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Livro VIII. As revelações de Deus sobre a grande ira que virá No último tempo sobre o mundo sem fé Tornarei conhecidas, profetizando para todos os homens De acordo com suas cidades. Desde o tempo em que 5 A grande torre caiu e as línguas dos homens Foram divididas em várias linguagens, O primeiro poder real dos mortais estabelecido Foi o dos egípcios, o dos persas e o dos medos, E também o dos etíopes, assírios e babilônios. 10 Depois o grande orgulho e vanglória dos macedônios, E, quinto, o famoso reino sem lei dos italianos Mostrará muitos males para todos os mortais E levará à exaustão os homens de toda a terra. E o Rei guerreiro das nações o levará para o oeste, 15 Dará leis para os povos, e submeterá todas as coisas. Tarde os moinhos de Deus produzirão a farinha refinada. Então o fogo destruirá todas as coisas, e reduzirá a pó As alturas folhosas das colinas, e toda carne. O amor ao lucro e a falta de consideração 20 São um princípio de males para todos; Pois do enganoso ouro e da prata surgem Desejos vários, porque os mortais não consideram Nada melhor do que estas coisas, nem a luz do sol, Nem o céu, nem o mar, nem a espaçosa terra, 25 Onde todas as coisas crescem, nem Deus, que é o doador

Livro Viii

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OITAVO LIVRO DOS ORÁCULOS SIBILINOS

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Livro VIII.

As revelaes de Deus sobre a grande ira que virNo ltimo tempo sobre o mundo sem f Tornarei conhecidas, profetizando para todos os homensDe acordo com suas cidades. Desde o tempo em que 5A grande torre caiu e as lnguas dos homensForam divididas em vrias linguagens,O primeiro poder real dos mortais estabelecidoFoi o dos egpcios, o dos persas e o dos medos,E tambm o dos etopes, assrios e babilnios.10Depois o grande orgulho e vanglria dos macednios,E, quinto, o famoso reino sem lei dos italianosMostrar muitos males para todos os mortaisE levar exausto os homens de toda a terra.E o Rei guerreiro das naes o levar para o oeste,15Dar leis para os povos, e submeter todas as coisas.Tarde os moinhos de Deus produziro a farinha refinada.Ento o fogo destruir todas as coisas, e reduzir a pAs alturas folhosas das colinas, e toda carne.O amor ao lucro e a falta de considerao20So um princpio de males para todos;Pois do enganoso ouro e da prata surgemDesejos vrios, porque os mortais no consideramNada melhor do que estas coisas, nem a luz do sol,Nem o cu, nem o mar, nem a espaosa terra,25Onde todas as coisas crescem, nem Deus, que o doadorDe todas as coisas, criador de tudo; nem a f, e nemA piedade eles preferem. Fonte de impiedade, guia daConfuso, causa de guerras, um inimigo da paz, a falta de entendimento, provocando inimizades30Entre pais e filhos, e filhos e pais.O matrimnio, em comparao com o ouro,No ter honra nenhuma. Todas as fronteirasNa terra e no mar sero vigiadas e guardadasPara os que possuem ouro, para que os cobiosos35Possuam cada vez mais a me terra.Eles desprezaro os pobres, para que eles mesmos,Adquirindo suas terras, possam escraviz-los Com seus enganos. E se a espaosa terraNo tivesse seu trono distante do cu estrelado,40At mesmo a luz seria dividida pelos homens,E vendida a peso de ouro, seria propriedade dos ricos,E Deus seria obrigado a criar um novo mundo para os pobres.Sobre ti vir algum dia, arrogante Roma,Um proporcionado golpe do cu, e tu sers a primeira45A curvar o pescoo, sers jogada no cho,E o fogo te consumir completamente, Destruir teus pavimentos, e tuas riquezas perecero,E em tuas fundaes moraro lobos e raposas.E ento tu sers uma desolao, como se nunca50Tivesses existido. Onde estar ento o Paldio?Que deus te manter segura, seja de ouro, pedra ou lato?Ou ento onde estaro os decretos de tua assembleia?Onde Ra, ou Cronos, ou a raa de Jove,E todos esses que um dia consideraste deuses,55Demnios sem vida, fantasmas dos mortos,Cujas tumbas a desafortunada Creta se vangloriarDe possuir, adorando os tronos de mortos inconscientes?Quando tiveres