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POR QUE NÃO AVALIAR O LIVRO DIDÁTICO DE DESENHO GEOMÉTRICO? UMA PROPOSTA Elenice de Souza Lodron Zuin 1 PUC Minas O livro-texto transporta, “sob a sua aparente neutralidade, uma concepção de educação.” Parra (1978) Resumo A relevância da geometria e medidas é enfatizada nos PCN de Matemática para o 3 o e 4 o ciclos do Ensino Fundamental, por auxiliarem no desenvolvimento das capacidades cognitivas fundamentais. É proposta a introdução de atividades com régua e compasso. Estudos recentes, realizados no Brasil, concluem que o trabalho com traçados geométricos auxiliam o desenvolvimento do pensamento geométrico. Estes motivos indicam a importância do ensino das construções geométricas e concebemos que um modelo de ficha de avaliação seja relevante para o professor que leciona Desenho Geométrico, bem como para os professores de Matemática que necessitam consultar obras dessa área para preparar suas aulas, nas quais as construções geométricas integrarão as atividades. Nesta comunicação científica apresentaremos o resultado de um projeto que visou desenvolver uma ficha para avaliação de livros didáticos de Desenho Geométrico dedicados ao Ensino Fundamental. 1 Professora do Departamento de Matemática e Estatística, do Instituto de Ciências Humanas e do curso de Especialização em Educação Matemática da PUC Minas – Mestre em Educação pela UFMG – Doutoranda em Educação Matemática pela PUC SP – e-mail: [email protected] Elísia Terezinha Melgaço De Afonsêca, Denise Dos Santos Toledo, Nilza De Souza Santana Oliveira, Poliana Prata Januário, Regiane Aparecida Da Silva

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POR QUE NÃO AVALIAR O LIVRO DIDÁTICO

DE DESENHO GEOMÉTRICO?

UMA PROPOSTA

Elenice de Souza Lodron Zuin1 PUC Minas

O livro-texto transporta, “sob a sua aparente neutralidade, uma concepção de educação.”

Parra (1978)

Resumo

A relevância da geometria e medidas é enfatizada nos PCN de Matemática para o 3o e 4o

ciclos do Ensino Fundamental, por auxiliarem no desenvolvimento das capacidades

cognitivas fundamentais. É proposta a introdução de atividades com régua e compasso.

Estudos recentes, realizados no Brasil, concluem que o trabalho com traçados

geométricos auxiliam o desenvolvimento do pensamento geométrico. Estes motivos

indicam a importância do ensino das construções geométricas e concebemos que um

modelo de ficha de avaliação seja relevante para o professor que leciona Desenho

Geométrico, bem como para os professores de Matemática que necessitam consultar

obras dessa área para preparar suas aulas, nas quais as construções geométricas

integrarão as atividades.

Nesta comunicação científica apresentaremos o resultado de um projeto que visou

desenvolver uma ficha para avaliação de livros didáticos de Desenho Geométrico

dedicados ao Ensino Fundamental.

1 Professora do Departamento de Matemática e Estatística, do Instituto de Ciências Humanas e do curso de Especialização em Educação Matemática da PUC Minas – Mestre em Educação pela UFMG – Doutoranda em Educação Matemática pela PUC SP – e-mail: [email protected] Elísia Terezinha Melgaço De Afonsêca, Denise Dos Santos Toledo, Nilza De Souza Santana Oliveira, Poliana Prata Januário, Regiane Aparecida Da Silva

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Introdução

Atualmente, em nosso país, a avaliação de livros didáticos é realizada pelo

Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e pela Comissão Nacional do Livro

Didático (CNLD)2. O PNLD foi implementado pelo Ministério da Educação, sendo

instituído pelo decreto n.º 91.542, de 19 de agosto de 1985.

Verificamos que, no Brasil, existem trabalhos e debates que privilegiam o livro

didático, enfocando questões referentes ao seu conteúdo e/ou metodologia. Mas, em

relação ao Desenho Geométrico a produção é muito restrita. Estes dados foram obtidos

através de uma revisão bibliográfica, revelando a escassez de trabalhos que tenham

como objeto de pesquisa a análise de livros didáticos de Desenho Geométrico.

Tratando também dos textos didáticos, os poucos trabalhos referentes ao ensino

do Desenho Geométrico (Zuin, 2000a; Zuin, 2000b; Zuin, 2001a; Zuin, 2002a), não

estabelecem critérios de análise de livros didáticos dessa área, seguindo as diretrizes das

avaliações do MEC. Outros estudos (Nascimento, 1994; Dias, 1998) tratam do ensino

do Desenho Geométrico sem, contudo, se fixarem na análise de textos didáticos.

