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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha—161123— Fundão Ano 2 Número 4 - Distribuição Gratuita - Junho de 2011 Uma Comunidade de Aprendizagens: da Partilha à Construção! N ESTA E DIÇÃO E VIDENTE ( MENTE ) - 2 N OTÍCIAS - 2/3 P - ESCOLAR - 4/5 1º C ICLO - 6/7 BECRE - 8 P NL - 9 E DUCAÇÃO E SPECIAL - 10 P ROJECTOS – 11 N OTÍCIAS - 12/13 C ENTENÁRIO REPÚBLICA – 14 A RTIGOS DE OPINIÃO – 15 M URAL - 16 (Re)Criando a partir das Leituras! A convite do Instituto Nacional da Água, a turma D do 8.º ano desenvolveu um projecto centrado no desperdício e consumo de água na Escola Sede do nosso Agrupamento. Depois de intenso trabalho, as propostas apresentadas a concurso foram aceites pelo júri do concurso e, no passado dia 17 de Junho, em Constância, a Equipa da Auditoria “Correntes de Água” – Uma Gota é Essencial recebeu o galardão das mãos do Presidente do Instituto Nacional da Água, num cenário onde a água foi rainha: Constância! Agora é preciso deitar mãos à obra, para que, no próximo ano, este galardão se traduza no troféu de ouro a que as propostas se candidatam. É por isso que o mês de Maio não esqueceu a água como amiga da Saúde e do Ambiente, unindo os projectos PES e Eco-Escolas num dia onde a água esteve na base da construção de um coração ainda mais saudável. Escola Sede do Agrupamento recebe o Galardão Marca d’ Água O escritor e ilustrador Pedro Seromenho criou nos alunos, em directo, o “bichinho” da criatividade nos 2 dias em que esteve no nosso Agrupamento.

Letras da Gardunha nº4 - Junho 2011

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha

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Page 1: Letras da Gardunha nº4 - Junho 2011

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha—161123— Fundão

Ano 2 Número 4 - Distribuição Gratuita - Junho de 2011

Uma Comunidade de Aprendizagens: da Partilha à Construção!

NESTA EDIÇÃO

• EVIDENTE (MENTE ) - 2

•NOTÍCIAS - 2 /3

•PRÉ-ESCOLAR - 4 /5

•1º CICLO - 6 /7

• BECRE - 8

•PNL - 9 • EDUCAÇÃO ESPECIAL - 10

•PROJECTOS – 11

•NOTÍCIAS - 12/13

• CENTENÁRIO REPÚBLICA – 14

• A RTIGOS DE OPINIÃO – 15

•M URAL - 16

(Re)Criando a partir das Leituras!

A convite do Instituto Nacional da Água, a turma D do 8.º ano desenvolveu um projecto centrado no desperdício e consumo de água na Escola Sede do nosso Agrupamento. Depois de intenso trabalho, as propostas apresentadas a concurso foram aceites pelo júri do concurso e, no passado dia 17 de Junho, em Constância, a Equipa da Auditoria

“Correntes de Água” – Uma Gota é Essencial recebeu o galardão das mãos do Presidente do Instituto Nacional da Água, num cenário onde a água foi rainha: Constância!

Agora é preciso deitar mãos à obra, para que, no próximo ano, este galardão se traduza no troféu de ouro a que as propostas se candidatam.

É por isso que o mês de Maio não esqueceu a água como amiga da Saúde e do Ambiente, unindo os projectos PES e Eco-Escolas num dia onde a água esteve na base da construção de um coração ainda mais saudável.

Escola Sede do Agrupamento recebe o Galardão Marca d’ Água

O e s c r i t o r e i l u s t r a d o r P e d r o S e r o m e n h o c r i o u n o s a l u n o s , e m d i r e c t o , o “ b i c h i n h o ” d a

c r i a t i v i d a d e n o s 2 d i a s e m q u e e s t e v e n o n o s s o A g r u p a m e n t o .

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 2—Nº4

Letras da Gardunha

F i c h a T é c n i c a L e t r a s d a G a r d u n h a

T i r a g e m 1 0 0 0 E x e m p l a r e s

J u n h o 2 0 1 1

I m p r e s s ã o :

J o r n a l R e c o n q u i s t a

D i r e c t o r a : Maria Cândida Marques Brito

Coordenação Editorial e Redacção

Celeste Nunes e Pedro Rafael

Revisão Celeste Nunes

Composição Gráfica Pedro Rafael Neto Gomes

Colaboradores Toda a comunidade Escolar

Colaboradores Agostinho Craveiro;

Susana Carvalho; José Valente Lopes

Mail do Jornal: [email protected]

Grupo da Equipa http://groups.google.pt/group/jornal-aesg

www.aesg.edu.pt/portal

Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha - Fundão

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Serra da Gardunha

Bairro Stª Isabel 6234-909 FUNDÃO Telf. 275 772 928 Fax: 275 751 909

F indo mais um ano lectivo, as palavras escorrem ao sabor da pena… De facto,

só uma edição do Letras da Gardunha vem para a ribalta e ela espelhará certamente apenas alguns dos aspectos positivos que reinam no nosso Agrupa-mento. Seguramente que esta única edição, anual, do jornal escolar não permitirá projectar a dimensão, quantidade e qualida-de de excelência de muitas acti-vidades, iniciativas e acções que foram desenvolvidas ao longo do ano lectivo. Há aspectos menos bons ou outros bastante significativos, que nem sempre são olhados por todos da mesma forma ou não tiveram eco nestas páginas, quer pela limitação de páginas desta publicação, quer pela ausência de artigos ou pelas mais diversas razões.

Num momento em que a articulação interdisciplinar deve-

O Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha viu o seu projecto de candi-

datura à iniciativa Aprender e Ino-var com TIC, promovida pela Equi-pa de Recursos e Tecnologias Edu-cativas/Plano Tecnológico Da Edu-cação, aprovado.

O projecto conta com cinco actividades que envolvem alunos e docentes, desde o pré – escolar ao 3º ciclo, e tem como finalidade a promoção da utilização educativa das TIC com vista à melhoria das aprendizagens dos alunos, através da rentabilização dos equipamentos disponíveis nas escolas.

A coordenação/dinamização do projecto está a cargo dos docentes Sílvia Rodrigues, Joaquim Fonse-ca, Isabel Santareno, António Melo e Pedro Rafael.

As actividades com alunos encontram-se a decorrer nos Jar-dins de Infância Porta Aberta e Aldeia de Joanes, nas Escolas Bási-cas das Tílias, Aldeia de Joanes e Serra da Gardunha.

Professora Sílvia Rodrigues

N o âmbito do Programa Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, foi apresentada uma candidatura da Escola EB1 Tílias, a fim de permitir ter nas suas instalações uma Biblioteca Escolar com mobiliário, equipamentos e fundo documental novos.

A referida candidatura foi efectuada em parceria com a Câmara Municipal do Fun-dão, a qual irá efectuar algumas obras de melhoramento no respectivo espaço, com a Bibliotecária Dina Matos. em nome da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, e com o apoio da Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas, Professora Isa-bel Marques.

O projecto foi aprovado. Pretendemos, assim, abrir já em Setembro de 2011 o novo espaço, com novos recursos disponíveis, para os alunos da escola e do restante agrupamento.

Os docentes de todo o agrupamento contarão com mais um recurso que permitirá, sem dúvida alguma, aprofundar e melhorar as actividades e competências já desenvol-vidos no que diz respeito à promoção da leitura e das literacias.

Contamos com todos para dinamizar este espaço e rentabilizar os respectivos recursos, com novas estratégias, novas ideias, novas metodologias. Queremos uma biblioteca viva e com vida! Todas as propostas serão bem-vindas.

Professor Bibliotecário Pedro Rafael N. Gomes

� NOTAS DA REDACÇÃO

união que é capaz de construir um elo forte e sólido entre todos. Evidenciando-se, assim, a verdadeira COMUNIDADE de partilha! Indubitavelmente, este princípio só será concretizado quando todos nós arregaçarmos as mangas e olharmos na mesma direcção: desde a estrutura mais elementar, o Conselho de Tur-ma, passando pelas restantes estruturas intermédias, culmina-do, finalmente, no Conselho Geral, que deverá cumprir a sua verdadeira missão de supervisão em prol da concretização do objectivo primordial do Projecto Educativo do nosso Agrupamen-to.

Note-se que, ao longo do ano, houve momentos verdadei-ramente enriquecedores para todos: desde o Recital de Poesia e Música, na BE/CRE, aos pro-jectos em que muitos alunos e professores se envolveram e que conduziram ao reconhecimento do esforço aquando da atribui-ção de vários prémios em várias áreas do Saber, Saber-Ser, Saber-Fazer e Saber-Estar, às leituras que a BE/CRE proporcionou através dos baús, recurso funda-mental para muitos dos nossos alunos, que nem sempre dis-põem de agregados familiares com meios financeiros que lhes permitam ter acesso à leitura, e

ria ser a tónica na acção pedagó-gica e educativa de todos os elementos da comunidade edu-cativa, isso ainda nem sempre acontece. Os recursos são mui-tos e diversificados, a BE/CRE nisso tem mostrado que basta querer e as “obras” nascem! Note-se, a título de exemplo, a panóplia de livros da colecção Teodora que vieram de várias bibliotecas do concelho e assim permitiram que muitos dos nos-sos alunos tivessem acesso ao mundo fantástico da escrita de Luísa Fortes da Cunha. Contu-do, nem todos remamos na mes-ma maré e a articulação que se consegue com projectos simples como o “Lusofonia(s)” ou o “Crescer com Saúde” ou ainda como o “Eco-Escolas” deveria ser apanágio para construirmos uma verdadeira comunidade de aprendizagens em que a partilha fosse o mote para uma constru-ção sólida do Saber e do Saber-Fazer dos nossos alunos. Afinal, sendo eles o reflexo daquilo que a sociedade vai construindo, não podemos esquecer que é à esco-la que se exige o maior contribu-to para o cumprimento deste desiderato e, por conseguinte, em momentos de marés agita-das, deveríamos todos pôr de lado querelas e questiúnculas e unirmos esforços em prol da

NOVA B IBLIOTECA ESCOLAR NA

ESCOLA EB1 TÍL IAS

I NICIATIVA

A PRENDER E

I NOVAR COM T IC

que os alunos conseguiram materializar em projectos, que só com uma articulação coesa pôde ser conduzida a bom porto.

Não podemos todavia descu-rar um factor que nos entristece: se o esforço é grande e o Homem é pequeno, este princí-pio deveria ser encarado de fren-te por todos os docentes. Há já dezenas de baús com um núme-ro significativo de livros reco-mendados pelo Plano Nacional de Leitura, mas muitos de nós se esquecem que estes são um recurso que poderia e deveria ser uma mais-valia para que não nos desculpássemos com a escassez de recursos para inovar a nossa prática pedagógica. Por-que, afinal, se os instrumentos estão à nossa disposição, é pre-ciso rentabilizá-los, num momento em que, de ano para ano, se têm vindo a aumentar a criação de novos “espaços” de leitura nas várias escolas do Agrupamento. Não nos esqueça-mos que estes recursos não devem ficar apenas na casca do ovo da nossa galinha, mas eles devem antes voar e circular pelas mãos das crianças, para que o “mundo pule e avance”!

Evidente(mente)...

• Professor Bibliotecário, Coordenador da BECRE/ PNL

• Pedro Rafael N. Gomes

https://sites.google.com/site/virverasbilbiotecas/

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Junho de 2011

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Letras da Gardunha

� ACTUALIDADE — NOTICIAS

Lugar, a nível nacional, no referi-do campeonato.

O Departamento de Ciências

Sociais e Humanas congratula-se com os resultados obtidos e para-beniza o excelente desempenho da aluna.

A Coordenadora do Departa-

mento de Ciências Sociais e Humanas

Anabela Mª. Santos Niza

A Escola Serra da Gardunha marcou nova-mente presen-

ça no Concurso Nacional de Leitura, que se realizou no dia vinte e sete de Abril na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. Participa-ram nesta “aventura” os alu-nos Ricardo Rodrigues, do 7ºA, Marisa Jesus, do 9ºA, e Lara Canárias, do 9ºD. As obras a concurso foram O Rapaz do Pijama às Riscas, de John Boyne, e O Diário de Sofia e Cia, de Luísa Ducla Soares.

Apesar dos alunos não terem prosseguido para a fase nacional, obtiveram bons resultados. Segundo os alunos, esta foi mais uma experiência bastante enri-quecedora e que muito con-tribui para a seu crescimento enquanto leitores.

A Escola tem participado sempre neste desafio, reve-lando o trabalho que tem sido feito ao nível da promo-ção da leitura.