tido trs vezes cinco reis voluptuosos,E tiveres escravizado o mundo de leste a oeste,60Um prncipe de cabelos grisalhos surgir, Portando o nome do mar prximo, e com ps impurosEle percorrer o mundo, e obter presentes.E ele possuir vastas somas de ouro, e ajuntarAinda mais prata, e depois de desnudar65[Os povos], de novo ele retornar,E participar de todos os mistrios dos templos da magia,Mostrar uma criana como Deus,Abolir todas as coisas sagradas, e mostrar para todosOs antigos mistrios do engano.70Triste ser ento o tempo em que ele,Triste pessoa, morrer. E o populacho dir: cidade, teu grande poder terminou,E sabes que um dia mau se aproxima.E ento os pais e as crianas pequenas75Choraro juntos, quando virem diante de siTeu lamentvel destino. Alas, alas, Eles choram pelas margens do enlutado Tibre.Depois dele, perto do fim, trs governaro,E completaro um nome para o Deus do cu,80De quem o poder agora e para todo o sempre.E um deles, de idade avanada, manter o cetroDurante um longo tempo, piedosssimo rei,Que em suas salas guardar e trancarTodos os tesouros do mundo, para que quando venha85Mais uma vez o matricida fugitivoDos extremos da terra, ele distribua estas coisasPara todos, e para a sia vastas riquezas.E ento tu chorars, deixando de ladoA glria dos vestidos prpuros dos governantes,90E colocando vestidos de luto, reino orgulhoso,Descendncia da Roma latina. No ters maisTua arrogante glria, e no te levantars mais,Mas ficars prostrada; porque at mesmo a glriaDe tuas legies e de tuas guias cair. 95Onde ento teu poder? Que povo ser teu aliado, tu que foste escravizada por teus jogos e comdias?Porque ento haver confuso da humanidadeEm toda a terra, quando o Todo-poderoso,Subindo ao trono, julgar as almas dos vivos e dos mortos,100E o mundo inteiro. E os pais no sero amados pelos filhos,E nem os filhos pelos pais, por causa da perversidadeE dos problemas inesperados. E sobre ti vir captura,Ranger de dentes e disperso,Cidades cairo, e a terra se abrir em fendas.105Mas quando vier um drago vermelho sobre as ondas,Cheio de fogo em seus dois olhos e de estmago cheio,E afligir tuas crianas, haver fome e guerra civil,E se aproxima o fim do mundo, e o ltimo dia,E o julgamento do Deus imortal110Para os que so chamados e escolhidos.Primeiro inexorvel ira cair sobre Roma;Um tempo de sangue e vida miservel se seguir.Alas, alas, terra italiana, grande, brbara nao;No percebeste quando vieste nua e desprezvel115Para a luz do sol, que para este mesmo lugarRetornarias, e serias julgada como algumQue no julgou com justia. Com mos gigantescasDescendo do cu, sozinha habitars no mundoDebaixo da terra. Com nafta e asfalto e enxofre120E muito fogo desaparecers completamente,E sers como poeira ardente para sempre,E todos que te virem escutaro uma vozExcessivamente enlutada do Hades, e ranger de dentes,E com tuas prprias mos golpears 125Para sempre teu mpio peito. Haver uma noite igual para todos,Para ricos e pobres; todos vieram nus para o mundo,E nus voltaro para a terra. Eles crescem, Completam seu tempo, e cessam de viver. 130No haver escravo, nem senhor, e nem tirano;Nem rei, nem lder, cheio de vo convencimento.Nem advogado, nem magistrado julgando Por dinheiro; nem libaes de sangue sobre os altaresEm seus sacrifcios. No se ouvir o som dos tambores135E cmbalos, nem o da flauta perfurada,De sons alucinantes, e nem o da gaita de foles,Semelhante ao rudo de drages esquisitos;Nem a brbara trombeta, prenncio de guerras,Nem homens bbados em festas clandestinas,140Ou em corais e danas, e nem o som da lira,Ou de algum instrumento danoso; nem discusses,Nem iras, nem espadas esto com os mortos,Mas para todos a eternidade a guardaDa grande priso, diante do trono do julgamento de Deus. 145Te prepara com imagens de ouro e prata e pedra,Para que chegues ao amargo dia do teu primeiro castigo, Roma, e do ranger de dentes. E no mais se curvaroOs pescoos de srios e gregos debaixo do teu servil jugo,Nem estrangeiros, nem nenhuma nao.150Sers roubada e destruda por causa do que fizeste,E gritando alto