Entendemos que pelo fato de o Desenho Geométrico não ser uma disciplina em

muitas escolas, não há uma preocupação por parte dos poderes públicos e de

pesquisadores em construir instrumentos para a avaliação dos livros didáticos desta

área. No entanto, existem várias coleções de livros didáticos de Desenho Geométrico e

os professores, em geral, não possuem nenhum critério ou ficha desenvolvidos para

efetuar uma análise mais criteriosa dos textos que adotam.

Estudos realizados por Zuin (2001a, 2001b, 2002a) indicam que o ensino das

construções geométricas continuou presente em algumas escolas do Ensino

Fundamental, seja incluído nas aulas de Educação Artística seja nas aulas Desenho

Geométrico, que foi mantido na grade curricular após a LDB 5692/71.3 Outro dado

2 A CNDL foi implantada em 1938 pelo Decreto-lei n. 1006, no período que Gustavo Capanema foi Ministro da Educação e da Saúde, no governo do presidente Getúlio Vargas. (Soares, 2003) 3 A partir de 1971, após a promulgação da LDB 5692, diversas escolas excluíram o Desenho Geométrico das suas grades curriculares, porque, de acordo com a Lei, esta não seria mais uma disciplina obrigatória, fazendo parte apenas da parte diversificada do currículo, tendo a escola a opção de mantê-la ou não. No entanto, a Educação Artística era obrigatória em todas as séries de 1o e 2o graus (atualmente, Ensino Fundamental e Médio, respectivamente). Deste modo, muitas escolas optaram por excluir o Desenho Geométrico em favor de um espaço para a Educação Artística. Zuin (2001a) verificou que em muitas escolas o ensino das construções geométricas tinha prestígio. Dentre estas instituições, algumas optaram por manter o Desenho Geométrico como uma disciplina autônoma no currículo, outras optaram por incluir as construções geométricas nas aulas de Educação Artísticas. Importante destacar que muitas coleções de Educação Artística se dedicavam exclusivamente às construções geométricas, levando Zuin

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importante destacado por Zuin (2001a) é em relação à publicação dos livros didáticos

de Desenho Geométrico, que decaíram a partir de 1971, mas novas coleções foram

editadas na década de 80, com a finalidade lógica de atender a um mercado existente no

país.4 Quase todas as coleções lançadas nessa época continuam sendo editadas, embora

tenham tido reformulações no seu layout, metodologia e conteúdo, demonstrando a

valorização dessa área do conhecimento para um número significativo de escolas.

A importância do estudo da geometria e medidas é enfatizada nos PCN de

Matemática, por auxiliarem no desenvolvimento das capacidades cognitivas

fundamentais. Para o 3o e 4o ciclos do Ensino Fundamental, é indicado que se

introduzam “situações em que sejam necessárias algumas construções geométricas com

régua e compasso, como visualização e aplicação de propriedades das figuras, além da

construção de outras relações.” Reforçam essas afirmações algumas pesquisas recentes

realizadas no Brasil (Liblik & Pinheiro, 1998; Dias, 1998; Peres & Zuin, 2001), as

quais concluem que o trabalho com construções geométricas auxiliam o

desenvolvimento do pensamento geométrico. Deste modo, verificamos a importância do

ensino das construções geométricas e concebemos que um modelo de ficha de avaliação

seja relevante para o professor que leciona Desenho Geométrico, bem como para os

professores de Matemática que necessitam consultar obras dessa área para preparar suas

aulas, nas quais a régua e o compasso integrarão as atividades. Essa é uma necessidade

dos professores dessa área, principalmente, para aqueles que não cursaram a disciplina

Desenho Geométrico no Ensino Básico e/ou na licenciatura e se deparam com livros

didáticos de Matemática trazendo traçados geométricos, atendendo as propostas dos

PCN de Matemática. (Zuin, 2003)

No Brasil, o livro didático ainda é o principal elemento de apoio do professor

(Pereira, 1995; Bittencourt, 1993) e, por isso mesmo, é necessário que a escolha do

texto didático seja realizada de maneira criteriosa. Albuquerque (1976) indicava que os

(2001a, 2002a) a concluir que o Desenho Geométrico estava “escondido” sob o termo “Educação Artística”. 4 Entre os as coleções lançadas na década de 80, que continuam sendo editadas até hoje, temos: Desenho geométrico de José Ruy Giovani e outros – FTD; Desenho geométrico, de Elizabeth Teixeira Lopes e Cecília Fujiko Kanegae – Scipione; Desenho geométrico, de Isaías Marchesi Júnior, Ática. Na década de 90 a editora Scipione lançou a coleção Geometria e Desenho Geométrico de José Carlos Putnoki, que tinha como finalidade integrar a geometria e as construções geométricas, rompendo com a tradição que foi imposta deste meados do século XIX, quando os traçados geométricos foram isolados da sua matriz, a geometria euclidiana [para mais detalhes ver: ZUIN, Elenice de Souza Lodron. Da régua e do compasso: as construções geométricas como um saber escolar no Brasil. 2001. 211 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.]

