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7/25/2019 Livreto - A Palavra de Deus como encargo da teologia.pdf
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Teologia
A Palavra de Deuscomo encargo da
Valter Squisatti
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TeologiaA Palavra de Deuscomo encargo da
Londrina/PR
Valter Squisatti
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Dedico estas reexes a minha esposa
Cristina que mesmo nos momentos que
eu no acreditava mais na possibilidade
de concluir com minhas tarefas, ela
sempre foi o brao motivador que
Deus usou e usa para que eu consiga
caminhar a segunda milha...
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Contedo
Prefcio em Portugus ................................... 9
Introduo ..................................................... 11
Ministro, o prossional da palavra............... 15
A Teologia natural e revelada da Palavra deDeus .............................................................. 23
A Palavra de Deus e a Teologia.................... 27
De volta Teologia da cruz.......................... 33
Concluso..................................................... 41
Bbliograa.................................................... 45
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Prefcio
O desdobramento da teologia no cenrio brasileirodentro deste novo tempo em que estamos emergindo, nos
leva a reetir sobre questes importantes da nova teologia aser criada, tanto quanto o reconhecimento governamental dotrabalho do telogo ou do ministro como prossional da Palavrade Deus. Deste modo, a teologia como revelao especial deDeus aos vocacionados deve ser transferida para a igreja quevive o tempo de secularismo permeado na sociedade laica e queatinge a igreja. Sendo assim, somente atravs de uma teologiada cruz que podemos ver o Reino de Deus entre e dentro darealidade do povo - objeto do amor de Deus. A teologia nestemomento aponta o encargo do teologo no que diz respeitoaos seminarios e faculdades que priorize o desdobramento doensino teolgico nos rinces brasileiros efetivamente. Sendopossvel apenas pelo caminho da teologia da cruz de Cristoque tem poder para renovar a humanidade em todas as reasda sua existncia. Com isto em mente, a pretenso do Criador
ser estabelecida atravs de uma Igreja que tem a identidadedo Reino de Deus conhecida e assegurada por Cristo, quetriunfou na morte de Cruz e Sua ressurreio objeto central doevangelho.
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Introduo
Estamos vivendo um tempo de transio, e, fato veri-
car mudanas proeminentes com suas novas propostas, porm
precisamos entender que a nova cara da igreja brasileira, ser
determinada pela nova imagem, ou seja, os novos paradigmas
que a teologia apresentar de Deus. J diziam no passado:
Deus brasileiro!
Muitas vezes tem se negado a importncia do telogo
tanto como do estudo das doutrinas ou da Teologia como um
todo. Argumenta-se que o que importa a vida com Deus, a
experincia ou a f e, surge ento possveis razes negativas
para tal conceito.No captulo um, vemos que o telogo alguem de valor
e importncia para a igreja hoje, tanto quanto no amanh, pois
seu trabalho ser realizado atravs do chamado ou vocao de
cada um. Desta forma, possamos observar uma nova prosso
ou funo reconhecida e de valor atravs deste prossional
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que reconhece sua vocao feita pelo prprio Deus e no por
uma instituio humana. Este, cujo ouvido estava atento para a
voz do Seu Senhor e Deus.
O captulo dois, quer apenas lembrar que a teologia
necessita percorrer com ateno os eventos imanentes tanto
como transcendentes, fazendo deste percurso, sua rotina sa-
tisfatria de trabalho.
No captulo trs, abordar a questo da responsabili-
dade do telogo como agente de proclamao da palavra de
Deus. Esta a responsabilidade que no futuro ter pelo cami-
nho da cincia ps-moderna, que se corrompe pelo secularismo
e deixa de lado o absolutismo da Palavra de Deus. A teologia
voltando com fora ao cenrio do saber humano e ocupando
seu espao perdido para realizao do seu objetivo nal.
E, por m, o captulo quatro, no tm por objetivo ser
um tratado teolgico e nem sua tarefa aqui, mas sim de apon-tar um caminho que tem a muito tempo, permanecido no es-
quecimento pela igreja. At parece que Jesus Cristo, nunca
subiu naquela fatdica cruz para salvar to pobres pecadores.
Se espera ter alcanando com isto aquilo que chama
de dvida que ca pairando no ar de suas elocubraes e
prudncia com assuntos que de competencia sua: Telogo/
Ministro chamado para proclamar a verdade e preparar vidas
para servir o Reino de Deus.
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Ministro, o prossional da palavra.
Comumente no se encara o trabalho pastoral como
sendo uma prosso. O Apstolo Paulo quando encaminha o
jovem pastor Timteo para dirimir os diversos conitos que ha-
via na igreja de feso, lhe escreve uma carta com o contedo
tcnico para concluir o seu ofcio.
