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Livro 30 Anos ABC. Uma história com você!
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"A paz só será
possível por meio
do desenvolvimento"(PAPA JOÃO PAULO II.)
p. 8p. 68
p. 10p. 78
p. 12 p. 84
p. 17p. 90
p. 94
p. 80
p. 70
p. 14p. 86
p. 24p. 32p. 38p. 49
p. 60p. 64
p. 88
p. 92
p. 82
p. 762.1.1 Divinópolis2.1.2 Formiga2.1.3 Oliveira2.1.4 Campo Belo2.1.5 Itaúna2.1.6 Pará de Minas2.1.7 Santo Antônio do Monte2.1.8 Arcos2.1.9 Araxá2.1.10 Lagoa da Prata2.1.11 Lavras
1.3.1 O início1.3.2 A Comercial Divinópolis1.3.3 Nasce o ABC1.3.4 Um novo marco1.3.5 A expansão1.3.6 Governança1.3.7 Trajetória de sucesso1.3.8 Caro leitor
SU
MÁ
RIO
1.1 Palavra da presidênciae vice-presidência
Nossas Minas Gerais
Nossa missão, crenças e valores
ABC 30 anos
1.2
1.3
2.1
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p. 101
p. 1024.2.1 Lojas4.2.2 Acessibilidade4.2.3 Marketing
Relacionamento
5.1.2 Evolução5.1.3 Sindicatos,
terceirizados e desligamento
5.1.4 Dedicação ecomprometimento
5.1.1 AprendizadoNossa política Relacionamento
AçõesValorizandoos produtosde Minas
4.1 4.2
3.13.2
p. 108p. 126p. 124
p. 117
p. 131
p. 132
p. 118
p. 110p. 112 p. 128
5.1
5
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Formação O socioambiental
Nosso meio ambiente e comunidadeResultados As ações socioambientais
Relacionamento
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6.16.2
p. 136 p. 142
p. 149p. 138 p. 144
p. 160
7.17.27.37.4
10
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p. 170Conquistas Nosso futuroObjetivos
Nossosagradecimentos
9.1 9.2
8.1 p. 174p. 176 p. 179
10
Este brilhante poema – “Ensinamento” –, de nossa querida
escritora Adélia Prado, faz-nos lembrar de nossa infância, quando,
cada um, a seu tempo, sonhávamos em ser fazendeiros.
Brincávamos, na fazenda de nossos pais, construindo pequeninos
currais que traziam em seu interior singelos bezerrinhos, feitos de
pequenas mangas e gravetos. Tempos de amores contidos, mas,
nem por isso, menos intensos entre pais e filhos. A exemplo do belo
texto poético, ali os sentimentos quase sempre não se
manifestavam por meio de palavras, mas, sim, e principalmente,
em atos de carinho de nossas mães e na firmeza dos olhares de
nossos pais.
Foram-se as brincadeiras. Novos sonhos e desejos vieram com
a adolescência. A vontade de tornar-nos “homens de verdade” já se
manifestava em nosso trabalho duro na fazenda de gado. No
entanto, a realidade no campo não se mostrava tão promissora
como antes. Novos caminhos e escolhas surgiram e juntos:
oportunidades, mudanças, desafios. E, assim, ainda adolescentes,
tornamo-nos aprendizes do nobre ofício de comprar e vender.
No início enfrentamos grandes dificuldades: os recursos eram
escassos e a estrutura bem pequena; o improviso era a regra; o
planejamento, exceção. Aos poucos fomos reinventando-nos como
8
PALAVRA DA PRESIDÊNCIA
E VICE-PRESIDÊNCIA1.1
ABC 30 ANOS
Oscarina Mendes do Amaral, mãe do
s.r Valdemar Martins do Amaral
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o
sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo
serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço
pesado."
Arrumou pão e café, deixou tacho no
fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
Ensinamento Adélia Prado
ABC, 30 anos.
Uma história com você
Valdemar Martins do Amaral Walchir Dias Amaral
comerciantes e, ao mesmo tempo, reinventamos também o nosso
negócio. Estabelecemos sólida parceria com fornecedores,
funcionários e clientes – tripé fundamental no nosso ramo de
atividade. Abrimo-nos para o mundo: aderimos ao associativismo e
firmamos reconhecido compromisso social com a comunidade.
Alicerçados nos sentimentos de fé e simplicidade, já presentes em
nossos corações, novos conceitos, como produtividade e
sustentabilidade, foram adotados por nós no dia a dia de nossa
empresa. E, a guiar a nossa atividade empreendedora, soberana,
reinou sempre a reconhecida vocação de inovar. O improviso de
antes deu lugar ao planejamento estratégico. Enfim, conhecemos a
maturidade!
Em 2012, alcançamos 30 anos de longa jornada. No decorrer
deste período, vencemos grandes desafios e festejamos
imensuráveis conquistas. Desta história, fazem parte milhares
pessoas: amigos, familiares, parceiros, fornecedores, funcionários,
governantes e, principalmente, clientes – todos contribuíram para
que a marca ABC se tornasse sinônimo de supermercado.
Este livro tem como objetivo documentar os momentos desta
história, reconhecer e creditar o trabalho empreendido e agradecer a
todos vocês que fizeram e fazem parte de nossas vidas.
Boa leitura!
Dezembro/2012
SUPERMERCADOS ABC
1
CRENÇAS E VALORES
Nós acreditamos em Deus, no nosso negócio e
nas pessoas. Somos simples, honestos, produtivos
e dedicados.
10
Distribuir produtos e prestar serviços de
qualidade, de forma competitiva, fortalecendo
parcerias com os fornecedores, atendendo às
necessidades dos clientes, colaboradores e
acionistas, buscando o desenvolvimento
sustentável.
MISSÃO, CRENÇAS
E VALORES1.2
MISSÃO
ABC 30 ANOS
CDACENTRO DE DISTRIBUIÇÃO E ADMINISTRATIVO
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2O ponto de partida foi uma modesta loja de 96 m ,
situada na rua Goiás, 1.409, centro, em Divinópolis. Nas
poucas prateleiras de ferro, mercadorias de primeira
necessidade: arroz, feijão, açúcar e óleo; no restante, artigos
de perfumaria e limpeza. Não havia açougue nem padaria,
tampouco hortifrutigranjeiros ou produtos de bazar. Um
pequeno número de funcionários desdobrava-se em
variadas tarefas e para pagamento das compras apenas um
caixa. Grande, mesmo, eram a fé em Deus e a vontade de
vencer de todos. Assim, em 13 de setembro de 1982, o ABC
abria as portas para a comunidade.
Hoje, 30 anos depois, a empresa tem 23 lojas e quatro
centrais de distribuição de produtos: três em Divinópolis e
outra no Ceasa em Contagem. Ao todo, são comercializados
cerca de 16 mil itens, entre produtos de mercearia, básicos,
perecíveis, hortifrutigranjeiros, açougue, padaria, bazar,
limpeza, perfumaria, restaurante, drogaria, adquiridos de
aproximadamente 1.000 fornecedores. Para dar vida a essa
estrutura, a empresa conta com mais de 3.000 funcionários
diretos e aproximadamente 300 indiretos.
Entre seus pares do ramo supermercadista, o ABC, como
é popularmente conhecido, ocupa a primeira colocação
regional, a quinta em Minas Gerais e 32.º no Brasil. A área de
atuação da empresa compreende um público consumidor
estimado em mais de um milhão de pessoas.
12
30 ANOS DOS
SUPERMERCADOS ABC1.3
ABC 30 ANOS
ABC 30 ANOS:
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Primeira loja do ABC – Rua Goiás, 1409 – Divinópolis
13UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Valdemar Martins do Amaral e Walchir Dias Amaral:
sócios fundadores dos Supermercados ABC
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14
O INÍCIO
1.3.1
ABC 30 ANOS
PRIMEIROS PASSOS
Valdemar Martins do Amaral mudou-se da Fazenda
Morro Vermelho, município de Nova Serrana, para
Divinópolis aos sete anos de idade para ingressar no curso
primário do Grupo Escolar Joaquim Nabuco. Na despedida,
os pais, Oscarina e Pedro Martins Filho, dedicaram-lhe uma
breve mensagem sobre o valor da humildade e
simplicidade, palavras que jamais seriam esquecidas por
Valdemar: “Meu filho, siga o conselho de Santo Tomás de
Aquino: 'Escolha entrar no mar pelos pequenos riachos'”.
Concluído o primário, Valdemar estudou no Colégio
São Geraldo e transferiu-se tempos depois para o Ginásio
Santo Antônio, em São João del-Rei, respeitada instituição
de ensino, mantida pela Ordem dos Frades Menores (OFM),
congregação religiosa fundada por São Francisco de Assis.
No final de 1963, voltou para a fazenda do pai, "Olhos
d'Água", município de São Sebastião do Oeste. Durante o dia,
Valdemar e o irmão Mozar trabalhavam na fazenda,
“fazendo” carvão e tirando leite. À noite, em Divinópolis,
Valdemar fazia o curso técnico de contabilidade no Colégio
Leão XIII e o irmão Mozar cursava o então chamado
“ginasial”.
"Meu filho, siga o conselho de Santo Tomás de Aquino:
'Escolha entrar no mar pelos pequenos riachos'".
Palavras de despedida de Dico Martins para o filho Valdemar.
Aos sete anos de idade, Valdemar foi estudar
na Escola Estadual Joaquim Nabuco – Divinópolis
Pedro Martins Filho e
Oscarina Mendes do Amaral, pais de Valdemar
15
O PRIMEIRO EMPREGO A PRIMEIRA EMPRESA
Em 1965, uma acentuada queda de preços da carne
e leite provocou uma grave crise na atividade rural em
todo o país. Com redução de sua renda na propriedade
rural, Valdemar decidiu procurar emprego em
Divinópolis. Sem deixar os estudos, foi trabalhar no
Cerealista São João, tradicional atacadista na época.
Ainda em operação, a empresa tem hoje outra
denominação e atividade: Fonte da Batata. Ali
aprendeu, especialmente, a comprar e a vender. Apesar
da pouca idade na época, 17 anos, Valdemar já viajava
para Goiás, São Paulo e Paraná, onde comprava o básico:
arroz, feijão, banha. “Fazia o trabalho com entusiasmo,
satisfação e com muita vontade de vencer na vida”,
relembra o empresário.
Em agosto de 1968, os irmãos Valdemar e Arlindo
Martins do Amaral e o cunhado Arlindo Amaral de Lacerda
adquiriram um pequeno armazém, com o sugestivo nome
de “Pague Pouco”, situado na rua Goiás, 1302, em
Divinópolis. Nele, vendiam-se os chamados “secos e
molhados”, como se denominavam, na época, os produtos
de primeira necessidade da casa. A fim de levantar recursos
para assumir o negócio, os irmãos Amaral contaram com a
providencial ajuda financeira do pai, Pedro Martins Filho,
conhecido popularmente por Dico Martins. “Ele fazia gosto
da gente trabalhar, ficava feliz com a iniciativa nossa de
querer progredir e, para ajudar, ele deu uma remessa de
gado para cada um dos filhos. Este foi o nosso capital inicial”,
conta Arlindo Martins Amaral. “Sim, eu dei 50 bezerros para
cada filho e filha, para eles começarem a vida; quem não
recebeu gado recebeu em dinheiro”, confirma Dico Martins.
Antes, porém, de entrar como sócio do armazém,
Valdemar teve que ser emancipado judicialmente pelos
pais, pois não tinha completado os 21 anos de idade exigidos
pela legislação para assumir a função. Já o irmão Arlindo,
que contava na época com 14 anos, não teve idêntico
privilégio: tornou-se sócio de fato, mas, não, de direito.
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Com 17 anos, Valdemar Amaral já viajava para Goiás,
São Paulo e Paraná, onde comprava o básico: arroz, feijão e banha
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16 ABC 30 ANOS
APRENDIZAGEM
O Armazém Pague Pouco era um pequeno varejo, que
entrou no mercado para competir com os chamados
empórios que vendiam por meio de cadernetas, com
pagamento mensal. Ao contrário destes, o Pague Pouco
vendia somente à vista, mas, a preço mais baixo. “O segredo
do preço baixo estava no fato de a gente comprar na fonte e
vender diretamente no varejo, eliminando assim a figura do
intermediário”, explica Valdemar. As compras eram feitas
diretamente das empresas produtoras na Ceasa (Contagem),
Goiânia e São Paulo. “Aprendemos muito com o
nosso primeiro negócio, foi o nosso teste inicial e nos saímos
bem, fato que nos animou bastante a prosseguirmos”, revela
o empresário.
Uberlândia,
A fim de equilibrar as finanças pessoais e do armazém,
os irmãos Valdemar e Arlindo trabalhavam parte do dia em
outras empresas do ramo atacadista de alimentos, enquanto
o cunhado Arlindo de Lacerda cuidava do negócio em
tempo integral. Para ajudá-los, Valdemar chamou a irmã,
Helena de Fátima Martins do Amaral, então com 12 anos.
“Com muita dedicação e carinho, Valdemar, foi me
ensinando tudo, desde como preencher um cheque a fazer a
contabilidade da entrada e saída de mercadorias”, relembra
com gratidão Helena. Cerca de um ano depois da aquisição
da empresa, Arlindo Amaral Lacerda vendeu sua parte no
negócio para Mozar Martins do Amaral, irmão de Valdemar
e Arlindo. Em fins de 1969, o Pague Pouco foi vendido.
ARMAZÉM
PAGUE POUCO
O teste inicial
Helena, irmã de Valdemar, começou a
trabalhar com 12 anos no Armazém Pague Pouco
Arlindo, irmão de Valdemar e um dos
fundadores da Comercial Divinópolis L.tda – Codil
17
Em 2 de janeiro de 1970, Valdemar, Arlindo, Dico
Martins e o genro José Silva de Almeida, mais conhecido
como Zezito, fundaram a Comercial Divinópolis L.tda
(Codil), empresa do ramo atacadista de alimentos. A Codil foi
então instalada num pequeno cômodo na rua Goiás, 1.409,
onde, atualmente, funciona uma agência do Banco do
Brasil, em Divinópolis, imóvel na época de propriedade de
Dico Martins. Anos depois, o local também abrigaria a
primeira loja da rede de Supermercados ABC. Na
composição do capital, os irmãos Arlindo e Valdemar
entraram com o dinheiro da venda do Armazém Pague
Pouco, Zezito com recursos próprios e Dico Martins pagou
suas cotas na empresa com uma caminhonete Chevrolet,
que iria ser usada em entrega de mercadorias em
Divinópolis e região.
A Codil, no princípio, enfrentou forte concorrência no
mercado. Naquela época, Divinópolis contava com outras
16 empresas que operavam no mesmo ramo. Recém-
formado em contabilidade, Valdemar levou para a nova
empresa, com o irmão Arlindo, “a experiência adquirida no
ramo atacadista e no primeiro negócio próprio”, relembra o
empresário. A seu favor, a Codil tinha também “um
excelente ponto comercial e uma grande vontade de vencer
dos sócios”, acrescenta Valdemar. As dificuldades iniciais da
empresa são lembradas por Zezito: “Foi um começo muito
sofrido na Codil. Valdemar trabalhava de motorista e junto
com José Geraldo descarregava mercadoria. Mozar e
Antônio igualmente. Já Arlindo gostava mais de dirigir;
todos os irmãos trabalhavam bastante”, conta Zezito.
CODIL: A FUNDAÇÃO
A COMERCIAL
DIVINÓPOLIS1.3.2
Zezito e sua esposa, Zelita
(irmã de Valdemar) – foi um começo muito sofrido na Codil
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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18 ABC 30 ANOS
SUPERANDO DIFICULDADES
VENCENDO BARREIRAS
A dedicação ao trabalho e a seriedade dos sócios na
condução da empresa chamaram a atenção do mercado de
alimentos, e isso contribuiu para a abertura de novas
oportunidades de negócios. “O nosso relacionamento
começou na época em que os irmãos Valdemar e Arlindo e
outros membros da família montaram um pequeno centro
de distribuição (Codil) para atender os pequenos varejos da
região. Eu trabalhava na Copersucar, que fornecia açúcar e
derivados para a empresa. Naquela ocasião, foi muito difícil
porque a Codil ainda não tinha crédito aprovado para
compra nas grandes empresas que atuavam neste segmento
de mercado. Como eu tinha um bom relacionamento com
elas, recomendei a venda de seus produtos para a Codil, pois
se tratava de gente séria e honesta”, relata o representante
comercial Geraldo Magela Ribeiro, parceiro de primeira
hora da empresa. Pouco a pouco, no entanto, a Codil foi
ganhando credibilidade, superando os obstáculos e
consolidando-se no mercado atacadista no município e
região.
A década de 1970 foi de muitas mudanças no perfil dos
mercados atacadista e varejista, um fenômeno mundial.
Acompanhando as novas tendências, a Codil introduziu
várias inovações no mercado de alimentos. Algumas delas
encontraram, no início, algumas resistências dos clientes.
Um exemplo foi o lançamento do feijão-carioca em
Divinópolis. “O consumidor estava acostumado com os
tipos tradicionais de feijão, principalmente o rapé. Por
precaução, inicialmente, foram comprados pela Codil
somente cinco sacos da nova variedade para todo o mercado
divinopolitano. “Para convencermos o nosso cliente a
vender o novo produto, tivemos que colocar os primeiros
sacos em consignação. Ou seja, caso o varejista não vendesse
o feijão, ele poderia devolvê-lo para a Codil. No entanto,
como era esperado, a resposta do público consumidor foi
muito boa e, consequentemente, o feijão-carioca passou a
agradar também ao varejista”, conta Valdemar.
Passadas as dificuldades iniciais, com a Codil mais
capitalizada, sua composição acionária sofreu as primeiras
alterações. Dico Martins vendeu sua parte na empresa em
1972 e Zezito em 1974. “Eu comprei as partes deles e passei a
Arlindo Lacerda e sua esposa, Guiomar (irmã de Valdemar), pais de Valter Amaral
colocar meus irmãos na sociedade, pois eles podiam
trabalhar na empresa, alguns já até faziam isso; já meu pai e
Zezito eram apenas investidores”, justifica Valdemar. Eles,
inclusive, tinham outros afazeres: Dico Martins ocupava-se
com a lida da fazenda e Zezito era empresário do ramo
calçadista em Nova Serrana. Posteriormente, os outros
irmãos de Valdemar entraram como sócios na Codil.
Antônio Martins do Amaral, então com 21 anos, também
filho de Dico Martins e s
de como sócio em
1972, permaneceu na empresa até 1974. Segundo conta,
como parte da entrada na sociedade, ele deu um veículo
Mercedes 1111 – o primeiro caminhão da Codil. Ele
trabalhava na função de motorista fazendo entrega em
Divinópolis e região e realizando curtas viagens de compras
no Ceasa. “Minha passagem pela empresa foi muito
proveitosa, adquiri muita experiência, aprendi bastante
com os meus ex-sócios”, relata. Tempos depois de se desligar
da Codil, Arlindo de Lacerda valeu-se da vivência no
comércio de alimentos para fundar em Nova Serrana o
Supermercados Mac, hoje administrado pelo filho Valter
Amaral de Lacerda.
ócio da empresa, morreu em 1973,
vítima de doença renal. As cotas dele na sociedade foram
repassadas para o pai, Dico Martins. Arlindo Amaral de
Lacerda, que tinha entrado na socieda
19
Valter Amaral, filho de Arlindo Lacerda
e sobrinho de Valdemar
Murilo Martins do Amaral,
irmão de Valdemar
Ocupado com a fazenda, Dico Martins
vendeu sua parte da Codil em 1972
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
"Para convencer o nosso cliente a vender o novo produto,
tivemos que colocar os primeiros
sacos em consignação."
Valdemar, sobre os primeiros negócios
com feijão-carioca na região.
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20 ABC 30 ANOS
Para reduzir os custos das viagens de compras de
fornecedores no Paraná e Goiás, a Codil prestava serviços
de frete de cargas. Dirigido por Mozar Amaral, o veículo
carregado de gusa saía de Divinópolis para São Paulo,
onde a carga era entregue. De lá, o veículo seguia para o
Paraná com nova carga de terceiros. Do Paraná, carregado
de feijão, o caminhão retornava a Divinópolis. Nas
viagens para Goiás acontecia fato semelhante: carregado
de ferro-gusa, o caminhão seguia para São Paulo; de lá
com nova carga, também de terceiros, seguia para Goiás,
de onde retornava com o carregamento de arroz para
Divinópolis. Mais tarde, as viagens estender-se-iam até
Imperatriz, no Maranhão. No caso, o serviço de frete tinha
como destino Belém (PA). De lá, o caminhão, seguia para
Imperatriz, de onde retornava com o arroz. Durante quase
cinco anos, José Geraldo Amaral dirigiu o caminhão nas
viagens feitas para o Paraná a fim de comprar feijão. Ele
também fez entrega de produtos de primeira necessidade,
arroz, feijão, açúcar, óleo, em Montes Claros, norte de
Minas, de onde voltava com o caminhão carregado de
carvão vegetal para vender para as empresas siderúrgicas
de Divinópolis e região, tudo isso para aumentar a
margem de lucro da empresa. Até hoje, a Codil adota o
mesmo sistema, porém, com destino diferente: transporta
gusa para o Rio Grande do Sul, de onde continua trazendo
arroz. Valdemar conta também que era comum na
empresa fazer o chamado “comércio em cima de
caminhão”, isto é, a compra era feita na fonte e entregue
diretamente ao cliente varejista – sem a necessidade de
descarregar a mercadoria – o que reduzia custos e,
consequentemente, aumentava a margem de lucro do
negócio.
REDUZINDO OS CUSTOS
José Geraldo, irmão de Valdemar
Mozar Martins do Amaral, irmão de Valdemar
"Era comum na empresa fazer o chamado "comércio em cima de caminhão", isto
é, a compra era feita na fonte e entregue diretamente ao cliente varejista – sem a
necessidade de descarregar a mercadoria – o que reduzia custos e,
consequentemente, aumentava a margem de lucro do negócio", conta Valdemar.
21UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Em 1976, Valdemar casou-se com Eunice Fernandes e,
três anos depois, nasceu Thiago Fernandes Martins. Em
1982, o casal separou-se. Quatro anos depois, Valdemar
passou por uma delicada cirurgia cardíaca. Na mesma
época, o casal voltou a relacionar-se e nasceu, então, Thúlio
Fernandes Martins, mas a relação durou pouco. Após novo e
breve reencontro do casal, Valdemar acolheu legalmente a
pequena Thaís Carina Fernandes Martins.
CASAMENTO DE VALDEMAR
Thaís Carina Fernandes Martins,
filha de Valdemar
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22 ABC 30 ANOS
"Comecei trabalhando na limpeza; tempos depois, passei a
cobrador: rodava a cidade inteira de bicicleta para receber
dos clientes".Walchir Dias Amaral, que começou a trabalhar na Codil aos 11 anos.
EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO
Walchir Dias Amaral nasceu em Divinópolis, filho de
Geraldo Dias Furtado, conhecido popularmente por Lau, e
Maria Nazareth Dias, filha de Dico Martins e Oscarina
Amaral. Logo após concluir o curso primário na Escola
Estadual Joaquim Nabuco, aos 11 anos, Walchir começou a
trabalhar na Codil. “Como não sabia fazer nada, comecei
trabalhando na limpeza; tempos depois, passei a cobrador:
rodava a cidade inteira de bicicleta para receber dos
clientes”, conta Walchir. Sem deixar o emprego, cursou o
secundário na Escola Estadual Dona Antônia Valadares e o
primeiro ano do curso científico, no antigo “Estadual”,
localizado no Porto Velho, hoje Escola Estadual Santo Tomás
de Aquino. Aos 15 anos, foi promovido na empresa a
vendedor. “Vendia principalmente arroz, feijão, banha, o
básico, pois naquele tempo não existia grande variedade de
itens como hoje”, lembra o empresário. Tempos depois,
Walchir voltou para a fazenda do pai, Geraldo Furtado. Ali,
tirava leite, cuidava do gado, roçava pasto. Paralelamente,
comprava pintinhos, criava, vendia. Com o dinheiro,
comprava leitões, que, após a engorda, eram negociados. Em
seguida, com os recursos apurados com a venda dos suínos,
adquiria bezerras e criava-as. Quando as vacas davam crias,
eram levadas para o pasto para engordar. Finalmente, os
machos eram vendidos a fim de comprar mais bezerras,
reiniciando o ciclo reprodutivo; já as vacas ficavam para dar
leite; este, por sua vez, virava “moeda de troca” pelo uso do
pasto. Quando completou 19 anos, Walchir voltou para a
Divinópolis para fazer o Serviço Militar. Como as atividades
no Tiro de Guerra não o permitia trabalhar na fazenda,
Walchir retornou ao emprego na Codil.
Fazenda das Tocas, de propriedade
de Geraldo Dias Furtado, pai de Walchir
23
Os pais de Walchir: Geraldo Dias Furtado
e Maria Nazareth Dias, irmã de Valdemar
Ainda na adolescência, Walchir
aprendeu os caminhos da negociação
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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NASCE O ABC
1.3.3
Após o Serviço Militar, Walchir quis montar um
negócio próprio. Ele, então, propôs aos tios, sócios na Codil,
fundar uma loja de varejo também na área de alimentos.
Inicialmente, os tios ficaram surpresos, mas, como
conheciam o trabalho do sobrinho, demonstraram
confiança. Antes, porém, resolveram consultar o pai de
Walchir. Perguntaram, então, a Geraldo Furtado o que
achava do projeto do filho; como resposta receberam a
seguinte recomendação: “De uma coisa tenho certeza:
prejuízo vocês não terão com o Walchir.”
Com o aval de Geraldo Furtado, foi tomada a decisão de
se criar a nova empresa. Mas antes, Walchir teria que
resolver uma questão crucial: arrumar o dinheiro referente à
sua parte na sociedade. Ele foi, então, à fazenda do pai,
vendeu as 78 cabeças de gado que mantinha no pasto, e
apurou cerca de 900 cruzeiros, moeda circulante na época,
que correspondia a 60% do capital necessário. Os outros 40%
o pai prontificou-se a emprestar, com o compromisso de que
o dinheiro deveria ser devolvido no final de seis meses, sem,
porém, o encargo de juros. Trato cumprido fielmente pelo
filho.
Walchir revela que não foi feita nenhuma pesquisa ou
mesmo avaliação de mercado para constatar se o negócio
teria viabilidade econômica. “O que nos motivou, mesmo,
foi a vontade de trabalhar, de montar um novo negócio. Eu
sempre acreditei que quem tem vontade já tem a metade;
graças a Deus, deu certo.”
Em 1988, aos 25 anos, Walchir casou-se com Ermelinda
Silva Amaral, com quem tem dois filhos: Marco Túlio e João
Victor. “Minha vida mudou, passei a assumir com mais
seriedade as responsabilidades. Todo meu tempo passou a ser
dedicado à empresa e à família, e não podia ser diferente. A vida
de recém-casado, somada às atividades de empresário – numa
empresa que buscava consolidar-se no mercado – foi difícil;
mas, ao mesmo tempo, gratificante”, revela Walchir. “Ele foi
sempre muito dedicado à família. Quando os nossos filhos eram
pequenos, por exemplo, eles tinham dificuldades de dormir; às
vezes, Walchir ficava a noite inteira cuidando deles e logo de
manhã ia para a empresa, que vivia uma fase de consolidação
no mercado", conta Ermelinda. Ela acrescenta que “éramos os
dois para tudo, pois Walchir não queria pedir ajuda de nossos
familiares. Ele alegava que precisávamos resolver sozinhos os
nossos problemas e que isso, certamente, fortaleceria o nosso
casamento. E isso realmente ocorreu, ele estava certo".
Graduada em psicologia pela Funedi/Uemg – Divinópolis,
Ermelinda resolveu dedicar sua vida profissional ao
voluntariado. Há um ano, ela atende gratuitamente na
Paróquia da Catedral do Divino Espírito Santo, em Divinópolis,
durante três vezes por semana, uma média de 12 pessoas,
encaminhadas pelos padres da paróquia, após aconselhamento
espiritual. Em geral, são adultos e crianças em busca de
assistência psicológica para tratar distúrbios depressivos,
problemas de relacionamento conjugal e outros transtornos
que afetam as famílias. Ermelinda pretende brevemente fazer
um curso de especialização em terapia familiar, pois acredita
que “temos que investir na família, pois ela é a base de tudo”,
ensina.
CASAMENTO DE WALCHIR
24 ABC 30 ANOS
De uma coisa tenho certeza: prejuízo vocês não terão com o Walchir.
Geraldo Furtado, sobre o
projeto do filho com seus tios
“Temos que investir na família,pois ela é a base de tudo”
ensina Ermelinda
25
A escolha do nome da empresa obedeceu a uma
estratégia de marketing predefinida. A preferência era
por um nome pequeno, fácil de guardar, de apelo
popular e que refletisse a opção mercadológica de se
competir no mercado, oferecendo produtos de boa
qualidade a preços acessíveis. Assim, a nova empresa
recebeu o nome de ABC – Alimentos a Baixo Custo. A
marca ABC surgiu de forma circunstancial, como conta
Valdemar: "Eu acompanhava a descarga de caminhões
de óleo ABC. Era tudo carregado nas costas, porque não
tínhamos paletes nem empilhadeiras. Em determinado
momento, uma caixa caiu e uma das latas saiu rolando.
Nesse instante, eu olhei a marca do óleo e tive a certeza
de que tinha descoberto o nome que procurava para a
nova empresa”. O comerciante destaca que o termo ABC,
além de obedecer aos pré-requisitos da estratégia de
marketing, ao mesmo tempo apresentava outras
vantagens: “Primeiro, lembrava as primeiras letras do
alfabeto e ainda siglas conhecidas no mercado, o que
facilitaria a associação da nova empresa com o setor
varejista de alimentos. Exemplo: ABC lembrava o
Supermercado BBB, que operava na época em
Divinópolis, e ainda, Casa da Banha (CB), esta com forte
atuação em nível nacional na época; segunda
vantagem, ABC serviria de sigla para alimentos a baixo
custo, aditivo que poderia ser usado com a marca.”
