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7/17/2019 Livro Rodrigo Padilha.docx http://slidepdf.com/reader/full/livro-rodrigo-padilhadocx 1/19 CONCEITO  A palavra “nacionalidade” surgiu no século xVIII, do termo “soberania nacional”, sendo considerado nacional o membro de uma nação. À época, este conceito bastava, eis que o termo “nação” era aclamado durante a revolução rancesa e utili!ado para designar tudo que di!ia respeito ao povo. "om o avanço do estudo sobre teoria do #stado, icou claro que povo e nação são conceitos que não se conundem. $ação não se apoia em v%nculo &ur%dico, sendo o termo utili!ado para designar determinado grupo de pessoas ligado pela raça, religião, '(bitos e costumes. Vemos alguns #stados que possuem duas naç)es, como, v.g ., "anad(, eis que na sua capital a nação ala determinada l%ngua, com costumes e datas comemorativas dierentes das demais regi)es daquele ente *ederal. Assim, constata+se que nacionalidade não é sinnimo de nação. Atualmente se entende que o povo é o elemento 'umano do #stado, sendo estes, na verdade, tidos como nacionais.  Atualmente, a nacionalidade é considerada o v%nculo &ur%dico+pol%tico estabelecido entre o indiv%duo e determinado #stado. - 9.2 NACIONALIDADE ORIGINÁRIA E SECUNDÁRIA Nacionalidade de origem – ou originria! ou "rimria! ou na#a   ocorre quando o direito / nacionalidade resulta do ato do nascimento. 0 nascimento concede o direito / pessoa a pleitear sua nacionalidade, mesmo que esta não se&a adquirida no mesmo momento. Nacionalidade $ecundria! ad%uirida ou decorren#e de na#urali&a'(o ocorre quando o direito / nacionalidade se adquire depois do nascimento e por ato volunt(rio. Ao nascer, o nascituro não possui direito / aquisição da nacionalidade. Ao crescer e cumprir determinados requisitos, passa a ter direito a pleitear a nacionalidade. 9.) CRIT*RIOS DE A+UISI,-O DA NACIONALIDADE  A nacionalidade nata pode ser adquirida, obedecido um dos tr1s critérios a seguir apresentados2 a3 Cri#rio da origem #erri#orial  4  jus soli  ou  jus loci 3 considera nacional aquele que nascer em territ5rio de respectivo #stado 4independentemente de onde oi concebido3. "orresponde, pois, ao local do nascimento6 7e regra, é o critério adotado pelos pa%ses do $ovo 8undo 4Américas e 0ceania3, isto é, pa%ses coloni!ados que tin'am por ob&etivo ixar os colonos recém+c'egados da 9sia e #uropa6 b3 Cri#rio da origem $angu/nea 4  jus sanguinis3 considera nacional os descendentes de nacionais. #m outros termos, a nacionalidade é aerida pela origem dos ascendentes.

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CONCEITO

 A palavra “nacionalidade” surgiu no século xVIII, do termo “soberania nacional”,sendo considerado nacional o membro de uma nação. À época, este conceito

bastava, eis que o termo “nação” era aclamado durante a revolução rancesa eutili!ado para designar tudo que di!ia respeito ao povo.

"om o avanço do estudo sobre teoria do #stado, icou claro que povo e naçãosão conceitos que não se conundem. $ação não se apoia em v%nculo &ur%dico,sendo o termo utili!ado para designar determinado grupo de pessoas ligadopela raça, religião, '(bitos e costumes. Vemos alguns #stados que possuemduas naç)es, como, v.g ., "anad(, eis que na sua capital a nação aladeterminada l%ngua, com costumes e datas comemorativas dierentes dasdemais regi)es daquele ente *ederal. Assim, constata+se que nacionalidadenão é sinnimo de nação. Atualmente se entende que o povo é o elemento

'umano do #stado, sendo estes, na verdade, tidos como nacionais.

 Atualmente, a nacionalidade é considerada o v%nculo &ur%dico+pol%ticoestabelecido entre o indiv%duo e determinado #stado.-

9.2 NACIONALIDADE ORIGINÁRIA E SECUNDÁRIA

Nacionalidade de origem – ou originria! ou "rimria! ou na#a  ocorrequando o direito / nacionalidade resulta do ato do nascimento. 0 nascimentoconcede o direito / pessoa a pleitear sua nacionalidade, mesmo que esta nãose&a adquirida no mesmo momento.

Nacionalidade $ecundria! ad%uirida ou decorren#e de na#urali&a'(oocorre quando o direito / nacionalidade se adquire depois do nascimento e por ato volunt(rio. Ao nascer, o nascituro não possui direito / aquisição danacionalidade. Ao crescer e cumprir determinados requisitos, passa a ter direitoa pleitear a nacionalidade.

9.) CRIT*RIOS DE A+UISI,-O DA NACIONALIDADE

 A nacionalidade nata pode ser adquirida, obedecido um dos tr1s critérios a

seguir apresentados2

a3 Cri#rio da origem #erri#orial  4 jus soli   ou  jus loci 3 considera nacionalaquele que nascer em territ5rio de respectivo #stado 4independentemente deonde oi concebido3. "orresponde, pois, ao local do nascimento6

7e regra, é o critério adotado pelos pa%ses do $ovo 8undo 4Américas e0ceania3, isto é, pa%ses coloni!ados que tin'am por ob&etivo ixar os colonosrecém+c'egados da 9sia e #uropa6

b3 Cri#rio da origem $angu/nea  4 jus sanguinis3 considera nacional os

descendentes de nacionais. #m outros termos, a nacionalidade é aerida pelaorigem dos ascendentes.