Em 2 Timteo 4:5, o Apstolo Paulo aponta para Tim-
teo a tarefa de cumprir plenamente o seu ofcio, seu ministrio,
vejamos o texto:
Voc, porm, seja sbrio em tudo, suporte os sofri-
mentos, faa a obra de um evangelista, cumpra plenamente o
seu ministrio.
Aqui, o uso do termo grego diaconia1no est se refe-
rindo ao servio assistencial mais sim ao ofcio evangelizador.
Na atualidade, o fato de que o pastor um prossional
ainda no est bem visto, existe sempre um to grande conito
1 - Servio, ocio, ministrio. A servio de Deus, Cristo ou aoutro cristo.
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para denir se somos pastores ou docentes. Como se tem en-
xergado o Pastor/Telogo? O que tem mudado? Como tem se
respondido?
Conforme o CFT2 - Conselho Federal de Teologia, a
rea de atuao do telogo est descrita conforme podemos
ver abaixo:O telogo presta servios de consultoria a escritores que estejamusando a religio para contar alguma histria ou fornece orien-tao a grupos religiosos em geral, principalmente organizaesno-governamentais. Podemos encontrar um telogo dando aulasem cursos universitrios da rea de cincias sociais, como Letras,Antropologia, Sociologia. Alis, cada vez maior nos meios aca-dmicos a intertextualidade entre as disciplinas. Em relao te-ologia isso sentido de forma evidente. Trata-se de um fenmenorecente a redescoberta da leitura teolgica do mundo nas reas deensino voltadas para o conhecimento do comportamento humanoem geral.Exerce ainda funo nas foras armadas, ingressando como o-cial e tendo o salrio de R$ 2.500,00 a R$ 5.000,00. Seja em qual-quer repartio, como: hospital, presdio, escolas estadual, federale municipal, ali estar o telogo contribuindo para ressocializaodo indivduo, desta forma, as instituies, estaro bem represen-tadas pelos seus lderes. A partir da abertura de ministraes docurso de teologia por universidade secular muitos tero o acesso cincia e ao conhecimento, mas, entretanto necessitamos do
Esprito Santo a nos inspirar atravs da Bblia, a palavra de Deus,para ajudar e orientar pessoas exercendo assim, o papel funda-mental da instituio.
Barth, pastor da Igreja Reformada e um dos lderes da
2CFT Conselho Federal de Teologia, rea de atuao do Telogo, hp://cft.gov.br/home2/work-what-weve-done-topmenu-17.html?fontstyle=f-larger&start=17, Acessado em 16/03/2013.
teologia dialtica e da neo-ortodoxia protestante, diz a respeito
das mudanas que:O sistema teolgico por exemplo, j tem sido frequentes vezesricamente melhorado e totalmente reestruturado. O mesmo podeser dito da prtica teolgica. Igualmente variaes no posiciona -mento pessoal em relao nossa prosso certamente h muitotm sido tentadas e experimentadas, em tudo quanto seja possveltentar. Signicaria tudo isso porventura mais do que quando, paravariar, se vira um docente acamado de lado a outro? Ser que ain-da no notamos, tanto na igreja como na universidade, que aquiloque ontem nos foi tranquilidade amanh certamente nos ser in-tranquilidade? No notamos que de troca de mtodos e orienta-es, to inevitvel quanto sempre de novo se nos torna, em todocaso no se pode esperar uma superao daquilo que nos aige?(Barth, 1986, p. 67).
Podemos compreender que existe hoje em dia, aperfei-
oamentos tcnicos e elaboraes concretas de mtodos que
esto revolucionando o ofcio pastoral. O problema que em
outras pocas era especialmente difcil desincumbir-se des-
sa prosso. Barth diz que por estes motivos a nossa posio
diante da sociedade to duvidosa e somos desprezados e
desrespeitados pela maioria das pessoas e isso no deveria
nos surpreender.
Pois, a carga que est depositada sobre os telogos,
se pudesse dessa maneira ser um mnimo que fosse aliviada
no cumpriria com o propsito do Senhor Jesus na humanida-
de carente de homens e mulheres que levam seu encargo ou
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vocao to a srio.
O Apstolo Paulo quando escreve para Timteo (2 Tm
4:1), lhe adverte das diculdades que lhe esperava. O termo
conjuro-te, uma solene incumbncia cujo apstolo exorta-o
para que cumprisse os seus deveres ministeriais.
