estgios da histria de Israel, desde o tem-po em que a arca l esteve (1 Sm 5.10) at apoca do profeta Zacarias (cf. Zc 9.5,7). Se-naqueribe tomou Ecrom de um grupo de re-

    beldes que havia entregado seu rei, Padi, aEzequas, evidentemente o lder da oposioaos assrios (ANET, pp. 287ss.).

    Atualmente, sua localizao precisa estsendo discutida. Edward Robinson, no scu-lo XIX, sugeriu que a cidade de Ecrom fosseidentificada com Akir, dezesseis quilmetrosa noroeste de Asdode. Outros a identifica-ram com Khirbet el-Muqenna, dez quilme-tros a sudoeste de Akir (BW, p. 219). Esseltimo era, provavelmente, o local onde es-tava a maior cidade da Idade do Ferro naPalestina, uma cidade murada que se esten-

    dia ao longo de 40 acres (J. Naveh, Khirbatal-Muqanna-Ekron, IEJ, VIII (1958], 87-100, 165-170).

    EDAR Vejader 1,EDE um nome que consta em Josu 22,34,transliterado do heb. ed, testemunha. Apalavra heb. veio do Texto Massortico (TM),mas obviamente requisitada pelo contexto(veja os versculos 27,,28,346, onde a pala-

    vra de fato aparece). E o nome que duas tri-bos e meia do leste deram a um altar que

    construram no Vale do Jordo, talvez nasroximidades da foz do Vale de Jaboque. Seuesejo de ter um monumento para testemu-nhar o fato de que eles tinham uma parte noSenhor e em Israel era sem fundamento,orque o mtodo de Deus de preservar a uni-ade era fazer com que todas as tribos sereunissem trs vezes ao mio ao redor do al-tar do sacrifcio em Sil(Ex 23.17).

    DEN (plancie ou deleite).1. E plantou o Senhor Deus um jardim noden (Gn 2.8). O tamanho e as fronteiras

    do jardim no foram dadas. Ado, o primei-ro homem, foi colocado l para cultivar emanter o local. Eva lhe foi dada como umaauxiliar. Havia muitas rvores boas ali: Eo Senhor Deus fez brotar da terra toda rvo-re agradvel vista e boa para comida, e arvore da vida no meio do jardim, e a rvoreda cincia do bem e do mal (Gn 2.9). Foidito ao homem que ele podia comer do frutode todas as rvores, mas da rvore da cin-cia do bem e do mal, dela no comers; por-que, no dia em que dela comeres, certamen-te morrers (Gn 2.17).O termo den fornece a localizao geogr-fica do jardim como uma rea anexa. den(heb. eden) provavelmente seja um substan-tivo comum na lngua sumria, edin, e noacdio, edinu (plano, terreno de estepe),adequado ao pasto ou ao cultivo, e caracte-rstico 4a plancie mesopotmia. E saa umrio do den para regar o jardim; e dali se

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    DENDENDENDEN ED1F1CAA0ED1F1CAA0ED1F1CAA0ED1F1CAA0

    dividia e se tomava em quatro braos (Gn2.10). E. A. Speiser comenta que as quatropartes separadas, os braos ou fontes,imergiam no den e seguiam como um rio(usoiocativo do heb. min) no prprio denpara molhar o jardim (Genesis, The Anchor

    Bible, 1964, pp. 16-20). Duas destas partesso bem conhecidas: o Eufrates (q.v.3, cha-mado nas Escrituras de grande rio, e oHidquel, o antigo nome do rio Tigre (q.v.).Os outros dois, o Pisom (q.v.) e o Giom (q.v.),que circundam ou que fazem um curso si-nuoso ao longo de suas respectivas terras,no so conhecidos. Alguns reivindicam queestes so os quatro principais rios do mundoantigo, e os dois posteriores podem ser o Indoe o Nilo, respectivamente. ,Muitos locais tm sido sugeridos para o den,mas o local exato no pode ser determinado

    porque a superfcie da terra, depois do dil-vio, provavelmente mantm pouca seme-lhana com a aparncia que tinha antes dodilvio. Um local provvel pode ser a reada Babilnia onde o Tigre e o Eufrates unem-se, e o Diyala flui para o Tigre a partir donorte, e um grande udi escoa em direo plancie a partir do norte da Arbia (prova-

    velmente Havil).Nos textos sumrios o termo edn referia-se rea de pasto dos pastores sumrios, e pa-rece denotar a regio gramnea entre as ter-

    ras aradas irrigadas por canais do sistemado Tigre-Eufrates, especificamente no trin-gulo entre Nippur, Uruk (Ereque), e Umma(Thorkild Jacobsen, Mesopotamian MoundSurvey", Archaeology,VII [1954J, 54).

    A literatura sumria contm o mito das di-vindades Enki e Ninhursag cujas aes socentradas ao redor de Dilmun, um distritofictcio nas proximidades da cabea do GolfoPersa e rabe. O mito diz que a terra deDilmun pura, limpa, e brilhante; ali noh morte, doenas ou velhice; porm faltagua fresca. Enki ordena que o deus-sol tra-

    ga gua boa da terra para Dilmun (cf. Gn2.5,6). Mais tarde, no mito, uma deusa cri-ada curar a costela de Enki (vejaEva). Quan-do Enki come oito plantas especiais,Ninhursag o amaldioa, sugerindo um para-lelo com o fruto da rvore da cincia do beme do mal ingerido por Ado e Eva, e a maldi-o pronunciada contra eles (veja ANET, pp.37-41; Samuel N. Kramer, History begins atSumer, pp. 144-149). Embora alguns estu-diosos sugiram que os hebreus tenham to-mado emprestado o conceito de den dos

    sumrios por meio dos babilnios ou cana-neus, mais provvel que ambos os relatosrefiram-se a um local real e a um aconteci-mento real; porm a verso sumria tornou-se grosseira mente distordda pelos acrsci-mos mitolgicos que lhe foram agregados aolongo dos sculos.O paraso foi, aparentemente, um local decurta durao (cf. Gn 2.8-3,24). Aps peca-

    rem, Ado e Eva foram expulsos do jardimpara que no estendessem sua mo, e tomas-sem tambm da rvore da vida, e comessem,e vivessem eternamente (Gn 3.22). A visoque passaram a ter daquela bela morada eraa de unia espada flamejante guardando o

    caminho da rvore da vida.Ainda mais surpreendente era uma outraespada, a espada do Esprito, que a pala-

    vra de Deus (Ef 6.17), que abriu para o pe-cador o cumprimento da promessa de umRedentor, feita primeiramente no Jardim doden (cf. Gn 3.15). O novo paraso visto nocaptulo final da Bblia Sagrada. Ali o peca-dor redimido pode comer da rvore da vida e

    viver para sempre (cf Ap 22.14).2. Um local ao norte da Mesopotmia (2 Rs19.12; Is 37.12; Ez 27.23; Am 1.5) mencio-nado como um mercado de bordados de Tiro;

    identificado com Bit-adini nos registrosassrios, um estado srio entre o Eufrates e orio Balikh. H verses que trazem o termoBete-den em Ams 1.5.3. Um filho de Jo, um levita gersonita (2 Cr29.12; 31.15).

    L. A. L. e J. R.

    EDER, EDAR, ADER1.

    Uma torre de vigia entre Belm e Hebrom,onde Jac acampou aps a morte de Raquel eonde Rben teve relaes sexuais com Bilhah(Gn 35.21,22). A verso KJV em ingls traz onome Bdar. Devido sua proximidade aBelm, onde Davi nasceu, Miquias (Mq 4.8)refere-se a ela (mgdal eder,a torre do reba-nho), e a Ofel a fortaleza, onde a cidadelade Davi foi construda em Jerusalm, comosmbolos da residncia real de Davi.2. Uma cidade no Neguebe de Jud (Js 15.21),talvez el-Adar, oito quilmetros ao sul deGaza. A LXX, contudo, sugere que Arade (q.v.)seja, possivelmente, o termo correto.3. m benjamita (1 Cr 8.15), mencionadocomo Ader na verso KJV em ingls.

    4.

    Um levita descendente de Musi, filho deMerari (1 Cr 23.23; 24.30).

    EDIFICAO O substantivo gr, oikodome,edifcio, construir, edifiear, edificao,denota os edifcios do templo em Mateus24.1; Marcos 13.1,2, e aparece de forma me-tafrica doze vezes ou mais nas epstolas dePaulo. Os crentes, como pedras vivas (1 Pe2.5), esto sendo edifieados na igreja comoum grande edifcio unido e bem ajustado,crescendo e formando um santo templo jun-to com o Senhor Jesus Cristo (Ef 2.21).

    Cada crente deve ser desenvolvido e edifica-do para este propsito supremo, fortalecidoe unido com todos os outros crentes. O Cris-to que ressuscitou e subiu ao cu deu suaigreja homens com ministrios especiais paraequipar os santos para este trabalho deedifiear o corpo de Cristo (Ef 4.12). Esteera o propsito da autoridade dada por Deus

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    EDIFICA OEDIFICA OEDIFICA OEDIFICA O EDOMEDOMEDOMEDOM

    a Paulo, e seu objetivo em todo o tempo (2Co 10.8; 12.19; 13.10). Por isso, cada cristodeve agir com desprendimento, sem qualqueregosmo, para edificar os seus companhei-ros fiis com uma atitude de amor (Ef4.15,16; Em 14.19; 15.2; 1 Co 8.1). Suas pa-

    lavras devem ser sempre usadas paraedificar (Ef 4.29), especialmente em reuni-es da igreja local (1 Co 14.26). As manifes-taes dos dons do Esprito devem sempreser controladas de forma que os ouvintessejam edificados. O ato de profetizar servemelhor a este propsito, embora duas ou nomximo trs pessoas falando em lnguas,desde que seguidas por uma interpretaoem cada caso, tambm podem edificar a con-gregao (1 Co 14.3-13,27-33).

    Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia. Otto Michel, Oikodomeo,

    TDNT, V, 136-144. J. R.