A turma do 5º A participou no “Concurso Gigabyte Seguro: navega em segurança à tua maneira”, tendo obtido o 1º Lugar, no 2º escalão, com trabalhos rea-lizados pelos alunos no âmbito dos Projectos

“Seguranet” e “Violência em Meio Escolar”. Os trabalhos foram realizados nas aulas de Área de Projecto/

PNL durante o primeiro período e o início do segundo período. A turma recebeu como prémio uma visita de estudo à Torre de

Comunicações de Monsanto e ao Museu das Comunicações, que se realizou no dia 27 de Maio.

Os cinco alunos representantes de cada grupo participarão no Evento Regional SeguraNet, a realizar no dia 14 de Junho de 2011, em Coimbra. No referido evento estarão também presentes Encar-regados de Educação, Professores da turma e a Directora do AESG.

Parabéns aos alunos vencedores e um especial agradecimento à equipa PTE pela sua colaboração e ajuda na elaboração e monta-gem do vídeo vencedor, bem como na divulgação do mesmo no Youtube.

N a semana de 10 a 24 de Maio de 2011, realizou-se, na BECRE, a

final on-line do III Campeonato SuperTmatik QUIZ HISTÓRIA DE PORTUGAL, promovido pela Eudactica e organizado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas.

A aluna Cátia Rafaela Ramos Almeida, nº 8, da turma A, do 5º ano de escolaridade, campeã do 5º ano do nosso Agrupamento de Escolas, classificou-se no 1º

CAMPEÃ NACIONAL

1º LUGAR - I I I

CAMPEONATO SUPERT MATIK QUIZ

HISTÓRIA DE PORTUGAL

N o passado dia 2 de Abril, decorreram, na Universidade da Beira Interior, as Olimpíadas de Química Júnior, com a participação de 12 alunos do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha do 8º e 9º ano, distribuídos por 4 equipas.

Durante a manhã, os alunos realizaram provas tipo concurso de TV e provas de ban-cada, aplicando os conhec i me ntos adquiridos na dis-ciplina de Ciên-c i a s F í s i c o -Químicas.

Este evento permitiu aos alu-nos uma aproxi-mação entre a escola e o ensino superior, assim como a divulgação da Química como ciência. Antes da divulgação dos resultados, os par-ticipantes foram prendados com a actuação da Tuna Feminina da Universidade da Beira Interior “Encanta Tuna”.

De entre as 68 equipas participantes, as 4 equipas que representaram o nosso Agrupa-mento de Escolas fizeram-no de forma muito honrosa, tendo ficado nos dez primeiros lugares.

A equipa do 9ºA, constituída pelos alunos Rafaela Pires, Mariana Fernandes e Nuno Fontes, foi premiada com a medalha de ouro, o que lhes permitiu participar na Final Nacional das Olimpíadas da Química Júnior. Este ano, o evento realizou-se, no dia sete de Maio, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e foi disputado com enorme boa disposição e espírito competitivo saudável por parte dos alunos. Enfim, uma verda-deira “Festa da Química”! As provas realizadas pelos alunos consistiram não só na reso-lução de questões teóricas, charadas e adivinhas, como também na resolução de questões baseadas na realização de experiências, o que muito entusiasmou os alunos participantes.

A todos os participantes os nossos parabéns!

O grupo de Ciências Físico-Químicas

OURO NAS OLIMPÍADAS DA

QUÍMICA JÚNIOR

CONCURSO NACIONAL

DE LEITURA

1º PRÉMIO, 2º ESCALÃO, NO CONCURSO

GIGABYTE SEGURO: NAVEGA À TUA

MANEIRA

E u sei que estou proibido, mas não está aqui ninguém a ver… Se for rápido, ninguém descobre! Era sempre antes de, novamente, desobedecer às ordens da mãe! John era um rapaz decidido e extremamente seguro de uma coisa: “O que os adultos nos

proíbem de fazer é, sempre, o mais engraçado!”. Neste momento, preparava-se para, mais uma vez, desobedecer a uma regra imposta pela mãe: não entrar na Floresta!

Aquela Floresta sempre tivera algo de enigmático; isto despertava a atenção de John. Nunca ninguém lá entrava e ele, também, não o podia fazer… Mas porquê? Ninguém lhe explicara e ele estava decidido a descobrir!

- Aqui parado é que nunca mais! E, com este pensamento, entrou! A Floresta era magnífica e de terrível não tinha nada! Parecia, e mais tarde percebeu que

era realmente assim, que tudo estava em perfeita sintonia. Havia imensas árvores e animaizi-nhos (uns extremamente estranhos e que ele nunca tinha visto)!

De repente, viu cinco homens a cortarem a mais bonita árvore de toda a Floresta! Enrai-vecido, começou a correr, para os impedir… no entanto, quando lá chegou não havia homens! Só a árvore! … Intrigado, mas mais curioso ainda, continuou com a sua pequena descoberta.

Chegou a um arvoredo fantástico e fechou os olhos por momentos, para conseguir absor-ver toda a música, magia e alegria que se sentia ali! Quando abriu os olhos, havia centenas de homens a maltratar a sua Floresta: uns arrancavam flores, outros cortavam árvores … Era um pesadelo! Revoltado por ver a Floresta a ser desrespeitada, começou a dar-lhes pontapés e a gritar!

- John! John! – Ao ouvir o seu nome, esfregou os olhos e viu a sua mãe - Querido, tiveste um pesadelo. - Mas, era tudo tão real…. - Sabes, às vezes, a magia faz-nos pensar que um sonho é real! -Porquê, mãe? - Para nos mostrar algo que não está correcto! -Mãe, prometo-te que, quando crescer, vou fazer desta Floresta uma Floresta para todos!

E ainda te prometo que lutarei para que todas as pessoas plantem uma árvore para que o nosso Planeta continue Verde!

Inês Fernandes Paulos, 9º D

(Parabéns Inês! Boas leituras pela vida fora!)

T EXTO VENCEDOR DO

CONCURSO LITERÁRIO - 3º CICLO

“U MA FLORESTA PARA TODOS”

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 2—Nº4

Letras da Gardunha

� O PRÉ-ESCOLAR NAS LETRAS DA GARDUNHA

N o Jardim de Infância, falar de poupança e educação financeira não é fácil, com crianças de tão baixo nível etário. Mas, quando se recorre à imaginação, as dificuldades

atenuam-se e até se tornam geradoras de aprendizagens interessantes e divertidas, como foi o nosso caso.

Aprender a Poupar! Começámos por descobrir o significado da palavra poupar … O

Diogo adiantou: “É guardar, não gastar e não partir”. Na continuidade das nossas descobertas sobre atitudes de poupança

dentro e fora da sala de aula… O Daniel sugeriu: “Podemos poupar o papel se fizermos desenhos pequenos em papeis pequenos e nos dois lados” e a Edite acrescentou: “ O papel que já não presta vai para o ecoponto e depois podemos lá fazer desenhos outra vez”.

Por fim, visualizámos, na Web, uma história: “ O Menino Poupadi-nho”, que nos sensibilizou para a importância de saber lidar com o dinheiro, poupar e distinguir os produtos que se compram por necessi-dade e por desejo.

Aproveitando esta motiva-ção para a p o u p a n ç a , construímos mealheiros a partir de mate-riais reciclá-veis e todos os alunos os levaram para casa.

Matemática

A partir do "sistema monetário", desenvolvemos actividades mate-

máticas diferentes: - Quisemos conhecer o euro, observando como são as notas e as

moedas: vimos que têm cores e valores diferentes e alguns alunos até já conseguem identificar de quanto é cada moeda ou cada nota;

- Construímos padrões utilizando as notas, a partir de propostas simples ou mais compli-cadas;

- Etiquetámos os produtos existentes no cantinho da mercearia, com diferentes preços, fazendo comparações e explorando os conceitos de caro e barato;

- Sequenciámos as notas e as moedas por ordem crescente e decrescente.

Este projecto tem como principal objectivo promover a poupança dos recursos pessoais e colectivos, numa perspectiva de sustentabilidade futura.

Foi continuado ao longo do ano com actividades dirigidas a toda a comunidade escolar.

do-os para a necessidade urgente da separação dos lixos e recicla-gem dos mesmos.

Foi com muita alegria que os A lguns alunos e professores do Jardim de Infân-cia e do 1º Ciclo

do Ensino Básico de Castelejo deslocaram-se Ourém, no dia 24 de Setembro de 2010, para parti-ciparem no dia das Bandeiras Verdes, promovido pela Associa-ção Bandeira Azul da Europa (ABAE).

O trabalho desenvolvido pela escola no âmbito da Educação Ambiental foi reconhecido com a atribuição do Galardão Eco-escolas “Bandeira Verde 2010”, fruto do seu trabalho na defesa do ambiente, exigindo e respon-sabilizando pais, autarquia e comunidade em geral, na tomada de atitudes comportamentais, alterando hábitos perante o meio ambiente que os rodeia, alertan-

meninos do Jardim de Infância e do 1º Ciclo receberam esta ban-deira na sua escola.

EXPERIÊNCIA : SEPARAR AS CORES No âmbito do Tema as cores,

realizamos esta experiência. Colocamos garrafas de água

de cada lado do prato, presas por um fio.

Por baixo um prato com água.

Cortamos tiras de guardana-pos, que ficaram presas com cli-pes no cordel, nas quais fizemos pintas de cores diversas, com marcadores nas pontas das tiras de papel.

Só a pontinha de papel tocava a água. O que aconteceu? Em algumas tiras apareceram manchas com cores diferentes das que foram marcadas no inicio. Porquê? Acabamos de fazer uma cromatografia, com a qual separamos as cores que exis-tem na composição da cor de marcador.

Dia Mundial da Terceira Idade

No Dia Mundial da Terceira idade, 28 de Outubro, os alunos do Jardim de Infância de Alcongosta deslo-caram-se ao Centro de Dia de Alcongosta, onde socializaram com os utentes dessa instituição.

Os alunos contaram a história da “Melrita” e fizeram um jogo com os utentes alusivos à história.

Oferecemos-lhes, ainda, um car-taz com a canção do “Amigo”, que cantámos para eles.

Foi um momento de encontro entre duas gerações, no qual cada interlocutor ganhou em amizade, compreensão e carinho para com os mais idosos.

Os utentes ficaram muito conten-tes e sensibilizados com este conví-vio, pedindo-nos para voltar. Espera-mos fazê-lo novamente, noutras oportunidades.

POUPAR É PREPARAR O FUTURO

NO JARDIM -DE- I NFÂNCIA DO SOUTO DA CASA

JARDIM -DE-INFÂNCIA E 1º CICLO DO

CASTELEJO COM GALARDÃO ECO-ESCOLAS

JARDIM -DE- I NFÂNCIA DE A LCONGOSTA

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Junho de 2011

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Letras da Gardunha

� O PRÉ-ESCOLAR NAS LETRAS DA GARDUNHA

N o âmbito da can-didatura à 9ª edição prémio Ilídio - Pinho

Biologia – Ciências da Terra e da Vida, o departamento do ensi-no Pré-Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha planeou e trabalhou durante o ano lectivo, com os alunos de 4 e de 5 anos, a temática da Água na perspectiva da Água como Património Biológico Natural e C u l t u r a l . A Organização do Ambiente Educativo foi planeada para enfatizar os conteúdos científicos. Foram realizadas actividades e produzidos trabalhos que ilustram o cruzamento entre diversas áreas do conhecimento.

Os nossos alunos, as suas professoras

mática nesta etapa educativa, teve, tam-bém, como meta fundamental promover dinâmicas de trabalho colaborativo entre

educadores no âmbito curricular da Matemática, visando a rentabi-lização de recur-sos. Cada J.I. cons-truiu, no mínimo, um Jogo Matemá-tico. Foi criado um banco de jogos com sede no J. I. Porta Aberta do Fundão, onde se procedeu à per-muta de todos os jogos, incluindo o registo do mate-rial existente, o levantamento e a entrega do (s) JOGO (s) e, ainda, o conhecimento prévio dos mes-mos por parte dos utilizadores. A

periodicidade da permuta foi quinzenal. Na conclusão deste projecto foi reali-

zada uma exposição, patente de 25 de Maio a 1 de Junho, na Escola sede do Agrupamento, com o intuito de divulgar à

E stiveram envolvidos na dinâmica deste projecto,

para além dos alunos e educa-dores, os assis-tentes operacio-nais, pais, encar-regados de edu-cação e profes-s o r e s d o 1ºCiclo, pelo reconhecimento da necessidade de confluência de esforços para o aumento dos indicadores de sucesso das aprendizagens matemáticas dos alunos, desde os primeiros anos.