Assim, a marca “ABC – Alimentos a Baixo Custo” obteve
de imediato plena aceitação entre os sócios.
A ORIGEM DO NOME ABC
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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26 ABC 30 ANOS
OS PRIMEIROS TEMPOS DIREÇÃO DA EMPRESA
Passados seis meses de sua entrada no mercado, o
ABC adquiriu o primeiro caminhão, marca Mercedes,
popularmente chamado de modelo 3/4. Com Walchir ao
volante, de segunda à sexta-feira, eram feitas viagens de
compras de atacadistas do Ceasa em Contagem.
“Chegávamos a Divinópolis por volta de meia-noite e
íamos dormir; na manhã seguinte, as cargas eram
descarregadas: repunham-se os produtos nas gôndolas,
recolhia-se o dinheiro das vendas do dia e voltávamos
logo para o Ceasa para fazer novas compras”, conta o
empresário. Na difícil rotina, Walchir permaneceria por
cerca de dois anos, até que a empresa pôde contratar um
motorista, a fim de liberá-lo para ficar em tempo integral à
frente dos negócios.
As decisões no ABC, desde o início, eram tomadas em
conjunto pelos sócios da “empresa-mãe”, da Codil e de
Walchir. No entanto, a direção administrativa e operacional
da empresa cabia a Walchir Amaral, situação que se
manteria até a cisão do ABC com a Codil.
“Chegávamos a Divinópolis
por volta de meia-noite e
íamos dormir; na manhã
seguinte, as cargas eram
descarregadas: repunham-se
os produtos nas gôndolas,
recolhia-se o dinheiro das
vendas do dia e voltávamos
logo para o Ceasa para fazer
novas compras", conta Walchir.
Fo
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era
me
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stra
tiva
27
PROMOÇÕESINOVAÇÕES
Desde a fundação, o ABC investiu em estratégias de
relacionamento que garantissem a fidelidade dos clientes e
que, ao mesmo tempo, alavancassem as vendas. O ABC
introduziu em Divinópolis, por exemplo, um novo modo de
venda no varejo: a mercadoria não era mais pesada diante
do cliente, não se fazia entrega em domicílio e o pagamento
devia ser feito à vista. Mas, se a loja não mantinha serviços e
vantagens a que o cliente estivesse habituado, o que ela,
então, oferecia em troca para fidelizá-lo? “O produto a baixo
custo”, responde Walchir. Assim, adotando estratégias de
vender o produto a preço cada vez mais acessível ao bolso do
consumidor, o ABC passo a passo foi conquistando a
clientela.
O ABC foi também o primeiro supermercado da cidade
a recorrer às grandes promoções para incrementar as
vendas. Para atrair clientes era veiculada forte campanha
publicitária na mídia local. Algumas mercadorias eram
vendidas pelo preço de custo como, por exemplo, o
detergente; outros eram vendidos pelo preço “simbólico” de
1 centavo, no caso, sabonete. O ABC inovou também ao
lançar a “oferta-relâmpago” de mercadorias a baixo preço
para o cliente que estivesse na loja no momento. “Logo que
foram lançadas, as promoções tornaram-se um sucesso,
levando muita gente às compras e contribuindo bastante
para fidelizar a clientela”, conta Vânia Aparecida Amaral,
irmã e secretária do vice-presidente, Walchir. Segundo ela,
mesmo quem comprava por meio de caderneta em outros
estabelecimentos dava um jeito de arrumar dinheiro para
comprar à vista os produtos colocados em promoção. Casada
com Antônio Sérgio Salomé, mãe de Lívia Amaral, Vânia é
uma das primeiras funcionárias do ABC.
Mas como a empresa conseguia fazer promoções com
preços tão baixos? Quem revela o segredo é novamente
Walchir. “Com a alta inflação da época – meados da década
de 1980 –, o fabricante trabalhava com a tabela de preços de
produtos sempre atualizada, o que não acontecia com a
tabela das lojas. Então, o ABC não atualizava a sua tabela e
colocava os produtos em promoção com o objetivo de atrair
e fidelizar novos clientes. Consequentemente, as vendas
aumentavam e a empresa ganhava girando mais
rapidamente os estoques”, explica o empresário. Fato é que
os clientes ficavam bastante intrigados: eles não entendiam
como o ABC podia vender a preço bem abaixo daquele
praticado pelos concorrentes.
Vânia Amaral, irmã de Walchir
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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SOLUÇÕES CRIATIVAS
O produto em pacote e exposto nas gôndolas também
causou grande desconfiança no consumidor ,
principalmente quanto ao peso. Isso, porque o cliente
estava acostumado ao sistema antigo: “acondicionado nos
chamados sacos de linhagem, o produto era, até então,
retirado por meio de concha, colocado no saco de papel e
pesado na balança na frente do freguês. “Fui a São Paulo,
comprei uma balança Filizola, equipamento com grande
credibilidade no mercado já naquela época e a coloquei no
centro da loja. Nela afixamos um cartaz com os seguintes
dizeres: “Queira por gentileza conferir o peso”, frase esta
criada gentilmente pelo professor José Dias Lara, respeitado
mestre de nossa cidade”, relata Valdemar Amaral. A
estratégia revelou-se eficaz: logo os clientes se habituaram a
levar o produto em pacote para casa.
Soluções criativas como esta, adotadas para enfrentar
circunstâncias adversas no dia a dia da empresa, são
creditadas à sabedoria do povo das Minas Gerais por
Valdemar Amaral. Como argumento, ele recorre ao ditado:
“O mineiro é assim: quando tem poeira, está à frente; quando
tem barro, está atrás e, quando a porteira abre, passa no
meio”.
“Queira por gentileza conferir o peso".
29
O gosto pela inovação, herdado da empresa-mãe, a
Codil, é uma das principais ferramentas de crescimento do
ABC, fato amplamente reconhecido pela comunidade. “O
ABC é precursor na inovação do mercado varejista em
Divinópolis. Nos seus 30 anos de história, o ABC mudou o
conceito de supermercados na cidade, igualando-se às
grandes redes mundiais e isso muito contribui para o
desenvolvimento do nosso comércio”, atesta Rafael Pinto
Nogueira, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de
Divinópolis (CDL). A capacidade inovadora da empresa
também merece o reconhecimento do empresário e
dirigente classista, Leides Nogueira: “Ao comemorar os 100
anos, a cidade de Divinópolis deve ao ABC a modernização
do abastecimento à sua população, por meio de uma
eficiente rede de supermercados”.
RECONHECIMENTO E EXPANSÃO
Rafael P. Nogueira,
presidente da CDL Divinópolis
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
"No comércio varejista, quanto
mais lojas uma empresa tem, mais
bem posicionada ela fica entre os
seus pares e, consequentemente,
mais poder de barganha detém
para negociar preços com
fornecedores; com isso, ela pode
praticar preços mais competitivos
com a clientela, o que faz
aumentar suas vendas e assim
sucessivamente", explica Walchir.
O comércio varejista de alimentos encontra-se entre os
mais competitivos do mercado. A formulação de estratégias
de crescimento, de aumento na participação no mercado, de
fidelização do cliente e de lucratividade é fundamental para
o sucesso do negócio. Assim, a expansão, por exemplo, é uma
necessidade da própria atividade econômica. Para manter-
se competitiva no mercado, a empresa tem que abrir novos
pontos de venda e investir na sua modernização; ocorre,
então, o chamado círculo virtuoso: “No comércio varejista,
quanto mais lojas uma empresa tem, mais bem posicionada
ela fica entre os seus pares e, consequentemente, mais poder
de barganha detém para negociar preços com fornecedores;
com isso, ela pode praticar preços mais competitivos com a
clientela, o que faz aumentar suas vendas e assim
sucessivamente”, explica Walchir. “A empresa que não
cresce padece. A economia cresce, a população cresce e então
ela tem que investir no seu desenvolvimento. Quando se diz
que uma empresa está estagnada, na verdade ela já está em
decadência, pois parou de crescer, enquanto tudo em sua
volta está desenvolvendo-se”, complementa Valdemar ao
justificar a decisão da empresa de abrir novas lojas ABC em
Divinópolis e outras regiões a partir de 1986.
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30 ABC 30 ANOS
Em 25 de março de 1986, o ABC abriu sua segunda loja,
localizada na rua Pernambuco, em frente ao Fórum Manoel
de Castro Santos, em Divinópolis. A nova unidade tinha 2área maior, 350 m , estava instalada na área central da
cidade e oferecia outra vantagem: dispunha de área de
depósito de mercadorias. Mais tarde, em 1996, esta loja foi
transferida para a av. 21 de Abril, 250, esquina com rua
Sergipe, onde se encontra até hoje. Atualmente, o imóvel
está sendo reformado e ampliado para transformar-se num
hipermercado.
AS NOVAS LOJAS
Atual fachada da loja da
Av. 21 de abril – Divinópolis,
que encontra-se em reforma
31
O PLANO CRUZADO
Em 28 de fevereiro de 1986, o Governo José Sarney
implantou o Plano Cruzado com o principal objetivo de
controlar a inflação. De um dia para o outro, o governo
federal estabeleceu, entre outras medidas, o congelamento
de bens e serviços, de salários, da taxa de câmbio e ainda
aboliu o cruzeiro para adotar o cruzado como unidade
monetária do país. O Plano Cruzado teve imediatamente
forte impacto na atividade econômica, especialmente, no
comércio varejista. Para assegurar o cumprimento do novo
plano econômico, o Executivo Federal adotou medidas
autoritárias, ameaçando fechar estabelecimentos e prender
quem desobedecesse às suas normas. Ao mesmo tempo,
numa atitude de caráter populista, elegeu cada brasileiro
como “fiscal do Sarney”. Tudo para assegurar o
cumprimento das medidas. O setor supermercadista foi um
dos principais alvos da autoritária vigilância
governamental: operações policiais passaram a ser rotina
nas lojas em várias partes do país. O ABC não passou ileso,
como relata Walchir: “Uma das exigências era que a
classificação do produto constasse na embalagem. Um
cliente da loja, então, observou que uma marca de arroz não
estava com a especificação correta e chamou a polícia. Isto
aconteceu num sábado de manhã. A polícia veio,
confessamos o erro e explicamos que a falha foi cometida
por falta de pleno conhecimento dos procedimentos recém-
exigidos na época pelo governo, mas não adiantou: na
condição de diretor da empresa, fui detido e levado para a
delegacia. Eu teria, segundo o delegado, que permanecer ali
até a segunda-feira seguinte. Mas, no sábado à noite,
constrangido com a situação, o delegado liberou-me
informalmente, com a condição de que eu voltasse na
madrugada de segunda-feira. Com tal artifício, ele quis dar a
impressão para a sociedade de que eu ficara preso todo o
final de semana. Cumpri o acordo, apresentando-me na
madrugada e, logo na manhã, fui liberado para fazer a
defesa da empresa. Dias depois, tudo ficaria esclarecido, com
a comprovação, por meio de documentos, de que não houve
má-fé de nossa parte”, concluiu.
Tranquilo, Walchir relatou o ocorrido sem expressar
mágoas ou ressentimentos. O episódio foi apenas mais uma
adversidade, entre tantas, vencidas pela empresa na sua
vitoriosa trajetória. Já no Plano Cruzado, depois de breve
sucesso, começou a apresentar graves problemas como, por
exemplo, o desabastecimento do mercado e a consequente
cobrança de ágio na aquisição das mercadorias, seguido de
saques em supermercados em várias cidades e fortes
protestos da população. Walchir lembra que foi um
momento muito difícil para a empresa. “Com a escassez de
produtos no mercado e com os preços congelados, não
tínhamos nenhum poder de compra entre os fornecedores,
alguns itens, em tese, comprávamos por um cruzado e
tínhamos que vender por 0,90 centavos de cruzado”. No
final de 1986, depois de assegurar expressiva vitória nas
urnas para os partidos de sua base de sustentação política, o
Governo José Sarney aboliu o plano.
Projeção da loja reformada
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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32 ABC 30 ANOS
UM NOVO MARCO
1.3.4
Em 31 de agosto 1995, foi inaugurada a loja ABC da av.
Juscelino Kubitschek (JK), 1750, no Bom Pastor, em
Divinópolis, um dos bairros mais dinâmicos e promissores
da cidade. Mais uma vez, o ABC inovou ao implantar o
sistema de código de barras. “Com a nova tecnologia,
passamos a ter o controle da entrada e saída de produtos,
como também o controle financeiro e fiscal. Fomos o
primeiro supermercado do interior de Minas Gerais a
implantar a nova tecnologia. “O código de barras aumentou
o autosserviço, dando mais liberdade para os clientes dentro
da loja e, com isso, contribuiu para reduzir os preços,
possibilitou maior oferta de produtos, trouxe mais agilidade
no atendimento nos caixas; tudo isso, consequentemente,
elevou a produtividade na loja”, revela Valdemar.
No começo, houve leve resistência diante do código de
barras: o cliente não confiava em que o sistema fizesse uma
leitura fidedigna do preço do produto. Tornou-se, então,
necessária a contratação de funcionários para acompanhar a
conferência com o freguês. Logo, porém, a clientela
constatou que, além de seguro, o código de barras trazia
também grande agilidade ao atendimento dos caixas,
evitando, assim, a formação de filas. Diante da sua grande
aceitação, eficiência e benefícios, a tecnologia foi
implantada nas demais unidades de vendas logo em
seguida. Valdemar aponta, porém, um fator negativo na
adoção da nova ferramenta tecnológica: “Ela aumentou a
distância entre o cliente e a empresa: a relação entre as partes
ficou mais impessoal, e isso nunca é bom para o negócio”,
ensina o empreendedor.
No ano 1996, foram instaladas a Central de Distribuição
de Perecíveis (alimentos frios, laticínios e congelados) e a
Central Frigorífica (desossa de carne suína) – ambas
localizadas no bairro Porto Velho, na rua Tomás Gonzaga,
263, Divinópolis, ao lado da loja ABC.
INFORMATIZAÇÃO
Em 21 de março 1991, o ABC incorporou o
Supermercados CB, localizado na av. 1.º de Junho, 831, no
centro de Divinópolis. A instalação da terceira unidade de
vendas na cidade é considerada um marco na história da
empresa. “Significou uma grande virada em nosso negócio: 2saímos de conceito de loja de 350 m para uma loja de 1.500
2m , o que nos permitiu implantar as áreas específicas de
padaria, açougue e o chamado LFV (legumes, frutas e
verduras) e aumentar o mix de produtos em exposição em
outros setores,” destaca Walchir.
Em maio de 1993, o ABC adquiriu uma unidade de
venda da bandeira BBB, localizada na rua Goiás, 630, no
bairro Porto Velho, em Divinópolis. No local, a empresa
construiu sua primeira loja dentro do conceito de
supermercado. As demais lojas da rede foram instaladas em
cômodos comerciais ou galpões adaptados para
funcionarem como supermercados. A iniciativa também
representou um momento marcante na trajetória de
crescimento do ABC. Já em 2 de agosto de 1994, adquiriu
também o Supermercado Malta, localizado na av.
Magalhães Pinto, 543, no bairro Niterói, em Divinópolis.
Com as duas aquisições, o ABC alcançou o objetivo de
marcar presença em dois tradicionais bairros de Divinópolis:
Porto Velho e Niterói.
Loja da av. 1.º de Junho – Divinópolis
33UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
No ano de 1996, foram instaladas a Central de
Distribuição de Perecíveis (alimentos frios, laticínios e
congelados) e a Central Frigorífica (desossa de carne suína) –
ambas localizadas no bairro Porto Velho, na rua Tomás
Gonzaga, 263, Divinópolis, ao lado da loja ABC.
CENTRAIS DE DISTRIBUIÇÃO
Loja do bairro Porto Velho – Divinópolis
Loja do bairro Bom Pastor – Divinópolis
Loja do bairro Niterói – Divinópolis
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34 ABC 30 ANOS
CRESCENDO NA CRISE
A década de 1980, a chamada “década perdida” da
economia brasileira, foi caracterizada por uma persistente
hiperinflação, dívida externa insustentável e reduzido
investimento público e privado nas atividades produtivas.
Este cenário macroeconômico prolongar-se-ia até meados
da década de 1990, quando teve início o processo de
estabilização da economia. E foi justamente nessa
conjuntura totalmente adversa ao investimento privado
que o ABC foi fundado e consolidado como empresa.
“Apesar da conjuntura econômica totalmente desfavorável
no país nos primeiros 15 anos da empresa, o ABC, desde sua
criação, manteve contínuo e sólido crescimento graças ao
espírito empreendedor e a capacidade administrativa de
Valdemar e Walchir", constata Afonso Gonzaga, presidente
da regional Centro-Oeste da Federação das Indústrias de
Minas Gerais (Fiemg). Segundo o dirigente empresarial, a
história do ABC destaca-se também pela grande parceria
firmada com as pequenas e médias empresas de
Divinópolis, pela prioridade dada à produção da agricultura
familiar e, ainda, pela conquista, com méritos, da liderança
no setor supermercadista na região. “Os 30 anos do ABC são,
em resumo, um troféu de reconhecimento do extraordinário
talento que Valdemar e Walchir demonstram na condução
de seus negócios”, afirmou Gonzaga. A competência
empreendedora dos acionistas do ABC é endossada também
por Mozar Martins do Amaral, ex-sócio da Codil. “Eles são
Afonso Gonzaga, presidente da Fiemg Centro-Oeste
INCÊNDIO NA CODIL
Em 3 de outubro de 1998, um curto-circuito na rede
elétrica provocou um incêndio na Codil, o que resultou em
perda de cerca de 50% do estoque de mercadorias do
atacado. O incidente, ocorrido num final de semana, não
afetou, porém, a distribuição de produtos para as lojas ABC.
Murilo Amaral, que dirigia o setor de atacado da empresa na
época, elogia a solidariedade demonstrada pelos
fornecedores. “Eles prorrogaram o prazo para pagamento
das compras feitas, aumentaram o prazo das novas compras
e elevaram as bonificações. Foi uma atitude muito bonita,
que, com o apoio dos funcionários e vendedores, nos ajudou
a superar as perdas, sem comprometer o desempenho da
empresa”, relembra.
Murilo Martins do Amaral, irmão de Valdemar
animados, arrojados e disciplinados. A empresa é
organizada e muito bem administrada. Eles merecem o
sucesso que estão alcançando”, destaca. Valdemar e Walchir
são extremamente dedicados ao trabalho, estão sempre
preocupados em modernizar a empresa, são corajosos para
investir em novos negócios. Eles estão sendo
recompensados por tudo que fizeram pela empresa ao longo
dos anos”, complementa José Geraldo Amaral.
35
"Buscar o equilíbrio entre o ter e o ser, gerando emprego
e melhorando a qualidade de vida das pessoas".
Valdemar, sobre sua missão de vida.
Mas, para pôr em prática a nova missão, Valdemar teria
que tomar uma decisão a respeito de sua situação
empresarial. Decisão que não foi tomada de imediato.
“Refleti durante muito tempo e no final cheguei à conclusão
de que o comércio varejista de alimentos me proporcionaria
melhores condições para alcançar o meu objetivo. Numa
reunião com os meus irmãos, sócios na Codil e no ABC,
expliquei minhas razões e, então, fiz a proposta de cisão das
duas empresas, e finalizei dizendo que gostaria de ficar
somente no ABC. Eles aceitaram e, então, fiz o convite para o
nosso sobrinho Walchir para que continuasse comigo, a
partir dali, no varejo. Ele concordou prontamente. E assim
foi feito”, revela o empresário. A cisão das empresas ocorreu
de fato em 1998, legalmente, porém, foi concretizada em 6 de
agosto de 1999.
CISÃO DA CODIL E ABC
Em 30 de novembro de 1996, com a empresária
divinopolitana Aparecida Malta, Valdemar foi sequestrado
e mantido em cativeiro durante 53 dias. O sequestro chegou
ao fim após vários enfrentamentos entre policiais e
sequestradores e longa investigação. O episódio, embora
tenha sido uma experiência dolorosa, foi também um
momento de grande aprendizagem para o empresário.
“Durante os longos dias de reclusão forçada”, conta
Valdemar, “fiz uma proveitosa reflexão sobre a minha vida.
Toda aquela situação mexeu profundamente com minha
maneira de ver o mundo; saí de lá muito sensível. Aquele
episódio, na verdade, me levou a descobrir a minha missão
de vida que é: 'buscar o equilíbrio entre o ter e o ser, gerando
emprego e melhorando a qualidade de vida das pessoas'".
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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36 ABC 30 ANOS
Em 7 de dezembro 1999, foi inaugurado o
Hipermercado ABC, na rua Goiás, 1.515, no centro da cidade,
outro fato marcante na história do grupo empresarial. Com
projeto arquitetônico inovador e área construída de 10.500 2m , a loja causou grande impacto no comércio varejista de
Divinópolis. O “Híper”, como passou a ser popularmente
conhecido, possibilitou à empresa oferecer, num mesmo
local, uma grande variedade de produtos para os mais
variados públicos consumidores da cidade e região. “O
cliente passou a ter mais espaço e mais mercadorias e
serviços à disposição. Os consumidores, com algumas
exceções, gostam de pesquisar produtos, marcas, preços;
acompanhar lançamentos e encontrar amigos; ir à loja fazer
compras não é só uma necessidade, é também lazer e
entretenimentos”, ensina Walchir. O novo formato de loja,
um verdadeiro centro de compras, logo caiu no gosto da
população divinopolitana.
INAUGURAÇÃO
DO HIPERMERCADO
Híper Centro – sua construção foi um
fato marcante na empresa e no comércio
varejista de Divinópolis
Walchir Dias Amaral
37
Na construção de seu primeiro hipermercado, o ABC
contou, em parte, com economias próprias. “Nós
mantivemos, desde o início, o procedimento de sempre
reinvestir o lucro em nosso próprio negócio, e uma das
nossas prioridades é, justamente, a expansão da estrutura
física, com a ampliação e abertura de novas lojas”, explica
Valdemar. O restante dos recursos financeiros veio por meio
de financiamento via Banco de Desenvolvimento de Minas
Gerais (BDMG), iniciativa inédita na empresa, pois não
havia a prática do trabalho com recursos de terceiros. No
entanto, com a experiência bem-sucedida, o ABC passou a
usar cada vez mais o financiamento bancário para construir
novas lojas e instalações da empresa. “Sempre procuramos
manter o crédito, e isso é fundamental para a expansão de
nossa empresa. O crédito é uma plantinha frágil que temos
que regar todo o dia”, lembra Valdemar.
O VALOR DO CRÉDITOMINEIRICE
Ao espírito desconfiado do divinopolitano, como bom
mineiro que é, não passaram despercebidos, porém, a
rapidez e o sistema de pré-fabricados adotado para a
construção da loja – uma novidade na época no município.
A adoção da nova técnica de edificação permitiu que a loja
ficasse pronta em apenas 107 dias, contados desde a
demolição do antigo prédio até os trabalhos finais de
acabamento. Alguns clientes, então, relutavam em entrar
no hipermercado, pois temiam que o imóvel viesse abaixo.
No entanto, o tempo encarregou-se de provar a solidez da
obra, dissipando a desconfiança dos mais ressabiados.
"O crédito é uma plantinha frágil
que temos que regar todo o dia",
ensina Valdemar
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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38 ABC 30 ANOS
A partir de novembro de 2000, a empresa mantém uma
unidade de apoio na Ceasa, em Contagem. Por intermédio
dela, é feita a aquisição de frutas, legumes, verduras e
produtos complementares de linha seca para serem
encaminhados em seguida às lojas da rede ABC. Com a
expansão dos negócios, uma nova loja foi construída na
Ceasa, em 2008, para abrigar a unidade de apoio.
Em 11 de janeiro de 2001 teve início o processo de
regionalização da bandeira ABC. “Abrimos, então, a loja em
Formiga. Era a primeira experiência fora de Divinópolis e
serviu como grande aprendizado para nós”, conta Walchir.
Em seguida, foram instaladas lojas em Oliveira, em 19 de
janeiro de 2001; Campo Belo, 5 de novembro de 2002; e
Itaúna, 6 de fevereiro de 2003.
O vice-presidente, Walchir Amaral, aponta que “os
principais critérios para a escolha de municípios para
instalação de lojas são: o potencial de consumo da
população que assegure um volume de vendas compatível
com o investimento e localização geográfica que
proporcione uma boa logística na distribuição de produtos,
visibilidade e acesso fácil do cliente à loja”.
Em 2003, foi inaugurado também o Centro de
Distribuição e de Administração (CDA), no Anel Rodoviário
Tancredo Neves, 5.455, no bairro Bom Pastor, em 2Divinópolis. Com área total de 5.500 m , ele se constituiria
noutro marco na vida da empresa. Ali funcionava a sede
administrativa e eram recebidos e armazenados todos os
produtos, exceto carnes, para ser encaminhados às lojas,
assim, como ocorre hoje no novo CDA.
A partir de 2003, o cenário macroeconômico brasileiro
passou a registrar expressiva elevação da renda e do
emprego no país, com consequente aumento do consumo, o
que criou condições amplamente favoráveis para a
expansão dos negócios. Alicerçado nessa conjuntura
positiva, o ABC acelerou a expansão de suas atividades no
Oeste de Minas. Em 21 de agosto de 2003, o ABC inaugurou a
loja de Pará de Minas. Já Santo Antônio do Monte passou a
contar com o Supermercado ABC a partir de 23 de junho de
2005 e Arcos a partir de 6 de julho de 2006. Em 10 de agosto de
2006, foi aberta a segunda unidade de vendas em Itaúna. No
ano seguinte, a bandeira ABC chegou ao mercado de Araxá,
no Alto Paranaíba, cerca de 300 quilômetros de Divinópolis.
Em razão das boas perspectivas de negócios no município, o
grupo ABC instalou três lojas num curto período: 11 de julho
de 2007, 7 de agosto em 2007 e 30 de junho de 2008,
respectivamente.
Em 2005, por iniciativa do presidente, Valdemar
Amaral, e do atual vice-presidente de Finanças, Thiago
Martins, o ABC lançou no mercado o cartão de crédito
“Garantido”, voltado principalmente para os clientes que
não dispõem de conta bancária, mas que gostariam de ter
acesso a financiamento para realizar suas compras. Para
administrar o negócio, foi criada a empresa Financial
Administradora de Cartões L.tda. Hoje, o Garantido atende
os clientes do ABC, Supermercados MAC (Nova Serrana) e da
Rede Alvorada de Supermercados, empresa parceira, com
matriz em Pouso Alegre e que opera em vários municípios
do sul de Minas. O cartão, desde o seu lançamento, é um
sucesso entre os consumidores. Hoje, cerca de 100 mil
clientes podem fazer compras a prazo nas lojas das três redes
supermercadistas e em dezenas de empresas conveniadas.
A EXPANSÃO
1.3.5
INAUGURAÇÃO DE LOJAS
CARTÃO GARANTIDO
Ceasa - Contagem
Ainda em 2007, Thiago Martins casou-se com
Fernanda Sousa Mendonça e, em 2009, nasceu a primeira
neta de Valdemar: Natallie Mendonça Martins.
CASAMENTO DE THIAGO
ABC Atacadista de Oliveira
39
Loja de Formiga
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40 ABC 30 ANOS
Loja da Praça Luiz Ribeiro – Itaúna
Loja de Campo Belo
Loja de Pará de Minas
Loja de Santo Antônio do Monte
41UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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42 ABC 30 ANOS
Loja de Arcos Loja da rua Zezé de Lima – Itaúna
Loja da av. João Paulo II – Araxá
Loja da av. Senador Montandom – Araxá
Loja da av. Aracely de Paula – Araxá
Centro de Distribuição e
Administração (CDA) foi
inaugurado em 2003
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Em busca da excelência empresarial, o ABC iniciou, a
partir de 23 de março de 2007, o projeto de aperfeiçoamento
da gestão por meio de metodologias avançadas de
gerenciamento por resultados. Já em dezembro de 2007, foi
implantado o planejamento estratégico pela definição da
missão, visão, crenças e valores da empresa, fato marcante
de uma nova fase da modernização de sua gestão. Segundo
explica o assessor de gestão da governança corporativa,
Anderson Rodrigues, o programa conta com três linhas de
ação: primeira, investimentos em infraestrutura e em novas
tecnologias; segunda, desenvolvimento de pessoas, com
adoção de programas de qualificação e capacitação de
funcionários nos aspectos; técnico, atendimento e liderança;
terceira, adoção de novas metodologias de aperfeiçoamento
da gestão comercial, operacional e administrativa.
"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e
esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem".(GUIMARÃES ROSA.)
Anderson Rodrigues, assessor de Gestão
Reconstrução da CDA,
após o incidente de 2008
45
Um grave incidente, porém, pôs à prova a notável
capacidade empreendedora demonstrada pela empresa até
então. Em 18 de setembro de 2008, aconteceu um grande
incêndio no Centro de Distribuição e Administração (CDA).
Nele funcionavam os escritórios da sede administrativa da
empresa e estavam estocados os produtos da linha seca,
destinados a suprir as lojas. Tudo começou com um curto-
circuito na chave geral de distribuição de energia e, logo, as
chamas alastraram-se por todo o prédio através da rede
elétrica. O fogo queimou mercadorias, máquinas e
equipamentos e deixou a estrutura do prédio
definitivamente comprometida. Somente o imóvel anexo,
que abriga o restaurante, não foi atingido pelas chamas. “De
um dia para o outro, tudo acabou, todos os funcionários,
cerca de 250, não tinham sequer uma cadeira para
trabalhar”, relembra Walchir.
