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Neurociências Programa de Pós-Graduação em anos Neuro Livro de Resumos IX Oficina de Neurociências AS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA PLASTICIDADE NEURAL Casa da Cultura, Bento Gonçalves, RS 10 e 11 de setembro de 2016 IX Oficina de Neurociências AS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA PLASTICIDADE NEURAL Casa da Cultura, Bento Gonçalves, RS 10 e 11 de setembro de 2016

Livro de Resumos IX Oficina de Neurociências - ufrgs.br · IX OFICINA DE NEUROCIÊNCIAS As Múltiplas Dimensões da Plasticidade Neural Bento Gonçalves, RS - 10 e 11 de setembro

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NeurociênciasPrograma de Pós-Graduação emanos

Neuro

LivrodeResumos IX

Oficina de NeurociênciasAS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA PLASTICIDADE NEURAL

Casa da Cultura, Bento Gonçalves, RS10 e 11 de setembro de 2016

IXOficina de NeurociênciasAS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA PLASTICIDADE NEURAL

Casa da Cultura, Bento Gonçalves, RS10 e 11 de setembro de 2016

IX OFICINA DE NEUROCIÊNCIASAs Múltiplas Dimensões da Plasticidade Neural

Bento Gonçalves, RS - 10 e 11 de setembro de 2016

Comissão Organizadora: Andrea Ferreira, Carla Dalmaz, CarlosAlberto S Gonçalves, Carmem Gottfried, Denise Maria Zancan,Francine de Souza Dalpian, Jorge A Quillfeldt, Lucas O Alvares eMaria Elisa Calcagnotto

ÍndiceEnver Oruro**1, Grace Pardo4, Maria Elisa Calcagnotto1,3, Marco Idiart 1,2. 1Programa dePós-Graduação em Neurociências, ICBS, UFRGS . 2Instituto de Física, Departamento de Física,UFRGS. 3Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica, Departamento deBioquímica, ICBS, UFRGS . 4Programa de Pós-Graduação em Fisiologia, Departamento deFisiologia, ICBS, UFRGS..................................................................................................................01

Dalpian, F.1-3**, Rasia-Filho, A1-2, Calcagnotto, ME1-3. 1Programa de Pós-Graduação emNeurociências, UFRGS, Porto Alegre/RS; 2Departamento de Ciências Básicas da Saúde, UFCSPA,Porto Alegre/RS; 3Programa Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica, Departamentode Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre/RS.........................................................................................02

Natália Eltz**1, Christiane Pizzatto*1, Gabriela Urbanski*1, Laura Nery**1 e Monica Vianna1 1ZebLab& Laboratório de Biologia e Desenvolvimento do Sistema Nervoso, Faculdade de Biociências,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul,Brasil..................................................................................................................................................03

Andréia Nobre Anciuti**, Krista Minéia Wartchow**, Lucas Zingano Suardi*, Nicholas GueriniSelistre*, Letícia Rodrigues, Patrícia Sesterheim, Carlos-Alberto Gonçalves. Departamento deBioquímica, Instituto de Ciências Básicas da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,Porto Alegre, RS................................................................................................................................04

Ana Paula Menegolla1, Evelien Schut2. 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2RadboudUniversiteit, Nijmegen, Holanda........................................................................................................05

Marina Pedra Seady*, Fabiana Galland** e Marina Concli Leite. ICBS, Departamento deBioquímica, UFRGS - Porto Alegre...................................................................................................06

Aline Vieira*; Natividade Pereira**; Carla Dalmaz. Departamento de Bioquímica, ICBS, UFRGS,Porto Alegre-RS................................................................................................................................07

Boos, FZa**; Sierra, ROa**; Crestani, APa**; Porto RRb**; Diniz, FDb**; Pedraza, LKb**; Lotz, Fa*;Scienza, KMa**; de Oliveira Alvares, Lb; Quillfeldt, JAa. a:LPBNC, UFRGS b:LMN, UFRGS.........08

Loise Bronauth*, Bruna Deniz**, Heloísa Confortim**, Bruna de Oliveira*, Patrícia Miguel**, LenirOrlandi Pereira. UFRGS, Porto Alegre..............................................................................................09

Heloisa Deola Confortim**; Bruna Ferrary Deniz**; Patrícia Maidana Miguel**; Loise Bronauth*; BrunaChaves de Oliveira*; Lenir Orlandi Pereira Silva. Departamento de Ciências Morfológicas, ICBS -UFRGS, Porto Alegre, RS……………………………………………………………………………….....10

Bruna de Oliveira*, Patrícia Miguel**, Bruna Deniz**, Heloísa Confortim**, Loise Bronauth*, PatríciaSilveira, Lenir Orlandi Pereira. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre…….......11

Clarissa Penha Farias**, Jociane de Carvalho Myskiw, Cristiane Regina Guerino Furini, BiancaSchmidt*, Flávia Ferreira** e Ivan Izquierdo. Porto Alegre, PUCRS.................................................12

Rafael Bandeira Fabres**, Luciana Abreu da Rosa**, Roberta Menezes Schulte Ferreira*, VerônicaAngélica Alves*, Samir Khal de Souza**, Elaine Sarapio**, Eduardo Farias Sanches, LucianoStürmer Fraga, Maria Flávia Marques Ribeiro. Universidade Federal do Rio Grande do Sul,Porto Alegre, RS................................................................................................................................13

Regina Biasibetti**, João Paulo Almeida dos Santos**, Letícia Rodrigues, Krista MinéiaWartchow**, Lucas Zingano Suardi*, Patrícia Nardin, Nicholas Guerini Selistre*, Dandara Vázquez*,Carlos-Alberto Gonçalves. Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Básicas da Saúde,Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.......................................................14

Bárbara Carolina Federhen*, João Paulo Almeida dos Santos**, Rafeala Ferreira Pacheco, CarlosAlberto Saraiva Gonçalves. Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Básicas da Saúde,Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.......................................................15

Andréa Finkler1**; Grace Pardo2; Aldo B. Lucion1,2. Programa de Pós-Graduação emNeurociências, ICBS, UFRGS1. Programa de Pós-Graduação em Fisiologia, Departamento deFisiologia, ICBS, UFRGS2.................................................................................................................16

Bruna Deniz**, Heloísa Confortim**, Patrícia Miguel**, Loise Bronauth*, Bruna de Oliveira*, LenirOrlandi Pereira. UFRGS, Porto Alegre……………………………………………………………...…….17

Jéssica Souza, Gabriel Schirmbeck, Marcelo X. Cortes, Marina C. Leite, Carlos S. Dutra-Filho.ICBS - Departamento de Bioquímica - Universidade Federal do Rio Grande do Sul......................18

Charlanne de Oliveira Marques**, Taís Malysz***, Maria Cristina Heuser***. Universidade Federal doRio Grande do Sul, Porto Alegre – RS***.........................................................................................19

Fabiana Galland**, Marina Pedrea Seady* e Marina Concli Leite. ICBS, Departamento deBioquímica, UFRGS - Porto Alegre..................................................................................................20

Gabriel Schirmbeck*, Jéssica Souza*, Marcelo X. Cortes, Marina C. Leite, Carlos S. Dutra-Filho.Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Básicas da Saúde, Universidade Federal do RioGrande do Sul, 90035-003 Porto Alegre, RS, Brazil........................................................................21

Patrícia Miguel**, Bruna Deniz**, Heloísa Confortim**, Bruna de Oliveira*, Loise Bronauth*, PatríciaSilveira, Lenir Orlandi Pereira. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre…..……22

Amanda B. Mucellini**a, Ana Paula A. Salvador*b, Mariana B. Borges*c, Daniela P. Laureano**d,Gisele G. Manfroa,d, Patrícia P. Silveirad,e. aPPG em Psiquiatria e Ciências do comportamento,UFRGS. bGraduação em Enfermagem, UFRGS. cGraduação em Biomedicina, UFCSPA. dPPG emCiências Biológicas: Neurociências, UFRGS. ePPG em Saúde da Criança e do Adolescente,UFRGS.............................................................................................................................................23

Amanda B. Mucellini**a, Mariana B. Borges*b, Ana Paula Salvador*c, Ana Carla A. da Cunha**d,Gisele G. Manfroa,e, Patrícia P. Silveirad,e. aPPG em Psiquiatria e Ciências do comportamento,UFRGS. bGraduação em Biomedicina, UFCSPA. cGraduação em Enfermagem, UFRGS. dPPG emSaúde da Criança e do Adolescente, UFRGS. ePPG em Ciências Biológicas: Neurociências,UFRGS.............................................................................................................................................24

Nachtigall E.1**, Furini C.1, Benetti F.2, Farias C.1, Izquierdo I1, Myskiw J. C.1 1Centro de Memória,InsCer, PUCRS, 2Departamento de Fisiologia, Instituto de Ciências Básicas da Saúde, UFRGS –Porto Alegre.....................................................................................................................................25

Rafaela Ferreira Pacheco, Caroline Zanotto, Fernanda Hansen, Manuela Sangalli Gasparin*,Patrícia Nardin, Carlos Alberto Gonçalves, Barbara Carolina Federhen*. Universidade Federal doRio Grande do Sul (UFRGS)...........................................................................................................26

Lenir Orlandi Pereira, Jaqueline V. Carletti**, Clarissa P. Schuch**, Bruna F. Deniz**, Patrícia M.Miguel**, Ramiro Diaz**, Iohanna Deckmann**, Taís Malysz, Joseane J. Rojas** DCM, ICBS,UFRGS, Porto Alegre, RS...............................................................................................................27

Natalli Granzotto**, Rafaela Venturi*, Pâmela Ramborger**, Geison S Izídio. Universidade Federalde Santa Catarina, Florianópolis………………………………………………………………….......…..28

Wellinghton de M. Barros**; Róli R. Simões**; Josiel Mack**; Igor Coelho**; Scheila Kraus**;Francisney P. Nascimento** e Adair R.S. Santos**. **Programa de Pós-Graduação emNeurociências – Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis - SC – Brasil.................29

Natalli Granzotto**, Rafaela Venturi*, Ângela França**, Geison S Izídio. Universidade Federal deSanta Catarina, Florianópolis……………………………………………………………………………...30

Marcon, M. 1**, Mocelin, R. 1**, Herrmann, A.P2., Rambo, C.L. 3**, Koakoski, G. 4**, Abreu, M. S. 4**,Conterato, G.M.5, Kist, L.W.3, Bogo, M.R.3, Zanatta, L.6, Barcellos, L.G.4,7, Piato, A.L.11UFRGS, Porto Alegre. 2UFFS, Chapecó. 3PUCRS, Porto Alegre. 4UFSM, Santa Maria. 5UFSC,Curitibanos. 6UNOCHAPECÓ, Chapecó. 7UPF, Passo Fundo………………..........…………...……31

Grace Pardo**1, Aldo B.Lucion1,3, Maria Elisa Calcagnotto2,3.. Programa de Pós-Graduação emFisiologia, Departamento de Fisiologia, ICBS, UFRGS1. Programa de Pós-Graduação em CiênciasBiológicas: Bioquímica, Departamento de Bioquímica, ICBS, UFRGS2. Programa de Pós-Graduação em Neurociências,ICBS, UFRGS3................................................................................32

Nascimento-Castro, C.P1,3**; Wink, A. 1*; Fonseca,V.S. 1,3**; Farina, M. 2,3; de Bem, A.F. 2,3;Brocardo, P.S1,3.1Departamento de Ciências Morfológicas, 2Departamento de Bioquímica,3Programa de Pós-graduação em Neurociências, Universidade Federal de Santa Catarina, SantaCatarina...........................................................................................................................................33

Jéssica Taday*, Fabiana Galland** e Marina Concli Leite. Instituto de Ciências Básicas da Saúde,Departamento de Bioquímica, UFRGS - Porto Alegre....................................................................34

Carollina Da Ré**, Jéssica Souza*, Jéssica Taday*, Fernanda Fróes**, João Paulo dos Santos**,Carlos Alberto Gonçalves, Patrícia Sesterheim, Marina Concli Leite. UFRGS (Departamento deBioquímica) – Porto Alegre………………………………………………..……………………….....…..35

Pasquetti MV1**, Messias IF1*, Romariz S2, Monteiro B2, Calcagnotto ME1. Universidade Federal doRio Grande do Sul-Porto Alegre; Universidade Federal de São Paulo-São Paulo.........................36

Scienza Martin K**, Zanona QK**, Santana F**, Alves FL*, Crestani AP**, Boos FZ**, Sierra RO**,Haubrich J**, Calcagnotto ME & Quillfeldt JA. UFRGS, Laboratório de Psicobiologia eNeurocomputação, Porto Alegre/RS…………………………………...………………………….....….37

L. Bühler*1, C. G. Zinn1, N. Clairis2, L. E. Cavalcante1, C. R. G. Furini1, I. Izquierdo1, J. C. Myskiw1.1Centro de Memória, InsCer, PUCRS – Porto Alegre – RS, 2Département de Biologie, ENS Lyon –Lyon – France.................................................................................................................................38Fernanda Fróes**, Jéssica Taday*, Carollina Da Ré**, Carlos Alberto Gonçalves, Marina Leite.UFRGS (ICBS - Departamento de Bioquímica), Porto Alegre………………………………….........39

Josué Haubrich**, Adriano Machado**, Flávia Boos**, Lucas de Oliveira Alvares e Jorge AlbertoQuillfeldt. Laboratório de Psicobiologia e Neurocomputação. PG-Neurociências, UFRGS,Porto Alegre, Brasil.........................................................................................................................40

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O PROBLEMA DAS ASSEMBLEIAS CELULARES NO MODELOSELECIONISTA DO CÓRTEX PIRIFORME ANTERIOREnver Oruro**1, Grace Pardo4, Maria Elisa Calcagnotto1,3, Marco Idiart 1,2.1Programa de Pós-Graduação em Neurociências, ICBS, UFRGS . 2Instituto deFísica, Departamento de Física, UFRGS. 3Programa de Pós-Graduação emCiências Biológicas: Bioquímica, Departamento de Bioquímica, ICBS, UFRGS .4Programa de Pós-Graduação em Fisiologia, Departamento de Fisiologia, ICBS,UFRGS .

