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Ill ANNO DOMINGO, 19 JDE ABRIL DE 1903 m\ •V." ( 'J- SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA Assigataíisra Anno, iSooo réis; semestre, 5 oo réis. Pagamento adeantado. para o Brazil, anno. iSíoo^réis Imoeda for:e), - Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR — José Augusto Saloio ismcio 1 19, i.° — RUA DIREITA — -V L D E (i ,V I .1. A iq, i.c Ptikiidaçúcs ti Annuncios— '1.3 publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, (S 'io reis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto esp ciai. Os auto- tf grnphos não se restituem quer sejam ou náo publicados. PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio expediente Acceitam-se com grati dão quaesquer isotielas qnc sejam <le interesse publico. LICENÇAS PARA ITRAB Pretendem agora pòr em vigor esse imposto injusto que obriga todos os ope rários, serviçaes, etc. a pa garem as chamadas licen ças para trabalhar. E’ pre ciso, pois, que todos se reunam e protestem ener gicamente, dentro da lei, contra esse imposto que vem aggravar de um mo do espantoso as tristes con dições em que vive a fami lia trabalhadora. O operário, o que tudo produz, o que sacrifica, por um mesquinho salario, a vida e a saude, não tem re galias nenhumas. Passa a existencia curvado ao peso de um arduo labor e dessa existencia só conhece os espinhos, emquanto os ou tros aspiram o doce perfu me das rosas. Pois a esses felizes, a esses que auferem grandes proventos e que, na maior parte das vezes, são entes inúteis, elevados a cargos subidos mercê de altas influencias, é que de ve pedir-se o imposto que teem obrigação de pa gar. O paiz está effectivã mente em más condições e é prçciso, de qualquer fór ma, fazer economias que redundem em proveito da nação. Muito justa e lou vável é a intenção do mi nistro que mette hombros a tão grandiosa empreza. Mas por que pára, quando encontra entraves no seu caminho? porque vae pe dir aos pobres, aos despro tegidos, as tristes migalhas Que ainda lhe restam pa ra 0 sustento seu e dos entes que lhe são caros? Não é justo, não é humano, não é razuavel. Se os operários estives sem fortemente unidos, se todos se abrigassem sob a bandeira sagrada da Asso ciação, se tivessem a cons ciência da sua força e sou bessem fazer uso delia se renamente, ninguém lhes imporia a sua vontade po de rosa. Mas ainda estão a tempo; unam-se' todos, protestem, sem violências, com a consciência que lhes assiste da razão e da justi ça da sua causa, e os altos poderes públicos reflecti rão que não dêvem nem podem lançar esse impos to injusto sobre os prole tários que tão attribulada já teem a vida. JOAQUIM DOS ANJOS. - AVISO Pediims aos nossos esti máveis assignantes a qusm já enviámos o recibo, a fi neza de nos enviarem as suas respectivas importan- cias, afim de não soffrerem interrupção na remessa do jornal. Egualmente pedimos aos srs. assignantes em atrazo, o favor das suas importan- cias em divida. AGRICULTURA Trabalhos em abri! 11 Quem quizer as pare des divisórias da sua horta ou jardim, as grades dos caramanchões, dos pom- baes ou de qualquer casa de •arrecadação vestidas durante o verão de verdu ra e flores, deve, na pri meira quinzena de abril, semear á volta da parede ou grade destinada a ser ornamentada, uma boa porção de sementes de er vilhas de cheiro, de chagas e de velubilis. Antes de deitar a semente á terra convém muito dar a esta uma boa cava e uma forte estrumação de adubo de curral e terriço bem de composto. A mistura das tres se mentes apontadas dá um variado massiço de verdu ra, com a belleza especial e larga florescencia da volu- bilis e das chagas e o per fume suave das ervilhas de cheiro. Além d’isto as péta las das flores das chagas servem para ornamentar as saladas, e as suas se mentes, colhidas em verde e maceradas em vinagre, fornecem uma das meího res e das mais apreciadas conservas. Os arrelvados devem ser tosquiados na 2.a quinzena de abril, e as falhas que n elles houver, cavadas, adubadas e semeadas de novo. Para a formação de arrelvados revolve-se fun damente 0 solo, limpa-se de todo as raizes de hervas más que nelle possa haver, aduba-se com adubo ani mal e vegetal bem decom posto, alisa-se e semeia-se- lhe depois boas qualidades de relva. As melhores espécies pa ra arrelvados são o Rey- Grass inglez Loliumperen ne, Rey-Grass italiano Lo lium italicum, bis-annual, Rey-Grass de Pill Lolium compositum, Rey-Grass de Baylly Lolium multiflorum submuticum, annuaes. Cla ro é que não convém mis turar as duas primeiras és- pécies entre si, nem as pri meiras com as duas ultimas espécies. Estas só é que po dem ser misturadas sem inconvenientes e as das pri meiras cultivadas cada uma de per si. O Rey Grass inglez con vém mais aos arrelvados perennes, em virtude de durar muitos annos sem pre bello e viridente, des de que tenha abundancia de agua no verão, condição indispensável de um bom arrelvado. Os Rey Grass annuaes só são aproveitados para adorno temporário de ale gretes destinados a massi- ços floraes. No fim de abril arran cam-se os pés de todas as plantas annuaes, de semen teira do outono, e que já produziram flor, afim de serem substituídas por es pécies que ainda floresçam no verão e deem ao jardim novos attractivos de belle za e viço. Os arbustos de (olhas ca ducas e as roseiras qu i pre sen temente entram em ao tiva vegetação, que agora sj cobrem de tenras folhas, de botões e mesmo de flo res, começam a ser flagel- ladas pelos pulgões que tanto e tão fortemente os damnificam. Cada vegetal tem uma espécie sua, pri vativa, de pulgões, e estes aphidios, vivendo á custa da seiva das plantas qu habitam, en fr aq u e c em-as espantosamente, e as dis põem assim muito para o ataque das centenas de cri- ptogamicas variadas, os se us mais temerosos e im- placaveis inimigos mortaes. Convém, pois, para ro bustecer as plantas, que são a alegria dos nossos jar- iins, evitar-lhes o desen- volvim mto dos pulgões, ou destruil-os quando, apesar le tudo, surgem em gran de numero. Os maiores auxiliares dos pulgões, os seus pro tectores, os seus divulga dores, são as formigas. Es tes insectos encontram nos pulgões as suas vaccas lei teiras , os melhores forne cedores das substancias as- sucaradas de que carecem para attenuar o effeito do acido fórmico que abunda no seu organismo. E então, com todo o cuidado e amor, não só os livram do exces so de alimento que os po deria fazer rebentar, mas tambem os defendem des inimigos que os atacam, das larvas de alguns inse ctos carnívoros que os de voram, e os transportam dos logares onde se agglo- meram em demasia, para hastes e rebentos ainda li vres dos seus ataques. Portanto, como meio preventivo para evitar a diffusão dos pulgões, des- troe-se todos os formiguei ros que houver no jardim, e evita-se o aceesso das for migas aos arbustos mais de licados e que em especial se deseja resguardar, en volvendo-lhes, á volta do tronco, um palmo acima do solo, um pouco de algodão, ou lã embebido em petro- leo ao azeite, obstáculo es te que as formigas não po dem transpor. Tambem se deve facilitar o desenvolvi mento dos insectos da fa milia das coccinellas, a que vulgarmente se dá o nome de joaninhas, cujas larvas são carnívoras, vivendo unica e exclusivamente á custa dos pulgões que de voram com soffreguidão. Quando, porém, apesar destes cuidados, os pulgões alastram, é preciso então destruil-os de prompto, e isso obtem-se ou pulveri- sando as partes atacadas pelos parasitas com uma mistura de um kilo de sa bão ordinário e meio kilo de quassia em i 5 litros de agua. Deita-se o sabão e a quassia a ferver em tres ou quatro litros de agua, du rante duas horas, côa-se •pois por uma peneira e mistura-se com a restante agua. Tambem se anniqui- lam pulverisando-os com agua pura e polvilhando-os :m seguida com cinza mui to fina ou,-melhor, com pós cie pyrethro. O cogumello que agora issalta as folhas das rosei ras, vestindo-as de um bo lor branco, encarquilhan do-as e fazendo-as cahir mortas, combate-se com polvilhações de enxofre. Se as roseiras se mostra rem fracas, amarellas, é bom regal-as primeiro com uma so!ução leve de sulfa to de ferro, e, uma ou duas semanas depois, adubar o solo com cal em pó. A todas as plantas bol- bosas que já deram flor córta-se as hastes floraes, afim de que o bôlbo e os bolbilhos efeile nascidos se desenvolvam bem. Deixan- 0 as hastes floraes para a producção de semente, o bolbo fica atrophiado. A sementeira de plantas bolbosas dá pouco resulta do entre nós, tendo mais o inconveniente de ser mui to morosa, pois as plantas bolbosas nascidas de se mente carecem de uns pou cos dánnos para dar flor, acontecendo mais, sahirem muitas vezes singelas, sem mérito compensador do trabalho com ellas havido. EDUARDO SEQUEIRA. (Da Ga\eta das Alteias}:

LICENÇAS PARA - mun-montijo.pt · servem para ornamentar as saladas, e as suas se mentes, colhidas em verde e maceradas em vinagre, fornecem uma das meího res e das mais apreciadas

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Ill ANNO DOMINGO, 19 JDE ABRIL DE 1903

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S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R I C O L A

A s s ig a t a íis r aAnno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. para o Brazil, anno. iSíoo^réis Imoeda for:e), - Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

ED IT O R— José Augusto Saloio

ismcio 1

19, i.° — R U A D IR E IT A —-V L D E ( i , V I . 1 . A

i q , i . c

\ í P t i k i i d a ç ú c sti Annuncios— '1.3 publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, (S 'io reis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto esp ciai. Os auto- tf grnphos não se restituem quer sejam ou náo publicados.

PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio

e x p e d i e n t e

Acceitam -se com g ra t i­dão q u a e sq u e r iso tielas qnc sejam <le in te re s se publico.

LICENÇAS P A R A ITRAB

Pretendem agora pòr em vigor esse imposto injusto que obriga todos os ope­rários, serviçaes, etc. a pa­garem as chamadas licen­ças para trabalhar. E’ pre­ciso, pois, que todos se reunam e protestem ener­gicamente, dentro da lei, contra esse imposto que vem aggravar de um mo­do espantoso as tristes con­dições em que vive a fami­lia trabalhadora.

O operário, o que tudo produz, o que sacrifica, por um mesquinho salario, a vida e a saude, não tem re­galias nenhumas. Passa a existencia curvado ao peso de um arduo labor e dessa existencia só conhece os espinhos, emquanto os ou­tros aspiram o doce perfu­me das rosas. Pois a esses felizes, a esses que auferem grandes proventos e que, na maior parte das vezes, são entes inúteis, elevados a cargos subidos mercê de altas influencias, é que de­ve pedir-se o imposto que teem obrigação de pa­gar.

O paiz está effectivã­mente em más condições e é prçciso, de qualquer fór­ma, fazer economias que redundem em proveito da nação. Muito justa e lou­vável é a intenção do m i­nistro que mette hombros a tão grandiosa empreza. Mas por que pára, quando encontra entraves no seu caminho? porque vae pe­dir aos pobres, aos despro­tegidos, as tristes migalhas Que ainda lhe restam pa­ra 0 sustento seu e dos entes que lhe são caros? Não é justo, não é humano, não é razuavel.