A partir do contexto de Timteo, podemos ento fazer
a comparao do seu ministrio com o que chamamos hoje de
pastorado.
Em primeiro lugar, chamado a desenvolver o minis-
trio que recebeu como instruo do Apstolo Paulo, conforme
2 Tm 2:1-2 que diz respeito do ensino. Timteo havia recebido
instrues do Telogo Paulo e deveria transmitir (ensinar). Hoje
temos as instituies de ensino teolgico, cumprimos um cur-
rculo que muitas vezes rgido quanto ao seu objetivo, h um
reconhecimento do rgo maior de ensino no pas o MEC (Mi-
nistrio da Educao e Cultura) e professores altamente gradu-ados dentro e fora do pas para exercerem o ensino.
Em segundo, o Apstolo Paulo envia Timteo a feso
com o propsito de exortar a igreja para se voltarem a doutrina
da Palavra de Deus, indo contra as heresias instauradas o
gnosticismo, principalmente. Lutamos hoje contra outros tipos
de heresias, a doutrina da Palavra tem sido usada de maneira
vulgar a ponto de usarem para desviar os interesses de Deus
na virada do milnio, temos o caso da Igreja S o Senhor
Deus, na pessoa do Missionrio Miranda Leal, com o anncio
do m do mundo.
O apstolo Paulo escreve a Timteo que o ensino da
Palavra verdadeiro conforme o texto de 1 Tm 3:1 ao dizer:
Esta armao digna de conana: se algum dese-
ja ser bispo, deseja uma nobre funo.
Barrientos com o propsito de instruir pastores no seu
ofcio, escreve que:O fundamento do trabalho pastoral repousa a Palavra de Deus.A autoridade que reveste esta obra no procede de uma simplestradio religiosa ou cultural. Tambm no se fundamenta em umdeterminado sistema de organizao social, econmica ou polti-ca. O pastorado tem fundamentos prprios que so de valor per-
manente e universal. (Barrientos, 1999, p. 13)
Assim sendo, ofcio, ministrio, prosso, pastorado ououtros termos utilizados no isentam o valor determinante que
devido ao telogo. preciso que esse episcopado seja enca-
rado pelos que esto de fora como excelente obra.
H anos, podemos perceber que a preparao minis-
terial cou presa dentro do aspecto tcnico no discernindo a
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ao vocacional do indivduo, porm, vivemos hoje uma mu-
dana signicativa desta observao, onde solues desca-
bidas tem sido utilizados pelos esforos de capacitao leiga,
deixando de lado o interesse pelo ministrio ordenado.
Quem sabe, no precisamos apenas rever conceitos
que vem se arrastando pela histria, que nos faz to distantes
da realidade da ao pastoral e do povo Deus hoje. Pois este
modelo precisa e deve ser repensado hoje diante do quadro
hodierno de aes pastorais evanglicas enquanto chamado e
vocacionado.
Que ns, pastores, telogos, etc... sejamos vistos pela
sociedade partir do reconhecimento que o Estado, atravs do
MEC (Ministrio da Educao e Cultura), que em abril de 1999,
como uma bno de Deus nos faa benquistos, para que pos-
samos declarar as grandezas de Deus que o trabalho, o of-
cio, o ministrio como prosso.Roldn nos leva ao entendimento que o reformador Lu-
tero nos d do seu conceito da vocao ao dizer:E importante aqui, resgatar o conceito que Lutero tem a respeitodo trabalho. A palavra alem para prosso beruf (=chamado),o que mostra que o cristo deve encarar todo trabalho como umamisso a que tem sido chamado ou vocacionado por Deus. Lu-tero rompe com a ideia medieval de que existem trabalhos maisespirituais e mais dignos que outros, por exemplo, que ser padreou freira teria mais virtude do que ser sapateiro. O importante a
vocao a que Jesus Cristo nos chama e no o tipo de trabalho emsi. (Roldn, 2000, p. 68)
Aqui, Roldn observa que todo trabalho e prosso,
eclesistico ou no, deve estar debaixo do Senhorio de Cristo
e que devemos encarar como uma misso ou chamado que
Deus faz a cada um.
Tambm podemos encarar esta misso ou chamado
como uma vocao cumprida pelo amor, pois Cristo quem
dignica nossa vida e trabalho.
Csar, apresenta o amor como um dos pilares da voca-
o, e diz ele:O vocacionado precisa amar as pessoas, angustiar-se pela almadelas, ter como anelo maior conduzi-las aos pastos verdejantes es guas cristalinas, leva-las a Cristo. O vocacionado ama a Deus,ama a Igreja e ama as pessoas. Nunca pode ser uma criatura fria
e indiferente. (Csar, 1997, p. 143)
O Apstolo Paulo nos deixou uma frase clebre quanto
ao ministrio, a vocao, o chamado, a prosso ao dizer: (At20:24).