O segundo postulado de Donald Hebb indica que grupos de neurônios que tendema disparar juntos formam assembleias, cuja atividade pode persistir depois doevento desencadeante, podendo servir para representar esse evento. Trêsprincípios suportam o postulado de Hebb: um pequeno grupo de neurônioscodifica a assembleia celular, os neurônios de uma assembleia celular mostramatividade persistente autossustentada e, um conjunto de neurônios da assembleiaé passível de ser aprendido.Objetivo: O objetivo deste trabalho é discutir a equivalência entre o padrão deatividade neural resultante de um processo de condicionamento no SistemaOlfatório e a organização neural das assembleias celulares evocadas peloestímulo discriminativo (ED) no córtex piriforme anterior (aPC).Metodologia: Para isso, implementamos um modelo computacional do bulboolfatório e do córtex piriforme de ratos, onde simulamos a liberação danorepinefrina (do Locus Coeruleus) como o reforço (estímulo incondicionado) e umodor como ED, apresentado junto com o reforço. Testamos mudanças naatividade neural nas células piramidais do aPC antes e depois docondicionamento.Resultados: Os resultados pré e pós-condicionamento mostram novos padrõesde atividades neurais na presença do ED compostas por: neurônios que se ativamapenas para o estímulo incondicionado, neurônios que se ativam apenas para oED e, neurônios inicialmente indiferentes tanto para o estímulo incondicionadoquanto para o ED.Conclusão: Os resultados deste trabalho permitem discutir a seguinte pergunta: Épossível considerar qualquer padrão de atividade neural resultante docondicionamento como uma assembleia celular? Os resultados das simulaçõessugerem que os neurônios inicialmente indiferentes participariam também daassembleia resultante e a atividade destes neurônios seria passível para oaprendizado de uma resposta operante.

Apoio financeiro: CAPES, CNPq, CELFI.

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TRANSMISSÃO SINÁPTICA GABAÉRGICA NA AMÍGDALA MEDIAL PÓSTERO-DORSAL DE RATOS 1-3Dalpian, F.**, 1-2Rasia-Filho, A, 1-3Calcagnotto, ME. 1Programa de Pós-Graduação emNeurociências, UFRGS, Porto Alegre/RS; 2Departamento de Ciências Básicas da Saúde,UFCSPA, Porto Alegre/RS; 3Programa Pós-Graduação em Ciências Biológicas:Bioquímica, Departamento de Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre/RS.

Objetivos: Investigar a transmissão sináptica inibitória dos neurônios da amígdala medialpóstero-dorsal (MePD) de ratos.Métodos: Os encéfalos de ratos Wistar machos foram cortados em fatias coronaismedindo 300µm. As células foram visualizadas por um sistema de vídeo microscopia queutiliza contraste de interferência diferencial (IR-DIC). Foram obtidos registroseletrofisiológicos nos neurônios com a técnica de whole-cell patch-clamp no modovoltage-clamp. As correntes inibitórias pós-sinápticas espontâneas (CIPSs) foramregistradas nos neurônios da MePD com potencial de membrana fixado a 0mV. O corantefluorescente lucifer yellow foi injetado nas células durante os registros para avaliação damorfologia neuronal. As propriedades das CIPSs foram analisadas utilizando o softwareMini Analysis 6.0.7 (Synaptosoft). Aprovação do CEUA-UFRGS: nº 28885.Resultados : Os resultados foram apresentados como média±EP. As CIPSs nosneurônios (n=10) da MePD apresentaram amplitude de 13,13 ± 1,22pA, frequência de1,07 ± 0,22Hz, tempo de decaimento 5,89 ± 0,50ms e tempo de subida de 4,53 ± 0,39ms.Conclusão: Esses dados preliminares nos permitem avançar os conhecimentos sobre asaferências sinápticas nos neurônios das MePD.

Apoio Financeiro: CAPES e UFRGS

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EFEITO DA INJEÇÃO INTRAVENTRICULAR DE DIFERENTES FO RMAS DE Aββββ(1-42) EM ZEBRAFISHNatália Eltz**1, Christiane Pizzatto*1, Gabriela Urbanski*1, Laura Nery**1 e MonicaVianna1 1ZebLab & Laboratório de Biologia e Desenvolvimento do SistemaNervoso, Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do RioGrande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva queafeta o sistema nervoso levando à morte neuronal e comprometendo de formaletal os pacientes. A DA é caracterizada pelo acúmulo de agregados proteicoscomo a proteína β-amilóide (Aβ), responsável pela formação de placas senis, e aproteína tau, que forma os emaranhados neurofibrilares. Recentemente a Aβ temsido implicada em efeitos tóxicos em versões solúveis monoméricas eoligoméricas.Objetivos: Caracterizar os efeitos da injeção intraventricular de Aβ1-42 emsoluções monoméricas, oligoméricas e formadoras de placas sobre parâmetrostoxicológicos, comportamentais e moleculares como efeitos em vias de sinalizaçãoassociadas à DA e potencial agregador.Métodos: Embriões anestesiados da linhagem selvagem AB com 24hpf, tiveram ocórion removido e foram injetados no ventrículo com 5-10nL de soluções 10µΜAβ1-42 em PBS com 0,5% PhenolRed ou somente veículo. Efeitos embriotóxicosforam monitorados diariamente. Aos 5dpf os animais foram submetidos aavaliação comportamental exploratória e cognitiva. Amostras de tecido encefálicoforam isoladas para quantificação proteica de tau e marcadores associados àmorte celular por Western Blot e quantificação dos níveis de Aβ por ELISA. Projetopossui aprovação do CEUA 15/00490.Resultados: Não foram observados efeitos embriotóxicos. A injeção de Aβtambém não afetou parâmetros exploratórios em um novo ambiente. A injeção deAβ reduziu a resposta a um estímulo aversivo em relação ao controle.Conclusões: Nossos resultados preliminares sugerem que Aβ na formaoligomérica tem um efeito deletério sobre a cognição, corroborando achadosrecentes que sugerem que as placas não são a forma mais prejudicial.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e FAPERGS

4

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS NEUROQUÍMICOS E COMPORTAMEN TAIS NAPROLE DE RATAS INDUZIDAS AO DIABETES MELLITUS DO TI PO 1Andréia Nobre Anciuti**, Krista Minéia Wartchow**, Lucas Zingano Suardi*, NicholasGuerini Selistre*, Letícia Rodrigues, Patrícia Sesterheim, Carlos-Alberto Gonçalves.Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Básicas da Saúde, UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.

Objetivo: O diabetes mellitus do tipo 1 (DM1) é uma disfunção metabólica autoimune queocorre devido à destruição das células β-pancreáticas, a presença desta enfermidade emgestantes, pode gerar alterações no sistema nervoso central (SNC) da prole. Portanto,avaliou-se o conteúdo da proteína S100B presente no hipocampo, e também ocomportamento cognitivo, na prole descendente de ratas induzidas ao DM1.Metodologia: Utilizaram-se ratas da linhagem Wistar-Kyoto, induzidas ao modelo de DM1por estreptozoticina (STZ), o grupo controle e o STZ foram acasaladas para a obtençãoda prole. Para a avaliação da proteína S100B no hipocampo, usou-se filhotes de 1, 7, 14,21 e 28 dias de idade e a concentração desta proteína foi quantificada pelo métodoELISA. Já para a avaliação do comportamental utilizou-se o teste de reconhecimento deobjetos nos filhotes com 28 dias de idade. Foi avaliada a memória de curta (2 horas apóso treino) e longa duração (24 horas após o treino). Número de Protocolo da Aprovação doCEUA: 29433Resultados: Observou-se que os animais da prole aos 14 dias apresentaram o conteúdode S100B hipocampal no grupo controle 71% mais elevado que o grupo diabético, e aos28 dias o grupo diabéticas foi 45% mais elevado. No teste de reconhecimento do novoobjeto, os animais pertencentes ao grupo controle exploraram mais o objeto novo tanto noteste de memória de curta quanto de longa duração, já nos animais provenientes de mãesdiabéticas, não houve diferença significativa entre o tempo de exploração do objeto novoe do velho.Conclusão: Assim, podemos inferir que os animais oriundos de fêmeas diabéticasapresentam um déficit cognitivo, indicado tanto pelo marcador glial S100B comopelo teste cognitivo.Apoio financeiro: CAPES, CNPq, FAPERGS.

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EFEITOS DA MANIPULAÇÃO DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL MEDIAL POROPTOGENÉTICA NA MEMÓRIA DE TRABALHO DE RATOS1Ana Paula Menegolla, 2Evelien Schut. 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul2Radboud Universiteit, Nijmegen, Holanda

Há diversas evidências de que o córtex pré-frontal tem um papel na memória de trabalho.Técnicas recentes como a optogenética permitem o entendimento de detalhes desseprocesso não revelados por estudos farmacológicos ou lesões. Na optogenética,neurônios específicos são modificados geneticamente para expressar opsinas, proteínasque permitem controlar atividade celular por luz. Canal-rodopsina (ChR2) promoveativação e halorodopshina (NpHR 3.0) inibição neuronal. A alta precisão temporal eespacial é uma vantagem que permite um estudo mais refinado de circuitos envolvidos namemória. Objetivo: Compreender a contribuição do córtex pré-frontal para fases damemória de trabalho, silenciando ou estimulando-o durante etapas de um teste dememória de trabalho. Métodos: Ratos Long Evans adultos foram submetidos a cirurgiapara inoculação de vírus com genes de ChR2 (n=1) ou NpHR 3.0 (n=3) e implantação defibras ópticas no córtex pré-frontal. Os animais foram treinados em teste de alternância nolabirinto em T. Ao atingirem alto desempenho, o teste foi feito com fotoestimulaçãoconstante (para ChR2 e NpHR 3.0) ou pulsos de 30 Hz (para ChR2) durante as fases decodificação, manutenção ou recuperação da memória. O projeto foi aprovado pelo comitêde ética da universidade holandesa, onde foi realizado. Nº CEUA: 2013-176.Resultados: Estimulação de ChR2 por pulsos e NpHR 3.0 por luz constante não alterou odesempenho no teste. Contudo, houve redução na performance do animal expressandoChR2 com o uso de luz constante durante as fases de codificação e manutenção damemória.Conclusões: Embora muitos estudos demonstrem a importância do córtex medial pré-frontal para a memória de trabalho, o mesmo não foi constatado através deste estudo.Luz constante sobre ChR2 é um parâmetro incorreto de estimulação dessa opsina epossivelmente induziu bloqueio de despolarização, causando inibição ao invés deexcitação. Aspectos metodológicos podem ser alterados visando melhorar a técnica.

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CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE GLUTAMIL-TRANSFERASE DA ENZIMAGLUTAMINA SINTETASEMarina Pedra Seady*, Fabiana Galland** e Marina Concli Leite. ICBS,Departamento de Bioquímica, UFRGS - Porto Alegre

Objetivos: A enzima glutamina sintetase (GS) catalisa a formação de glutamina apartir de glutamato e NH4

+. Esta reação, além de contribuir para a redução nosníveis tóxicos NH4

+, é essencial no ciclo glutamina-glutamato no sistema nervosocentral (SNC). A atividade da GS está comprometida em diversas doençasneurodegenerativas, portanto um ensaio confiável torna-se necessário. Duasatividades diferentes da enzima são usadas em ensaios colorimétricos: a atividadesintetase e a transferase. Apesar de amplamente usada, a atividade transferaseda GS foi pouco caracterizada no SNC. Por esta razão o objetivo deste trabalho foipadronizar e avaliar a atividade glutamil-transferase da GS por um ensaiocolorimétrico em fatias hipocampais e em cultura de astrócitos de ratos Wistar.Métodos: Fatias hipocampais e cultura de astrócitos, em diferentes concentraçõesde proteína total, foram lisadas e incubadas a 37°C em tampão A contendo ossubstratos da enzima e seus cofatores. A reação foi parada com tampão B (FeCl31,85M, TCA 1M e HCl 6M) em diferentes tempos de incubação. O excesso deproteína precipitado foi separado por centrifugação e o sobrenadante foi lido a530nm. CEUA (20574)Resultados: A curva de GS, feita a partir do produto final de reação em diferentesconcentrações, teve sensibilidade de 0,15 mM, sendo linear até 20 mM. Ocoeficiente de variação intra e inter-ensaio foram de 5,6 e 8,3%, respectivamente.A atividade da enzima foi linear com o tempo de incubação entre 5 a 30 min, tantoem hipocampo quanto em astrócitos, assim como foi linear com a quantidade deproteína total da amostra no meio de incubação. A atividade da GS foicomprometida tanto com o inibidor MSO 1mM, quanto com peróxido 50µM.Conclusão: O ensaio colorimétrico da atividade glutamil-transferase da GSmostrou-se um ensaio confiável, preciso e barato, sendo útil para a investigaçãodesta enzima em situações fisiológicas e patológicas.

Apoio financeiro: FAPERGS, CNPq, CAPES.

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REATIVAÇÃO DA MEMÓRIA EM ANIMAIS SEPARADOS COM E SE MENRIQUECIMENTO AMBIENTAL: RECONSOLIDAÇÃO OU EXTINÇÃ O?Aline Vieira*; Natividade Pereira**; Carla Dalmaz. Depto. de Bioquímica, ICBS,UFRGS, Porto Alegre-RS.