Se os operários estives­sem fortemente unidos, se todos se abrigassem sob a

bandeira sagrada da Asso­ciação, se tivessem a cons­ciência da sua força e sou­bessem fazer uso delia se­renamente, ninguém lhes imporia a sua vontade po de rosa. Mas ainda estão a tempo; unam -se' todos, protestem, sem violências, com a consciência que lhes assiste da razão e da justi ça da sua causa, e os altos poderes públicos reflecti­rão que não dêvem nem podem lançar esse impos­to injusto sobre os prole­tários que tão attribulada já teem a vida.

JO AQ U IM DOS ANJOS.

-

AVISO

P ediim s aos nossos esti­máveis assignantes a qusm já enviámos o recibo, a fi­neza de nos enviarem as suas respectivas im portan- cias, afim de não soffrerem interrupção na remessa do jornal.

Egualmente pedimos aos srs. assignantes em atrazo, o favor das suas importan- cias em divida.

A G R I C U L T U R AT ra b a lh o s em a b r i!

11

Q uem quizer as pare­des divisórias da sua horta ou jardim , as grades dos caramanchões, dos pom- baes ou de qualquer casa de • arrecadação vestidas durante o verão de verdu­ra e flores, deve, na pri­meira quinzena de abril, semear á volta da parede ou grade destinada a ser ornamentada, uma boa porção de sementes de er­vilhas de cheiro, de chagas e de velubilis. Antes de deitar a semente á terra convém muito dar a esta uma boa cava e uma forte estrumação de adubo de curral e terriço bem de­composto.

A mistura das tres se­mentes apontadas dá um variado massiço de verdu­ra, com a belleza especial e larga florescencia da volu-

bilis e das chagas e o per­fume suave das ervilhas de cheiro. Além d’isto as péta­las das flores das chagas servem para ornam entar as saladas, e as suas se­mentes, colhidas em verde e maceradas em vinagre, fornecem uma das meího res e das mais apreciadas conservas.

O s arrelvados devem ser tosquiados na 2.a quinzena de abril, e as falhas que n elles houver, cavadas, adubadas e semeadas de novo. Para a formação de arrelvados revolve-se fun­damente 0 solo, limpa-se de todo as raizes de hervas más que nelle possa haver, aduba-se com adubo ani­mal e vegetal bem decom­posto, alisa-se e semeia-se- lhe depois boas qualidades de relva.

As melhores espécies pa­ra arrelvados são o Rey- G rass inglez Lolium peren­ne, Rey-Grass italiano L o ­lium italicum, bis-annual, Rey-G rass de Pill Lolium compositum, Rey-Grass de Baylly Lolium multiflorum submuticum, annuaes. C la ­ro é que não convém mis­turar as duas prim eiras és- pécies entre si, nem as pri­meiras com as duas ultimas espécies. Estas só é que po­dem ser misturadas sem inconvenientes e as das pri­meiras cultivadas cada uma de per si.

O Rey Grass inglez con­vém mais aos arrelvados perennes, em virtude de durar muitos annos sem­pre bello e viridente, des­de que tenha abundancia de agua no verão, condição indispensável de um bom arrelvado.

O s Rey G rass annuaes só são aproveitados para adorno tem porário de ale­gretes destinados a massi- ços floraes.

No fim de abril a rran ­cam-se os pés de todas as plantas annuaes, de semen­teira do outono, e que já produziram flor, afim de serem substituídas por es­pécies que ainda floresçam no verão e deem ao jardim novos attractivos de belle­za e viço.

O s arbustos de (olhas ca­

ducas e as roseiras qu i pre sen temente entram em ao tiva vegetação, que agora s j cobrem de tenras folhas, de botões e mesmo de flo res, começam a ser flagel- ladas pelos pulgões que tanto e tão fortemente os damnificam. Cada vegetal tem uma espécie sua, pri vativa, de pulgões, e estes aphidios, vivendo á custa da seiva das plantas qu habitam, en fr aq u e c em-as espantosamente, e as dis­põem assim muito para o ataque das centenas de cri- ptogamicas variadas, os se­us mais temerosos e im- placaveis inimigos mortaes.

Convém , pois, para ro­bustecer as plantas, que são a alegria dos nossos jar- iins, evitar-lhes o desen- volvim mto dos pulgões, ou destruil-os quando, apesar le tudo, surgem em g ra n ­

de numero.O s maiores auxiliares

dos pulgões, os seus pro­tectores, os seus divulga­dores, são as formigas. Es­tes insectos encontram nos pulgões as suas vaccas lei­teiras,, os melhores forne­cedores das substancias as- sucaradas de que carecem para attenuar o effeito do acido fórmico que abunda no seu organismo. E então, com todo o cuidado e amor, não só os livram do exces­so de alimento que os po­deria fazer rebentar, mas tambem os defendem des inim igos que os atacam, das larvas de alguns inse­ctos carnívoros que os de­voram, e os transportam dos logares onde se agglo- meram em demasia, para hastes e rebentos ainda li­vres dos seus ataques.

Portanto, como meio preventivo para evitar a diffusão dos pulgões, des- troe-se todos os formiguei­ros que houver no jardim, e evita-se o aceesso das for­migas aos arbustos mais de­licados e que em especial se deseja resguardar, en­volvendo-lhes, á volta do tronco, um palmo acima do solo, um pouco de algodão, ou lã embebido em petro- leo ao azeite, obstáculo es­te que as formigas não po­dem transpor. Tambem se

deve facilitar o desenvolvi­mento dos insectos da fa­milia das coccinellas, a que vulgarmente se dá o nome de joaninhas, cujas larvas são carnívoras, vivendo unica e exclusivamente á custa dos pulgões que de­voram com soffreguidão.

