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50 de geração anos: anos: anos: anos: anos: U m modelo de gestão baseado na sucessão familiar. Assim é o restaurante Ao Chopp do Gonzaga, uma das mais tradicionais casas de gastronomia de Santos, reunindo história e boa gastronomia, com gestão passando de geração em geração. Desde a iniciativa de Venerando Rodrigues Quinhones de abrir o restaurante (há 50 anos), o modelo de sucessão familiar tem funcionado muito bem, obrigado, no restaurante. Na verdade, a concepção de sucessão familiar em empresas veio mudando com o passar dos tempos em várias corporações brasileiras. Antes tratados como herdeiros, os filhos eram ‘forçados’ pelos pais a assumir uma postura de continuar com a empresa. Eram, desde pequenos, incentivados a acompanhar o negócio e geralmente começavam fazendo todo tipo de trabalho (não ficavam somente na parte administrativa) para conhecer todos os ramos da empresa e, finalmente, galgar seu espaço. Aliás, foi dessa forma que começou José Rodrigues Neto, filho de Venerando. Filho único e com duas faculdades, José queria ser jogador de futebol do Santos. “Também tentei trabalhar na Volkswagen e não deu certo. Aí eu vim para cá. Comecei a vir em 1968, com 19 anos. Meu pai foi pedindo para que eu ficasse e ele também estava sem o sócio dele, então fui ficando e estou até hoje (há 44 anos)”, afirma José Rodrigues, acrescentando que seu pai sempre foi muito duro com ele (e ainda é, mesmo com seus 97 anos), mas acabou gostando de trabalhar no restaurante. Hoje, ele continua atuando, mas tem tanta confiança nos filhos, Thiago Rodrigues (34 anos) e Vinícius Rodrigues (32 anos), que vai embora geralmente uma hora da tarde, no máximo, em dia de semana. “Dividimos assim: eu faço mais compra, o Thiago é mais da parte administrativa e do financeiro e o Vinícius cuida da parte operacional. Eu aprendi uma coisa com meu pai: todo restaurante que dá dinheiro, ganha na compra e não na venda”, diz ele. Venerando, hoje, não tem uma atuação forte por causa da idade, mas não abandonou o restaurante e está sempre conversando com o filho e os netos sobre as diretrizes. Mas voltando ao assunto ‘sucessão’, hoje isso tem ocorrido de uma forma Conheça a história de sucessão de uma das casas de gastronomia mais tradicionais de Santos, que completou 50 anos em 2012. São três gerações que foram aprimorando a forma de pensar um restaurante e hoje pensam em expandir ainda mais. em geração por: Guilherme Zanette fotos: Cristiano Domingues LifeStyle - Capa 36-37-38-39-40-41 Capa, Chopp do Gonzaga.pmd 28/06/2012, 15:52 36

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50de geração

anos:anos:anos:anos:anos:

Um modelo de gestão baseado na sucessão familiar. Assimé o restaurante Ao Chopp do Gonzaga, uma das maistradicionais casas de gastronomia de Santos, reunindohistória e boa gastronomia, com gestão passando degeração em geração. Desde a iniciativa de VenerandoRodrigues Quinhones de abrir o restaurante (há 50anos), o modelo de sucessão familiar tem funcionadomuito bem, obrigado, no restaurante.

Na verdade, a concepção de sucessão familiar emempresas veio mudando com o passar dos tempos emvárias corporações brasileiras. Antes tratados comoherdeiros, os filhos eram ‘forçados’ pelos pais a assumiruma postura de continuar com a empresa. Eram, desdepequenos, incentivados a acompanhar o negócio egeralmente começavam fazendo todo tipo de trabalho(não ficavam somente na parte administrativa) paraconhecer todos os ramos da empresa e, finalmente,galgar seu espaço.

Aliás, foi dessa forma que começou JoséRodrigues Neto, filho de Venerando. Filhoúnico e com duas faculdades, José queriaser jogador de futebol do Santos.“Também tentei trabalhar na Volkswagene não deu certo. Aí eu vim para cá.Comecei a vir em 1968, com 19 anos.Meu pai foi pedindo para que eu ficasse eele também estava sem o sócio dele,então fui ficando e estou até hoje (há 44anos)”, afirma José Rodrigues,acrescentando que seu pai sempre foimuito duro com ele (e ainda é, mesmocom seus 97 anos), mas acabou gostandode trabalhar no restaurante.

Hoje, ele continua atuando, mas temtanta confiança nos filhos, ThiagoRodrigues (34 anos) e Vinícius Rodrigues(32 anos), que vai embora geralmenteuma hora da tarde, no máximo, em dia desemana. “Dividimos assim: eu faço maiscompra, o Thiago é mais da parteadministrativa e do financeiro e oVinícius cuida da parte operacional. Euaprendi uma coisa com meu pai: todorestaurante que dá dinheiro, ganha nacompra e não na venda”, diz ele.Venerando, hoje, não tem uma atuaçãoforte por causa da idade, mas nãoabandonou o restaurante e está sempreconversando com o filho e os netos sobreas diretrizes.

Mas voltando ao assunto ‘sucessão’,hoje isso tem ocorrido de uma forma

Conheça a história de sucessão de uma das casas degastronomia mais tradicionais de Santos, que completou50 anos em 2012. São três gerações que foramaprimorando a forma de pensar um restaurante e hojepensam em expandir ainda mais.

em geração

por: Guilherme Zanette

fotos: Cristiano Domingues

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