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$o con4li#o nega#i5o, nen'um dos ordenamentos com os quais o indiv%duoteria algum elemento de contato o admite como seu nacional, gerando oap(trida 4heimatlos, em alemão3, não recebendo nen'uma nacionalidade.

E( o con4li#o "o$i#i5o gera a multinacionalidade, concedendo para um mesmo

indiv%duo dierentes e concomitantes nacionalidades. A multinacionalidade podeser origin(ria, quando, desde o nascimento, o indiv%duo é contemplado commais de uma nacionalidade. ;ode ser também secund(ria ou posterior, quandoé o pr5prio indiv%duo que exerce o direito de, tendo adquirido a nacionalidadeorigin(ria, vir a adquirir outra, sem pre&u%!o daquela inicial.

$a 'ip5tese de dupla nacionalidade, sempre existe uma com que o polip(tridapossui um v%nculo mais orte. #sta é con'ecida como nacionalidade real ee4e#i5a 4real and effective nationality 3.@

9.6 7RASILEIRO NATO 0ART. 82! I1

"umpre esclarecer que a doutrina ma&orit(ria entende que o termo “nascido”deve ser interpretado sistematicamente. 7esta sorte, os il'os adotadostambém go!am de nacionalidade, posto que o art. @@C, K L.M, da "* preceituaque os il'os adotados t1m os mesmos direitos dos il'os retirados do ventrematerno.

Dendo assim, a sentença que concede adoção ou recon'ece a paternidadeter( eeito ex tunc , aplicando a esse il'o os mesmos eeitos.

* om e$clarecer %ue n(o $e ad%uire a nacionalidade "elo ca$amen#o.

a3 Nascimento no Brasil  4art. -@, I, a3

0 art. -@, I, a, da "> di! que são natos “os nascidos na >epNblica *ederativado Frasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não este&am aserviço de seu pa%s”.

$o caso, oi adotado o critério jus soli , que se dedu! da expressão “ainda quede pais estrangeiros”. #m outras palavras, pouco importa a nacionalidade dosgenitores, desde que comprovado o nascimento em territ5rio brasileiro, salvo

se os pais este&am a serviço de seu pa%s6 mister aqui con&ugar dois elementos2

I ambos os pais t1m que ser estrangeiros 4não podendo ter pai ou mãebrasileiros36

II um dos pais, pelo menos, deve estar no territ5rio brasileiro a serviço do seupa%s de origem.

Der( brasileira a criança2

a3 se os pais estiverem a serviço de outro pa%s 4que não se&a o de origem36

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b3 se os pais, mesmo trabal'ando para seu pa%s de origem 4do qual énacional3, estiverem por conta pr5pria no Frasil, isto é, custeando sua pr5priaestadia.

;or territ5rio brasileiro deve ser entendido como o limite espacial dentro do qual

o #stado exerce, de modo exclusivo e eetivo, o poder de império sobre aspessoas e bens, ou se&a, as terras delimitadas pelas ronteiras geogr(icas,com rios, lagos, ba%as, golos, il'as, bem como espaço aéreo e o mar territorial,ormando o territ5rio propriamente dito6 os navios e aeronaves de guerrabrasileiros, onde quer que se encontrem6 os navios mercantes brasileiros emalto+mar ou de passagem em mar territorial estrangeiro6 as aeronaves civisbrasileiras em voo sobre o alto+mar ou de passagem sobre (guas territoriais ouespaços aéreos estrangeiros.

b3 Nascimento no estrangeiro com genitor brasileiro a serviço do Brasil 4art. -@, I, b3

$a al%nea b aparece regra do jus sanguinis combinada com um elemento deligação / >epNblica *ederativa do Frasil, qual se&a, estar a serviço desta. Assim, são requisitos2

a3 ser il'o de pai ou mãe brasileiros 4natos ou naturali!ados36

b3 um dos pais deve estar a serviço do Frasil, se&a serviço diplom(tico,consular ou qualquer outro de nature!a pNblica prestada / administração diretaou indireta.

#ssa al%nea tende a ter pouca aplicabilidade, ve! que a modiicação reali!adapela #" BO@JJC ao art. -@, I, c , ampliou demasiadamente seu espectro, comopassaremos a analisar.

c3 Demais hipóteses de nascimento fora do Brasil  4art. -@, I, c 3

7isp)e o art. -@, I, c , que serão brasileiros natos “os nascidos no estrangeirode pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que se&am registrados emrepartição brasileira competente ou ven'am a residir na >epNblica *ederativado Frasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela

nacionalidade brasileira”.

"omo airmado, a #" BO@JJC modiicou o art. -@, I, c . Ap5s a alteração, époss%vel il'o de brasileiro nascido ora do Frasil &( adquirir a nacionalidadebrasileira, bastando eetuar o registro em repartição competente no pa%s denascimento.

 A cr%tica que se a! a esta modiicação é que a pessoa poderia adquirir anacionalidade brasileira no exterior, sendo brasileira nata sem alar portugu1se, talve!, nem sequer ter con'ecido a cultura do ;a%s do qual é nacional.