    EDIFCIOS Os edifcios incluem casas, tem-plos, muros da cidade e outras fortificaes.Veja Arquitetura. Tijolos de barro secadosao sol (veja Tijolos) eram usados para casascomuns ou quando no havia pedras dispo-nveis. A vigas do telhado eram cobertas comargila ou palha.Os templos de Salomo e de Herodes eramfeitos com materiais dispendiosos, pelosartesos treinados da poca. Os discpulos

    compartilhavam o grande orgulho dos judeuspelo seu magnfico templo (Mc 13.1).Muitas vezes, as fundaes eram dispos-tas sobre runas niveladas de antigas ci-dades ou vilas destrudas por invasores, oupelo fogo.

    A palavra edifcio" tambm usada em sen-tido figurado. Pode referir-se linhagem deuma famlia, como na promessa de Deus deedificar uma casa a Davi (2 Sm 7.27) ou aoedifcio que a igreja de Deus (1 Co 3.9) ouao edifcio do carter cristo (Jd 20).

    VejaOcupaes.EDOM O termo Edom significa vermelho.Ele tem trs possveis origens: (a) os roche-dos de arenito vermelho do pas (h evidn-cias de que o pas pode ter sido chamado de'edom, ou vermelho, antes de Esa ter sub-ugado os horeus); (b) o cabelo vermelho deEsa por ocasio de seu nascimento; (c) ou oguisado vermelho que Esa recebeu em tro-ca de sua herana (Gn 25.25-30).Esa parece ter se estabelecido em uma par-te do Neguebe, ao sul de Berseba (Gn 28.9)

    que naquela poca era chamada de Seir (Gn32.3; 33.16; 36.8). Esta continuou sendo amorada dos edomitas mesmo depois da po-ca de Moiss e Josu, que tiveram contatocom eles a leste de Cades-Bamia (Nra20.14-21; 34.3; Dt 2.1-8) e ao sul da divisodas tribos de Jud (Js 15,1,21). Veja Esa.

    A rea montanhosa que os edomitas (q.v.)

    invadiram, e da qual fizeram sua sede dosculo XIII at o sculo VI a.C. estende-seao sul de Moabe, com sua fronteira no rioZerede, por cerca de cento e dez quilmetrosat o Golfo de Acaba. Este territrio for-mado por prfiro e montanhas de arenito

    coloridas, sendo o mais formidvel e impo-nente panorama de pedras do mundo. Des-tas montanhas da Transjordnia, os edomi-tas olhavam para baixo e avistavam um la-

    birinto de rochedos ngremes, precipcios,salincias pedregosas, e vales estreitos. Estaextenso a leste da depresso de Arab ,na verdade, a extremidade do cume de umplanalto deserto, coberto de pedras e salpi-cado de pores de terra fina e pedaos demadeira dispersos. Os muros dos rochedos aoeste so ngremes e expostos, negros e ver-melhos, surgindo da areia amarela plida do

    solo do deserto de Arab. O terreno do valeonde se localiza Petra to sulcado que podeser alcanado por um profundo desfiladeiro,que em alguns trechos to estreito que spermite a passagem de dois cavaleiros ladoa lado. Alm das plantaes de trigo no pla-nalto leste, os desfiladeiros mais largos pro-porcionam alguns campos frteis e platafor-mas para vinhedos. Seus promontrios demais de 1600 metros de altitude precipitamalgum tipo de umidade dos ventos oeste, queso predominantes, e que naquele ponto j

    passaram pelo Neguebe, de forma que esta comparativamente uma terra bem irriga-da. E assim, o Monte Seir (q.v.) era um forte

    bem suprido, com suas minas de cobre e deferro no Arab. Ele era to alto, imponentee cercado pelo precipcio e montanhas recor-tadas, que podia ser considerado praticamen-te inconquistvel. Foi a este aspecto que oprofeta Obadias referiu-se nos versos 3 e 4quando escreveu sobre a localizao de Edomnas fendas das rochas, fazendo seu ninho emmeio s estrelas, e vangloriando-se, Quemme derribar em terra?

    Vivendo nesta terra rica e to fortificada, osedomitas usufruram de uma civilizao su-perior das tribos dos desertos que os cir-cundavam. Alm disto, eles consideravam osseus parentes na Palestina, os israelitas, quepor causa de suas fronteiras vulnerveis fo-ram compelidos a fazer alianas com as na-es vizinhas para que pudessem sobreviver.Os edomitas naturalmente absorveram algoproveniente das caractersticas de suas mon-tanhas. Eles eram solitrios, reservados,antipticos e indiferentes em relao s rei-

    vindicaes de piedade e parentesco. Por istoo Senhor os julgou: Por trs transgressesde Edom e por quatro, no retirarei o casti-go, porque perseguiu a seu irmo espada e

    baniu toda a misericrdia; e sua ira despe-daa eternamente, e retm sua indignaopara sempre. Por isso, porei fogo a Tem, eele consumir os palcios de Bozra (Am1.11,12). Esta passagem menciona as duas

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    EDOMEDOMEDOMEDOM EDOMITASEDOMITASEDOMITASEDOMITAS

    principais cidades de Edom por volta de 750a.C,; Bozra (atual Buseireh), 30 quilmetrosa sudeste do Mar Morto, e Tem, identifica-da por Nelson Glueek como um local cobertopor fragmentos da cermica edomita conhe-cida como Tawlan, a leste do vale de Petra.

    A auto-suficincia de Edom foi acentuadapor sua posio geogrfica, est situada emvrias rotas de comrcio do mundo antigo.Os senhores do Monte Seir em certas ocasi-es controlavam os portos de caba, aosquais os navios de Salomo chegavam comouro de Ofir. Eles s vezes atacavam rapi-damente as caravanas rabes e interrom-piam o caminho para Gaza e Damasco. Osedomitas eram principalmente comercian-tes, intermedirios entre a Arbia e aFencia. Assim enchiam as suas cavernascom riquezas do leste e do oeste. Esta posi-o privilegiada acendeu o sentimento deinveja dos israelitas - especialmente pelofato da terra de Edom ser to separada edifcil de atacar. Mesmo assim, os reis deud como Davi, Amazias, e Uzias invadi-

    ram Edom com xito, e obtiveram o contro-le do comrcio oriental que flua atravs dosportos de Elate e Eziom-Geber.

    Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia. D. W. Deere, The TwelveSpeak, Nova York; American Press, 1958,1,45-50. Nelson Glueek, Transjordan,TAOTS, pp. 433-445. G. A. Smith, The Bookof the Twelve Prophets, Nova York. Harper,1929, II, 177ss.

    D.W.W.W.W. D.

    EDOMITASEDOMITASEDOMITASEDOMITAS Os edomitas eram um povosemi tico descendente de Esa (q.v.), que seestabeleceu no sul da Palestina e da Trans-ordnia por volta do segundo milnio a.C. Seureino era cercado ao norte pelo deserto daudia, pelo Mar Morto, e pelo rio Zerede (atu-

    al Udi el-Hasa); a leste pelo deserto Srio; aoeste pela Pennsula do Sinai; e ao sul, pelo

    Golfo de caba. Este territrio, chamado deMonte Seir (q.v.), foi anteriormente ocupadopelos horeus (Gn 14.6), aos quais os edomitasespoharam e se estabeleceram em seu lugar(Gn 36.8,15-21). VejaEdom.Os edomitas so pela primeira vez mencio-nados fora da Bblia nas Tbuas Ugarticasde Ras Shamra. Na lenda do rei Keret deSidom dito que este avanou contra o reide Edom, mas o ltimo o pagou com algunspresentes valiosos e lhe deu sua filhaMersheb-Hori em casamento. Registros egp-cios do final do sculo XIII a.C. mencionam

    tribos bedunas de Edom que tinham permis-so para entrar no Egito para adquirir co-mida durante o perodo de severa escassez(ANET, p. 259).Os edomitas figuram de forma proeminentena Bblia, frequentemente no papel de opo-nentes dos israelitas. O primeiro contato his-trico entre os dois povos ocorreu quando os

    Um terreno edomita tpico. JR

    israelitas estavam avanando na Palestinaa partir da pennsula do Sinai. O territrioedomita est situado ao longo da rota pro-posta por Moiss, de forma que os israelitas

    buscavam permisso para passar pacifica-mente atravs de seu territrio: No passa-remos pelo campo, nem pelas vinhas, nem

    beberemos a gua dos poos; iremos pelaestrada real; no nos desviaremos para adireita nem para a esquerda, at que passe-mos pelos teus termos'. O rei de Eaom recu-

    sou este pedido mesmo tendo recebido deMoiss a seguinte garantia;"... se eu e o meugado bebermos das tuas guas, darei o pre-o delas (Nm 20.14-21).

    principal fonte de renda dos edomitas ori-ginava-se do comrcio e das taxas cobradaspara proteger as caravanas que levavamincenso do Sul da Arbia para a costa doMediterrneo. Eles tambm praticavam aagricultura, e cultivavam trigo em uma pe-quena extenso; porm a chuva muito es-cassa na rea. Eles plantavam videiras e oli-

    veiras nas proximidades das regies irriga-das por fontes naturais, Uma outra fonte derenda surgia do cobre retirado da mina de

    Arab. A religio dos edomitas parecia serpolitesta. Entre as divindades que podemser identificadas pelos nomes dos seus reisesto Qos e Hadade.Os edomitas alcanaram o pice de sua pros-peridade quando os grandes imprios do pas-sado foram enfraquecidos pelo ataque e pelainvaso dos egeus, e desfrutaram os ltimosdias quentes de outono nos sculos XIIXIIXIIXII e XXXXa.C. Durante o sculo XIII, os edomitas ha-

    viam expandido seu territrio passando aincluir as montanhas e florestas da Trans-ordnia. Para proteger sua fronteira lestedos ataques repentinos daqueles que habi-tavam no deserto, eles ergueram uma sriede fortalezas prximas o suficiente umas dasoutras para possibilitar a comunicao porsinais ae fumaa. Nelson Glueek ao passarpor estes locais, vendo as runas das eida-

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    ED OMITASED OMITASED OMITASED OMITAS EDEDEDEDRE1RE1RE1RE1

    Uma esttua de pedra de ea[cario pintada de umescriba egpcio sentado segurando um rolo de

    papiro aberto sobre os seus joelhos. LL

    des, recolheu um grande nmero de fragmen-tos de cermica deste perodo.Com a asceno de Davi, os edomitas torna-Tam-se vassalos do reino de Israel. Foi pro-

    vavelmente Davi quem destruiu os fortes dosedomitas na fronteira oeste de Arab, comono caso de dois deles no sc. XI a.C., nas pro-

    ximidades de Jebel Usdum, o Monte deSodoma. Eles permaneceram naquele esta-do durante o reinado de seu filho Salomo(1 Rs 11.14-17), que construiu o porto deEziom-Geber (atual Tell el-Kheleifeh prxi-

    mo ao atual porto de caba), no corao doterritrio edomita (1 Rs 9.26). Salomo tam-

    bm abriu inmeras minas e construiu umagrande indstria de fuso de minrios quetem sido estudada por arquelogos judeusnos ltimos anos.