Para garantir a distribuição dos produtos nas lojas,
imediatamente foi feito um acordo com os fornecedores. As
entregas das compras passaram, nos primeiros dias, a ser
feitas diretamente nas unidades de venda, e o prazo para
pagamento de produtos e serviços foi prorrogado. Dessa
forma, fornecedores deram também sua inestimável
contribuição no difícil momento vivido pelo ABC. Os
funcionários, por sua vez, formaram uma “corrente de
solidariedade” e trabalharam durante meses em estruturas
improvisadas num galpão alugado às pressas na av.
Autorama, em Divinópolis. Ali se concentraram as
atividades administrativas e de distribuição de produtos.
“Todos se uniram e se esforçaram para superar aquela
situação difícil, foi, um momento também de grande
aprendizado para nós: a improvisação fez a gente trocar mais
conhecimentos e sermos mais solidários uns com os outros;
isso trouxe benefícios profissionais e pessoais para todos”,
lembra Dilma Oliveira Silva Gonçalves, gerente comercial
de Alimentos. Na mesma noite do incêndio, com as chamas
porém,
ainda não totalmente debeladas, Walchir sentou-se à mesa
do restaurante do antigo CDA para fazer o esboço do projeto
arquitetônico de um novo prédio. Dez meses após o grave
incidente, o projeto virou realidade e o resultado
surpreende, a começar pela área construída, que foi mais
que triplicada, passando de 5.500 m² para 17.300 m².
Walchir, ao fazer um balanço do sinistro, aponta: “O lado
negativo do incidente é que não estávamos preparados,
fomos pegos de surpresa; o positivo é que nós tivemos a
oportunidade única de reestruturar e renovar tudo, isto é,
começar do zero. Para fazer isso, tínhamos três coisas
importantes: o terreno, a experiência de vida e profissional e
a fé em Deus. Tudo contribuiu para que fóssemos felizes na
nossa tarefa”. A reconstrução do CDA foi feita com recursos
próprios e da indenização do sinistro paga pela empresa
seguradora. Como vice-presidente de Logística e
Infraestrutura, Walchir é responsável na empresa pelos
projetos de manutenção, reforma, ampliação e construção
de novas lojas – “trabalho que realiza com grande
satisfação”, declara.
O presidente da regional Centro-Oeste da Federação das
Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Afonso Gonzaga,
relembra o fato e afirma que “a reconstrução do CDA é a
prova mais contundente da capacidade de gestão do grupo.
De noite para o dia, tudo veio abaixo; dez meses depois, as
novas instalações passaram a abrigar o maior centro de
distribuição de produtos da região oeste de Minas”, enfatiza
o dirigente classista.
GRANDE DESAFIO
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
O gosto por projetos de engenharia e arquitetura vem
da infância do empresário, segundo conta Maria Nazareth
Dias. “Com quatro anos, Walchir já gostava de brincar de
construir pontes, currais, como também casas, prédios, estes
erguidos com tijolinhos de barro que ele mesmo 'fabricava'
utilizando moldes de madeira”, revela a mãe.
CONSTRUTOR NATOS
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46 ABC 30 ANOS
O CDA conta com um auditório para 100 pessoas, que é
utilizado para palestras, seminários, debates e cursos de
capacitação dos funcionários, entre outros usos. Desde a
reinauguração, nele é celebrada mensalmente uma missa,
quase sempre pelo padre Reni Nogueira dos Santos, reitor
do Santuário de Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, em
Divinópolis, e um culto evangélico, ministrado por diversos
pastores da região. O atos religiosos contam
tradicionalmente com a presença de diretores e
funcionários da empresa e convidados e ocorrem sempre às
sete horas da última sexta-feira de cada mês (missa) e às sete
horas da última quarta-feira de cada mês (culto). O nome
dado ao Centro Cultural, Oscarina Mendes do Amaral,
falecida em 1985, é uma homenagem à matriarca da família
e esposa de Dico Martins.
Em 26 de fevereiro de 2009, o ABC adquiriu o
Supermercados Amigão, situado no bairro Nossa Senhora
das Graças, em Divinópolis, que, desde então, passou a
operar com a bandeira ABC.
CENTRO CULTURAL
OSCARINA MENDES DO AMARAL
NOVA AQUISIÇÃO
REDE DE DROGARIASDentro do projeto de expansão de suas atividades no
município, o ABC decidiu investir em novo segmento do
mercado de alimentos, tendo como público-alvo os
chamados “clientes transformadores”. São restaurantes,
bares, pastelarias, pizzarias, padarias, hotéis, motéis, bufês,
ou seja, estabelecimentos e empreendedores individuais
que compram o produto para revendê-lo em unidades ou
para transformá-lo em nova mercadoria para a clientela.
Para atender esse promissor segmento do mercado, foi
inaugurado em 18 de março de 2010, o ABC Atacadista,
localizado na rua Paraíba, 3.250, no bairro Rancho Alegre, no
Anel Rodoviário de Divinópolis.
ABC ATACADISTA
Dentro do conceito de hipermercado como centro de
compras, colocado em prática em 1999, com a inauguração
do chamado Híper Centro em Divinópolis, o ABC inicia a
instalação de uma rede de drogarias em suas lojas a partir de
2009. É mais uma estratégia para fidelizar a clientela,
oferecendo mais opções de produtos, desta vez,
medicamentos, suplementos alimentares, perfumes, entre
outros. A primeira loja a receber uma drogaria foi o Híper
Centro em Divinópolis; em seguida, foram contempladas as
unidades de vendas de Lagoa da Prata, Pará de Minas,
Formiga, Divinópolis (lojas ABC Bom Pastor e Híper São
José), Oliveira e Lavras.
Funcionários almoçam no Centro de Distribuição e Administração
Padre Reni Nogueira dos Santos
47
Centro cultural
Oscarina Mendes
do Amaral
Em 2010, o ABC inaugurou
sua 1.ª unidade atacadista
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Loja do bairro Nossa Senhora das Graças
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48 ABC 30 ANOS
O ABC inaugurou em 27 de maio de 2010, em Lagoa da
Prata, a primeira “loja verde” do interior de Minas Gerais.
Com projetos de arquitetura e engenharia elaborados a
partir do conceito-chave de sustentabilidade, a loja conta
com iluminação natural, piso orgânico, bicicletário, cota
extra de vagas na garagem para veículos que utilizem o
etanol, reservatório de água de chuva, entre outros
equipamentos e serviços focados na preservação ambiental.
A loja verde passou a ser referência no planejamento das
novas lojas ABC que estão sendo ou foram construídas desde
então.
A1. LOJA VERDE
Valdemar Amaral e Marlete Rodrigues Garcia Goulart
Amaral casaram-se no dia 22 de maio de 2011. Ela é
advogada, empresária do ramo de comunicação e tem dois
filhos. Eles se conheceram em 2009 e logo passaram a
relacionar-se. Num depoimento emocionado, ela traça um
perfil e declara profunda admiração pelo marido: “Quando
penso em empreendedores, penso na equipe ABC. Tomo
emprestada a teoria do Michel Jordan para ilustrar a visão
que tenho da empresa ABC: 'Com talento ganhamos
partidas, com trabalho em equipe ganhamos campeonatos'.
Faz toda a diferença a equipe formada pela rede nestes
últimos 30 anos. Nem a velocidade do crescimento da
empresa foi capaz de fazer com que seus governantes se
esquecessem dos valores inerentes a cada um dos
executivos, que juntos os transformaram em valores a serem
perseguidos pela empresa: a crença em Deus, a humildade, o
trato com as pessoas e a dedicação fazem das lojas ABC o
melhor lugar para se comprar. A marca ABC faz brotar em
nós consumidores um sentimento de desejo, o de estar em
casa, e de levar para casa o melhor produto, e isto somente é
possível pela credibilidade que a marca impõe no mercado.
NOVO CASAMENTO
E, como esposa do Valdemar, sou acometida pela suspeição,
mas ainda assim me atrevo, porque o que digo não é apenas
o ponto vista de uma esposa que ama, mas expresso aqui o
sentimento de todos, que têm o privilégio de conhecê-lo
como ser humano e, como tal, é o mais digno, humilde,
arrojado, dedicado e comprometido com as pessoas ao seu
redor e com seu trabalho; são poucas pessoas assim como ele,
empresários em extinção, porque para mim as palavras ditas
por ele são bonitas, mas as atitudes são mais importantes
para quem o observa,. Como espectadora, aprendi com ele
como deve ser uma pessoa, que ambiciona tornar-se um
grande empresário e como ser melhor como ser humano”.
A loja de Lagoa da Prata foi construída
com o conceito de Loja Verde
49
REESTRUTURAÇÃO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA
GOVERNANÇA
1.3.6
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Diante da constatação de que a acelerada expansão dos
negócios, nos últimos anos, havia deixado sobrecarregada
de trabalho a sua direção, foi realizada, em 2011, uma
reestruturação na Governança Corporativa do ABC. A
estrutura administrativa passou então a contar com três
novos cargos: executivo de Vendas, Marketing, Prevenção
de Perdas e Comércio Exterior, assumida por Thúlio
Fernandes; a Vice-Presidência de Finanças e Gestão,
ocupada por Thiago Fernandes; e a Vice-Presidência
Comercial, ocupada pelo executivo Ronaldo Alves Peixoto.
Os demais cargos, com seus respectivos ocupantes, não
sofreram alteração: Presidência, Valdemar Martins do
Amaral; Vice-Presidência de Logística e Infraestrutura,
Walchir Dias Amaral; e a Vice-Presidência de
Administração e Tecnologia, Vicente Bolina de Oliveira.
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50 ABC 30 ANOS
Valdemar Martins do Amaral, 64 anos, casado, três
filhos, é um dos sócios fundadores da empresa. Com 44 anos
de experiência no ramo atacadista e varejista de alimentos,
ocupa a Presidência do ABC. Ele participa da elaboração e
aprovação do planejamento estratégico da corporação e
supervisiona sua execução; integra a diretoria da Rede Brasil
de Supermercados, sociedade anônima que tem a
participação acionária do ABC; representa a corporação no
mercado, órgãos públicos, entidades da sociedade civil e na
comunidade e, ainda, faz prospecção de novas
oportunidades de negócios e de investimentos no mercado.
Ele representa também a empresa nas entidades classistas
do ramo supermercadista nos níveis estadual e nacional.
Atualmente é presidente do conselho superior da
Associação Mineira de Supermercados (Amis).
Walchir Dias Amaral, 50 anos, casado, dois filhos, é
também sócio fundador do ABC. Com 38 anos de
experiência no ramo atacadista e varejista de alimentos,
ocupa a Vice-Presidência de Logística e Infraestrutura da
corporação. Ele coordena a logística de distribuição de
produtos para as unidades de vendas e é responsável pela
gestão da área de commodities. Na área de infraestrutura,
coordena as ações de manutenção, reforma, ampliação e
construção de novas unidades. Ele faz ainda a prospecção de
novas oportunidades de negócios e de investimentos no
mercado na área de infraestrutura.
PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE DE LOGÍSTICA E
INFRAESTRUTURA
Valdemar Martins do Amaral Walchir Dias Amaral
51
Vicente Bolina de Oliveira, 56 anos, divorciado, duas
filhas, é administrador de empresas, contador e advogado.
Com experiência de 40 anos no ramo atacadista e varejista
de alimentos, exerce o cargo de vice-presidente de
Administração e Tecnologia do ABC. Iniciou sua vida
profissional aos 15 anos nas Organizações Gazire e Sadala
(Orgasa) de Belo Horizonte, trabalhou posteriormente na
Petróleo Ipiranga. Em seguida, retornou à Orgasa, que,
tempos depois, foi incorporada pela Rede Supermercados
EPA. O jovem executivo, então, assumiu, sucessivamente, a
gerência financeira, a gerência administrativa e a
superintendência-geral da nova empresa. Depois de onze
anos de trabalho no EPA, Vicente Bolina voltou a Santo
Antônio do Monte, cidade natal, para trabalhar em
consultoria empresarial. Em janeiro de 1993, foi convidado a
assumir a direção da área administrativa e financeira do
ABC e a participar de sua governança corporativa.
Ronaldo Peixoto, 50 anos, viúvo, dois filhos, mineiro de
Divino, Zona da Mata, administrador de empresas, ocupa a
Vice-Presidência Comercial do ABC. Iniciou sua vida
profissional em Belo Horizonte, como oficce-boy no Grupo
Sindi – Sistema Integrado de Distribuição L.tda, composto
pelo Supermercado Pague Pouco, Kit-Alimentos a Baixo
Preço e Apoio Atacado. Depois de ocupar cargos gerenciais
na área administrativa e comercial da empresa, assumiu sua
direção em 1992. Em 1998, integrou a equipe que implantou
a Rede de Supermercados Super Nosso na capital mineira e
nela permaneceu durante 10 anos. A partir de 2008, dirigiu o
Supermercado Zona Sul, no Rio de Janeiro. Em julho de
2011, foi convidado a integrar a diretoria do ABC. Ele é
responsável pelo planejamento e gestão da área comercial
da empresa.
VICE-PRESIDENTE DE
ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA
VICE-PRESIDENTE COMERCIAL
Vicente Bolina de Oliveira Ronaldo Peixoto
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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52 ABC 30 ANOS
Thiago Fernandes Martins, divinopolitano, 33 anos,
casado, uma filha, exerce o cargo de vice-presidente de
Gestão e Finanças. Ele começou a trabalhar aos 17 anos no
Centro de Compras e Distribuição ABC, localizado no Ceasa
em Contagem. Apesar da pouca idade, de imediato assumiu
a importante função de gerente de compras e distribuição de
produtos para as lojas. Ele permaneceu no CD-Ceasa até
2000, quando resolveu investir em negócio próprio. Por
cerca de dois anos, Thiago dirigiu a Adição, empresa
também localizada no Ceasa em Contagem e igualmente do
ramo de hortifrutigranjeiros. No início de 2003, resolveu
vender a Adição ao grupo ABC e retornar a Divinópolis para
trabalhar no setor de logística da empresa. No período em
que trabalhou em Contagem, cursou administração de
empresas na UNA e pós-graduação na área de Gestão
Financeira no Ibmec, ambas as faculdades instaladas em
Belo Horizonte. Em 2005, foi transferido para o setor de
Finanças do ABC, justamente a área de sua formação
acadêmica. Ali, com Valdemar, Thiago criou o Cartão
Garantido, sendo responsável, desde então, pela sua gestão.
Em 2010, assumiu a gerência de Negócios Financeiros, mas
permaneceu pouco tempo na função. Logo, passou a
integrar a Governança Corporativa.
Thúlio Fernandes Martins, divinopolitano, 25 anos,
solteiro, ocupa o cargo de executivo de Vendas, Operação de
Lojas, Marketing, Prevenção de Perdas e Comércio Exterior.
Paralelamente, é responsável pelo setor de importação da
Rede Brasil de Supermercados, sociedade anônima que
conta com a participação acionária do ABC. Aos 12 anos, ele
começou a trabalhar no grupo ABC, seu primeiro e único
emprego. Iniciou como embalador em caixas e trabalhou
em todos os setores de loja e, aos 15 anos, foi transferido para
o Centro de Compras e Distribuição da empresa, localizado
em Contagem. Ali gerenciou a aquisição e a distribuição de
frutas, legumes e verduras para as lojas ABC. Paralelamente,
concluiu o ensino básico e cursou o primeiro período de
administração de empresas no Centro Universitário UNA,
em Belo Horizonte. Em 2005, Thúlio deixou Contagem para
trabalhar no ABC e estudar na Fadom. Ele passou por vários
setores, desta vez, na área administrativa: financeira, fiscal e
controladoria, após ocupar a função de assistente de
compras, comprador e executivo de vendas e gestão de
operações. Desde 2011, integra a Governança Corporativa.
VICE-PRESIDÊNCIA DE GESTÃO E FINANÇAS EXECUTIVO DE OPERAÇÃO DE LOJAS, MARKETING,
PREVENÇÃO DE PERDAS E COMÉRCIO EXTERIOR
Thiago Fernandes Martins Thúlio Fernandes Martins
53
Marco Túlio Dias Amaral, 23 anos, divinopolitano,
solteiro, é formado em administração de empresas pela
Faced e atualmente cursa o 2.º ano de engenharia civil na
Faculdades Pitágoras, ambas instituições de ensino
localizadas em Divinópolis. Aos 15 anos, começou a
trabalhar na empresa como embalador de produtos. Em
seguida, passou por todos os outros setores de loja, exceto
hortifrutigranjeiros e açougue. Aos 18 anos, após breve
experiência na área de recursos humanos, Marco Túlio foi
transferido para a área comercial. Depois de estágio como
assistente, assumiu o setor de compras de produtos de
perfumaria do ABC durante três anos. Em 2011, foi
promovido a gerente de logística da empresa. Atualmente,
exerce também o cargo de gestor do Posto ABC, localizado na
MG-050, em Divinópolis, adquirido pelo grupo em 2011.
GERENTE DE LOGÍSTICA
Marco Túlio Dias Amaral
João Victor Dias Amaral, 21 anos, divinopolitano,
solteiro, cursa o 6.º período de administração de empresas na
Faculdade de Ciências Econômicas de Divinópolis (Faced).
Após um período de estudos em Belo Horizonte, onde
concluiu o ensino básico, voltou para Divinópolis há cerca
de dois anos para trabalhar no ABC. Como integrante do
projeto “Gestores”, é gerente da VWA e Max, empresas do
grupo ABC, e exerce funções na área financeira da empresa.
João Victor investe também na formação extracurricular:
recentemente aproveitou férias para participar de
intercâmbio cultural: durante 55 dias, morou em Santa
Bárbara, Califórnia, EUA. Assim como os demais herdeiros,
João Victor tem grande admiração pelo tio Valdemar e pelo
pai, Walchir: “Eles começaram a trabalhar cedo; não tiveram
embasamento teórico, mas compensaram isso com muito
amor ao trabalho; sempre respeitaram as pessoas e
colocaram os princípios morais e éticos à frente dos negócios.
São exemplos para todos nós”, reconhece o jovem executivo.
GERENTE DE EMPRESAS
João Victor Dias Amaral
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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54 ABC 30 ANOS
Longe de ser tema proibido, fato costumeiro na maioria
das empresas familiares, a sucessão na cúpula
administrativa do grupo ABC é feita com planejamento e
sob critérios objetivos, por iniciativa dos acionistas e em
comum acordo com os herdeiros. De acordo com o
planejamento estratégico da corporação, os sucessores
recebem treinamento para estar preparados para enfrentar
os desafios da administração. Antes, porém, eles tiveram que
demonstrar que realmente desejavam seguir carreira no
grupo empresarial. “Acima de tudo, o herdeiro tem que
gostar do negócio, realizar-se profissionalmente por meio
dele; caso contrário, se ficar na empresa somente por ficar,
certamente, ele e a empresa serão prejudicados”, afirmam
em coro os acionistas, Valdemar e Walchir.
Para facilitar a tomada de decisão, os herdeiros tiveram
a oportunidade de trabalhar desde cedo no ABC, conhecer
seus vários setores e integrar-se ao ambiente empresarial.
Thiago Fernandes e Thúlio Fernandes, filhos de Valdemar, e
Marco Túlio e João Victor, filhos de Walchir, para
contentamento dos pais, optaram por seguir carreira no
ABC. “Nunca houve pressão da família para que nós nos
decidíssemos por trabalhar na empresa. Há, sim, desde que
optamos por isso, exigência para que tenhamos dedicação e
empenho naquilo que estamos fazendo, o que
consideramos natural e estimulante”, afirma Thúlio. Hoje,
plenamente integrados à vida da corporação, eles exercem
cargos de direção e já participam das decisões da empresa. “A
sucessão acontece de forma tranquila; todos gostam do que
fazem e se esforçam para o crescimento do negócio”,
destacam os pais. Embora empresa familiar, o ABC adota a
modalidade de administração profissionalizada e, com isso,
a ascensão dos herdeiros aos cargos estratégicos de direção
ocorre por mérito. “A sucessão não vem de graça. Temos de
trabalhar, mostrar resultados, provar que realmente somos
capazes de administrar bem os negócios”, reconhece Marco
Túlio. Graças também à gestão profissional das empresas do
A SUCESSÃO
"Temos de trabalhar, mostrar
resultados", diz Marco Túlio
Segundo Thúlio, há uma exigência de
que os sucessores sejam dedicados
55
"A sucessão acontece de forma tranquila;
todos gostam do que fazem e se esforçam
para o crescimento do negócio",
destacam os pais, Valdemar e Walchir.
Thiago assegura que os herdeiros têm
deveres e direitos. João Victor diz ter
grande admiração pelo tio e pelo pai
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
grupo, os herdeiros não contam com privilégios, assegura
Thiago: “Temos deveres e direitos como qualquer outro
funcionário; não existem regalias por sermos filhos de
acionistas”.
Outro fator vem contribuindo para que a sucessão
administrativa do ABC ocorra sem conflitos de interesses: os
herdeiros vêm demonstrando preferência em ocupar cargos
estratégicos em setores distintos dentro do grupo
empresarial. Thúlio, por exemplo, desde os primeiros anos
no ABC, demonstrou gosto e aptidão pela área de operação
de lojas e comercial. Thiago mantém clara opção pela gestão
de finanças. Marco Túlio, por sua vez, manifesta preferência
pelo setor de logística e infraestrutura. Já o caçula, João
Víctor, com apenas dois anos de empresa, ainda não definiu
a área em que irá investir na corporação.
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56 ABC 30 ANOS
Em 17 de janeiro de 2011, o ABC adquiriu o ponto
comercial do Posto Coelho (nome fantasia), localizado no
Anel Rodoviário, no chamado Trevo do Bom Pastor, em
Divinópolis. O objetivo do novo investimento era apenas
atender à demanda por combustíveis da frota da empresa e
de seus funcionários, dos fornecedores, que diariamente
fazem entrega de produtos no CDA, localizado a menos de
um quilômetro do posto e, finalmente, dos demais veículos
que transitam pela rodovia MG-050. No entanto, a direção
do ABC enxergou no novo negócio um grande potencial de
agregação de novos clientes e resolveu instalar postos de
combustíveis junto às lojas ABC. “Ambos atraem o público
consumidor: quem frequenta o supermercado pode
também abastecer no posto e o contrário também é
verdadeiro”, explica Valdemar. A primeira loja que irá
contar com a companhia do autoposto será o hipermercado
ABC de Oliveira O empreendimento deverá entrar em
operação até o final de 2012. De acordo com o presidente do
ABC, novos postos de combustíveis e serviços devem ser
instalados junto às lojas da rede.
AUTOPOSTO ABC
Novo investimento do grupo,
o Autoposto ABC Divinópolis,
foi inaugurado em 2011
Expansão: Autoposto ABC Oliveira
O Autoposto teve como objetivo atender também a frota da empresa.
Atendimento 24 horasAceitamos cartões de crédito.
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à
58 ABC 30 ANOS
Totalmente remodelada, o Híper São José,
foi reinaugurada em 2011
A loja do ABC do bairro São José, totalmente
remodelada e ampliada, foi transformada em
hipermercado, a segunda unidade desta modalidade do
ABC em Divinópolis. Considerada, hoje, a melhor e maior
loja do ramo supermercadista do centro-oeste de Minas, ela
tem 3.560 m² de área de vendas; estacionamento coberto
com 150 vagas, 16 mil itens à disposição do cliente, 16 caixas,
restaurante, lanchonete e pizzaria. O Híper conta ainda com
uma drogaria, uma loja O Boticário, banco 24 horas e
correspondente bancário. A inauguração do Híper São José
ocorreu em 15 de dezembro de 2011, já dentro da
programação de 30.º aniversário do ABC e do centenário de
Divinópolis.
O presidente da Associação Comercial,
Agropecuária e Serviços de Divinópolis (Acid), Carlos
Moacyr Duarte Meira de Aguiar, destaca a contribuição
dada pela rede ABC ao desenvolvimento de Divinópolis e
região: “A família Amaral acreditou e investiu na construção
da rede de supermercados mais respeitada da região. O
grupo ABC sempre desenvolveu um importante papel no
desenvolvimento de Divinópolis. Muito das conquistas
econômicas e sociais da cidade passam pelo ABC. São 30
anos de dedicação e compromisso com Divinópolis e
região”, elogia.
O empresário Levy Nogueira, acionista do EPA, Mart
Plus e Via Brasil e dirigente de entidade classista do setor
Industrial
supermercadista, nos níveis estadual e nacional, presta
também um sincero testemunho sobre a trajetória vitoriosa
do ABC. “Sendo antigo no varejo, vi muitas empresas
ficando pelo caminho e sei muito bem o que significa
crescer, desenvolver e buscar sempre se perpetuar. É o que
vem fazendo com desenvoltura o ABC, capitaneado por
Valdemar, com o apoio e incentivo de toda família Amaral.
Empresa forte, sólida, de tradição, ética e competente.
Empresa que respeita e valoriza as pessoas, sejam clientes ou
colaboradores. Empresa admirada e respeitada, que enche
de orgulho os mineiros”.
Levy Nogueira, um dos acionistas
do EPA, Mart Plus e Via Brasil
Carlos Moacyr Duarte Meira de Aguiar
Foto
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ils P
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HÍPER SÃO JOSÉ – DIVINÓPOLIS
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Em 15 de fevereiro de 2012, foi inaugurado o
Hipermercado ABC em Oliveira, a segunda loja da bandeira 2ABC naquele município. A nova unidade tem 2.600 m de
área de vendas, 16 caixas, sortimento com 16 mil itens,
estacionamento coberto com 120 vagas, restaurante,
lanchonete e pizzaria, drogaria, adega, correspondente
bancário, banco 24 horas e loja O Boticário. Em 20 de junho
de 2012, a bandeira ABC chegou a Lavras, um dos mais
dinâmicos municípios do sudoeste mineiro. Os clientes da 2nova loja contam com 3.000 m de área de vendas, 16 caixas,
um mix de produtos de 16 mil itens, estacionamento com
170 vagas, restaurante, correspondente bancário,
lanchonete, pizzaria, drogaria e adega.
A consistente expansão da empresa repercute
positivamente em vários setores da sociedade. “O grupo ABC
tem particularidades que compreendem a dinâmica do
nosso desenvolvimento, levando investimento para toda a
Divinópolis e cidades da região. Está em permanente
expansão, cumprindo seu papel econômico e também
social, marcando história neste nosso ano do centenário”,
enaltece Vladimir Azevedo, prefeito de Divinópolis. “O ABC
desenvolveu, nos trinta anos de existência, uma sólida
integração com a população onde atua: incentiva o esporte e
a cultura, apoia ações de segurança pública, contribui para
as entidades de assistência social, desenvolve ações de
preservação ambiental. Além disso, valoriza os clientes,
funcionários e fornecedores, em especial, os produtores
regionais. É uma atitude muito bonita. Por isso, eu acredito
que cada cidade que a empresa escolhe para abrir uma loja
recebe muito bem a iniciativa, justamente por esta
admirável cultura de integração mantida pela empresa com
a comunidade”, afirma Murilo Amaral, sócio-diretor da
Mart Minas e irmão de Valdemar. Segundo o empresário,
essas virtudes são reflexos da personalidade da direção da
empresa, em especial, de seus acionistas. “Valdemar e
Walchir são grandes empreendedores, têm liderança,
gostam de inovação e têm grande habilidade em lidar com
pessoas”.
INAUGURAÇÕES EM 2012
Híper ABC Oliveira
Híper ABC Lavras
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60 ABC 30 ANOS
“O planejamento estratégico da empresa, em curso
desde 2007, prevê, no próximo biênio, a instalação de novas
unidades de vendas, todas no formato de hipermercado,
com área construída entre dois a três mil metros quadrados”,
adianta Walchir. As cidades que receberão as novas lojas são:
Piumhi, Nova Serrana, Bom Despacho, Betim, Araxá, Arcos,
Campo Belo, Santo Antônio do Monte, Varginha e Pouso
Alegre. De acordo a meta estabelecida pela empresa, com a
entrada em operação dessas novas unidades, o faturamento
da empresa deverá atingir 1 bilhão de reais no ano de 2015.
TRAJETÓRIA DE SUCESSO
1.3.7
NOVOS INVESTIMENTOS
A diretoria do ABC reafirma a convicção de que a
vitoriosa jornada de 30 anos é resultado de sadia, séria e
proveitosa parceria estabelecida pela empresa, ao longo
desse período, com os clientes, fornecedores, funcionários e
comunidade. Esta alicerçada no conceito de
que somente é possível crescer e desenvolver-se quando
todos os setores envolvidos ganham com o negócio. O ABC
acredita também que o caminho do desenvolvimento
empresarial deve ser trilhado por sadias práticas de
sustentabilidade, expressão maior do compromisso social da
empresa.
convicção está
"Nós acreditamos em Deus, no nosso negócio e nas pessoas.
Somos simples, honestos, produtivos e dedicados".
Interior do
Híper ABC Lavras
Crenças e valores do ABC
61UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Os 30 anos do ABC também é motivo de orgulho para
quem acompanha de perto a brilhante caminhada da
empresa. E o caso de Anselmo Martins de Almeida, casado,
49 anos, industrial, comerciante e fazendeiro. Ele considera
que a empresa “é parte significativa da linda história de
nossa família, e falar de seus 30 anos é falar de uma empresa
que tem alma, espírito e conteúdo. Visito a administração da
empresa regularmente e fico impressionado com a gestão
inovadora adotada por sua direção”, elogia. Anselmo é
sobrinho de Valdemar, filho de Zelita Amaral e José Silva de
Almeida, mais conhecido como Zezito, um dos fundadores
da Codil, empresa-mãe do ABC. O compromisso com a
família e a competência na gestão dos negócios dos
acionistas do ABC são destacados também por Valter
Amaral de Lacerda, casado, dois filhos, 48 anos: “Valdemar e
Walchir são trabalhadores, determinados e dedicados ao
negócio. Eles são nossos principais consultores quando
temos que tomar alguma decisão importante no nosso
negócio. São leais, atenciosos e estão sempre querendo
ajudar; eles têm toda a admiração da família: como
empresários e como parentes”. Valter é filho de Arlindo
Amaral de Lacerda e Guiomar Amaral de Lacerda e sócio-
diretor do Supermercado Mac, de Nova Serrana, fundado
pelo pai.