Objetivos: Avaliar a influência da separação materna neonatal e doenriquecimento ambiental (EA) sobre as consequências da reativação de umamemória aversiva. Métodos: 22 ninhadas foram aleatoriamente designadas paraum dos tratamentos neonatais do dia pós-natal (PND) 1 ao 10, separados: osfilhotes foram colocados em uma incubadora a 32ºC por 3h; intactos: semintervenção. Do PND 22 ao 35 parte dos animais foi colocada em uma gaiola deEA e outra parte foi alojada em caixas padrão (CP). No PND 90 todos os animaisforam treinados no aparato de medo condicionado ao contexto, onde receberam 3choques de 0,8 mA/2s, com 30s de intervalo entre choques (sessão de aquisição).24h após a sessão de aquisição, os animais foram recolocados no aparatodurante 5 min, mas não receberam qualquer choque (sessão de reativação).Imediatamente após, os animais receberam solução salina (SAL) ou propranolol(PROP) (10mg/Kg; i.p.), um interferente da memória. O teste foi realizado 24hapós a reativação com duração de 5 min; e o reteste 14 dias após o teste. Ofreezing dos animais foi determinado em todos os testes, sendo considerado umamedida da força da memória de medo do animal. Este projeto de nº 23844 foiaprovado pela CEUA/UFRGS. Os resultados dos diferentes grupos foramcomparados por meio de ANOVA de 3 vias, sendo considerados significativosvalores de p<0,05. Resultados: Na sessão de teste os animais que receberamSAL tiveram uma diminuição do freezing comparado com a reativação, efeitoprevenido pela administração de PROP (F(1,55)=5,348,p=0,025). No retesteobservou-se um efeito significativo da separação materna, sendo o tempo defreezing maior nos animais intactos F(1,55)=4,116,p=0,047), sugerindorecuperação espontânea neste grupo. Conclusões: Os resultados sugerem queeste protocolo levou a uma extinção da memória aversiva, e que o grupo separadonão mostrou recuperação espontânea. Ainda, o EA não parece afetar a cogniçãonesta tarefa.

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REVERSÃO DE EFEITOS REFORÇADORES DA MORFINA ATRAVÉS DO PREJUÍZODA RECONSOLIDAÇÃO DA MEMÓRIA DO CPL E DA SENSIBILIZ AÇÃOLOCOMOTORABoos, FZa**; Sierra, ROa**; Crestani, APa**; Porto RRb**; Diniz, FDb**; Pedraza, LKb**;Lotz, Fa*; Scienza, KMa**; de Oliveira Alvares, Lb; Quillfeldt, JAa. a: LPBNC, UFRGS b:LMN, UFRGS

Introdução: Memórias associativas entre drogas e o contexto de uso disparamcomportamentos não adaptativos. Subjacentes aos comportamentos, mudanças nassubunidades de AMPA em estruturas envolvidas com memória (Hipocampo dorsal, HPCd)e recompensa (Núcleo Accumbens, NAc) são vistas. Por isso, enfraquecer essaassociação contexto-droga e aprofundar o conhecimento dos circuitos envolvidos nessescomportamentos são extremamente relevantes terapeuticamente. Durante a reativação, otraço de memória pode ser desestabilizado e enfraquecido pela inibição de suareconsolidação. O condicionamento de preferência por local (CPL) é um modelo bastanteutilizado e sabe-se que é possível enfraquecer a preferência por local (PL) através dobloqueio da reconsolidação. Porém, são escassos os estudos que demonstraram isso nomodelo de sensibilização locomotora (SL), que muitas vezes parece ocorrer de formadependente do contexto de aquisição.Objetivos, material e métodos: As questões a serem respondidas neste trabalho(projeto Nº 27665) são (a) se é possível reverter conjuntamente a PL e a SL à morfina(5mg/kg) em ratos Wistar machos, inibindo-se a síntese proteica com cicloheximida (CHX)i.p. logo após a reativação contextual, (b) se a reversão comportamental reflete alteraçõesem GluA1, GluA1p (S845) e GluA2 no HPCd e no NAc por análise de western blot, e (c)se o mesmo tratamento nessas estruturas reverte também a PL e SL.Resultados: Nossos resultados mostraram ser possível reverter a PL e SL por inibiçãosistêmica de síntese proteica, e que o condicionamento induz alterações nas subunidadesanalisadas de AMPA no HPCd e NAc, embora a CHX não tenha tido um efeito tão bemdefinido. Os animais canulados no HPCd e NAc central não exibiram PL, nem SL.Conclusões: Em conjunto, nossos resultados mostraram, pela primeira vez em ummesmo desenho experimental, que é possível reverter diferentes aspectos da memória derecompensa por meio do bloqueio da reconsolidação.

Apoio financeiro: CAPES e CNPq

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EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO E NO COMPORTAMENTOEXPLORATÓRIO EM FILHOTES SUBMETIDOS À HIPÓXIA-ISQUE MIANEONATAL DE PRENHAS SUPLEMENTADAS COM ÁCIDO FÓLICOLoise Bronauth*, Bruna Deniz**, Heloísa Confortim**, Bruna de Oliveira*, PatríciaMiguel**, Lenir Orlandi Pereira. UFRGS, Porto AlegreObjetivo: Atualmente recomenda-se a suplementação com ácido fólico (AF)durante o primeiro trimestre de gestação para a prevenção de defeitos nofechamento do tubo neural. A Hipóxia-isquemia (HI) neonatal é uma desordemque gera danos e alterações ao tecido nervoso. Como não se conhece os efeitosdo AF sobre uma eventual HI, o presente estudo se propõe a avaliar o efeito dasuplementação com AF, em diferentes níveis, durante a gestação em filhotessubmetidos ou não à HI (CEUA: 28136).Métodos: Assim que confirmada a prenhes, as ratas foram separadas nos grupos:Ração padrão (PD), suplementada com 2mg/Kg de AF (AF2) e com 20mg/Kg deAF (AF20), sendo medido o consumo de ração e pesadas diariamente. Foianalisado o número de filhotes por ninhada (machos e fêmeas), bem como o seupeso e tamanho a cada 3 dias até o 21º DPN. No 7° d ia de vida pós-natal (DPN)realizamos o modelo de HI de Levine-Rice. Os filhotes foram separados emgrupos de 14-18 ratos: 1) controle (CTPD); 2) CTAF2; 3) CTAF20; 4) HIPD; 5)HIAF2; 6) HIAF20. O teste do campo aberto foi realizado no 60º DPN.Resultados: As ratas não apresentaram diferença no consumo de ração, noganho de peso ao longo da gestação e nem no número de filhotes. Todos osfilhotes apresentaram curva normal de crescimento, tanto para comprimentoquanto para peso. No campo aberto observou-se um maior número decruzamentos pelos grupos HI em relação aos grupos CT: CTPD(98±5),CTAF2(106±5), CTAF20(104±5), HIPD(114±10), HIAF20(123±7) e HIAF2(106±8).O tratamento com AF pareceu não alterar o comportamento exploratório dosanimais.Conclusões: O AF não alterou o desenvolvimento dos filhotes, nem o ganho depeso e consumo de ração das prenhas. Porém, a suplementação não foi capaz dereverter a hiperatividade no campo aberto dos animais submetidos à HI. Essesresultados são preliminares e mais estudos são necessários.

Apoio financeiro: CAPES, CNPq, UFRGS

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ANÁLISE DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE EXERCÍCIO FÍSIC O EM RATOSSUBMETIDOS OU NÃO À HIPÓXIA ISQUEMIA ENCEFÁLICA NEO NATALHeloisa Deola Confortim**; Bruna Ferrary Deniz**; Patrícia Maidana Miguel**; LoiseBronauth*; Bruna Chaves de Oliveira*; Lenir Orlandi Pereira Silva. Departamentode Ciências Morfológicas, ICBS - UFRGS, Porto Alegre, RS

Objetivos: A hipóxia-isquemia encefálica (HI) é um evento lesivo para o sistemanervoso que leva a déficits motores funcionais expressivos. Estudos prévios temmostrado uma relação direta da prática de exercícios físicos com melhora dosistema neuromuscular. Neste contexto, as diferentes modalidades de exercícioparecem ser uma boa opção terapêutica após lesões encefálicas. O objetivo desteestudo foi caracterizar e comparar a capacidade de realização de dois tipos deexercícios diferentes, o exercício em esteira (EE) ou os exercícios acrobáticos(EA), em ratos submetidos à HI (Número de aprovação: 29230).Métodos: Ratos machos foram divididos em grupos: controle submetido ao EE(CTEE); HIEE, CTEA e HIEA (n=8-11). Aos 7 DPN os animais foram induzidos aHI segundo o modelo de Levine-Rice. Após o desmame, os animais começaram otreinamento nas diferentes modalidades de exercício. O treinamento foi realizadotrês vezes por semana, durante 4 semanas. Foram avaliados os seguintesparâmetros: 1) EA: o tempo diário gasto para a realização do circuito detreinamento e 2) EE: o VO2 máximo e o tempo de permanência na esteira no diado teste para padronização. Para a análise estatística foi utilizado o teste T deStudent (p<0,05). Número de aprovação: 29230.Resultados: Os resultados mostram que não houve diferença no tempo gastopara a realização do circuito acrobático entre CTAA e HIAA (CTAA: 10,0±0,4 eHIAA: 9,6±0,4). Em relação ao EE também não foram encontradas diferenças noVO2 máximo (CTEE: 21,3±1,0 e HIEE: 19,6±1,2) e no tempo de permanência(CTEE:19,5±1,0 e HIEE: 17,4±1,1) entre CTEE e HIEE.Conclusões: A HI parece não afetar a capacidade de realização de exercíciosfísicos em ratos, independentemente do tipo de modalidade avaliada. Isto permiteque o estudo seja executado sem o viés de uma variabilidade no treinamentoexecutado.

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HIPÓXIA-ISQUEMIA NEONATAL ASSOCIADA COM A ADMINISTR AÇÃO DEMETILFENIDATO INDUZ HIPERATIVIDADE EM RATOS JOVENSBruna de Oliveira*, Patrícia Miguel**, Bruna Deniz**, Heloísa Confortim**, LoiseBronauth*, Patrícia Silveira, Lenir Orlandi Pereira. Universidade Federal do RioGrande do Sul, Porto Alegre

Objetivos: O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) pode ser causadopor fatores ambientais como a Hipóxia-isquemia (HI) neonatal. Em pesquisa experimental,alguns estudos indicam hiperatividade em animais submetidos ao modelo de HI; tambémdéficits atencionais foram descritos. A fim de verificar se o fármaco empregado na clínicapara o TDAH interfere na atividade exploratória, o objetivo do estudo foi investigar oefeito do Metilfenidato (MFD) sobre o comportamento no campo aberto em ratosjovens submetidos à HI neonatal (CEUA UFRGS 29750).Métodos: Ratos Wistar machos foram divididos em quatro grupos (n=13-14/grupo): controle salina (CTS), CTMFD, HIS e HIMFD. No 7º dia pós-natal(DPN), o procedimento de HI foi realizado de acordo com o protocolo de Levine-Rice. No 30° DPN os animais receberam a administração de MFD (2.5 mg/kg, i.p.)e 30 minutos depois foram avaliados no teste do campo aberto para a análise docomportamento exploratório e locomotor.Resultados: Em relação ao número de cruzamentos entre os quadrantes doaparato houve um efeito para lesão (p=0,002) e tratamento (p=0,02),demonstrando que o grupo HIMFD realizou um maior número de cruzamentos(146,2±6,9) em relação aos grupos CTS (108,1±5,6) e CTMFD (115,2±7,3). Umefeito para tratamento (p=0,007) foi apontado para rearings (elevações verticais)demonstrando que o grupo HIMFD fez um maior número deste tipo de exploração(57,57±4,6) em relação ao grupo HIS (40,23±3,55).Conclusões: A associação da HI com o tratamento com MFD causahiperatividade em ratos no campo aberto. Relacionando-se com a clínica, esteaumento do comportamento exploratório é um achado não esperado para otratamento com MFD. Análises subsequentes estão sendo realizadas paraverificarmos a eficácia deste fármaco nos déficits atencionais causados pela HIneonatal.

Apoio financeiro: CAPES, CNPq, UFRGS

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EXTINÇÃO DE APRENDIZAGEM QUE CONSISTE DA INIBIÇÃO D EEVOCAÇÃO PODE SER APRENDIDA SEM EVOCAÇÃOClarissa Penha Farias**, Jociane de Carvalho Myskiw, Cristiane Regina GuerinoFurini, Bianca Schmidt*, Flávia Ferreira** e Ivan Izquierdo. Porto Alegre, PUCRS.

Em animais, a evocação é a expressão comportamental das memórias recordadas. Apartir dela desencadeiam processos dependentes de diferentes sínteses proteicas:Reconsolidação (momento de labilização das memórias consolidadas no momento daevocação não reforçada, tornando-as vulneráveis a seu reforço ou atualizações) eExtinção (aprendizado que inibe a memória original). No medo condicionado ao contextoos animais aprendem a associar um estímulo condicionado a um estímulo incondicionado.Essa resposta é medida pelo tempo de freezing.Objetivo: Testar a hipótese que a extinção não é consequência da evocação da memóriana presença do estímulo condicionado sem reforço, mas sim a percepção do estímulocondicionado na ausência de um estímulo incondicionado.Métodos: Utilizaram ratos macho Wistar, com moradia, alimentção e temperaturacontrolada. Para a cirurgia, foram anestesiados, e cânulas guia foram implantadasbilateralmente na região CA1 do Hipocampo, com recuperação a pós-cirurgica, de 7 dias,antes dos testes comportamentais, sendo que em 3 dias foram manipulados. Treino eteste foram realizados no aparelho de Medo Condicionado ao Contexto. Para a extinçãoos animais foram colocados no aparelho de MCC e após 2 min. receberam dois estímuloselétricos, com intervalo de 30 s entre eles. Após 30s do ultimo estímulo elétrico o animalfoi retirado do aparelho. Depois de 24h, foram colocados no mesmo local por 20 min parao treino de extinção, com ausência de estímulo elétrico. Após 24h foram colocados nomesmo local por 3 min, para o teste de retenção da extinção. As drogas utilizadas foramagonistas de GABA e Mus; inibidor da tradução ribossomal e inibidor da síntese deproteína mediada por mTOR. As drogas foram infundidas em diferentes momentos doestudo. A análise estatítica utilizada foi ANOVA, seguida de Newman-Keuls, com P< 0.05.CEUA 11/00262.Resultados: O bloqueio da evocação da memória de medo condicionado ao contexto poradministração de muscimol intra-hipocampo, não impede a extinção quando testada umasemana depois, não impede sua recuperação espontânea aos 14 dias, ou sua inibição pordois diferentes inibidores da síntese proteica.Conclusão: A evocação e a extinção são processos independentes, e sugere-se que aextinção é desencadeada pelo estímulo condicionado, mesmo na ausência de suaevocação.