Todavia, no me importo, nem considero a minha vida
de valor algum para mim mesmo, se to-somente puder termi-
nar a corrida e completar o ministrio que o Senhor Jesus me
conou, de testemunhar do evangelho da graa de Deus.
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Assim como Paulo, Lutero, Calvino, Huss, Berkhof,
Barth e tantos outros grandes telogos da atualidade, possa-
mos encarar o encargo da Palavra de Deus na Teologia, e, res-
ponder aos anseios do mundo que clama por respostas elabo-
radas e conantes que s a teologia prossional, vocacionada
pode oferecer.
A Teologia natural e revelada daPalavra de Deus
Para responder aos anseios da humanidade, a Teolo-
gia busca em suas divises, respostas. Partindo destas duas
fontes que a Teologia pode direcionar o ser humano ao co-
nhecimento da Palavra de Deus em um todo, no apenas as
questes que to continuamente so espiritualizadas.
Aqui compreendemos duas vias de comunicao: a te-
ologia natural que aponta o homem procurando a Deus e a teo-
logia revelada que aponta Deus procurando o homem.
Em se tratando de Teologia Natural, esto contidas
a natureza inanimada, humana, histrica, as providncias de
Deus e etc.Clark em seu compndio de teologia diz assim:A teologia natural insuciente para satisfazer as necessidadesdo homem.a) No oferece meio de obter perdo e paz com Deus.b) No prev nenhum meio de escapar do pecado e de suasconsequncias. A natureza inige inevitvel castigo sobre os queviolam as suas leis, salvo se intervir um poder mais elevado.c) No tem nenhum poder ou incentivo para a santidade.d) No contm nenhuma revelao certa sobre o futuro.e) Deixa o homem nas mos da lei natural, que, sem o poder
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divino, irrevogvel em si mesma e mutvel em seus processos.f) Falta-lhe o toque pessoal.g) As religies naturais sempre tm degenerado e corrompidoos seus seguidores.Em suma a religio natural no oferece nenhum meio de salvao.(Clark, 1987, p. 21).
Neste sentido podemos dizer que a Teologia Natural,
ou imanente, em sua forma primria contribui para chegarmos
prximos de compreender o cosmos, a natureza que predomi-
na toda a atmosfera criada por Deus.
A ambiguidade do universo nos faz olhar para a Teolo-
gia Natural de forma incompleta nos projetando sobre a Teolo-
gia Revelada para a promoo de nossa salvao, nos libertan-
do da lei em seu sentido totalitrio, revelando em Jesus Cristo
uma nova posio pela graa. A Teologia Revelada est contida
na Palavra de Deus Antigo e Novo Testamento.
Clark contribui ainda acerca disto ao dizer que:
A teologia revelada, ensina tudo o que ensina a teologia naturale ainda mais. Tudo o que se pode conhecer de Deus e de suarevelao para com os homens, baseado no universo material oua constituio da mente humana, reconhecida nas Escrituras.
(Clark, 1987, p. 22)
Esta transcendncia nos remete ao ponto culminante
da compreenso, onde a harmonia com que a teologia traba-
lha os fatos e no se contradizem. O homem no poderia ter
conhecimento da divindade, uma vez que Deus no parte da
criao e, nem ser objeto da anlise humana, pois onde no h
revelao de Deus, resta apenas intelecto humano.
Moiss um exemplo bblico de grande importncia
para nos ajudar nesta tarefa de conhecimento da revelao
de Deus ao homem, em sua experincia ele deixou escrito em
Deuteronmio 29:29 o seguinte texto: As coisas encobertas
pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas per-
tencem a ns e aos nossos lhos para sempre, para que siga-
mos todas as palavras desta lei.
Tanto imanncia que nos revela Deus na natureza
como a transcendncia que nos revela Deus na sua forma so-
brenatural, esto contidas na Palavra de Deus e por meio dela,
Ele fala a ns hoje como outrora falou atravs dos profetas, do
Filho e dos Apstolos.Portanto, a Teologia possvel porque Deus se revelou
a ns atravs das expresses contidas nas palavras da Bblia.
Ele revelou com isto, Sua existncia, atributos e exigncias
morais a humanidade, incorporou tal conhecimento dentro da
faculdade intelectiva do homem, pois, na prpria estrutura da
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mente humana j encontrar-se incorporado algum conhecimen-
to sobre Deus. Esse conhecimento inato, consequentemente,
faz com que o homem reconhea a criao como a obra de
um criador. A grandeza, magnitude e o desgnio complexo da
natureza servem para lembrar ao homem de seu conhecimento
inato sobre Deus.