Para Arlindo Martins do Amaral, industrial do ramo de
beneficiamento de arroz, o irmão Valdemar e o sobrinho
Walchir têm várias coisas em comum: “Trabalham desde a
adolescência, são religiosos, simples e determinados,
adoram o que fazem, gostam de trabalhar em equipe e,
sobretudo, dão um grande valor à família”. Segundo Arlindo,
todas essas virtudes foram fundamentais para o
extraordinário sucesso do ABC nestes 30 anos. Ele aponta
também "o profissionalismo e a dedicação de toda a família
ABC como fatores essenciais para a jornada vitoriosa da
empresa". De acordo com o empresário, o ABC destaca-se
também “no atendimento ao cliente, pela qualidade da
gestão e pelo compromisso social que mantém com a
comunidade".
Geraldo Dias Furtado e Maria Nazareth Dias, pais de
Walchir, felizes com o sucesso da empresa, destacam que o
filho sempre foi dedicado ao trabalho e, como Valdemar, é
também muito presente na vida da família. “E um filho que
nunca nos deu trabalho: sempre foi obediente, tranquilo e
prudente nos negócios,” elogiam. Guiomar Lacerda expressa
também profunda admiração da família pelo irmão Valdemar e
pelo sobrinho Walchir: “Admiro muito o trabalho deles. Walchir
UMA HISTÓRIA DE FAMÍLIA
Zezito e Zelita, pais
de Anselmo Martins
Valter Amaral, sobrinho de Valdemar
Anselmo Martins de Almeida
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62 ABC 30 ANOS
é correto, educado, tranquilo, prestativo. Valdemar,
igualmente, é muito preocupado com a família, está sempre
querendo ajudar a todos. São muito trabalhadores,
esforçados, nos ajudaram bastante e merecem todo o sucesso
que alcançam nos negócios”.
O mesmo apreço pelo irmão é revelado por Zelita
Martins de Almeida, casada com Zezito: “Valdemar sempre
foi o líder de nossa família. Qualquer problema que surge e
que é levado para ele, não recusa, procura sempre a melhor
maneira para resolvê-lo. Ele sempre deu também muito
valor ao trabalho em família, e todos os nossos irmãos
igualmente são trabalhadores e deram também sua
contribuição para o sucesso dos negócios”, afirma.
Quando Antônio, aos 21 anos, ficou doente, Valdemar
logo se prontificou a ser o doador de um rim para o irmão,
fato que comoveu toda a família e amigos. “Há cerca de
quarenta anos, Valdemar me procurou no meu consultório
para saber se ele podia ser doador para o irmão Antônio, que
sofria de uma grave doença renal. Após exames, constatei
que ele não podia ser candidato à doação. A partir dali,
Valdemar passou a ser meu cliente. Com o passar dos anos, à
relação médico/paciente somou-se uma sólida amizade.
Estive presente em momentos importantes de sua vida
pessoal e profissional, como médico e amigo. Valdemar é
uma pessoa organizada, determinada, leal, honesta,
perseverante, de bom coração, amigo, agregador em sua
família”, testemunha Alair Rodrigues de Araújo, médico
clínico geral de adultos. Antônio Martins do Amaral acabou
falecendo em 29 de julho de 1973 em decorrência do
agravamento da doença renal.
Helena de Fátima Martins de Andrade, depois do
primeiro emprego no Pague Pouco, trabalhou na Codil e
posteriormente foi morar em Belo Horizonte. Mas
Valdemar, que sempre teve uma profunda admiração pela
dedicação e capacidade de trabalho da irmã, não “sossegou”
até trazê-la de volta para a Codil. Para torná-la sócia,
Valdemar deu-lhe um por cento do capital social da
empresa, retirado de sua própria participação acionária na
empresa. “Ele incentiva muito o trabalho em família. Com
Alair Rodrigues de Araújo, clínico geral de adultos
Odilon Belisário de Andrade, cunhado de Valdemar
sua liderança, sempre nos 'empurra' para a frente e faz muita
questão de que a família cresça junta nos negócios.
Valdemar é muito determinado e motivado para o
trabalho”, considera Helena.
Odilon Belisário de Andrade, advogado, 61 anos, casado
com Helena de Fátima, irmã de Valdemar, 3 filhos, afirma:
“Valdemar é um grande empreendedor. Mas esta virtude
não o impede de procurar a família para buscar o diálogo,
trocar informações, ouvir opiniões e críticas sobre uma nova
63
ideia ou projeto que esteja desenvolvendo. Ele está sempre
procurando ajudar a quem precisa. Esta sua capacidade
agregadora contagia e fortalece a nossa família. Já Walchir
tem uma grande capacidade administrativa. técnico e
profissional. Sabe ouvir as pessoas e tem uma apurada
capacidade de discernimento, sempre toma decisões
corretas e firmes e é também muito determinado naquilo
que faz. Ele é uma pessoa essencial para a empresa.”
A caminhada vitoriosa do ABC nestes 30 anos é
festejada também por Marcos Amaral, 54 anos, empresário
do setor de calçados em Nova Serrana, popularmente
E
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Rafaella Giovanna,
secretária de Valdemar
conhecido como Lão, casado com Adriana, sobrinha de
Valdemar. “O respeito que a empresa tem pelos
fornecedores, funcionários e clientes é, sem dúvida, uma das
razões de seu grande sucesso. Já a responsabilidade,
dedicação e comprometimento da direção é um grande
exemplo a se espelhar para qualquer empreendedor”.
Rafaella Giovanna de Sousa Silva Amaral, casada com
Rogério Amaral, mãe de João Vitor, há 11 anos na empresa,
oito dos quais como secretária da presidência, considera-se
privilegiada pela convivência diária com Valdemar. “O
nosso presidente é uma pessoa de grandes virtudes; dentre
elas, eu destaco a procura pela inovação. Justamente por
buscar sempre a inovação, diariamente aprendemos
alguma coisa nova com ele: é como se fizesse uma faculdade
continuamente. Isso vale também para minha vida pessoal:
vendo sua relação com os filhos, por exemplo, aprendendo
como vou fazer para educar o meu filho de um ano. Para
mim, é um grande privilégio conviver com ele, como
também com todos os outros membros da diretoria”, revela.
“Valdemar e Walchir são trabalhadores, determinados e dedicados ao negócio.
Eles são nossos principais consultores quando temos que tomar alguma decisão
importante no nosso negócio. São leais, atenciosos e estão sempre querendo
ajudar; eles têm toda a admiração da família: como empresários e como parentes".
Valter Amaral de Lacerda, sobrinho de Valdemar.
Marcos Amaral, popularmente
conhecido como Lão
Adriana, sobrinha de Valdemar,
esposa de Marcos AmaralS
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Caro leitor,
você quer, mesmo, saber como tudo isso começou?
Segundo “desconfia” Dico Martins, o patriarca da família
Martins Amaral, a história teve início há mais de 50 anos,
quando ele, precavido, reservou uma remessa de gado na
fazenda de sua propriedade para os filhos Valdemar, Mozar
e Arlindo, sob a recomendação de que “do gado se valessem,
somente em caso de necessidade extrema ou bom negócio”.
Tempos depois, Dico Martins procedeu da mesma forma
com os demais filhos. Necessidade extrema, felizmente, não
surgiu; já o “negócio de ocasião”, como era reconhecido
antigamente um investimento promissor, não tardou a
aparecer e tinha o nome de “Pague Pouco”, um pequeno
comércio de secos e molhados, situado na rua Goiás, 1302,
em Divinópolis. Valdemar e Arlindo, então, venderam suas
partes na remessa de gado e, com o cunhado Arlindo de
Lacerda, adquiriram o empório. Mozar, tempos depois, agiu
de forma idêntica para comprar a parte do cunhado Arlindo
no armazém. Depois de ganharem um bom dinheiro, os
irmãos repassaram o negócio. Aí, os irmãos Valdemar e
Arlindo, o cunhado Zezito e o pai, Dico Martins, fundaram a
Codil. Posteriormente, Antônio, Mozar, José Geraldo e
Murilo valeram-se de suas partes no rebanho para adquirir
cotas de sócios na Codil. Em 1982, nascia o Supermercado
ABC, fundado de uma parceria entre a Codil e Walchir, neto
do patriarca. E sabe onde Walchir foi buscar grande parte dos
Dico Martins
recursos para entrar na sociedade? Sim, de uma remessa de
gado que criava na fazenda de sua família. Final da história:
da Codil, nasceriam a Mart Minas e o próprio ABC. Já do ABC,
nasceriam o Autoposto ABC, a Max Locadora de Veículos, a
Financial, a CBA, a VWA, a WMA, a D'Amaral e a rede de
drogarias. Diante de tantas “crias”, o patriarca Dico Martins
não cansa de dizer: “Êta rebanho danado de bom, sô!".
CARO LEITOR
1.3.8
64 ABC 30 ANOS
“Êta rebanho danado de bom, sô!"Dico Martins
68 ABC 30 ANOS
Tuas terras que são altaneiras.
O teu céu é do mais puro anil.
És bonita, ó terra mineira,
esperança do nosso Brasil!
Tua lua é a mais prateada
que ilumina o nosso torrão!
És formosa, ó terra encantada!
És orgulho da nossa nação!
Ó Minas Gerais!
Quem te conhece
não esquece jamais.
Ó Minas Gerais!
Ó Minas Gerais!
Teus regatos te enfeitam de ouro.
Os teus rios carreiam diamantes
que faíscam estrelas de aurora
entre matas e penhas gigantes.
Tuas montanhas são preitos de ferro
que se erguem da pátria alcantil!
Nos teus ares suspiram serestas.
És altar deste imenso Brasil!
Lindos campos batidos de sol
ondulando num verde sem-fim
E as montanhas que, à luz do arrebol,
têm perfume de rosa e jasmim.
Vida calma nas vilas pequenas,
rodeadas de campos em flor,
doce terra de lindas morenas,
paraíso de sonho e de amor.
Lavradores de pele tostada,
boiadeiros vestidos de couro,
operários da indústria pesada,
garimpeiros de pedra e de ouro.
Mil poetas de doce memória
e valentes heróis imortais,
todos eles figuram na história
do Brasil e de Minas Gerais.
por José Duduca Morais
Ó MINAS GERAIS!
NOSSAS MINAS GERAIS
2
70
Na segunda metade do século XVIII, as terras onde hoje se localiza
Divinópolis eram habitadas pelos índios Candidés, conforme a tradição oral. A
cachoeira do rio Itapecerica, conhecida na época como Cachoeira Grande,
transformou-se, a partir dessa ocasião, numa movimentada passagem para os
desbravadores, advindo do fato o primeiro nome do lugarejo: Passagem do
Itapecerica. A facilidade de trânsito das tropas pela Cachoeira Grande e sua posição
geográfica privilegiada em relação a importantes centros de povoamento da época,
como Pitangui, São Bento do Tamanduá, hoje Itapecerica, São João del-Rei e
Barbacena, transformaram, anos depois, Passagem do Itapecerica em importante
rota comercial, o que veio favorecer a fixação de migrantes no lugar. No século
XVIII, o sertanista Manuel Fernandes Teixeira participou da edificação de uma
capelinha e, posteriormente, doou uma gleba de terras para a formação do
patrimônio do templo religioso, dando grande impulso para o povoamento do
arraial. Mais tarde, nas terras doadas pelo sertanista, foram construídas a igreja
matriz dedicada ao Divino Espírito Santo e . Em 1839, foi
criado o distrito do Espírito Santo do Itapecerica.
Em 1909, ocorreu uma grande disputa no centro-oeste de Minas Gerais pela
implantação do entroncamento ferroviário que ligaria Belo Horizonte ao
Triângulo Mineiro. Entre as localidades que reivindicavam o entroncamento
estavam Pitangui e Oliveira, ambas com enorme influência política nos governos
estadual e federal. No entanto, as lideranças do então Distrito do Espírito Santo do
Itapecerica, futura Divinópolis, não se desanimaram: mobilizaram a população,
promoveram manifestações públicas e elaboraram um documento demonstrando
as inúmeras vantagens oferecidas pelo distrito. Meses depois, o Governo Federal
autorizou a instalação do entroncamento com o Triângulo no distrito. No ano
seguinte, teve início a construção das oficinas da Estrada de Ferro Oeste de Minas e
foi inaugurado o trecho entre Belo Horizonte e a Estação Henrique Galvão. A
conquista significou um extraordinário salto para o desenvolvimento futuro de
nossa terra, a começar pela sua emancipação. Em 1.º de junho de 1912, foi instalado
o município de Henrique Galvão, que teria como primeiro prefeito Antônio
Olímpio de Morais. Por sugestão dele, a Câmara Municipal, meses depois, aprovou
a mudança de nome do recém-criado município para Divinópolis. Neste ano de
2012, Divinópolis comemora o seu primeiro centenário.
a São Francisco de Paula
Contou
Francisco Gontijo Azevedo e Antônio Azevedo
em seu livro Da história de Divinópolis,
sobre como o então Distrito do Espírito Santo
recebeu a notícia de sua elevação
à Vila Henrique Galvão.
Quando a notícia chegou aqui,
a alegria do povo tocou as raias
do delírio. Já não era mais uma
festa, era farra imensa onde todo
mundo era igual, como uma
comunhão de sentimentos e de
solidariedade nunca vistos.
Foi uma apoteose a vibração do
povo naquele dia.
DIVINÓPOLIS
100 ANOS2.1.1
TERRA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO
ABC 30 ANOS
HISTÓRIA
71
O nome Divinópolis resulta da junção de dois termos:
divino e pólis. O primeiro é uma homenagem ao Divino
Espírito Santo, padroeiro de Divinópolis; tem origem no
latim e significa: relativo a Deus; o segundo é originário do
grego e quer dizer cidade. “Pólis é a cidade, entendida como a
comunidade organizada, formada pelos cidadãos (no grego
“politikos”), isto é, pelos homens nascidos no solo da cidade,
livres e iguais.”, define a filósofa Marilena Chaui, no livro
Convite à filosofia.
Assim, Divinópolis pode ser compreendida como uma
comunidade de homens livres e iguais, protegida e sob as
bênçãos do Divino Espírito Santo.
Divinópolis tem uma economia dinâmica e
diversificada, resultado do notável empreendedorismo
demonstrado por seu povo ao longo de sua história. Entre as
atividades econômicas do município, sobressaem a
indústria do vestuário, têxtil, siderúrgica e metalúrgica; o
comércio atacadista e varejista e o setor de serviços.
Divinópolis
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A ORIGEM DO NOME ECONOMIA
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Vista parcial do centro da cidade.
Destaque para o Santuário de Santo Antônio
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cidad
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Município-polo da região centro-oeste de Minas Gerais,
Divinópolis conta uma invejável e diversificada estrutura
de ensino. Na cidade estão instalados campi da
Universidade Federal de São João del-Rei e da Universidade
Estadual de Minas Gerais (Uemg), Faculdade Pitágoras,
Faculdade de Ciências Econômicas de Divinópolis,
Unifenas e o Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais (Cefet-MG). Divinópolis tem ainda unidades
de ensino profissionalizante do Senai e Senac e uma
qualificada rede de ensino de educação, infantil,
fundamental e médio.
A tradicional Festa da Cerveja, realizada em abril ou
maio, tem em sua agenda grandes atrações musicais. Com
semelhante prestígio, é realizada a Exposição Agropecuária
de Divinópolis, em junho, quando a cidade comemora o seu
aniversário. O Rodeio de Divinópolis, realizado durante o
evento, faz parte do Circuito Nacional de Rodeio e é
considerado o melhor de Minas Gerais. Para quem gosta de
sossego, curtir o Lago das Roseiras, com suas belas paisagens
e águas mansas, é também ótima opção de lazer.
ABC 30 ANOS
EDUCAÇÃO
TURISMO
Ponte de ferro sobre o rio Itapecerica, no bairro Niterói
73
Inaugurado em 2007, o Teatro Municipal Usina
Gravatá é o principal equipamento cultural de Divinópolis.
Construído a partir das antigas instalações da primeira usina
de álcool-motor da América Latina, a casa de cultura tem
uma concorrida agenda de espetáculos de teatro, música,
dança. As pinturas do frei holandês Humberto Randag, no
Santuário de Santo Antônio, o Museu Histórico, a Biblioteca
Ataliba Lago e o Arquivo Público são também espaços
obrigatórios no roteiro cultural da cidade. As manifestações
religiosas e culturais do congado, com longa tradição,
realizadas entre os meses de agosto e outubro, são
consideradas, por lei, patrimônio imaterial do Município.
CULTURA
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Cruzamento entre a rua
Goiás e av. 1.º de Junho
Detallhe para a Catedral do Divino Espírito Santo ao fundo
NO
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GE
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IS
76
O naturalista francês, August de Saint-Hilaire , no seu
livro Viagem pelas Províncias do Rio de Janeiro e Minas
Gerais registrou a presença de bandeirantes nas paragens da
futura Formiga ainda nos meados do século XVII. Entre eles,
Manuel Corrêa, Fernão Dias Pais Leme, Lourenço Castanho
Jacques. A criação da Picada de Goiás, em 1737, aumentou o
trânsito de desbravadores na região. Com a abertura de uma
picada unindo Tamanduá (atual Itapecerica) a Piumhi, o
chamado Ribeirão das Formigas virou local de
acampamento para viajantes que transitavam entre os dois
povoados. As primeiras famílias ali se estabeleceram após a
conclusão da primeira fase das obras da Capela de São
Vicente Ferrer em 1765.
A construção do templo foi iniciativa de João Gonçalves
Chaves, primeiro morador do povoado. Acredita-se que São
Vicente Ferrer era o santo de devoção do fazendeiro. Anos
depois, chegaram à região as famílias de sesmeiros a fim de
tomar posse das terras distribuídas pela Coroa Portuguesa,
surgindo, então, as primeiras fazendas. Com a instalação da
Paróquia de São Vicente Ferrer de Formiga em 1832, o
povoado desenvolveu-se rapidamente. Em 1839, o arraial
foi elevado à categoria de vila. Em 6 de junho de 1858, pela
Lei Provincial 880, Vila Nova de Formiga foi considerada
município, com o nome de Formiga.
FORMIGA
2.1.2
Formiga
ABC 30 ANOS
HISTÓRIA
EDUCAÇÃO
A origem do topônimo Formiga é motivo de
divergências até os nossos dias. Tudo que se sabe a respeito
baseia-se na tradição oral. Uma das versões dá conta de que
alguns tropeiros, ao acamparem próximo de um ribeirão,
tiveram a carga de açúcar “atacada” durante a noite por
formigas. A partir desse fato, o curso d'água teria sido
batizado como Ribeirão das Formigas, batismo que se
estendeu também ao rancho que ali se formou
posteriormente, marco da fundação da cidade.
A outra versão relaciona Formiga ao trânsito intenso de
índios e escravos fugitivos na época da abertura da Picada de
Goiás. O nome teria, então, origem indígena, já que os índios
tapuias, cuja presença foi constatada na região,
denominavam de “formiga” suas aldeias, conforme relata
Leopoldo Correia, em seu livro Achegas à história do oeste
de Minas.
A ORIGEM DO NOME
Antiga estação ferroviária
O município conta com o Centro Universitário de
Formiga (Unifor-MG), que oferece 22 cursos de graduação e
pós-graduação, nas áreas humanas, exatas e biológicas e
ainda com campus do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG).
77
ECONOMIA
O Museu Histórico Municipal Nhonhô Fonseca possui
rico acervo histórico e documental sobre a cidade em
exposição permanente. A Escola Municipal de Música
Eunésimo Lima oferece gratuitamente aulas teóricas e
práticas de música. A instituição mantém grupos musicais
de diversos instrumentos, como flautas, violinos, teclados,
de chorinho e coral, que fazem apresentações em público na
cidade e região. Formiga conta ainda com a Escola
Municipal de Artes Maestro Zezinho, que oferece
gratuitamente aulas de teatro, artes plásticas, audiovisual e
reciclagem de materiais. A escola possui o Teatro de Bolso,
com 80 cadeiras, onde são montados espetáculos e realizadas
oficinas de dramaturgia. O Museu Ferroviário D.r João
Teixeira Soares abriga um rico acervo com objetos e
documentos referentes às atividades ferroviárias no
município. Recentemente, o município passou a contar
ainda com a Orquestra Sinfônica de Formiga e com a
Companhia Formiguense de Ballet.
CULTURA
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
TURISMO
Formiga é banhada pelo Lago de Furnas, uma das
principais atrações turísticas do Estado. A represa oferece
opções de pesca, ecoturismo e esportes náuticos para quem
busca lazer e entretenimento. Em seu entorno, estão
instalados clubes, hotéis, chalés, pousadas e condomínios.
Formiga é chamada carinhosamente por "Portal do Mar de
Minas", por ser o primeiro município de acesso à represa
para quem vem de Belo Horizonte. A proximidade com a
serra da Canastra e com os municípios de Pains e Arcos, onde
se localizam grutas, paredões e pinturas rupestres, com suas
belas paisagens, contribui para atrair grande número de
turistas para a cidade. As festas do congado e o carnaval
destacam-se no calendário de eventos do município.
Entre as atividades econômicas de Formiga,
sobressaem o comércio, as indústrias de calcário, de
alimentos, fundição, gesso e confecções e, ainda, a
agricultura e pecuária. O turismo é outro setor em franca
expansão no município.
O recém-criado Distrito Turístico de Ponte Vila,
banhado pelo Lago de Furnas, deverá fomentar a atividade
turística no município. Registram-se em Formiga reservas de
minerais como: calcário, granito, areia e argila.
Universidade de Formiga
Antiga "Casa do Engenheiro"
NO
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MIN
AS
GE
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IS
78
Num local de clima ameno e de água em abundância,
sempre escolhido como pouso pelos desbravadores nas suas
longas jornadas, teve início o povoado, estrategicamente
localizado entre a Vila de São João del-Rei, sede da Comarca
do Rio das Mortes, e o sertão do atual Alto Paranaíba,
caminho para as minas de ouro de Goiás e Mato Grosso.
Segundo relatos de antigos moradores, o pequeno arraial
denominado “Picada de Goiás” ganhou novo impulso, nos
meados do século XVIII, com a chegada de um grupo de
famílias que haviam fugido da região de Ribeirão do Carmo,
hoje Mariana, onde teria ocorrido um surto de doenças. A
localização geográfica privilegiada em relação aos centros de
decisão político-administrativa do Brasil Império garantiu
ao lugarejo contínuo desenvolvimento.
Oliveira foi elevada à condição de freguesia em 1832 e à
condição de distrito em 1838. O Município foi criado em
1839, tendo sido elevado à categoria de cidade em 1861.
Oliveira é cidade natal de Carlos Ribeiro Justiniano das
Chagas, médico sanitarista, bacteriologista e pesquisador,
precursor da medicina social no Brasil, descobridor da
“Doença de Chagas”, cientista respeitado e reconhecido
mundialmente, tendo sido indicado quatro vezes ao Prêmio
Nobel.
Oliveira conta com a tradicional Casa da Cultura Carlos
Chagas. A instituição abriga o museu de peças históricas,
museu da educação, galerias, salas para aulas de artes, salão
para apresentações culturais, oficinas e também o Memorial
Carlos Chagas, com exposição permanente do acervo do
cientista oliveirense. A Festa de Nossa Senhora do Rosário,
com o tradicional congado, é realizada em setembro e
mantém as características originais desde 1813, sendo
considerada a mais antiga de Minas Gerais, reunindo 17
guardas de congado. Já o carnaval é considerado um dos
melhores do Estado, com a presença do tradicional
mascarado Cain'água. O Festival da Primavera, realizado
também em setembro, tem na agenda apresentações de
teatro, música, dança, exposições, mostra de filmes e
realização de oficinas.
OLIVEIRA
2.1.3
Oliveira
ABC 30 ANOS
HISTÓRIA
CULTURA
Matriz de Nossa Senhora de Oliveira
O topônimo Oliveira registra duas versões. Ambas têm
origem em relatos da tradição local. Uma relaciona o nome
do lugar à presença de árvores de olivas que teriam sido
introduzidas na região por colonizadores; outra sustenta que
o topônimo se refere a Maria de Oliveira, proprietária de um
rancho – um dos primeiros a ser edificado no lugarejo e local
de pouso de tropeiros, marco da fundação da cidade.
A ORIGEM DO NOME
79
Oliveira possui atrativos culturais e naturais.
Construções religiosas e civis dos séculos XVIII, XIX e XX são
partes significativas do patrimônio histórico da cidade.
Considerado o mais importante marco arquitetônico do
município, a Matriz de Nossa Senhora de Oliveira, em estilo
barroco-rococó, teve sua construção iniciada na década de
1750 e concluída em 1856. Destacam-se também o casarão da
Casa da Cultura Carlos Chagas, construído no final do século
XIX em estilo neoclássico, os sobrados das Escolas Estaduais
Professor Pinheiro Campos e Francisco Fernandes, a
Catedral de Nossa Senhora de Oliveira, a Capela dos Passos e
o Santuário de Nossa Senhora Aparecida.
O Cristo Redentor é referência de Oliveira. Já o coqueiro
abraçado, árvore centenária em cujo cimo cresceu um
coqueiro, é símbolo da cidade.
A Fundação Educacional de Oliveira mantém os cursos
de graduação de administração, direito, sistemas de
informação e pedagogia e pós-graduação de MBA, finanças
e controladoria, gestão de projetos e supervisão escolar. O
Instituto Federal de Minas Gerais oferece cursos técnicos de
meio ambiente, manutenção e suporte em informática e
técnico em comércio.
A economia da cidade destaca-se na indústria com
produção de autopeças e alimentos e, ainda, no setor de serviços
e nas atividades agropecuárias.
TURISMO
EDUCAÇÃO
ECONOMIA
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
O Cristo Redentor é referência de Oliveira
Casa da Cultura Carlos Chagas
NO
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80
No século XVII, as terras de Campo Belo de hoje
pertenciam à vila São Bento do Tamanduá, hoje Itapecerica,
e eram habitadas pelos índios cataguases, da tribo tupi.
Dizimados os indígenas por tropas mercenárias a mando da
Coroa Portuguesa, as terras foram ocupadas, posteriormente,
por negros fugitivos, que fundaram o Quilombo do
Ambrósio, onde hoje se localiza a cidade de Cristais, vizinha
de Campo Belo. Em meados do século XVIII, os quilombolas
conheceram idêntico destino dos índios: foram atacados e
quase dizimados igualmente por milícias mercenárias;
salvaram-se, no entanto, o líder, Ambrósio Rei, e alguns
seguidores. Os negros, entre eles, Ambrósio Rei, logo se
dirigiram para o Sertão da Farinha Podre (hoje Triângulo
Mineiro), onde fundaram novo agrupamento, mas alguns
permaneceram e teriam ajudado na fundação do povoado
do Ribeirão São João, hoje Campo Belo, conforme registro
oral da história da cidade.
Na segunda metade do século XVIII, Catarina Maria de
Jesus chegou à região para tomar posse da sesmaria das
Águas Claras, onde hoje se localiza o município de Aguanil,
próximo a Campo Belo. Católica fervorosa, Catarina Parreira,
como era conhecida, deu decisiva contribuição para a
construção da Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos no
Povoado do Ribeirão São João. Em 1884, a Vila, já com a
denominação de Campo Belo, foi elevada à condição de
cidade. A primeira comemoração cívica de emancipação
ocorreu em 28 de setembro de 1935.
A Casa da Cultura é responsável pelos principais
eventos artísticos e culturais do município, entre eles: o
Abril é Rock, a Semana da Cultura e a exposição de
artesanato Campo Belo Mostra as Mãos. Nela funciona
também a Escola de Música, onde são ministrados cursos
de piano, violão, bateria, teclado, violino, viola, canto,
flauta, cavaquinho, violoncelo, guitarra, baixo e, ainda,
de bordados, tricô, manicure, pintura em tela e tecido,
desenho e balé. Já o Museu Divino Dias Maciel, criado em
1991, guarda a memória histórica do município.
CAMPO BELO
2.1.4
Campo Belo
ABC 30 ANOS
HISTÓRIA
CULTURA
Praça da Matriz do Senhor Bom Jesus
Segundo relato oral, o nome de Campo Belo foi dado
por acaso pelo capitão-mor Romão Fagundes do Amaral,
beneficiário da sesmaria do Campo Grande, hoje município
de Perdões. De passagem pelo então povoado do Ribeirão do
São João e admirado pela beleza do lugar, ele teria
exclamado: “Que belo campo!”; em seguida, um
acompanhante de sua comitiva teria completado: “Que
campo belo”. A partir daí, a localidade começou a ser
chamada por Campo Belo.
A ORIGEM DO NOME
81
A Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, com
afrescos de Francisco Gorgônio de Meneses, discípulo do
Mestre Aleijadinho, é outro atrativo da cidade. A Exposição
Agropecuária e Industrial de Campo Belo, realizada em
setembro, no Parque de Exposições Brasil Vilela, tem mostra
de animais, rodeios, apresentações musicais e exposição de
produtos industriais.
Campo Belo tem localização geográfica privilegiada em
infraestrutura de transportes. A cidade está situada no
entroncamento entre as rodovias BR-354 e BR-369 e
localiza-se a 30 quilômetros da Rodovia Fernão Dias, que
liga Belo Horizonte a São Paulo.