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PROGESTERONA NÃO REDUZ O VOLUME DA LESÃO ENCEFÁLICA EM MODELODE HIPÓXIA-ISQUEMIA NEONATALRafael Bandeira Fabres**, Luciana Abreu da Rosa**, Roberta Menezes Schulte Ferreira*,Verônica Angélica Alves*, Samir Khal de Souza**, Elaine Sarapio**, Eduardo FariasSanches, Luciano Stürmer Fraga, Maria Flávia Marques Ribeiro. Universidade Federal doRio Grande do Sul, Porto Alegre, RS

Objetivos: Verificar os possíveis efeitos neuroprotetores da progesterona (PROG) sobrea lesão encefálica em ratos neonatos submetidos ao modelo de hipóxia-isquemia (HI)encefálica.

Métodos: O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFRGS(26669) e do HCPA (140578). Foram utilizados ratos Wistar machos com sete dias deidade. Para a HI, os animais foram submetidos à oclusão da carótida comum esquerda e,a seguir, expostos a uma atmosfera hipóxica (8% de oxigênio e 92% de nitrogênio),durante 90 minutos. Os animais foram divididos em cinco grupos: SHAM, PRÉ, HI, PÓS ePP. Os termos PRÉ, PÓS e PP referem-se à administração de PROG (10mg/kg) antes(PRÉ), depois (PÓS) ou antes e depois (PP) da HI. O peso dos animais foi verificado aolongo dos experimentos. Para a análise do volume da lesão, os encéfalos foramdissecados, cortados coronalmente (3mm de espessura) e corados com 2,3,5-cloreto detrifeniltetrazólio (TTC). O volume de infarto foi obtido multiplicando-se a área infartada(área não corada pelo TTC) pela espessura de cada secção.

Resultados : Todos os grupos de animais submetidos à HI apresentaram lesãoencefálica. Entretanto, a administração de PROG não foi capaz de reduzir o volume dalesão (ANOVA, p>0,05). Os grupos PRÉ e PP apresentaram uma rápida redução do pesocorporal, verificada 6h após o início da hipóxia. Após 48 horas, todos os animaissubmetidos à HI sofreram redução do peso corporal (ANOVA, p<0,05).

Conclusões: A administração de PROG na dose e no padrão utilizado não apresentouqualquer efeito neuroprotetor sobre o volume de lesão. Além disso, a administração dePROG antes do procedimento de HI parece desempenhar um efeito sistêmico prejudicial,provocando uma queda aguda no peso corporal dos animais.

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FIPE/HCPA.

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ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO E NA CAPTAÇÃO DE GLICOS EHIPOCAMPAL SÃO DEPENDENTES DE SEXO EM MODELO ANIMAL DE DEMÊNCIAPOR ESTREPTOZOTOCINA.Regina Biasibetti**, João Paulo Almeida dos Santos**, Letícia Rodrigues, KristaMinéia Wartchow**, Lucas Zingano Suardi*, Patrícia Nardin, Nicholas GueriniSelistre*, Dandara Vázquez*, Carlos-Alberto Gonçalves. Departamento deBioquímica, Instituto de Ciências Básicas da Saúde, Universidade Federal do RioGrande do Sul, Porto Alegre, RS.

Objetivo: Avaliar o déficit cognitivo e a captação de glicose do hipocampo deratos machos e fêmeas submetidas à STZ ICV em três diferentes tempos apósinfusão: duas, quatro e oito semanas.Metodologia: Ratos Wistar machos e fêmeas, divididos em sham e STZ foraminfundidos 5µL/lado com solução salina ou estreptozotocina (3mg/kg),respectivamente. Para a avaliação cognitiva, realizou-se o teste dereconhecimento de objetos. A captação de glicose foi medida através daincubação de [H3] deoxi glicose. Número do protocolo de aprovação pelo CEUA:23571Resultados: Viu-se que as alterações neste modelo são dependentes de tempo ede sexo. Houve um claro prejuízo cognitivo no grupo de machos tratado com STZduas, quatro e oito semanas após a infusão da STZ, porém o início do declíniocognitivo nas fêmeas iniciou somente quatro semanas após a infusão. O mesmofoi observado na captação de glicose: as fêmeas apresentaram diminuiçãotransitória, enquanto nos machos o declínio persistiu.Conclusões: Não está claro quais alterações são influenciadas pela modulaçãodos esteroides. Apesar das limitações, esses dados reforçam as alteraçõesrelevantes neste modelo de DA esporádica e se apresentam muito úteis para acompreensão da susceptibilidade da doença, sua progressão e relação com ogênero.

Apoio financeiro: CAPES, CNPq, FAPERGS.

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ALTERAÇÕES NA PROTEÍNA CALCINEURINA NO MODELO ESPOR ÁDICODE ALZHEIMER INDUZIDO POR INFUSÃO DE STREPTOZOTOCIN ABárbara Carolina Federhen*, João Paulo Almeida dos Santos**, Rafeala FerreiraPacheco, Carlos Alberto Saraiva Gonçalves. Departamento de Bioquímica, Instituto deCiências Básicas da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,RS.

Objetivo: A Calcineurina (CaN), uma proteína fosfatase dependente de Ca2+ ecalmudolina, é ativada e expressa em astrócitos hipocampais durante DA.Portanto, avaliou-se as alterações cognitivas e neuroquímicas induzidas pelainfusão de STZ icv.Metodologia: Ratos machos Wistar de 90 dias foram divididos em dois grupos:SHAM, que recebeu solução salina balanceada de Hank (HBSS) via icv e STZ,que recebeu STZ via icv -3mg/kg/lado. Após a 3ª semana da infusão de STZ, osanimais foram avaliados pelo labirinto aquático de Morris (LAM) e no fim da 4ªsemana foram eutanasiados e os hipocampos coletados para análise dasproteínas CaN A, NFATc3 por Western blotting, GFAP e S100B por ELISA.C.E.U.A 26416Resultados: A exposição dos animais à STZ induziu declínio cognitivo,demonstrado pela diferença entre as latências (s) no dia do teste no LAM: SHAM(22,2±2,68) e STZ (49,2±3,33). A expressão da proteína CaN A (60kDa) no fim daquarta semana mostrou-se reduzida no grupo STZ (85.30 ± 2.69), e a formaclivada da CaN A (48kDa) aumentou no grupo STZ (132,7±9,27). Associado àsalterações na expressão e clivagem da CaN A, observou-se aumento natranslocação para o núcleo do fator NFATc3 no fim da quarta semana no grupoSTZ (133,3 ± 9,317) em relação ao SHAM (100,0 ± 5,31). Detectou-se umaumento no conteúdo da proteína GFAP e S100B (ng/mg proteína) no grupo STZ(84,42 ± 12,27 e 0.0820 ± 0.0084) em relação ao grupo SHAM (49,22 ± 4,19 e0.0600 ± 0.0033), confirmando a resposta astrocitária à infusão de STZ icv.Conclusão: Este trabalho confirma o comprometimento cognitivo do modelo eindica que a progressão da astrocitose hipocampal leva ao aumento e clivagem daproteína CaN, resultando na translocação do NFATc3 para o núcleo e favorecendoas disfunções observadas no modelo de DA esporádica.

Apoio financeiro: CAPES, CNPq, FAPERGS.

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PERFIL DA PREFERÊNCIA OLFATÓRIA DE FILHOTES DE RATO S PARA ODORESBIOLOGICAMENTE RELEVANTESAndréa Finkler**; Grace Pardo2; 1Aldo B. Lucion1,2. Programa de Pós-Graduação emNeurociências, ICBS, UFRGS1. Programa de Pós-Graduação em Fisiologia,Departamento de Fisiologia, ICBS, UFRGS2.

Objetivo: O trabalho analisou o vínculo do filhote de rato com sua mãe em diferentesperíodos do desenvolvimento pós-natal e a transição desta interação para relaçõessociais mais amplas com outros indivíduos, envolvendo aproximação e evitação.Métodos: Filhotes, machos e fêmeas, provenientes de 40 ratos fêmeas Wistar, foramutilizados no experimento. Nos dias pós-natal (DPN) 3, 7, 11 e 15, os filhotes machos efêmeas foram submetidos ao teste de preferência olfatória no labirinto em Y com osseguintes estímulos: maravalha do próprio ninho (MN), de ratos juvenis (JU), de ratomacho adulto desconhecido (MA) e odor de predador natural (PR) Vs. maravalha limpa(ML). CEUA/UFRGS No. 28367.Resultados: Frequência de aproximação das áreas do labirinto (odor neutro, odor teste,área de escape) ANOVA de 2 vias, idade e área). Observamos interação significativa parao teste MN Vs. ML (machos F(9,132) =10.48; p<0.01 e fêmeas F(9,132) =10.54; p<0.01),para teste JU Vs. ML (machos F(9,132)=3.05;p<0.01 e fêmeas F(9,132)=4.29;p<0.01),para o teste odor de MA Vs. ML (machos F(9,132)=18.62; p<0.01 e fêmeasF(9,132)=5.57; p<0.01) e para o teste odor PR Vs. ML (machos F(9,132)=4.01; p<0.01 efêmeas F(9,132)=2.20; p<0.05). A análise post hoc de Bonferroni mostrou que apenas osfilhotes machos com DPN 15 frequentam mais a área MN (p<0.05), machos e fêmeas detodas as idades frequentam da mesma forma ML e JU (p>0.5), filhotes machos com DPN7 frequentam mais MA que ML (p<0.05), filhotes machos e fêmeas de todas as idadesexpostas a PR Vs ML frequentam mais a área de partida que as outras áreas (p<0.05).Conclusões: Neste estudo observamos que o odor da mãe e o odor de ratos juvenisdesencadeiam comportamentos semelhantes nos filhotes durante as duas semanas devida pós-natal em ambos os sexos. O odor de macho adulto desencadeia comportamentode aproximação no final da primeira semana de vida dos machos, para as fêmeas e osmachos das outras idades este estímulo é indiferente. O odor de predador desencadeiacomportamentos de evitação em machos e fêmeas em todas as idades estudadas. Osresultados demonstram uma transição no desenvolvimento da capacidade discriminativaolfatória de filhotes de ratos e a capacidade de executar comportamentos relevantes emresposta a esses estímulos.

Apoio Financeiro: CAPES, FAPERGS

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AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL APÓS EVENTO HIPÓXICO-ISQUÊ MICONEONATAL NA PROLE DE MÃES SUPLEMENTADAS COM DIFEREN TESNÍVEIS DE ÁCIDO FÓLICO DURANTE A GESTAÇÃOBruna Deniz**, Heloísa Confortim**, Patrícia Miguel**, Loise Bronauth*, Bruna deOliveira*, Lenir Orlandi Pereira. UFRGS, Porto Alegre

Objetivos: Sabe-se que a suplementação com ácido fólico (AF) no primeirotrimestre da gestação previne os defeitos de fechamento do tubo neural. Ahipóxia-isquemia (HI) neonatal é uma lesão grave que ocorre por eventos noperíodo do periparto. Como já é estabelecida a suplementação com AF nagestação e ainda não se tem tratamento efetivo para a HI, o objetivo desse estudoé avaliar os possíveis efeitos de diferentes níveis de AF durante todo o períodogestacional em parâmetros comportamentais da prole aos 60 dias pós-natal(DPN).Métodos: Após a confirmação do acasalamento, as ratas Wistar foram divididasem 3 grupos: dieta padrão (PD), suplementada com 2mg/kg de AF e com 20mg/kgde AF (CEUA 28136). No 7º DPN, os neonatos foram submetidos ao modelo de HIde Levine-Rice e divididos em 6 grupos: controle PD(CTPD), HIPD, CTAF2,HIAF2, CTAF20 e HIAF20. Aos 60 DPN, os animais (n=13-17/grupo) foramavaliados no teste do labirinto aquático de Morris (WM).Resultados: O grupo HIPD apresentou diminuição na latência para achar aplataforma apenas no 5º dia de treino em relação ao 1º, enquanto os demaisgrupos diminuíram a latência a partir do 3º dia, indicando déficit no aprendizadopela HI. No 3º dia, a latência também foi maior no grupo HIPD em relação aosgrupos CTPD e CTAF20. No dia do teste, o grupo HIPD cruzou menos o local daplataforma que os grupos CTPD e CTAF2, assim como ocorreu entre o grupoHIAF2 e CTPD. Na avaliação da memória de trabalho, o grupo HIPD teve maiorlatência que os grupos CTPD e CTAF20, no Trial 3. No 4º Trial, o grupo HIAF20demorou mais que todos os grupos controles.Conclusão: É possível observar o déficit cognitivo ocasionado pela HI no teste doWM, o qual parece ser parcialmente revertido pela suplementação com AF. Essesresultados ainda são preliminares e é preciso mais estudos para se confirmar esseefeito.