9.: 7RASILEIRO NATURALI;ADO 0ART. 82! II1

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"onsidera+se brasileiro naturali!ado aquele que vem a adquirir a nacionalidadebrasileira posteriormente ao seu nascimento de maneira secund(ria.

 A naturali!ação não importa em aquisição da nacionalidade brasileira pelocn&uge e il'os do naturali!ado, nem a estes autori!a entrar ou radicar+se no

Frasil sem que satisaçam as exig1ncias legais.

P( duas espécies de naturali!ação2 a t(cita e expressa6 esta Nltima, por suave!, divide+se em ordin(ria e extraordin(ria.

9.:.8 E$"cie$ de na#urali&a'(o

9.:.8.8 Na#urali&a'(o #ci#a ou grande na#urali&a'(o

0 art. L, K B.M, da "onstituição de -?- previa que serão “cidadãos bra!ileirosos estrangeiros que, ac'ando+se no Fra!il aos - de novembro de -??, não

declararem, dentro de L me!es depois de entrar em vigor a "onstituição, o:nimo de conservar a nacionalidade de origem”.

$a época, a naturali!ação t(cita dos pais acarretava a naturali!ação dos il'osmenores.

#sta oi a Nnica ve! em que o Frasil contemplou esta orma de naturali!ação.

9.:.8.2 Na#urali&a'(o e<"re$$a

aquela que depende do requerimento do interessado, demonstrando suamaniestação de vontade em adquirir a nacionalidade brasileira. 7ivide+se emordin(ria e extraordin(ria.

[email protected] $aturali!ação ordin(riaOriginários de países de língua portuguesa com residência e idoneidade moral 

4art. -@, II, a3.

 A pr5pria "> contemplou o caso dos “origin(rios de pa%ses de l%nguaportuguesa” para exigir+l'es “apenas resid1ncia por um ano ininterrupto eidoneidade moral” 4art. -@, II, a, segunda parte3.

>equisitos2

-. re$id=ncia por um ano ininterrupto6

@. idoneidade moral.

S(o "a/$e$ de l/ngua "or#ugue$a> 3or#ugal! Angola! ?o'ami%ue! Guin@7i$$au! A'ore$! Cao erde! 3r/nci"e! Goa! Dio! ?acau e Timor.

0 ato de os requisitos serem previstos não aasta a nature!a discricion(ria do;oder #xecutivo em conceder ou não a nacionalidade.

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 Ademais, entende+se necess(rio o requisito da capacidade civil, pois aaquisição da nacionalidade secund(ria decorre de um ato de vontade.

.L.-.@.@ 7a expressão “na orma da lei”, contida no art. -@, II, a A primeira parte do art. -@, II, a, recon'ece como brasileiros naturali!ados “os

que, na orma da lei, adquiriram nacionalidade brasileira”.

;rimeiramente, excluem+se leis delegadas 4art. L?, K -.M, II3 e medidasprovis5rias 4art. L@, K -.M, I, a3, que não podem dispor sobre nacionalidade.

#m segundo lugar, a lei não pode estabelecer novo caso de nacionalidadeorigin(ria6 esta é atributo da Hei 8aior.

 A Hei L.?-O-?J prev1 duas 'ip5teses de naturali!ação 4arts. --, K -.M, I e II,e --L3 que existiam na "onstituição de -LC 4art. -BJ, II, b, - e @3 e atualmente

subsistem em lei graças / autori!ação do art. -@, II, b, da ">. Dão elas2

Radica'(o "recoce  em que o estrangeiro é admitido no Frasil até a idade de 4cinco3 anos, radicado deinitivamente no territ5rio nacional, desde querequeira a naturali!ação até @ 4dois3 anos ap5s atingir a maioridade6

Na#urali&a'(o "or cur$o $u"erior   estrangeiro que ten'a vindo residir noFrasil antes de atingida a maioridade e 'a&a eito curso superior emestabelecimento nacional de ensino, se requerida a naturali!ação até - 4um3ano depois da ormatura.

 A lei que regulamenta a nacionalidade é a Hei L.?-O-?J, em seus arts. --- [email protected]

9.:.8.2.) Na#urali&a'(o e<#raordinria 0%uin&enria1Estrangeiros com residência e sem condenação penal  4art. -@, II, b3.

#xcetuando os estrangeiros de pa%ses de l%ngua portuguesa, todos os demais,para adquirir a nacionalidade brasileira por derivação, devem cumprir ascondiç)es expressas pela lei 4art. -@, II, a, primeira parte3 ou demonstrar quesão “residentes na >epNblica *ederativa do Frasil '( mais de - anosininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidadebrasileira” 4art. -@, II, b3.

 Assim, são requisitos2

Q Re$id=ncia por - anos ininterruptos6

Q Aus1ncia de condenação penal6

Q >equerimento do interessado.

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 A #" GO-B alterou o pra!o anteriormente estabelecido, de GJ anos, paraexigir - anos.

 A "onstituição exige que a re$id=ncia  se&a inin#erru"#a. "ertamente, nãosigniica a "erman=ncia #o#almen#e inin#erru"#a, ou se&a, a impossibilidade

de ausentar+se a qualquer t%tulo do territ5rio brasileiro.

A dou#rina %ua$e un/$$ona ao a4irmar %ue ne$$e ca$o 0e $B ne$$e ca$o1 direi#o $ue#i5o "or "ar#e da%uele %ue cum"riu a$ e<ig=ncia$con$#i#ucionai$! n(o com"or#ando di$cu$$(o admini$#ra#i5aF. A$$im! aincor"ora'(o de$$e direi#o ao e$#rangeiro au#om#ica! 4al#ando@le $B ore%uerimen#o.