devolvers at que tenhas restitudo tudo,E sers um triunfo para o mundo,E causa de contradio para todos. E ento a sexta raa dos reis latinos terminar,155E deixar para trs os cetros. Da mesma raaOutro rei reinar, governar o mundo inteiro,E manter o cetro com firmeza, e ele governarCom poder, e com os decretos do Deus AltssimoGuiar seus filhos, uma raa de filhos estveis,160Pois assim est decretado, enquanto o tempo passa.Quando tiverem governado o Egito trs vezes cinco reis,E a fnix aparecer pela quinta vez, Vir um pilhando uma raa, uma tribo inumervel,A nao dos hebreus. E ento Marte pilhar Marte, 165E ele mesmo ser destrudo pelas presunosasAmeaas de Roma. O poder romano, que uma vez floresceu,Perecer, com os antigos reis das cidades vizinhas.A frtil plancie de Roma no mais prevalecer,Quando vier da sia um governando com Marte,170 E depois de ter feito tudo isso ele ir para a cidade.E tu completars trs vezes trezentos, quarenta e mais oito Anos, quando a m sorte te atingir, completando teu nome. Ai de mim, eu, a trs vezes infeliz!Quando verei aquele teu dia, Roma,175Teu, mas para os latinos ainda pior?Honra este, se assim queres, que sobe em carros troianos,Fingindo um secreto nascimento na terra da sia,Com uma alma de fogo. Mas quando ele passar pelo istmo,Inspecionando as redondezas, recrutando a todos,180E atravessando o mar, sangue negro perseguirA grande besta, e um co afugentar o leo Que destri os pastores. Mas tomaro o seu cetro,E ele passar para o Hades.O ltimo e maior tormento atingir Rodes,185E os tebanos sero vtimas de cruel cativeiro.O Egito perecer por causa da perversidadeDe seus governantes. Trs vezes, quatro vezes abenoadosSero os homens que escaparem da runa!E Roma ser uma sala, e Delos enfadonha, e Samos areia...190E um grande mal vir sobre os persas, por causa de seuOrgulho, e toda sua insolncia no dar em nada. E ento um Rei Santo de toda a terraVir para reinar para todo o sempre,Ressuscitando dos mortos [tendo ressuscitado os mortos].195Ento Roma ser trs vezes vtima de terrvel destino,E todos os homens, perto e longe, perecero,Mas no se persuadiro do que bem melhor.Chegar um dia mau, de praga e fome,E de tumultos terrveis, mas mesmo assim,200Aquele antigo e atrevido prncipe,Depois de reunir o conclio, se aconselharCom eles, para saber como matar e destruir.

Pragas surgiro nas flores e nas folhas,E o firmamento do cu mostrar fogo e tempestades205Sobre a slida rocha, e ventanias na terra,E sobre a terra inteira uma multido De sementeiras venenosas. Mas de novoEles agiro sem vergonha, sem temeremA ira de Deus e a dos homens. Desprezando a modstia,210Eles escolhero a vergonha, se tornaro tirnicos,E violentos transgressores, mentirosos tambm,Amantes da impiedade, obreiros da maldadeFalsos, destruidores da f, de discursos falsos,E no haver dinheiro suficiente para eles,215Mas miseravelmente ajuntaro mais e mais.Submetidos a tiranos, eles sero destrudos.Todas as estrelas cairo no mar, muitas,Uma a uma, e a brilhante estrela que os homensChamam de cometa um sinal de desastres,220De muitas guerras e calamidades por vir. Que eu no viva quando a mulher vistosa reinar,Mas quando a graa de Deus reinar por dentro,E quando uma santa criana for destruda Com cadeias pela sanha assassina de todos,[Quando uma santa criana destruir com cadeiasO enganador e destruidor dos homens]225Abrindo o abismo para a vista, e subitamenteA casa de madeira cobrir os mortais.Mas quando a dcima gerao tiver descidoPara o Hades, vir o poder de uma mulher,E o prprio Deus permitir que os males aumentem,230Quando ela se coroar com o poder real;E um ano se parecer a uma era,E o cansado sol brilhar no meio da noite,As estrelas abandonaro o cu, e com uma grandeTempestade, Ele destruir a terra. E ento235Haver uma ressurreio dos mortos,Os coxos correro, os surdos escutaro, os cegos vero,Aqueles que no falavam falaro, e a vida e as riquezasSero comuns a todos. A terra ser comum para todos,Sem cercas ou paredes, produzir frutos em abundncia,240E Ele dar fontes de vinho doce, branco leite e mel...