A Palavra de Deus e a Teologia
Conforme a Constituio do Conclio Vaticano II em ou-
tubro de 1962, diz que as Escrituras constituem o fundamento
permanente no qual se apoia a teologia elas a tornaram vi -
gorosa, so fonte permanente de renovao para pensamen-
to daqueles que devem propor no nosso tempo a Palavra de
Deus, so a alma da sagrada teologia.Lon-Dufour assim articulou a este respeito:Expressando-se assim, a Igreja ocial rompe com as formulaesanteriores, que apenas apresentavam a Escritura como um con-junto do qual o telogo se, servia para encontrar argumentos afavor de teses dogmticas j estabelecidas. (Lon-Dufour, 1983,p. 37)
Assim sendo, temos expresses que diferem a teolo-gia, denominando de: Teologia Bblica; Teologia Exegtica; Te-
ologia Histrica; Teologia Dogmtica; Teologia Apoftica; Teo-
logia Cataftica; Teologia Sistemtica.
H ainda outras teologias mais recentes como por
exemplo, Teologia da Libertao, Teologia Prtica, Teologia P-
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blica, etc.Todas tem em seu mbito o objetivo de demonstrar a
Palavra de Deus ao povo hoje.
O telogo tem por funo o encargo de comunicar em
sua poca a Palavra de Deus, tendo-a como nico fundamento
na elaborao do conhecimento.
necessrio compreender que todos os cristos preci-
sam de teologia, pois esta durante um extenso perodo esteve
limitada apenas aos crculos acadmicos, gerando com isto um
distanciamento com sua linguagem tcnica e exatido cientca
que impediram os assim chamados leigos de desfrutarem de
uma boa instruo bblica.
Porm, a Palavra de Deus aponta um caminho mais
excelente o sacerdcio de todos os crentes, com apoio dos
que Deus vocacionou para exercer determinados dons na igre-
ja atravs da misso de aperfeioar os santos.
exatamente isso que o Apstolo Paulo estava apon-tando ao escrever para a igreja de feso (Ef 4:11).
A teologia tem como objetivo nos orientar para o apri-
moramento dirio do nosso conhecimento da Palavra de Deus,
pois, a teologia obra humana e no divina, um servio pres-
tado Palavra de Deus e no a Sua prpria Palavra.
Barth diz que:Entre todas as cincias a teologia a mais bela, a que mais pro-fundamente mexe no corao e na cabea, a que mais se apro-xima da realidade humana e que proporciona a mais clara visoda verdade procurada por todas as cincias... Pobres telogos epobres pocas da teologia que porventura ainda no o percebe-ram! Mas entre todas as cincias a teologia tambm a maisdifcil e perigosa, aquela que mais facilmente leva ao desesperoou, o que quase pior, petulncia; aquela que dentre todas ascincias, esvoaante ou seno esclerosada, pode acabar virandoa pior caricatura de si mesma. (Barth, 1986, p. 193)
Portanto, entendemos que a teologia tem como enfren-
tamento uma imagem distorcida de si mesma e de Deus, pas-
sando por ajuste contnuo que a situa em distino.
Neste sentido, o Dr. Antonio Carlos Barro, nos exps
suas observaes sobre os desaos para os seminrios ou fa-
culdades de teologia, lembrando-nos de fatores primordiais que
daro um slido fundamento para o futuro da teologia. Com
isso, destaca as seguintes realidades: urbana, econmica, t-
nica, multi-religiosa e ps-moderna.Barro, em termos de Educao Teolgica para o tercei-
ro milnio, diz:Apontar para esses exemplos chamar a ateno para a necessi-dade de repensarmos a educao teolgica e, por conseguinte, anossa misso no mundo como igreja.A sobrevivencia do cristianismo a transmisso de conhecimento,principalmente o conhecimento da salvao. Sem esta transmis-so perde-se a linha de continuidade com a histria e desapare-cem as perspectivas quanto o futuro. Por isso, cremos que a edu-
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cao teolgica de fundamental importncia no somente para acontinuidade da histria crist, mas tambm para adequar a igrejas novas realidades e contextos que ela enfenta.Que tipo de educao teolgica ir impactar a nossa sociedadecomo um todo e desaar as pessoas que, a cada dia, movem-secada vez para mais distante de Deus? (Barro, 2006, p. 181)
Barth j tinha esta viso catica que apontava para o
futuro da teologia, pois sua preocupao abrangia a formao
academica de futuros pastores, pois aquilo que anteriormente
considerei bno pode ter uma ambiguidade com relao a
sua tarefa formadora em universidades pblicas onde vemos
um sinal de que alguma coisa no est em ordem.