Q uando, porém, apesar destes cuidados, os pulgões alastram, é preciso então destruil-os de prompto, e isso obtem-se ou pulveri- sando as partes atacadas pelos parasitas com uma mistura de um kilo de sa­bão ordinário e meio kilo de quassia em i 5 litros de agua. Deita-se o sabão e a quassia a ferver em tres ou quatro litros de agua, du­rante duas horas, côa-se

•pois por uma peneira e mistura-se com a restante agua. Tam bem se anniqui- lam pulverisando-os com agua pura e polvilhando-os :m seguida com cinza mui­

to fina ou,-m elh or, com pós cie pyrethro.

O cogumello que agora issalta as folhas das rosei­ras, vestindo-as de um bo­lor branco, encarquilhan­do-as e fazendo-as cahir mortas, combate-se com polvilhações de enxofre.

Se as roseiras se mostra­rem fracas, amarellas, é bom regal-as prim eiro com uma so!ução leve de sulfa­to de ferro, e, uma ou duas semanas depois, adubar o solo com cal em pó.

A todas as plantas bol- bosas que já deram flor córta-se as hastes floraes, afim de que o bôlbo e os bolbilhos efeile nascidos se desenvolvam bem. Deixan-

0 as hastes floraes para a producção de semente, o bolbo fica atrophiado.

A sementeira de plantas bolbosas dá pouco resulta­do entre nós, tendo mais o inconveniente de ser mui­to morosa, pois as plantas bolbosas nascidas de se­mente carecem de uns pou­cos dánnos para dar flor, acontecendo mais, sahirem muitas vezes singelas, sem mérito compensador do trabalho com ellas havido.

E D U A R D O S E Q U E IR A .

(Da Ga\eta das Alteias}:

O D O M I N G O

EBeeita tle c a rid a d e

Com o produeto dos espectáculos realisados nas noites de 21 e 22 de m at- ço pela benemerita com­missão composta dos srs: José Paulo Relogio, Baltha­zar Munuel Valente, Anto­nio Augusto dos-Santos e Justiniano Antonio G ou-

.veia, foram contemplados 108 pobres desta villa, re­cebendo io o a importancia de 5oo réis cada um, 2 a de 400 réis, 3 a de 3oo réis, 2 a de 200 réis e 1 a de 100 réis.

Um bravó á benemerita commissão.

Recebemos dois exem­plares do magnifico Á l­bum das Novidades' para a estação de Vérãode ig o 3 , interessante jornal de mo­das, que os Armazéns G randella de Lisboa, dis tribuem de graça e profu­samente por todo o terri- torio portuguez.

Este importante livro que se compõe de 68 pa­ginas, é illustrado com cer­ca de 700 lindas gravuras, de figurinos para vestidos confecções e chapéos de senhora e de fatos para homem e fatinhos para creança, e de um grande num ero de objectos uteis taes como chapéos para homem, calçado, lu varia, rouparia branca para se­nhora e para homem, ren­das, bordados, etc.

Este album muito util a todas as donas de casa, envia-se inteiramente de

'graça a quem o requisitar aos Srs. G ran d ella '& C .a, Rua do O uro, 2 15, Lisboa. Basta enviar um bilhete postal no qual escrevam muito claramente: Mande um album de modas a. . . nome e morada, escripto de forma a lêr-se perfeita­mente. Recebel-o-hão logo na volta do correio.

Queixam -se-nos alguns commerciantes da rua D i­reita, onde é a praça dos trabalhadores, contra o

excessivo abuso destes al­li todas as noites. Incom- modam quem passa com empurrões, palavras inde­centes e acções que bas­tante deslustram esta ter­ra. Na noite cie 17 do cor­rente obrigaram a entrar no estabelecimento dos srs. Jo ”io Bento & Nunes de Carvalho, um rebanho de cabi'as que alli passava. O ra isto é um abuso que bastante prejudica os com­merciantes daquella rua e muito prova o atrazo de civilisação de Aldegallega. A ’ ex."‘a camara compete mandar retirar aquelle ajuntamento indecente pa­ra um largo a que então se possa dar o nome de praça. Alli é uma rua, e por consequencia o transi­to deve estar livre.

C om o fim de se fazer um ui inol se está cons­truindo um cano da Praça Serpa Pinto ao largo da Egreja, sendo o urinol col- locado nas trazeiras do predio do sr. Antonio Pe­reira Duarte. Apesar de um pouco mais dispendio­so, achavamos mais de­cente um urinol de centro collocado no largo e com quatro devisões. Assim evitaria mais que se ser­vissem das paredes das propriedades, e o cano era de grande utilidade para ellas, pois que ninguém se recusaria a fazer os despe­jos por meio de uma pia.

Esperamos pois, que a digna camara tome isto a seu cuidado.

C O F R E D E P E R Q L Ã S

Á MEMÓRIA DE JOÃO DE DEUS

Em harmonia com o art. 104 do codigo administra­tivo, vae ser enviada á ad­m inistração do concelho a conta da camara municipal, respeitante ao anno de 1902.

Foi enviado aocom m an- dante do districto de re­crutamento e reserva n.° 2, o livro do recenseamento militar, deste concelho, per­tencente ao corrente anno.

Mestre, ao ter a noticia da tua morte,Eu, a f f eito aos revedes maus da sorte,

Eu, que não tenho pranto,Eu, que mostro o sorriso da descrença,Senti 110 fundo d alma dôr immensa

E nunca s o f r i tanto!

Uma desgraça, uma desgraça horrivel!Uma calamidade!. . . Pois é crivei

Que não existas já ?Se a morte rouba os homens de valor,Quem nos ha de trazer força e vigor,

Quem nos consolará?

N o descalabro enorme, tão medonho,Em que vemos fugir, como num sonho,

nossas illusÔes,0 que será de nós num campo escuro?Que destino reserva inda o futuro

A patria de Camões?

