36
Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi 1 QUÍMICA DE QUÍMICA DE ALIMENTOS ALIMENTOS

Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

  • Upload
    gil

  • View
    112

  • Download
    2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Química de Alimentos. Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi. Lipídeos. Componentes insolúveis em água e solúveis em solvente orgânico. Extração por solventes apolares: fração lipídica neutra - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Lipídeos

Profa. Valéria Terra Crexi

1

QUÍMICA DE QUÍMICA DE ALIMENTOS ALIMENTOS

Page 2: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

LIPÍDEOS

Componentes insolúveis em água e solúveis em solvente orgânico

Extração por solventes apolares: fração lipídica neutra

- Ácidos graxos livres, mono, di e triacilgliceróis e outros mais polares como fosfolipídeos, glicolipídeos e esfingolipídeos

2

Page 3: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Funções dos lipídeos Nutricionais

Energia (9 kcal/g) e ácidos graxos essenciais

Transporte de vitaminas lipossolúveis Isolamento térmico Permeabilidade das paredes celulares Sabor e palatabilidade dos alimentos Maciez em produtos de panificação Sensação de saciedade após a alimentação Agentes emulsificantes (monoglicerídeos, diglicerídeos

e fosfolipídeos)

Page 4: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Lipídeos Simples – Óleos e Gorduras

C O

CH O

C OH

H

HH R1

OC

R2

OC

R3OC

+

H O CO

R1

H O CO

R1

H O CO

R1

C O

CH O

C OH

H

HH H

H

H

H+C O

CH O

C OH

H

HH R1

OC

R2

OC

R3OC

+ 3 H O H

Glicerol Ácido carboxílico Triacilglicerol(óleo ou gordura)

água

+

+

4

Compostos formados partir

da esterirficação de ácidos graxos

e alcoóis (glicerol).

Page 5: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

5

Page 6: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Óleo Gordura

Líquido a temperatura ambiente

Sólido a temperatura ambiente

Legislação: Temperatura limite: 20ºC

Azeites: termo utilizado apenas para óleos provenientes

de frutos

Ex.: Oliva e dendê

Page 7: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Classificação

1. Lipídeos simples (neutros)

Formados a partir da esterificação de ácidos graxos e alcoóis (glicerol)

Subdividido em:

Gorduras: são ésteres formados a partir de ácidos graxos e glicerol

chamados de glicerídeos

Ceras: são misturas complexas de alcoóis, ácidos e alguns

alcanos de cadeias longas

Page 8: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

2. Lipídeos compostos

Contém além do grupo éster da união do ácido graxo e glicerol algumas

substâncias, tais como:

Fosfolipídeos (ou fosfatídeos): possuem ésteres formados a partir

do glicerol, ácidos graxos, ácido fosfórico e outros grupos, normalmente

nitrogenados.

Cerebrosídeos (ou glicolipídeos): formados por ácidos graxos, um

grupo nitrogenado e um carboidrato, não contendo grupo fosfórico.

Page 9: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

9

-Fosfolipideos (ou fosfatídeos)

Contém ácido fosfórico e outros grupos, normalmente nitrogenados

Page 10: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

2. Lipídeos derivados

Obtidos por hidrólise dos lipídeos neutros e compostos

Apresentam as propriedades de lipídeos

Ácidos graxos; Alcoóis de alto PM; Esteróis; Hidrocarbonetos de cadeia longa; Carotenóides; Vitaminas lipossolúveis (Tocoferol vitamina E)

Page 11: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

ÁCIDOS GRAXOS

São compostos que possuem uma cadeia hidrocarbonada e um grupamento carboxila terminal.

C OHO

CCC

CC

CCC

C CC

Ácido láurico (12:0)

Diferem: comprimento da cadeia carbônica, número e posição Diferem: comprimento da cadeia carbônica, número e posição das duplas ligações.das duplas ligações.

Page 12: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Participam da construção das moléculas de glicerídeos (até 90% da massa);

Longa cadeia (hidrocarboneto) e um grupo terminal (grupo carboxila)

Saturados e insaturados.

Diferem um do outro pelo comprimento da cadeia

hicrocarbonada e pelo número e posição das duplas

ligações.

ÁCIDOS GRAXOS

12

Page 13: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

TIPOS DE ÁCIDOS GRAXOS

CH3

O

OH

CH3

O

OH

CH3

O

OH

CH3

O

OH

Esteárico

Oléico

Linoléico

α - Linolênico

(18:1Δ9)

(18:3Δ9,12,15 )

(18:0)

(18:2Δ8,12)

Saturado

Monoinsaturado

Poliinsaturado

Page 14: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

TIPOS DE ÁCIDOS GRAXOS

SATURADO

INSATURADO

CH3(CH2)n CO

OH(CH CH) (CH2)n

CH3(CH2)n CO

OH

14

Page 15: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS

Símbolo Numérico Nome (Trivial) PF (oC)C 4:0 Butírico -5.3C 6:0 Capróico -3.2C 8:0 Caprílico 6.5

C 10:0 Cáprico 31.6C 12:0 Láurico 44.8C 14:0 Mirístico 54.4C 16:0 Palmitico 62.9C 18:0 Esteárico 70.1C 20:0 Araquídico 76.1C 24:0 Lignocérico 84.2 15

Page 16: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS

Símbolo Nome PF (oC)C 16:1 (9c) Palmitoléico 0.0C 18:1 (9c) Oléico 16.3C 18:1 (11c) Vacênico 39.5C 18:1 (9t) Elaídico 44.0C 18:2 (9, 12) Linoléico -5.0C 18:3 (9, 12, 15) Linolênico -11.0C 20:4 (5, 8, 11, 14) Araquidônico -49.5

16

Page 17: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Gordura saturada

CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C OO

CH2

CH

CH2

O

O

C

C

O

OCH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

17

Page 18: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Gorduras Insaturadas

CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C OO

CH2

CH

CH2

O

O

C

C

O

OCH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

C CH2 CH2 CH2 CH2 CH2CH3

CHH

CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

18

Page 19: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

ÔMEGA ()

Modo de agrupar os ácidos graxos insaturados.