    Com a morte de Salomo e a diviso do rei-no de Israel, os edomitas tomaram-se nova-mente independentes. Entretanto, com aascenso do imprio Assrio no sculo IX a.C.,os edomitas comearam a pagar tributos

    Assria, e se envolveram nas inmeras re-voltas contra OS governantes assrios queforam instigadas pelo Egito. As dificuldadesdos edomitas eram, de feto, maiores do queas de seus vizinhos, j que sempre se encon-travam pagando tributos Assria com umamo, e ao reino de Jud com a outra.Uma revolta contra Jud parece ter ocorri-

    do em torno do sculo IX a.C., mas ela foidebelada por Amazias com grande severida-de (2 Rs 14.7); Amazias eliminou muitos dosedomitas lanando-os do alto do rochedo dafortaleza em Petra (2 Cr 25.12), um localagora conhecido como Umm el-Biyara. Esteato de fato enfraqueceu os edomitas, e as-sim deixaram de ter um papel de grandeimportncia na histria do Oriente Prximo.Todavia, os edomitas regozijaram-se quan-do Nabucodonosor capturou a cidade ae Je-rusalm (SI 137.7), e os profetas os denunci-

    aram por tratarem mal sua nao irm, Jud(Jr 49.7-22; Ez 25.12-14). Devido semelhan-te insensibilidade de Edom quando Jerusa-lm foi saqueada em seus dias, Obadias ad-

    vertiu a casa de Esa que o julgamento cai-ria sobre eles, e assim nunca mais se regozi-ariam sobre Jud (Ob 10.14).Deve ter sido logo aps este evento que osnabateus comearam a desalojar os edomi-tas de seu pas e ocuparam-no. J em 646a.C., Assurbanipal da Assria havia conhe-cido os nabateus (q.v.) em sua campanhacontra os rabes, nas proximidades aa ter-

    ra de Edom (ANET, pp. 297-300). Pareceque com a reduo de seu nmero e a perdada maior parte de seu territrio, os edomi-tas foram para o sul da Palestina, que maistarde passou a ser chamada de Idumia(q.v.). Ali parece no ter havido nenhumrelacionamento entre os nabateus e os edo-mitas, ou idumeus. Antipater e seu filhoHeTodes o Grande, eram ambos idumeus, e

    viam os nabateus como um povo hostil, e denatureza diferente da sua.

    D. C, B.

    EDREI1. Uma cidade na terra de Bas, a atualDeraa, localizada a aproximadamente 50quilmetros a leste do Jordo. Ogue, o rei deBas, veio de Edrei, que foi construda emuma costa ngreme ide onde se podia avis-tar o rio Jarmuque), e evidentemente nafronteira sul de seu reino, para interceptar

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    EDREIEDREIEDREIEDREI EDUCA OEDUCA OEDUCA OEDUCA O

    a invaso dos israelitas. Ele perdeu a bata-lha e a vida, e todo o seu territrio foi subju-gado (Nm 21.33-35; Dt 1.4; 3.1).De acordo com a maior parte das refernci-as bblicas, Ogue aparentemente usou tantoEdrei como Astarote (q.v.) como capitais (Js

    12.4; 13.12,31). Em uma passagem (Js 9.10) simplesmente declarado que ele viveu emAstarote. Pode ser que esta seja apenas umavariao textual, pois Deuteronmio 1.4, deacordo com o texto hebraico, podera ser tra-duzido como: depois que feriu a... Ogue, reide Bas, que habitava em Astarote, emEdrei. O texto grego est em harmonia comas passagens acima, e diz: "... que vivia em

    Astarote e em Edrei. Astarote era sem d-vida a cidade mais importante, e Edrei erauma capital secundria.Depois da ocupao israelita de Bas, Edrei

    foi aparentemente destruda (Dt 3.1-6) e no mais mencionada na Bblia. Entretanto, eraconhecida pelas fontes romanas como Adraou Adraene. Eusbio (Onomasticon 8.84) amenciona como uma cidade bem conhecida da

    Arbia, situada cerca de 40 quilmetros deBosora e 10 quilmetros de Astarote. Embo-ra a antiga narrativa tenha recebido apenasuma investigao superficial, fragmentos decermica testemunham que a ocupao datado incio da Era do Bronze, com uma grandeporo de cacos do incio da Era do Ferro.

    provvel que, na poca Helenstica ou roma-na, uma cidade subterrnea com ruas, lojas,e cisternas tenha sido construda de formasubjacente a cavernas nas rochas de basalto(HGHL, p. 576; UBD, p. 287).2. Uma cidade da herana da tribo de Naftali,que faz parte da lista das suas cidades forti-ficadas (Js 19.37). Muitas variaes so co-nhecidas entre os textos gregos: Ias($)eir,

    asapei, Edrain, Edraei, et al. Na lista, elaaparece entre Quedes e En-Hazor. Sua loca-lizao geral tambm pode ser inferida porseu lugar na lista de cidades conquistadas

    por Tutmsis III (Nmero 91) onde seu nome escrito como itr (ANET, p. 242). Ali elaaparece entre as cidades do norte da Galilia,tais como Abel (-Bete-Maaca). Uma possvellocalizao para a cidade antiga TellKhureiba, ao sul de Quedes. Contudo, pes-quisas recentes tm apontado para a suges-to de que Edrei esteja localizada nas proxi-midades da moderna Aitaroun.

    A. F. R.

    EDUCAO1 A palavra grega paideia,treinamento infantil, instruo", alimen-tao", usada trs vezes no NT. Ela abran-ge todo o cultivo da mente e da moral de umacriana, e o emprego de ordens e admoesta-es, censura e castigo, com a finalidade deatingir este objetivo (Ef 6.4). Quando apli-cada a adultos, ela fala daquilo que desen-

    volve a alma, corrigindo erros e controlandopaixes atravs da instruo" na justia (2

    Tm 3.16). Quando aplicada a crianas, temo sentido de treinamento infantil ou casti-go (Hb 12.5,7,11; cf. Pv 3.11,12; 15.5).

    EDUCAO1

    Mesopomica

    A educao Mesopotmia envolvia o rduoprocesso da aprendizagem da escrita cunei-ibrme. Os estudantes geralmente pertenci-am a classes privilegiadas da sociedade. Emraras ocasies as garotas recebiam educa-o conforme evidncia de algumas poucasescribas do sexo feminino.

    As primeiras escolas estavam provavelmen-te associadas a templos, mas a famosa esco-la em Ma ri localizava-se no palcio. Aquiforam encontradas fileiras de bancos juntocom uma coleo de materiais de escrever.Esta escola era chamada de e-dubba, a casadas tbuas". O ummia, diretor, tinha sobsi assistentes especializados, tais comodubskar niskid, o escriba dos clculos, odubshar kengira, o escriba do Sumrio" etc.

    A maior parte da superviso geral ficava porconta de um estudante mais velho, o shesh-aX,irmo mais velho.

    Os alunos aprendiam vrios smbolos cunei-formes copiando tbuas preparadas pelo pro-fessor, escrevendo com um buril em uma t-

    bua de argila mida. Depois, eles copiavampartes de textos literrios e estudavam ma-

    temtica e a diviso da terra. Depois do se-gundo milnio a.C., quando o sumrio no eramais uma lngua utilizada, os escribas tinhamque memorizar listas bilngues de palavrassumrias e de seu equivalente em acdio.Os alunos acordavam cedo, com medo de seatrasarem, e levavam consigo dois rolos depo para o almoo. A disciplina era rgida.Um rapaz em um teste lembra-se como re-cebeu sete sovas de sete diferentes membrosda equipe por escrever mal, por falar sempermisso etc. As punies mais severas in-cluam ficar preso por dois meses.

    A "escola em Qumran

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    EDUCA OEDUCA OEDUCA OEDUCA O EDUCAAOEDUCAAOEDUCAAOEDUCAAO

    O ginsio em Salamina, Chipre, A palestra, ou rea de luta, estava localizada no retngulocercado pelas colunas. HFV

    EgpciaEgpciaEgpciaEgpciaA educao egpcia preparava uma classede escribas que eram servidores civis. Alu-nos de origem humilde podiam ter sucessoem posies eminentes, em virtude de suaeducao. Alm disso, os professores sem-pre lembravam os seus alunos de que umaposio como esta significava uma vida li-

    vre de impostos, de pobreza e de trabalhofsico.

    As escolas localizavam-se em templos nos

    arredores, tal como Ramesseum. Eles eramsupervisionados por altos oficiais dos de-partamentos para os quais os alunos esta-

    vam sendo treinados. A criana ia para aescola dos quatro ou cinco at os dezesseisanos de idade.Ela aprendia a copiar com preciso oshierglifos pictogrficos. Seus primeiros es-foros eram feitos em lascas de pedracalcria pautada ou em fragmentos de cer-mica. S mais tarde que ela aprendera aescrever nos papiros, e primeiramente empalimpsestos, isto , papiros que j haviam

    sido usados e apagados.Era necessrio aprender um vocabulrioespecfico relativo sua futura profisso,incluindo, por exemplo, noventa e seis no-mes de cidades egpcias, e quarenta e oitotipos de assados diferentes. Se planejassetrabalhar com o exrcito, ele tinha queaprender a geografia da Palestina, a orga-nizao de uma campanha militar, e a dis-

    tribuio de provises. No perodo do NovoReino, o escriba tambm tinha que apren-der nomes semticos, cretenses, e outrosnomes estrangeiros.

    As aulas tinham a durao da metade de umdia. Quando o meio dia era anunciado, ascrianas saam da escola gritando de ale-gria. O almoo consistia em trs rolos de poe uma jarra de cerveja.