A mocidade, os corações ardentes,Cheios de vida e calor, piedosos, crentes,

A santa mocidade,H a pouco fez ainda a grande festa Ao poeta da alma mais modesta,

Ao anjo da bondade.

E num impelo immenso e impulsivo,Todo o pai^, em jubilo festivo,

Em santa adoração,F o i saudar esse vulto colossal Que deixou na C artilha Maternal

A gloria da nação!

A divida f o i paga. Mas embora!Portugueses leaes, sabeis agora

0 que nos falta ainda?E erguer um brilhante monumento Ao poeta maior, de mais talento,

Do seculo que finda!

Que seja esse o sacrasanto altar Onde as mães vão depois ajoelhar

Levando os filhos seus E d i \e r á infanda tão mimosa:

■«Era um poeta, um justo, alma bondosa,«E ra João de Deus!

« F o i elle quem deixou, como uma herança «Esse livro onde tu, linda creança,

«Aprendes hoje a ler.« E essa herança é tão bella, vale tanto! «Ajoelha, meu filho! H onrar um santo

« E ' mais do que dever!»JO AQ U IM DOS ANJOS.

P E N S A M E N T O SA beIlesa de uma joven deve agradar á imaginação, e

não aos sentidos como a de uma mulher feia.— A. Karr.— De companhia com o invejoso é raro que não si­

gam 0 odio, a intriga, a calumnia e a traição.

.^uiiiversarios

Com pletou no dia i5 <j0 corrente mais um anniver­sario natalicio, a menina Florinda, gentil filhinha do nosso amigo, sr. Sebastião Leal da Gam a, conceitua­do commerciante desta villa.• As nossas sinceras felici­

tações.— Festejou no dia 17

corrente o seu anniversa­rio natalicio, o nosso ami­go Antonio Luiz d’01iveira honrado negociante desta villa.

O s nossos parabéns.— Com pleta ámanhã

mais um anniversario na­talicio, o nosso amigo An­tonio Joaquim Relogio Ju­nior.

Felicitamol-o antecipa­damente.

S ^ a b r i e a d e l i c o r e s « e n j -

I o X X

Acaba de ser installado n’esta villa, um deposito de licores e xaropes desta importante fabrica, que n’estes últimos annos tem tomado um enorme desen­volvimento, devido á boa qualidade dos seus afama­dos produetos, que rivali- sam com os extrangeiros sem receio algum.

O deposito desta villaé destinado não só ao forne­cimento da mesma, como a todo o norte do paiz.

O seu depositário é 0 nosso amigo J. P. J. Relo- gio.

ÂH N Ú N C IO S

ANNUNCIO

1)1 ALDEGALLEG1 "DÉ1l l l u . H W

( I / i * g i b l i e a e ã o )

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, cartorio do i.° officio e execução hypothecaria que move 0 Magistrado do M.° P.° de esta com arca, contra Pe-

23 FO LH ETIM

Traducção de J. LO S ANJOS

D E P O I S D T P È C C H OL iv r o p r im e ir o

1 1

— Basta, basta. sr.a T eem aco! murmurou o Adriano com voz irr i­tada.

— Vê? zangou-se! respondeu ella. Bem me parecia a mim que náo de­via falar tanto.

— Mas emfim, rs suas supposiçóes náo teem fundamento nenhum.

— O senhor pode pensar o que quizer; eu guardo a minha opinião cpmmiao.

— Se essa opinião fosse certa, eu só teria uma resolução a tomar.

— Qual? perguntou a sr.a Telema­co, parando de escovar o paletó do Adriano.

— Sahir hoje mesmo d‘aqui! para acabar de vez com uma situação cheia de perigos. E u não sou santo, sou um homem, e embora a Magda­lenasinha não pertença á minha con­dição social, não quero expor-me por mais tempo á aventura que, 110 seu entender, ella parece procurar."

— Pode fiaver aventuras muito mais deságnrlaveis do que essa, objectou a sr.-1 Telemaco. Oihe. vou falar-lhe com franqueza. A rapariga está desti­nada a ter má cabeça; basta vêr-ihe a casa para a gente se convencer disso. Ora, se ha de ter algum amante, an­tes seja o senhor!

— Mudemos de conversa., sr.8 Te

lemaco, tornou friamente o Adriano; n'esse assumpto nunca nos entende­remos.

— Com o quizer; noto-lhe apenas que foi o senhor que me interrogou.

Depois d esta resposta, s.Jiiu sem dar m.iis uma pnlav: a'. O Adriano fi­cou só e quiz vêr se trabalhava.

Mas foi-lhe impossível applicar o espiri to ao que tinha de fazer. O pen­samento arrastava-o para longe e pu­nha-lhe entre os olhos e o papel a imagem da Magdalena, que parccia estar-se rindo das suas boas resolu­ções.

Levantou-se e sahiu. Fez-lhe bem dar um grande passeio. Quando vol­tou viu uma carruagem á sua porta; a sr.a Telem aco, que parecia estar á es­pera d'elle, deitou a correr, toda es­baforida.

\ etiha depressa. di,.se ella, te

nho-o procurado p o r toda a parte. Estão cá umas visitas para si.

•— Visitas I exclamou o Adriano; mas eu não espero ninguém.

— U.n sujeito já de edade uma me- mina muito bonita. Sáo inglezes.

— Miss Ellen e o pae, pensou elle; ainda b 'm que vieram.

No estado em que elle estava, a presença de miss Ellen não era só uma distracção poderosa, uma ventu­ra inesperada, era a salvação. Entrou em casa e desceu ao parque; ondesirI abem e a filha estavam á espera

delle,— Desculpe nos o incommodo, sr.

Hervey. disse-lhe sir Tabern; ainda agora, ao almoço, a'minha filha e eu lembrámo-nos de que o sr. nos disse que esta casa estava para vender, e viemos vel a,

— Tenho o maximo prazer em lh’a

mostrar, respondeu o Adriano, aper­tando a m ã ) dé sir Fabern e cumpri- mentando miss Ellen.