O projecto “ Ao Encontro da M a t e m á t i c a ” decorreu em todos os Jardins de Infância do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, durante o biénio lectivo 2009/2011. Para além dos objectivos rela-tivos ao ensino e aprendizagem da mate-

Projecto de Sensibilização à Língua Inglesa

O desenvolvimento das sessões de língua inglesa permitiu um primeiro contacto com uma língua estrangeira, bem como sensibilizar para o conhe-

cimento de uma nova cultura, um outro país, proporcionando novas experiências e vivências significativas para a vida da criança. O projecto contou com um profissional, Professora Maria José Geraldes Valente, licen-ciada – LLM Português/Inglês e com formação específica nas áreas pretendidas para o projecto, que exerceu as funções de monitor do projecto. Em relação ao número de crianças, rea-lizamos uma aplicação do projecto para os 4/5

anos, ou seja, o projecto abrangeu aproximadamente 9 crianças. Este projecto de Língua Inglesa teve como objectivo contribuir para uma melhor qua-

lidade e inovação da educação das nossas crianças:

• Habituar as crianças a ouvir, familiarizar-se e reconhe-cer uma língua e sonoridade que lhes é estranha;

• Fomentar, logo de início, uma relação positiva com o Inglês e o contacto com uma cultura diferente;

• Iniciar uma posterior aprendizagem mais eficaz e bem sucedida.

As aulas foram leccio-nadas tendo por base um conjun-to de actividades lúdicas que, posteriormente, foram completa-

PROJECTO “AO ENCONTRO DA MATEMÁTICA”

J unta-se a fantasia da descoberta com a ternura dos animais, mistura-se uma mão cheia de curiosidade e uma grande dose de conhecimento e obtém-se a receita perfeita para aprender a conhecer o mundo envolvente. O Jardim de Infância de Aldeia de Joanes decidiu adoptar uma forma diferente de despertar

o interesse das crianças para conhecerem melhor o mundo que as rodeia, começando pelo que têm mais perto: os animais domésticos. Com o Projecto “O meu animal de estimação” (entre outros) a decorrer durante este ano lectivo, pretendeu-se desenvolver o interesse pelas ciências, motivar para a investigação, aumentar o leque de conhecimentos das crianças e sensibilizar para a protecção dos ani-mais.

Foram convidados de honra a tartaruga, o cão, a caturra, peixinhos dourados e hamsters. Cada criança apresentava o seu animal, destacando as suas características únicas, os cuidados especiais a ter com ele e o tipo de alimentação. Posteriormente, esse animal era explorado tendo em conta as diferen-tes áreas de conteúdo do currículo Pré-Escolar.

O projecto contou com o apoio da Câmara Municipal do Fundão, através de uma parceria com o Gabinete de Educação Ambiental, “Adopta um amigo”, que se aliou a esta ideia sensibilizando as crianças para a importância da protecção dos ani-mais e da preservação do seu habitat natu-ral.

e assistentes, os pais e Encarregados de Educação, outros professores colaborado-res e os parceiros externos - Centro De Saúde do Fundão; Divisão do Ordenamen-to, Planeamento de Qualidade de Vida do Município, Câmara Municipal do Fundão, Presidentes de Freguesia e a Empresa Águas do Zêzere e Côa, contribuíram para o seu desenvolvimento incluindo a execu-ção prática de experimentação e a divulga-ção das iniciativas no âmbito do projecto.

Na data em que se celebrou o Dia Mun-dial do Ambiente (5 de Junho), não quise-mos deixar de declarar a nossa vontade de SERMOS TODOS AMIGOS DA ÁGUA. Foi nosso dever fazê-lo por cada um de nós e por todos, num colectivo preocupado em preservar, manter e cuidar o Ambiente

A NIMAIS DE ESTIMAÇÃO NO JARDIM -DE-I NFÂNCIA DA A LDEIA DE JOANES

O DEPARTAMENTO DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR DO A GRUPAMENTO DE ESCOLAS SERRA DA GARDUNHA DESENVOLVEU , AO LONGO DO ANO LECTIVO 2010/2011, DOIS PROJECTOS

COMUNS A TODOS OS JARDINS -DE- I NFÂNCIA

PROJECTO “CLARO COMO ÁGUA”

JARDIM -DE- I NFÂNCIA DE V ALE DE PRAZERES

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 2—Nº4

Letras da Gardunha

A Biblioteca “Arco-Íris” da EB1 TÍLIAS está a desenvol-ver uma actividade - “Ler para Ti”, convidando os Encarregados de Educação para virem à escola no dia do aniversário do seu educando, surpreendendo-o com a

leitura de um conto / história.

Com o “Ler para Ti”, os professores da EB1 Tílias querem motivar e incentivar hábitos de leitura, tanto na escola como junto das famílias. O resultado, até ao momento, tem sido muito positivo. Os pais da Sofia vieram à turma surpreender a filha com a história “A Sereiazinha”. A Sofia ficou encantada e muito feliz quando

os viu entrar. A mãe leu uma parte da história e o pai leu outra. Até a aniversariante quis mostrar aos colegas que também é capaz de ler uma das suas histórias preferidas.

N o dia 24 de Maio, os colegas de Moraleja vieram à nossa escola. Foram recebidos pelos alunos de 3º e 4º ano, formando pares e entregando uma bandeira com dupla face (Portugal / Espanha). Já dentro da escola can-támos uma canção - “Ter Amigos” - e houve troca de lembranças. Para os

alunos, trouxeram resumos de histórias tradicionais e, para a escola, uma escultura (azinheira) que simboliza aquela zona de Espanha. Nós entregámos, para a escola, uma cesta de verga em miniatura, com cerejas feitas em massa fimo, como símbolo do Fundão, e uns suportes para livros (mochos – símbolo da sabedoria).

Fomos comer o pequeno-almoço no pátio da escola. Estava muito sabo-roso. A seguir, fomos para Alpedrinha. Aí vimos a fachada da casa onde nasceu um senhor ligado à igreja (foi convida-do para ser Papa, mas recusou), viveu 103 anos e foi o criador das casas de Misericórdia. Trans-formou a casa onde nasceu numa casa da Misericórdia. Vimos o

O s alunos, professoras, assistentes operacionais e encarregados de educação da E.B.1 e J.I. das Atalaias

comemoraram o Dia da Alimentação com uma série de actividades que pretenderam incutir nos alunos, e não só, hábitos de alimentação saudável. Assim, a história “A sopa verde” serviu de mote para levar a comunidade educativa a confeccionar uma sopa de legumes muito saborosa e que foi acompanhada de umas coloridas e deliciosas espetadas de fruta. Além do trabalho na cozinha, os alunos realiza-ram jogos no pátio da escola com a Roda dos Alimentos e receberam a visita de uma nutricionista que teve como principal objectivo motivar os alunos a saberem escolher os melhores alimentos para os lanches na escola. O pão, a fruta

LER PARA TI- EB1 TÍLIAS

� O PRIMEIRO CICLO TEM A PALAVRA

N o passado dia 13 de Maio de 2011, a EB1 de Aldeia Nova do Cabo, em conjunto com a EB1 de Souto da Casa e alguns meninos do Colégio-Casa Nossa Senhora de Fátima, participaram num Circuito Rodoviário, promovido pelo Núcleo da Escola Segura da GNR do Fundão. Na sala de aula, os senhores agentes iniciaram a actividade com a apresentação de um Power-

Point intitulado “Crescer em Segurança”, sobre os sinais de trânsito e as regras de Segurança Rodoviária. De seguida, as nossas bicicletas foram transportadas na carrinha da Junta de Freguesia e caminhámos a pé

até ao ringue. Quando lá chegámos, o circuito já estava pronto. Havia vários sinais de trânsito e passadeiras muito bem marcadas. À vez e ordenadamente, pegámos nas nossas bicicletas e fomos para a pista pôr em prá-tica o que tínhamos aprendido na sala de aula, mostrando assim as nossas habilidades enquanto ciclistas e

peões. Participámos todos com grande interesse e muita alegria. No final, ajudámos os senhores agentes a recolher os sinais de trânsito que estavam espalhados pelo ringue. Esta actividade foi muito importante porque aprende-mos a circular em seguran-ça, respeitando os sinais e regras de trânsito. Passá-mos uma manhã muito divertida e tivemos ainda a oportunidade de conviver com alunos de outras esco-las. Texto escrito pelos alunos

do 3º e 4º ano da EB1 de Aldeia

CIRCUITO RODOVIÁRIO

EB1 ALDEIA NOVA DO CABO

edifício onde morou o comendador e a guia explicou-nos quais eram as suas funções na comunidade. Vimos ainda uma placa onde estavam os nomes de pessoas que tinham mor-rido em defesa da Pátria, aquando das invasões francesas. Seguimos até ao “Picadeiro”. Aí existiam fontes muito bonitas. Entrámos no museu do Picadeiro onde jogámos jogos inte-ractivos. Passámos pela igreja onde um senhor nos disse o nome dos Santos expostos nos altares.

Fomos almoçar a uma escola. Comemos salada fria, sopa, saladas e sobremesas. Brincá-mos no pátio da escola. De seguida, fomos a uma ofi-cina onde o senhor nos mos-trou móveis, caixas, tabulei-ros… Tudo isto era feito pela técnica de embutidos. Eram muito caros, pois a madeira era comprada ao quilo e era um trabalho muito demorado. Por fim, fomos para o “Anjo da Guarda”, local onde lan-chámos e brincámos muito. Regressámos ao Fundão, já muito cansados mas satisfei-tos pelo convívio.

Trabalho realizado pelos alunos de 4º Ano - Turma 58

A VINDA DOS COLEGAS DE M ORALEJA - EB1 T ÍL IAS

e o leite foram os alimentos mais sugeridos pela riqueza nutricional que oferecem a quem os consome.

Prof.as. Filomena Afonso e Dina Domingos

A PRENDER A COMER BEM COM O D IA DA A LIMENTAÇÃO – EB1 DAS A TALAIAS

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Junho de 2011

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Letras da Gardunha

P lantas Interessantes Por (Na) Natureza, As Suas Vidas, A Nossa Vida.

As plantas não nos fornecem apenas oxigénio e são bonitas, são muito mais do que isso: permitem a exis-tência de outros seres vivos, inclusive nós.

Os segredos que encerram foram objecto da curiosidade de pequenos cien-tistas, que agora as compreendem melhor.

O projecto “Plantas, as suas vidas, a nossa vida”, envolven-do cerca de duzentos alunos das escolas de 1.º Ciclo do agrupamento , p r e t e n d e u desenvolver nos alunos o pensa-mento e o procedimento científi-co, espírito de investigação, consciência ecológica e dinâmi-cas de exploração da natureza.

Numa primeira parte do pro-jecto, a função de reprodução da planta foi o centro das activida-des; foram recolhidas sementes, analisados frutos e sementes nas

p a r t i l h a pelas tur-mas, com o objectivo de se tirarem conclusões

face a eventuais diferenças ocorri-das nos processos. Verificou-se, entre outros factos, que a temperatura média verificada nas salas

não foi idêntica em todas: onde foi mais elevada, as sementes germinaram mais rapidamente.

O controlo da variável tempe-ratura serviu para verificar a existência de culturas de tempo mais frio e de culturas que exi-gem temperaturas mais elevadas (melancia, por exemplo) – cultu-ras de Outono e de Primavera; o

A Twintex é uma empresa de confecções sedeada em Aldeia de Joanes desde 1979. Já passou por diversas fases, mas, nos últimos anos, decidiu ser mais ousada no seu rumo. Apos-

tou na qualidade e, sem medo, começou a enfrentar os mercados mais exigentes de olhos nos olhos. É por isso mesmo que a sua mais importante fatia de clientes se situa no norte da Europa, onde a qualidade do seu trabalho é reconhecida.

Após algumas abordagens onde esta dinâmica empresa mani-festou disponibilidade para colaborar connosco, hoje, Dia Mun-dial da Criança, a Twintex fez questão de se deslocar à nossa escola para desencadear sorrisos de satisfação nos nossos alunos. Para isso, veio munida de diversos instrumentos que poderão ser uma mais valia para as suas aprendizagens: três computadores portáteis, um computador fixo, diversas impressoras e ainda um sistema wireless para Internet.

Gestos assim, onde a partilha se manifesta através dum olhar envolvente sobre a comunidade onde a empresa está inserida, tocam sempre fundo.

O nosso imenso bem-haja!

� O PRIMEIRO CICLO TEM A PALAVRA

TWINTEX – Um olhar envolvente

- EB1 ALDEIA DE JOANES

suas diferenças, para que fosse possível uma identificação/diferenciação rigorosa. As sementes foram observadas e efectuados os registos respecti-vos.