E o julgamento do Deus imortal...Mas quando Deus mudar os tempos...O inverno produzindo o vero, Ento os orculos [se cumpriro]...245Mas quando o mundo tiver perecido...

JESUS CRISTO, FILHO DE DEUS PADRE.

Julgando a terra com o suor de seu estandarte,Enviado para estar aqui na carne, e julgar perto do fim,Suportando tudo, vede, o Rei vir com o passar das eras.Unidos, os fiis e os infiis juntos te vero, Deus,250Santos com ele elevados, quando as eras chegarem ao fim.Convocadas diante dele esto as almas em seus corpos;Rejeitados os dolos e os tesouros de longa data,Impende o julgamento; escondida em densos vapores,Sumida nas chamas, a terra procura pelo cu e o oceano.255Terrveis, os portes do inferno so destrudos;Os santos em seu corpo e sua alma herdaro luz e liberdade.Fogo e enxofre sero a herana daqueles que so culpados.Infelizes, revelaro seus segredos e suas aes ocultas, aLuz do sol contemplar os segredos do corao de todos.260Haver choro e lamentao, sim, e ranger de dentes,O sol se eclipsar, e os coros das estrelas sero silenciados.Derretidos os cus, o esplendor da lua terminado e acabado,Elevados os vales, e as montanhas derrubadas,Distines entre o humilde e o elevado acabadas,265Escapam as colinas, os cus e os oceanos se misturam.Um final de todas as coisas. A terra perecer!Soando a trombeta do arcanjo do cu com estrondo, osPerversos gemem em sua culpa e em suas vrias tristezas.As guas e as chamas correro juntas pelos rios,270Desolada, a terra se abrir, revelando o caos e o inferno.Reis estaro diante de Deus para serem julgados naquele dia,Enxofre e fogo cairo dos cus, como rios destruidores.

Mas o madeiro ser um sinal para todos os mortais,O selo dos eleitos, o corno desejado, a vida dos pios,275Mas a pedra de tropeo do mundo, iluminandoOs eleitos com a gua de doze canais.E ento o pastor do cetro de ferro reinar.Este que foi descrito com acrsticos o nosso Deus, o Salvador, e Rei imortal,280Aquele que sofreu por nossa causa;Moiss o tipificou, quando estendeu braos santos eDerrotou Amalec pela f, para que o povoReconhecesse que ele era honrado e eleito diante de Deus;A vara de Davi, e a pedra que ele prometeu,285E aqueles que nele acreditarem tero a vida eterna.Porque ele no vir glorioso, mas como um homem mortal,Cheio de dores, ele vir para o julgamento, desonrado,Sem beleza, para que possa dar esperana aos que sofrem;E ele dar forma para o corpo corruptvel, e f celestial290Para os infiis, e transformar completamente o homem,Que foi modelado pela mo de Deus,E enganado pela astuta serpente,Que o levou para o destino da morte,Com a seduo do conhecimento do bem e do mal,295Para que assim se olvidasse de Deus, E servisse caminhos mortais.Pois tomando-o como conselheiro no princpio,O Todo-poderoso disse: Filho, criemos agora, juntos,Da nossa prpria imagem, a forma das tribos mortais;300Eu com minhas mos e tu depois com tua palavra,Serviremos nossa forma, para que possamos dar-lheUma origem comum. Tendo em mente este propsitoEle vir para o julgamento, e para uma Santa VirgemTrar a semelhana antitpica, dando a luz305Com a gua, pelas mos dos presbteros, E pela palavra fazendo todas as coisas,E curando todas as doenas. Com sua palavraEle far os ventos se acalmarem, e com seus psEle acalmar o mar furioso, caminhando tranquilamente310Sobre as guas, com f celestial. E com cinco pesE um peixe do mar ele alimentar cinco mil homensNo deserto, e tomando os fragmentos restantes,Encher doze cestos, para a esperana das naes.E as almas dos eleitos ele chamar,315E amar os pobres, que ridicularizados,Espancados, e chicoteados, faro o bemComo pagamento pelo mal, e desejaro a pobreza.Vendo, conhecendo e ouvindo todas as coisas,Ele conhecer o corao, e o convencer