Apoio financeiro: CAPES, CNPq, UFRGS

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O PAPEL PROTETOR DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE ALTERAÇÕ ESGLUTAMATÉRGICAS CENTRAIS EM UM MODELO DEHIPERFENILALANINEMIAJéssica Souza, Gabriel Schirmbeck, Marcelo X. Cortes, Marina C. Leite, Carlos S.Dutra-Filho. ICBS - Departamento de Bioquímica - Universidade Federal do RioGrande do Sul

A fenilcetonúria (PKU) é um dos mais comuns erros inatos do metabolismo,caracterizado pela deficiência na metabolização do amino ácido essencialfenilalanina em tirosina, que apresenta um quadro de hiperfenilalaninemia (HPA).Quando não tratada, o excesso deste amino ácido e seus produtos dometabolismo alternativo podem levar a danos permanentes ao sistema nervosocentral. Recentemente, o exercício físico tem sido cogitado como uma possívelestratégia coadjuvante no acompanhamento do paciente com PKU, devido aosseus efeitos neuroprotetores.Métodos: Ratos Wistar foram divididos em 4 grupos; controle, modelo químico deHPA, exercício e modelo de HPA com exercício. A HPA foi induzida pelaadministração crônicade 2.1umol.g-1 de fenilalanina e 1.6umol.g-1de alfa-metilfenilalanina a partir dos 14 dias de vida. O protocolo de exercício consistiu emtrês dias de adaptação à esteira motorizada, seguido de 20 min diários de corridapor 14 dias. Ao término do tratamento, os animais foram decapitados para aobtenção das amostras. Os parâmetros avaliados foram a concentração deglutamatos no líquor, bem como a captação de glutamato e a concentração deS100B em córtex cerebral e hipocampo. CEUA (21978)Resultados: O grupo HPA apresentou redução na captação de glutamato emcórtex e hipocampo, bem como um aumento na concentração de glutamato nolíquor O imunoconteudo de S100B foi reduzido no córtex cerebral no grupo HPA.Todas as alterações foram prevenidas pelo exercício.Conclusão: O modelo HPA induziu alterações glutamatérgicas cerebrais,mostrando que a excitotoxicidade pode ser um dos mecanismos envolvidos napatofisiologia da PKU. Além disso, o modelo apresentou uma redução naconcentração tecidual de S100B, o que também poderia contribuir com esteprocesso. O exercício físico foi capaz de prevenir as alterações observadas,mostrando ser uma estratégia terapêutica coadjuvante promissora no tratamentoda PKU.

Apoio Financeiro: FAPERGS, CNPq, CAPES

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EFEITOS DA VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO SOBRE A SENSI BILIDADE ECOORDENAÇÃO SENSÓRIO MOTORA APÓS LESÃO NERVOSA PERI FÉRICACharlanne de Oliveira Marques**, Taís Malysz***, Maria Cristina Heuser***.Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS***.

Objetivos: Analisar tendências da vibração de corpo inteiro sobre a sensibilidadee coordenação sensório motora em um modelo animal de lesão nervosa periféricado nervo isquiático.Métodos: Este trabalho foi executado sobre aprovação da Comissão de Ética noUso de Animais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul protocolo 29395,onde 53 ratos Wistar foram divididos em cinco grupos: grupo controle (sem lesão etratamento), grupo sham (com procedimento cirúrgico e sem lesão nervosa etratamento) e três grupos de animais com esmagamento do nervo isquiático (patatraseira direita), dos quais, dois grupos foram submetidos a vibração de corpointeiro diária em cinco semanas, a partir de 3 dias (terapia aguda) ou 10 dias(terapia subaguda) após a lesão. As análises sensoriais e de coordenaçãosensório motora foram mensuradas através do analgesímetro eletrônico Von Freye Teste da Escada Horizontal, cujos valores representaram o limiar sensorial emgramas (g) e número de erros/escorregões durante as passadas do animal,respectivamente. Os valores foram tabulados em médias aritméticas para cadagrupo e representaram dados parciais deste trabalho.Resultados: O limiar sensorial nos animais não lesionados, ao longo do tempo, foide 27,6g e 25,4g de resposta inicias e finais para o grupo controle e 25,5 g e 26 gpara o grupo sham e: 9,3g e 16,7g; 8,7g e 14,4g; 9,3g e 15,1g para o grupolesionado não tratado e lesionado tratado, respectivamente. As médias dosescorregões para as passadas na Escada foram de 0,1 e 0,2 de respostas iniciaise finais para o grupo controle e de 0,16 para o grupo sham e de 1,33 e 0,94; 1,75e 0,51; 1,54 e 1,03; para os animais lesionados sem tratamento e com tratamentoagudo e subagudo, respectivamente.Conclusões: Os animais com lesão apresentaram tendências comportamentaisde melhora ao longo do tempo, entretanto, fazem-se necessárias análisesestatísticas futuras entre os grupos para conclusões dos efeitos da vibração sobreeste modelo e parâmetros.

Apoio financeiro: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

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CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E FUNCIONAL DE MODELOS P ARA OESTUDO DE CÉLULAS ASTROGLIAISFabiana Galland**, Marina Pedrea Seady* e Marina Concli Leite. ICBS,Departamento de Bioquímica, UFRGS - Porto Alegre

Sabe-se que os astrócitos são células importantes na manutenção da homeostasecerebral, bem como estão envolvidos na patogênese de diversas doenças. Oestudo de astrócitos isolados em cultura celular permite a elucidação demecanismos bioquímicos específicos deste tipo celular. Para isso são utilizadosdiferentes modelos de cultura, que variam quanto à origem celular,homogeneidade da cultura e custo.. Dentre os modelos mais utilizados estão acultura primária de astrócitos de rato, as linhagens celulares (como o glioma C6)ou as células transformadas a partir de astrócitos de rato. Apesar de estesmodelos serem amplamente usados, pouco é discutido na literatura sobre suasdiferenças e limitações.Objetivo: Caracterizar e comparar alguns importantes parâmetros astrogliais nostrês tipos celulares citados.Métodos: Astrócitos de cultura primária, linhagem C6 e astrócitos imortalizadosforam cultivados em DMEM, com 10% SFB, 37°C e 5% CO 2. Foi realizadoimunocitoquimica de actina, GFAP e S100B, expressão de GFAP e S100B porELISA, captação de glutamato por ensaio radioquímico, expressão de EAAT1,EAAT2 e GS por imunoblotting, atividade da glutamina sintetase (GS) por ensaiocolorimétrico e conteúdo de glutationa reduzida (GSH) por ensaio fluorimétrico.CEUA 25228.Resultados: Os três tipos celulares apresentaram morfologias distintas. Aexpressão de marcadores astrócitos, como GFAP e S100B é reduzida nas duaslinhagens, assim como a captação de glutamato, atividade da GS e GSH, quandocomparados com astrócitos primários.Conclusão: As funções astrocíticas avaliadas estão reduzidas na linhagem C6 enos astrócitos imortalizados, quando comparados a cultura primária de astrócitos.Dessa forma, a cultura primária, apesar de apresentar maior heterogeneidade, altocusto e maior tempo de cultivo parece ser o modelo mais fiel para o estudo in vitrodesse tipo celular.

Apoio financeiro: FAPERGS, CNPq, CAPES.

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O EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE PARÂMETROS DE FU NÇÃOASTROCITICA EM RATOS WISTAR JOVENSGabriel Schirmbeck*, Jéssica Souza*, Marcelo X. Cortes, Marina C. Leite, CarlosS. Dutra-Filho. Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Básicas daSaúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 90035-003 Porto Alegre, RS,Brazil

Objetivos: Já está bem estabelecido que a atividade física regular gera benefíciosao sistema cardiovascular, reduzindo o fator de rico de várias doenças.Recentemente, o exercício físico tem sido estudado como protetor ao sistemanervoso central, o que justifica seu estudo em pacientes e modelos animais dedoenças neurodegenerativas. Uma vez que os astrócitos são células importantesna manutenção da homeostase cerebral com um papel fundamental ao longo dodesenvolvimento, se torna necessário o estudo dos efeitos do exercício físicocrônico sobre parâmetros de função astrocítica em animais jovens.Métodos : Ratos Wistar foram divididos em dois grupos; controle e exercício. Após3 dias de adaptação à esteira motorizada, foram realizados 20 min de corrida pordia durante 14 dias e os animais foram decapitados para a obtenção dasamostras. Os parâmetros avaliados foram a atividade da enzima glutaminasintetase (GS), o conteúdo de GSH e de GFAP (em córtex cerebral e hipocampo)e a concentração de S100B no líquor. CEUA (21978).Resultados : O exercício físico crônico foi capaz de aumentar a atividade da GS,bem como o imunoconteúdo de GFAP em córtex cerebral e hipocampo, além deaumentar a concentração de S100B no líquor dos animais treinados. O protocolode exercício físico não mostrou alteração no conteúdo de GSH em córtex ouhipocampo.Conclusão: Os resultados de nosso estudo indicam que os animais treinadospossuem uma função astrocitária aumentada, caracterizada pelo aumento deGFAP e S100B, bem como uma maior capacidade de detoxificação de glutamatoe amônia cerebral, caracterizada pelo aumento da atividade da GS. Esses dadosindicam que a prática de exercício físico regular em jovens altera a funçãoastrocitária cerebral, podendo ser um dos mecanismos relacionados com osefeitos protetores do exercício físico.

Apoio Financeiro: FAPERGS, CNPq, CAPES

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METILFENIDATO REVERTE A INFLEXIBILIDADE ATENCIONAL CAUSADAPELA HIPÓXIA-ISQUEMIA NEONATAL EM RATOSPatrícia Miguel**, Bruna Deniz**, Heloísa Confortim**, Bruna de Oliveira*, LoiseBronauth*, Patrícia Silveira, Lenir Orlandi Pereira. Universidade Federal do RioGrande do Sul, Porto Alegre

Objetivos: Em estudos prévios demonstramos que a Hipóxia-isquemia (HI)neonatal causa inflexibilidade atencional em ratos, reconhecendo sua validade deaparência para o estudo do Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade(TDAH). Para considerarmos a validade preditiva, é necessário avaliar otratamento utilizado na clínica neste modelo animal. Assim, o objetivo do estudofoi investigar o efeito do Metilfenidato (MFD) na inflexibilidade atencional causadapela HI neonatal em ratos jovens (CEUA 29750).Métodos: Ratos Wistar machos foram divididos em quatro grupos (n=12/grupo):controle salina (CTS), CTMFD, HIS e HIMFD. No 7º dia pós-natal (DPN), oprocedimento de HI foi realizado de acordo com o protocolo de Levine-Rice. Apartir do 40º DPN, a flexibilidade atencional foi avaliada no attentional set-shifting(ASS) 30 minutos após a administração do MFD (2.5mg/kg, i.p.). No ASS, em umasequência de trials, os ratos podiam virar para a esquerda ou direita em umlabirinto em “T” para receber uma recompensa. No dia 1, esta era presente emapenas um dos lados, independente da presença de pista visual no aparato. Nodia 2, a estratégia muda e a pista prevê a recompensa.Resultados : No dia 2, o qual avalia flexibilidade atencional, o grupo HIS precisoude um maior número de trials para completar a tarefa (102±5) em relação aosdemais grupos (CTS 67±6; CTMFD 75±5; HIMFD 74±5). Um maior número deerros também foi observado no grupo HIS (CTS 26±3; CTMF 30±2; HIS 43±2;HIMFD 30±2), assim como um tempo maior para a execução da tarefa (CTS 38±3;CTMF 38±3; HIS 54±2; HIMFD 36±2). O grupo HIMFD apresentou comportamentosimilar aos grupos CT.Conclusões: Animais HIS apresentaram inflexibilidade atencional e aadministração do MFD reverteu este déficit. Com isto, podemos considerar avalidade preditiva do modelo animal de HI para o estudo do TDAH.

Apoio financeiro: CAPES, CNPq, UFRGS

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RESISTÊNCIA À INSULINA PERIFÉRICA E HIPOTALÂMICA EM RATOS NASCIDOSCOM RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO INTRAUTERINO (RCIU) E ALIMENTADOSCOM DIETA HIPERLIPÍDICA E HIPERSACARÍDICAAmanda B. Mucellini**a, Ana Paula A. Salvador*b, Mariana B. Borges*c, Daniela P.Laureano**d, Gisele G. Manfroa,d, Patrícia P. Silveirad,e. aPPG em Psiquiatria e Ciências docomportamento, UFRGS. bGraduação em Enfermagem, UFRGS. cGraduação emBiomedicina, UFCSPA. dPPG em Ciências Biológicas: Neurociências, UFRGS. ePPG emSaúde da Criança e do Adolescente, UFRGS

A RCIU está associada à resistência à insulina e à preferência por alimentos palatáveis. Éprovável que esse desequilíbrio hormonal esteja alterando centralmente o padrãoalimentar. Objetivos: Avaliar o perfil metabólico e a expressão da SOCS3 hipotalâmicade ratos nascidos com RCIU e alimentados com dieta hiperlipídica e hipersacarídica.Métodos: No dia 10 de gestação, ratas foram divididas em grupo controle (Adlib), quecontinuaram a receber ração padrão à vontade, e grupo experimental (FR), quereceberam 50% do consumo de ração das Adlib. Ao nascer, os filhotes machos foramadotados por mães Adlib. Aos 60 dias, metade dos filhotes de cada grupo recebeu dietarica em gordura e sacarose (HFS) e metade continuou com ração padrão (CON). Aos 200dias, os animais foram mortos.Resultados: Os FR nasceram com peso corporal menor que os Adlib, mas, no desmame,já não distinguiam de peso. Durante todo o experimento, houve interação entre tempo,dieta e RCIU na evolução do peso corporal. Gorduras abdominais e triglicerídeos, glicosee leptina séricos foram maiores nos HFS. Colesterol total e HDL foram maiores nos CON.Em nenhum dos parâmetros acima, foi possível evidenciar efeito da RCIU ou interaçãoentre ela e a dieta. Na insulina e no HOMA-IR, houve efeito da dieta, sendo maiores nosHFS, e uma tendência para interação entre dieta e RCIU. Na concentração da SOCS3hipotalâmica, houve interação entre dieta e RCIU e efeitos delas isoladamente.Conclusões : Mesmo não alterando todo o metabolismo, possivelmente a RCIUassociada à dieta palatável acarretou na resistência à insulina periférica e hipotalâmica.CEUA/HCPA: 130544.

Apoio Financeiro: CNPq e FIPE/HCPA.