O município é cortado também pelos trilhos da
Ferrovia Centro-Atlântica (antiga RFFSA). A economia é
diversificada, contando com a indústria têxtil, exploração de
granito, calcário e argila e, ainda, agricultura, pecuária,
comércio e serviços.
O município conta com duas instituições de ensino superior:
Universidade de Alfenas (Unifenas) e Universidade Presidente
Antônio Carlos (Unipac).
EDUCAÇÃO
ECONOMIATURISMO
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Interior da Igreja do
Senhor Bom Jesus de Matosinhos
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No início do século XVIII, três portugueses – Tomás
Teixeira, Manuel Neto de Melo e Gabriel da Silva Pereira –
tornaram-se donos de datas de mineração nos ribeirões de
Lavrinhas e Jacuba. Logo em seguida, Gabriel da Silva
Pereira abriu uma picada entre Bonfim e Pitangui, ao longo
do rio São João. Ao passar para a margem esquerda do rio,
Gabriel da Silva Pereira iniciou uma povoação, justamente
no caminho entre Itatiaiuçu e Pitangui, localidades onde já
se explorava ouro. Em 1765, foram concluídas as obras da
primeira capela, tendo como padroeira a Senhora de
Sant'Ana. A partir de então, a pequena comunidade passou
a ser conhecida como povoado e, depois, distrito de Santana
do São João Acima., o qual foi elevado à categoria de vila
com a denominação de Itaúna,
A vila de Itaúna foi elevada à condição de cidade em 18
de setembro de 1915. Na luta pela emancipação, merece
especial destaque o brilhante e incansável esforço do
médico itaunense Augusto Gonçalves de Souza Moreira,
deputado federal constituinte e prefeito de Itaúna por cerca
de 16 anos. Por reconhecimento, é considerado o “pai” do
município pelos itaunenses.
em
16 de setembro de 1901,
Itaúna sempre foi palco de grande efervescência
cultural. Fato excepcional para cidades de seu porte, Itaúna
conta com três salas de espetáculos: Teatro Sílvio de Matos,
Teatro Vânia Campos (Sesi) e o Grande Teatro da
Universidade de Itaúna. Entre suas comemorações mais
tradicionais, destaca-se a Festa de Sant´Ana, padroeira da
cidade.
O auge dos festejos acontece no dia 25 de julho na
Capela do Rosário e na Matriz de Sant´Ana. O Museu
Municipal Francisco Manoel Franco, inaugurado em 18 de
setembro de 1992, é outro espaço privilegiado da cultura
local. A instituição tem como objetivo: resgatar a memória
do município e preservar e divulgar a cultura itaunense.
82
ITAÚNA
2.1.5
Itaúna
HISTÓRIA
CULTURA
ABC 30 ANOS
Vista parcial da cidade
O tôponimo Itaúna tem origem na lingua tupi-guarani
e é resultado da junção das palavras ita, que significa pedra,
e una, que significa escura – pedra escura.
A ORIGEM DO NOME
Com extraordinário valor econômico, ambiental e
p a i s a g í s t i c o , a B a r r a g e m d o B e n f i c a a b r i g a
empreendimentos de turismo, clubes sociais, casas de
veraneio. O local oferece vários opções de lazer, com ênfase
para a prática de esportes náuticos. A Estância de Água
Mineral Viva, com trilhas, bosques, fonte e piscina natural
da mais pura água mineral e a Cachoeira da Cachoeirinha,
com quedas d'água, formação de poços e grutas, são,
igualmente, pontos turísticos e de lazer obrigatórios para
quem visita Itaúna
83
TURISMO
Pelo compromisso demonstrado pela comunidade
itaunense com a educação de excelente qualidade em todos
os níveis de ensino, Itaúna foi agraciada em 1975 com o
título de “Cidade Educativa do Mundo” pela Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco). Um dos exemplos desse pionerismo e inovação na
área educacional do município é a Universidade de Itaúna,
fundada há 46 anos. A instituição mantém um moderno e
bem equipado campus em Itaúna e outro avançado em
Almenara (Vale do Jequitinhonha). Cerca de 8 mil alunos
estudam nos diversos cursos de graduação e pós-graduação
mantidos pela universidade.
O município possui grandes riquezas naturais, conta
com empreendedora e variada economia e detém posição
geográfica privilegiada. A economia itaunense destaca-se
nos setores de mineração, têxtil, siderurgia, usinagem,
comércio e prestação de serviços. Itaúna, pela condição de
cidade-polo, exerce considerável influência socioeconômica
em 13 municípios circunvizinhos, entre eles: Carmópolis de
Minas, Itaguara, Itatiaiuçu, Mateus Leme e Juatuba.
EDUCAÇÃO
ECONOMIA
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Museu Municipal
Secretaria Municipal
de Educação e Cultura
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84
Nos fins do século XVII, o território que se estende entre
os rios Paraopeba, São João e Pará tornou-se rota de
bandeirantes paulistas que buscavam ouro na região de
Pitangui. A partir de um ponto de pouso das caravanas, às
margens do ribeirão Paciência, formou-se um pequeno
povoado. Entre os primeiros moradores estava o
comerciante português Manuel Batista, mais conhecido por
"Pato Fofo".
A alcunha teria lhe sido dada em razão da extrema
vaidade de Manuel Batista em aparentar grandes posses.
Homem de iniciativa, Pato Fofo trabalhou intensamente
para o progresso do vilarejo, tendo dado especial
contribuição para a construção da primeira capela do
povoado. Em sua homenagem, o templo recebeu o nome de
Capela de Nossa Senhora da Piedade do Patafufo, corrutela
de Pato Fofo.
Posteriormente, o povoado receberia o nome de
“Arraial do Patafufo”, em nova homenagem ao pioneiro.
Após várias alterações legais, em 1876, o arraial foi
definitivamente alçado à categoria de vila, com a
denominação de Vila do Pará. Em 1877, a localidade passou
à condição de cidade e, a partir de 1921, recebeu
definitivamente a denominação de Pará de Minas.
O topônimo Pará de Minas é resultado da junção de
Pará – que significa “rio caudaloso” na língua tupi-guarani –
e o aditivo de Minas com o propósito de distinguir-se o
município mineiro do estado do Pará.
PARÁ DE MINAS
2.1.6
ORIGEM DO NOME
Pará de Minas
HISTÓRIA
ABC 30 ANOS
Museu Histórico, Documental,
Fotográfico e do Som de Pará de Minas
Santuário de
Nossa Senhora da Piedade
85
Pará de Minas tem uma economia bastante
diversificada, com destaque para o agronegócio, setor com
expressivo impacto na economia no município. Na
classificação dos municípios produtores no estado, Pará de
Minas é o primeiro na produção de frangos; o segundo na
produção de suínos; e o quarto na de hortifrutigranjeiros. A
indústria de têxteis, laticínios, mineração, cerâmica e
siderurgia, com o comércio e o setor de serviços, completa as
atividades da dinâmica economia pará-minense.
A comunidade conta com vários cursos superiores
oferecidos pela Faculdade de Pará de Minas (Fapam) e pelo
campus avançado da Universidade do Vale do Rio Verde
(Unicor). Entre os cursos oferecidos pelas instituições de
ensino estão administração, agronegócio, ciências
biológicas, ciências contábeis, pedagogia, enfermagem,
gestão ambiental.
Dentre as atrações turísticas e religiosas da cidade,
destacam-se a Escola de Artes e Ofícios Raimundo Nogueira
de Faria (Sica), Gruta Nossa Senhora Lourdes, Mirante do
Redentor, Santuário Nossa Senhora da Piedade e o chamado
Lago Azul. A Exposição Agropecuária de Pará de Minas
(Expô Pará), em maio, e a Festa do Frango e do Suíno, em
setembro, movimentam o turismo em Pará de Minas.
ECONOMIA TURISMO
O Museu Histórico, Documental, Fotográfico e do Som
de Pará de Minas registra e preserva a memória do
município. A Biblioteca Pública Professor Mello Cançado,
Escola Municipal de Música Geraldinho do Cavaquinho,
Associação de Artesãos e a Academia de Letras de Pará de
Minas são outras instituições que movimentam a vida
cultural de Pará de Minas.
CULTURA
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
EDUCAÇÃO
Vista parcial da cidade Cristo Redentor
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86
Nas primeiras décadas dos anos 1700, começaram a chegar
os primeiros povoadores do local, escravos fugidos de fazendas
da redondeza. Foram viver no alto do Capão Amarelo, de onde
podiam controlar extensa região. A vinda dos sesmeiros,
ocupando as férteis terras do ribeirão Diamante, afluente do rio
Lambari, precipitou a saída dos escravos. Nesse tempo, a região
encontrava-se dividida em duas partes distintas: o “Alto Santo
Antônio do Monte” e o “Diamante Abaixo”. Nas primeiras
décadas de 1700, na sesmaria Alta Serra, de propriedade do
capitão-mor Francisco Tavares Oliveira, foi erguida tosca capela
e entronizada a imagem de Santo Antônio, esculpida em
madeira, que o capitão trouxera de Portugal. Grande parte da
sesmaria foi doada para patrimônio do lugar, mas sua
legalização só aconteceu em 1782, pela sesmeira Maria de
Araújo Lima e seus filhos, herdeiros do capitão.
Foi ao redor da primitiva capela, onde hoje se encontra a
igreja matriz, que se formou e cresceu a cidade. Antes de 1846, foi
criado o Curato de Santo Antônio do Monte. Em 1847, o
povoado foi elevado a distrito. Em 1854, o curato transformou-se
em paróquia e recebeu seu primeiro vigário, padre Francisco
Alexandrino da Silva. Em 1847, o povoado tornou-se distrito e,
em 3 de junho de 1859 foi criada a vila. Somente após cumprir as
determinações legais, a instalação solene da vila aconteceu a 29
de julho de 1862, data da emancipação política e administrativa
de Santo Antônio do Monte. Neste ano de 2012, estão sendo
comemorados os 150 anos de sua emancipação.
SANTO ANTÔNIO
DO MONTE2.1.7
Santo Antônio do Monte
HISTÓRIA
ABC 30 ANOS
A denominação Santo Antônio do Monte foi dada à
primeira capela erguida na localidade, nos primórdios de
seu povoamento. A expressão Santo Antônio é uma
homenagem ao frade franciscano português, conhecido
como Antônio de Pádua e considerado santo pela Igreja
Católica. O aditivo do Monte é uma referência ao local
elevado em que foi construído o templo religioso.
ORIGEM DO NOME
Capela da Cruz do Monte
Casa de Cultura
87
O município é considerado o maior produtor de artigos
pirotécnicos do Ocidente. Mais de 90% de toda a produção do
setor no Brasil estão concentrados em Santo Antônio do
Monte. Nas indústrias de Samonte, como é tratada
carinhosamente a cidade, são produzidas mais 150
variedades de fogos, entre rojões, girândolas, foguetes de
tiros e de estopim, cascatas e fumaças coloridas.
As atividades da agropecuária, comércio e de serviços
também contribuem para o desenvolvimento
socioeconômico de Samonte.
A Estação Cultura faz parte do roteiro obrigatório de
quem deseja conhecer a história e a vida cultural do
município. O imóvel, antiga estação ferroviária da cidade,
destaca-se pela beleza da arquitetura e do mobiliário. No
local funciona também a Secretaria Municipal de Cultura e
Turismo. A Biblioteca Pública Bueno de Rivera é outra
atração de Samonte. Além de rico acervo à disposição da
população, a biblioteca realiza vários eventos relacionados à
educação e a cultura. O Grupo Escolar Amâncio Bernardes e
o Centro de Memória Municipal D.r José de Magalhães
Pinto, construções do início do século XX, também merecem
a atenção dos visitantes.
A Matriz de Santo Antônio e a Igreja de Nossa Senhora
do Rosário fazem parte do patrimônio histórico e artístico de
Samonte e encantam pela beleza e imponência de suas
edificações. A Capela Cruz do Monte é também referência
religiosa da cidade. O templo, situado na parte alta da cidade,
proporciona uma bela visão panorâmica aos visitantes. A
Exposição Agropecuária, realizada em junho ou julho, e a
Festa do Foguete, em setembro, destacam-se no calendário
de festividades do Município. Mas a festa maior é a da
Congada da Irmandade dos Devotos de Nossa Senhora do
Rosário. A festa do reinado ou congado, realizada na
segunda quinzena de agosto, irmana mais de mil
congadeiros e traz à cidade inúmeros visitantes.
O município conta ainda com a rede de educação
infantil, ensino fundamental e médio, escola do Senai e
curso superior de pedagogia à distância.
ECONOMIA EDUCAÇÃO
CULTURA TURISMO
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Grupo Escolar Amâncio Bernardes Matriz de Santo Antônio
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A partir dos meados do século XVIII, com o declínio da
exploração nas três principais regiões produtoras de ouro do
país em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, a Coroa
Portuguesa intensificou a distribuição da terras a
particulares, pelo sistema de sesmarias. A intenção do
colonizador português era estimular a ocupação de terras e,
consequentemente, a produção de alimentos. As áreas no
entorno dos lugarejos, formados pelas idas e vindas das
caravanas nos “caminhos do ouro”, tinham preferência na
concessão das terras aos desbravadores. Boa parte dos
terrenos, porém, era vendida ou trocada, embora o instituto
jurídico de sesmarias o proíbisse.
Com a Independência do Brasil, em 1822, chegou ao
fim o sistema de sesmarias no Brasil, e as terras passaram a
ser negociadas legalmente. Nesse contexto, teve início o
povoamento de São Julião, futuro município de Arcos. Em
1859, Arcos passou à condição de distrito e, em 1938, também
por meio de legislação estadual, foi desmembrado de
Formiga e elevado à categoria de município.
O maior símbolo da cultura arcoense é a Casa de Cultura
(1988). Nela, funcionam a Biblioteca Municipal Jarbas
Ferreira Pires, teatro com capacidade para 236 pessoas,
saguão para exposições e salas de aula de violino, piano,
canto, balé e arte circense. A associação de artesanato do
município tem sede na Praça da Matriz, onde expõe e
comercializa a produção dos membros da entidade.
ARCOS
2.1.8
Arcos
CULTURA
HISTÓRIA
Dentre as várias versões sobre a origem do topônimo
Arcos, a mais aceita pelos historiadores relata que, quando
tropeiros descarregavam as cargas dos animais no
acampamento, uma das barricas se arrebentou,
desprendendo-se os arcos que a cingiam, os quais foram
deixados ao acaso. No dia seguinte, tendo essa caravana se
encontrado com outra, seus integrantes foram indagados
onde passaram a noite, tendo eles respondido: “Às margens
de um córrego onde deixamos alguns arcos”. Conhecido
como Arcos, o local às margens do atual córrego dos Arcos
deu origem ao município.
ORIGEM DO NOME
ABC 30 ANOS
Parque Aquático Adriano Carlos de Oliveira
89
As grutas, paredões e pinturas rupestres localizadas nas
reservas de calcário, com suas belas paisagens, atraem
grande número de visitantes interessados em
conhecimento, esportes e lazer.
O Parque Municipal da Usina Velha com bela queda
d'água, o Parque Aquático Municipal e o complexo do
Parque Municipal de Esportes são outros atrativos turísticos
da cidade. Arcos destaca-se ainda pela preservação de seu
patrimônio histórico, tendo sete bens tombados pelo
Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural:
Capela de São Julião (edificada em 1734), Cruzeiro dos
Mártires (1800), Capela de Bom Jesus (1851), a distribuidora
de energia, hoje conhecida como Casa da Banda (1923),
Subestação Distribuidora de Energia (1924), Casa de
Máquinas do Parque da Usina Velha (1923) e e Gruta da
Cazanga (conjunto paisagístico). A Festa de Nossa Senhora
do Rosário, a mais tradicional da cidade, é considerada
patrimônio imaterial do Município.
Em Arcos, estão instalados os campi avançados da
Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais e da
Faculdade Unipac de Educação e Estudos Sociais. A PUC
Minas oferece os cursos de administração, direito,
enfermagem, psicologia e sistema de informação. Já a
Faculdade Unipac oferece o curso de licenciatura normal
superior.
Em Arcos, funciona uma unidade do Senai-Minas e
uma Escola Técnica Gerencial do Sebrae. O município tem
também uma rede de ensino bem estruturada para atender
à crescente demanda da cidade.
TURISMO
Arcos é parte de uma região onde estão as maiores
reservas de calcário do mundo. Grandes empresas
mineradores exploram o mineral, utilizado na fabricação de
cimento e aço e, ainda, como insumo em larga escala na
atividade agrícola. Em razão disso, é conhecido como Capital
do Calcário. O comércio e a lavoura são as outras atividades
econômicas de destaque no município.
ECONOMIA EDUCAÇÃO
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Matriz de Nossa Senhora do Carmo
Capela de São Julião
Casa de Cultura
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90
ARAXÁ
2.1.9
Araxá
HISTÓRIA
Antes, as terras do extremo oeste do atual estado de
Minas Gerais eram habitadas pelos índios araxás e pelos
integrantes do Quilombo do Ambrósio; ambas
comunidades, porém, foram dizimadas pelo colonizador
português com o objetivo de garantir a posse da região. Os
primeiros homens brancos fixaram-se na localidade na
década de 1770.
A fertilidade da terra e a descoberta do sal mineral, onde
hoje se localiza a Estância Barreiro, logo atraíram grande
número de imigrantes, ocasionando, assim, a criação da
freguesia de São Domingos do Araxá. Em 1766, o Sertão da
Farinha Podre, como era popularmente chamada a região
composta pelo Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, onde se
situava a freguesia, foi anexado à Capitania de Goiás.
Iniciada em 1795, a construção da primeira igreja
matriz de São Domingos foi concluída em 1800 e, pouco
tempo depois, em 1811, a freguesia de São Domingos
tornava-se julgado de São Domingos de Araxá,
desmembrando-se de Desemboque.
Graças a um forte movimento reivindicatório dos
moradores do julgado de Araxá, o Triângulo Mineiro e o Alto
Paranaíba voltaram, em 1816, aos domínios da Capitania de
Minas Gerais. O julgado foi elevado à vila em 13 de outubro
de 1831, sob a condição de o povo edificar, às próprias custas,
o fórum e a cadeia pública. Em 19 de dezembro de 1865
Araxá foi elevada à categoria de cidade.
ABC 30 ANOS
A exploração do nióbio e de minérios fosfatados pela
indústria da mineração, as atividades turísticas, o comércio
regional e a agropecuária são os principais destaques da
dinâmica economia araxaense.
ECONOMIA
ORIGEM TUPI-GUARANI
O topônimo Araxá – em tupi-guarani: “lugar alto onde
primeiro se avista o sol” – é herança da população indígena
que viveu na região e que assim se denominava. Algumas
denominações de ruas e lugares próximos como Pepururé
(caminho tortuoso), Ipiaó (vau do rio), Itacuru (fragmento
grande de pedra ou cascalho), Imbiara (caminho das águas),
Ibiá (encosta, barranco), Jaguara (onça, tigre, cão), Paranaíba
(grande rio imprestável à navegação) e Caetitu (porco do
mato) remetem ao passado indígena.
Grande Hotel de Araxá
91
Araxá conta com uma estruturada rede de educação
básica e de ensino técnico. O Centro Universitário do
Planalto de Araxá (Uniaraxá), entidade mantida pela
Fundação Cultural de Araxá, e o Centro Federal de Educação
Tecnológica (Cefet) sobressaem-se entre as instituições
educacionais do Município.
A cidade conta com vários patrimônios tombados,
dentre eles: Igreja Matriz de São Domingos, Complexo
Hidrotermal do Barreiro, Igreja Matriz de São Sebastião.
Oferece como atrativos culturais: Escola Municipal de
Música, Museu Histórico de Araxá Dona Beja, Museu
Calmon Barreto, Museu Sacro da Igreja de São Sebastião,
Memorial de Araxá, Centro de Cultura, Cine-Teatro Brasil,
Centro de Referência da Cultura Negra e Museu Zema.
O Complexo Hidrotermal, a maior atração turística de
Araxá, está localizado a 6 km do centro da cidade, na Estância
do Barreiro. O suntuoso conjunto arquitetônico Grande
Hotel/Termas foi inaugurado, em 1944, pelo presidente
Getúlio Vargas e pelo governador de Minas Gerais, Benedito
Valadares.
O projeto arquitetônico é de Luiz Signorelli e o
paisagístico de Roberto Burle Marx. No complexo, o turista
pode fazer uso da água mais radioativa do Brasil na Fonte
Dona Beja e da água sulfurosa na Fonte Andrade Júnior. Nas
Termas, podem-se usufruir os banhos medicinais,
tratamentos de pele, aromaterapia, cromoterapia,
massagens, ducha escocesa, saunas, fisioterapia, ginástica,
salões de recreação e de beleza. Desde dezembro de 2001, o
Grande Hotel é administrado pela iniciativa privada. Araxá
faz parte do prestigiado Circuito da Canastra.
CULTURA
EDUCAÇÃO
É tradição comemorar os dias de São Sebastião, Nossa
Senhora d'Abadia, do padroeiro São Domingos, Corpus
Christi e a Semana Santa, com realização de missas,
procissões, novenas, leilões e cortejos. Grupos folclóricos
como folia de reis, congado e moçambique são atuantes. O
artista araxaense Calmon Barreto foi escolhido para ser o
patrono da Fundação Cultural Calmon Barreto. A instituição
funciona no prédio da antiga estação ferroviária da Estrada
de Ferro Oeste de Minas e é responsável pela construção da
memória de Araxá, pela formação e divulgação de talentos
artísticos e pela dinamização das ações culturais da
atualidade.
TURISMO
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Igreja Matriz
de São Domingos
Museu Histórico de Araxá Dona Beja
Peças presentes no Museu Histórico de Araxá Dona Beja
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92
Com a Independência do Brasil, em 1822, findou-se o
sistema de sesmarias que estimulava a doação de terras aos
desbravadores com objetivo de interiorizar a colonização. A
partir daí se instituiu o sistema de compra e venda de terras.
Por volta de 1850, o viajante tenente Francisco Bernardes
comprou grande extensão de terra à margem do rio São
Francisco, e ali estabeleceu um comércio numa paragem,
denominado “Escorropicho”. Após sua morte, a fazenda foi
adquirida por seu sobrinho, o coronel Carlos José Bernardes
Sobrinho, que logo transferiu a sede para as proximidades de
uma área pantanosa dentro da propriedade. Em pouco
tempo, nas cercanias da Fazenda do Pântano, como passou a
ser conhecida, formou-se um povoado denominado São
Carlos do Pântano.
O povoado passou a distrito em 1925 com o nome de
Lagoa da Prata, tendo como sede Santo Antônio do Monte.
Finalmente, pela Lei Estadual n.º 148, de 27 de dezembro de
1938, foi instituído o município de Lagoa da Prata.
LAGOA DA PRATA
2.1.10
Lagoa da Prata
Na economia de Lagoa da Prata, despontam as
atividades das indústrias de açúcar, álcool, alimentos,
farmacêutica, agropecuária e o comércio com destaque para
as áreas de autopeças de motos e bicicletas.
ECONOMIA
ABC 30 ANOS
HISTÓRIA
Em 1862, o fazendeiro português Manuel Novato fez
um açude para obter água suficiente para mover monjolos e
moinhos em sua propriedade, situada nas proximidades da
Fazenda do Pântano. Com o aterro, parte das águas do
pântano fluiu para o açude, transformando-o numa lagoa
de grande beleza. Diante dela, missionários franciscanos
que visitaram a região na época exclamaram: ''Bela como se
fosse uma lagoa de prata''. Estava “batizada” a represa. Em
fevereiro de 1916, com a chegada da ferrovia à região, a
estação ferroviária do povoado recebeu igualmente o nome
de Lagoa da Prata. Em fevereiro de 1925, o povoado foi
elevado a distrito, adotando o nome dado à estação e à lagoa.
ORIGEM DO NOME
Igreja de São Carlos Borromeu
93
A Futura (Fundação de Turismo e Cultura de Lagoa da
Prata), a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com a
Academia Lagopratense de Letras e a Banda de Música Lira
São Carlos destacam-se na promoção de eventos culturais no
município.
A praia da Lagoa da Prata é local tradicional de lazer e
prática de esportes dos moradores e visitantes. O rio São
Francisco, com seus afluentes, lagoas e represas atraem
também grande número de turistas. A cachoeira da
Cemiguinha e a ponte de ferro instalada sobre o rio São
Francisco na divisa entre os municípios de Lagoa da Prata e
Luz, com toda a estrutura fabricada na Alemanha, são outros
atrativos turísticos da região. A festa de carnaval é uma das
preferidas dos foliões mineiros e a Expô Lagoa, exposição
agropecuária, realizada tradicionalmente em junho, conta
com grande prestígio na região.
O município tem uma bem estruturada rede de ensino
médio e fundamental.
CULTURA TURISMO
EDUCAÇÃO
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Vista parcial da cidade
Praia de Lagoa da Prata
Ponte de ferro instalada sobre o Rio São Francisco
NO
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94
O povoado dos Campos de Sant'Ana das Lavras do
Funil teve início na década de 1720. Os bandeirantes
chegaram à região em busca de ouro, mas, por causa da
escassez do metal, ocuparam-se com atividades
agropecuárias, em especial a cultura de cereais e criação de
gado. No início, esgotadas as minas, os habitantes do
incipiente arraial dedicaram-se à agricultura e ao trabalho
pastoril. Estas atividades prosperaram muito e
consolidaram-se com o passar dos anos e tornaram-se fator
importante de fixação do elemento humano nessa região.
Em 1737, os moradores receberam do governador da
Capitania de Minas Gerais, Martinho de Mendonça, a posse
das glebas, por meio de carta de sesmaria – instituto jurídico
adotado pela Coroa Portuguesa para estimular a ocupação
das terras da Colônia. Em seguida, os desbravadores pediram
autorização ao bispo de Mariana, dom frei Manuel da Cruz,
para se erguer uma capela. Em 1751, concedida a
autorização, logo se formou o povoado, “batizado” de
Campos de Sant'Ana das Lavras do Funil, em homenagem à
padroeira do lugar, Sant'Ana.
Em 1760, a sede paroquial foi transferida de Carrancas
para Lavras. Em 1813, o arraial foi transformado em
freguesia, sendo desmembrado de Carrancas. Em 1931, a
freguesia passou à condição de vila, obtendo assim a sua
emancipação política e administrativa. Finalmente, em
1968, foi alçado à categoria de município, com o nome de
Lavras.
LAVRAS
2.1.11
Lavras
HISTÓRIA
ABC 30 ANOS
Museu Bi Moreira
No início, esgotadas as minas, os habitantes do
incipiente arraial dedicaram-se à agricultura e ao trabalho
pastoril. Estas atividades prosperaram muito e
consolidaram-se com o passar dos anos. Na mola propulsora
do desenvolvimento, este fato tornou-se um fator
importantíssimo de fixação do elemento humano nessa
região.
DETALHE
Vista parcial da cidade
95
De acordo com a tradição oral que, achando-se a bandeira
de Bartolomeu Bueno do Prado acampada em Pouso do Funil,
um de seus integrantes, chamado Romualdo Pedrosa da Costa
Lima, se perdeu sobre os fervedouros formados pelas águas que
caíam no turbilhão da cachoeira do funil do rio Grande,
voltando à tona, para espanto de seus companheiros de jornada,
após um dia e uma noite, como se fosse uma aparição do outro
mundo. Daí, a partir desse milagre, o destemido bandeirante
depositou na colina do pouso do funil uma imagem de Sant’ana,
santa de sua especial devoção, padroeira de sua bandeira.
Advém desse acontecimento o primeiro nome de Lavras:
Sant´Ana das Lavras do Funil.
ORIGEM DO NOME
Polo regional, Lavras tem uma economia ativa e
diversificada. Na agropecuária sobressaem o cultivo de café
e a produção de leite e seus derivados. Já no setor industrial,
em franco desenvolvimento, destacam-se os setores
agroindustrial e metalúrgico. O comércio e o setor de
serviços igualmente demonstram grande vitalidade
econômica.
Reconhecida como polo de ensino na região, possui
quatro instituições de nível superior: a Universidade
Federal de Lavras (Ufla), o Centro Universitário de Lavras
(Unilavras), as Faculdades Integradas Adventistas de Minas
Gerais (Fadminas) e a Faculdade Presbiteriana Gammon. A
cidade também abriga uma unidade do Senai e outros
cursos técnicos profissionalizantes. Lavras conta ainda com
uma dinâmica rede de ensino básico.
Uma das grandes atrações turísticas de Lavras é o
parque ecológico Quedas do Rio Bonito, que oferece
deslumbrantes paisagens da região. A reserva florestal tem
outras atrações como cachoeiras, piscinas naturais, trilhas
para caminhadas, restaurantes e mirante. Da serra do
Campestre (ou da Bocaina), ponto culminante da cidade,
tem-se ampla e bela visão da região. A Lavras Rodeo
Festival, em maio, a Semana da Cultura, em julho, e a
micareta Lavras Folia, realizada tradicionalmente em
outubro, merecem destaque no calendário de festas do
município. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída
entre 1751 e 1765 e conhecida como Matriz de Sant'Ana até
1917, foi tombada pelo Instituto Nacional do Patrimônio
Histórico em 1948.
Lavras conta com o Museu Bi Moreira, situado no
campus da Ufla, onde se encontram fotos, documentos e
objetos de uso geral relacionados à história da cidade;
Museu Sacro de Lavras, com obras sacras do século XVIII;
Casa de Cultura; e o Teatro Municipal, instalado num
imóvel de destacada beleza arquitetônica, sede da antiga
estação ferroviária. Outra atração é a Feira de Artesanatos,
que ocorre aos domingos, com uma grande variedade de
peças e ainda com delícias da gastronomia local.