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professores tinham dificuldades para selecionar os livros didáticos. Parece-nos que,

hoje, após três décadas esta situação ainda é uma realidade.

O projeto

Uma ficha de avaliação de livros didáticos de Desenho Geométrico para o Ensino

Fundamental foi um dos objetivos de um projeto desenvolvido durante onze meses em

2002/2003, aprovado pela Coordenação de Pesquisa da PUC Minas.

Partimos da hipótese que os professores, em geral, não tinham critérios “técnicos”

para avaliar o livro didático, apesar da divulgação do PNLD – Plano Nacional do Livro

Didático e já existirem critérios de avaliação desenvolvidos pela Secretaria de Educação

do Estado de Minas Gerais. Esta hipótese foi confirmada através de investigações por

nós realizadas, em 2002 e 2003, com grupos de docentes de Matemática e Desenho

Geométrico, comprovando que os mesmos tinham pouco ou nenhum conhecimento das

fichas de avaliação oficiais do MEC e da SEE-MG e que não estabeleciam critérios

rigorosos para escolher um livro didático para o seu trabalho docente.

Sabemos que os PCNs não estabelecem uma proposta única e fechada para todo o

país. Estados e Municípios devem tê-la como um ponto de partida para planejar suas

diretrizes educacionais. Por isso mesmo, tomamos os PCN de Matemática para o 3o 3 4o

ciclos do Ensino Fundamental, os documentos da SEE-MG e os critérios de avaliação

dos livros didáticos de Matemática propostos pelo PNLD como material de apoio para a

elaboração dos critérios para avaliação de didáticos de Desenho Geométrico.

Verificamos que dentre os objetivos do ensino da Matemática, propostos pelo

MEC, vários se interceptam com os conteúdos de Desenho Geométrico, segundo a

nossa concepção. Destacamos, a seguir aqueles que julgamos serem essenciais,

propiciando que alunos do Ensino Fundamental desenvolvam competências e

habilidades como:

– planejar ações e proje tar soluções para problemas novos , que exigem in icia t iva e cr ia t iv idade;

– compreender e transmit ir idéias matemáticas , por escri to ou oralmente , desenvolvendo a capacidade de argumentação;

– usar independentemente o raciocínio matemático, para a compreensão do mundo que nos cerca;

– in terpretar matematicamente s i tuações do dia-a-dia ou o re lacionamento com outras c iências;

– aval iar se resul tados obt idos na solução de s i tuações-problema são ou não razoáveis;

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– saber ut i l i zar os concei tos fundamentais de medidas em s i tuações concretas;

– reconhecer regularidades e conhecer as propriedades das f iguras geométr icas planas e sól idas , re lacionando-as com os obje tos de uso comum, desenvolvendo progress ivamente o pensamento geométr ico;

– saber representar e in terpretar dados em gráf icos não cartes ianos .

Fundamentando-nos nas orientações contidas no documento de avaliação dos

livros didáticos do Ensino Fundamental da Secretaria de Estado da Educação de Minas

Gerais, concordamos que as principais características a serem analisadas são: a

legibilidade gráfica; os valores e as atitudes veiculados no texto; a adequação ao perfil

do leitor; a adequação das abordagens usadas pelo autor e as referências e fontes

utilizadas. Sendo que as mesmas devem ser observadas na apresentação do livro, no

texto propriamente dito, nas ilustrações e nas atividades propostas.

O Guia de Livros didáticos de Matemática (2002) destaca que “o livro didático

tem de expor e formular corretamente conceitos, procedimentos e algoritmos” e “o

Livro do Aluno deve apresentar e desenvolver os conteúdos clara e corretamente,

adequando a exposição dos conceitos ao nível cognitivo e às experiências de vida dos

alunos, tendo o cuidado de aprofundar gradativamente os conceitos, procurando integrá-

los, e evitando as confusões conceituais, as contradições e a indução ao erro.” Estes são

aspectos fundamentais mas não suficientes para que uma obra seja adequada para

qualquer aluno, respeitadas as diferenças regionais e geográficas.