McLaren, um dos mais importante intelectual e escritor
do movimento emergente diz que:Quando fazemos teologia, somos vasos avaliando o oleiro, crian-as questionando seus pais, formigas discutindo sobre o elefante.Em certo nvel de profundidade e de exatido estamos destinadosa ser inadequados ou incolmpletos o tempo todo em quase todasas coisas que dissermos ou pensarmos considerando nossas li-mitaes humanas, incluindo-se a linguagem e a innita grandeza
de Deus. Assim as coisas mais nobres e elevadas que possamosfazer que considerarmos o nosso Criador sempre devem noshumilhar, mesmo que nos enobream. (McLaren, 2008, p. 102)
Esta forma de pensar de McLaren um apontamen-
to da realidade ps-moderna, onde podemos ver que a teolo-
gia sistemtica, por mais forte que tanha resistido ao desgaste
temporal, esta dando espao para uma nova teologia que vem
se levantando h algumas dcadas.
Barro em sua concluso aponta para a funo de uma
educao teolgica que aprenda sobre Deus e explore o que
signica ser totalmente humano e seguir a Jesus Cristo. Isto
implica dizer que devemos voltar a cruz de Cristo que em sua
mensagem atinge o mago do corao humano.
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De volta Teologia da cruz
A expresso de Jesus, no texto bblico logo abaixo, nos
indica um caminho a seguir para que a igreja retome seu lugar
no mundo. Vejamos o que disse Jesus no Evangelho Segundo
Marcos 8:34:
Ento, convocando a multido e juntamente os seus
discpulos, disse-lhes: Se algum quer vir aps mim, a si mes-
mo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
A Bblia apresenta a obra de Cristo na cruz de diversas
formas, e em cada uma delas revela um aspecto da verdade.
preciso considerar todas elas para se ter uma compreenso
mais exata do signicado da morte de Cristo, e, no h apenasuma ideia bblica para expressar este signicado.
A morte de Cristo no teria o signicado redentivo que
tem sem a ressurreio e a ascenso. Esta vitria conrma a
validade da Sua obra sacricial e proporciona aos pecadores
uma nova realidade de vida (Rm 10:9-11).
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No almejando generalizar, mas cerca de uns 20 anos
para c, a igreja brasileira em sua maioria trocou a teologia
da cruz pela teologia do trono. Vejo hoje, a igreja brasileira,
independente da sua consso, em trs dimenses: uma ala - a
maioria - embarcou-se na teologia da prosperidade, a segun-
da ala adotou a teologia do vale tudo e a terceira ala est r-
mada na teologia da ortodoxia (doutrina certa) sem ortopraxia
(prtica certa).
Embora eu creia que haja cristos srios e is a Cristo
em todas elas, como havia nas sete igrejas do apocalipse, a
eclesiologia brasileira precisa ser revista.
O Dr. Jorge Henrique Barro em seu livro Uma igreja
sem propsitos - os pecados de uma igreja que resistiram ao
tempo, exps que todas as expresses proferidas por Jesus,
que comprometiam as igrejas tinham a ver com a falta de com-
promisso com o reino de Deus, ausncia de santidade pessoale falta de comunho com Ele.
Relembrando das aulas que tivemos sobre: Plantao
e Crescimento da Igreja, onde o Dr. Jorge com muita insisten-
cia nos advertia de desde o incio formatar a nossa FBM Fi -
losoa Bblica de Ministrio, me ajudou a perceber que nossas
igrejas no precisam seguir modelos de crescimento de igreja,
e sim ao padro bblico revelador de Deus. O que temos visto
nestes ltimos anos, so as lideranas procurando respostas
rpidas e fceis, ao contrrio devemos ouvir ao nosso mestre
Jesus e corrigir os nosso erros antes de buscarmos novas me-
todologias de crescimento.
Com isto, tem se esquecido que a Igreja uma comu-
nidade da cruz que ser marcada pelo sacrifcio, servio e so-
frimento, conforme nos expem o Apstolo Paulo ao escrever 2
Timteo 3:12 dizendo:
De fato, todos os que desejam viver piedosamente em
Cristo Jesus sero perseguidos.