CULTURA ECONOMIA
EDUCAÇÃO
TURISMO
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Casa de Cultura
NO
SS
AS
MIN
AS
GE
RA
IS
COMPROMISSO com Minas Gerais.
A Yoki é uma empresa brasileira e familiar, sucessora da Kitano S/A, fundada por Yoshizo Kitano em 1960. A empresa vem acompanhando as transformações do setor alimentício, sempre investindo em produtos que atendam às necessidades dos mineiros.
Comprometida com o meio ambiente, a Yoki possui modernos e eficazes processos de tratamento em suas fábricas. Com estes, conseguimos reduzir a emissão de resíduos industriais e sanitários no meio ambiente.
Por tudo isso, a Yoki é reconhecida como um ícone de qualidade e tradição e tem orgulho de fazer parte dos 30 anos dos Supermercados ABC!
O ABC fortalece parcerias contínuas com seus fornecedores
nacionais e internacionais, sempre buscando melhores
condições de preço e qualidade aos nossos clientes, gerando
desenvolvimento para o nosso estado e para toda a nossa região.
Em torno de 60% dos nossos negócios são realizados no
estado de Minas Gerais, sendo uma preferência absoluta em
nossas escolhas comerciais, a exemplo dos fornecedores
regionais, que juntos representam mais de 20% das nossas
compras. O produtor rural regional engrandece este cenário e
recebe um atendimento especial por parte da Rede ABC de
Supermercados, que valoriza e estimula a agricultura familiar,
promovendo o desenvolvimento no campo.
Várias empresas fornecedoras da região são parceiras da
Rede ABC como, por exemplo: Arapé, Karinho, Iogurtes
Trevinho, Avivar, Frigolemos, Zapel, Arroz Codil, Farmax,
Embaré, Açúcar Caeté, Fox Foto, Diviclean e muitas outras. Estes
são exemplos de algumas empresas que atingiram grande
índice de aceitação também em outras redes supermercadistas.
NOSSAS POLÍTICAS
3.1
Contribuímos para a melhoria do padrão gerencial dos
fornecedores, disponibilizando informações e promovendo
atividades conjuntas. Além disso, nos Supermercados ABC, a
norma é o tratamento justo aos fornecedores individuais e
grupos de comunidade, como cooperativas de pequenos
produtores de hortifrutigranjeiros, por meio dos quais
incentivamos programas de qualificação e de transferência de
tecnologia. Além disso, estimulamos a formação de redes ou
cooperativas de pequenos fornecedores, ajudando-os a
adequarem-se a novos padrões de fornecimento.
dos negócios realizados pelo ABC estão inseridos no estado
de Minas Gerais.
60%
APOIO
OS VALORES DA EMPRESA
Temos mecanismos formais que permitem que sejam
transferidos para a cadeia de fornecedores os valores e
princípios da empresa, tais como boas condições de trabalho,
ausência de mão de obra infantil, proteção ao meio
ambiente, equidade de gênero, transparência, participação e
prestação de contas. Trabalhamos com produtos importados,
na busca do equilíbrio mercadológico.
100 ABC 30 ANOS
NOSSOS FORNECEDORES
3
VALORIZANDO OS
PRODUTOS DE MINAS3.2
102 ABC 30 ANOS
Ao longo destes 30 anos, o ABC firmou uma sólida e
duradoura parceria com os seus fornecedores, sustentada em
negociações objetivas e transparentes. “Escolhemos empresas
que ofereçam melhor qualidade em produtos, com menor preço
e boas condições de pagamento. Somente assim, reduzindo o
custo das mercadorias, podemos competir no concorrido ramo
supermercadista”, adianta Ronaldo Peixoto, vice-presidente
comercial do ABC. “Trabalhamos com empreendedores sérios,
que têm compromisso com a sustentabilidade, cumpridores da
legislação trabalhista, que respeitam as normas quanto à
qualidade e à segurança dos produtos,” complementa Thúlio
Fernandes Martins, executivo de vendas, de operação,
marketing e importação da empresa. Os exigentes critérios de
escolha dos fornecedores e de negociação são confirmados por
Djalma Alves do Amaral, representante da Amafil, produtora de
polvilho. “Vender para o ABC não é fácil, a empresa quer sempre
o melhor produto com preço cada vez mais baixo, pois está
sempre pensando no cliente”. Ele ressalta, porém, que “as
negociações são claras e justas” e que o “ABC respeita os
fornecedores, aceita novas ideias e está sempre aberto para
novos produtos, o que nos faz manter a parceria”. Marcos
Augusto da Silva, 46 anos, casado, dois filhos, gerente área de
perfumaria, limpeza, bazar e drogaria do ABC, destaca que
“Estamos constantemente recebendo novos fornecedores,
conferindo a qualidade e o preço dos produtos, abrindo a
possibilidade de novos negócios, sempre na perspectiva de
PARCERIA SÓLIDA
Djalma Alves, da Amafil:
As negociações com o ABC são claras e justas
Marcos Augusto,
gerente Comercial
não Alimentos
Geraldo Magela Ribeiro,
parceiro de primeira hora
da empresa
103UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
NO
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ES
atender à demanda de nosso cliente". Funcionário há 18 anos da
empresa, ele enfatiza que “a relação ABC/fornecedor evoluiu
muito nos últimos anos: sem dúvida, atualmente existe uma
relação de verdadeira parceria entre as partes. Antes, era comum
o fornecedor e a empresa defenderem somente seus respectivos
interesses; hoje, isso não mais existe: as partes unem-se para
oferecer um produto de qualidade e a preço acessível para o
cliente. No final, ambas saem ganhando com o aumento das
vendas”. Parceiro de primeira hora do ABC, o representante
comercial do Açúcar Caeté, Geraldo Magela Ribeiro, confirma a
evolução nas negociações entre empresa e fornecedores: "O
importante é manter a fidelidade do cliente ao produto e ao
ponto de venda, ocorrendo isso, todos ganham". Pedro Pieroni,
80 anos, viúvo, três filhos, fazendeiro e empresário do ramo
imobiliário, em Formiga, foi fornecedor de bovinos para o ABC
durante mais de 15 anos. Velho amigo da família Martins
Amaral, ele afirma “que negociar com Valdemar e Walchir foi
uma agradável e produtiva experiência. Sempre existiu total
confiança entre nós; as negociações eram sempre muito sérias e
honestas e o pagamento feito sempre em dia”.
Mais de 1.000 empresas, entre regionais, nacionais e do
exterior são fornecedoras do ABC. Cerca de 16 mil itens
compõem o mix de produtos da empresa, entre produtos de
bazar, papelaria, presentes, perfumaria, limpeza, mercearia,
açougue, frios, laticínios, hortigranjeiros, funcionais (linhas
light e diet) e importados. As compras no exterior, em sua
Para Antônio Carlos, da Avivar, uma das
características do ABC é a valorização regional
Arlindo de Melo Filho, grupo Amep
maioria, são feitas em conjunto pelas empresas-sócias da Rede
Brasil de Supermercados. Entre as empresas de grande porte, o
ABC tem como fornecedores a Sadia, Nestlé, Ambev, Colgate e
Unilever, detentores de marcas já consagradas no mercado.
Em condições iguais de negociação e de oferta de produtos,
o ABC dá preferência aos fornecedores locais e regionais. “Nosso
objetivo é estimular a produção e a geração de emprego e renda
na região”, adianta o presidente, Valdemar Martins do Amaral.
“Características muito importantes do ABC são a valorização e o
incentivo aos fornecedores regionais, o que faz com que haja
circulação das riquezas nas praças onde atua”, testemunha
Arlindo de Melo Filho, presidente da Arapé Agroindústria,
tradicional fornecedora da corporação. A opção pelos produtores
Pedro Pieroni forneceu bovinos
para o ABC durante mais de 15 anos
104 ABC 30 ANOS
regionais é confirmada também por Antônio Carlos Vasconcelos
Costa, vice-presidente e cofundador da Avivar Alimentos e
presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig):
“O ABC dá sempre preferência ao produtor e às empresas da região.
Esta maneira de pensar e agir de sua direção lhes confere um grande
atributo, pois a torna indutora do crescimento da atividade
econômica regional, onde está instalada sua base de negócios,
distribuindo renda e trabalho às pessoas que estão no seu entorno”,
enaltece o empresário.
Entre os cerca de 250 fornecedores da região, pelo menos a
metade pertence à agricultura e à agroindústria familiar. Deles o ABC
compra principalmente produtos hortifrutigranjeiros. A empresa
paga o preço de mercado e, em geral, compra a maior parte do que é
produzido, evitando que o produtor tenha que fazer negócios fora da
região. Assim, o fornecedor economiza tempo e evita despesas extras.
É o caso de Braz Fabião Cordeiro, 74 anos, e os filhos, Geraldo Clécio e
Cléidio, fornecedores de milho-verde em espiga há 20 anos. “Antes, a
nossa produção era levada para a Ceasa, Contagem. Era uma vida
difícil: a gente tinha que dormir no caminhão para esperar a hora de
descarregar a mercadoria, havia também as despesas com
combustível, alimentação e taxas da Ceasa; sem falar no tempo que
gastávamos na viagem, lembra Geraldo Clécio. A parceria com o ABC
trouxe uma nova realidade para o negócio, relata Cléidio Cordeiro.
“De um lado, mantivemos a garantia do preço de mercado para o
nosso produto; por outro, eliminamos as viagens e o pagamento de
taxas à Ceasa e ganhamos mais tempo para dedicar à produção”, José Alves Branquinho, exemplo da boa parceria
mantida entre o ABC e os produtores rurais
Braz Fabião Cordeiro (ao meio) e seus
filhos Cléidio e Clécio
105UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Nilson Sérgio,
presidente da Aprafad
destaca o agricultor. Por opção econômica, a partir da parceria com
o ABC, a família passou a produzir milho; antes, produziam tomate.
Os produtores entregam, em média, semanalmente, 500 quilos do
produto no Centro de Distribuição e Administração (CDA), da
empresa em Divinópolis. No período chuvoso, época de aumento
da produção, chegam a entregar cerca de 150 caixas por semana. O
milho-verde é produzido no sistema de irrigação numa área de 23
hectares da fazenda de propriedade da família na comunidade
rural de Buritis, em Divinópolis. Braz Fabião Cordeiro considera
que a parceria com o ABC é bastante proveitosa para os produtores.
Ele conta que o ABC os ensinou “até embalar o milho ao incentivar
a troca dos antigos sacos plásticos por bandejas, reduzindo bastante
a perda do produto”. Entre as vantagens elencadas para manter a
parceria com a empresa, eles apontam também o pagamento em
dia. “O produtor pode fazer compromisso com o dinheiro e isso nos
dá uma grande tranquilidade para trabalharmos,” resume Cléidio.
O agricultor José Alves Branquinho, 49 anos, casado, três
filhos, faz coro com a família Cordeiro nos elogios à parceria de 20
anos que mantém com a empresa: “É bom trabalhar com o ABC: a
entrega da produção é facilitada, o preço é bom e o pagamento é em
dia, o que representa uma grande vantagem para o fornecedor que
fica tranquilo para se dedicar ao serviço”. Em época de maior
colheita, ele chega a entregar os produtos até três vezes por semana
no CDA – Centro de Distribuição e Administrativo. Branquinho,
como é popularmente conhecido, produz uva, mexerica e legumes
no sítio de 29 hectares na comunidade de Posse, município de
Divinópolis. O diálogo constante e flexibilidade do ABC nas
negociações são citados igualmente por Branquinho, como
exemplo da “boa parceria mantida pela empresa com os
agricultores“. Antes, tínhamos que entregar os produtos de loja em
loja, o que resultava em gasto maior de tempo e mais despesas com
transporte, no entanto, depois de conhecer nossas dificuldades, a
empresa concentrou a entrega diretamente no CDA, o que facilitou
bastante para a gente”, exemplifica o agricultor.
Tradicionalmente, no segundo semestre de cada ano, o ABC
realiza no CDA o Encontro dos Produtores da Agricultura Familiar
de Divinópolis e Região. A programação inclui palestras,
conferências, debates, mesas-redondas sobre temas de interesse dos
produtores e suas famílias. O encontro, que reúne cerca de 500
participantes a cada edição, é realizado em conjunto com a
Associação dos Pequenos Produtores da Agricultura Familiar de
Divinópolis (Aprafad). O presidente da entidade, Nilson Sérgio
Pereira, agricultor, 36 anos, casado, quatro filhos, considera que “a
parceria consistente do ABC com a agricultura familiar mantém
os recursos na região, contribui para crescimento das atividades
no campo e proporciona melhores condições de vida e trabalho
dos agricultores”, reconhece. Nilson produz pimentão, couve-
flor, berinjela, abobrinha e milho-verde, em cinco dos 23
hectares do Sítio São José, situado na comunidade de Buritis em
Divinópolis. Ele também é diretor do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Divinópolis, São Sebastião do Oeste e
Pedra do Indaiá. A Aprafad tem 124 famílias cadastradas e o
sindicato cerca de oito mil trabalhadores associados. Os
agricultores locais fornecem também para o Programa
Nacional de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar,
mantido pelo Governo Federal e executado em parceria com os
estados e municípios.
O ABC mantém outras iniciativas de apoio e incentivo à
produção familiar, entre elas: repassa conhecimentos técnicos
de produção e comercialização, facilita o acesso dos produtores
aos cursos de capacitação e estimula o associativismo por meio
da formação de cooperativas e redes de fornecedores. O vice-
presidente de Logística, Walchir Dias Amaral, define a
importância dos fornecedores para o ABC: “Nós buscamos
sempre reforçar a nossa aliança com os fornecedores, pois eles,
com os clientes e funcionários, formam o tripé que sustenta
nossa presença no mercado”.
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106 ABC 30 ANOS
ENCONTRO COMPRODUTORES
RURAIS
Em 2008, o ABC tomou a iniciativa de reunir, num só lugar,
produtores rurais da região para um bate-papo com
representantes de diversas instituições e órgãos
governamentais. O que de início seria um roda de conversa
sobre temas de interesse dos produtores rurais e familiares,
transformou-se em um grande encontro setorial. Foi uma tarde
inteira de proveitosas palestras e debates sobre as coisas do
campo. Enquanto os produtores participavam das palestras
sobre técnicas de plantio e embalagem da produção, por
exemplo, suas esposas e filhas informavam-se sobre temas
como saúde física e psicológica da mulher, culinária regional,
entre outros assuntos de seu interesse. Já as crianças brincaram
na “rua de lazer” com pinturas, cama elástica e pipoca. Ao final,
O EVENTO
um bufê com comidas típicas da roça e show abrilhantaram
ainda mais a festa. Foi um sucesso!
O Encontro com Produtores Rurais, então, criou raízes e
entrou para o calendário anual do setor. Em julho de 2012,
ocorreu sua 5.ª edição. Desde sua primeira edição, o evento vem
consolidando-se como um dos grandes eventos da agricultura
familiar em Divinópolis e região, com mais empresas, entidades
e autoridades dele participando: Associação dos Produtores da
Agricultura Familiar de Divinópolis, governo estadual,
Fetaemg, Emater, governo dos municípios da região,
Cooperativa Agropecuária de Divinópolis, bancos, planos de
saúde, entre outros.
107UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Acima, encontro com produtores rurais
realizado em 2012 e, ao lado,
confraternização do mesmo
evento, realizado em 2011
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RELACIONAMENTO
4.1
Temos uma política formal de comunicação alinhada com
nossos princípios e valores, abrangendo todo o nosso material
de comunicação interno e externo.
O material de comunicação destinado aos clientes é sempre
atualizado para tornar mais transparente o relacionamento e
mais seguro o uso de nossos produtos. Informamos o cliente
sobre alterações na característica de nossos produtos e serviços
(composição, qualidade, prazos, peso, preço etc.).
Realizamos análises prévias das nossas peças publicitárias
para verificar a conformidade com nossos valores e princípios.
Asseguramos uma comunicação responsável ao público
infanto-juvenil, observando as leis e diretrizes que a regem.
COMUNICAÇÃO COMERCIAL
108 ABC 30 ANOS
NOSSOS CLIENTES
4
110
AÇÕES
4.2
ATENDIMENTO
ABC 30 ANOS
Valdemar realiza atendimento
com cliente na Loja
"Proporcionamos fácil acesso do cliente ao serviço de
informação de seu interesse, registrando e comunicando
internamente as suas manifestações, resolvendo rápida e
individualmente as demandas e orientando-o sobre os
procedimentos adotados. Os Supermercados ABC possuem
uma política de avaliação constante do atendimento. Para
isso, estamos sempre criando formas de interação com o
cliente, com o intuito de melhorar nossa forma de atuação".
"Estamos sempre criando formas de interação com o cliente,
com o intuito de melhorar nossa forma de atuação".Valdemar, sobre o atendimento aos clientes.
Possuímos uma política para que indicadores, dados ou
informações gerados por meio dos diálogos com os diversos
grupos sejam utilizados no processo de planejamento geral da
empresa. Temos, ainda, uma normativa de proteção à
privacidade das informações do cliente.
A UTILIZAÇÃO DOS DADOS
Híper ABC São José – Divinópolis
112
LOJAS
4.2.1
RELAÇÃO COM O CLIENTE
tecnologias que modificam hábitos, costumes e
comportamentos. Um dos exemplos dessa mudança são as
representantes do sexo feminino, que em número cada vez
maior ingressam no mercado de trabalho.
Em 1980, as brasileiras representavam cerca de 26% da
força de trabalho do país. Atualmente, respondem por 53%,
conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Mais independentes e com participação
maior nas rendas das famílias, elas provocam constantes
alterações dos padrões e tendências do mercado
consumidor. Os brasileiros da terceira idade é outro exemplo
de público em metamorfose. A maioria deles tem renda
própria, está vivendo mais e mostra-se cada vez mais
independente. Decifrar suas necessidades de consumo
constitui também desafio árduo para os especialistas.
A tarefa de fidelizar o cliente sempre representou um
grande desafio para os empreendedores. As grandes
transformações ocorridas no país e no mundo nas últimas
décadas tornaram ainda mais complexa essa empreitada. O
setor supermercadista, responsável pelo abastecimento de
grande parte de nossa população, não foge a essa realidade.
Hoje, as empresas do ramo buscam respostas consistentes
para as mais variadas demandas do público consumidor.
Elas se esforçam, por exemplo, para atender a contento
o grande contingente de pessoas que passou a integrar o
mercado de consumo no novo cenário da economia
nacional – e não são poucos: cerca de 28 milhões de
brasileiros somente na última década, com previsão de se
chegar a 45 milhões até 2014. Ao mesmo tempo, as empresas
tentam responder às exigências da clientela, que está
igualmente em constante mutação pelo impacto das
transformações socioeconômico-culturais e das novas
ABC 30 ANOS
Paulo Rodrigo Natividade Milagre, presidente da Academia
Divinopolitana de Letras e cliente do ABC, e Valdemar
113
NO
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CL
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TE
S
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Eduardo César Russo Leal
Para conhecer e compreender as tendências desse
universo de consumo, a opção mais segura para as empresas
é intensificar o diálogo com os clientes. Este também é o
caminho escolhido pelos Supermercados ABC. A empresa
vem estabelecendo, ao longo dos anos, canais permanentes
de comunicação com os consumidores, como, por exemplo,
o Conselho de Clientes.
Formados em cada loja, os conselheiros são escolhidos
entre os clientes mais participativos. Os nomes são
cadastrados e, posteriormente, eles são convidados pela
gerência da loja a participar de uma reunião, agendada a
cada semestre. Nela os conselheiros expõem o que pensam,
fazem sugestões e reivindicações a respeito de produtos e/ou
unidade de vendas. Num segundo encontro, no semestre
seguinte, a empresa informa aos conselheiros a quais
solicitações ela poderá atender e o prazo para que isso ocorra;
já aqueles que não podem ter seus pleitos atendidos,
igualmente, merecem justificativas por parte do ABC.
A conduta da empresa é elogiada por Eduardo César
Russo Leal, 35 anos, advogado, casado, sem filhos, ex-
integrante do conselho de clientes. “É elogiável a atitude do
ABC de sempre dar uma resposta clara e objetiva às críticas e
sugestões feitas pelo conselho; eu me senti respeitado e
valorizado como conselheiro e como cliente”, enaltece.
Sempre no mês de outubro, em comemoração ao Dia das
Crianças, é realizado no Híper Centro, em Divinópolis, como
é conhecida a loja, o Conselho dos Clientes Mirins. As
crianças têm a oportunidade de expor o que pensam e
querem do ABC por meio de redações e desenhos. Os
resultados causam, invariavelmente, agradáveis surpresas.
Para se ampliar o universo da consulta de opinião dos
clientes, a composição desses conselhos é renovada a cada
ano.
Para assegurar a preferência do consumidor à sua
bandeira, o ABC adota ainda a estratégia de alinhar os
interesses gerais da empresa às necessidades, aos desejos e às
aspirações do cliente. Assim, antes de abrir novas lojas, a
empresa quer saber quais as demandas de consumo do
público a ser atendido. É realizada, então, uma pesquisa a
Edmar Cardoso, gerente de Marketing
fim de se ouvir também a opinião dos futuros consumidores.
“A fidelização do cliente não é apenas uma preocupação, é
nosso objetivo permanente, está presente em cada setor da
empresa e todos se empenham para atingi-la; no processo de
negociação com os fornecedores, por exemplo, sabemos que
precisamos comprar produtos de excelente qualidade pelo
menor preço a fim de ter condições de revendê-los em iguais
condições ao nosso cliente”, explica o gerente de marketing,
Edmar Cardoso.
Outro exemplo citado pelo executivo relaciona-se com
as condições sanitárias dos produtos: “Procuramos garantir a
excelente qualidade de nossas mercadorias e serviços;
114
cumprimos todas as determinações da legislação em vigor e
mantemos, inclusive, um programa, coordenado por
profissional especializado, para desenvolver ações de
prevenção e proteção à saúde e à segurança do consumidor”,
assegura Edmar Rodrigues.
ABC 30 ANOS
"Os investimentos do ABC na capacitação de seu
quadro de pessoal têm reflexo direto na relação da empresa
com o cliente, outro pilar de sustentação da atividade
supermercadista. “Para que o produto chegue à casa do
cliente em perfeitas condições, é necessária a montagem de
um complexa rede operacional, que se inicia na escolha e
compra da mercadoria e se encerra no momento em que ela
é embalada no caixa da loja. Para que esta rede operacional
Oséias Messias,
supervisor regional
funcione perfeitamente, é fundamental o investimento em
treinamento e motivação dos funcionários para que cada
um desempenhe a contento a sua função nesta grande
engrenagem”, explica Marcelo da Silva, 32 anos, graduando
em administração de empresas, uma filha, supervisor
regional e funcionário da empresa há 15 anos.
“A nossa grande meta é transformar o comprador
esporádico, aquele que frequenta ocasionalmente nossa
loja, em cliente fiel. Para isso, procuramos dar a todos os
clientes um tratamento especial, atendendo às suas
aspirações e aos seus desejos de forma ética e transparente”,
explica Oséias Messias Ferreira, 35 anos, casado, três filhos,
graduado em gestão comercial, supervisor regional de
operações e serviços do ABC.
As ações desenvolvidas pela empresa para fidelizar a
clientela têm alcançado o seu objetivo. Na família de
Genoveva Vilela Teixeira, 72 anos, costureira aposentada,
sete filhos, todos são clientes da empresa: “Eu, meus filhos e
netos gostamos muito de comprar no ABC: a oferta de
produtos e de marcas é variada, o preço é muito bom e os
funcionários são bastante atenciosos”, elogia a dona de casa,
freguesa há quase vinte anos da loja ABC do bairro Porto
Velho, bairro onde reside em Divinópolis.
O advogado e juiz aposentado Wellington Antônio
Ferreira, 66 anos, casado, cinco filhos, igualmente,
D.r Wellington Antônio Ferreira
Marcelo da Silva,
supervisor regional
115UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Embalador Hélio Silveira,
22 anos trabalhando no ABC
S.ra Genoveva,
cliente da loja do bairro
Porto Velho - Divinópolis
demonstra satisfação com a atuação da empresa. “As lojas
têm boa estrutura, os produtos são bons e seguros e os
gerentes e funcionários são atenciosos e acolhedores”,
enaltece. Cliente da loja ABC, localizada na avenida 1.º de
Junho em Divinópolis, Wellington Ferreira destaca
também que “os gerentes recebem com muita tranquilidade
as sugestões e críticas feitas pelos consumidores”. O bom
atendimento prestado pelos funcionários também é
destacado por Eduardo Leal: “Eles são capacitados e
prestativos. Quando tenho alguma dúvida sobre a marca de
um vinho para acompanhar um determinado prato, o
sommelier da loja sempre me dá sugestões valiosas”, conta o
advogado.
O investimento na formação específica dos
funcionários que lidam diretamente com o público é outra
estratégia utilizada pelo ABC para reter sua clientela. Eles
frequentam cursos de atendimento e regularmente passam
por processos de reciclagem e atualização de
conhecimentos. O embalador Hélio Silveira, 47 anos,
divorciado, espelha a relação de excelência que empresa
deseja manter com a clientela. Há 22 anos trabalhando na
loja ABC da avenida 1.º de Junho, em Divinópolis, ele é
responsável pela embalagem e entrega das compras em
domicílio. Sempre solícito e atencioso, Hélio não só ganhou
a simpatia, mas, também, a confiança dos clientes: alguns
deles fazem questão de que o embalador entre em suas
residências e os ajude a “guardar” as compras. O
inquestionável carisma do embalador entre os fregueses
rendeu-lhe nova função no ABC: a de “garoto-propaganda”.
Por duas vezes, ele cedeu sua imagem para ser utilizada em
peças publicitárias da empresa: uma foi veiculada em jornal
de oferta, outra, em televisão. E ao que parece, Hélio gostou
muito da experiência: “Toda vez que precisarem, com
grande prazer, eu estarei à disposição”.
O ABC adota uma linha transparente e objetiva
também nos processos de comunicação com o público. As
campanhas publicitárias, veiculadas em mídias diversas,
como televisão, rádio, jornal de ofertas, guardam o rigor ético
que orienta as demais atividades da empresa. “As
mensagens sobre os produtos e serviços colocados em oferta
nos pontos de vendas são claras e transparentes e, acima de
tudo, resguardam sempre os interesses e necessidades de
nossos clientes”, afirma Edmar Cardoso.
A sadia cumplicidade existente entre ABC e seus
clientes goza de reconhecimento pelo mercado. O
empresário Arlindo de Melo Filho, presidente da Arapé
Agroindústria, sediada em Formiga, assegura: “Nestes 30
anos, o Supermercado ABC é uma fonte de inspiração para a
nossa empresa. São 30 anos de crescimento exponencial e
arrojado, sem perder a qualidade e o foco no cliente;
trilhando esse caminho, o ABC estará sempre rumo ao
sucesso, e nós, fornecedores e parceiros, estaremos cada vez
mais orgulhosos de fazer parte desta história”. A dona de
casa Genoveva Teixeira estende os elogios para o presidente
da empresa, Valdemar Martins do Amaral, que desde a
fundação do ABC cultiva o hábito de dialogar regularmente
com os clientes nas unidades de venda. “Ele é simples,
educado e atencioso; sempre conversa com a gente para
saber se estamos satisfeitos com o que encontramos nas
lojas. “Valdemar é nota dez”, resume.
NO
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CL
IEN
TE
S
ABC 30 ANOS116
O cliente pode também se comunicar com a empresa por
meio do site www.superabc.com.br. Pelo sítio eletrônico, o
freguês pode enviar mensagem para o gerente de loja ou até
mesmo para o presidente do ABC. Logo após o recebimento da
mensagem, é feita uma avaliação de seu conteúdo e a resposta é
dada também via correio eletrônico e, se necessário, um
representante da empresa faz uma visita pré-agendada à casa do
cliente para ouvi-lo e, posteriormente, se possível, atendê-lo.
O cliente pode ainda dialogar com a empresa, por meio do
contato direto com o gerente de loja e supervisores. “Temos
NOVAS FERRAMENTAS
www.superabc.com.br
sempre um representante à disposição para receber e resolver as
críticas da clientela”, lembra Fernando Sérgio Maia, supervisor
regional.
Numa iniciativa no ramo supermercadista regional, o ABC
instalou em cada caixa de suas lojas um terminal eletrônico
para aferir o grau de satisfação da clientela com o atendimento
dos operadores. Antes de efetuar o pagamento das compras, o
cliente é convidado a fazer uma avaliação do desempenho do
operador por meio do aparelho acoplado ao caixa.
ACESSIBILIDADE
4.2.2
Entre os trabalhadores do ABC, os deficientes físicos
recebem atenção especial. Desde 2001, eles fazem parte do
quadro de pessoal, ocupando funções em variados setores
da corporação. “O ABC formou uma cultura de contratação e
de integração ao trabalho também desta categoria
profissional, e hoje nossos conhecimentos se tornaram
referência para outras empresas seguirem o mesmo
caminho”, assegura o diretor da área, Vicente Bolina.
Anualmente é realizado o seminário “Conhecer para
intervir” com o propósito de facilitar o relacionamento dos
demais funcionários com os deficientes e a integração deles
na empresa. Especialistas e profissionais que trabalham com
deficientes em escolas, associações, entidades e empresas são
convidados para proferir palestras, participar de debates e
trocar experiências e conhecimentos sobre o tema.