.C DIR=AST0 "0$DRIR="I0$AH 70D ;0>R=<=#D#D 4U=AD#$A"I0$AHI7A7#3

0 art. -@, K -.M, estabeleceu tratamento privilegiado aos portugueses. 7estarte,é bom que não se conunda o portugu1s com brasileiro naturali!ado. "aso oportugu1s queira adquirir a nacionalidade brasileira, é necess(rio cumprir osrequisitos estabelecidos para naturali!ação dos origin(rios de pa%ses de l%nguaportuguesa 4art. -@, I, a3.

 A situação &ur%dica dos portugueses é mais abrangente que a atribu%da aosdemais estrangeiros.

eciprocidade  signiica tratamento a ambas as partes inversamentecorrespondentes.

0 art. - da "onstituição portuguesa assim leciona2 “Aos cidadãos dos #stadosde H%ngua portuguesa, com resid1ncia permanente em ;ortugal, sãorecon'ecidos, em condiç)es de reciprocidade, os direitos não coneridos aestrangeiros, salvo o acesso aos cargos de ;residente da >epNblica,;residente da Assembleia da >epNblica, primeiro+ministro, presidentes dostribunais supremos e ao serviço nas *orças Armadas e na carreira diplom(tica.”

;ara celebrar esta relação, oi assinado o Rratado de Ami!ade, "ooperação e

"onsulta, entre a >epNblica *ederativa do Frasil e a >epNblica ;ortuguesa, nacidade de ;orto Deguro, em @@.JB.@JJJ, e internali!ado pelo 7ecretoG.@CO@JJ-.

#sse tratado versa, dentre outros pontos, sobre entrada e perman1ncia debrasileiros em ;ortugal e de portugueses no Frasil,B  cooperação cultural,cient%ica e tecnol5gica, cooperação econmica e inanceira, cooperação emoutras (reas, meio ambiente e ordenamento do territ5rio.

.? R>ARA8#$R0 E=>7I"0 70 F>ADIH#I>0 $AR0 # 70 $AR=>AHIWA70

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0 art. -@, K @.M, airma que apenas / "onstituição é recon'ecida a possibilidadede estabelecer distinç)es entre ambas as categorias de brasileiros.

Inobstante o artigo citado, o art. -, III, veda, da mesma orma, “criar distinç)esentre brasileiros”.

;ortanto, quando na previsão de qualquer direito ou obrigação 'ouver apenasreer1ncia ao brasileiro, sem qualquer reer1ncia ao nato ou naturali!ado, aconclusão ser( no sentido de que o dispositivo se aplica a ambos.

 A "onstituição recon'ece um status dierenciado aos brasileiros natos, maisamplo do que aquele atribu%do ao brasileiro naturali!ado. As 'ip5teses detratamento dierenciado estão nos casos relativos / extradição 4art. .M, HI3,perda da nacionalidade 4art. -@, K B.M, I3, exerc%cio de cargos 4-@, K G.M3 eunção 4art. ?, VIII3 e propriedade de empresas &ornal%sticas 4art. @@@3.

.?.- #xtradição 4art. .M, HI3

 A "onstituição impede a extradição passiva de brasileiro nato, ou se&a, pro%be,em qualquer 'ip5tese, que brasileiro nato se&a enviado do Frasil para outropa%s, mesmo que o pa%s solicitante se&a competente para &ulgamento oupunição.

0 mesmo não acontece com brasileiro naturali!ado. #ste pode ser extraditadoem duas 'ip5teses2

a3 se / época do crime o autor era estrangeiro e somente depois veio aadquirir a nacionalidade brasileira, o Frasil não ter( barreiras em extradit(+lo6

b3 se, mesmo naturali!ado, cometer crime de tr(ico il%cito de entorpecente edrogas ains, ser( poss%vel enviar o brasileiro a outro pa%s.

;or 5bvio, para a extradição se consumar, é necess(rio a observ:ncia dediversos outros requisitos.

7e in%cio, o pedido extradicional ser( reali!ado pela via diplom(tica ao

;residente da >epNblica, que, por sua ve!, encamin'ar( o processo ao DR*para que o plen(rio do Dupremo se manieste sobre a legalidade e proced1nciado pleito 4art. -J@, I, g , da "> cOc o art. L.M, I, f , do >IDR*3. ;ara que o pedidode extradição possa ser analisado, é necess(rio que o extraditando se&a preso,como exige o art. @J? do >IDR*.

0 art. C? do #statuto do #strangeiro 4Hei L.?-O-?J3 elenca as condiç)es paraconcessão da extradição2

a3 ter sido o crime cometido no territ5rio do #stado requerente ou serem

aplic(veis ao extraditando as leis penais desse #stado6 e

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b3 existir sentença inal de privação de liberdade, ou estar a prisão doextraditando autori!ada por Eui!, Rribunal ou autoridade competente do #stadorequerente, salvo em caso de urg1ncia, quando a prisão preventiva doextraditando poder( ser ordenada, qualquer que se&a o meio de comunicação,por autoridade competente, agente diplom(tico ou consular do #stado

requerente.