Na verdade estamos presenciando uma igreja evang-
lica tornando-se bablica: nomes celebrados (denominacio-
nais); valorizao das torres (construes de catedrais); resis-
tncia em espalhar (sair para campos missionrios).Percebemos hoje no Brasil, em nosso ambiente evan-
glico, trs nfases principais que sinalizam a falta de uma te-
ologia da cruz:
Em primeiro lugar, as igrejas histricas permanecem
contemplativas, olhando para as glrias do passado, sem pers-
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pectivas de futuro, no oferecem esperana a seus membros.
Em segundo lugar, as igrejas pentecostais centraliza-
ram-se no estilo de liderana autocrtica e perderam o conceito
de corpo. Seus membros se tornaram subservientes.
Em terceiro lugar, as igrejas neopentecostais, alm de
lideranas autocrticas, se encantaram com Mamon1. Troca-
ram a salvao eterna por uma salvao temporal, o que pro-
vocou uma escassez de novos nascimentos e uma abundncia
em proslitos.
Por todos estes motivos, vejo a necessidade urgente
da igreja brasileira assumir uma teologia da cruz. A igreja pre-
cisa aprender a relevncia de uma pedagogia do sofrimento; a
realizao em servir; a satisfao em se submeter ao senhorio
de Cristo Jesus, e s ento obter alegria de ver o Senhor fazer.
Voltemos para a cruz de Cristo, pois Ele ainda continua nos
dizendo: Aquele que tem ouvidos oua o que o Esprito diz s
igrejas.
Zabatiero fala sobre a identidade da igreja em tempos
1Na era pr-crist, eram cultuados muitos deuses. Mamon, contudo,no era o nome de uma divindade e sim um termo de origem hebraica quesignica dinheiro, riqueza, ou bens materiais. Porm, Mamon acabou portornar-se, ao longo da histria, e devido as diversas tradues da Bblia, arepresentao de uma divindade maligna ou demnio.
de desdobramento de tantos modelos de igreja, os modelos de
ministrio, os modelos de vida crist:Formar o povo de Deus para a identidade crist uma aventuracomunitria, na qual cada um de ns, mediante o convvio fraternoe ministerial, vai sendo permanentemente des-identicado (como mundo) e renovado por Deus em semelhana a Jesus Cristo, ohumano, contextual e universal. (Zabatiero, 2003, p. 239)
Percebemos que em muitas igrejas evanglicas espa-
lhadas pela nao brasileira, o nvel de conhecimento teolgi-
co parece cair em queda livre, e chega mais fundo em alguns
aspectos como: a inerrncia da Bblia, a soberania de Deus e
a questo do novo nascimento pela f em Cristo, entre outros.
Precisamos urgentemente buscar uma renovao teo-
lgica em nossas igrejas, e isto, com os nossos pensamentos
abalizados no centro da mensagem do evangelho: a cruz de
Cristo.
Visivelmente, isto loucura! Dizer-mos que a percep-
o da cruz tem um poder de renovao maior que os esforos
evangelisticos ou at mesmo um marketing direcionado, mas
o que o Apstolo Paulo no fala em 1 Corntios 1:18:
Pois a mensagem da cruz loucura para os que esto
perecendo, mas para ns, que estamos sendo salvos, o po-
der de Deus.
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E exatamente isto que arma o Dr. Jorge Barro, de
um jeito duro porm, realista:O marketing, a teatralizao dos plpitos, a concorrncia entreigrejas, a manipulao das massas, o espetculo e a espetaculo-sidade da f tendem a minar o amor, a motivao e a tica crist.Ento, o motivo do sucesso dessas igrejas certamente se transfor-mar na razo do seu fracasso no futuro, pois todas essas coisasum dia saem de moda, cam obsoletas, cansam. (Barro, 2004, p.
22).
A compreenso do poder e da importncia da cruz em
relao a todas as reas da vida humana, a chave para que
haja sade e plenitude na Igreja de Cristo. Por isso, os lderes
devem ter como tarefa principal, o revelar do signicado total da
cruz. Porm, a cruz no alvo de atrao natural da humanida-
de, ao contrario disso, ela choca, fere, complica e escandaliza,
causando um verdadeiro pavor entre o sistema humano decai-
do. Fato , que, a cruz anuncia e despe o que o homem tenta
esconder desde o jardim da inocncia.