A donzella estava por detraz dopaíi risonha, fresca como uma rosa, com os labios entreabertos. Desenhava-ihc as formas airosas um vestido de seda azul, com uma charpa preta; as ondas dos cabellos negros sahiam-lhe do chapéo de palha de abas la>-gas e des­ciam em anneis de seda sobre °s hombros de um desenho delicado.

— Se soubesse que vinham, tornou o Adriano, náo tinha sahido.

— Aproveitámos bem a s u a ausên­cia, respondeu sir Fabern. porque percorremos este parque maravilhoso.

— Já não lhes falta senão vêr o p3‘ vilhão.

[Continuai

c],-o da Costa, d’Alhos Ve- j r0s, vae á praça á porta

Tribunal desta com ar- cã no dia 3 do proxim o mez de Maio, pelas 12 ho­ras da manhã, para ser vendido por preço supe- rjor ao abaixo designado, 0 direito e acção, que o referido executado tem como com proprietario, n0S prédios adeante rela­cionados, e dos quaes é Usufructuaria Luiza Vio- lante da Costa, mãe do mesmo executado a sa­ber:

Umas casas que servem dadega com um pateo, si­tas no largo da M isericór­dia d’A lhos Vedros, n:> valor de ^$ooo réis. Umas casas para habitação si­tuadas no Largo da Mise­ricórdia d a mesma villa no valor de 1 i$ooo réis. Uma fazenda composta de terra de semeadura, vinha, arvores de fructo, pinhal e sobreiros, situada no Campo da Forca, da mesma freguezia d’A!hos Vedros, foreira em 3$>ooo réis annuaes ao Marquez de Pombal, não constando que tenha laudemio, no valor de 20^000 réis.

São citados para a dita arrematação quaesquer crédores incertos nos ter-

'mos*e para os effeitos do n.° i.° do artigo 844 do CoJigo processo civil.

Aldegallega do Ribate­jo, 7 de abril de ig o 3.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

i.° Substituto s no impedimento do proprietário,

Antonio Tavares da Silva.

o E S C R IV Ã O

José M aria de Mendonça

ANNUNCIO

COMARCA l)E ALDEGALLEGA

Moita, foreira em 2 ^ 2 00 réis annuaes a Frederico de Sousa e Mello, de Lis­boa, avaliadas em 456$ooo réis.

Pelo presente são cita­dos os crédores incertos para assistirem á dita ar­rematação e ahi uzarem dos seus direitos, sob pena de revelia.

Aldegallega do Ribatejo,14 *ie abril de 1903.

O E S C R IV Á O

Antonio Augusto da SilvaCoelho.

1

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

i.° substituto,

Anlonio Tavares da Silva.

C A S A

Vende-se uma, sita na rua da Fabrica, pertencen­te a Elysio Lena. Consta de lojas, i.° andar, adega e poço. Trãcta-se com M a­nuel Fernandes de Moura, nesta villa.

A - i m U - N C I O

! ALDEGi ATE.

LEGA

lllD.l 1 u,j ( f S » s a 5 s ! ! f a e á o )

No dia 10 do proxim o mez de maio, pelo meio dia, á porta do tribunal judicial desta villa d’Alde­gallega, nos autos d’inven- tario orphanologico a que se procede por obito de Anna Roza Ribeiro d’An- drade Galvão, viuva, mo­radora que foi no sitio deS. Sebastião da villa da Moita, se ha de v e n d e re arrematar em hasta publi­ca a quem maior lanço of­ferecer sobre o valor da sua avaliação, uma mora­da de casas que .e com- põe de lojas, 1,° andar, com seu quintal, pòço, palheiro e cavailariça, situadas na rua do Rosário, da villa da

m \ j à

ou

M EM Ó RIA D E S C R IP T1 V A

das villas de

C V K T R l 1: C O I A .A E I E S

e seus arredores

Nova edição profusamente illustra da com centenares de gravuras, e des­envolvida com grande numero de annotações.

E D IC Ã O DE L U X OPublicação em cadernetas semanaes

de 16 paginas, com 8 gravuras pelo meno , por 6o réis.

Pedidos á casa editora «A Cam é­lia». Largo da Misericórdia — Cintra, ou aos seus agentes.

JOSÉ DA SILVA M O T O & W D104

RELOJOARIA E OURIVESARIA*>í *bm r i v á l

O proprietário d’este es.tabelecimento ro,;a aos seus fre guezes a fineza de não comprarem em outra parte, mesmo em Lisboa, sem que prim eiro experimentem os modicos pre­ços d'este estabelecimento; porque no presente anno deter­minou tazer propaganda, muito util p.ira os seus freguezes: em prim eiro logar em vendas de ouro e prata, relogios e ou­tros artigos. Se comprarem mais barato em outra qualquer parte, devolve-se o seu dinheiro. Succede o mesmo em tra­balhos de relojoaria e ourivesaria. Soldassem ouro e em pra­ta a too réis. Trabalhos para os collegas, 20 p. c. de descon­to. Garantem-se os trabalhos sob pena de se devolver as im ­porta icias justas, quando estes não estejam á vontade. Aos seus freguezes recomménda estar ás ordens para qualquer trabalho de occasião.