Tivemos, como ponto de partida, os documentos publicados pelo MEC, referentes

às avaliações de livros didáticos, fazendo uma análise dos mesmos. Após essa análise,

de acordo com o nosso objeto de pesquisa, foram elaborados os critérios para a

avaliação dos textos didáticos, que foram sendo reestruturados, ao longo de quatro

meses, nos quais as pesquisadoras, juntamente com os estagiários, analisaram algumas

coleções de livros didáticos de Desenho Geométrico.

Foram realizadas entrevistas com professores de Desenho Geométrico e/ou Artes

das redes pública e privada, para diagnosticar as suas concepções em relação à análise e

escolha de livros didáticos para as suas disciplinas. Nestas entrevistas procuramos

verificar se os professores tinham algum critério para proceder a escolha do livro

didático adotado. Professores de Artes também foram entrevistados porque, em algumas

escolas, encontramos docentes desta área que trabalham com as construções

geométricas com régua e compasso nas suas aulas.

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Posteriormente, as nossas fichas de avaliação de livros didáticos de Desenho

Geométrico foram analisadas pelos professores que emitiram o seu parecer sobre as

mesmas.

As entrevistas, semi-estruturadas, foram gravadas e transcritas, permitindo uma

posterior avaliação do material para uma análise qualitativa conjunta da equipe, tendo

como suporte a bibliografia utilizada.

Resultados

Nenhum dos professores participantes da investigação demonstrou conhecimentos

efetivos dos critérios de avaliação já divulgados pelo MEC e pela SEE-MG.

A ficha elaborada foi bem recebida e bem avaliada e verificamos que alguns dos

professores se mostraram surpresos com determinados critérios, os quais nunca haviam

utilizado para a escolha de um livro didático.

Construímos uma ficha de avaliação, que está aberta, isto é, pode ser modificada

pela equipe do projeto em função de outros pontos que sejam considerados relevantes.

(Zuin & (Zuin & Afonsêca, 2003). A mesma passa a ser utilizada na disciplina Estágio

Supervisionado e Prática de Ensino de Desenho Geométrico, do curso de Licenciatura

em Matemática da PUC Minas, a partir do primeiro semestre de 2004.

Ficha de avaliação de Livros Didáticos de Desenho Geométrico para o Ensino

Fundamental

Para a ficha de avaliação por nós desenvolvida não concebemos uma pontuação

dos itens no aspecto quantitativo. Entendemos que a avaliação é muito pessoal e deve

ser analisada sobre um prisma qualitativo. A análise deve ser feita considerando-se o

conjunto dos aspectos observados, alguns serão mais relevantes que outros de acordo

com a proposta da escola e as metas a serem alcançadas, cabe aos professores

verificarem quais são os mais importantes.

A ficha foi estruturada contemplando os seguintes itens:

a estrutura editorial (texto, legilibilidade, qualidade visual, ilustrações, estrutura física); aspectos teórico-conceituais (gerais, formação de conceitos e desenvolvimento de habilidades e atitudes); aspectos metodológicos;

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– – –

atividades propostas; formação de valores; manual do professor.

Os cinco primeiros itens são referentes ao livro-texto ou ao livro do aluno. Estes

itens também constam das fichas de avaliação de livros didáticos do PNLD.

O Guia de Avaliação de Livros Didáticos do PNLD 2002 – Matemática, reforça

que a análise dos aspectos pedagógico-metodológicos concentra-se

“no desenvolvimento e comunicação de idéias visando à formação dos conceitos, no desenvolvimento de habilidades variadas, na construção da linguagem, nas atividades e nas práticas propostas. Leva também em conta a coerência entre os objetivos educacionais gerais e da área e destes com a proposta teórico-metodológica do autor, bem como entre esta e o texto do Livro do Aluno”.

Nenhum dos professores entrevistados, a princípio, não consideraram o

desenvolvimento de habilidades variadas como um dos critérios para se avaliar o livro-

texto.