    A palavra egpcia para educao era sb3jt ese origina da raiz sb3, castigar, punir. Olema do professor era: O ouvido do jovemest em suas costas, ele s ouve o homemque bate nele. Um estudante recorda comofoi preso no templo da escola por trs meses.

    Apesar das recompensas da carreira deescriba, havia delinquentes. Um professorlamentou por um ex-aluno: Eu soube que

    voc quer escrever, e dar prazer a si pr-prio... voc senta-se em casa e as moas orodeiam... uma guirianda de flores estpendurada em seu pescoo, e um tamborem sua barriga.

    JudaicaJudaicaJudaicaJudaica

    A educao judaica era primeiramente reli-giosa e, at a poca do Novo Testamento,dava-se em casa. Era dever do pai instniirseu filho sobre as tradies religiosas (Ex12.26,27; Dt 4.9; 6.7),Era essencial que a criana aprendesse a leras Escrituras. Felizmente, o alfabeto hebrai-co com suas vinte e duas letras era muitomais fcil do que as centenas de caracteres

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    EDUCA OEDUCA OEDUCA OEDUCA O EDUCAAOEDUCAAOEDUCAAOEDUCAAO

    cuneiformes e hieroglficos dos vizinhos deIsrael, Em Isaas 28,10, mandamento emais mandamento literalmente s aps s,e q aps q, uma referncia ao ensino do al-fabeto. Em Isaas 10.19, lemos: E o restodas rvores da sua floresta ser to pouco,

    que um menino as poder contaT. O homemovem de Juizes 8.14 escreveu os nomes dosancios da cidade.O ensino formal longe de casa no foi ates-tado at a era intertestamentria. BenSirach (aprox. 180 a.C.) fala de uma casade aprendizagem (gr. oikos paideias, emheb. bethmidrash). Sob Jason (175-171a.C.), o sumo sacerdote helenizante, um gi-nsio foi estabelecido em Jerusalm (1 Mac1.14; 2 Mac 4,9; Josefo, Ant. xii.5.1). Nohelenismo, o ginsio era a principal insti-tuio educacional.

    Simon ben Shetah (aprox. 75 a.C.) decre-tou uma lei que estabelecia que as crianasdeveram ir escola. O desenvolvimento de-cisivo, entretanto, veio com a ordem deosu ben Gamala, sumo sacerdote em 63-

    65 a.C., de que cada cidade deveria ter umaescola para crianas a partir de seis anosde idade.De acordo com a declarao de Judah benTema (sculo II a.C) em Prke Aboth 5.21, oprograma de estudos a ser desempenhadoera: (a) as Escrituras - aos cinco anos; (b) o

    Mishnah tradies orais aos dez anos; (c)a chegada da idade aos treze anos; e (d) oTalmude - comentrios sobre o Mishnah -aos quinze anos. Esperava-se que os rapa-zes se casassem aos dezoito anos.

    As meninas recebiam educao em casa, efreq ente mente eram feitos casamentosarranjados quando tinham doze ou trezeanos. Elas iam sinagoga, e algumas co-nheciam bem as Escrituras (cf. aluses do

    Antigo Testamento no Magnificat deMaria, Lc 1.46-55).

    A maioria dos pais no podia permitir que

    seus filhos tivessem mais do que o ensino pri-mrio. Alguns rabinos desprezavam aquelesque haviam estudado somente as Escrituras,tendo-os como ignorantes, am-haarets, pes-soas da terra (cf. Jo 7.15; At 4.13). Aquelesque estudavam para se tomarem rabinos con-tinuavam sua educao na academia de Je-rusalm, e eram ordenados com aproximada-mente vinte e dois anos de idade.

    As classes do primrio reuniam-se nas sina-gogas, tendo o hazzan, ou responsvel pelosrolos, como professor. O professor tinha que

    ser um homem casado; nenhuma mulher ti-nha permisso para ensinar (cf. 1 Tm 2.12).As crianas de vrias idades sentavam-seno cho diante do professor. A crianaaprendera a ler as Escrituras em voz alta,comeando por Levtico. Em continuao, acriana prosseguia no conhecimento damaior parte das Escrituras, embora algunslivros do AT, como, por exemplo, Cantares

    de Salomo, no eram ensinados aos alu-nos imaturos.

    A nfase era colocada na memorizao, e omtodo era a repetio. Dizia-se que um pro-fessor do Mishnah chegava a repetir uma li-o 400 vezes! Os aoites eram usados nos

    casos de alunos recalcitrantes. O Mishnah noconsiderava o professor culpado se o alunomorresse em conseqneia de tais repreen-ses. A palavra heb. para educao, musar,origina-se da raiz ysr, castigar, disciplinar.O ensino dos meninos comeava ao amanhe-cer e freqentemente continuava at o pr-do-sol. Algumas pessoas tm questionado seeles tinham horrio de almoo! O perodo deaulas era reduzido para quatro horas duran-te os meses quentes de julho e agosto. No diaque antecedia o sbado havia apenas meioperodo de aulas, e as aulas eram suspensas

    por ocasio das festividades religiosas.A academia de Jerusalm para futuros rabi-nos era famosa por ter professores como Hilele Samai (sculo I a.C.). Aqui Paulo estudouaos ps do ilustre neto de Hilel, Gamaliel (At22,3). Gamaliel era um dos poucos rabinos quepermitia que os alunos aprendessem o grego.Os rabinos, como regra geral, no recebiamqualquer pagamento por ensinarem, mas sesustentavam trabalhando como moleiros,sapateiros, alfaiates, oleiros etc. (cf. At 18.3).De fato, cada pai tinha o dever de ensinar

    um ofcio a seu filho.GregaGregaGregaGrega

    A educao grega ou padeia (no Novo Tes-tamento a palavra tem um sentido de cor-reo em passagens como Hebreus 12.5,7,8,11) era primeiramente aristocrtica ouatltica. Depois de aprox. 450 a.C, os sofis-tas que ensinavam retrica recebendo umpagamento por isto, revolucionaram a edu-cao. No sculo IV a.C., as grandes escolasfilosficas de Plato e Aristteles estavamestabelecidas em dois ginsios nos subrbi-

    os de Atenas; a academia e o liceu.No perodo Helenstico, o estabelecimento deginsios em cada cidade fundada pelos gre-gos no Oriente Prximo serviu como o prin-cipal meio de preservao da tradiohelenstica, e de assimilao do helenismopelas sociedades que no eram helenistas.

    A educao espartana era um fenmeno porsi. Diferente da situao em outras cidades,a educao em Esparta era paga pelo Esta-do. As garotas recebiam treinamento atlti-co para se tornarem mes robustas. Com seteanos de idade, os garotos eram separados deseus lares para viverem em barracas, estan-do sujeitos a uma severa disciplina para quese tornassem soldados fortes e obedientes.Os espartanos aprendiam apenas os rudi-mentos da leitura e da escrita, e eram consi-derados incultos pelos atenienses.Em Atenas, as garotas aprendiam as artesdomsticas em casa. Os garotos iam escola

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    EDUCAAOEDUCAAOEDUCAAOEDUCAAO EDUCAAOEDUCAAOEDUCAAOEDUCAAO

    com sete anos. A verdade evidente era que osmeninos ricos chegavam escola mais cedo esaam mais tarde do que as crianas pobres.

    A maioria das famlias tinha paidagogos,geralmente um escravo mais velho, que car-regava o equipamento dos meninos, acom-

    panhava-os at a escola, e auxiliava nos de-veres de casa. Ele era uma combinao deenfermeiro, lacaio, acompanhante e tutor(cf. 1 Co 4.15; G1 3.24,25).

    A educao grega enfatizava a gymnasia (1Tm 4.8) para o corpo e a musica - um termoque inclua a literatura - para a alma, A ins-truo padro era conduzida em paktistras(palestras) particulares, ou arenas de lutasob a orientao de um puidotribes, literal-mente, frico de meninos, devido prticade esfregar o corpo com leo e p antes dosexerccios. A corrida e o arremesso de dardos

    eram praticados nos ginsios pblicos. Estesginsios tambm continham sales onde osprofessores, como, por exemplo, Scrates,ministravam as suas aulas.Todos os rapazes tinham que aprender a can-tar e a tocar lira. Eles aprendiam a stoichea,isto , o ABC ou os rudimentos do ensino fun-damenta] (cf. Hb 5.12). Seu texto principalera Homero, seguido pelos dramaturgos epoetas lricos.Os alunos iam escola ao nascer do dia acom-panhados por seus pedagogos, que carrega-

    vam a lamparina nas manhs escuras deinverno. As escolas tinham de sessenta acento e vinte alunos. Estes se sentavam em

    bancos com suas tbuas de escrever de ceraem seus joelhos. O professor sentava-se emuma cadeira em uma plataforma. Ospedagogos, geralmente, tambm se senta-

    vam na sala de aula. Pelas ilustraes emcermica podemos ver que as crianas leva-

    vam seus animais de estimao como gatos,ces e at leopardos!Da Mmica de Herondas (sculo III a.C) po-demos constatar o que acontecia com os ga-

    rotos preguiosos ou faltantes. Uma me re-clama que seu filho deveria brincar ao in-

    vs de ir escola. Ele no capaz de escre-ver a partir de um ditado, e s consegue lercom hesitao. Quando o criticam, correpara sua av. Ela, por conseguinte, faz comque o professor aoite seu filho at que suapele fique to mosqueada quanto a de umacobra a gua.Quando o garoto chega aos dezoito anos ese torna maior de idade, fica livre dos cui-dados restritivos de seu pedagogo. No per-

    odo dos dezoito aos vinte, os jovens de Ate-nas, chamados ephebes, eram submetidos aum curso de treinamento militar e atlticocompulsrio. Na poca helenstica, os quese formavam nos treinos adultos, passavama fazer parte da alta classe de cidados he-lensticos. Na poca dos romanos, a insti-tuio de efebos em Atenas formava a baseda universidade.