As sementes passaram à fase de experimentação da germina-ção, controlando variáveis como: humidade, luz, temperatura; o solo foi também objecto de análi-se, procurando saber-se da importância da sua composição, na germinação e crescimento das plantas. Recolheram-se os dados obtidos que foram objecto de

N o dia 19 de Maio, fize-mos a nossa visita de e s t u d o a n u a l . Saímos de Aldeia de

Joanes às 8h 15min. em direcção a Proença-a-Nova para visitarmos o Centro Ciência Viva da Floresta. Lá pudemos aprender e observar coisas importantes: o ciclo da água, como se fazem os móveis de madeira e os lápis, como se alimentam as plantas, os efei-tos da poluição nas florestas, os ani-mais que estão extintos ou em extin-ção, a simulação de um incêndio flo-r e s t a l . . . Valeu a pena porque aprendemos mui-to e o lugar é maravilhoso! Almoçámos e, de seguida, partimos para Mora para visitar o Fluviário. Lá pudemos ver ao vivo os animais do rio, desde a nascente até à foz. Alguns deles eram: o barbo, a truta,

as lontras, a raia, a enguia, o achi-gã, o charroco, cágados, as rãs... Em aquários ao escuro e em ambiente calmo, vimos animais dos rios da América do Sul e da África: o peixe faca ou fantasma negro, a piranha, a anaconda, o peixe-gato, a tartaruga mata-mata, a enguia eléc-t r i c a . . . Tivemos oportunidade de pintar, escrever quadras, ver no microscó-pio e deixar a nossa opinião. Fizemos compras, lanchámos e regressámos à Aldeia.

Texto colectivo—2º ano

Visita de Estudo – CENTRO CIÊNCIA VIVA DA FLORESTA

E FLUVIÁRIO - EB 1 Aldeia de Joanes

controlo da variável luz colocou em evidência a importância da fotossíntese; o controlo da variável humi-dade colocou em evidência a imprescindibili-dade da água aos seres vivos. Foram de segui-da efectuadas e xp e r i ê nc i a s visando com-provar a exis-tência de fun-ções vitais nas plantas, como: r e s p i r a ç ã o /t ransp i r ação ,

circulação e movimento. Numa segunda fase, este pro-

jecto teve a colaboração do Gabi-nete do Ambiente da autarquia, através da disponibi-lização de uma técni-ca que efectuou, jun-to das turmas envol-vidas, acções de sen-sibilização à impor-tância e impacto da vida das plantas nas nossas vidas e ses-sões de procedimento experimental.

As hortas pedagó-gicas foram uma

aposta ganha em três das escolas, as que possuíam condições de espaço para tal. Aí cresceram vegetais diversos, fornecendo até alimentos para as cantinas que servem os alunos. Estes alunos envolveram-se activamente, constituindo com esta actividade uma saudável ligação à Natureza.

A nível de divulgação do projecto, os blogues das escolas foram um veículo muito impor-tante e com impacto nas comuni-dades; aí, professores e alunos colocaram os frutos do seu trabalho e partilharam-nos.

A escola ganhou capacida-des de intervenção no meio, graças à articulação consegui-da na comunidade e com as entidades que colaboraram no projecto; ganhou ainda alunos mais sabedores e capazes de fazer, mais responsáveis, mais ecológicos, mais questionado-res e investigadores, mais curiosos e empenhados.

Projecto “Plantas, as suas vidas, a nossa vida”

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 2—Nº4

Letras da Gardunha

� BECRE— BIBLIOTECA ESCOLAR E CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS

A BECRE tem de tudo!

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Letras da Gardunha

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N um certo dia de manhã, um meni-no andava a pas-sear com o pai

quando viu uma linda macieira carregada de frutos. Colheu uma maçã saborosa e comeu-a. O pai arrancou a árvore e levou-a para casa para plantar no seu jardim. O jardim tinha muitas árvores e flores. As tulipas, as rosas, as margaridas e os cravos coloriam o jardim tornando-o mais belo.

Numa margarida estava poisada uma borboleta e o menino, ao vê-la, aproxi-mou-se mas ela fugiu. O menino resolveu ir atrás dela até à floresta. A separar a aldeia da floresta havia uma lagoa que o menino atravessou passando por cima de um tronco de árvo-re. O menino continuou a seguir a borboleta e esta só parou na flor que ele tinha visto junto da macieira que o pai tinha arrancado. Mas a flor estava murcha porque já não tinha a sombra que a macieira lhe fazia. O menino ficou muito triste por ver a flor murcha e

N as aulas de Área de Projecto/Plano Nacional de Leitura do 6ºB, decidimos ler o único livro infantil que José Saramago escreveu: A Maior Flor do Mundo. Inicialmente, a proposta pareceu descabida aos olhos dos jovens adolescentes da turma que já não se revêem no papel de crianças. Depois, o livro acabou por ser uma agradável surpresa!

Percebemos que a “Flor “ de Saramago era muito mais do que uma simples flor e que todos nós, tal como o menino da história, precisamos de a “regar” com carinho e dedicação porque dela depende a nossa vida. Mas afinal, que flor será essa?

Cada aluno começou por representar, através do desenho, a respectiva Maior Flor, aquela que cada um entendeu ser essencial para a sua própria felicidade e a de todos. Aqui ficam alguns exemplos.

Por fim, aceitámos o desafio do próprio autor que, a certa altura, no seu livro, propõe: “Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?”

Esperamos que gostem e que José Saramago leia, onde quer que esteja, estas bonitas histórias escritas pelos nossos alunos.

Professoras de AP/PNL: Cristina Pio e Manuela Lopes

� PLANO NACIONAL DE LEITURA

resolveu fazer alguma coisa. Foi buscar um pouco de água à lagoa e regou a flor. À medida que lhe deitava mais água a flor ia cres-cendo, crescendo, crescendo…

Depois de tanto andar, ficou tão cansado que adormeceu ao pé da flor, mas esta deixou cair uma pétala que o abrigou.

Já de noite, os pais do meni-no começaram a ficar preocupa-dos e resolveram ir procurá-lo. Quando avistaram uma gigante e bonita flor, dirigiram-se para lá. Junto ao pé da flor estava o menino a dormir, sereno e feliz. Acordou ao ouvir ruído.

O menino abraçou a mãe e o pai e estes levaram-no para casa. Enquanto o estavam a levar, toda a gente o admirava por ter feito uma coisa maior do que ele e maior do que toda a gente, salvar uma Flor, a mais bela que algu-ma vez tinham visto, de morrer de sede e poder deixar o nosso mundo mais belo e colorido.

Autores: Inês Bonifácio

Rodrigo Silveira

CRIAÇÃO LITERÁRIA E ILUSTRATIVA A PARTIR DA OBRA A M AIOR F LOR DO M UNDO, DE JOSÉ SARAMAGO

E ra uma vez um menino loiro com uns grandes olhos castanhos. Um dia, à tarde, foi com o pai até um campo deserto onde havia apenas uma flor e uma pequena árvore. O pai arran-cou a árvore e, com a ajuda do menino, transportou-a no carro até casa. Ao chegar, o pai plantou a árvore no seu pequeno mas belo jardim.

Em frente à casa existia uma floresta e o menino, nesse dia, sentiu uma sensação diferente, como se alguém o chamasse para ir descobrir os segredos daquela floresta. E foi…

Junto à floresta viu um longo e largo rio atravessado por grandes pedras. O menino saltou por cima delas e, sempre que punha um pé em cima de uma pedra, ouvia um som diferente que se enrolava com o som das águas do rio. Depois de o ter atravessado chegou à estranha mas bela floresta, repleta de fron-dosas árvores, cada uma com um segredo diferente. Ao seu redor existiam muitas flores que, com o ven-to, espalhavam o seu belo perfume no ar. Apesar da floresta ter muitas árvores, parecia que os seus ramos se desviavam para deixar entrar os raios de sol que iluminavam e coloriam as flores.

Depois de muito andar, o menino deparou-se com uma colina e subiu-a. No cimo, ele encontrou uma pequena e murcha flor. O menino pensou regá-la e voltou ao rio para ir buscar água, que transpor-tou nas suas pequenas mas fortes mãos. Fê-lo muitas vezes e, ao fim de algum tempo, a flor cresceu, cresceu e tornou-se numa bela e enorme flor. Tão grande que parecia, ao menino, ser a Maior Flor do Mundo.

De tão cansado, adormeceu junto da flor e esta agradeceu-lhe, protegendo-o do frio com uma das suas grandes pétalas.

À noite, os pais, já preocupados com a ausência do filho, começaram a procurá-lo. Ao verem uma enorme flor que se destacava de entre todas as árvores da floresta, correram para lá e viram o menino deitado na sombra daquela flor, dormindo protegido pela pétala.

Os pais e todos os vizinhos, finalmente, perceberam que o menino protegeu a natureza e esta prote-geu-o com carinho.

Toda a humanidade devia ser como este menino… Autores:

Ana Luísa Correia Tiago Figueira

A M AIOR FLOR DO M UNDO

“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”

José Saramago

A M AIOR FLOR DO M UNDO

A M AIOR FLOR DO M UNDO

Ilustrações, autores:

Bailarina – Mariana Páscoa

Música – Maria Mendes Animais – Filipe Domingues

Page 10: Letras da Gardunha nº4 - Junho 2011

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 2—Nº4

Letras da Gardunha

D ecorreu, no Agrupa-mento de Escolas Serra da Gardunha, mais uma Semana de Edu-

cação Especial “Juntos na Diferença”,

nos dias 22, 23 e 24 de Mar-ço.

A semana iniciou-se com a dinamização dos ateliês de electricidade e ciências, onde os alunos puderam participar em diversas experiências, com a ajuda dos alunos com Necessidades Educativas de Carácter Permanente, que, durante o ano lectivo, fre-quentam estes ateliês.

A exposição/venda de trabalhos realizados pelos alunos dos ateliês de orienta-

“It takes a whole village to raise a child” (ditado popular de origem desconhecida)

O Projecto FAROL - Intervir para prevenir. Agir para Mudar é resultante de um desafio pessoal e profissional que convergiu, numa primeira instância, para um diagnóstico da

realidade e necessidades ao nível das crianças, famílias, téc-nicos, instituições, domicílios... (recursos, métodos de traba-lho, níveis de cooperação existentes, intervenções efectua-das, etc.).

Um diagnóstico que despoletou o empreendimento de novas estratégias de intervenção, novas pontes de coopera-ção institucional e entre técnicos... tendo algumas delas sido orientadas para a implementação e empreendimento deste projecto com respostas de curto, médio e longo curso.

Da realidade existente constatou-se a dimensão essencial e indispensável da Intervenção Precoce no quadro da inter-venção, estimulação e desenvolvimento de crianças com risco de alterações ou alterações nas funções e estruturas do corpo ou risco grave, bem como do apoio às famílias e edu-cadoras em apoio a estas crianças.

O projecto tem por missão contribuir para intervir quali-tativamente na interacção: criança - família - educador e comunidade, de forma preventiva e interventiva, através de acções de sensibilização, formativas e de outros projectos.

Em suma, o Projecto visa apoiar as crianças, famílias, Educadoras e outros técnicos e entidades da comunidade, através de diversos projectos, acções de formação, criação de um centro de recursos digital, constituição de grupo de voluntários para apoio às actividades/projectos, entre outros.

Formação Hipoterapia Computador Projecto da responsabilidade de Fernando Oliveira - Prof. Educação Especial -Intervenção Precoce na Infância AESG

"A educação exige os maiores cuidados,

porque influi sobre toda a vida" (Séneca)

A Intervenção precoce baseia

-se no desígnio de que, quanto mais prematuramente forem accionadas as politicas e inter-venções que afectam o cresci-mento e o desenvolvimento das capacidades humanas, mais aptas estas se tornam para participar autonomamente na vida social.

Nesse sentido, a Intervenção Precoce têm uma natureza pre-ventiva primária ou secundária, procurando esta contrariar a manifestação de dificuldade de desenvolvimento ou impedindo a sua ocorrência.

Assim sendo, a intervenção precoce consiste na prestação de um conjunto de medidas de apoio integrado, centradas na criança e na família, que incluem os serviços educativos, terapêuti-cos e sociais com o objectivo de minimizar efeitos prejudiciais no seu desenvolvimento.

A Intervenção precoce na Infância tem os seguintes objec-tivos:

a) Assegurar à criança a pro-tecção dos seus direitos e o desenvolvimento das suas capa-cidades;

b) Detectar e sinalizar todas as crianças com risco de altera-

� EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROJECTO FAROL «INTERVIR PARA PREVENIR .