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EFEITO DA RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO INTRAUTERINO (RC IU) E DA DIETAHIPERLIPÍDICA-SACARÍDICA NA MEMÓRIA ALIMENTAR DE RA TOSAmanda B. Mucellini**a, Mariana B. Borges*b, Ana Paula Salvador*c, Ana Carla A. daCunha**d, Gisele G. Manfroa,e, Patrícia P. Silveirad,e. aPPG em Psiquiatria e Ciências docomportamento, UFRGS. bGraduação em Biomedicina, UFCSPA. cGraduação emEnfermagem, UFRGS. dPPG em Saúde da Criança e do Adolescente, UFRGS. ePPG emCiências Biológicas: Neurociências, UFRGS

A RCIU aumenta a chance de alterações no hipocampo, região importante para amemória e o comportamento alimentar, e também leva à maior preferência por alimentospalatáveis. Objetivos: Investigar associações entre RCIU, dieta palatável e memóriarelacionada aos alimentos em ratos machos.Métodos: No dia 10 de gestação, ratas foram divididas em grupo controle (Adlib), quecontinuaram com ração padrão à vontade, e grupo experimental (FR), que receberam50% do consumo de ração das Adlib. No nascimento, os filhotes foram adotados pormães Adlib e, aos 60 dias, metade dos filhotes de cada grupo recebeu dieta rica emgordura e sacarose (HFS) e metade continuou com ração padrão (CON). Aos 140 dias,iniciaram as tarefas de campo aberto, habituação ao campo aberto, reconhecimentos deobjetos e de alimentos e localização de chocolate.Resultados: No tempo na periferia e cruzamentos do campo aberto e no índice dereconhecimento do objeto/alimento novo, não houve efeito da restrição, da dieta etampouco a interação. Todos os grupos exploraram mais o objeto novo e o grupo FR-HFSfoi o único a explorar mais o alimento novo. No 2º dia de campo aberto, houve apenas oefeito do tempo na redução de cruzamentos. Na tarefa de localização de chocolate, nãohouve efeito da restrição, da dieta e tampouco interação no tempo para iniciar aexploração do chocolate. Porém, houve efeito da dieta na quantidade e no tempo de inícioda ingestão, sendo que os grupos HFS demoraram mais e comeram menos chocolate.Conclusões: Parece que há uma memória alimentar diferencial na RCIU associada àdieta palatável. Análises hipocampais estão sendo feitas para melhor entendimento.CEUA/HCPA: 130544.

Apoio Financeiro: CNPq e FIPE/HCPA.

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MECANISMOS ENVOLVIDOS NA FACILITAÇÃO DA EXTINÇÃO DA MEMÓRIA DEMEDO PELA EXPOSIÇÃO À NOVIDADENachtigall E.1**, Furini C.1, Benetti F.2, Farias C.1, Izquierdo I1, Myskiw J. C.11Centro de Memória, InsCer, PUCRS, 2Departamento de Fisiologia, Instituto de CiênciasBásicas da Saúde, UFRGS – Porto Alegre.

Uma maneira de inibir a expressão da memória de medo é através do processo deextinção, e a exposição a uma novidade é capaz de facilitar este processo.Objetivo: Investigar a participação de receptores NMDA, L-VDCCs, CaMKII e sínteseproteica na região CA1 do hipocampo sobre a facilitação da extinção da memória demedo pela exposição a novidade.Métodos: Ratos Wistar machos (3 meses de idade) foram submetidos a cirurgiaestereotáxica para implantação bilateral de cânulas guia na região CA1 do hipocampo,após um período de recuperação, foram submetidos ao paradigma de MedoCondicionado ao Contexto (3 estímulos elétricos, 0.5 mA, 2 s, com 30 s de intervalo).Decorrido 24 h foram submetidos a uma sessão de extinção de 10 min. Após 24 h osanimais voltaram para o mesmo aparato para uma sessão de teste (180 s). Durante assessões de extinção e teste mediu-se o tempo total de imobilidade. Como estímulo denovidade, os animais foram expostos ao Campo Aberto, 2 h antes da sessão de extinçãopor 5 min. As infusões farmacológicas intra-CA1 foram realizadas imediatamente após aexposição novidade. Registro CEUA: 11/00262Resultados: O efeito positivo da novidade sobre a formação da memória de extinção foiprejudicado pela infusão intra-CA1 de AP5 (25 nmol/lado), AIP (1 nmol/lado) ou nifedipina(10 nmol/lado) imediatamente após a exposição ao campo aberto. Porém, esse efeitodeletério foi bloqueado pela infusão simultânea de β-lactacistina (200 pmol/lado) com AP5(25 nmol/lado), AIP (1 nmol/lado) ou nifedipina (10 nmol/lado).Conclusões: Os resultados indicam que o efeito positivo da novidade sobre a formaçãoda memória de extinção envolve mecanismos moleculares, como: receptores NMDA,canais de cálcio de voltagem do tipo L, proteínas cálcio/calmodulina quinase II e oturnover de proteínas sinápticas.

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e Fapergs.

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ALTERAÇÕES DA PROTEÍNA S100B E DO CONTEÚDO DE AGEs EM RATOSDIABÉTICOSRafaela Ferreira Pacheco, Caroline Zanotto, Fernanda Hansen, Manuela SangalliGasparin*, Patrícia Nardin, Carlos Alberto Gonçalves, Barbara CarolinaFederhen*.Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Objetivo: O Diabetes Mellitus (DM) está associado a efeitos danosos ao encéfalo,como alterações no metabolismo energético cerebral e inflamação, efeitos estespossivelmente mediados por produtos finais de glicação avançada (AGEs). Emvista disso, o presente estudo teve por objetivo investigar parâmetros relacionadosà formação de AGEs, bem como as funções astrocitárias em animais diabéticos.Métodos: Ratos Wistar Kyoto machos (n=6) receberam injeção intraperitoneal deestreptozotocina (75 mg/kg) ou veículo. Foram considerados diabéticos os animaiscom glicemia acima de 250 mg/dL e, após 60 dias, as análises foram realizadas.Os níveis de AGEs e S100B foram medidos por ELISA, e o conteúdo dosreceptores para AGEs (RAGE) por Western blotting. A atividade da enzimaglioxalase 1 (GLO1) foi verificada pela formação de S-(D)-lactoilglutationa. Osresultados foram analisados pelo teste t de Student e considerados significativosquando p<0,05. Projeto Aprovado pelo CEUA: 20375Resultados: Os níveis de AGEs no soro (p=0,002) e no LCR (p=0,006) foramaumentados nos ratos diabéticos, assim como o conteúdo de RAGE (p=0,03) e aatividade de GLO1 (p=0,03) no hipocampo. Já o conteúdo da proteína S100Bdiminuiu no hipocampo (p=0,04) e no soro (p<0,0001) dos animais animaisdiabéticos. Os níveis de S100B no líquor não foram alterados (p=0,11). Em fatiashipocampais agudas ocorreu um aumento na secreção de S100B (p= 0,008).Conclusões: A hiperglicemia crônica presente no DM possivelmente estejadesencadeando o aumento da formação de AGEs e do conteúdo de RAGE. Oaumento na atividade da GLO1 pode ser um efeito compensatório na tentativa dedetoxificar os precursores de AGEs. A ativação de AGE-RAGE está relacionadacom a ativação da resposta inflamatória, o que pode desencadear alteraçõesastrocitárias, como mudanças no conteúdo e secreção de S100B.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e FAPERGS

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MORFOLOGIA CELULAR NO HIPOCAMPO: ASPECTOS RELACIONA DOS ÀHIPÓXIA-ISQUEMIA NEONATAL E AO ENRIQUECIMENTO AMBIE NTALLenir Orlandi Pereira, Jaqueline V. Carletti**, Clarissa P. Schuch**, Bruna F.Deniz**, Patrícia M. Miguel**, Ramiro Diaz**, Iohanna Deckmann**, Taís Malysz,Joseane J. Rojas** DCM, ICBS, UFRGS, Porto Alegre, RS.

Objetivos: Nossos estudos prévios identificaram a presença de recuperação funcionalapós a hipóxia-isquemia (HI) neonatal em ratos, atribuída ao enriquecimento ambiental(EA). Identificamos também uma prevenção da perda de espinhos dendríticos emneurônios da região CA1 hipocampal após a HI. Para uma compreensão mais ampla dopotencial neuroprotetor do EA, este estudo se propõe a avaliar a densidade celular naregião CA1 bem como a arborização de neurônios desta região em animais submetidos àHI neonatal e estimulados pelo EA.Métodos : Ratos Wistar machos, com 7 dias de vida foram submetidos à HI e separadosem 4 grupos (n=8/ grupo): controle mantido em ambiente padrão (CTAP), CTAE, HIAP eHIAE. Ao desmame, passou-se a realizar o EA (9 semanas, 60 minutos/dia, 6 vezes/semana). Após, os animais foram perfundidos e os encéfalos de um grupo de animaisforam submetidos à técnica de Golgi (para o estudo da arborização) e de outro grupoforam processados para a contagem celular (Aprovação CEUA no. 22045).Resultados: Uma evidente diminuição do número de células na região CA1 hipocampalipsilateral à oclusão arterial foi encontrada nos grupos HIAP (41±1) e HIAE (63±4),comparando-se com os grupos CTAP (123±13) e CTAE (150±24). Também no hipocampocontralateral foi identificada diminuição do número de células em CA1 nos grupos HIAP(55±4) e HIAE (70±2) em relação aos grupos controle. Por outro lado, a arborizaçãodendrítica dos neurônios piramidais da mesma região, avaliada pelo número de ramosprimários e secundários e intersecções, não foi alterada, nem pela HI neonatal nem peloEA.Conclusões: A HI neonatal causou uma diminuição do número celular na região CA1 dohipocampo, a qual não foi prevenida e/ou recuperada pelo EA. Porém os neurôniosremanescentes parecem não ter sua arborização dendrítica alterada seja pela lesãoneonatal ou pela estimulação.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq.

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EVIDÊNCIA DE QUE O TRATAMENTO COM CAFEÍNA AO LONGO DAADOLESCÊNCIA PODE LEVAR A UMA SENSIBILIZAÇÃO DA LIN HAGEMSLA16, MAS NÃO DA SHRNatalli Granzotto**, Rafaela Venturi*, Pâmela Ramborger**, Geison S Izídio.Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis

A linhagem SHR é um dos modelos experimentais para estudo do Transtorno deDéficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Neste campo, uma das áreas maisamplamente estudadas busca tratamentos alternativos ao uso do metilfenitado,em virtude das várias evidências de seus efeitos a longo prazo. Uma das apostasatuais é a cafeína, que, quando administrada cronicamente, parece amenizar ahipercinese e melhorar o desempenho em tarefas que exijam atenção. A partir dosSHR foi desenvolvida a linhagem congênica SL16, diferindo apenas pelo locus nocromossomo 4, que parece ter influência em comportamentos relacionados aemocionalidade. Objetivo: Avaliar os efeitos do tratamento crônico com cafeínanas linhagems SHR e SLA16 a curto e médio prazo.Métodos: Os animais (n= 8/linhagem/tratamento) foram tratados com salina(0,9%) ou cafeína (2mg/Kg) IP entre os dias PN24 e PN45 e re-exposto a cafeína(10 mg/Kg). Um grupo foi testado imediatamente após o fim do tratamento, e outro30 dias após o fim do tratamento e testado no Campo Aberto (CA). Osprocedimentos foram realizados de acordo com aprovação da CEUA PP00903.Resultados: O primeiro grupo, testado ao fim do tratamento, não apresentoudiferenças estatisticamente significativas para nenhum dos parâmetros analisados.Em relação ao segundo grupo, não foram encontradas diferenças estatisticamentesignificativas quanto ao tempo de centro e velocidades média e máxima no CA.Contudo, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) nalocomoção total no CA nos grupos previamente tratados com cafeína(SLA16=167,1+- 7,0; SHR= 145,0+- 6,8); mas não nos grupos controle(SLA16=150,3+- 6,2; SHR= 143,4+- 7,9). Também houve diferençaestatisticamente significativa quanto a porcentagem de locomoção no centro dosanimais previamente tratados com cafeína (SLA16=38,9+- 3,0; SHR= 29,6+-2,6);mas não nos grupos controle (SLA16=29,4+- 3,2; SHR= 32,7+- 2,9).Conclusões: O locus diferencial parece ter influência na exacerbação da respostaà cafeína, na vida adulta, de ratos tratados durante a adolescência.

Apoio Financeiro: CNPq

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SÍNDROME DA DOR COMPLEXA REGIONAL TIPO I PROMOVE DÉ FICITS DEMEMÓRIA ESPACIAL E COMPORTAMENTO TIPO-DEPRESSIVO E TIPO-ANSIOSO EM CAMUNDONGOSWellinghton de M. Barros**; Róli R. Simões**; Josiel Mack**; Igor Coelho**;Scheila Kraus**; Francisney P. Nascimento** e Adair R.S. Santos****Programa de Pós-Graduação em Neurociências – Universidade Federal deSanta Catarina – Florianópolis - SC – Brasil

A Síndrome da Dor Complexa Regional (SDCR) é um grave problema de saúde públicacaracterizando-se como uma condição clínica dolorosa, incapacitante e muitas vezescrônica.Objetivo: Avaliar as alterações cognitivo-comportamentais na memória espacial, nocomportamento tipo-ansioso e tipo-depressivo de camundongos submetidos ao modelode SDCR tipo I.Métodos: Camundongos C57/BL6 machos (12 meses) foram divididos em grupos:controle e CPIP (lesão). O grupo CPIP sofreu lesão isquêmica por compressão da patatraseira direita com 5 anéis elásticos na articulação do tornozelo, por 3h. Após os anéiscortados, o fluxo sanguíneo foi reestabelecido. Os animais foram avaliados nos testes doY-maze, Suspensão da Cauda (SC) e Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Protocolo CEUA-UFSC/PP00745.Resultados: No Y-maze, os animais controle tiveram um aumento no número deentradas (39,1±4,6%) e no tempo (39,1±5,7%) no braço “novo” quando comparados à umvalor hipotético de 33,33%. Não houve diferença estatística nestes quesitos no grupoCPIP (entrada: 37,4±6,2%; tempo: 34,6±9,6%). No LCE, não houve diferenças no númerode entradas nos braços abertos entre os grupos (controle 40,0% vs. 32,2% CPIP),todavia, o grupo CPIP permaneceu um tempo menor nos braços abertos quandocomparado ao grupo controle (7,1±2,7% vs. 20,4±2,8%, respectivamente). No teste de SCos animais do grupo CPIP apresentaram um período de imobilidade maior que no grupocontrole (245,3±14s e 126,8±17s, respectivamente). Análise estatística: Student t test.Conclusão: Nossos resultados sugerem que a lesão periférica causada pela SDCR tipo Icausa efeitos deletérios na função cognitiva, causando déficits na memória espacial,comportamento tipo-ansioso e tipo-depressivo em camundongos.