    RomanaRomanaRomanaRomanaMesmo antes que a Grcia se tornasse umaprovncia romana em 146 a.C., sua influn-cia cuitural era sentida em Roma. A hist-ria registra que Cato, o ancio (234-149 a.C.),que se opunha ao aprendizado do grego,

    aprendeu o grego no final de sua vida.Os romanos imitaram os gregos no uso depedagogos para seus filhos, frequentementeempregando escravos gregos. O grandeCcero (106-43 a.C.) era Dem versado tantoem grego como em latim, tendo sido educa-do em Rodes (assim como Csar e Antnio) eem Atenas. Quintiliano (40-118 d.C.), a gran-de autoridade da Educao Romana, diziaque as crianas romanas deveram aprendero grego antes do Latim. O satirista Marcial(40-104 d.C.) e seu colega Juvenal reclama-ram que as mulheres passaram a fazer at

    mesmo amor em grego!A viso pragmtica romana introduziu al-gumas diferenas notveis. Matemtica,Geometria e msica eram ensinadas somen-te medida que tivessem aplicaes prti-cas. A retrica, e no a filosofia, era a ma-tria classificada como a mais importanteem estudos de nvel superior. Os romanosno gostavam muito da nudez dos atletasgregos, eles preferiam as corridas de cava-los no hipdromo e os jogos de gladiadoresno coliseu.

    As meninas frequentavam a escola prim-ria com os meninos. Alm disso, algumasmulheres tinham conhecimento da literatu-ra por si prprias, a ponto de Juvenal recla-mar: Como eu as odeio. As mulheres, quesempre voltam s pginas da Gramtica dePalaemon, mantendo todas as regras e sopedantes o suficiente para citar versos quenunca ouvi.

    As aulas eram s vezes ministradas em umargula, ou abrigo, em frente a uma casa

    separada do pblico por uma fina divisria.Os alunos sentavam-se em bancos, enquan-

    to o professor sentava-se em uma cadeira.Para escrever, eles comeavam com tbuasde cera; depois, usavam papiros ou mesmopergaminhos de manuscritos sem importn-cia. Para aritmtica, o aluno usava o bacocom calculi,e seixos.

    As crianas freqentavam a escola prim-ria, que era chamada de ludus ou jogo, dossete aos dez ou onze anos de idade. O profes-sor primrio era conhecido como ludi

    magster. Os pais exigiam muito dele, maspagavam pouco e, s vezes, somente por or-

    dem dos tribunais. Era tarefa dele ensinaros trs R. Para ensinar a ler, eles usavamtextos das fbulas de Esopo, que eram mui-to populares.

    As aulas comeavam cedo - cedo demais paraMarcial, que reclamava que a repreenso doprofessor o impedia de dormir. Apressadopara a escola sem sequer poder tomar o cafda manh, o jovem comprava um pequeno

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    EDUCA OEDUCA OEDUCA OEDUCA O EDUCA OEDUCA OEDUCA OEDUCA O

    bolo quando passava por uma padaria. Nachegada ele diria: Bom dia para todos! Per-mitam-me tomar meu lugar. Apertem umpouquinho. Depois de suas aulas matinais,ele ia para casa almoar po branco, azeito-nas, figos secos, e nozes. Ento voltava para

    a escola, onde o mestre, examinando suascpias, dizia, Voc merece ser aoitado!Tudo bem, desta vez eu deixarei passar...Disciplina era sinnimo de educao. A fra-se manum subducere ferulae, abandonar a

    vara, significava deixar a escola. Quintilia-no protestou contra a prtica universal deaoites. Ele pensava que os elogios, o espri-to de competio, e at mesmo os jogos, erammelhores do que o medo.Os meninos tinham frias de Julho a Outu-

    bro, no vero, e extensos feriados em Dezem-bro e Maro. A cada oito dias tambm havia

    um dia de folga. Isto no era suficiente paraalgumas crianas, oue fingiam estar doen-tes, esfregando os olhos com azeite de olivaou usando cominho para se fingirem de pli-dos e poderem ausentar-se.Dos doze aos quinze ou dezesseis anos deidade, quando o jovem romano atingia amaioridade, e vestia sua toga virlis branca,ele passava a freqentar a escola secund-ria (ou a escola de gramtica). Esta era cha-mada de ludus litterarius, e o professor erachamado de litteratus ou de grammaticus.

    As matrias principais eram a gramticatcnica e a literatura, principalmenteHomero e outros textos gregos. Somente de-pois do ano 25 a.C que os textos em latim,tais como Virglio e Ccero, tambm foramintroduzidos.

    Alm da escola de gramtica at os dezoitoou vinte anos, os rapazes recebiam treina-mento em retrica. Quando Roma passou derepblica a imprio, com a eonseqente res-trio de liberdade poltica, o treinamentoem retrica tornou-se cada vez mais artifici-al. Era exigido que os alunos declamassem

    a obra masoria, que propunha alguma ao,como por exemplo: Deveria Agamenon sa-crificar sua filha? ou a obra controvrsia,que lidava com alguns casos fictcios queenvolviam conflitos de leis.

    Vrias formas de discurso e figuras de lin-guagem eram ensinadas. Paulo usa cerca detrinta tipos diferentes de figuras retricasem seus escritos. F. W. Farrar sugere queele pode ter recebido algum tipo de treina-mento rudimentar de retrica em Tarso. Poroutro lado, a escassez de aluses clssicas

    (At 17.28; 1 Co 15.33; Tt 1.12) e a qualidadede seu grego mostram que o apstolo evitouos excessos para que sua mensagem fosse amais direta e inteligvel para todos os tiposde leitores, no utilizando todo o seu conhe-cimento clssico recebido na afamada insti-tuio em que estudou. Ele foi provavelmenteenviado a Jerusalm antes de completar tre-ze anos. Alguns estudiosos tm discutido o

    fato da palavra anateth ram menos, criado,em Atos 22.3, significar que Paulo j viviaem Jerusalm at mesmo antes desta idade.Embora tenha tido um grande treinamento,Paulo repudia (1 Co 2.1) o uso da linguagemretrica elaborada e pomposa to comumen-

    te usada pelos oradores de sua poca paraganhar o aplauso dos ouvintes (por exemplo,Trtulo. Atos 24.1-8). Nem mesmo os escri-tores romanos estavam satisfeitos. Petrnio,um contemporneo de Paulo, escreveu: Nin-gum se importaria com este artifcio se ape-nas colocasse os nossos alunos no caminhoda verdadeira eloquncia... Ao ou lingua-em so a mesma coisa: grandes frases comoolas de mel, cada sentena parecendo tercado e se enrolado em sementes de papoulae gergelim.Veja Filhos; Famlia; Escola; Hebraico;Ensinar.Bibliografia Gerai. W. Barclay, Educatio-

    nal Ideais in The Ancent World, Londres.Collins, 1959. Georg Bertram, Paideuo,etc., TDNT, V, 596-625. E. B. Castle,ncient Education and Today, Baltimore.

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    American Library, 1964, Karl H. Rengstorf,Didasko, etc, TDNT, II, 135-165. W, A.Smith, Ancient Education, Nova York.Philosopliical Library, 1955.Mesopotmia, Cyril J. Gadd, Teachers andStudents in the Oldest Schools, Londres.Univ. ofLondon, 1956. Samuel N. Kramer,Schooldays, Journal of the American Ori-ental Society, LXIX (1949), 199-215; TheSumerians, Chicago. Univ. of Chicago,1963, cap. 5.Egpcia. Adolf Erman, Life in Ancient Egypt,Nova York. Macmillan, 1894, cap. 14; Thencient Egyptans,Nova York. Harper & Row,

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    Merrill, 1958, pp. 195-205.udaica. Nathan Drazin, History of JewishEducation, Baltimore. Johns Hopkins, 1940.Eliezer Ebner, Elementary Education inncient Israel During the Tannaitic Period,

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    York. Columbia Univ. 1959, cap. 6. W.aeger, Paideia,3 vols., Oxford. Blackwell,

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    EDUCA OEDUCA OEDUCA OEDUCA O EF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOS

    1936-45. H. Miehell, Sparta, CambridgeUniv., 1964, cap. 6. Paul Monroe, ed., SourceBook ofthe Hstory of Education for theGreekand Roman Period, Nova York. Macmillan,1910. W. W, Tarn, Hellenistic Civilization,

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    dres. Frederick Mller, 1963, cap. 5.

    E. M. Y.EF1. Um ramo dos midianitas (Gn 25.4, 1 Cr1.33) que habitava no noroeste da Arbia,regio rica em camelos e dromedrios (Is60.6). So chamados de Haiap nas inscri-es assrias de Tglate-Pileser III.2.

    Mulher da famlia de Calebe (1 Cr 2.46).3.

    Filho de Jadai, da famlia de Calebe, deud(lCr 2.47).

    4.

    VejaPesos, Medidas e Moedas.

    EFAI Jeremias 40.8 menciona Efai, onetofatita, como pai de alguns dos capitesdas foras que foram deixadas para trs emud para levar os prisioneiros para a Babi-

    lnia. Esses capites foram identificados comGedalias, governador dos judeus empobre-cidos e dispersos em Mispa. Concomitante-mente com o assassinato de Gedalias, elestambm foram condenados morte porIsmael, filho de Netanias (Jr 41.3).

    EFATA Uma transliterao do termo ara-maico usado por Jesus quando curou o sur-do-mudo em Decpolis (Mc 7.34). a formaimperativa, Abre-te; e com a palavra sobe-rana de Jesus, a boca e os ouvidos do homemforam libertos da aflio.

    EFER ou HFEREFER ou HFEREFER ou HFEREFER ou HFER1. Segundo filho de Midi, descendente de

    Abrao atravs de seu casamento com Que-tura (Gn 25.4).2.

    Terceiro filho de Esdras da tribo de Jud(1 Cr 4.17).3. Um dos cinco chefes da casa de seu pai na

    meia tribo de Manasses que habitava entreBas e o Monte Hermom (1 Cr 5.24). Eraconsiderado como um homem famoso e po-deroso, um homem de valor.

    EFEFEFEFESESESES----DAMIM ou TERMO DE DAMIMDAMIM ou TERMO DE DAMIMDAMIM ou TERMO DE DAMIMDAMIM ou TERMO DE DAMIMLugar de um acampamento dos filisteuspara preparar seu ataque aos israelitas (1Sm 17.1) Estava localizado entre Soco e

    Azeca. Golias abandonou o acampamento afim de desafiar Israel a enviar um guerrei-ro que representasse essa nao. Foi suge-rido que esse nome, isto fronteira de san-gue, veio dos sangrentos encontros entreos israelitas e os filisteus. Outro conflito

    entre essas duas naes est registrado em1 Crnicas 11.13, onde foi usada a formaabreviada Pas-Damim. A terra, quando re-centemente arada, tem uma profunda colo-rao vermelha, e isso pode justificar seunome. VejaPas-Damim.