A GIR PARA M UDAR NA I NFÂNCIA » Ciclo e Pré-escolar brincaram com os sons desenvolvendo jogos de consciência fonológica. A Prof. Drª Teresa Pires Marques dinamizou, de uma forma muito interessante, o workshop “Transtornos do Desen-volvimento e da Aprendizagem – Perturbações da Comunicação, Relação e Regulação”, levando os docentes e técnicos presentes a reflectir sobre o tema em debate. A salientar, também, a moldura humana com o símbolo da acessi-bilidade realizada nesta semana, no âmbito do projecto escola alerta.

A semana terminou com a visita de estudo ao Museu dos Descobri-mentos, em Belmonte, onde, atra-vés da interactividade, os alunos ficaram a conhecer mais sobre o seu povo. As opiniões dos alunos, sobre a temática da diferença, fica-ram registadas num painel colecti-vo.

ção profissional, unidades (UEE e UEAEAM) e IPI foi um espaço muito frequentado por toda a Comunidade Escolar.

No segundo dia, alunos de 1º

SEMANA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Intervenção Precoce na Infância no Agrupamento

de Escolas

Serra da Gardunha

ções ou alterações nas funções e estruturas do corpo ou risco gra-ve de atraso no desenvolvimento;

c) Intervir, em função das necessidades do contexto fami-liar de cada criança elegível, de modo a prevenir ou reduzir os riscos de atraso de desenvolvi-mento;

d) Apoiar as famílias no aces-so a serviços e recursos dos siste-mas da segurança social, saúde e da educação;

e) Envolver a comunidade através da criação de mecanis-mos articulados de suporte social.

A equipa da IPI - Fundão está

integrada no SNIPI - Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, criado e aprovado pelo Governo (Decreto-Lei n.º 281/2009 de 6 de Outubro), cuja principal missão é garantir condições de desenvolvimento das crianças, dos 0 aos 6 anos, com dificuldades ou limitações, bem como o apoio às suas famí-lias.

Neste âmbito, o Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha do Fundão é Agrupamento de refe-rência para a colocação de docentes que prestam serviços de intervenção precoce na infância no Concelho do Fundão.

"O SNIPI é desenvolvido

através da actuação coordenada dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, da Saúde e da Educação, com envolvimento das famílias e da comunidade. Abrange crianças entre os 0 e os 6 anos, com alterações nas fun-ções ou estruturas do corpo que limitam a participação nas activi-dades típicas para a respectiva idade e contexto social ou com risco grave de atraso de desen-volvimento, bem como as suas famílias." (in: D.L. nº 281/2009)

Os serviços de interven-ção precoce asseguram um modo de interacção entre as famílias e as instituições, nomeadamente a educação, a segurança social e a saúde.

Pretende-se que os casos problema sejam devidamente identificados, sinalizados e encaminhados, tão rapida-mente quanto possível, dando lugar à definição de um plano individual de intervenção ajustado às necessidades das famílias e elaborado em con-

junto com os técnicos que repre-sentem todos os serviços que são chamados a intervir.

O PIIP - Plano Individual de

Intervenção Precoce orienta as famílias que o subscrevem a estabelecer um diagnóstico ade-quado da situação da criança. O mesmo é potenciador do desen-volvimento da criança, a par das alterações a introduzir no meio ambiente para que tal potencial se possa afirmar.

A equipa da IPI do Fundão, no âmbito do SNIPI, é constituí-da por: 3 Professores de Educa-ção Especial colocadas no âmbi-to da intervenção precoce, que se articulam com as famílias, com as educadoras de infância e com

outros técnicos; médicos de família/consulta de desenvolvi-mento e terapeutas ocupacionais e de fala, etc., e com as técnicas que constituem a equipa alargada da IPI - Fundão: 1 enfermeira do Centro de Saúde do Fundão; 1 psicóloga da CPCJ do Fundão; 1 Assistente Social do Gabinete da Acção Social da Câmara Munici-pal do Fundão e 1 Assistente Social do Serviço Social do Fun-dão.

Os Professores de Educação Especial colocados na Interven-ção Precoce desenvolvem a sua intervenção nos domicílios, nas creches e nos jardins-de-infância das instituições de solidariedade social do Concelho do Fundão.

IPI - INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA

A I MPORTÂNCIA DA I NTERVENÇÃO PRECOCE NA I NFÂNCIA

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WITTER – IPIfundao http://twitter.com/IPIfundao

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Letras da Gardunha

A “Célula que Alimenta” é um projecto que está a ser

desenvolvido no Clube Ciências Sobre Rodas, que é coordenado e dina-mizado pela Prof. Maria João Ramos e funciona em parceria com a Univer-

sidade de Aveiro e a Câmara Municipal do Fundão. O projecto envolve alunos dos 2º e 3º ciclos que têm vontade de descobrir a ciência que vive dentro de cada um e que os rodeia.

No Clube, desenvolvem-se experiências e, este ano, dado que o projecto “A Célula que Alimenta” foi seleccionado, pela Fundação Ilídio Pinho, para o concurso de ideias, o ingrediente que se destaca é o Ovo. A partir dele, apercebemo-nos que nos podemos alimentar, fazer experiências, mas também que se podem formar novos seres vivos: répteis, peixes e aves. De entre todos eles, a ave, que é o tipo de animal mais frequente em Portugal, é a espécie que se encontra em destaque no Clube Ciências Sobre Rodas.

É no C.C.S.R. que os alunos são incentivados a descobrir, através de discussões científicas, a verdadeira ciência, que, neste caso, tem a ver com a utilidade do Ovo. Desde o princípio que o Clube, graças ao bom trabalho e funcionamento de todos, está a atingir o desejado sucesso que todos esperavam e, tal como ele, também a nossa mascote, o Valentim, está a ser uma óptima influência e a ter bastante sucesso.

No dia 8 de Abril, quem esteve presente notou o esforço e o desempenho demonstrado por parte de todos os membros rela-cionados com o C.C.S.R. Fizemos a nossa “Festa do Ovo”, na Escola Serra da Gardunha, e, aí, para além de mostrarmos a toda a comunidade o nosso Valentim, também tivemos oportu-nidade de realizar experiências e partilhar com todos as desco-bertas que fizemos relacionadas com o Ovo. Até uma caça ao tesouro foi programada, com a ajuda dos nossos professores de Inglês.

É esta espécie de trabalho que está a ser realizada no C.C.S.R. e todos nos estamos a esforçar e a torcer para que o Clube siga para a frente, cada vez com mais participação e bas-tante sucesso!

Sara Nogueira - 5º C

O Projecto “Parlamento dos Jovens” deu o mote e a turma B do nono ano continuou o trabalho. Após a participação no Projecto, com a eleição da aluna Lara Ramos como deputada para a fase nacional, o

interesse pela temática da violência em meio escolar estava des-perto nos alunos da turma, que quiseram ir mais além. Lançaram-se então na realização de um questionário a aplicar a alunos do quinto ao nono anos de escolaridade da nossa Escola. Os resulta-dos revelaram que os nossos alunos estão conscientes da importân-cia e gravidade desta situação. A grande maioria dos alunos inqui-ridos (total de 264) é capaz de reconhecer sinais de bullying na Escola e vinte e seis por cento dos inquiridos admite ter já sido vítima deste tipo de violência em meio escolar. Questionados sobre as formas de bullying mais frequentes, a maioria dos alunos identi-ficou a violência física, o desprezo por parte dos colegas e ainda o troçar do aspecto físico. Os alunos que responderam ter já sido vítimas apontaram maioritariamente a violência verbal (chamar nomes) como sendo a forma de bullying de que foram alvos. Quanto à frequência com que as agressões aconteceram, a maioria responde entre duas a quatro vezes. Contudo, sessenta e cinco por cento destes afirmam que estas agressões já não se verificam. Perante situações de violência na escola, as formas de ajuda a que a maioria dos alunos afirma ter recorrido são pedir ajuda a fami-liares e pedir ajuda a professores. Os alunos inquiridos identifi-cam ainda como alunos que mais frequentemente são vítimas de violência em meio escolar os mais novos e mais tímidos.

O facto de os alunos identificarem situações que consideram de violência significa que estão conscientes desta problemática que, infelizmente, é crescente em meio escolar. Ainda assim, a nossa escola tem o privilégio de poder afirmar que não regista situações graves de “bullying” e que conta com alunos dispostos a continuar com o bom trabalho de sensibilização e detecção atem-pada de situações que possam surgir. Este é o trabalho de toda uma comunidade escolar empenhada em fazer da nossa escola um ambiente de aprendizagem saudável em todos os seus domínios. Uma escola eficaz forma os seus alunos como cidadãos responsá-veis, activos e interventivos na criação de uma sociedade melhor. Temos o compromisso de continuar neste caminho!

A Directora de Turma do 9.ºB

Telma Afonso

A C é l u l a q u e A l i m e n t a

� PROJECTOS

Uma menina, assustada, por ser avaliada. Decide ir fazer uma caminhada. De repente, encontra uma manada e sente-se ameaçada. Aparece-lhe uma fada; fica enfeitiçada. A história não fica acabada… Ainda encontra um rapaz e por ele fica apaixonada! Que menina felizarda! Certo dia, fui convidada para uma jantarada. Emproada, e porque já era casada Fui muito bem acompanhada. Comi uma feijoada com farinha esmigalhada. Que me deixou bastante enjoada! A comida deveria estar estragada, pois fiquei adoentada. Ai de mim, coitada!

Autora: Mariana Monteiro - 5º C

N o passado dia 14 de Janeiro, a turma do 9ºD deslocou-se à Escola Profissional do Fundão, no âmbito da área curricular não disciplinar de Formação Cívica, a fim de

participar na exposição “Hoje eu, amanhã o outro”. Fomos recebidos pelas Professoras Silvina Reis e

Isabel Fortunato e pelo Sr. Gil Cruz, tendo estes dois últimos dado o seu testemunho real.

Após a visualização de um PowerPoint sobre o tema em questão, as deficiências visuais, fomos convidados a colocar questões para esclarecimento de dúvidas.

De seguida, visualizámos um vídeo acerca de um desporto criado especialmente para pessoas invisuais – o goalball.

Para terminar, foram-nos apresentados alguns arti-gos, com diferentes utilidades, para invisuais, como jogos para crianças, termómetros, calendários, etc., todos eles criados com o intuito de facilitar a vida, não só dos invisuais, mas também das pessoas que sofrem de graves problemas visuais, como os amblíopes.

A nossa visita ficou registada de forma bem original: em alfabeto Braille!

A turma do 9º D

P r o j e c t o P a r l a m e n t o d o J o v e n s

Poema em - ADA

A Escola Básica Serra da Gardu-nha, pela 3ª vez consecu-

tiva, participou na Ses-são Nacional do Parla-mento dos Jovens, em representação do distrito de Castelo Branco. Os três alunos da Escola Básica estiveram presen-tes, nos passados dias 2 e 3 de Maio, nesta iniciati-va, que decorreu na Assembleia da Repúbli-ca, em Lisboa. Cristiano Gaspar (porta-voz do Distrito) e Lara Ramos estiveram como deputa-dos eleitos pelo Distrito de Castelo Branco, enquanto a aluna Sílvia Lino foi eleita como jornalista. Participaram na Ses-são Nacional 130 deputados elei-tos em Escolas de todos os distri-tos do Continente, nas Regiões Autónomas e da Europa (Escola Cycle d'orientation des Grandes Communes – Genebra), sendo a “Violência em meio escolar” o tema central dos trabalhos. Recorde-se que, a 28 de Feverei-

ro, na sessão distrital realizada em Penamacor, os representantes da nossa escola haviam sido

seleccionadas para representarem o Distrito de Castelo Branco na Sessão Nacional deste projecto. A abertura solene contou com o Presidente da Comissão Parla-mentar de Educação e Ciência da Assembleia da República, tendo-se incentivado os jovens presen-tes a participarem de forma acti-va na discussão dos temas rela-cionados com a Violência em Meio Escolar.

Os jovens, no primeiro dia, debateram as propostas apresen-tadas por cada Distrito. No dia

seguinte, dedica-do à Sessão Ple-nária, os jovens deputados dis-cutiram e vota-ram o Projecto de Recomenda-ção dirigido à Assembleia da República, com a indicação de dez medidas que visam a

implementação, de um modo eficaz, da reso-lução deste problema nas escolas. Estas medidas estão na Plataforma Moodle da nos-sa Escola para consulta de toda a Comunida-de Escolar.

O p o r t u n i d a d e

Os jovens deputa-dos tiveram ainda oportunidade de colocar questões aos representantes dos vários partidos com assento Parlamento Parlamentar, bem como tomar conhe-cimento da forma como as todas as actividades políticas e quotidianas são

desenvolvidas na Assembleia da República.