de pecado.320Porque de todas as coisas ele a mente, os ouvidosE a viso, e a palavra, que criou todas as coisas,E que todas as coisas escutam; os mortos ele salva,E cura todas as doenas.Finalmente, ele cair nas mos de homens mpios325E sem lei, e eles lhe daro bofetadas com suas Mos sujas, e cusparadas com suas bocas imundas.E ele lhes oferecer suas santas costas,E permanecer calado, para que no saibamQuem ele , ou de quem ele , ou de onde ele veio,330Para que possa falar com os mortos.E ele tambm usar uma coroa de espinhos,Porque a coroa de espinhos um ornamentoSanto, eterno. Eles perfuraro seu lado com um junco,Para que cumpram as palavras de sua lei.335Porque com juncos movidos por outro espritoSe alimentaram as inclinaes de suas almas,De raiva e vingana [ele cresceu para julgar as almas,suas punies e recompensas]. Mas quando estas coisasSe cumprirem, das quais eu falei, toda lei lhe ser 340Revelada, desde que os homens as decretaramPor causa de pessoas desobedientes.Ele estender suas mos e medir o mundo inteiro.Como comida lhe deram fel, e vinagre como bebida,Mas pagaro at o ltimo centavo por esta345Pssima acolhida. O vu do templo se rasgar,E ao meio-dia haver uma noite monstruosa.Porque quando o eterno legislador veio para o mundo,Foi novamente demonstrado o que se havia escondidoDo pensamento do mundo, que os homens no mais350Deveriam servir a lei e o templo secreto.E ele ir para o Hades, e anunciar a esperanaPara todos os santos, o fim do mundo,E o ltimo dia; e tendo dormido, no terceiro diaEle destruir a morte; ento, deixando os mortos,355Ele vir para a luz, e ser o primeiro a mostrarPara os eleitos as evidncias da ressurreio,E lavar com guas de fontes imortaisSuas antigas perversidades, para queNascidos do alto, no sejam mais escravos360Dos mpios costumes do mundo. E primeiro para os seus, como Senhor ele serVisvel na carne, como era antes, e em suas mosE ps, exibir quatro marcas em seus membros,Significando o leste, o oeste, o norte e o sul,365Porque todos os reinos do mundo consumaroContra o nosso exemplar o mpio e condenvel ato. santa filha de Sio, alegra-te,Tu que sofreste muitas coisas; teu Rei em pessoa,Montado num jumentinho se aproxima,370Humilde, para que possa remover do nosso pescooO pesado jugo da escravido que nos oprime,E nos liberar das mpias leis e pesadas cadeias.Conhece o teu Deus, o Filho de Deus,Dando-lhe glria, amando-o do fundo do corao375E com toda a tua alma recebe o seu nome.Abandona os atos do passado, e lava-os com o Seu sangue, porque tuas canes e oraes No o propiciaro, e ele no dar atenoA sacrifcios perecveis, porque ele imperecvel,380E se deleita com santas canes de bocas santas,Procedentes da alma. Conhece-o,E assim conhecers o Pai. E ento todos os elementos do mundoFicaro desolados, o ar, a terra, o mar, o fogo,385E o cu e a noite, e todos os dias iro pararEm um fogo e uma massa disforme e estril.Porque todas as brilhantes estrelas cairo do cu,Os pssaros no voaro mais pelo ar,E nem mesmo pegadas sero vistas na terra.390Porque todas as bestas selvagens morrero, eAs vozes humanas, as bestas e os pssarosDesaparecero. O mundo, em grande desordem,No ouvir nenhum som agradvel, mas o profundo marFar ecoar um poderoso e ameaador rudo,395E todos os nadadores e criaturas do mar, tremendo,Morrero. E no se ver mais um navio atravessandoAs ondas, e a terra gemer, manchada pelo sangueDas guerras; e todas as almas humanas rangeroOs dentes, consumidas pelo choro e o medo, pela fome,400A sede, assassinatos e pestilncias, e eles chamaroA morte de bela, mas ela fugir deles, porque nem mesmoA morte e a noite lhes daro descanso. E eles pediro muitas coisas em vo para o Deus do cu,Mas ele abertamente virar sua face para longe deles[Porque ele deu sete eras de dias para que os homensmortais se arrependessem, pelas mos de uma SantaVirgem ]. 