    EFSIOS Vejafeso.

    EFSIOS, EPSTOLA AOS Dcimo livrodo NT, classificado juntamente com Filipen-ses, Colossenses e Filemom como uma dasepstolas da priso, escrita por Paulo.

    AutoriaAutoriaAutoriaAutoriaAt a poca da alta crtica no sculo XIX, aCarta aos Efsios era universalmente consi-derada como obra de Paulo. Atualmente, elaest entre as quatro epstolas que os libe-rais geralmente negam como sendo uma obrade autoria paulina (as outras so 1 e 2 Ti-mteo e Tito). Durante os trs primeiros s-culos, ela foi atribuda a Paulo por Mardon,Irineu, Clemente de Alexandria e Tertulia-no. Entretanto, a recente negao da auto-ria de Paulo tem baseado-se em evidncias

    internas mais do que externas. Geralmente,quatro argumentos so apresentados comosuporte posio dos crticos. (1) Dizem queo vocabulrio da carta contm 38 palavrasque no so encontradas em nenhuma ou-tra passagem do NT, e 44 palavras que noforam usadas por Paulo. Esse argumentodeixa de reconhecer a versatilidade de Pau-lo e a influncia do assunto no vocabulrio.(2) Seu estilo, foi observado, suave e muitofluente, enquanto Paulo era um escritor deestilo vigoroso, rspido e controvertido. No-

    vamente, tais crticas no deixam espaopara a versatilidade do apstolo. No hdvida de que a carta aos Efsios represen-ta um exemplo do estilo de Paulo quando noestava envolvido em controvrsias, mas emum tipo mais reflexivo de escrita. (3) Sua se-melhana com Colossenses foi usada para seargumentar que um posterior admirador dePaulo tenha usado essa obra como modelo,ao compor outra carta em nome de Paulo.Entretanto, seria muito mais natural enten-der que o prprio Paulo escreveu Efsios umpouco depois de Colossenses, usando, com

    vrias modificaes, alguns dos termos e con-ceitos empregados na carta igreja que es-tava em Colossos. (4) Diferenas doutrinri-as so interpretadas como indicadores deuma autoria no paulina. No entanto, umaanlise cuidadosa revela que as diferenassugeridas no so, de modo algum, inconsis-tentes com os ensinos de Paulo encontrados

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    EF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOS EF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOSEF SIOS, EP STOLA AOS

    em outras passagens. Deve-se, novamente,dar lugar versatilidade de Paulo. Com baseno testemunho unnime dos escritores daigreja primitiva, e luz da natureza poucoconvincente dos argumentos dos crticos,podemos com toda certeza afirmar que Ef-

    sios produto da pena de Paulo.DestinatriosDestinatriosDestinatriosDestinatrios

    Embora a verso KJV em ingls traga comodestinatrios os santos que estavam emfeso, as evidncias encontradas nos ma-nuscritos e a natureza geral dessa epsto-la foram utilizadas para sugerir que essacarta no estava restrita a Efeso. Dois dosmelhores manuscritos, o Vaticanus (aprox.350 d.C.) e o Sinatico (aprox. 375 d.C.),assim como o Papyrus Chester Beatty(aprox. 200 d.C.) omitem as palavras ge-

    ralmente traduzidas como em feso.Alm disso, Baslio o Grande, (329-379d.C.) disse que essas palavras no foramencontradas em nenhum dos manuscritosantigos. A natureza impessoal dessa eps-tola bem como as diversas passagens su-gerindo que Paulo no estava pessoalmen-te familiarizado com seus leitores (1.15;3.2; 4.21), parecem exigir uma leitura maisdetalhada. Portanto, existe uma razovelpossibilidade de que Efsios tenha sidooriginalmente uma carta circular, talvezenviada a t,odas as igrejas da provncia ro-mana da sia, da qual a igreja de fesorepresentava a principal congregao. Com

    A primeira pgina de Efsios dos papiros Betty-Mchigan, Biblioteca da Universidade de Michigan

    o passar do tempo, por causa da proemi-nnca adquirida por essa igreja, a epsto-la pode ter passado a ser chamada pelo sennome. A possibilidade de esta carta ter sidoendereada igreja de Laodicia e de sera chamada epstola perdida aos laodicen-

    ces, deve ser cuidadosamente considerada,particuiarmente porque ainda existe umaconsidervel necessidade de se ter maisevidncias internas para que tal afirma-o tenha o suporte necessrio.

    Data e Local da ObraData e Local da ObraData e Local da ObraData e Local da ObraEssa carta contm provas de ter sido escri-ta durante uma experincia de priso (3.1;4.1; 6.20). Embora alguns, como George S.Duncan na obra St. Pauls Ephesan Minis-try, tenham insistido que a epstola aos E-fsios teve origem na priso, juntamente

    com outras epstolas, a maioria dos estudi-osos sustenta uma opinio tradicional fa-vorvel a uma origem romana. Tendo comobase essa suposio, a epstola parece tersido escrita durante o primeiro aprisiona-mento romano de Paulo (cf. At 28.16-31),talvez por volta do ano 60-61 d.C. Existemrazes para se crer que ela tenha sido es-crita pouco depois de Colossenses, e envia-da junto com esta e Filemom pelas mos deTquico (Ef 6.21,22; Cl 4.7,8),

    Mensagem da EpstolaMensagem da EpstolaMensagem da EpstolaMensagem da Epstola

    O termo chave de Efsios a palavra mis-trio, sendo que sua primeira ocorrncia encontrada em 1.9,10. Aqui Paulo identifi-ca o tema que controla a epstola, isto , odesgnio do plano geral de Deus. Senhordeseja a suprema unio de todas as coisasem Cristo, e o principal instrumento que Eleest usando durante a presente era para al-canar seu objetivo a igreja. Nessa novacomunidade de pessoas redimidas, Deusrompeu a barreira entre judeus e gentios eambos foram unidos como um novo homem

    (2.14,15). Essa unificao de dois grupos,anteriormente opostos, representa o smbo-lo da unidade que dever ser uma realida-de entre todos aqueles que so membros doCorpo de Cristo. Nessa nova comunidade desantos no existem barreiras legitimas denacionalidade, raa, cor ou cultura, A igre-a um nico corpo em Jesus Cristo e, comotal, como afirma Francis W. Be are, oarauto da suprema unidade de toda a cria-o (The Epistle to the Ephesians, IB, X,606). A partir desse primeiro passo de uni-ficao Deus ir, no final, e de acordo com

    seu soberano propsito, unir todas as coi-sas em Cristo. Esse o mistrio do grandedesgnio de Deus.

    A unidade da igreja est representada emEfsios sob trs grandes figuras, o templo(2.19-22), o corpo (4.11-16) e a noiva (5.21-33). Alm disso, a fim de que essa unidadeseja mais do que terica, Paulo insiste que,

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    EF S10S, EP STOLA AOSEF S10S, EP STOLA AOSEF S10S, EP STOLA AOSEF S10S, EP STOLA AOS FESOFESOFESOFESO

    em suas relaes interpessoais, a igreja devepreservar a unidade do Esprito pelo vn-culo da paz (4,3).

    EsbooEsbooEsbooEsbooI.

    Saudao, 1.1,2II.

    Doxologia, 1.3-14A.

    A escolha de Deus Pai, 1.3-6B.A redeno feita por Cristo, o Filho,

    1.7-12C. O selo de Deus, o Esprito Santo,

    1,13,14III. Ao de Graas e Orao, 1.15-23IV. Discusso Doutrinria, 2.1-3.21

    A. A redeno dos gentios, 2.1-221, Vista de forma pessoal, 2.1-102,Vista de forma corporativa, 2.11-

    22 ^B, O ministrio aos gentios, 3.1-21

    1.

    A incumbncia de Paulo, 3.1-132. A orao de Paulo, 3.14-21V. Discusso Prtica, 4.1-6.20

    A. Exortao unidade, 4.1-16B. Exortao a uma vida consistente,

    4.17-5.20C.

    Exortaes aos membros das famli-as, 5.21-6.91.

    Esposas e maridos, 5.21-332.

    Fillios e pais, 6.1-43. Escravos e senhores, 6.5-9

    D. Exortao para a preparao para aguerra espiritual 6.10-20

    VI.

    Concluso 6.21-24

    Bibliografia. F. F. Bruce, The Epistle to theEphesians, Westwood, N. J,: Revell, 1961.Francis Foulkes, The Epistle of Paul to theEphesians,TNTC. Charles Hodge,A Commen-tary on the Epistle to the Ephesians,GrandRapids. Eerdmans, 1950, E. K. Simpson e F.F. Bruce, Co/nme/Ua/y on the Epistles to theEphesians and the Coiossians,NICNT.

    D.

    W. B.

    FESOFESOFESOFESO A capital da provncia romana dasia, localizada na desembocadura do RioCayster na costa oeste da sia Menor. Por cau-sa de suas boas instalaes porturias e dasestradas que convergiam para aquele ponto,esta cidade de mais de 300.000 habitantes tor-nou-se o centro comercial mais importante da

    sia Romana, Ela vangloriava-se de vrios ar-mazns que delineavam as margens do rio. Ru-nas de um anfiteatro ainda podem ser vistas,medindo cerca de 160 metros de dimetro ecapaz de acomodar 25.000 pessoas.

    A origem da cidade est oculta na antigui-

    dade legendria. No entanto, por volta de1044 a.C. colonizadores gregos, sob a auto-ridade de Androclo, expulsaram os antigoshabitantes e estabeleceram uma cidade gre-ga no local. Em 133 a.C., feso, aps umahistria bastante diversa, tornou-se parte daprovncia romana na sia.