Os promotores desta ini-ciativa, na escola Serra da Gardunha, deram “os para-béns aos jovens deputados que representaram o Distrito de Castelo Branco e votos de que, para o próximo ano lecti-vo, se inscrevam ainda mais alunos neste interessante Pro-jecto escolar de incentivo à participação cívica e política dos jovens”.

Sílvia Lino 8ºC (Jornalista do P.P. Jovens, na A. República -

2010/2011)

Deputados defendem as propostas que querem ver aprovadas

Escola Serra da Gardunha pelo 3º ano consecutivo no Parlamento dos Jovens

H o j e E u ; A m a n h ã o O u t r o

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 2—Nº4

Letras da Gardunha

the same date. In the afternoon some classes

watched the film “Romeo & Juliet”

During the day, research works done by students, related to the topic were displayed not only in Becre but also in many other spaces in school. Lots of students were wearing white, red or blue t-shirts representing the colours of the Union Jack and wore a beautiful red rose.

Work done by:

Filipa Catarro, Maria Catarina, 9ºD

Teacher : Fátima Corte

S t. George is the Pa-tron Saint of Eng-land and it is cele-brated on April 23.

On this day the school commu-nity was on vacation, so we de-cided to celebrate it on April 28, Thursday.

In the morning there were a lot of activities with the aim of showing the school community the importance of this festivity in the British Culture. We gave out some paper red roses (the Na-t i o n a l E mb l e m of Eng-l a n d ) w h i c h w e r e made by some stu-dents and we also wa t c he d o u r s c h o o l -m a t e s who are at Academia de Música e Dança do Fundão, play the British National Anthem “God Save the Queen” and Rule Britannia,. After this, we watched, of one of the greatest plays of the famous English playwright William Shakespeare, “Romeo and Juliet”, who died on

C erto dia, o Pequeno Ponto Final caiu de um jornal. Vivia numa notícia sobre um desastroso acidente rodoviário. Quando deu conta do que sucedera,

ficou triste, desesperado e sentiu-se abandonado e só. O Pequeno Ponto Final não era capaz de reconhe-

cer o lugar onde estava. Entre a sombra e a escuridão da noite, aquele lugar parecia assustador e, entre os muros e as paredes antigas, permanecia a solidão. Estava inconsolável. Andou, andou, andou, mas, parecia que sempre ficara no mesmo sítio.

Ao romper do dia, amargurado e com a face desfeita em lágrimas, encontrou as senhoras Reticências. O Pequeno Ponto Final decidiu per-guntar se se podia juntar a elas. Elas gozaram-no. Por momentos, ele chegara a pensar que se podia integrar pois, onde estão três, podem estar quatro.

No meio de todo aquele sofrimento, o Pequeno Ponto Final avistou ao longe o que se assemelhava muito a uma batata frita palitada. Decidiu aproximar-se. Estava vestido de preto, muito alegre e divertido; era constituído por um pequeno traço vertical e um pontinho. Apresentou-se. Era o Ponto de Exclamação. Na esperança de se poder juntar ao grupo, repetiu a pergunta. Mas a resposta foi a mesma. O medo e a dor tomaram espaço no seu pequeno coração. Deci-diu seguir o seu caminho.

Mais tarde, encontrou a senhora Vírgula. Deveria ser um ponto e vírgula, mas o escritor, com a pressa, enganou-se. Andava à procura de um companheiro. O Ponto Final ficou feliz e integrou-se.

Catarina Salvado, 9º A

� NOTÍCIAS/ ACTUALIDADE

as lágrimas o mais discretamente que pode. A igreja de Montaiel cheia no exterior. As

vozes celestiais do coro e do público. As fotos das vítimas rodeadas de flores. O presidente Ramos Horta, no seu discurso em

tétum, refere inúmeras vezes o papel de Portugal no apoio a Timor. E onde estamos nós agora? Quem em Portugal sabe que hoje é o aniversário do massacre? Onde está a RTP a fazer a cobertura do evento?

Sim o embaixador de Portugal está sentado na primeira fila, mas a necessária visibilidade do “não se esqueçam de nós” onde está?

O percurso até ao Cemitério de Santa Cruz. Pessoas que afugentam as lágrimas com as

mãos. Cantam. Rezam. Dão vivas, “A luta conti-

nua!”, “Abaixo a corrupção!” e muitos vivas à jovem nação de Timor-Leste.

Gente, gente e mais gente. Vou mis-turada no cortejo e não vejo o início nem o fim.

E s t r a n g e i r o s tiram fotos, mas não vejo estações de televisão, a não ser a local.

Quando chego a casa fecho a porta e choro. Agora já pos-so.

Eduarda Pinheiro, professora de português na Escola Portuguesa de Díli

F eriado. Dia do Massacre em Santa Cruz. A D. Pascoela, a funcionária mais eficiente e dedicada da

escola, veio buscar-nos às 6:30h. A missa começa às 7h. Vai ser dada no exterior da igreja para haver mais espaço (que não é suficiente pois não se mete uma cidade numa igreja) para as pessoas que compare-cem. Como a acompanhamos, consegui-mos ficar na 3ª fila e ver de perto O Presi-dente Ramos Horta e os convidados de honra. Como é uma sobrevivente do mas-sacre tem direito a ficar nos primeiros lugares. O namorado da D. Pascoela foi um dos jovens assassinados no dia 12 de Novembro de 1991 e ela tem na testa a cicatriz do raspão da bala indonésia que falhou por muito pouco o alvo.

Junto ao púlpito estão as fotos das víti-mas, rodeadas de flores.

O Bispo de Díli dá a missa. Noto que à minha frente um oficial

português de cabelo rente grisalho, limpa

TIMOR - Sexta-feira, 12 de Novembro de 2010

Q ualquer um quer um livro. Qualquer um tem um livro. Um livro pode trazer-nos pessoas até nós; pode levar-nos até onde quisermos

ir. Quando nos são dedicados, toda a história passa a ser completamente diferente, com outras personagens, em outro lugar.

Esta história passa-se na biblioteca da cidade, a mais antiga da cidade. Quase 130 anos de história. Aquela biblioteca já levou pessoas de todo o mundo numa via-gem de aventura ou acção, romance ou drama, terror ou ficção. Com corredores enormes, estantes que chegam ao tecto e pó por todo o lado, podemos caracterizá-la assim.

Na trigésima estante da oitava fila de estantes, na nona fila de livros (a contar de baixo), estava um antigo livro de oitenta e três anos de um escritor idoso já faleci-do. Nunca ninguém o procurou e, por isso, aquele livro era gozado por todos os outros que nunca paravam no mesmo sítio, saltando sempre de casa em casa.

Um dia, uma mulher de cabelos pretos e olhos verdes, que envergava umas calças de ganga e uma camisola vermelha, entrou na biblioteca. «Que doce ela é», pensou o “velho dos oitenta e três”.

-Onde posso encontrar «Como Ela Era»? - perguntou a jovem mulher à bibliotecária.

A bibliotecária, de cabelo grisado ruivo, conduziu-a até ele.

A ouvi-la proferir o seu título, o velho livro quase que desmaiara de emoção.

-Aqui tem – disse a bibliotecária. -Muito obrigada – respondeu-lhe. Ao verem-no a ser levado, os outros livros começa-

ram num frenesim ensurdecedor que apenas eles ouviam, um som não audível para os humanos. Foi a vez de ele os gozar. Todas as caretas de que se lembrou fazer, ele fez.

-Agora é a minha vez! “Hasta la vista”! – disse-lhes. -Hasta quê? – ouviu um proferir. Quando chegou a casa e se preparou para iniciar a sua

leitura, a jovem e esbelta senhora percebeu por que razão o seu avô, quando morrera, lhe pediu que lesse o livro. «Foi escrito por ele», pensou. «E escrito para mim! Dedi-cado a mim.»

Mais tarde, uns anos mais tarde, decidiu escrever um livro e dedicá-lo ao seu falecido avô.

Tatiana Esteves, 9º A

ST . GEORGE´S DAY AT OUR SCHOOL

C omo já vem sendo hábito, a nossa escola participou nas Olimpíadas do Ambiente, tendo-se inscrito na modalidade "Ambiente à Prova", cuja primeira eliminatória decorreu no dia 16 de Dezembro.

A “Água”, tema central desta prova, foi objecto de reflexão por parte dos 30 alunos que quiseram participar. Estes alunos foram desafiados a testar os seus conhecimentos sobre as seguintes temáticas: ameaças glo-bais, conservação da natureza, estilos de vida, política ambiental, polui-ção, realidade nacional e recursos naturais. Foram apurados para a 2.ª Eli-minatória os seguintes alunos:

No dia 22 de Fevereiro, realizou-se a Segunda Eliminatória, ainda na

Escola; a Final Nacional decorreu no Algarve, no início de Maio, onde, infelizmente, não participámos.

A participação do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha nas XVI

Olimpíadas do Ambiente foi da responsabilidade do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, mais directamente dos subgrupos de Ciências Físico-Químicas e Ciências Naturais. Com esta iniciativa, os docentes estão certos de que estarão a contribuir para que os seus alunos se tornem cidadãos mais informados, capazes de participar de modo activo na conservação e na defesa do AMBIENTE.

A equipa coordenadora a nível de escola das XVI Olimpíadas do Ambiente

Ano Turma Nome Nº respostas certas

8 A José Francisco Mota Garcia 26

8 A Bernardo Vieira Martins 25

7 C Pedro Miguel Moutinho da Silva 25

9 B Ana Cláudia Batista Honório 24

O DESESPERO DO

PEQUENO

PONTO F INAL

DEDICADO

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Junho de 2011

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Letras da Gardunha

E ntre 4 e 13 de Maio, realizaram-se as actividades promo-vidas pelo Clube Europeu do AESG das quais se desta-cam a palestra “União Europeia – passado, presente e futuro”, dinamizada pelo Prof. Armando Anacleto – For-

mador do Centro de Informação Europeia Jacques Delors, em que parti-ciparam alunos do 6º ano de escolari-dade, e a Exposição – Postais da Europa.

acreditar que aquele lugar exis-tia. Tão mágico, tão feliz!

De repente, o vento soprou, suavemente, por entre as folhas delicadas das árvores daquela floresta, parecendo dar-me as boas vindas.

Suspirei. Voltei a respirar aquele ar. Senti uma sensação de conforto e de alegria, mas maior. Uma sensação não antes experi-mentada.

No meio de tantas sensações e pensamentos, ouvi um barulho vindo da minha mala. A minha mãe tivera-me telefonado umas quatro vezes e estava impaciente.

Voltei para casa, mas uma coisa eu sei: nunca esquecerei aquele lugar. Espero lá voltar e descobrir o pequeno bichinho que me deixou tanta curiosidade.

Laura Sofia Catarino Marques nº 9 6º C

A inda me lembro daquela tarde. Estava calor. Ia a caminho de casa

para jantar, quando olhei para o meu lado direito e vi uma som-bra. Tive vontade e curiosidade em segui-la e assim o fiz.

Entrei dentro de uma zona florestal. Pinheiros altos e esguios me cercavam, mas conti-nuava a andar, sem olhar para trás.

Observei flores. Observei o Sol a bater nelas e vi o seu esplendor, parecendo cantar uma doce melodia que a minha avó me cantava nas noites de Verão. E, enquanto cantava, olhava docemente para as estrelas e o seu olhar brilhava.

Parou, a estranha criatura parou. Mesmo em frente de um lago com águas transparentes, com pequenos Sóis dentro.

Baixei-me e esfreguei os olhos com força. Não queria

monstro! Muitas vezes, comentam

com os pais o que se passa na escola (sítio mais frequente), mas os pais pensam “ São só brincadeiras de crianças!” e dizem aos filhos para não se preocuparem, afectando cada vez mais os filhos.

Outros miúdos nem sequer dizem nada, pois já sabem o que eles lhes dirão.

Só quando começam a ver hematomas (nódoas negras) pelo corpo das crianças é que levam o assunto a sério. Só que, às vezes, é tarde demais, pois acon-tece o pior antes de chegarem a uma conclusão.

É fácil perceberem o que estou a tentar explicar-vos, pois é muito frequente, nos tempos que correm, verem este tipo de situações na televisão.

Bom! É por causa desta série de exemplos, que prejudicam as crianças, que queria alertar todas as pessoas, principalmente adul-tos e pais:

• Não deixem que as crianças sejam abusadas por outras de uma idade já um pouco mais avançada. Perguntem como lhes correu o dia, se está tudo bem…

• Não os deixem seguir maus exemplos; coloquem-lhes juízo na cabeça; não os deixem fazer o que eles querem, imponham regras.

• Façam-lhes ver os perigos e riscos que correm.

• Criem bom ambiente em casa.