Apoio Financeiro: CAPES.

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TRATAMENTO CRÔNICO COM CAFEÍNA DURANTE A ADOLESCÊNC IAPODE MELHORAR O APRENDIZADO NA LINHAGEM SHR, MAS NÃ O NASLA16Natalli Granzotto**, Rafaela Venturi*, Ângela França**, Geison S Izídio.Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis

As linhagens SHR (Spontaneously Hypertensive Rats) e SLA16(SHR.LEW.Anxiety-related response 16) tem seu genoma praticamente idêntico,com exceção de uma região no cromossomo 4. O SHR é um dos modelosgenéticos mais amplamente usados para estudo de Transtorno de Déficit deAtenção e Hiperatividade (TDAH). Atualmente, um dos tratamentos alternativospara o TDAH, utiliza a cafeína de forma crônica na adolescência.Objetivo : Avaliar se há diferença no perfil de memória de trabalho de ratos SHR eSLA16; e se este é alterado pelo tratamento crônico com cafeína durante aadolescência.Métodos : Machos das linhagens SHR e SLA16 foram tratados com cafeína(2mg/kg), ou salina (0,9%), IP de 12 em 12h, por 21 dias (24 dias de idade a 45dias de idade). Com cerca de 10 semanas de idade, eles foram testados noLabirinto Aquático de Morris, em um protocolo para avaliar a memória de trabalho.Os animais eram liberados de posições semi-randômicas por 5 dias consecutivos(4 tentativas/dia) e a plataforma era realocada em um quadrante diferente todos osdias. Todos os procedimentos foram aprovados pela CEUA/UFSC PP00903.Resultados : Foi encontrado um efeito significativo para o fator repetição (p<0,001)diminuindo o tempo de latência com o passar dos dias, além de uma interaçãosignificativa entre linhagem e tratamento (p=0,041), para o tempo de latência paraencontrar a plataforma. O teste post-hoc LSD revelou que o tratamento comcafeína diminuiu significativamente o tempo de latência ao longo dos dias nosSHR (19,5 +- 3,2s) em relação aos SHR tratados com salina (23,9 +- 2,7s), masnão alterou significativamente este parâmetro nos SLA16 (20,5 +- 3,1s) emrelação ao grupo tratado com salina (22,5 +- 2,8s)Conclusões : A região diferencial do cromossomo 4 parece influenciar a memóriade trabalho de ratos tratados cronicamente com cafeína durante a adolescência deuma maneira dependente da linhagem utilizada.

Apoio Financeiro: CNPq

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BROMAZEPAM PREVINE ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS, BIOQ UÍMICAS EMOLECULARES INDUZIDAS POR ESTRESSE CRÔNICO IMPREVIS ÍVEL EMPEIXES-ZEBRA1Marcon, M.**, 1Mocelin, R.**, 2Herrmann, A.P., 3Rambo, C.L.**, 4Koakoski, G.**,4Abreu, M. S.**, 5Conterato, G.M., 3Kist, L.W., 3Bogo, M.R., 6Zanatta, L.,4,7Barcellos, L.G., 1Piato, A.L. 1UFRGS, Porto Alegre. 2UFFS, Chapecó. 3PUCRS,Porto Alegre. 4UFSM, Santa Maria. 5UFSC, Curitibanos. 6UNOCHAPECÓ,Chapecó. 7UPF, Passo Fundo.

Objetivos: Verificar os efeitos da exposição à bromazepam (BMZ, 0,5 mg/L) sobreparâmetros comportamentais (teste de tanque novo), bioquímicos (cortisol decorpo inteiro) e moleculares (IL-6 e COX-2) em peixes-zebra (Danio rerio)submetido ao protocolo de estresse crônico imprevisível (ECI) durante 7 dias.Métodos: Os animais foram divididos nos grupos experimentais: (A) grupocontrole (sem estresse e sem tratamento), (B) grupo exposto ao BMZ, (C) gruposubmetido ao ECI e (D) grupo submetido ao ECI e exposto ao BMZ. 24h após oECI, os animais foram avaliados no teste de tanque novo e o material biológicocoletado para análises moleculares (encéfalo, RT-PCR) e bioquímicas (Elisa). Osdados foram analisados por ANOVA de duas vias/Tukey (n=13-18). As diferençasforam consideradas para p<0,05. Aprovação CEUA-UFRGS (# 27614).Resultados: Conforme esperado o protocolo de ECI diminui significativamente onúmero de entradas, distância percorrida e o tempo dos animais na zona superiordo aquário e induziu aumento de cortisol e expressão gênica de IL-6 e COX-2. Aexposição ao BMZ preveniu o comportamento ansiogênico e o aumento do cortisole da expressão de IL-6 e COX-2 induzidos pelo ECI.Conclusões: Esse estudo reforça o uso desse organismo modelo em estudos deestresse e transtornos psiquiátricos relacionados. O protocolo de ECI apresentarelevância translacional e pode servir como ferramenta na pesquisa pré-clínicapara avaliação de novos compostos para combate de estresse.

Apoio financeiro: CNPq (472715/2012-7).

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CARACTERÍSTICAS DA TRANSMISSÃO GABAÉRGICA NO CÓRTEXPIRIFORME ANTERIOR NO DESENVOLVIMENTO PÓS-NATAL INI CIAL EMRATOSGrace Pardo**1, Aldo B.Lucion1,3, Maria Elisa Calcagnotto2,3.. Programa de Pós-Graduação em Fisiologia, Departamento de Fisiologia, ICBS, UFRGS1. Programade Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica, Departamento deBioquímica, ICBS, UFRGS2. Programa de Pós-Graduação emNeurociências,ICBS, UFRGS3.

Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar o perfil maturacional datransmissão GABAérgica inibitória no córtex piriforme anterior em dois períodos dodesenvolvimento pós-natal.Métodos: Para isso foram realizados registroseletrofisiológicos usando a técnicade patch clamp no modo whole cell, avaliando-se as correntes pós-sinápticasinibitórias espontâneas (CPSIs) nas células piramidais das camadas 2/3 do córtexpiriforme anteriorem fatias de cérebros de filhotes de ratos Wistar durante os diaspós-natais (DPN) 5-8 e DPN 14-17 (CEUA/UFRGS 27961).Resultados: Os resultados revelam que a frequência das CPSIs aumentasignificativamente com a idade [DPN 14-17, Mdn= 0.24, n=19 células Vs. DPN 5-8,Mdn=0.09, n=9 células; U= 19,p<0.01], enquanto que os outros parâmetros dasCPSIs, Amplitude [DPN 5-8,Mdn=9.65, n=9 células Vs. PN 14-17,Mdn=11.78,n=19células; U=85,p=1.00], Rise Time 10-90% [DPN 5-8, Mdn=3.99, n=9 células Vs.DPN 14-17, Mdn=3.68,n=19 células; U=78, p=0.73] e Decay Time constant [DPN5-8, Mdn=8.30, n=9 células Vs. DPN 14-17, Mdn=5.86, n=19 células; U=47,p=0.06] permanecem semelhantes.Conclusão: Os resultados obtidos neste trabalho evidenciam um aumentoprogressivo na freqüência das CPSIs com a idade, o qual reflete um aumento naliberação pré-sináptica do neurotransmissor GABA. Tanto o aumento no númerode inputs sinápticos GABAérgicos sobre as células piramidais quanto o aumentona modulação na probabilidade de liberação de neurotransmissores pelas célulasGABAérgicas pré-sinápticas existentes, poderiam refletir o aumento na frequênciadas CPSIs.É possível que a maturação do sistema GABAérgico seja sensível edependente do estímulo olfativo. O foco de nosso trabalho direcionasse aresponder esta pergunta.

Apoio financeiro: FAPERGS, Cnpq

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O EFEITO DO PROBUCOL NO CONTROLE DA EVOLUÇÃO DA DOE NÇADE HUNTINGTON1,3Nascimento-Castro, C.P**; 1Wink, A.*; 1,3Fonseca, V.S.**; 2,3Farina, M.; 2,3 deBem, A.F.; 1,3 Brocardo, P.S. 1Departamento de Ciências Morfológicas,2Departamento de Bioquímica, 3Programa de Pós-graduação em Neurociências,Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina.

Introdução: A doença de Huntington (DH) é uma doença genéticaneurodegenerativa caracterizada pela perda do controle motor na idade adulta. Noentanto, distúrbios cognitivos e de humor como a depressão antecedem asalterações motoras. O camundongo transgênico YAC 128 é uma linhagemconsiderada bastante representativa da doença por desenvolverem alteraçõescognitivas, motoras e comportamento tipo-depressivo como os indivíduosportadores da DH. O probucol é um composto hipocolesterolemiante queapresenta ação antioxidante e neuroprotetora. Através da utilização deste modelotransgênico para a DH, o probucol foi escolhido como uma possível estratégiaterapêutica capaz de modificar a progressão dos sintomas da DH.Objetivos: Determinar se o tratamento com o probucol é capaz de retardar oaparecimento de alterações comportamentais presentes na fase inicial da DHutilizando o modelo YAC 128.Métodos: Foram utilizados camundongos transgênicos YAC 128 (YAC) eselvagens (controle), machos e fêmeas conforme protocolo PP00944 aprovadopela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de SantaCatarina. Os animais foram divididos em 2 grupos: CMC (carboximetilcelulose1mg/ml, n= 9-15) e Probucol (PRO 1mg/dia, n= 8-13) e receberam os tratamentosna água de beber a partir do 1º mês de idade. As avaliações comportamentaisforam realizadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. O teste da barra giratória (rotarod)e o campo aberto (CA) foram utilizados para avaliação motora e o teste desuspensão pela cauda (TSC) para avaliação do comportamento tipo-depressivo.Todos os resultados foram analisados usando análise de variância (ANOVA) deduas vias e teste post-hoc Duncan quando apropriado. Os resultados foramconsiderados significativos quando p≤0,05.Resultados: Os animais não apresentaram déficit motor aos 6 meses de idade.No teste do CA não foram encontradas diferenças significativas entre os genótipose os tratamentos aos 2, 4 e 6 meses de idade. O tratamento com probucol foicapaz de prevenir o comportamento tipo-depressivo aos 4 e aos 6 meses deidade como demonstrado pela diminuição significativa do tempo de imobilidade noTSC quando comparados ao grupo transgênico não tratado.Conclusões: O tratamento com probucol foi capaz de retardar o aparecimento docomportamento tipo-depressivo no modelo transgênico YAC 128 comodemonstrado pela diminuição significativa do tempo de imobilidade no TSC.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq.

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HIPERAMONEMIA ALTERA ATIVIDADE ASTROGLIAL E REDUZ B DNF EMHIPOCAMPO DE RATOJéssica Taday*, Fabiana Galland** e Marina Concli Leite. Instituto de CiênciasBásicas da Saúde, Departamento de Bioquímica, UFRGS - Porto Alegre.

Objetivos: Amônia é a principal toxina associada à doença neuropsiquiátricaencefalopatia hepática (EH). O hipocampo é uma região relacionada com prejuízocognitivo e comportamento depressivo, características estas da EH. Apesar disso,poucos estudos relacionam a toxicidade da amônia no hipocampo, principalmenteno que diz respeito às alterações astrocíticas. Por esta razão, o objetivo destetrabalho foi avaliar características astrocíticas comprometidas no hipocampo frentea um modelo de hiperamonemia sem comprometimento hepático. Além disso, oconteúdo de BDNF, uma neurotrofina relacionada a déficit cognitivo e depressão,também foi avaliado no hipocampo de ratos hiperamonemicos e em culturaprimária de astrócitos estimuladas com amônia.Métodos: Injeção intraperitoneal de urease (33U/kg) foi realizada por quatro diasem ratos Wistar de 30 dias para indução do modelo de hiperamonemia. Acaptação de glutamato foi avaliada por ensaio radiométrico, o conteúdo deglutationa (GSH) reduzida por ensaio fluorimétrico e a atividade da glutaminasintetase (GS) e sua expressão foi medido por ensaio colorimétrico eimunoblotting, respectivamente. O conteúdo de BDNF hipocampal e extracelularem cultura de astrócitos foram avaliados por kit comercial. CEUA 20574.Resultados: A hiperamonemia comprometeu importantes funções dos astrócitosno hipocampo como a captação de glutamato, o conteúdo de GSH e a atividadeda GS. O conteúdo de BDNF foi reduzido no hipocampo de ratoshiperamonêmicos, bem como sua secreção em culturas de astrócitos estimuladascom amônia 5mM.Conclusão: O hipocampo mostra-se uma região vulnerável a toxicidade daamônia, particularmente devido à redução na captação de glutamato e noconteúdo de BDNF hipocampal. Estes dados contribuem para o entendimento dosastrócitos nas alterações neuropsiquiátricas observadas na EH.

Apoio financeiro: FAURGS, CNPq, CAPES.