;ara que a extradição se&a admitida, o #stado estrangeiro deve ainda seundamentar em tratado ou prometer ao Frasil reciprocidade 4art. CL da HeiL.?-O-?J3 e prestar o compromisso de 4art. -32

a3 não ser o extraditando preso nem processado por atos anteriores aopedido6

b3 computar o tempo de prisão que, no Frasil, oi imposta por orça da

extradição6

c3 comutar em pena privativa de liberdade a pena corporal ou de morte,ressalvados, quanto / Nltima, os casos em que a lei brasileira permitir a suaaplicação 4'ip5tese de guerra declarada art. .M, XHVII, a36

d3 não ser o extraditando entregue, sem consentimento do Frasil, a outro#stado que o reclame6 e

e3 não considerar qualquer motivo pol%tico para agravar a pena.L

;or im, o #statuto do #strangeiro 4art. CC3 veda a extradição quando2

a3 se tratar de brasileiro, salvo se a aquisição dessa nacionalidade veriicar+seap5s o ato que motivar o pedido6

b3 o ato que motivar o pedido não or considerado crime no Frasil ou no#stado requerente6

c3 o Frasil or competente, segundo suas leis, para &ulgar o crime imputado aoextraditando6

d3 a lei brasileira impuser ao crime a pena de prisão igual ou inerior a - 4um3ano6

e3 o extraditando estiver a responder a processo ou &( 'ouver sido condenadoou absolvido no Frasil pelo mesmo ato em que se undar o pedido6

3 estiver extinta a punibilidade pela prescrição segundo a lei brasileira ou a do#stado requerente6

g3 o ato constituir crime pol%tico6 e

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'3 o extraditando 'ouver de responder, no #stado requerente, peranteRribunal ou Eu%!o de exceção. #sta 'ip5tese não impedir( a extradição quandoo ato constituir, principalmente, inração da lei penal comum, ou quando ocrime comum, conexo ao delito pol%tico, constituir o ato principal.

Uuem poder( determinar o car(ter da inração ser( o pr5prio DR* 4art. CC, [email protected], Hei L.?-O-?J3.

do art. CC relativi!a a vedação, dispondo que2 “0 Dupremo Rribunal *ederalpoder( deixar de considerar crimes pol%ticos os atentados contra "'ees de#stado ou quaisquer autoridades, bem assim os atos de anarquismo,terrorismo, sabotagem, sequestro de pessoa, ou que importem propaganda deguerra ou de processos violentos para subverter a ordem pol%tica ou social”.

"onstatando a possibilidade de extradição, o ;residente da >epNblica não

poder( se opor de cumpri+la, se prevista em tratado internacional, sob pena deresponsabilidade internacional.C

.?.@ "argos privativos de brasileiro nato 4art. -@, K G.M3

 A "onstituição considera privativos dos brasileiros natos os cargos previstos noart. -@, K G.M, quais se&am2 ;residente e Vice+;residente da >epNblica,;residente do Denado *ederal, ;residente da ":mara dos 7eputados, 8inistrodo Dupremo Rribunal *ederal, carreira diplom(tica, oicial das *orças Armadas,8inistro de #stado de 7eesa.

Importante notar que brasileiro naturali!ado pode ser 8inistro do Rribunal de"ontas, 8inistro do Duperior Rribunal de Eustiça, 8inistro da Eustiça, 7eputado*ederal, Denador e assim por diante.

.?.G "omposição do "onsel'o da >epNblica como cidadão 4art. ?, VII3

0 art. ?, VII, re!a que a unção 4e não cargo3 no "onsel'o da >epNblica s5pode ser exercida por “seis cidadãos brasileiros natos”.

Y bom notar que o brasileiro naturali!ado não pode compor o consel'o da

>epNblica valendo+se da condição de cidadão. "ontudo, poder( compor oreerido "onsel'o mediante outros cargos, como 8inistro da Eustiça l%der damaioria ou da minoria da ":mara dos 7eputados ou do Denado *ederal.

.?.B ;ropriedade de empresa &ornal%stica 4art. @@@3

 Apenas o brasileiro nato não sore qualquer restrição para o exerc%cio do direitode propriedade de empresa &ornal%stica e de radiousão sonora ou de sons eimagens, pois o brasileiro naturali!ado ter( que provar que est( naturali!ado '(mais de de! anos 4art. @@@ da ">3.

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 A "onstituição arrola situaç)es nas quais 'aver( perda da nacionalidadebrasileira no art. -@, K B.M.

 As 'ip5teses s5 podem ser previstas pela "onstituição *ederal, sendo vedadaa ampliação de tais 'ip5teses pelo legislador ordin(rio.

A nica i"B#e$e de "erda de nacionalidade n(o "re5i$#a na Con$#i#ui'(o a decorren#e da a%ui$i'(o da nacionalidade com 4raude H lei.

;or 5bvio, ser( nulo o ato de naturali!ação se provada a alsidade ideol5gicaou material. A nulidade ser( declarada em processo &udicial e poder( ser promovida pelo 8inistério ;Nblico *ederal ou por qualquer cidadão, no pra!ode quatro anos que se seguirem / entrega da certidão de naturali!ação 4art. Gda Hei ?-?O-B3.

 A "onstituição arrola as seguintes ormas de perda da nacionalidade2

a3 3erda@"uni'(o   "ancelamento da na#urali&a'(o por $en#en'a udicial, oque s5 ocorrer( em virtude de a#i5idade noci5a ao in#ere$$e nacional 4art.-@, K B.M, I3.