São crianças sim, mas, se têm cérebro para umas coisas, também têm cérebro para agir

T e x t o v e n c e d o r d o C o n c u r s o L i t e r á r i o

2 º C i c l o “ A F l o r e s t a ”

SEMANA DA EUROPA

� NOTICIAS/ ACTUALIDADE

H á coisas, sincera-mente, que as cr ianças não deviam ver, mui-

to menos aprender. Desde discussão à agressão

ou até mesmo à morte. Quando as crianças vêem

esse tipo de guerras entre os pais ou outras pessoas, são elas que saem prejudicadas; é como se ficassem traumatizadas.

Infelizmente, hoje em dia, as pessoas não sabem controlar-se, agir de forma calma aos insul-tos, de modo a não haver conse-quências.

Pois fazem o contrário! Para além de serem as crian-

ças as vítimas, muitas vezes seguem esses maus exemplos.

Começam por picar os outros. Já nem sei o que é pior, se é responder à letra ou se é ficarem calados, pois não lhes faz diferença nenhuma e agri-dem-nos de uma forma ou de outra.

Outros juntam-se em grupos e começam a meter-se com crianças indefesas, ou seja, não têm ninguém ao seu lado para os proteger, e batem-lhes só por prazer. Levam isso como diver-timento, e quem sofre, no meio disto tudo, são os pobrezinhos dos indefesos.

Este género de situações é coisa que não tolero!

Depois, também há os fil-mes que, cada vez mais, alimen-tam este vício e que destroem o bom exemplo e criam dentro de cada um de nós o mau exemplo a que damos o nome de “Bullying”, fazendo de cada um

de forma adequada perante os colegas!

Quando os vossos filhos vos pedem para os ajudar por causa de uns problemas que andam a surgir com uns colegas, os adul-tos devem pensar o seguinte: “ É meu filho! Como mãe/pai, tenho o dever de o proteger de todos os males e de fazê-lo feliz. Se o andam a agredir, tenho que fazer alguma coisa, o mais rápido possível e da melhor forma. Não posso deixar que sejam sujeitos a Bullying, que até pode condu-zir o meu filho ao suicídio!”

Mas não devem pensar: “ OH, preocupar-me para quê?! É uma brincadeira de miúdos, não tem mal nenhum!”

Não podem pensar assim, pois são vocês, pais, que têm o dever de os proteger e de os fazer felizes; são vocês os res-ponsáveis por eles e não outra pessoa. É obvio que, se não esti-ver presente o pai ou a mãe, então, aí sim, devem dirigir-se a alguém. Mas, se houver pais por perto, é preferível dirigirem-se a eles.

Conto com todos para fazer sentir as crianças felizes e segu-ras!

Conto com todos para criar o maior sorriso de sempre no rosto de cada criança!

Lembrem-se: “Bullying” é dos mais recentes e frequentes perigos/problemas na vida de uma criança!

Sara Nogueira - 5º C

Alerta!

D esde muito pequena, tenho o sonho de ser Educadora de Infân-cia, cuidar de crian-

ças e contribuir para a educação de seres tão pequenos!

Imagino-me num infantário, cheio de crianças, e eu a cuidar delas, a ensinar a importância de aprender a lidar com as pessoas no meio da sociedade, a ensinar como é crescer…

Um sonho que nasce pelo sonho que nos comanda. Afinal, é bom sentir o carinho dos mais novos, partilhar com eles as brincadeiras, ver o sorriso estampado nos seus rostos… aquele brilho nos olhos… É lindo!

É linda a magia de uma criança! É lindo vê-la crescer de dia para dia, ensiná-la a dar os primeiros passos…

É lindo ver como crianças tão pequenas fazem um bem tão grande e permitem criar amor, paz, alegria e sensações infinitas entre as pessoas. É como se fosse a nostalgia que contagia a gente adulta que os rodeia. É lindo ver que contribuímos para que elas sejam as pessoas mara-vilhosas que são!

É lindo descobrir a criança que cada um tem dentro de si!

Anita Pinto (n.º 2) – CEF-SM2

É LINDO !

A Horta Pedagógi-ca é um espaço de aprendizagem que visa sobretudo

desenvolver o sentido ecológico no âmbito da formação pessoal e social dos alunos, estimulando o gosto por actividades de contacto

directo com a natureza, contri-buindo para uma aprendizagem l i v r e , espontânea e motiva-dora. A agricultura como acti-vidade inte-grada nos currículos esco la r es proporcio-na ao aluno com Neces-s i d a d e s Educativas Espec ia is benefícios a nível cognitivo, sócio afectivo e motor.

Actividades realizadas Foram realizadas várias acti-

vidades, destacando-se as seguintes:

- beneficiação da estufa e

criação de um espaço para plan-tas aromáticas;

- sementeira de ervilhas, favas, cenouras, nabiças, nabos, beringelas, espinafres, brócolos, beterrabas, rabanetes e alhos;

- plantação de mo r a n g u e i r o s , couves e alhos franceses. No contexto de uma actividade prática sobre a colheita da azeito-na, realizámos, no dia 2 de Dezem-bro, uma visita de estudo à Coopera-tiva Agrícola de Olivicultores do

Fundão com o objectivo de dar a conhecer aos alunos todo o pro-

cesso de transformação da Azei-tona (matéria prima) em azeite (produto final) aproximando-os e dando-lhes assim a conhecer a realidade.

Ateliê de Horta Pedagógica

A preservação da nossa memória colectiva passa obrigatoriamente pela preservação do patrimó-

nio legado pelas gerações que nos antecederam. Foi, pois, com o propósito de despertar nos alunos a consciência da necessidade de preservar o patri-mónio do concelho do Fundão que, no âmbito da disciplina de História, os alunos do 8.º ano de escolaridade realizaram trabalhos representativos de alguns dos seus monumentos. Espera-se agora que da sensibilização se passe aos actos: preservar é preciso!

Professor Vítor Pereira

Preservar é preciso!

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 2—Nº4

Letras da Gardunha

E m 5 de Outubro de 2010, comemorou-se o primeiro centenário da implantação da

República Portuguesa. Tal efe-méride constituiu um momento importante da história nacional, a qual marcou profundamente a sociedade, as instituições e a cultura portuguesas.

As Comemorações do Cente-nário da República foram assina-ladas, no Agrupamento de Esco-las Serra da Gardunha, ao longo do ano lecti-vo 2009-2010, tendo-se prolon-gado para o início do presente ano lectivo.

O pro-jecto Come-morações do Centenário da Repúbli-ca teve como objec-t i vos a divulgação da informa-ção histórica, a reflexão e o debate dos ideais republi-canos, em diferen-tes níveis de ensi-no, envolvendo toda a comunidade educativa - alunos, professores, assis-tentes operacionais, pessoal administra-t i v o , p a i s /encarregados de educação.

O projecto foi proposto e dinami-zado pelo Departa-mento de Ciências Sociais e Humanas, em articulação com outros departamen-t o s / e s t r u t u r a s , fomentou a articu-lação inter-ciclos – Pré-escolar, 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Bási-co, envolveu, com as actividades dinamizadas, toda a comunidade educativa e teve a parceria da

� COMEMORAÇÕES

Câmara Municipal do Fundão. Ao longo do ano lectivo

foram sendo desenvolvidas dife-rentes actividades:

-divulgação e arranque do Projecto - exposição de traba-lhos e pesquisas elaboradas pelos alunos, acompanhada por uma actividade de sensibilização ao projecto, dinamizada pelos alu-nos Miguel Lambelho e Bruna Neves, e pela professora Anabela Niza, na BECRE.

-Concurso Escolar – sobre questões relacionadas com o período da 1ª República - desti-nado aos alunos dos 4º, 6º e 9º anos de escolaridade e aos Adul-tos – Pais/Encarregados de Edu-cação, Professores e Assistentes Operacionais.

-criação do Blog ” Centená-rio da República AESGardu-nha”.

-plantação das Árvores do Centenário.

-dramatização – “Viva a República”, pelos alunos da Turma B, do 6º ano de escolari-

dade, da Escola Básica Serra da Gardunha, com base na adapta-ção da obra A Minha Primeira República, do autor José Jorge Letria, que foi seguida de um Colóquio / debate sobre a Repú-blica, com a participação do

referido autor e da Profª Doutora Antonieta Garcia.

Nas actividades de encerra-mento do Projecto, que decorre-

ram na semana de quatro a oito de Outubro, foram realizadas diferentes actividades:

-exposição dos trabalhos realizados por alunos de diferen-

tes níveis de ensino – Pré-escolar, 1º, 2º e 3º Ciclos – na Escola Sede (Átrio de Entrada e BECRE);

-cantar o Hino Nacional e hastear a Bandeira Nacional – actividade na qual participaram

todos os alunos da Escola sede, bem como os alunos que fre-quentam os Jardins de Infância e Escolas do Primeiro Ciclo do

AESG; -Palestra “ O Papel da

Mulher na 1ª República”. A temática da Palestra foi brilhan-temente abordada pelas nossas ilustres convidadas – a Historia-dora e Escritora Dr.ª. Fina d`Armada e pela Professora Doutora Antonieta Garcia –, teve a participação de alunos dos 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico.

Com a institucionaliza-ção da República, a mulher por-tuguesa ganhou mais direitos civis, os quais não tiveram a mesma equivalência ao nível de direitos políticos. Contudo, o seu activismo cívico passou por um desenvolvimento dinâmico. Não esquecendo a mulher operária/trabalhadora, cujo trabalho remu-nerado serviu para assegurar a sua sobrevivência e a da sua

família, gostaríamos de destacar algumas "Mulheres da Repúbli-ca" que se destacaram em dife-rentes áreas como a literatura, o direito, a medicina, o ensino: Adelaide Cabete, Ana de Castro Osório, Regina Quintanilha,

Angelina Vidal, Carolina Beatriz Ângelo, Carolina Michaëlis de Vas-concelos, Emília de Sousa Co s ta , Maria Veleda, Vir-gínia Quaresma entre outras. -ent rega dos diplomas e pré-mios (cheque-livro) a todos os a l u n o s ( a s ) e Encarregados de Educação vence-dores do Concur-so Escolar. Com a Tertúlia R e p u b l i c a n a encerraram-se as actividades do pro-jecto. Em jeito de balan-ço, gostaríamos de endereçar os nos-

sos agradecimentos: - a todos os que quiseram

honrar-nos nos com a sua cola-boração / participação / presença nas diferentes actividades desen-volvidas;

- aos nossos ilustres convida-dos - escritores: Dr. José Jorge Letria, Dr.ª. Fina d’Armada e Prof.ª Doutora Antonieta Garcia;

- à Vereadora da Educação – Dr.ª Alcina Cerdeira e à Câmara Municipal do Municipal do Fun-dão;

- à Directora do AESG e ao Órgão de Direcção do Agrupa-mento de Escolas Serra da Gar-dunha;

- aos professores do Departa-mento de Ciências Sociais e Humanas;

- aos Coordenadores profes-sores de outros departamentos e estruturas que connosco colabo-raram;

- à Equipa PTE - Plano Tec-nológico de Educação;

- à Equipa da BE/CRE; - aos assistentes operacionais

e pessoal administrativo; - aos nossos alunos e alunas; - aos pais e encarregados de

educação; - à comunidade educativa. A

relação Escola/Família foi, fre-quentemente, solicitada.

A 5 de Outubro de 1910, da varanda dos Paços do Concelho da Capital, foi a José Relvas que coube a tarefa de proclamar o novo regime – A República.

A República tinha efectiva-mente sido implantada com o esforço de muitas pessoas e pre-cisará de contar com o apoio de todos nós para que possa ser (re) vivida, no presente e no futuro.

Professora Anabela Niza Coordenadora do

Departamento de Ciências Sociais e Humanas

COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

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Junho de 2011

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Letras da Gardunha

Professor Agostinho Craveiro

S entado em fren-te ao lume,

Felismino ouvia o silêncio. Do curral vinha o eco quase imperceptível de meia dúzia de cabras que, para além da companhia, proporcionavam ao velho o leite neces-sário para fazer um ou outro queijo.

Às vezes sentia a falta de dois dedos de con-versa, mas habitua-ra-se à solidão dos montes e à companhia dos ani-mais. Os últimos habitantes da aldeia tinham partido ia já para cinco anos, e desde então vivia ali sozinho. Queriam à viva força que fosse com eles, que havia de se arranjar jeito de ficar num lar, mas ali era a sua casa. Ali nascera e ali haveria de morrer. Nunca

� ARTIGOS DE OPINIÃO E CRIAÇÃO LITERÁRIA

aluno a desenvolver o espírito crítico, a reflexão, a criativida-de e a curiosidade. Um profes-sor que seja inovador, dinâmi-co, comunicativo, crítico e “eficaz” é um professor moti-vador.