    A cidade ficou mais amplamente conhecida

    Um pedestal de esttua com inscries em umadas principais ruas de feso, HFV

    por seu templo de rtemis (Diana), uma dassete maravilhas do mundo. No se sabequando o primeiro templo foi construdo. Aestrutura que havia nos dias de Paulo foiiniciada por volta de 350 a.C. Media 112 por33 metros, e suas 100 colunas elevavam-sea mais de 18 metros de altura. A deusa

    rtemis era originari amente uma divinda-de da fertilidade anatoliana que se tomaraparcialmente helenizada, Alm de sua im-portncia religiosa, o templo servia tantocomo um banco para depsitos e emprsti-

    mos de dinheiro, quanto como um refgiopara fugitivos. Veja Falsos deuses; Diana.Em sua terceira viagem missionria, Paulopassou quase trs anos em feso (At 19), cer-tamente por causa de sua posio estratgicacomo um centro propagador para a dissemi-nao do Evangelho. Timteo foi mais tardecolocado aii como um representante apostli-co, dando assistncia aos lderes das igrejaslocais (1 e 2 Timteo). Irineu e Eusbio indi-cam que o apstolo Joo passou seus ltimosanos em feso, de onde escreveu os cinco li-

    vros do NT que lhe so atribudos.

    VejaArqueologia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia. E. M. Blaiklock, Cities of theNew Testament, Westwood, N.J.. Revell,1965, pp. 62-67. Floyd V. Filson, Ephesusand the New Testament, BA, VIII (1945),73-80. Merrill M. Parvis, Archaeology andSt. Paufs Joumeys in Greek Lands, PartIV - Ephesus, BA, VIII (1945), 61-73. Howard

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    FESOFESOFESOFESO FODEFODEFODEFODE

    O grande teatro mencionado em tos 1 > capaz de comportar vinte e cinco mil pessoas

    R Vos, WHG, pp. 357-365. Alfons Wotschit-zky, Ephesus. Past, Present and Future oan Ancient Metropolis, Archaeology, XIV(1961), 205-212.

    D. W. B.

    EFLAL Um descendente de Jud atravs dePerez, Hezrom e Jerameel (1 Cr 2,37).

    FODE

    1.

    Pai de Haniel, um lder da tribo de Ma-nasss que ajudou a direcionar a distribui-o da Uana jordaniana oeste entre as tri-

    bos da ocnpao (Nm 34.23).2. Uma vestimenta de ombros sem mangas,usada pelo sumo sacerdote sobre outras rou-pas (x 28.28,29; 35.27; 39.2-21; Lv 8.7). Veja

    Vesturio. Era nas cores dourado, azul, pr-pura e escarlate e fazia parte do traje ceri-monial, ao qual a bolsa ao orculo contendoo Urim e Tumim era atado.Nos textos assrios da Capadcia do sculo XIXa.C., as palavras semticas epadurn e 'epaduaparecem em materiais ugarticos (veja G. R,Driver, Canaanite Myths and Legende, pp.102ss.). W. F. Albright interpreta o termo comouma tnica em forma de manto, atada ao om-

    bro e deixando um brao livre. Ele acredita queo fode sacerdotal era similar ao ependytesgre-go, um traje externo firmemente ajustado qneera, frequentemente, inteiramente coberto de

    ouro, prata e outra rica decorao Yahweh andthe Gvds ofCanaan,Garden City; Doubleday,1968, p. 200-203).3. Em 1 Samuel 2.18, o menino Samuel e,em 2 Samuel 6.14, o rei Davi so descritoscomo estando cingidos com nm simples fodede linho, talvez apenas um avental adequa-do para crianas jovens, tendo em vista queMical repreendeu Davi por ter se despido em

    pblico (2 Sm 6.20). Assim, a roupa talvezcobrisse apenas a parte frontal do corpo.4. Em vrias passagens o significado obs-curo. O termo fode refere-se a um objetousado para obter-se orculos (1 Sm 23.9-11;30.7,8). Alm disso, em 1 Samuel 14.18 naLXX l-se: Saul disse a Aas - Traze aqui ofode; pois era ele quem o carregava na pre-sena de Israel (JerusB), onde fode subs-titui o termo heb. para arca de Deus noTexto Massortico. O texto 1 Samuel 14.3declara que Aas estava carregando (heb.

    nose)no vestindo um fode. Em 1 Samuel2.28, Eli lembrado de que a tribo de Levifoi escolhida, entre outros deveres, para tra-zer o fode (JerusB; he. laseth, de nasa).

    Assim como Saul ordenou a Aas, em duasocasies Davi pediu que Abiatar lhe trouxes-se o fode (1 Sm 23.9; 30.7). Sendo assim,ele era porttil, embora fosse grande o bas-tante para esconder a espada de Golias queestava envolta num pano detrs dele (1 Sm

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    FODEFODEFODEFODE EFRAIMEFRAIMEFRAIMEFRAIM

    21.9) no santurio em Nobe.Gideo fez um fode com as argolas (ouendentes) de ouro tomadas dos midianitaserrotados, e o colocou em sua prpria ci-dade, Ofra; este se tornou um objeto deadorao idlatra para todo o Israel (Jz

    8.26,27). Mica tinha um objeto de cultoassim em seu santurio {Jz 17.5; 18.14-20)untamente com ter a fins e outras imagenspara o propsito de adivinhao. Assim sepode concluir que este tipo de fode era uminstrumento de culto oracular, do qual umaresposta podia ser obtida por meio da in-sero da mo (1 Sm 14.19). Veia AnthonyPhillips, Davids Linen Ephod, VT, XIX(1969), 485-487.

    R. O. C. e J. R.

    ERRAM' O nome Efraim construdo so-

    bre uma raiz significando ser prspero* oufrutfero (Gn 41.52). Sua forma dupla esuas profecias acrescentadas por Jaco (Gn48.19) e Moiss (Dt 33.17) indicam grandeprosperidade.1. O filho de Jos.O nome foi dado por Jos aseu segundo filho (Gn 46.20). Ambos os filhosforam adotados por Jac e ele os consideravacomo seus prprios filhos (Gn 48.5). EmboraEfraim fosse o segundo, Jac insistiu em dara ele a principal bno (Gn 48.20).2. O territrio. O nome Efraim tambm foiaplicado ao territrio conferido a esta tribona terra prometida (Js 16; cf. 1 Cr 7.28,29).Os limites no foram determinados com pre-ciso. Aproximadamente, porm, ia de Gilgala Betei e parte baixa de Bete-Horom, aoeste de Gezer, a norte de Lode, a oeste emdireo ao mar, a norte do ribeiro de Can, aleste por Tapua, Janoa e Taanate-Sil at

    Atarote, ento ao sul a Naarate e Gilgal. Esteterritrio era um campo montanhoso com

    vales frteis e um perodo de chuvas melhordo que o que era desfrutado mais ao sul.3. A tribo.A tribo de Efraim era proeminentepor causa de seus nmeros, de seus centros

    de influncia, e dos Lderes que dela surgiram.Seus nmeros so revelados pelo censo des-crito em Nmeros 1.33 (40.500) e em Nme-ros 26.37 (32.500). Estes nmeros cumpri-ram as predies de Jac e Moiss.Seus centros, em uma poca ou em outra,incluam: (1) Siqum, entre o monte Ebal eo monte Gerizim, peito do pedao de terradeixado por Jac como herana a Jos e noqual os ossos de Jos foram sepultados (Js24.32), perto do qual as bnos e as maldi-es da lei foram proclamadas a partir dosdeclives mais baixos das montanhas (Js8.33,34); (2) Sil, onde a arca foi mantida atos dias de Eli (1 Sm 1.3); (3) Betei, a cidadesituada em sua fronteira sul, que se tornoua mais importante dos dois centros de ado-rao estabelecidos por Jeroboo I (1 Rs12.26-33; Am 7.10-13).Seus lderes extraordinrios incluam: (1)osu, o filho de Num, capito da batalha

    contra os amalequitas em Refidim (x17.13), servidor de Moiss na tenda da con-gregao no Sinai (x 33.11), um dos 12 queespiaram a terra prometida e um dos dois

    que deram um relatrio favorvel (Nm 14.6),sucessor de Moiss como lder de todo o Is-rael, e que dirigiu tanto a conquista como adiviso da terra a oeste do Jordo (Js 14.1);(2) Samuel, o ltimo dos juizes, o profeta dequem todo o Israel procurava receber a pa-lavra de Deus, e o lder que preparou o ca-minho para o reino (1 Sm 12.6-25); (3) Jero-

    Uma vista de uma dasruas pavimentadas commrmore em feso, como porto assoreado visvel distncia entre asduas primeiras colunas

    direita. HFV

    606606606606

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    EFRAIMEFRAIMEFRAIMEFRAIM EFRATA EFRATAEFRATAEFRATA

    boo, filho de Nebate, o primeiro rei sobreas dez tribos que se rebelaram contra a casade Davi (1 Rs 12,19,201.4. O reino.O nome Efraim foi freqen.temen-te usado nos dias posteriores para o reino donorte (cf. 2 Cr 25.7; Os 5,3; 6.10; 10.6; Is 7.2;r 7.15). A adorao ao bezerro, estabeleci-

    da por Jeroboo, o filho de Nebate, levou corrupo moral que culminou com a destrui-o e o cativeiro, como fora profetizado por

    Ams, Osias, Miquias e Isaias. Os profe-tas, porm, predisseram a restaurao de umpequeno remanescente no reino do Messias(Os 14,8; Is 11.13; Jr 31.7-9,20; Ez 37,16-23;48.5; Zc 10.7).

    J. W. W.

    EFRAIM2 Uma das cidades de Israel queAbias tomou durante o conflito com Jero-boo (2 Cr 13.19; Efrom, q.v.). conjetu-

    rado que este o mesmo lugar referidocomo Efraim na experincia de Jesus re-gistrada em Joo 11.54. Veja Ofra; Efraim,Cidade de.

    res e arbustos. O contexto situa a rea a les-te do Rio Jordo nas cercanias de Maanaim.Uma vez que o territrio de Efraim ficava aoeste do Jordo, a origem do nome deste bos-que desconhecida. Talvez o nome Bosquede Efraim advenha da derrota dos efraimitas

    nas mos de Jeft e dos gileaditas (Jz12.1,4,5); ou o nome pode ainda ter sido dadoem uma data posterior, depois que a bata-lha terminou, como um lembrete da loucurade Efraim. Uma outra hiptese que algunsefraimitas estivessem insatisfeitos com suaporo na partilha, e por esta razo fizeramuma colnia na rea de Manasss (Js 17.14-18). O motivo exato desta designao, porm,permanece incerto.