;ela pr5pria redação, &( se nota que esta é mais uma distinção entre brasileironato e naturali!ado, ve! que somente a este é aplic(vel o dispositivo.

0 procedimento para determinar a perda da naturali!ação est( previsto nos

arts. @B a GB da Hei ?-?O-B.?

3ela lei! o o4erecimen#o da denncia cae ao ?ini$#rio 3lico ederal! ea deci$(o %ue concluir "elo cancelamen#o da na#urali&a'(o "rodu&ire4ei#o$ n(o re#roa#i5o$ 0ex nunc1.

b3 3erda@mudan'a  0 Frasil adota a teoria da nacionalidade Nnica. $estestermos, perde a condição de brasileiro, se&a nata ou decorrente denaturali!ação, o nacional que adquirir outra nacionalidade 4art. -@, K B.M, II3.

$esta 'ip5tese, a perda da nacionalidade ser( ocasionada por meio de"roce$$o admini$#ra#i5o, que ser( iniciado de o%cio ou medianterepresentação undamentada, e tramitar( no 8inistério da Eustiça, asseguradaa ampla deesa, e ser( concreti!ado por decre#o "re$idencial 4art. @G da Hei?-?O-B3.

Ral previsão encontra+se no art. -.M da "onvenção sobre $acionalidade, de8ontevidéu, de -GG2 “A naturali!ação perante as autoridades competentes dequalquer dos pa%ses signat(rios implica a perda da nacionalidade de origem”.

P( duas exceç)es constitucionais / nacionalidade Nnica. A #" de revisãoGO-B passou a admitir duas i"B#e$e$ de du"la nacionalidade. Dão elas2

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a3 Reconecimen#o da nacionalidade originria "ela lei e$#rangeira2 De apessoa adquiriu o direito / nacionalidade com o nascimento, poder( acumular a nacionalidade brasileira e outra6 v.g ., #span'a adota o ius sanguinis, assim,il'os de espan'5is nascidos no momento em que os pais passavam érias noFrasil podem ter dupla nacionalidade 4art. -@, I, a, cOc o art. -@, K B.M, II, a36

b3 Im"o$i'(o de na#urali&a'(o! "or norma e$#rangeira! ao ra$ileirore$iden#e no E$#ado e$#rangeiro! como condi'(o "ara $ua "erman=nciaou "ara %ue "o$$a e<ercer $eu$ direi#o$ ci5i$2 De brasileiro que resida emoutro pa%s tiver que adotar a nacionalidade daquele #stado para poder permanecer no territ5rio 4por motivos proissionais, por exemplo3 ou exercer direitos civis 4'erança, por exemplo3, poder( acumular as nacionalidades.

.-J >#AU=IDIST0 7A $A"I0$AHI7A7# F>ADIH#I>A

"omo analisado, a nacionalidade ser( retirada em duas circunst:ncias, e aspossibilidades de reaquisição ocorrerão de orma distinta.

$o caso de cancelamen#o de na#urali&a'(o, a Nnica possibilidade é autili!ação de a'(o re$ci$Bria "ara de$con$#i#uir o ulgado %ue cancelou ana#urali&a'(o. J  na 'ip5tese de a%ui$i'(o de ou#ra nacionalidade, époss%vel readquiri+la por meio de decreto presidencial. 0 pedido de reaquisição,dirigido a ;residente da >epNblica, ser( processado no 8inistério da Eustiça,ao qual ser( encamin'ado por intermédio dos respectivos <overnadores, se orequerente residir nos #stados ou Rerrit5rios 4art. GL da Hei ?-?O-B3.

.-- #X#>""I0D 7# *IXAST0

8. 0De4en$or 3licoKA? – In$#i#u#o Cidade$K2881 ?rcio S"age#i!i#aliano re$iden#e no 7ra$il mai$ de 86 ano$ inin#erru"#o$ e $emcondena'(o criminal! re%uereu a nacionalidade ra$ileira. Ne$$e ca$o>

 A3 ter( seu status de brasileiro naturali!ado recon'ecido e poder( ser 8inistrodo Dupremo Rribunal *ederal.

F3 não ter( o seu status de brasileiro naturali!ado recon'ecido em unção da

inexist1ncia de reciprocidade por parte do <overno italiano.

"3 ter( seu status  de brasileiro naturali!ado recon'ecido e poder( seguir carreira diplom(tica e, assim, tornar+se embaixador do Frasil na It(lia.

73 não ter( o seu status  de brasileiro naturali!ado recon'ecido, pois, nãoobstante a exist1ncia de tratado de reciprocidade, no caso dos estrangeiros, opra!o de resid1ncia m%nima é de @J anos ininterruptos.

#3 ter( seu status de brasileiro naturali!ado recon'ecido e poder( ser eleito

Denador da >epNblica.

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2. 0?3KA3 – CCK2821 No ca$o de E$#ado e$#rangeiro re%uerer HRe"lica edera#i5a do 7ra$il a e<#radi'(o de ra$ileiro na#o %ue $eencon#re no #erri#Brio nacional! o "edido em %ue$#(o

 A3 ser( admitido apenas na 'ip5tese de cancelamento de sua naturali!ação,

por sentença &udicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.

F3 ser( admitido somente na 'ip5tese de a lei do #stado solicitanterecon'ecer igualmente nacionalidade origin(ria ao extraditando.