T O D O S OS T R A B A L H O S S E G A R A N T E M PO R UM ANNO

P R A Ç A S E R P A P I N T O -A ld e g a lle g a

,1? ARMAZÉM DO C O M E R C I OD E

JO A O ANTONIO RIBEIRO5 9 , P R A Ç A S E R P A P I I ^ T O , 5 9 — A L D E G A L L E G A

104

( l . a P u b l i c a ç ã o )

No dia vinte e seis do corrente, pelo meio dia, á porta do tribunal judicial d’esta villa, nos autos de acção executiva por divida de foros que D. Antonio de Castro Pinto Sanches Chatilhou, residente em Lisboa, move contra José Rodrigues Prosodio e mu­lher, residentes no sitio de Fernão Ferro, se ha de ven­der e arrem atar em hasta publica a quem maior lan­ço offerecer sobre o valor da sua avaliação, uma por­ção de terreno composto de vinha, terra de semea­dura e cazas, tudo em mau estado, sito na Barra Cheia, freguezia d’Alhos Vedros, foreiro ao auetor em 2^455 réis e uma gal­linha ou duzentos réis por ella, annualmente, avalia­do em 86$900 réis.

Pelo presente são sita- dos os crédores incertos para assistirem á dita arre matação e ahi uzarem dos seus direitos.

Aldegallega do Ribatejo,3 de abril ‘de i q o 3 .

O E S C R IV Á O

Anlonio Augusto da SilvaCoelho.

V erifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

i.° substituto

Antonio Tavares da Silva.

1N G Ú E M duvida que" é este o estabelecimento que m elhor satisfaz as exigencias do publico, não só por nelle se encontrar todos os artigos que lhe dizem respeito como pela modicidade de' preços por que são vendidos. Acaba elle de receber um gran­de e variadíssimo sortimento de fazendas da sua especialidade, constando dos seguintes artigo s:

A s lindas saias de feltro bordadas afilo^elle e muitos outros artigos de modas p mnfeemes

.<Ú L T IM A N O V ID A D E ! U L T IM A N O V ID A D E !Recommenda os finos diagonaes, estambres e cheviotes pretos, e bem assim

as finissimas sedas pretas, alpacas e armures.A este estabelecimento acaba de chegar um valioso fornecimento de m achi­

nas de costura, o que ha de melhor. Vendas a prestações e a prompto com gran­des descontos.

T u d o m a i s b a ra to ! ! ! . . . T i id n m a i s b a ra to !? ! . . .

T O D A S AS N O I T E S H A E X P O S I Ç Ã O ! ! ! . .Com pleto sortimento de cobertores de lã de differentes qualidades, havendo

com desenhos de completa novidade.Retrozeiro, fanqueiro e mercador. Encontram-se todos estes artigos no que ha

de mais moderno.

G R A N D E ARM AZÉM D O C O M M E R C IO • lo á o A n t o n io ã t i b e i r o

Praça Serpa Pinto, 5g, AldegallegaS E N H A B R IN D E .— Todos os freguezes teem direito a

uma senha por cada compra de 200 rs.

BRINDES:i-o senhas, um bom sabonete grande -2 0 , uma toalha de rosto -5j . um corte de tecido em chila para camisete— 100. um corte de biarritz para bluza— 200, uma sombrinha para senhora — 5oo, um corte de seda para blu­za— 1000, um corte de lã para vestido ou uma peça de panno patente.

$

m$mmm$

Sedas pretas, velludos, arm ures, cachemiras e finissimas fazen­das para fato de homem.

A rt ig o s <1c m a l h a

Toucas, capas e vestidos Chailes e lenços para senhora

em differentes cores.

Perfum aria! Perfum aria!

RELOJOARIA GARANTIDADE.

A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R E> d

Relogios de ouro. de prata, de aço, de nickel, de plaquet, de phanta- sia, americanos, suissos de parede, marítimos, despertadores americanos, des­pertadores de phantasia, despertadores com nvusica, suissos de algibeira com corda para oito dias.

Recommenda-se 0 relogio de A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R E , um bom escape d'ancora muito forte por 5$ooo réis.

Oxid. m-se caixas d a ;o com a maxima perfeição. Garantem-se todos 03 concertos.O proprietário d'estr. relojoaria compra ouro e prata pelo preco mais elevado.

- K U A . r > 0 P O Ç O - 1 - ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

) 13 <'.) MIN G O

C O I I I I OTendo augmentado consideravelmente o sortimento deste conhecido e van­

tajoso estabelecimento, os seus proprietários, sem apregoar m ilagres, veem mais uma vez por este meio, pedir ao publico em geral que, quando qualquer com pra tenham de fazer ainda que insignificante, visitem este estabelecimento, afim de se inteirarem das qualidades e preços por que são vendidos<os seus artigos; Não an- nunciam qualidades e preços impossíveis de se apresentarem ao com prador nem tão pouco com o fim de chamar a attenção do publico costumam annuneiàr o que não teem nem podem ter. Para prova da seriedade deste estabelecimento, são sufficientes as ausências feitas pelos seus freguezes, ainda mesmo os menos dedi­cados.

Vendem a todos pelo mesmo preço. Não dão brindes porque para isso sér- Ihes-hia forçoso augm entar a percentagem sobre os artigos a vender e d a h i re­sultaria não poderem fazer os preços que estão fazendo.

Como é sabido tem este estabelecimento, que garante vender muitos artigos ain­da mais baratos que em Lisboa , as secções de Fanqueiro— sortido grande; Retro- zeiro-—não existe outro estabelecimento local com maior e mais completo sortimento; Modas— comquanto seja a secção de menos existencia, estão os proprietários muito satisfeitos com as suas escolhas; M ercador— sortimento sem rival, tendo já recebido alguns artigos para a estação de verão; Calçado— sortido e fabricação esmerada, pois que os proprietários mandam fabricar p o r sua conta, motivo de garantia para a sua venda; Chapelaria— ha collecções dos formatos mais usados. Tem mais alguns artigos de Decorador, taes corno: passadeiras, jutas para reposteiros, pannos para meza, vitragens para cortinas, etc., etc.