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A NEUROINFLAMAÇÃO INDUZIDA POR LPS ALTERA A SINALIZ AÇÃO DA LEPTINAEM HIPOCAMPO DE RATOS WISTARCarollina Da Ré**, Jéssica Souza*, Jéssica Taday*, Fernanda Fróes**, João Paulo dosSantos**, Carlos Alberto Gonçalves, Patrícia Sesterheim, Marina Concli Leite. UFRGS(Departamento de Bioquímica) – Porto Alegre

Objetivo: sendo a neuroinflamação um fator presente em diversas doençasneurodegenerativas1 e tendo a leptina demonstrado um papel na regulação da memória eaprendizagem2 o objetivo do estudo foi investigar como a neuroinflamação induzida porlipopolissacarídeo (LPS) pode modular a resposta hipocampal à leptina.Metodologia: foram utilizados ratos Wistar machos de 60 dias (CEUA: 25337) divididosem dois grupos: o grupo LPS recebeu injeção intracerebroventricular (ICV) bilateral de 50µg de LPS diluído em 10 µL de veículo (HBSS), enquanto que o grupo Sham recebeuapenas veículo. Após 48 horas os ratos foram decapitados para a dissecção dohipocampo. O imunoconteúdo de leptina e de IL-1β foi medido através de ELISA. Aexpressão proteica do receptor de leptina (ObR), de STAT3 e de SOCS3 foi medidaatravés de Westen Blot. Foi utilizado o teste t para a avaliação de todos os resultados queforam considerados estatisticamente significativos quando p < 0,05.Resultados: nosso estudo não encontrou diferença no imunoconteúdo da leptina nohipocampo, porém houve um aumento no conteúdo proteico do receptor ObR e deSOCS3 neste tecido nos ratos tratados sem alteração significativa nos níveisintracelulares de STAT3. A expressão proteica da citocina pró-inflamatória IL-1β teve umaumento em seus níveis intracelulares no hipocampo após injeção ICV de LPS.Conclusão: Nossos dados mostram que a neuroinflamação é capaz de modular aresposta hipocampal de leptina, colaborando assim para uma melhor compreensão dopapel da dessa sinalização na neuroinflamação e, possivelmente, nas doençasneurodegenerativas.Referências:1. Cell. 2010 Mar 19;140(6):918-34.2. Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci. 2013 Dec 2;369(1633):20130155.

Apoio Financeiro: CNPq, Fapergs e CAPES.

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QUANTIFICAÇÃO DOS PADRÕES DE OSCILAÇÕES CEREBRAIS P RÉ-ICTAISEM MODELO DE EPILEPSIA INDUZIDA POR PILOCARPINAPasquetti MV1**, Messias IF1*, Romariz S2, Monteiro B2, Calcagnotto ME1.Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Porto Alegre; Universidade Federal deSão Paulo-São Paulo

Objetivos: Esse estudo tem como objetivo analisar os diferentes tipos deoscilações cerebrais no período pré-ictal em modelo animal de epilepsia do lobotemporal induzido por pilocarpina.Material e Métodos : Analisamos o padrão de diferentes oscilações cerebrais pré-ictais em 5 ratos Wistar machos adultos com epilepsia induzida por pilocarpina. Osanimais foram previamente vídeo monitorados para presença de crises epilépticasespontâneas (CEE) (9h/d-90d) após a indução de status epilepticus (SE) compilocarpina. Para estudo das oscilações cerebrais, eletrodos corticais e intra-hipocampais foram implantados nos animais 90 dias após o SE. Os registros deEEG foram adquiridos e armazenados para posterior análise. Analisamos oregistro no período de 5 min (basal) e 20s antes do início de 150 CEE. Adecomposição das oscilações foi feita através de rotinas de Matlab nas faixas defrequência delta (1-4Hz), teta (4-12Hz), gama baixo (20-50Hz) gama alto (60-100Hz), ripples (100-200Hz), e no hipocampo também as oscilações de altafrequência (OAF:110-160Hz). (Aprovação: CEP UNIFESP:0024/12-CEUA UFRGS:2727-2). Todos os resultados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney comp<0,05. As quantificações foram expressas em unidade de poder (mV2/Hz)x109.Resultados: As oscilações corticais delta, teta e gama baixo e hipocampais deltae teta diminuíram significativamente 20s antes das CEE (p<0,05). Comparando arazão teta/delta, observamos um predomínio significativo das oscilações delta 20santes da CEE no córtex e no hipocampo (p<0,001).Conclusões: Estes dados preliminares sobre a dinâmica de oscilações no períodoque precede as CEE tem valor preditivo e terapêutico muito importantes. Entenderestes padrões pode nos ajudar a prever o início das crises epilépticas e buscarestratégias terapêuticas para diminuir a frequência ou inibir o início das CEE.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPESP

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SISTEMA ENDOCANABINOIDE HIPOCAMPAL: EFEITOS DO AM40 4 SOBRE ACONSOLIDAÇÃO E EVOCAÇÃO DE MEMÓRIAS AVERSIVAS E SOB RE AINDUÇÃO DA LTPScienza Martin K**, Zanona QK**, Santana F**, Alves FL*, Crestani AP**, BoosFZ**, Sierra RO**, Haubrich J**, Calcagnotto ME & Quillfeldt JA. UFRGS,Laboratório de Psicobiologia e Neurocomputação, Porto Alegre/RS.

Apesar de muitos estudos explorarem o papel da modulação endocanabinoidesobre a memória, pouco se sabe sobre a influência dos níveis fisiológicos dosendocanabinoides, como a anandamida, sobre estes processos. Os dadospresentes na literatura são baseados, principalmente, em estudos com agentesfarmacológicos com ação direta no receptor CB1.Objetivos: estudar o Sistema Endocanabinoide hipocampal através dos efeitos doAM404, um inibidor da recaptação de anandamida, sobre a consolidação eevocação da memória na tarefa de Condicionamento Aversivo ao Contexto (CAC)e sobre a indução da LTP.Métodos: ratos Wistar foram treinados no CAC com choques de 0,5 ou 0,7 mA etestados 48 horas após o treino. O efeito do AM404 sobre a indução da LTP foiestudado através de eletrofisiologia in vivo com HFS na via colateral de schaffer(CEUA27663).Resultados: A administração intra-CA1 de AM404 facilitou a consolidação damemória somente no protocolo com choque mais forte enquanto que inibiu aevocação em ambos os protocolos. O AM404 impediu a indução da LTP,enquanto que o agonista CB1, CP55,940, apenas a atenuou.Conclusões: os dados sugerem que a inibição da recaptação de anandamidapromove efeitos opostos sobre as diferentes fases da memória e o nível deaversividade da tarefa é um fator relevante para a sinalização endocanabinoidesomente sobre a consolidação. Os efeitos antagônicos podem ser devido àexpressão dos receptores CB1, que seria supostamente alterada nas sinapsesGABAérgicas em relação às glutamatérgicas. No entanto, os dados sobre aindução da LTP é inconsistente com esta hipótese, provavelmente devido aodesenho experimental. A diferença entre os efeitos da inibição da recaptação deanandamida e a ativação direta do receptor, pode ser devido à diversidade dealvos moleculares da anandamida.

Apoio Financeiro: CAPES e CNPq.

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PARTICIPAÇÃO DOS RECEPTORES D1/D5 DOPAMINÉRGICOS,ββββ-ADRENÉRGICOS E H2 HISTAMINÉRGICOS NA CONSOLIDAÇÃO DAMEMÓRIA DE RECONHECIMENTO SOCIALL. Bühler*1, C. G. Zinn1, N. Clairis2, L. E. Cavalcante1, C. R. G. Furini1, I.Izquierdo1, J. C. Myskiw1. 1Centro de Memória, InsCer, PUCRS – Porto Alegre –RS, 2Département de Biologie, ENS Lyon – Lyon - France

A memória de reconhecimento social (MRS) é crucial à reprodução, formação degrupos sociais e sobrevivência das espécies.Objetivos: Verificar a participação dos receptores D1/D5 dopaminérgicos, β-adrenérgico e H2 histaminérgicos, da região CA1 do hipocampo dorsal (CA1) e daamígdala basolateral (BLA), na consolidação da MRS.Métodos: Ratos Wistar machos (3 meses) com cânulas-guia bilateraisimplantadas cirurgicamente na região CA1 do hipocampo (CA1) ou na amígdalabasolateral (BLA) foram submetidos a uma sessão de treino (exposição a um co-específico juvenil com 21 dias de idade, por 1 hora) da tarefa de discriminaçãosocial. Vinte e quatro horas depois, os animais foram expostos ao juvenilpreviamente encontrado (familiar) e a um juvenil desconhecido por 5 minutos(sessão de teste). As infusões intra-CA1 (1.0 µL) ou intra-BLA (0.5 µL) foramrealizadas imediatamente após a sessão de treino. CEUA-PUCRS: 13/00363.Resultados: A infusão intra-CA1 do agonista do receptor β-adrenérgico,isoproterenol (10.0 µg/lado), do antagonista dos receptores D1/D5 dopaminérgico,SCH23390 (1.50 µg/lado) e, do antagonista do receptor H2 histaminérgico,ranitidina (17.5 µg/lado), prejudicou a consolidação da MRS. A infusão intra-BLAdo antagonista do receptor β-adrenérgico, timolol (1.0 µg/lado), do agonista dosreceptores D1/D5, SFK38393 (12.5 µg/lado) e, do antagonista do receptor H2,ranitidina (17.5 µg/lado), também prejudicou a consolidação da MRS. Contudo,esse prejuízo em reconhecer o juvenil familiar durante a sessão de teste foisuprimido pela infusão, intra-CA1 ou intra-BLA, do agonista juntamente com oantagonista de cada receptor estudado.Conclusões: Os receptores D1/D5 dopaminérgicos, β-adrenérgico e H2histaminérgicos da região CA1 do hipocampo e da BLA participam daconsolidação da MRS.

Apoio financeiro: CNPq e CAPES.

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EFEITO DA EXPOSIÇÃO A ÁCIDOS GRAXOS EM CULTURA PRIM ÁRIA DEASTRÓCITOS DE RATOS WISTARFernanda Fróes**, Jéssica Taday*, Carollina Da Ré**, Carlos Alberto Gonçalves,Marina Leite. UFRGS (ICBS - Departamento de Bioquímica), Porto Alegre.

Objetivos: Sabe-se que ácidos graxos saturados de cadeia longa, em situaçõesde aumento de permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE), podem sertóxicos para o sistema nervoso central (SNC); entretanto, pouco se sabe sobreseus efeitos em células astrogliais. Nosso objetivo foi avaliar o efeito da exposiçãode culturas de astrócitos a ácidos graxos saturados (ácidos palmítico e esteárico)e insaturados (ácidos linoleico e linolênico) de cadeia longa sobre funçõesastrocíticas.Métodos: As culturas primárias de astrócitos corticais de ratos Wistar neonatos(CEUA: 27570) foram mantidas em DMEM com 10% de soro fetal bovino até aconfluência. Os ácidos graxos foram diluídos em etanol e conjugados comalbumina bovina na proporção 10:1, por 90 min a 37ºC. As células foramincubadas em DMEM sem soro na ausência ou presença dos ácidos graxos (emconcentrações variando de 50 a 100 �M) durante 24 horas. A secreção de S100Be o conteúdo de GFAP foram medidos por ELISA e o conteúdo intracelular deGSH por um método fluorimétrico. A viabilidade celular foi avaliada pela reduçãode MTT e incorporação de vermelho neutro. Os dados foram consideradossignificativos, quando p<0,05 (ANOVA de uma via, seguida de pós-teste deDunnett).Resultados: Apenas o ácido palmítico foi capaz de aumentar a secreção daproteína S100B, enquanto que o ácido esteárico apresentou um aumento noconteúdo de GFAP. Nenhum ácido graxo testado foi capaz de alterar o conteúdode GSH ou a viabilidade celular.Conclusões: Apenas os ácidos graxos saturados testados em nosso trabalhomodularam funções astrocíticas como a secreção de S100B e o conteúdo deGFAP, o que poderia indicar uma astrogliose. Nossos dados, apesar de aindapreliminares, contribuem para a hipótese de que esses compostos poderiam serparcialmente responsáveis por alguns dos efeitos deletérios observados no SNCem condições que alteram a permeabilidade da BHE.

Apoio Financeiro: CNPq, Fapergs e CAPES.

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RECONSOLIDAÇÃO DA MEMÓRIA DE EXTINÇÃO INDUZ SEU FOR TALECIMENTO,PREVENINDO A RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA DO MEDOJosué Haubrich**, Adriano Machado**, Flávia Boos**, Lucas de Oliveira Alvares e JorgeAlberto Quillfeldt. Laboratório de Psicobiologia e Neurocomputação. PPG-Neurociências, UFRGS, Porto Alegre, Brasil.

Quando uma memória é persistentemente evocada na ausência do estímuloincondicionado consolida-se uma memória de extinção, expressando-se via inibição damemória inicial. A extinção é amplamente utilizada no tratamento de transtornosrelacionados a memórias traumáticas. Apesar de efetiva no curto-prazo, é inefetiva nolongo-prazo pois diversos processos ocasionam recaída e retorno do medo como arecuperação espontânea, refletindo o enfraquecimento da memória de extinção com otempo, levando ao retorno da memória aversiva e as disfunções associadas. Porém, abreve reativação de uma memória pode levá-la a um estado lábil que necessita de sínteseprotéica para se re-estabilizar e persistir, processo cunhado de reconsolidação. Trabalhosprévios demonstraram que a reconsolidação permite mudanças na memória incluindo oseu fortalecimento.Objetivos: Neste trabalho, avaliamos se a reativação de uma memória de extinção (i)induz sua reconsolidação e (ii) se este procedimento provoca seu fortalecimento,prevenindo a recuperação espontânea.Metodologia: Ratos wistar foram treinados treinados na tarefa de medo condicionado aocontexto (4min30s; 2 choques de 0.7mA/2s) e passaram por sessões de extinção(reexposição ao contexto por 30min), reativação (3min) e teste (4min). CEUA-UFRGS:Protocolo nº 27909Resultados: Inicialmente confirmamos que a memória de extinção passa por umprocesso tempo-dependente de decaimento, tendo a recuperação espontânea do medosido observada 21 dias após a extinção. Após, observamos que a reativação da extinçãoleva a sua reconsolidação, visto que a inibição da síntese protéica prejudicou este traçolevando ao retorno do medo. Finalmente, reativações períodicas da memória de extinçãopreveniram o seu decaimento visto que, mesmo 28 dias após sua aquisição, foramobservados baixos níveis de medo.Conclusões: Estes resultados demonstram que a memória de extinção é suscetível amanipulações focadas na reconsolidação, permitindo seu fortalecimento. Esta descobertaabre novas possibilidades para tratamentos mais efetivos relacionados a transtornosenvolvendo memórias traumáticas.

Apoio Financeiro: CAPES