"3 não poder( ser atendido, uma ve! que a "onstituição da >epNblica nãoadmite a extradição de brasileiro nato, quaisquer que se&am as circunst:nciasou a nature!a do delito.

73 poder( ser admitido na 'ip5tese de comprovado envolvimento em tr(ico

il%cito de entorpecentes e drogas ains, na orma da lei.

#3 poder( ser admitido, salvo na 'ip5tese de condenação em virtude de crimepol%tico ou de opinião.

). 0Jui& do #raaloKTRT@2 – 2821 O$er5e a$ "ro"o$i'Me$ $eguin#e$ e ao4inal re$"onda.

I. S(o ra$ileiro$ na#o$ o$ na$cido$ no 7ra$il! ainda %ue de "ai$e$#rangeiro$! me$mo %ue e$#eam a $er5i'o de $eu "a/$.

II. S(o ra$ileiro$ na#o$ o$ na$cido$ a ordo de na5io$ de guerrara$ileiro$! ainda %ue o na5io $e encon#re ancorado em "or#o e$#rangeiro.

III. S(o ra$ileiro$ na#o$ o$ na$cido$ no e$#rangeiro! de "ai ou m(era$ileira! de$de %ue amo$ e$#eam a $er5i'o do 7ra$il.

I. S(o ra$ileiro$ na#o$ o$ na$cido$ no e$#rangeiro de "ai ra$ileiro oum(e ra$ileira! de$de %ue regi$#rado$ em re"ar#i'(o ra$ileira ou 5enama re$idir na Re"lica edera#i5a do 7ra$il e o"#em! em %ual%uer #em"o!de"oi$ de a#ingida a maioridade! "ela nacionalidade ra$ileira.

. 3ara %ue o 4ilo de ra$ileiro ou de m(e ra$ileira! na$cido no e<#erior!$ea con$iderado ra$ileiro na#o! nece$$idade %ue #ena re$idido no7ra$il! %uando ainda menor! como condi'(o "ermi$$i5a da o"'(o.

E$#(o corre#a$ a"ena$ a$ "ro"o$i'Me$>

 A3 I e V.

F3 I e II.

"3 II e III.

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73 III e IV.

#3 II e IV.

. 0De4en$or 3licoKRR – CES3EK28)1 No %ue $e re4ere ao$ direi#o$ H

nacionalidade e ao$ direi#o$ "ol/#ico$! a$$inale a o"'(o corre#a.

 A3 A "* dotou o analabeto de capacidade eleitoral ativa e passiva.

F3 Assim como os l%deres da maioria e da minoria da ":mara dos 7eputadose do Denado *ederal, os cidadãos que integrarem o "onsel'o da >epNblicadeverão ser brasileiros natos.

"3 A perda da nacionalidade decorrente de aquisição volunt(ria de outranacionalidade pode atingir tanto brasileiros natos quanto naturali!ados e

independer( de ação &udicial, &( que se concreti!a no :mbito de procedimentomeramente administrativo.

73 De o extraditando tiver il'o brasileiro, não ser( admitida a sua extradição.

#3 De o indiv%duo sorer condenação penal decorrente de conduta culposa,sem pena privativa de liberdade, transitada em &ulgado, não ter( seus direitospol%ticos suspensos.

6. 0Jui& do TraaloKTRT – 28)1 No$ #ermo$ da Con$#i#ui'(o da

Re"lica $(o ra$ileiro$ na#o$>

 A3 0s nascidos no estrangeiro, de pai e mãe brasileiros, desde que amboseste&am a serviço da >epNblica *ederativa do Frasil.

F3 0s nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desdeque se&am registrados em repartição brasileira competente e ven'am a residir na >epNblica *ederativa do Frasil antes da maioridade, e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

"3 0s nascidos na >epNblica *ederativa do Frasil, ainda que de paisestrangeiros, desde que estes não este&am a serviço de seu pa%s.

do art. CC relativi!a a vedação, dispondo que2 “0 Dupremo Rribunal *ederalpoder( deixar de considerar crimes pol%ticos os atentados contra "'ees de#stado ou quaisquer autoridades, bem assim os atos de anarquismo,terrorismo, sabotagem, sequestro de pessoa, ou que importem propaganda deguerra ou de processos violentos para subverter a ordem pol%tica ou social”.

"onstatando a possibilidade de extradição, o ;residente da >epNblica nãopoder( se opor de cumpri+la, se prevista em tratado internacional, sob pena de

responsabilidade internacional.C

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.?.@ "argos privativos de brasileiro nato 4art. -@, K G.M3

 A "onstituição considera privativos dos brasileiros natos os cargos previstos noart. -@, K G.M, quais se&am2 ;residente e Vice+;residente da >epNblica,;residente do Denado *ederal, ;residente da ":mara dos 7eputados, 8inistro

do Dupremo Rribunal *ederal, carreira diplom(tica, oicial das *orças Armadas,8inistro de #stado de 7eesa.

Importante notar que brasileiro naturali!ado pode ser 8inistro do Rribunal de"ontas, 8inistro do Duperior Rribunal de Eustiça, 8inistro da Eustiça, 7eputado*ederal, Denador e assim por diante.

.?.G "omposição do "onsel'o da >epNblica como cidadão 4art. ?, VII3

0 art. ?, VII, re!a que a unção 4e não cargo3 no "onsel'o da >epNblica s5pode ser exercida por “seis cidadãos brasileiros natos”.