Grenz, ao falar sobre o evangelho no contexto ps-mo-
derno diz que:Uma parte da vocao crist consiste em avaliar todos os novosespritos caracteristicos que moldam a cultura na qual Deus cha-ma os crentes para viverem como povo Seu. Um dos objetivosdesta tarefa consiste em equipar a igreja de modo que ela expres-se claramente o evangelho e o encare no contexto daquela cultu-ra. Atualmente, somos desaados a viver em conformidade comnosso compromisso cristo em meio a uma cultura e a proclamaro evangelho a uma gerao que, cada vez mais, ps-moderna
em seu modo de pensar.Essa ordem exige que exploremos os contornos do evangelhonum contexto ps-moderno. Que nfases bblicas relativas obraredentora de Deus soam conformes aos desejos e preocupaesda gerao em ascenso? De que modo podemos expressar oevangelho mediante as categorias do novo contexto social?A situao ps-moderna exige que encarnemos o evangelho demodo ps-individualista, ps-racionalista, ps-dualista e ps-noe-
ticentrico. (Grenz, 2010, p. 242)
Neste mundo em transformao, devemos nos preo-
cupar em obter conhecimento e nos manter apegados a uma
ortodoxia com ortopraxia a m de que possamos atingir a sabe-
doria para a vida e assim agradar a Deus com nosso viver da
cruz de Cristo.
Esta Igreja sim, tem seu destino assegurado por Cristo,
ser conduzida perfeio e glria, deixando de ser militan-
te e tornando-se triunfante na glria com o Seu Senhor, como
povo remido de Deus. Uma igreja que a identidade traspassa a
Teologia da Cruz.
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Concluso
Aps esta apresentao de modo bem compreensvel
da Palavra de Deus como encargo da teologia, podemos per-
ceber atravs destas pginas que a forma como se percebe no
cenrio brasileiro a importncia do telogo ou ministro como
prossional que corresponda com nobreza a realidade con-
quistada atravs da ocializao governamental, ainda no
reconhecida pela igreja estampada numa fao laica da socie-
dade atual. O telogo deve e responsvel de transferir ao ser
humano o conhecimento da pessoa de Deus e de tudo aquilo
pelo qual lhe foi imputado como tarefa do seu chamado, da sua
vocao.Ao adentrar pelo caminho da responsabilidade do te-
logo em colaborar na compreenso do anseio da humanida-
de de conhecer a Deus pela via da imanncia e da transcen-
dncia, embora este conhecimento seja limitado e insuciente
para a salvao, sendo a Bblia sem igual pelo seu contedo,
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caracteristicas e propsitos, o registro inspirado da revelao
especial de Deus a humanidade. Nela podemos ouvir a Deus,
conhec-Lo e a Sua vontade.
Constatamos que a Palavra de Deus o fundamento
permanente da teologia, tendo o telogo a funo primria e
encargo, comunicar em sua poca a Palavra de Deus na elabo-
rao do conhecimento. Com isto, verica-se a necessidade da
teologia no ambiente comum a todos os cristos, a igreja. Os
cristos precisam aprender a andar por esta mesma alameda
do saber teolgico, pois para os direcionar o prprio Deus se
encarregou de vocacionar alguns que Ele mesmo chamou para
este encargo.
Fica ento o desao aos seminrios e faculdades de
teologia, edicar este fundamento para a transformao da so-
ciedade num futuro prximo.
Como se pode observar, para atingirmos profundamen-te esta transformao, precisamos urgentemente nos mover da
intenso para a ao transformadora, nos voltando para a teo-
logia da cruz de Cristo.
H de se reconhecer a necessidade de que a mensa-
gem da cruz deve ser levada a todos os rinces brasileiros em
conexo com sua realidade cultural ps-moderna ou no. Aju-
dando a estabelecer um compromisso com o Reino de Deus e
um relacionamento pessoal e real de santidade, mesmo saben-
do que necessrio trilhar pela pedagogia do sacrifcio, servio
e sofrimento, e assim sendo formado como povo de Deus que
possa evidenciar uma identidade crist.
Dentre os desaos que se apresentam, uma renovao
teolgica dentro das igrejas um apontamento para o centro da
mensagem do evangelho a cruz de Cristo. Levar o real signi-
cado da cruz em relao a todas as reas da vida humana, a
chave para que haja sde e plenitude na Igreja de Cristo.
O prprio Criador da Igreja, conclama aqueles que tem
a Palavra de Deus como encargo da teologia a ensinar, treinar,
capacitar, direcionar, proclamar e fazer parte desta comunidade
de transformao, anunciando o Evangelho da Cruz por todo
mundo decadente, para que o Reino de Deus seja ento esta-belecido.
Pois considero as palavras ditas pelo Apstolo Paulo a
Igreja de Corinto em sua primeira carta, captulo 2, versculo 9,
como a concluso nal com excelencia:
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Olho nenhum viu, ou-vido nenhum ouviu,
mente nenhuma conce-beu o que Deus prepa-
rou para aqueles que o
amam.
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