Ganhar pouco para vender muito! Os muitos poucos fa^em muito!P r e ç o F i x o . T u d o s e m a a d a a c a s a d o f r e g u e z e d ã o - s e a m o s t r a s c o i s t p r e ­

ç o s a q a s e n s a s r e q u i s i t a r

R U A D IR E IT A , 88 e 9 0 — R U A D O C O N D E , 2, A L D E G A L L E G A JOÁO BENTO & MUnSTES DE CARVALHO

D E P O S I T OI D E

V I N H O S , V I N A G R E S E A G U A R D E N T E SE FA BRICA DE LICORES

G R A N D E D E P O S I T O B i A C R E D I T A D A F A B R I C A DEJA N S EN & C. -LISBO A

D E

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CERVEJAS, GAZOZAS, PIROLITOS„ V E N D ID O S PELO P R E C O D A F A B R IC A

■ L U C A S & C /L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

l i n h o sVinho tinto de pasto de i.«, litro

» » » » » 2.a, »» branco » » i.a. »» verde, tin to ... . » »» abafado, branco » »» de Collares, tinto » garrafa» Carcavellos br.CJ » »» de Palmella. . . . -> »i> do Porto, superior »» da M adeira.......... »

ViaaagresVinagre t nto de i . a. litro.......

» » » 2.a, 1) ...........» branco » i.a. » ...........» » )) 2.a, » ....... ....

L i c o r e sL ico r de ginja de i.-1, litro..........

» » aniz » » » .........» » canella...........................» » rosa...............................)> » hortelã pim enta..........

Granito..............................Com a garrafa mais 6o réis.

j A g u ard en tes

70 rs. íi Alcool 40o. . . . . . . . litro60 » | Aguardente c c prova 3o°. »

» ginja................ » •» de bagaço 20o » i . a*) » » 20o » 2.a

70 » 100 » 15o » 160 » 240 » 240 » 400 » 500 »

| » » » iõ° »[ » T) figo 20° »| .» » Evora 18o »

| Caaiaaa K r a n e a| Parati......... .................. . . litro| Cabo V e rd e ..................... »

60 rs. | Cognac............................ garrafa5o » § * ......................................... »80 » 1 Genebra..................................... »60 » 1

320 rs. 320 » 240 » 160 »15o » 140 » 120 » 140 » ’

700 rs. 600 »

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Q_ j

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1&200I$.0036o

200 » 180 » l80 li 180 » tSo » 280 »

CERVEJAS, GAZOZAS E PIROLITOSPosto em casa do consumidor

| C erveja de Março, duzia........| » Pilcener, » ........1 » da pipa, meio barril .I Gazozas, d u z ia ........................! Pirolitos, caixa, 24 garrafas...

600 rs. 840 » 900 » 420 » 36o »

Capilé, litro ISSO réis, coem garrafa 3 1 0 réis

E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S

PARA REVENDERV E N D A S A D I N H E I R O

P E D ID O S A LUCAS & C.A — A L D E G A L L E G A

m i

OFFICINA DE CALDEIREIRO DE COBRE

Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

R U A D E J O S É M A R IA D O S S A N T O S A L D E G A L L E G A

ESTEVÃO JO SE DOS REIS—* COM *-

MERCEARIA ALDEGALLENSEDE

A n to n io N u n e sJosé

N'esle estabelecimento encontra-se á venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.‘ 9 - - L .A. !Fí C3- O ID A . E G R E J A -

A ld e g a l le g a d o iS il»aíe jo■ i 9-A

JOSÉ DA ROCHA B AR B O SAC o m o f f i c i n a d e C ' o a - r e e l r @ c ^ e l i e i r o

18, RUA DO FORNO, 18 A S , S i l i CJ A B , I . i i & A

S A L C H I C H A R I A M E R C A N T I L1) E

JOAQUIM PEDRO_ JESUS RELOGIOCarne de porco, azeite de Castello Branco e mais

qualidades, petroleo, sabão, cereaes, legumes, mantei- gas puras de leite da Ilha da Madeira e da Praia d’An­cora e queijos de differentes qualidades.

Todos estes generos são de prim eira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

54 a 56, Largo da Praca Serpa Pinlo. 54 a 56 A LD E G A LLE G A

C O M P A N H I A F A B R I L Sr 1 P o r 500 réis semanaes se adquirem as cele­

bres machinas SINGER para coser.

Pedidos a A U R É L IO J O Ã O D A C R U Z , cobrador da casa .-tlDCOCftí I V e concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogos a quem os desejar, 70, rua do Rato, 70 — Alcochete.

) ID 1 D I A R I O D E NOTICIASA GUERRA ANGLO-BOER

Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luetas entre inglezes e boers, «illústrada» orn numerosas zinco=gravurrs de «homens celebres» do 1 ransvaal e do

Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruenta-- da

G U E R R A A N G L O -B O E R P o r um funccionario cia C ru z Verm elha ao serviço

do Transvaal.Fasciculos semanaes de 1 6 paginas................. 3o réisTomo de 5 fasciculos ......................................... i 5o »A G U E R R A A N G L O B0 E R é a obra de mais palpitante actualidade.

N'ella sáo descriptas, «por uma testemunha presencial», as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantado o mundo inteiro.

A G U E R R A A N G L0 -P0 E R faz passar ante os olhos, do leitor todas as «grandes bat lhas, combates» e «escaramuças» d'esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroísmo e tenacidade, em que são egualmente admiraveis a coragem e de­dicação patriótica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d’esta contenda e itre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de ve,' p deiras peripecias, por tal maneiia nramaticas e pit-torescas, que dão á GUEK- RA A N G L O B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo d’uma n<>r' rr.tiva histórica dos nossos d as, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do D IA R IO DE N O T IC IA Sapresentando ao pub'ico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto, julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos succes^os que m a i. interessam o mundo culto na actualidade.

Pedidos á Emprega do D IA R IO D E N O 7 IC IA S Rua do D iario de Noticias, 110 — L IS B O A

Agente em Aldegallega— A. Mendes Pinheiro Junior■