    C. M. H.

    EFRAIM, CIDADE DE A passagem em Joo

    11,54 retrata Jesus deixando a Judia e par-tindo para a regio prxima ao deserto, parauma cidade chamada Efraim, por causa daameaa de violncia por parte dos sacerdotesaps a ressurreio de Lzaro. O local podeser a moderna et-Taiyibeh, situada em umaproeminente colina cnica que tem uma am-pla vista do vale do Jordo e do Mar Morto.Fica cerca de 8 quilmetros a nordeste deBetei e cerca de 24 quilmetros de Jerusa-lm. Ela tem sido identificada com Ofra (q.v.)de Josu 18.23 e 1 Samuel 13.17, e tambmcom Efraim (Efrom), a cidade capturada por

    Abias de Jeroboo (2 Cr 13.19). No entanto, aEfraim referida em 2 Samuel 13.23, para aqual Absalo convidou toda sna famlia paraas comemoraes relativas festa da tosquia,pode ser o prprio monte de Efrom de Josu15.9. Ela fica perto de Quiriate-Jearim quetambm chamada de Baal, correspondendo Baal-Hazor de 2 Samuel 13.23.

    C. M. H.

    EFRAIM, MONTANHAS DE Uma compa-rao de Josu 17.15; 19.50; 20.7; 21.21;

    uizes 2.9; 3.27 e 1 Samuel 1.1 revela o usocoletivo do termo. Isto , nenhum nico mon-te sequer apresentado em cada caso, masa referncia ao campo ou regio montanho-sa qne caracterizava todo o territrio da tri-

    bo de Efraim. Este termo aplica-se partemaior do cume central das montanhas daPalestina, no lado oeste do Jordo, do nortede Siqum ao sul de Betei.

    EFRAIM, PORTA DE Veja Jerusalm: Por-tas e Torres 6.

    EFRAIMITAEm Josu 16.10; Juizes 12.4,5,6,o termo efraimita usado para denotar qual-quer pessoa da tribo de Efraim (q.v.).

    EFRAIM, BOSQUE DE De acordo com 2Samuel 18.6, o conflito entre as foras deDavi e Absalo ocorreu nesta extenso deterreno escarpado que era coberto de rvo-

    EFRATA1. Efrata o antigo nome de Belm (Gn35.16,19; 48.7). Os textos de Rute 4.11 eMiquias 5.2 parecem sugerir que Efrata

    607607607607

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    EFRATAEFRATAEFRATAEFRATA EEROMEEROMEEROMEEROM

    O vale do Lbano, ao norte de Sil na regio dasmontanhas de Efraim, JR

    era um distrito no qual Belm estava situ-ada. Embora os nomes sejam diferentes,elas referem-se mesma rea. O Salmo132.6 menciona a ocasio em que Davi en-controu a arca aps ter ouvido que ela esta-

    va em Efrata. A questo , qual era a in-teno do uso deste termo? Significa um lo-cal na rea de Belm, ou pode significar al-gum outro? Alguns supem que ela aqui sig-nifique Quiriate-Jearim, referida comoEfrata. Uma vez que Quiriate-Jearim situ-

    ava-se na fronteira ao norte de Jud, o ter-mo tambm pode referir-se poeticamenteaos territrios tribais ao norte de Jud. Elasso, s vezes, mencionadas coletivamentepelo nome de sua tribo mais forte, Efraim,cujo apelido era Efrata (significando ferti-lidade; cf. Gn 49.22) como sugerido pelouso do termo efrateu em 1 Samuel 1.1;uizes 12.5 (heb.); 1 Reis 11.26.

    2. A segunda esposa de Calebe (1 Cr 2.19,50).C. M. H.

    EFRATEU Um habitante de Efrata ouBelm (1 Sm 17.12; Rt 1.2). Elcana, um levi-ta que habitava na rea de Efraim, cha-

    mado de efrateu ou efraimita (1 Sm 1.1).eroboo identificado como um efraimita

    (1 Rs 11.26). Os efraimitas que procuraramfugir de Jeft (Jz 12.5) foram chamados, emalgumas verses, de efrateus (heb. literal).VejaEfrata.

    EFROMEFROMEFROMEFROM1. Filho de Zoar, um chefe entre os filhos deHete que habitavam em um enclave emManre ou Hebrom. Ele possua a cavernade Macpela (q.v.) a qual Abrao desejoudepois da morte de Sara para que fosse asepultura da famlia (Gn 23.8-18). A elabo-rada transao de compra entre Abrao eEfrom, que exigiu que Abrao comprassetambm seu campo e suas rvores e assimpagasse todos os tributos futuros sobreaquela propriedade, faz um paralelo com

    caractersticas e termos legais especficosencontrados nas leis hetias do segundomilnio a.C., e no texto acdio de Ugarite(veja K. A. Ktchen, Ancient Orent and OT,pp. 154ss.). O preo de 400 sidos de prataera exorbitante, pois um trabalhador ouartfice contratado ganhava apenas 1/30 desiclo por dia, ou 8 a 12 sidos por ano (Cdi-go de Hamurabi, #273-277; ANET, p. 177).No entanto, a fim de sepultar Sara, Abraoconcordou com o preo e com os termos semmais discusso. Para o nome de Efrom cf.

    Apran nas tbuas de Alalakh. Os filhos deHete podem originar-se da migrao proto-hetia ou hatiana da Anatlia no terceiromilnio a.C. VejaHeteus.2. Uma montanha ou distrito montanhosoentre Neftoa e Quiriate-Jearim, na frontei-ra entre Jud e Benjamim (Js 15.9), prova-

    velmente na regio de floresta entre Jeru-salm e Bete-Semes.3. Uma cidade perto de Betei que Abias, deud, capturou de Jeroboo I (2 Cr 13.9 com

    base no Texto Masortico escrito, um frag-mento Cairo Geniza, LXX, e Vulgata). A in-

    dicao ou vocalizao do Texto iflassorticoindica eprayin,Efraim (q.v.), provavel-

    Os campos dos Pastores com Belm distncia. HFV

    608608608608

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    EFROMEFROMEFROMEFROM EGITOEGITOEGITOEGITO

    Verdadeiramente o Egito o Nilo. Alm do sedimento

    de aluvio lanadoanualmente pelo Nilo, a

    inundao alcana o desertoat onde os olhos so

    capazes de enxergar. HFV

    mente Ofra (q.v.), uma cidade de Benjamim(Js 18.23), provavelmente sendo identifica-da com a aldeia de et-Taiyibeh, 7 quilme-tros a noroeste de Betei.

    J. R.

    EGITO, RIO DOEGITO, RIO DOEGITO, RIO DOEGITO, RIO DO VejaRio do Egito.

    EGITOEGITOEGITOEGITONomeNomeNomeNome

    O nome Egito derivado da palavra gregaagyptos que, geralmente, acredita-se seruma corruptela da palavra egpcia Ht-k3-pth,isto , a casa de Pt ah, nome dado antigacidade de Mnfis, a mais antiga capital doEgito unificado. O nome hebraico para Egi-to era Msrayim, um termo cuja forma e sig-nificado so duvidosos. Muitas vezes, essenome adotado sob uma forma dupla e, como

    tal, reflete as Duas Terras egpcias, nomecomum egpcio para o pas, baseado em suaorigem, isto , a unio do Egito Superior eInferior. Os egpcios tinham vrios nomespara sua terra. Uma designao geogrfica,por exemplo, dizia Egito Kemet, ou TerraPreta para contrastar o escuro solo de alu-

    vio do vale, com os tons avermelhados dodeserto que o circundava.

    GeografiaGeografiaGeografiaGeografiaEmbora em certas ocasies de sua antiguida-de histrica, o Imprio Egpcio tenha esten-

    dido desde a Sexta Catarata do Nilo ao sul,incluindo a Palestina e a Sria no lado noro-este, e chegado at o Rio Eufrates, o Egitopropriamente dito era limitado pela partenoroeste da frica. Ao norte, seu limite era oMar Mediterrneo e do lado leste o Mar Ver-melho; sua fronteira ao sul estava localizadaem Assu e na ilha Elefantina. A oeste o ter-

    ritrio egpcio alcanava o Deserto da Lbia,incluindo os importantes osis daquela rea.Na realidade, a nao egpcia parece ter sidoum pouco mais restrita. Era um pas essen-cialmente agrcola e sua terra arvel e culti-

    vvel estava limitada ao Vale do Nilo, umaestreita faixa de solo extremamente frtil

    que variava de um a vinte quilmetros delargura. Como a distncia da cidade do Cai-ro at Assu superior a 900 quilmetros,parece que a principal dimenso do Egito eraseu comprimento, e que a caracterstica do-minante da sua geografia era o Rio Nilo. praticamente impossvel exagerar quan-do se fala da importncia do Rio Nilo para oEgito, pois sem suas guas todo o pas seriaum deserto rido e estril. Os antigos esta-

    vam completamente conscientes do papeldesse rio e, nas eras seguintes, Hecateu, eco-ado por Herdoto, declarou que o Egito era addiva do Nilo (veja Nilo). O rio lacerava o

    vale, carregava o sedimento de aluvio e,anualmente, inundava a terra com sua tor-rente vivificadora. O pas quase desprovi-do de chuvas. Alguns centmetros de guacaem todos os anos ao longo da costa do Me-diterrneo e a cidade do Cairo tem ocasio-nais aguaceiros de inverno, mas no Alto Egitoa chuva um raro fenmeno. A inundaoanual do rio, saturando a terra, acrescentan-do um novo solo e levando algum materialorgnico como fertilizante tem representa-

    do a base para a agricultura tpica desse pas.A irrigao e o controle da gua eram muitoimportantes e at hoje a economia da naoest centrada nesse rio.Exatamente ao norte da cidade do Cairo, oDelta abre-se com uma forma caractersti-ca, com 200 quilmetros de comprimento e185 de largura, Foi na parte oriental dessarea, ao longo do Udi Tumilat, que estava

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    EGITOEGITOEGITOEGITO EGITOEGITOEGITOEGITO

    A pirmide de degraus e seu templo. HFV

    localizada a terra de Gsen.Essas caractersticas, al