Por um lado, é necessário estabelecer um bom relaciona-mento com os alunos, criando situações empáticas, através do diálogo. Um professor que seja simpático, sensível e com senti-do de humor conseguirá mais facilmente criar estas situações. Por outro lado, o professor deverá inovar nas suas estraté-gias, desenvolvendo activida-des apelativas e diversificadas, de modo a que a participação dos alunos se torne mais activa para que se possa facilitar a aprendizagem.

Existem inúmeras estraté-gias para motivar os alunos, que podem ser adequadas a cada situação. É necessário criar uma atmosfera de aprendi-zagem em que professor e alu-nos se sintam respeitados e de alguma forma ligados, como por exemplo:

- utilizar pequenas activida-des iniciais (“quebrar o gelo”) para ajudar os alunos a relaxar;

- utilizar exemplos inclusi-vos e culturalmente diversifica-

chegara a casar, e não havia nada fora daquele mundo que chamas-se por ele.

Tirou da panela o caldo acabado de fazer, encheu uma tigela e esperou que arrefecesse um pouco. Lá fora ouvia-se agora o ladrar dos cães, mas não ligou. Era bicho, com certeza, pois por ali não passava vivalma, a não ser um ou outro caçador de tempos a tempos.

Bastava-se da horta e

não precisava de muito. Uma vez por mês ia à vila para receber a parca reforma e, entre dois copos na tasca do Pinto, aproveitava para se abastecer de arroz, açúcar, sabão, umas latitas de conserva e pouco mais.

Há dois anos chegara a

Professora Susana Carvalho

“Diz-me e eu esquecerei,

ensina-me e eu lembrar-me-ei,

envolve-me e eu aprenderei”

Provérbio chinês

U m dos eixos da aprendizagem s i g n i f i c a t i va prende-se com o

proporcionar ao aluno a oportu-nidade de aprender a aprender. Mas, como implicar aqueles que aprendem no aprender? Como é que se desenvolve a motivação do aluno?

O papel do professor não é apenas o de ensinar mas tam-bém educar, transmitir conheci-mentos, incutindo nos alunos métodos, instrumentos de tra-balho e alguns valores funda-mentais, como a compreensão e o respeito pelo outro, a respon-sabilidade e a entreajuda. Cabe ainda ao professor ajudar o

ter a companhia duns alamães que para ali vieram viver, à espe-ra de encontrarem não se sabe bem o quê. No princípio pare-ciam entusiasmados, mas fora sol de pouca dura. Conforme chega-ram, assim partiram. Não esta-vam preparados para aquilo, o bicho homem precisa da compa-nhia de outros homens. Acabou de comer e foi até lá fora. A noite estava fria e adivinhava-se geada. Apertou melhor o casa-co e foi espreitar as cabras, ani-

nhadas no curral. Esta-vam sossegadas. Depois puxou da onça e começou a enrolar um cigarrito, compa-nhia solitária de todas as noites.

A morte não o preocu-pava. Sabia que tinha que ir um dia, e já tinha vivido o sufi-ciente para aceitar o inevitável. Queria dei-xar os ossos naquele ermo, onde os animais nasciam e morriam respeitando a ordem natural das coisas. Era

assim que entendia o mundo.

No céu via-se o brilho dalgumas estrelas. Apagava o cigarro quando os cães, sentindo algo no ar, começaram a emitir um uivar desassossegado. Tinha chegado a hora de, na rua deserta, as sombras dos antigos habitantes ensaiarem a sua dança lúgubre.

Professor José Valente Lopes

P artimos de Barreirinhas e do rio Preguiça, pelas onze horas, num Toyota Bandeirante (jeep de

transporte colectivo), repleto de gente e de bagagens, e chegámos a Paulinho Neves pelas catorze horas, após um lento e sinuoso percurso de areia e de pequenos lençóis de água, por entre arvoredo constante.

Passámos em alguns pequenos arraiais (aldeias) como Passagem Gran-de, habitados por gente heróica e cheia de histórias, e, depois, na verdejante planície das margens do rio Novo, pontilhada de muito gado, jacarés e jibóias (sucuris). Ao lado desta planí-cie, ligando ao mar ainda distante, avistámos um solitário sistema dunar, a que chamam as Dunas Brancas.

Já em Paulinho Neves tivemos uma certa desilusão com a povoação, de ruas de areia, e com a Pousada da Mari-zé, de que tanto nos haviam falado bem. Não encontrámos beleza e poesia no local, pelo que decidimos esperar por outro Toyota Bandeirante, na casa de um sobrinho do hábil “chauffer” que nos trouxera de Barreirinhas.

Uma das senhoras que viajava connosco, reformada, vivia em Passa-gem Grande, tinha casa em Barreiri-nhas e ia uma vez por mês buscar a pensão a Tutóia, ficando em casa de um filho, dos nove que tem. Contou-nos ela, a respeito de cobras, que matara, finalmente, na semana anterior, a jibóia, que lhe andava a comer os lei-tões, com uma foice, e aproveitara a banha. Por sua vez, um jovem homem contou-nos, e não sabíamos se havía-mos de acreditar ou não, o caso de um rapaz índio, no Amazonas, que quis combater uma jibóia e acabou engolido por ela, pelo que um outro teve que prendê-la e do fundo do rio, com uma corda, puxá-la e abri-la para tirar de lá o inconsciente…

De Paulino Neves a Tutóia, o cami-nho apresentou-se melhor, mais direito e rápido. Em Tutóia, ficámos frente ao mar na Pousada “Embarque”, onde jantámos camarão a dez reais. Na praia havia porcos e dormiam vacas, havia quem jogasse futebol e meninos brinca-vam com papagaios (pipas).

Após o jantar apareceu um pesca-dor, descendente de avô português, e um casal baiano com um guia de onze anos, Javé, muito esperto. O casal iria recrutá-lo para o seu “resort” em Porto Seguro, tão entusiasmado estava com a perspicácia do menino. O pescador, cearense, de nome Francisco Grilo, mas mais conhecido por Chico dos cama-rões, pai de seis filhos, pescara durante a noite anterior, acompanhado de um filho e de um cachorro, na sua jangada à vela, tendo dormido a meio da noite na praia da Ilha Grande e comido um peixinho com farinha, cozinhado numa fogueira feita no meio do areal.

Falámos um bom tempo com o Chico, quarentão de média estatura e de rosto oval, meio barbudo e bronzeado pelo sol marinho. Pareceu-nos um homem digno e lutador.

Para além da pesca artesanal pro-curava ganhar algum dinheiro com os visitantes, naquele momento era com o casal baiano, levando-os, por exemplo, à ilha do Caju e à Praia dos Amores, à pesca à linha e servindo na sua modesta casa refeições à base de camarão e lagosta. Na semana anterior andara um dia inteiro na faina pesqueira com um empresário italiano já “habitué”, dono

de quatro empresas em Itália e de duas no Brasil. À proposta de ir trabalhar para qualquer uma destas empresas, o Chico preferiu continuar feliz e tranqui-lo no seu meio.

Como Presidente da “Associação de Pescadores” lutava pelos interesses da comunidade local, defendendo a preservação dos recursos pesqueiros de toda a área entre a foz do rio Parnaíba, Tutóia e o Cajual, a qual com as suas lamas naturais, os mangais e os igara-pés, era considerada a principal área produtiva de camarões do Mundo. A sua grande preocupação era parar ou limitar a destruidora pesca industrial, desrespeitadora da área preservada de dez milhas, a qual estava ano após ano a fazer decrescer a quantidade de cama-rão existente na região.

(Tutóia – 10 de Junho de 2003) Em Aracajú o tempo estava morno

e ensoleirado, mas as notícias emana-das do rádio do táxi diziam que a chuva torrencial e um frio de oito / nove graus campeavam no Sul, subindo pelo Sudeste e já ameaçando a Baía.

Da Pousada “Relicário” à Rodoviá-ria, catorze quilómetros por catorze reais, incluindo já o desconto de vinte por cento, deram para conhecer o essencial da vida do taxista, um branco nordestino levemente amorenado e com barba a Zé Povinho, que já vivera em Santos e S. Paulo, onde fora porteiro, lavando dez carros por dia, e onde assim forrara dinheiro para ser taxista em Aracajú.

Já tivera melhor vida, um táxi mais rentável, com lugar no aeroporto, mas tivera que vendê-lo para dar metade do seu valor à ex-mulher, aquando do divórcio.

As mulheres e os filhos sempre foram a sua perdição. Dos seis filhos só três estavam no papel, disse ele, dando para as suas mães 140 reais, 70 reais por filho, sendo o terceiro o que iria nascer da sua nova mulher, uma jovem de 22 anos que ele de 44 anos, à seme-lhança do que fizera com as outras esposas, tratou de ir buscar ao Interior, aos bailes de forró. Considerava-se um grande forrozeiro, adorando dançar forró e também participar em serestras (música mais calma e embalante).

Depois, já em Aracajú, fez passar a sua jovem pelo salão para pintar o cabelo de loiro. A sua esposa tinha que ser sempre loira, mesmo que fosse meio moreninha como era o caso.

Considerou que muito do que sabia o aprendeu em Santos e S. Paulo, nomeadamente com portugueses e japoneses. Aprendeu que as mulheres, incluindo as coroas (mais de 40 anos), só ligavam a homens bem vestidos e que bebessem bebidas caras, pois os mal vestidos / apresentados e que se limitassem à cerveja ficavam sós. A sua estratégia de sedução, além do forró que dançava, era o uísque com água de coco já maduro, ficando-se assim feliz todo o dia e no dia seguin-te…

Nas clínicas de assistência à gravi-dez achavam a sua esposa muito esper-ta por o marido e pai da sua criança ter 44 anos, só não sabiam, no dizer dele, que se limitava a ter um pequeno táxi velho e um barraco. No momento, a sua grande esperança estava no micro- crédito sem juros com vista a comprar um corsa, queria um táxi melhor.

Mas o nosso personagem, apesar das suas debilidades materiais e de se considerar sem sorte nos casamentos, adorava casar-se, e esta nova mulher de 22 anos conquistada no forró mais a sua filha que andava no 2º ano da faculdade eram os seus grandes orgu-lhos. Trazia as suas fotos na pala do táxi.

Sabia que o seu presente era gastar todo o dinheiro com as mulheres e os filhos e que o seu futuro, à semelhança do de toda a gente, seria ficar irreme-diavelmente só. No entanto, apesar de tudo, julgava-se feliz, concluindo, em jeito de desforra: já que estava conde-nado a gastar assim o dinheiro e a acabar por perder sempre, então que perdesse com uma princesa nova…

(Aracajú – 11 de Julho de 2003)

Morte Anunciada

dos; - escutar os alunos com sim-

patia e respeito; - considerar todos os

comentários e questões, mesmo que pareçam irrelevantes ou inapropriadas;

- utilizar uma gestão justa da turma, que seja aceite pelos alunos, compreendida e aplica-da consistentemente;

- adequar, na medida do possível, os conteúdos e objec-tivos da disciplina aos interes-ses e necessidades dos alunos;

- se possível, dar aos alu-nos a oportunidade de esco-lher o tipo de tarefa a realizar;

- juntar um aluno desmoti-vado com alunos mais entu-siásticos;

- utilizar histórias, exem-plos, analogias e até o humor;

- descobrir as capacidades, interesses e objectivos dos alunos e relacioná-los com a actividade de aprendizagem;

- encorajar os alunos, des-valorizando os erros e reco-nhecendo os esforços.

Um aluno motivado é um

aluno envolvido na sua apren-dizagem, é um aluno que aprende.

O PAPEL DO PROFESSOR NA M OTIVAÇÃO DOS ALUNOS

Momentos de Viagem — I

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 2—Nº4

Letras da Gardunha

� MURAL

A “Tertúlia da Gardunha" viajou até Alcongosta, até ao ninho da Dona Paula, a nossa cozinheira - chefe, e "tertuliou" animadamente sobre livros, entre boa comida e boas tiradas musi-cais. No ano passado, a vedeta musical, em versão Pop, foi a professora Fátima Corte. Desta vez, a revelação da noite foi a professora Cristina Pio, com belas incursões pelo Fado. Uma ver-dadeira artista. Bem - haja, Cristina Pio! A próxima sessão da "Tertúlia da Gardunha", lá para o mês de Novembro, será consagrada à poesia que os "tertulianos" , entretanto, criarem até lá.

Moldura Humana Símbolo da Acessibilidade

Árvore dos Afectos - Crescer com Saúde

Dramatização “ Ynar i e a Amizade” - Adaptação da obra de Ondjaki Exposição “ A Maior Flor do Mundo”