Dunicéia Maria de Lemos, 42 anos, casada, dois filhos,
tem deficiência visual grave desde criança. Determinada a
“vencer na vida”, aos 12 anos começou a trabalhar como
empregada doméstica, Depois de 23 anos na profissão,
Dunicéia foi contratada em 2005 pela loja ABC, do bairro
Bom Pastor, Divinópolis. Inicialmente trabalhou no serviço
de faxina, depois ocupou o cargo de recepcionista no
guarda-volume. Há quatro anos, foi promovida a operadora
de caixa. “Eu agradeço muito ao ABC por ter acreditado em
mim e, assim, ter possibilitado a realização de meu sonho de
trabalhar no comércio em contato com o público, diz
emocionada. Ela conta que desde pequena queria um
trabalho que “permitisse o contato constante com as
pessoas" – "eu gosto muito de gente”, acrescenta.
A operadora participa com entusiasmo do
treinamento de formação profissional e não perde
nenhuma oportunidade para manter-se informada
sobre novidades relacionadas ao seu trabalho na
empresa. Os limites impostos pela doença são
superados com vontade e amor ao trabalho. “Eu não
me sinto discriminada em razão da deficiência visual:
a minha relação com os colegas de trabalho e com os
clientes é respeitosa e gratificante”, conta Dunicéia.
ADEQUADO À REALIDADE SOCIAL
117
Dunicéia,
funcionária da loja do bairro
Bom Pastor – Divinópolis
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
NO
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TE
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MARKETING
4.2.3
ABC 30 ANOS118
ATIVIDADES
O setor de marketing do Grupo ABC, em parceria com todos
os funcionários, tem como foco principal contribuir para que a
Missão do ABC seja colocada em prática todos os dias. Para que
isso aconteça, há necessidade da realização de diversas parcerias
que ajudam a empresa a trilhar seu DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL.
Por meio das ações de Trade Marketing, o setor de
marketing, com o setor comercial, realiza diversas ações em
parceria com os fornecedores regionais, estaduais, nacionais e
internacionais. Entre estas ações destacam-se as exposições no
ponto de venda, a participação em campanhas e os projetos
sociais.
Criatividade e simplicidade para mostrar a todos o que o
ABC tem de melhor. Estes são os caminhos trilhados pelas ações
de publicidade e propaganda do ABC. Diversas campanhas são
realizadas durante o ano em datas comemorativas, como
Páscoa, Aniversário ABC, Natal, entre outras. São utilizados
diversos meios de comunicação como TVs, rádios, jornais,
outdoors, revistas, display, wobbler e internet para levar ao
conhecimento dos clientes os produtos e serviços do ABC.
Dedicação, compromisso com os funcionários. O
Endomarketing, alinhado com o setor de Gestão de Gente do
ABC, tem a responsabilidade de coordenar o uso de uniforme e
crachás, realizar instruções sobre higiene pessoal e várias outras
ações de conduta interna. Além disso, também realiza eventos
como o Encontro com os Produtores Rurais do Centro-Oeste de
Minas, evento Funcionário-Destaque, campanhas com sorteio
de prêmios, distribuição de brindes entre outras ações que
objetivam motivar os funcionários e contribuir para que haja
uma maior produtividade e melhor qualidade de vida no
trabalho.
Contribuir para que os clientes tenham uma boa
experiência de compra, maior conforto e comodidade são
atributos do merchandising, que é realizado por membros do
setor de Marketing e principalmente pelos milhares de
funcionários da operação que estão constantemente nas lojas
ABC. Uma boa comunicação visual, música-ambiente,
degustação de produtos, exposições adequadas, loja limpa e
iluminada são algumas das ações realizadas para que os clientes
façam do ABC uma extensão de suas casas.
Engajamento, relacionamento e compromisso com as
gerações futuras. Os projetos socioambientais coordenados pelo
setor de marketing e realizados em parceria com dezenas de
empresas, instituições e voluntários, reforçam o compromisso
da empresa com a sustentabilidade. Entre as ações realizadas
destacam-se o Circuito Mineiro de Corrida de Rua ABC, evento
Integrando Minas, Troco Solidário ABC, Ponto de Coleta de
Pilhas e Baterias, incentivo ao uso de sacolas retornáveis e
reciclagem de plástico, madeira e papelão.
O setor de marketing tem como objetivo agregar valor nas
relações entre todos os públicos com os quais a empresa se
relaciona: acionistas, clientes, funcionários, fornecedores,
sociedade e meio ambiente.
Parte da equipe de Marketing do ABC
façam seu convênio com o ABC.
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e destinados aos clientes do Cartão Garantido.
Os funcionários constituem um dos pilares do ABC e
ocupam lugar de destaque no planejamento estratégico da
corporação ao longo destas três décadas de sucesso. “Quem
busca resultados a curto prazo planta feijão; quem espera
resultados em médio prazo planta eucalipto; quem quer retorno
eterno investe em pessoas”, destaca Valdemar ao justificar a
estratégia utilizada pela empresa para lidar com o seu maior
patrimônio: os seus mais de 3 mil funcionários. “Cada um é peça
fundamental para o funcionamento efetivo de toda a rede;
todos têm sua importância: desde o porteiro ao presidente da
empresa”, reafirma o comerciante, convicto de que “são as
pessoas que fazem a diferença nas corporações”.
Nos últimos anos, o setor de Recursos Humanos (RH) das
empresas vem passando por grandes transformações. Se, antes,
ficava limitado às tarefas de recrutamento e seleção de mão de
obra, hoje, impulsionado pela evolução organizacional e
tecnológica, o RH passou a investir em gestão de pessoas. A
nova realidade impõe como prioridade o investimento
permanente no desenvolvimento e crescimento profissional
como condição essencial para se atraírem e reterem
funcionários – desafios enfrentados cotidianamente pelas
empresas. No ABC, não é diferente.
Assim, a cada ano, os resultados dos investimentos feitos
pela empresa em capacitação profissional tornam-se cada vez
mais expressivos. Em 2011, por exemplo, a Célula de
Treinamentos Técnicos e Comportamentais do setor de Gestão
de Gente atingiu a marca de 35 mil horas/homem, nos variados
cursos de capacitação oferecidos pelo setor. Com objetivo de
avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no
planejamento estratégico do ABC para a área de gestão de
pessoas são feitas, periodicamente, pesquisas de clima de
ambiente do trabalho, avaliação de desempenho e operacional.
RELACIONAMENTO
5.1
Nossa gente faz a diferença!
Gestão deGENTE
GESTÃO DE GENTE
124 ABC 30 ANOS
Em homenagem aos demais funcionários do ABC, trabalhadores com
mais de 13 anos de empresa foram retratados no pátio do CDA em Divinópolis
NOSSO PÚBLICO INTERNO
5
APRENDIZADO
5.1.1
O funcionário Oramício José Pereira, 42 anos, casado,
um filho, é considerado exemplo de sucesso do trabalho
desenvolvido pela Gestão de Gente. Ele iniciou sua carreia
no ABC aos 18 anos de idade, como embalador; em seguida
passou a ajudante de depósito, conferente, balconista,
encarregado de frios, e gerente de lojas, entre outros cargos.
Há 5 anos, Oramício obteve nova promoção e passou a
ocupar a função de gerente comercial de perecíveis, cargo
que acumula com o de gerente da Unidade de Apoio do
Ceasa, em Contagem. A bem-sucedida carreira de 25 anos na
empresa é resultado da dedicação e esforço de Oramício, que
investe de forma continuada em formação profissional:
desde os primeiros dias na empresa, ele faz cursos em todas
as áreas oferecidas e não perde conferências, palestras e
debates sobre temas relacionados às suas atividades
profissionais.
O gerente aproveita ainda as viagens de trabalho a
países como Argentina, Uruguai, Chile e Noruega para
ampliar seus conhecimentos. “O ABC é um excelente lugar
para se trabalhar. A empresa oferece todas as possibilidades
para o funcionário crescer profissionalmente”, elogia
Oramício. Em sua carteira de trabalho consta uma
particularidade: somente uma empresa como empregadora:
o ABC.
A funcionária Dilma Oliveira Silva Gonçalves, 53 anos,
casada, um filho, faz coro com Oramício: “Trabalhar no ABC é
ótimo. O ambiente de trabalho é muito bom e a empresa
valoriza e incentiva o crescimento profissional de seus
funcionários”. Mesmo aposentada há cinco anos, ela prefere
manter-se no emprego. Nos 19 anos de ABC, Dilma começou
como assistente da diretoria, passou pelas gerências de
compras de bazar e de mercearia e há três anos foi
promovida a gerente comercial de Alimentos.
EXEMPLOS
126 ABC 30 ANOS
Dilma, 19 anos de ABC: os cursos são ótimos
para o desenvolvimento de nossa carreira
Oramício, 25 anos de ABC: a empresa oferece todas
as possibilidades para crescer profissionalmente
127
Graduada em gestão de varejo pelo Centro
Universitário Newton Paiva, de Belo Horizonte, ela não
perde a oportunidade de ampliar seus conhecimentos por
meio do programa de capacitação profissional mantido pelo
ABC. “Os cursos, palestras, seminários contribuem muito
para o desenvolvimento de nossa carreira como também
são ótimos para a nossa vida pessoal”, enaltece Dilma.
Conceito semelhante sobre a corporação tem José
Domingos, 69 anos, casado, quatro filhos. Ele tem 17 anos de
empresa, está aposentado há 12 anos, mas nem pensa deixar
o cargo de administrador de recebimentos de suínos e
bovinos. “O funcionário é valorizado, o ambiente de
trabalho é sadio e os donos são simples, honestos e
trabalhadores; enquanto precisarem de mim, estarei aqui”,
afirma José Domingos.
O supervisor regional Fernando Sérgio Maia, 35 anos,
casado, quatro filhos, concorda com seus colegas de trabalho
e aponta mais um motivo para não mudar de emprego: o
contínuo crescimento da rede. “A empresa está sempre em
expansão, o que nos deixa seguros de que podemos fazer
carreira dentro dela”, destaca o funcionário.
Os investimentos feitos no desenvolvimento de seus
funcionários são destacados pelo gerente. “É difícil encontrar
no mercado uma empresa que valorize, respeite e que seja
tão generosa com os seus funcionários como é o ABC”.
Há 19 anos na empresa, Fernando aproveita bem as
oportunidades para crescer profissionalmente. Embalador
no início do emprego, ele ocupou várias funções como
assistente comercial, assistente de vendas, gerente de loja até
chegar ao atual cargo. Para alcançar seus objetivos na
carreira, Fernando também se dedicou aos estudos: fez o
curso de graduação em gestão comercial e de especialização
em liderança e gestão de pessoas, ambos na Faculdade
Pitagóras, em Divinópolis. Ele participa também de todos os
cursos oferecidos pelo setor de Gestão de Gente. Patrocinado
pelo ABC, em novembro de 2011, Fernando Maia foi aos
EUA para fazer o curso de Gerência de Supermercados no
Independent Grocers Alliance (IGA), instituição mantida
pela Coca-Cola em Atlanta.
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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Os donos são simples, honestos e trabalhadores,
segundo José Domingos, 17 anos de ABC
Fernando Maia, supervisor regional, aproveitou
bem as oportunidades para crescer na empresa
128
Além de incentivar e facilitar a evolução profissional, o
ABC oferece aos funcionários vários benefícios, como
bonificação por produtividade, plano de assistência médico-
odontológico-hospitalar, vale-refeição, vale-transporte. A partir
do ano de 2011, o setor de Gestão de Gente está colocando em
prática uma nova política de relacionamento entre o ABC e seus
funcionários.
A instalação de programas de melhoria de qualidade de
vida como, por exemplo, a realização de palestras e seminários
com temas direcionados à promoção da saúde, também constam
na agenda do setor.
“Com o projeto Gestão de Gente, o ABC tem como objetivo:
desenvolver, valorizar, conquistar e manter funcionários. Ao
mesmo tempo, atingir a excelência no serviço de atendimento
ao cliente. Como resultado, esperamos aumentar nossa
produtividade, elevar nossas vendas e melhorar a posição da
empresa no competitivo mercado supermercadista”, destaca
Vicente Bolina, vice-presidente administrativo.
NOVOS HORIZONTES
EVOLUÇÃO
5.1.2
BENEFÍCIOS
ABC 30 ANOS
Funcionários recebem troféu da Sipat
Abrir o leque de oportunidades de ingresso das pessoas
no mercado de trabalho também faz parte da missão da
empresa. Entre outras iniciativas, o ABC participa do
programa Jovem Aprendiz do Governo Federal. O programa
investe na formação técnico-profissional de adolescentes e
jovens, amplia as possibilidades de inserção deles no
mercado de trabalho e torna mais promissor o futuro das
novas gerações. “O Jovem Aprendiz contribui para formar
um trabalhador de acordo com o perfil que a empresa
necessita”, adianta a gerente da área de Gestão de Gente.
Os jovens aprendizes trabalham em todos os setores da
empresa, com exceção daqueles que oferecem risco à saúde e
à segurança deles. Com o objetivo de garantir formação
básica para o desempenho de suas funções, os jovens do
programa fazem o curso Aprendizagem Comercial em
Serviços de Supermercados, ministrado pelo Serviço
Nacional do Comércio (Senac). Os alunos frequentam as
aulas de teoria no Senac durante uma semana; na outra, vão
para a empresa colocar em prática o que aprenderam.
Uma das exigências é que o jovem continue
frequentando a escola de ensino formal. Caso abandone o
ensino regular, automaticamente é desligado do projeto. De
acordo com a legislação do programa, são assegurados ao
jovem aprendiz quase todos os direitos trabalhistas das
demais categorias de trabalhadores. Albert Ávila Soares e
Silva, 15 anos, é um dos inscritos no programa.
Ele começou na função de embalador na loja, hoje
trabalha na área de Gestão de Gente. O contrato de trabalho
dele é de um ano, do qual já cumpriu nove meses. O jovem
aprendiz revela que “gosta muito de trabalhar na empresa” e
já faz planos para a carreira profissional. “Eu ficarei muito
feliz se tiver a oportunidade de continuar no ABC. O
ambiente é bom: existe respeito, amizade e muita vontade
de ensinar por parte dos mais experientes”, assegura Albert.
De olho no futuro, ele garante que fez a opção certa: “O
projeto Jovem Aprendiz me permitiu acesso ao mercado de
trabalho e me proporcionou formação básica num setor que
sempre emprega muita mão de obra”.
1.º EMPREGO
129
O jovem aprendiz Albert Ávila diz
gostar muito de trabalhar no ABC
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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130
O projeto Melhor Idade do ABC dá oportunidade para
pessoas acima de 50 anos ingressarem no mercado de trabalho.
A iniciativa é voltada para aqueles trabalhadores que desejam
permanecer em atividade profissional, para quem está sem
trabalho e ainda para as pessoas que desejam ter seu primeiro
emprego formal nessa fase de vida.
Ana Greco e Melo, 60 anos, técnica em contabilidade,
casada, dois filhos, faz parte do quadro de funcionários da
terceira idade da empresa. Depois de ficar mais de 15 anos
“cuidando de casa”, ela resolveu voltar ao mercado de trabalho,
e exercer sua antiga função de comerciária na loja de calçados da
irmã. No entanto, logo ficou sabendo que o ABC estava
contratando trabalhadores da terceira idade e resolveu topar o
desafio. Há oito meses, ela trabalha na loja da empresa na av. 1.º
de Junho – Divinópolis. Sua principal tarefa é auxiliar os
clientes a encontrarem os produtos desejados, entre eles idosos e
pessoas com deficiência, que, em geral, têm menos mobilidade e
precisam de ajuda na hora das compras.
Ela é responsável ainda pela seção de produtos funcionais e
ajuda a cuidar da seção de flores. Ana sente-se plenamente
integrada ao ambiente de trabalho: “A relação com os clientes é
enriquecedora: a troca de calor humano é intensa; caso idêntico
acontece com meus colegas de trabalho, embora a maioria seja
composta por jovens; não existe discriminação, recebo o mesmo
tratamento dados aos demais”, assegura Ana”.
"O principal objetivo do projeto Melhor Idade é mesclar o
grupo de funcionários da empresa, incluindo desde
trabalhadores do primeiro emprego, como é o caso dos Jovens
Aprendizes, como também aqueles da chamada Melhor Idade.
Com isso, aproveitam-se o gás e a energia dos adolescentes e a
experiência e sabedoria das pessoas mais maduras”, diz Vicente
Bolina.
ABC 30 ANOS
Para Ana Greco, funcionária da loja da
av. 1.º de Junho – Divinópolis, a relação
com os clientes é enriquecedora
131
Além de motivar a relação dos sindicatos com a empresa,
fornecemos constantemente informações sobre as condições de
trabalho e nossos dirigentes reúnem-se periodicamente com
eles para ouvir sugestões e negociar reivindicações.
Fornecemos informações em tempo hábil para que os
sindicatos e funcionários se posicionem ao diálogo aberto e
transparente. Possuímos acordo coletivo com o sindicato da
categoria principal. Por atuar em diversas cidades de diversas
regiões, negociamos com os diversos sindicatos um patamar
mínimo de benefícios comuns e disponibilizamos ainda
informações básicas sobre os direitos e deveres dos funcionários,
tais como dissídios e contribuições sindicais, dentre outros.
O ABC busca superar os pisos salariais firmados com os
sindicatos. Estamos sempre realizando pesquisas para a
medição da satisfação de nossos funcionários e prestadores de
serviços com relação a seus salários e benefícios.
Monitoramos periodicamente o cumprimento dos
requisitos estabelecidos na contratação, exigindo que sejam
feitos ajustes que garantam o correto cumprimento da
legislação. Possuímos uma política de integração desses
funcionários terceirizados com a cultura, valores e princípios da
empresa. Hoje são cerca de 300 funcionários terceirizados que
prestam serviços ao ABC.
SINDICATOS, TERCEIRIZADOS
E DESLIGAMENTO5.1.3
POLÍTICA
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Equipe do ABC, vencedora do
Campeonato dos Comerciários 2011,
realizado pelo Secoderco –
Sindicato dos Empregados no
Comércio Varejista e Atacadista de
Divinópolis e Região Centro-Oeste de
Minas
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SORBON
sibele
O ABC continuamente ressalta a importância do seu
funcionário no contexto organizacional.
Com este foco, o Endomarketing na empresa é
operacionalizado por gestores das áreas de Marketing,
Gestão de Gente, Administrativa, Comercial e Governança.
Visamos à integração, à observação, ao amparo e à ajuda
p s i c o l ó g i c a a o s f u n c i o n á r i o s , b e m c o m o a o
desenvolvimento de ações que envolvam também as
famílias, trazendo-as para maior integração com a empresa.
FORMAÇÃO
6.1
A OPERAÇÃO
Para desenvolver nossos recursos humanos,
mantemos atividades sistemáticas de desenvolvimento e
capacitação, visando ao aperfeiçoamento contínuo de toda a
equipe. Possuímos programas de mapeamento para
identificação de competências a serem desenvolvidas.
Contemplamos políticas de desenvolvimento que
promovam a coerência entre os valores e princípios éticos do
ABC com os valores e princípios individuais dos nossos
funcionários.
Aos estagiários oferecemos condições adequadas de
trabalho, aprendizado, desenvolvimento profissional e
pessoal em suas respectivas áreas de estudo. Tudo com o
necessário acompanhamento profissional.
DESENVOLVIMENTO
136 ABC 30 ANOS
ENDOMARKETING
6
138
Anualmente o ABC realiza o evento Destaque! – que agracia os
funcionários por tempo de empresa. A solenidade tem a presença
dos sócios da empresa, Valdemar e Walchir. Ao final da solenidade,
funcionários e familiares desfrutam uma confraternização.
RESULTADOS
6.2
Ações voltadasaos funcionários
ABC 30 ANOS
EVENTO DESTAQUE!
Equipe do Híper ABC Oliveira
Durante o ano, a empresa distribui brindes aos funcionários.
A intenção é deixar uma singela lembrança das principais datas
comemorativas do ano como, por exemplo, Dia dos Pais, Dia das
Mães, Natal, entre outros.
Possuímos um Boletim Interno de periodicidade semanal, no
qual divulgamos ações internas e externas que envolvam
diretamente o funcionário ou a instituição. Além disso,
usamos como ferramenta informativa.
também o
LEMBRANÇAS
BOLETIM INTERNO
ISTO É ABC
139
Os Supermercados ABC realizam durante o ano
confraternizações entre os seus funcionários, em comemoração ao
aniversário de cada unidade.
É um momento de festa e muita alegria, além de realização de
atividades esportivas e culturais.
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ÃO
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CONFRATERNIZAÇÃO
Anualmente, conforme determina a legislação,
realizamos a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de
Trabalho (Sipat) em todas as nossas unidades. Pela
importância, a cada ano que passa, incrementamos nossa
Sipat com novos atrativos e novas ideias. A Semana tornou-
se um dos eventos internos mais importantes da empresa.
SIPAT
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Agraciados com a homenagem
Destaque! – 10 anos de ABC,
em 2011
Interesse, motivação e
comprometimento da
equipe nas Sipats
O Isto é ABC é um periódico bimestral, que tem como
finalidade apresentar um conteúdo informativo da empresa ao
funcionário, como divulgação das campanhas, informações sobre
as unidades, dentre outros. O Isto é ABC é enviado diretamente para
a casa de cada funcionário – ação que tem como premissa envolver
toda a sua família.
Av. São João, 4.574 – Lourdes/CEP 35680 – 228 – Itaúna/MG – Tel: (37) 3242-9165
Marca de Qualidade
w w w . b i g m a r c a s m g . c o m . b r
b i g . m a r c a s @ u o l . c o m . b r
vinhos aurorame
142
O SOCIOAMBIENTAL
7.1
As metas e os objetivos socioambientais dos
Supermercados ABC vêm promover a interação humana,
estreitar os laços entre a empresa e a comunidade, levar-lhes
cultura diversificada, informação, divertimento e promover
a conscientização para a saúde e o bem-estar.
São metas e objetivos coletivos, pertencentes ao meio
social. O importante é acreditar. Podemos fazer. Podemos
somar. Podemos mudar.
METAS E OBJETIVOS
ABC 30 ANOS
NOSSA REDE
SOCIOAMBIENTAL
7
O ABC mantém um reconhecido compromisso de
responsabilidade social e com as políticas públicas e privadas de
sustentabilidade do planeta. No início da empresa, o ABC
apoiava as ações pontuais, como doações de alimentos e de
recursos financeiros, principalmente para entidades de
assistência social e eventos esportivos.
Ao longo do tempo, a empresa passou a priorizar os
chamados projetos e ações estruturantes, ou seja, iniciativas que
resultem em benefícios permanentes de médio e longo prazo
para a comunidade. “A rede ABC de Supermercados investe em
um modelo duradouro de fazer negócios e de manter
relacionamentos; estabelece vínculos permanentes com os seus
clientes e parceiros e cria metas empresariais compatíveis com o
crescimento sustentável da sociedade”, destaca Célio Tavares,
professor e economista, prestador de serviços de consultoria ao
ABC.
AS AÇÕES
SOCIOAMBIENTAIS7.2
Sustentabilidade
144 ABC 30 ANOS
METAS E OBJETIVOS
Célio Tavares, economista, destaca o modelo
duradouro de fazer negócios do ABC
Por meio de projetos próprios ou em parcerias, o ABC
investe nas áreas ambiental, esportiva, cultural e social, com
repercussões positivas na saúde, educação e lazer da população.
Assim, o Grupo ABC é parceiro de primeira hora da
Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas
(Acccom), com sede em Divinópolis. “Temos com o ABC uma
parceria de muito sucesso. É sobejamente conhecido o
compromisso social do ABC, com certeza influenciado pelo
caráter humanitário de seus diretores. A empresa foi o nosso
primeiro doador como pessoa jurídica. Já Valdemar foi o nosso
primeiro doador como pessoa física e foi, por sua sugestão, que
adotamos o projeto Troco Solidário, que mantém 100 cofrinhos
no comércio, recebendo trocos dos clientes para ajudar a
Acccom”, destaca Leides Nogueira, presidente da entidade.
A instituição mantém em Divinópolis, o Hospital do
Câncer; a Casa de Apoio, que oferece hospedagem, alimentação
aos pacientes de baixa renda e seus familiares; e o Centro
Assistencial, que realiza ações complementares no tratamento
da enfermidade.
ACCCOM E ABC
Leides Nogueira, Presidente da ACCCOM
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UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
A história do Supermercado ABC com a Associação
de Combate ao Câncer do Centro-Oeste Mineiro (Acccom)
começou com a campanha de arrecadação de fundos para
o início das obras da instituição hospitalar há cerca de 15
anos. Presente num show do cantor Jair Rodrigues em
Divinópolis, Valdemar participou de leilão de uma
novilha realizado para arrecadar recursos no final do
evento. Sensibilizado pela nobreza da causa, Valdemar
fez o arremate do animal e conclamou os colegas
empresários a participarem da campanha. Quando a
instituição lançou o Selo Empresarial da Acccom, o ABC
foi a primeira empresa a aderir ao projeto. Mais tarde, o
ABC tomou a iniciativa de implantar em suas lojas o
Troco Solidário. Atualmente, o ABC negocia com a
Associação Mineira de Supermercados (Amis) a
participação de outras empresas supermercadistas no
projeto do Troco Solidário e com uma novidade: em vez
da doação do cliente ser depositada diretamente no
cofrinho, ela ficará retida no caixa, com o seu valor sendo
registrado no cupom de venda e posterior repasse dos
recursos arrecadados à Acccom.
Doação feita à Acccom por meio
de parceria entre o ABC e a Johnson´s
Você sabe o que é Troco Solidário? É uma doação que
todos podem fazer nos cofrinhos instalados nos caixas das
lojas ABC. Nas lojas de Divinópolis, as doações são revertidas
para a Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste
Mineiro (Acccom), enquanto, nas demais, são direcionadas à
entidades das cidades onde se encontram instaladas as
unidades.
O projeto, iniciado em 2009, contribui com o
atendimento a milhares de pessoas. Doe: com um pouco de
cada um, as entidades podem fazer muito.
TROCO SOLIDÁRIO
O Supermercado ABC é um
grande parceiro da Acccom
Matriz: (37) 3286-1200 • Filial BH: (31) 3369-2500 • www.avivar.com.br
Para o presidente, Valdemar Amaral, o
circuito é um projeto que reafirma os conceitos do
ABC, uma das empresas mais mineiras de Minas
Gerais. Estimulamos a prática saudável de esportes,
a melhora da qualidade de vida, o lazer, o turismo,
bem como o desenvolvimento econômico. Para o
vice-presidente, Walchir Amaral, é um evento que
promove a integração familiar em prol da melhor
qualidade de vida, aliada à responsabilidade
socioambiental.
O ABC, tradicionalmente, realiza e apoia
projetos na área esportiva. A empresa realiza o
Circuito Mineiro de Corridas de Rua ABC, um
projeto abrangente e inédito no estado de Minas
Gerais. O circuito é realizado nos 11 municípios
onde o ABC mantém lojas e dele participam atletas
amadores e profissionais, com idade mínima de 16
anos. As corridas, com percurso de cinco
quilômetros, em média, têm o objetivo de
incentivar e contribuir para a melhoria da
qualidade de vida da população pela prática
esportiva. No final, os vencedores em cada faixa
etária recebem premiação e troféus.
O secretário municipal de Esportes de
Divinópolis, Rômulo Duarte, atesta a contribuição
da empresa para o desenvolvimento do esporte: “O
ABC vem há anos apoiando e incentivando o
desenvolvimento das atividades esportivas na
cidade e região. Essas iniciativas, somadas a outras
ações de responsabilidade social e ambiental,
colocam a empresa em posição de vanguarda na
adoção de políticas de sustentabilidade e
compromisso social no oeste de Minas”, reconhece
o dirigente.
Rômulo Duarte atesta a grande
contribuição do ABC nas atividades esportivas
Concentração para a
corrida - Etapa Campo Belo
147UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
CIR
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Em 2009, 2010 e 2011, o Supermercado
ABC realizou a Corrida de Rua em
Divinópolis Mexa-se para o Bem Viver.
Nas fotos ao lado, a corrida realizada em
novembro de 2010, tiradas na sua 2.ª
edição.
CORRIDA DE RUA ABC:
"MEXA-SE PARA O BEM VIVER".
CRESCIMENTO
Momento da largada da
corrida da Etapa de Divinópolis
Concentração para a
corrida – Etapa Araxá
CIRCUITO MINEIRO DE CORRIDA DE RUA ABC:“MEXA-SE PARA O BEM VIVER".
148 ABC 30 ANOS
Quando expressamos sobre meio ambiente, devemos
sempre incitar a conscientização de que tudo que fazemos
gera um impacto em nosso meio. Somente com práticas e
ações que visem à sustentabilidade, podemos garantir uma
vida melhor e mais satisfatória.
Neste âmbito, o entrelaço Supermercados ABC e
comunidade é o elo fundamental de criação das ações
efetivas socioambientais. Somente por meio das práticas
dessas que afirmaremos: "Podemos fazer do mundo um
lugar melhor para viver!".
NOSSO MEIO AMBIENTE
E COMUNIDADE7.3
UM MUNDO MELHOR
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“Queremos fazer do ABC
um melhor lugar para se vender,
um melhor lugar para se comprar,
um melhor lugar para se trabalhar.”
..
149UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Etapa de
Santo Antônio do Monte
Etapa de
Arcos
Etapa de
Campo Belo
Etapa de
Itaúna
Etapa de
Lagoa da Prata
Etapa de
Fortmiga
Etapa de
Araxá
Etapa de
Pará de Minas
Etapa de
Oliveira
Etapa de
Lavras
Etapa de
Divinópolis
150 ABC 30 ANOS
O ABC apoiou em Araxá e
Divinópolis esta iniciativa que
valoriza e envolve milhares de
pessoas. Saúde e melhor qualidade
de vida!
CORRIDA
INTERNACIONAL DE BIKE
Entretenimento, diversão e muitas
brincadeiras. Evento realizado pela TV
Alterosa Centro-Oeste com o apoio de
diversas empresas, entre elas o ABC.