405Tudo isso Deus revelou para a minha mente,E tudo o que eu disse com a minha boca ele cumprir.Eu conheo o nmero dos gros de areia, E as medidas do mar, eu conheo as profundezasDa terra, e o tenebroso Trtaro, e os homens que so,410E os que viro no futuro, e os mortos.Eu conheo o nmero das estrelas e das rvores,E todas as espcies dos quadrpedes,E coisas que nadam, e os pssaros que voam pelo ar.Porque eu mesmo criei as formas e as mentes 415Dos homens, e dei-lhes uma razo reta,E ensinei-lhes todo tipo de conhecimento.Eu que vejo e escuto tudo, formei os olhos e os ouvidos,E eu observo todo pensamento, e conheo todas as coisas;Primeiro fico em silncio, e depois reprovo e castigo420Tudo o que os homens fazem em segredo.[E no dia do julgamento virei e falarei Com os homens mortais]Tambm entendo o surdo e escuto o mudo,E qual a altura do firmamento, e o comeoE o final, pois eu criei os cus e a terra.[Porque tudo procede dele, e ele conheceTodas as coisas, do princpio ao final]Porque s existe um Deus, e no existe outro.425Eles engravam a minha imagem na madeiraE a tratam como divina, e modelando-a com suas mosCantam louvores para dolos mudos,Com splicas e ritos prejudiciais.Desprezando o Criador, eles se tornam 430Servos da insolncia. Mas, de frente para ele,Sacrificam suas inteis oferendas,E como se o honrassem, consideram estas coisasMuito teis, enchendo suas festas Com os odores de carnes, como que 435Homenageando seus mortos. Porque eles queimam carnes e ossos em seus altares,Oferecem sacrifcios de sangue para os demnios,E acendem velas para mim, o doador da luz;E os homens me oferecem vinho, com se eu 440Estivesse sedento! Sem proveito nenhum,Ficam bbados com seus deuses inteis.No necessito dos vossos holocaustos e libaes,Ou de fumaa suja, ou do odioso sangue.Porque os homens fazem estas coisas em memria445De reis e tiranos, e de demnios sem vida,Como se fossem celestiais, realizando Rituais mpios e destrutivos. E, mpios,Chamam suas imagens de deuses,Desprezando o criador, e imaginam450Que deles deriva a vida e a esperana,Quando eles so mudos e no podem falar,Tendo f na maldade e ignorantes de todo o bem. Eu mesmo coloquei dois caminhos diante deles,O da vida e o da morte, e os aconselhei,455Para que preferissem uma vida boa, mas elesEscolhem a morte e o fogo eterno. O homem, possuidor de uma razo reta, a minha imagem; prepara-lhe uma mesa puraE sem sangue, com coisas boas, cheia. 460D po para o pobre e gua para o que tem sede,E d vestimentas para o que est nu, Provendo com o trabalho de tuas mos.Levanta o aflito, consola o preocupado,Traz este sacrifcio vivo para o Deus vivo.465Semeia a piedade para que eu Te abenoe com estas coisas; tu ters luz E frutos imortais e vida eterna, quandoEu provar todas as coisas pelo fogo.Porque eu derreterei todas as coisas,470E selecionarei o que for puro.Eu transformarei os cus, e abrireiAs cavernas da terra. E ento eu ressuscitareiOs mortos, e darei um fim morte e ao seu ferro;E depois virei para o julgamento, e julgarei475As vidas dos pios e dos mpios, e colocareiCabrito diante de cabrito, e pastor com pastor,E novilho com novilho, julgando ambos.Todos os que se exaltarem sero Condenados com provas, e os que silenciaram480Os outros, cheios de cime, para que pudessemEscravizar os que obravam bem, ordenandoQue se calassem, por amor ao lucro.E ento os aprovados tero um lugar perto de mim.No mais direis aflitos, esperemos pelo amanh,485Ou ontem j passou, no mais longos dias De cuidados, nem primavera, nem inverno,Nem vero, nem outono, nem o nascer e o pr do sol,Porque eu farei um longo dia, e a luz, a grande eDesejada luz de Jesus Cristo ser para todo o sempre... 