-9, tendo como principal representante o ácido oléico ( C 18:1)

-6, representado pelo ácido linoléico ( C 18:2)

-3, está incluído o ácido -linolênico ( C 18:3)Apresentam a sua primeira dupla ligação entre os 30 e 40 carbonos , a partir

do grupo metílico da molécula

Apresentam a sua primeira dupla ligação entre os 60 e 70 carbonos , a partir do grupo metílico da molécula

Page 20: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

20

Os ácidos graxos essenciais (AGE) linoléico (LA, 18:2n-6) e a-linolênico (ALA, 18:3n-3) são precursores dos ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (AGPI-CL), incluindo os ácidos docosahexaenóico (DHA) e araquidônico (AA).

Page 21: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi
Page 22: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

22

Page 23: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

23

Page 24: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

26

Reação de Saponificação

Consiste na desesterificação do triacilglicerídeo, na presença de solução concentrada de álcali forte (NaOH ou KOH) sob aquecimento, liberando sais de ácidos graxos e glicerol.

Representação de uma reação de saponificação

Page 25: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

27

Reações de neutralização e saponificação e determinações analíticas:

- Índice de saponificação

Número de miligramas (mg) de hidróxido de potássio requerido para saponificar um grama de óleo ou gordura. É utilizado para estimar o peso molecular médio dos ácidos graxos.

- Índice de acidez

É o número de miligramas de KOH necessários para neutralizar os ácidos graxos livres presentes em um grama de óleo ou gordura.

Page 26: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

28

3- Reação de Hidrogenação

A adição de hidrogênio (H2) às duplas ligações dos ácidos graxos insaturados, livres ou combinados, é chamada de reação de Hidrogenação

Page 27: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C OO

CH2

CH

CH2

O

O

C

C

O

OCH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

CCHH

CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

C CHH CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C OO

CH2

CH

CH2

O

O

C

C

O

OCH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2

Gordura insaturada (óleo vegetal)

Gordura Vegetal Hidrogenada30

H2/catalisador (Ni, Pd ou Pt)

Page 28: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

PRINCIPAIS OBJETIVOS DA HIDROGENAÇÃO

conversão de óleos em gorduras plásticas, melhora da firmeza da gordura, reduz a susceptibilidade à deterioração, produção de margarinas e outras gorduras compostas

No processo de hidrogenação catalítica pode haver formação de ligações duplas trans, ou seja, gorduras trans, o que pode ser prejudicial à saúde se consumido em grande quantidade.

Page 29: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

DEFINIÇÃO Ácido graxos trans : Tipo específico de ácidos graxos

formados durante o processo de Hidrogenação industrial ou natural (ocorrido no rúmen de animais)

32

Page 30: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Isomeria Geométrica

CH3 (CH2)7 (CH2)7 COOH

C C

H H

Cis

Ácido Oléico ( C18:1 cis )33

Page 31: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

PF =13oC

PF =44oC

34

Page 32: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

Controle de processamento

Índice de iodo (I.I.)

• mede insaturação ( dupla ligação do AG)

• Classificação de óleo e gordura

(I.I.) é quantidade de iodo (g) adicionados a 100g de amostra, a análise pode ser realizada com qualquer

halogênio que a medida é índice de iodo

Princípio: o iodo e outros halogênios se adicionam numa dupla ligação da cadeia insaturada dos ácido graxos

• > saturação > solidez < I.I.

• > insaturação > liquidez >I.I.> rancidez oxidativa35

Page 33: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

INTERESTERIFICAÇÃO

modificação da estrutura glicerídica dos óleos e gorduras por rearranjo molecular dos ácidos graxos na molécula de glicerol

Em condições apropriadas de temperatura e pressão, com auxílio de catalisadores, há troca de seus grupos acilas entre os grupamentos ésteres.

Mudar a composição de triacilgliceróis. Ex. obtenção de gorduras, a partir de óleos, com composição similar a gordura do leite

Page 34: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

37

A reação se inicia quando um catalisador apropriado é adicionado ao óleo, o qual promove a separação dos ácidos graxos da cadeia do glicerol.

Como a reação continua, os ácidos graxos destacam-se e simultaneamente se religam nas posições abertas dentro da mesmo glicerídeo (intramolecular), e em posições vagas de glicerídeos adjacentes (intermolecular).

Desta maneira, quando a reação atinge seu ponto de equilíbrio, os ácidos graxos formam novas cadeias de triacilglicerídeos que não mais representam a ordem de distribuição original ; no entanto, sem alterar as características geométricas, baseada na forma cis, dos ácidos graxos.

Page 35: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

PROCESSO QUÍMICO OU ENZIMÁTICO

OH2CHC O

OC

H2C

OC

OCO R1

R2

R3 OH2CHC O

OC

H2C

OC

OCO R4

R5

R6

Modifica as propriedades de cristalização, alterando a plasticidade da gordura.

Pode modificar a digestibilidade e a taxa de absorção dos ácidos graxos.

• Catalisador • Lipase

Page 36: Lipídeos Profa. Valéria Terra Crexi

FRACIONAMENTO

Separa gorduras em frações de propriedades físicas diferentes.

Consiste em cristalizar uma gordura a baixa temperatura e eliminar por filtração ou centrifugação os triglicerídeos com ponto de fusão relativamente elevados.

A velocidade de resfriamento influi na formação dos cristais.

Oleínas líquidasEstearinas sólidas