O ABC tem o prazer em fazer parte das
festas regionais como: Divinaexpô, Expô
Itaúna, Expô Oliveira, Festa do Motorista
em Araxá, entre outras. Esses eventos
valorizam a cultura, incentiva o turismo e
o crescimento da economia.
FESTIVAL DA ALEGRIA
TV ALTEROSA
APOIO A FESTAS REGIONAIS
151UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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152 ABC 30 ANOS
4.ª CORRIDA DAS NASCENTES
O ABC foi apoiador das duas últimas edições da
Corrida de Pentecostes. No total foram mais de 600
participantes nas duas corridas, com destaque para a
categoria voltada aos portadores de necessidades
especiais.
Os Supermercados ABC apoiam
atleta de judô de Divinópolis. Com um talento nato e
sinônimo de uma grande promessa, o garoto
consagrou-se tricampeão mineiro em 2011.
Otávio Santos,
135 atletas participaram da 4.ª Corrida das
Nascentes, realizada em março de 2010. A presença
foi maciça de atletas, público em geral e políticos da
região, todos apoiando a iniciativa com o ABC.
MAISAÇÕES
DE APOIO
APOIO AO JUDÔ
CORRIDA DE PENTECOSTES
Equipe ABC presente
na Corrida das Nascentes
153UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
O ABC de Formiga cedeu o galpão da
empresa para que as escolas de samba
montassem seus carros alegóricos e
fantasias. Durante o desfile, houve um
carro alegórico que abriu o desfile com
uma linda coroa que trazia o nome do
ABC. Cerca de três mil pessoas
acompanharam o evento, que marca a
história de Formiga, com o resgate da
tradição do Carnaval.
DESFILE DAS
ESCOLAS DE SAMBA
Há vários anos o ABC incentiva, por
meio de campanhas educativas, o uso das
sacolas retornáveis, minimizando, assim,
os impactos causados pelas sacolas
plásticas.
INCENTIVO AO USO DA
SACOLA RETORNÁVEL
O time de futebol ABC nos últimos
d o i s a n o s v e m d e s t a c a n d o - s e e
conquistando dois campeonatos
importantes na região: erguemos os
troféus do Campeonato dos Garçons (2010)
e do Campeonato dos Comerciários (2011 e
2012).
TIME DE FUTEBOL
DO ABC
Carnaval de Formiga
Equipe ABC vencedora do campeonato dos comerciários 2012.
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154 ABC 30 ANOS
Mais que um dever. É nossa obrigação
apoiar, como empresa e cidadão, a campanha
Todos contra a Pedofilia.
Denuncie – Disque 100 – Ligação
anônima.
TODOS CONTRA A PEDOFILIA
Por meio dos pontos de coletas de pilhas e
baterias localizados em todas as lojas do ABC
milhares de unidades já foram destinadas para
locais adequados. Esta ação é realizada em parceria
com a população, funcionários, entre outros
envolvidos como, por exemplo, o Partido Verde.
PONTO DE COLETA DE
PILHAS E BATERIAS
Realizada em setembro de 2011, a Corrida de
São Domingos, que faz parte do calendário
internacional de provas, teve o apoio do ABC. O
evento contou com participantes de vários países,
entre eles o Quênia.
E, no Divinópolis Clube, com apoio do ABC, a
2.ª Corrida de Verão contou com percursos para
atletas experientes, iniciantes e desportistas em
geral. Participaram cerca de 300 atletas.
APOIO EM OUTRAS CORRIDAS DE RUA
155UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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E n t r e g a d o
aparelho visual à s.ra
Marli, ex-funcionária do
ABC.
ENTREGA DE DOAÇÃO
DE APARELHO VISUAL
Os corredores da Acord estão sempre
presentes nas Corridas do Circuito ABC
O ABC esteve presente no Desfile do
Centenário de Divinópolis por meio da
Associação de Corredores de Rua de
Divinópolis (Acord). A empresa
patrocinou a confecção do Troféu
Centenário, presente da equipe de
corredores para os 100 anos do município.
DESFILE DO CENTENÁRIO
DE DIVINÓPOLIS
156 ABC 30 ANOS ABC 30 ANOS
O ABC valoriza os artistas regionais. Nas
imagens, destacamos o artesão Marco Antônio Faria.
Nascido em Pitangui, veio para Divinópolis com
apenas 6 anos de idade: “Gosto de trabalhar com arte
histórica, trazer conhecimento da cidade onde moro.
Valorizo muito as pessoas que por ali passaram e
construíram; é um prazer reviver o passado.”
Em 2012, ano dos 100 anos de Divinópolis, os
Supermercados ABC patrocinaram o evento que
homenageou os 100 servidores-destaques da cidade.
HOMENAGEM AOS 100
SERVIDORES DE DIVINÓPOLIS
MARCO ANTÔNIO
FARIA
Ao final do evento, os participantes
puderam deliciar-se com o bufê
oferecido pelo ABC
Marco Antônio Faria
exibe suas peças
157UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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Por dois anos consecutivos o ABC
realizou o Desfile de Princesas e Super-
Heróis. No ano de 2011, o evento reuniu
cerca de 200 pessoas, dentre elas 36
crianças participantes e seus pais. Cada
participante doou biscoitos, que foram
entregues no mesmo dia ao Lar das
Meninas.
DESFILE DE PRINCESAS
E SUPER-HERÓIS
Em parceria com o Rotary Club
Divinópolis e outras instituições nas
diversas cidades onde o ABC está
presente a Ação Criança Solidária
arrecadou centenas de unidades de
roupas, calçados e brinquedos, que
foram destinados para diversas
instituições carentes.
CRIANÇA SOLIDÁRIA,
PARCERIA COM O
ROTARY CLUBE DIVINÓPOLIS
Crianças participantes do desfile
Distrito 4560
inópo
iv
lis
D ed bulC yratoR
158 ABC 30 ANOS
A preservação da ecologia e a melhor qualidade
de vida são aspectos que vêm sendo ressaltados nas
ações do ABC. Dessa forma, somos parceiros na Corrida
do Lago, evento com grande potencial de crescimento
pela sua filosofia coerente com as expectativas
ecológicas e de bem viver do mundo moderno.
O ABC participa do Comitê de Responsabilidade
Social Empresarial da Federação das Indústrias de
Minas Gerais – Fiemg Regional Centro-Oeste. Entre as
atividades realizadas pelo comitê, estão o Seminário de
Responsabilidade Social e o Dia do Voluntariado,
evento tradicionalmente realizado no final de ano e
que conta com grande apoio na comunidade.
CORRIDA DO
LAGO DAS ROSEIRAS
DIA V VOLUNTARIADO
O ABC recicla em média 100 toneladas de papel,
plástico e madeira todos os anos. Parte do valor
arrecado com a venda desse material é destinada
para diversas instituições carentes, como creches,
escolas e eventos comunitários, entre outros.
RECICLAGEM
159UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
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Embora tenha como prioridade apoiar projetos
estruturantes, a empresa mantém a tradição de contribuir
para as entidades de assistência social nos municípios onde
se localizam suas lojas. Anualmente, são doadas cerca de 30
toneladas de alimentos para essas entidades de assistência
social, em especial creches e asilos e hospitais filantrópicos.
Ao longo destes trinta anos, o ABC tem apoiado ainda
várias iniciativas e eventos culturais nas cidades onde atua,
com destaques para aqueles aprovados pelos programas
governamentais de incentivo à cultura, nos âmbitos
municipal, estadual e federal. O Festival Nacional de
Música de Divinópolis, em sua segunda edição em
Divinópolis, foi um dos projetos apoiados pela empresa por
meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
A programação do evento incluiu a apresentação de
óperas. Durante o festival, 11 renomados músicos deram
concertos e ministraram oficinas para cerca de 250 músicos
inscritos, oriundos de várias regiões do país.
Entre os professores dessas oficinas estavam Charles
Roussin, maestro da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais;
Dario Sotelo, maestro da Orquestra Sinfônica de São Paulo; e
o violonista chileno José Antônio Escobar.
Wálter Caetano, organizador do festival, destaca que o
evento traz grandes contribuições para o município e região:
“O festival permite que a população participe gratuitamente
de espetáculos que ela somente teria acesso se se deslocasse
para os grandes centros; possibilita também que os músicos
tenham acesso a conhecimentos por meio das oficinas e dos
concertos”, argumenta. Com a primeira edição do evento,
em 2010, nasceu a Orquestra e Sons, mantida pela
organização não governamental (ONG) Cordas e Sons,
dirigida por Wálter Caetano. O músico destaca que “a
contribuição do ABC foi fundamental para a realização do
festival”.
CONTRIBUIÇÕES
O músico Wálter Caetano, um dos organizadores do
Festival Nacional de Música de Divinópolis, destaca as
contribuições do ABC para realização de eventos
160
No envolvimento com as atividades sociais realizadas
por entidades governamentais, o ABC contribui com o poder
público na realização de eventos e atividades pontuais.
Apoiamos, ainda, projetos do poder público em resposta
a solicitações das autoridades. Todos os anos, impostos
municipais, estaduais e federais (IPTU, ICMS e IR) são
revertidos para apoiar projetos sociais, esportivos e culturais,
aprovados dentro das leis de incentivo à cultura, do Fundo
da Infância e da Adolescência (FIA) e do Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT).
Adotamos e desenvolvemos parcerias com organismos
públicos visando a objetivos como melhorar a qualidade de
ensino, a assistência social, erradicar o trabalho infantil,
incentivar a geração de renda e emprego e promover a
segurança alimentar.
Abaixo, o então prefeito de Oliveira, s.r Ronaldo
Resende, participa da inauguração do Híper ABC da cidade,
ao lado do gerente da unidade, Weberson Valadares, do
vice-presidente, Walchir Amaral, e do presidente, Valdemar
Amaral.
Em seu discurso, o prefeito destacou a importância do
ABC para a economia local.
RELACIONAMENTO
7.4
LIDERANÇA
ABC 30 ANOS
PROJETOS GOVERNAMENTAIS
O prefeito de Oliveira discursa
na inauguração do Híper Oliveira
Prefeito de Divinópolis, Vladimir Azevedo,
participa da inauguração do Híper São José
161
Exercendo nossa cidadania por meio de associações e fóruns
empresariais, participamos ativamente na contribuição, com recursos
humanos ou financeiros, de processos de elaboração de propostas de interesse
público e de caráter socioambiental.
A atuação social da empresa estende-se também para a área de
segurança pública. O ABC participa da Associação Comunitária para Assuntos
de Segurança Pública (Acasp), da qual Valdemar Amaral foi fundador e
primeiro presidente, desde a sua criação há 11 anos. “O ABC atua de forma
ativa na Acasp: seja mantendo funcionários no seu quadro efetivo, seja
contribuindo financeiramente para que possa atingir os seus objetivos”,
destaca José Vitor Batista de Freitas, presidente da Acasp.
INFLUÊNCIA SOCIAL
CAMPANHA EXIJA O CUPOM FISCAL
Esta campanha é divulgada por meio dos
nossos materiais de publicidade promocionais e
também na forma de merchandising em nossas
lojas.
O ABC está entre as empresas com maior
arrecadação de tributos municipais, estaduais e
federais da nossa região.
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Agindo assim, você contribui
com a arrecadação de
impostos e também
fica sabendo o que
está pagando.
Sempre que você realizar suas compras,
EXIJA O CUPOM FISCAL.
José Vitor Batista de Freitas,
presidente da Acasp
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162 ABC 30 ANOS
ASSOCIATIVISMO
A Rede ABC de Supermercados é filiada à Associação
Mineira de Supermercados (Amis), entidade representativa das
empresas supemercadistas de Minas Gerais. Primeira associação
estadual do setor no país, a Amis foi criada em 10 de janeiro de
1971, tendo como primeiro presidente Miguel Furtado Neto,
proprietário dos Supermercados Bandeirantes, de Belo
Horizonte. Atualmente, é comandada por José Nogueira, sócio-
proprietário do EPA Supermercados. De acordo com a Amis, o
setor supermercadista em Minas Gerais conta com 3.200
empresas, movimenta cerca de R$ 15 bilhões anualmente e
emprega aproximadamente 140 mil pessoas.
O presidente do ABC Supermercados, Valdemar Martins do
Amaral, presidiu a Amis em dois mandatos, no período de 2000 a
2003. Primeiro supermercadista do interior a chegar à
presidência, ele era nome de consenso entre os demais
dirigentes para assumir o cargo. Como esperado, não houve
necessidade de eleição: foi prontamente “aclamado” presidente.
Na época, diante da situação, ele brincou: “Eu aceitei ocupar o
cargo por livre e espontânea pressão”.
Durante sua gestão, o processo de interiorização das
atividades da associação, bandeira sempre defendida por
Valdemar, foi intensificado e consolidado. Para alcançar este
objetivo, entre outras iniciativas, foram criadas 57 vice-
presidências regionais. A entidade ganhou, então, maior
representatividade: antes, a maioria dos associados da Amis
concentrava-se na capital e no seu entorno. Hoje, graças a esse
trabalho, cerca de 60% dos associados da Amis estão no interior e
40% na Grande BH. A política de interiorização trouxe maior
participação dos associados nos eventos promovidos pelas Amis
como, por exemplo, da Superminas – a maior feira do setor
supermercadista de Minas Gerais –, considerado o mais
completo evento supermercadista, como também do Seminário
Varejista (Sevar), realizado periodicamente em várias regiões de
Minas, com o objetivo de debater as principais questões que
afetam o setor, aproximar varejistas e fornecedores e contribuir
para o aprimoramento profissional dos recursos humanos das
empresas.
A maior participação das empresas do interior nas
atividades da associação resultou ainda em aumento da receita
financeira da Amis, o que trouxe mais vigor e maior autonomia
para a entidade. “Além de promover a interiorização, Valdemar,
com sua diretoria, conduziu um processo de mudanças na Amis,
que trouxe mais benefícios aos associados e maior
profissionalização do segmento supermercadista”, avalia José
Nogueira, atual presidente da Amis.
Honrado pelo reconhecimento dos demais associados pela
gestão vitoriosa que imprimiu à Amis, Valdemar mostra
gratidão pelos “ganhos” que teve no exercício do cargo. “A
passagem como presidente da Amis permitiu que eu
conhecesse mais profundamente a atividade supermercadista
no Brasil. Durante meus dois mandatos, tive a oportunidade de
viajar mais pelo país, conhecer pessoas, ter contato com novas
experiências, novas tecnologias e isso me deu grande
conhecimento do mercado; me ajudou muito a compreender e
entender melhor o ramo supermercadista: foi bom para mim e
para o ABC”, reconhece o empreendedor.
Em janeiro de 2012, Valdemar Amaral foi indicado
presidente do Conselho Superior da Amis, cargo de maior
relevância na hierarquia da entidade. Ele é também delegado
da Amis na Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A FORÇA QUE VEM DO INTERIOR
José Nogueira, presidente da AMIS - Associação
Mineira e Supermercados
163
A REDE BRASIL DE SUPERMERCADOS
O ABC integra a Rede Brasil de Supermercados, sociedade
anônima, criada em 2004 e que reúne 18 grandes empresas do
setor de 13 estados e do Distrito Federal. Juntas, elas ocupam a 4.ª
colocação no ranking de faturamento no setor supermercadista
do país.
Estruturada em grupos setoriais, a Rede Brasil cria
estratégias comuns de modernização, desenvolvimento e de
negociação das empresas associadas com fornecedores
nacionais e internacionais.
Entre as estratégias está a troca permanente de
experiências, de conhecimentos e de práticas bem-sucedidas de
modernização e desenvolvimento das empresas associadas.
“Estamos constantemente trocando informações, espelhando-
nos em experiências vitoriosas de outras associadas para
implantá-las em nossa empresa. Além disso, o trabalho em
conjunto evita erros, encurta caminhos e contribui ainda para
resolver problemas comuns a todas as associadas”, explica
Thúlio Fernandes Martins, executivo de Vendas, Operação de
Lojas, Marketing, Prevenção de Perdas e Comércio Exterior.
A Rede Brasil, por meio do grupo setorial comercial, é
responsável também pelas compras em conjunto de produtos
feitas, principalmente, no exterior. As maiores importações são
de vinhos, queijos, peixes, azeites, massas, geleias. Já os
principais fornecedores da Rede Brasil são empresas da
Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Equador, Panamá, EUA,
Itália, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha e China. “E
vantajoso comprar em bloco, unindo os pedidos de produtos de
cada associada, pois, ao comprarmos um volume maior de uma
só vez, conseguimos melhores preços para competir no mercado
supermercadista nacional”, explica Thúlio Fernandes, que
ocupa o destacado cargo de coordenador de Importação da Rede
Brasil.
Economia semelhante é obtida nas compras feita pela Rede
Brasil dos chamados produtos de não revenda, aqueles para uso
interno das redes supermercadistas: máquinas, equipamentos e
insumos, como, por exemplo, computadores, gôndolas e
material de embalagem. “Da mesma forma, fazemos uma
compra conjunta e ganhamos consideráveis descontos na
tabela de preços dos fornecedores”, complementa Thúlio
Martins.
As empresas-sócias também desenvolvem estratégias
comuns de lançamento, divulgação e venda de produtos de
marcas exclusivas da Rede Brasil como, por exemplo, o ovo de
páscoa “Turma do Mercado”, que obteve grande sucesso entre a
clientela recentemente.
O presidente do Grupo Super Nosso, uma das grandes
redes de supermercados de Minas, Euler Fuad Nejm, destaca a
proveitosa parceria mantida com o ABC na Rede Brasil. “Com o
ABC trocamos experiências, dividimos ideias, potencializamos
resultados; sempre positivos para ambas as partes. O ABC é
nosso parceiro estratégico da Rede Brasil e temos com a
empresa uma forte sinergia e grande empatia. Sempre
respeitada e admirada nacionalmente, ela é sinônimo de
imagem ilibada, alicerçada no trabalho, honestidade,
honradez, simplicidade e humildade de seus controladores,”
elogia o empresário.
UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
Antônio José Monte,
presidente da Rede Brasil
´
A presença ativa do ABC na Rede Brasil também é
enaltecida pela direção da Rede Brasil. “Por força de nossa
convivência na entidade – da qual fazemos parte, com o ABC,
um dos sócios fundadores – passei a admirar essa ágil empresa
varejista, capitaneada por Valdemar Amaral e Walchir
Amaral, executivos dinâmicos que hoje tenho no meu rol de
amizades. No panorama geral de negócios que apresentamos
Euler Fuad Nejm, presidente
do Grupo Super NossoN
OS
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RE
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164 ABC 30 ANOS
INTEGRANDO MINAS
Realizamos anualmente o evento Integrando Minas,
que tem como objetivo aproximar as relações empresariais e
sociais nas cidades em que o ABC possui unidades de venda.
Antes tratado como Noite de Degustação de Vinhos, o
acontecimento cresceu, tornando-se o Integrando Minas. O
evento tem como premissa estreitar a relação com as cidades
e promover o papel social dos Supermercados ABC.
O evento, que conta com a presença de autoridades,
público formador de opinião, tem como característica a
degustação de produtos exclusivos dos Supermercados ABC,
objetivando a demonstração de sua qualidade.
O Integrando Minas é realizado em todas as cidades em
que o ABC tem unidade de venda.
Valdemar entrega brinde
no evento Integrando Minas
Altevir Pierozan Magalhães,
diretor-presidente do Grupo Modelo
em nossas reuniões, o ABC foi um dos que mais se valeu das
oportunidades criadas”, afirma Antônio José Monte, presidente
da Rede Brasil. O ABC participa dos grupos setoriais: comercial,
marketing, relações-públicas e infraestrutura.
“O Valdemar Amaral, por sua firmeza, experiência,
habilidade, espírito de liderança, é um exemplo para nós
supermercadistas; um excelente conselheiro, que tem dado
inestimável contribuição para o desenvolvimento do setor.
Sinto-me privilegiado por participar desta trajetória vitoriosa;
como amigo, trocando experiências, aprendendo muito, às
vezes ajudando, mas sempre me sentindo imensamente feliz
por ver o ABC manter um crescimento firme e contínuo nestes
30 anos de história", afirma Altevir Pierozan Magalhães, diretor-
presidente do Grupo Modelo, empresa com forte atuação no
ramo supermercadista em Mato Grosso e sócia da Rede Brasil de
Supermercados.
“Ao olhar para trás, no início de tudo, lembro que
estávamos sentados a uma mesa de restaurante em São Paulo e,
num momento de extremo empreendedorismo, desenhamos
num forro de papel aquela que se tornaria a maior rede de
supermercados associados do país. Hoje, ver a Rede Brasil
tornar-se realidade e continuar crescendo e desenvolvendo-se é
motivo de orgulho para qualquer comerciante como eu. Isso
também nos revitaliza para novos desafios, pois sabemos que
sempre poderemos contar com a contribuição e ação conjunta
de grandes empresas-sócias, irmãs e amigas acima de tudo. A
geração inesgotável de conhecimento e de boas práticas fez de
todas as empresas-sócias, de forma contínua e concisa, uma
empresa melhor. A integração de forças e vontades solidificadas
pela rede de supermercados foi um passo grandioso rumo aos
resultados que estamos colhendo atualmente. Enfim, a
participação da empresa na Rede Brasil é a confirmação da
crença no associativismo; juntos, podemos fazer mais e melhor”,
afirma Valdemar Amaral, presidente do ABC.
165UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
PARABÉNS, ABC, PELOS SEUS 30 ANOS!
s.r
s.r
,
!
Cargill Agrícola S/A e Supermercados ABC.“Uma parceria que deu certo. Respeito mútuo aos consumidores, regionalidade e meio ambiente.”
Francisco Flório | Gerente Distrital Vendas
®
Alimentando ideias. Alimentando pessoas.
170
CONQUISTAS
8.1
ABC 30 ANOS
Equipe do ABC em evento para fornecedores e
parceiros na inauguração do Híper Lavras
"A credibilidade é uma plantinha frágil que deve ser regada e colocada ao sol todos os dias.
Caso isto não aconteça, ela irá deixar de existir". Valdemar Martins do Amaral
NOSSO RECONHECIMENTO
8
172 ABC 30 ANOS
Os Supermercados ABC receberam o
Prêmio Top of Mind em Campo Belo. Na
foto, o presidente, Valdemar Amaral,
agradece o reconhecimento.
O ABC, por meio do Troféu Gente
Nossa, foi reconhecido pela forma de
realizar negócios, visando sempre a uma
política de ganha-ganha.
TOP OF MIND
CAMPO BELO
TROFÉU
GENTE NOSSA
O prêmio Top of Mind é um evento realizado pela TV
Integração que premia as marcas mais lembradas pelo
consumidor. O evento é um dos mais esperados e
movimentados. As marcas recebem um prêmio tradicional
e respeitado, que é sinônimo de credibilidade.
Em 2011, os Supermercados ABC receberam
novamente 2 prêmios: o do segmento atacado, com o ABC
Atacadista e do supermercado, com os Supermercados ABC
em Divinópolis e, em Araxá, como supermercado.
TOP OF MIND REDE INTEGRAÇÃO
S.r Valdemar Amaral, Ellen Ganzarolli
e André, gerente do ABC de Campo Belo
173
O Prêmio Mérito Lojista é um evento
tradicional na cidade de Formiga e
evidencia as empresas mais lembradas por
meio de pesquisa realizada entre os
consumidores formiguenses.
Por ocasião dos 30 anos da empresa, os
Supermercados ABC receberam da Câmara de
Vereadores de Divinópolis uma moção
congratulatória, em reconhecimento pela
prestação de serviços realizadas na cidade.
PRÊMIO
MÉRITO LOJISTA
MOÇÃO CONGRATULATÓRIA
DA CÂMARA MUNICIPAL
DE DIVINÓPOLIS
Em 2012, Valdemar Martins do
Amaral recebeu das Câmaras de
Vereadores de Divinópolis e Piumhi o
Título de Cidadão Honorário destes
Municípios.
TÍTULO DE
CIDADÃO HONORÁRIO
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UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
S.r Valdemar recebe o título de Cidadão Honorário
das mãos do vereador Rodyson do Zé Milton
S.r Valdemar recebe
Moção Congratulatória
das mãos do vereador
Anderson Saleme
S.r Wagner, gerente do
ABC de Formiga e
Marcelo Silva,
supervisor regional
da unidade
S.r Valdemar recebe o título de Cidadão
Honorário da cidade de Piumhi
174
NOVA EXPANSÃO
9.1
ABC 30 ANOS
Assim, os Supermercados ABC têm em sua história
atividades relacionadas à sustentabilidade. O ABC
Cidadania, o Circuito Mineiro de Corrida de Rua e a Loja
Verde de Lagoa da Prata são alguns destes exemplos. Dessa
forma, integramos conceitos e práticas da sustentabilidade
às nossas atividades diárias. Além disso, consolidamos a
nossa marca no estado como sinônimo de integração dos
consumidores ao tema.
Em 2012, completando 30 anos, iniciamos um novo
marco. É o ano de nova expansão. Temos inaugurações e
reformulação de lojas. Ao completar 30 anos, os
Supermercados ABC objetivam ser um dos melhores lugares
para se comprar, vender e trabalhar.
Chegamos a um marco: 30 anos de empresa. São 3
décadas de muita honestidade, trabalho e simplicidade. 30
anos de muita dedicação e compromisso. E esta história só
foi possível graças ao trabalho de nossos funcionários; aos
nossos fornecedores, que sempre acreditaram na nossa
seriedade; aos nossos parceiros, que nos apoiaram na prática
da cidadania; e aos nossos clientes, nossa razão de ser, na
qual nós depositamos todos os nossos esforços em atender
aos seus anseios. Aumentar nossa participação no estado de
Minas Gerais é o nosso principal objetivo para acelerar nosso
crescimento, sempre pensando num modelo de negócio
sustentável.
NOSSO FUTURO
9
176
OBJETIVOS
9.2
ABC 30 ANOS
São 23 lojas bem localizadas no centro-oeste, triângulo e
sul de Minas Gerais, nove em Divinópolis (sendo uma delas
o ABC Atacadista) e treze instaladas nas cidades de Formiga,
Oliveira (uma ABC Atacadista), Campo Belo, Itaúna, Pará de
Minas, Santo Antônio do Monte, Arcos, Araxá, Lagoa da
Prata e Lavras.
Betim
Legenda:
Lojas existentes.
Próximas lojas previstas.
Piumhi, Bom Despacho, Nova Serrana,
Betim, Pouso Alegre, Varginha e mais
uma em Arcos e Campo Belo.
Pará de Minas
Lagoa da Prata
Sto. Ant.º do MonteArcos
Contagem
Itaúna
Divinópolis
Formiga
Campo Belo
Lavras
Oliveira
Araxá Bom Despacho
Piumhi
Varginha
Pouso Alegre
Nova Serrana
O ABC possui também uma infraestrutura composta
por três centrais de distribuição. Duas delas localizadas em
Divinópolis: o Centro de Distribuição e Administrativo e a
Central de Perecíveis. A terceira, o Centro de Distribuição
Ceasa, está localizada em Contagem.
"Desenvolver, gerar emprego e renda e melhorar a qualidade de vida das
pessoas. É nesta direção que o ABC trilha seus passos. Sabemos que temos
muito o que melhorar. Mas temos a certeza de que, com a graça de Deus e com
todos os nossos parceiros, conseguiremos crescer sempre e melhor".
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177UMA HISTÓRIA COM VOCÊ
NOSSOS AGRADECIMENTOS
10
NOSSOS
AGRADECIMENTOS10
Agradecemos a Deus pela saúde e pelo discernimento que nos
permite perceber quais caminhos nos levam à conquista do
desenvolvimento, da justiça e da paz.
Agradecemos aos familiares, amigos, funcionários, fornecedores e
clientes, que, como membros ativos de nossas vidas, contribuíram e
contribuem para que possamos, juntos, firmes, dedicados e
comprometidos, conquistar nossos sonhos.
Por fim, agradecemos à toda a sociedade que nos permite com ela
caminhar na construção de uma vida melhor.
Ficamos agradecidos!
Valdemar Martins do Amaral
Walchir Dias Amaral
180 ABC 30 ANOS
CR
ÉD
ITO
S
www.superabc.com.br
GOVERNANÇA ABC
Valdemar Martins do Amaral
Walchir Dias Amaral
Thiago Fernandes Martins
Thúlio Fernandes Martins
Marco Túlio Dias Amaral
João Victor Dias Amaral
Vicente Bolina de Oliveira
Ronaldo Alves Peixoto
DIREÇÃO DO PROJETO
Edmar Cardoso
COORDENAÇÃO
Bruno Grecco
DESIGN GRÁFICO E CRIAÇÃO
Eduardo Henrique Rodrigues de Oliveira
Bruno Grecco
TEXTO
João Chaves
FOTOS
Héber Resende
Arquivo ABC
PINTURAS
Vinícius Fernandes da Silva
ILUSTRAÇÕES
Luiz Antônio da Silva
IMPRESSÃO
Prol Editora Gráfica
REVISÃO GRAMATICAL
Mauro Eustáquio Ferreira
COLABORADORES
Glauce Neves Diniz
Mateus Eduardo Cabral
Iolanda Maria Menezes de Oliveira
Luiz Carlos Bispo
Felipe Alves Peixoto
Rafaella Giovanna de Sousa Silva Amaral
Amanda Duarte Faria
REVISÃO GERAL
Thúlio Fernandes MartinsEdmar Cardoso
CONTATO
MK
T A
BC
Desenvolver, gerar emprego e renda e melhorar a qualidade
de vida das pessoas. É nesta direção que o ABC trilha seus
passos. Sabemos que temos muito o que melhorar. Mas
temos a certeza de que, com a graça de Deus e com todos os
nossos parceiros, conseguiremos crescer sempre e melhor.
Dezembro/2012
Marcaçãopara o
certificadoFSC