490O ingnito, incorruptvel, eterno, que habitaNo cu e mede com seu poder o poderoso trovo,E mantm com firmeza seu estrondoso cetroCom um fogo poderoso, e acalma os assustadoresRudos do trovo; ele abala a terra e controla495Os ventos, e o chicote de fogo do relmpagoEle torna ameno, as vastas tempestades, E o granizo vernal, e as nuvens geladas,E o choque do inverno. Porque estas coisasEsto presentes em tua mente, e fazes com elas500O que te parece melhor, tu que antes da criaoDe alguma criatura, foste com teu Filho comoConselheiro, o formador do homem mortal,E o juiz da vida. A ele te dirigiste, com asPrimeiras doces palavras de uma boca,505E disseste: Faamos o homem nossa imagemE semelhana, e lhe daremos o ar vital,E lhe subordinaremos todas as coisas do mundo,Apesar de ser mortal, e feito do p da terra. Assim falaste para o Verbo, e pela tua mente510Tudo aconteceu, e todos os elementos imediatamenteObedeceram tuas ordens, e uma criatura eternaFoi formada numa imagem mortal;E o cu, o ar, o fogo, a terra, e as ondas do mar,E o sol, a lua, os coros das estrelas, as montanhas515E o dia, a noite, o sono, o amanhecer, o espritoE a emoo, a alma e a inteligncia, a arte,A voz e a fora, e as tribos selvagens dos viventes,E os peixes, pssaros, animais terrestres, anfbios,E criaturas rastejantes, e de dupla natureza;520Porque ele mesmo ordenou todas as coisasPara ti, obedecendo tuas ordens. Mas nos ltimos tempos a terra se transformou,E chegou um humilde, do tero da Virgem Maria;Uma nova luz brilhou, e descendo do cu,525Assumiu uma forma mortal. E primeiroGabriel mostrou sua forte e santa figura,E depois falou com a virgem com uma voz,Porque ele era um mensageiro, e disse:Virgem, recebe a Deus em teu santo seio.530Assim dizendo ele inspirou a graa de DeusSobre a doce donzela, e imediatamente ela ficouAterrorizada e surpresa com o que ouviu,E tremeu, e sua mente concebeu vrios temores,E seu corao deu um salto com as mensagens535Desconhecidas. Mas logo ela se alegrou, e seu coraoFicou feliz com a voz, e a donzela sorriu,E sua jovem face ruborizou-se com contentamento,E ela ficou maravilhada em seu corao,Mas teve confiana, e o Verbo voou para o seu ventre,540E tornou-se carne com o tempo, e assumiuA forma humana, e tornou-se um jovem,Nascido de uma virgem. Isso foi uma grande maravilhaPara a humanidade, mas no foi nada de grandeOu maravilhoso para o Deus Pai e o Deus Filho.545E a terra, contente, recebeu o recm-nascido beb,O trono celestial sorriu, e o mundo exultou.Os reis sbios honraram o aparecimentoDa nova estrela, e o beb recm-nascido foi mostradoNuma manjedoura para os que obedeceram550A Deus, e os pastores de cabras e ovelhasChamaram Belm de a ptria do Verbo.Possuir uma mente humilde, detestar planos vis,Amar ao prximo como a si mesmo,E amar e servir a Deus com toda a alma,555 o sinal de que somos a santa raa de Cristo,E de que possumos todos o mesmo sangue,E o nosso servio alegre, e seguimosOs caminhos da verdade e da piedade.No nos aventuremos nos recessos dos templos,560E no ofereamos libaes para imagens esculpidas,E nem perfumes de flores e oraes, e nem a luzDe velas, ou com presentes votivos os adoremos,Ou com a fumaa de incensos sobre os altares,Nem com o sacrifcio de touros e ovelhas,565Coisas cruis e prejudiciais, para que seu sangueFaa expiao pelos nossos pecados.Nem com a fumaa das piras que consomem a carneE enviam odores ftidos para o cu.Mas com mentes puras e contentes e a alma feliz,570Com amor abundante e mos generosas,Com doces salmos e canes que honram a Deus,Somos obrigados a cantar louvores para ti,O imperecvel e sem engano, grande Pai,De mente compreensiva...