Y bom notar que o brasileiro naturali!ado não pode compor o consel'o da>epNblica valendo+se da condição de cidadão. "ontudo, poder( compor oreerido "onsel'o mediante outros cargos, como 8inistro da Eustiça l%der damaioria ou da minoria da ":mara dos 7eputados ou do Denado *ederal.

.?.B ;ropriedade de empresa &ornal%stica 4art. @@@3

 Apenas o brasileiro nato não sore qualquer restrição para o exerc%cio do direitode propriedade de empresa &ornal%stica e de radiousão sonora ou de sons eimagens, pois o brasileiro naturali!ado ter( que provar que est( naturali!ado '(

mais de de! anos 4art. @@@ da ">3.

. ;#>7A 7A $A"I0$AHI7A7#

 A "onstituição arrola situaç)es nas quais 'aver( perda da nacionalidadebrasileira no art. -@, K B.M.

 As 'ip5teses s5 podem ser previstas pela "onstituição *ederal, sendo vedadaa ampliação de tais 'ip5teses pelo legislador ordin(rio.

 A Nnica 'ip5tese de perda de nacionalidade não prevista na "onstituição é adecorrente da aquisição da nacionalidade com raude / lei.

;or 5bvio, ser( nulo o ato de naturali!ação se provada a alsidade ideol5gicaou material. A nulidade ser( declarada em processo &udicial e poder( ser promovida pelo 8inistério ;Nblico *ederal ou por qualquer cidadão, no pra!ode quatro anos que se seguirem / entrega da certidão de naturali!ação 4art. Gda Hei ?-?O-B3.

 A "onstituição arrola as seguintes ormas de perda da nacionalidade2

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$o caso de cancelamen#o de na#urali&a'(o, a Nnica possibilidade é autili!ação de ação rescis5ria para desconstituir o &ulgado que cancelou anaturali!ação. E( na 'ip5tese de a%ui$i'(o de ou#ra nacionalidade, époss%vel readquiri+la por meio de decreto presidencial. 0 pedido de reaquisição,dirigido a ;residente da >epNblica, ser( processado no 8inistério da Eustiça,

ao qual ser( encamin'ado por intermédio dos respectivos <overnadores, se orequerente residir nos #stados ou Rerrit5rios 4art. GL da Hei ?-?O-B3.

.-- #X#>""I0D 7# *IXAST0

8. 0De4en$or 3licoKA? – In$#i#u#o Cidade$K2881 ?rcio S"age#i!i#aliano re$iden#e no 7ra$il mai$ de 86 ano$ inin#erru"#o$ e $emcondena'(o criminal! re%uereu a nacionalidade ra$ileira. Ne$$e ca$o>

 A3 ter( seu status de brasileiro naturali!ado recon'ecido e poder( ser 8inistro

do Dupremo Rribunal *ederal.F3 não ter( o seu status de brasileiro naturali!ado recon'ecido em unção dainexist1ncia de reciprocidade por parte do <overno italiano.

"3 ter( seu status  de brasileiro naturali!ado recon'ecido e poder( seguir carreira diplom(tica e, assim, tornar+se embaixador do Frasil na It(lia.

73 não ter( o seu status  de brasileiro naturali!ado recon'ecido, pois, nãoobstante a exist1ncia de tratado de reciprocidade, no caso dos estrangeiros, opra!o de resid1ncia m%nima é de @J anos ininterruptos.

#3 ter( seu status de brasileiro naturali!ado recon'ecido e poder( ser eleitoDenador da >epNblica.

2. 0?3KA3 – CCK2821 No ca$o de E$#ado e$#rangeiro re%uerer HRe"lica edera#i5a do 7ra$il a e<#radi'(o de ra$ileiro na#o %ue $eencon#re no #erri#Brio nacional! o "edido em %ue$#(o

 A3 ser( admitido apenas na 'ip5tese de cancelamento de sua naturali!ação,por sentença &udicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.

F3 ser( admitido somente na 'ip5tese de a lei do #stado solicitanterecon'ecer igualmente nacionalidade origin(ria ao extraditando.

"3 não poder( ser atendido, uma ve! que a "onstituição da >epNblica nãoadmite a extradição de brasileiro nato, quaisquer que se&am as circunst:nciasou a nature!a do delito.

73 poder( ser admitido na 'ip5tese de comprovado envolvimento em tr(icoil%cito de entorpecentes e drogas ains, na orma da lei.

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independer( de ação &udicial, &( que se concreti!a no :mbito de procedimentomeramente administrativo.

73 De o extraditando tiver il'o brasileiro, não ser( admitida a sua extradição.

#3 De o indiv%duo sorer condenação penal decorrente de conduta culposa,sem pena privativa de liberdade, transitada em &ulgado, não ter( seus direitospol%ticos suspensos.

6. 0Jui& do TraaloKTRT – 28)1 No$ #ermo$ da Con$#i#ui'(o daRe"lica $(o ra$ileiro$ na#o$>

 A3 0s nascidos no estrangeiro, de pai e mãe brasileiros, desde que amboseste&am a serviço da >epNblica *ederativa do Frasil.

F3 0s nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desdeque se&am registrados em repartição brasileira competente e ven'am a residir na >epNblica *ederativa do Frasil antes da maioridade, e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

"3 0s nascidos na >epNblica *ederativa do Frasil, ainda que de paisestrangeiros, desde que estes não este&am a serviço de seu pa%s.