Quanto ao Manual do Professor, na Introdução do Guia para escolha dos livros

didáticos de 5a a 8a séries (PNLD/2002), destaca-se a importância fundamental de que

“o livro didático venha acompanhado de orientações ao professor, que explicitem os pressupostos teóricos, os quais, por sua vez, deverão ser coerentes com a apresentação dos conteúdos e as atividades propostas no Livro do Aluno. O Manual do Professor não deve ser uma cópia do Livro do Aluno com os exercícios resolvidos. É necessário que ofereça orientação teórica, informações adicionais ao Livro do Aluno, bibliografia, sugestões de leitura, filmes, vídeos, e outras fontes e/ou materiais que contribuam para a formação e atualização do professor. É importante que oriente o professor para a articulação entre os conteúdos do livro e desses com outras áreas do conhecimento, trazendo, ainda, proposta e discussão sobre a avaliação da aprendizagem. É desejável, também, que apresente sugestões de atividade e de leitura para os alunos.” (p. 11)

Nós também entendemos que o Manual do Professor não deve ser a cópia do

livro-texto, sendo acrescentadas as respostas e resoluções dos exercícios; mas deve

conter orientações para o docente e complementar o livro do aluno. Por isso, também

deve ser avaliado, uma vez que o mesmo se constitui em um instrumento importante

para a prática docente.

Na ficha apresentada a seguir, a cada conjunto de itens, foi deixado um espaço

para comentários e observações da obra analisada objetivando auxiliar o professor,

posteriormente, lembrando-lhe de alguns detalhes que julga importantes. As linhas em

branco são propositais, com o objetivo de que o professor possa acrescentar algum item

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que julgue pertinente para a(s) obra(s) que estiver avaliando. Neste caso, podem

comparecer critérios que estejam pautados no projeto pedagógico da escola.

_____________________________________________________

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA Título do Projeto: ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS DE DESENHO GEOMÉTRICO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL Coordenadora: ELENICE DE SOUZA LODRON ZUIN

Pesquisadora: ELÍSIA TEREZINHA MELGAÇO DE AFONSÊCA

FICHA DE AVALIAÇÃO

DE LIVROS DIDÁTICOS DE DESENHO GEOMÉTRICO PARA O ENSINO FUNDAMETAL LIVRO/Título/Volume: AUTOR(es): DADOS DA EDITORA: ANO DE PUBLICAÇÃO/EDIÇÃO: I – LIVRO DO ALUNO 1. ESTRUTURA EDITORIAL SIM NÃO ÀS VEZES PARCIALMENTE 1. 1 Parte textual 1.1.1. Texto principal impresso em preto 1.1.2. Estrutura hierarquizada (títulos, subtítulos) evidenciada por meio de recursos gráficos

1.1.3. Impressão isenta de erros 1. 2 Legibilidade 1.2.1. Adequação do tamanho e desenho das letras 1.2.2. Adequação do espaço entre letras, palavras e linhas 1.2.3. A impressão permite nitidez da leitura no verso 1. 3 Qualidade Visual 1.3.1. Textos e ilustrações distribuídos nas páginas de forma adequada e equilibrada

1.3.2. Textos mais longos apresentados de forma a não desencorajar a leitura(como recursos de descanso visual)

1. 4 Ilustrações 1.4.1. Isentas de estereótipos 1.4.2. Isentas de preconceitos (origem, cor, etnia, gênero, linguagem, religião, condição econômico-social ou outras)

1.4.3. Adequadas à finalidade para as quais foram elaboradas 1.4.4. Que auxiliam a compreensão 1.4.5. Que enriquecem a leitura dos textos 1.4.6. Que recorrem a diferentes linguagens visuais 1.4.7. Que não identificam marcas registradas ou logotipos 1.4.8. Que se justificam como elemento didático-pedagógico 1. 5 Estrutura Física 1.5.1. O tamanho do livro favorece o seu manuseio pelo aluno 1.5.2. O tipo de encadernação favorece uma longa durabilidade do livro

1.5.3. Apresenta cheiro desagradável 1.5.4. A capa é resistente 1.5.5. O papel utilizado é de boa qualidade 1.5.6. O LD apresenta estética agradável

1.6 Identificação 1.6.1. Apresenta ficha catalográfica 1.6.2. Apresenta titulação dos autores 1.6.3. Apresenta a atuação profissional dos autores OBSERVAÇÕES:

2. ASPECTOS TEÓRICO - CONCEITUAIS SIM NÃO ÀS VEZES PARCIALMENTE 2.0. Gerais

2.0.1. Há correção nos conceitos 2.0.2. Sem confusão conceitual 2.0.3. Sem contradição nos conceitos 2.0.4. São corretos os passos das construções nos traçados geométricos

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2.0.5. A linguagem é simples e clara (adequada ao nível de ensino proposto)

2.0.6. Estabelece relações com a álgebra 2.0.7.. Estabelece relações claras com a geometria 2.0.8. Explora distinções entre os significados usual e geométrico de um mesmo termo

OBSERVAÇÕES 2 . 1 Formação de conceitos e desenvolvimento de habilidades e atitudes

SIM NÃO ÀS VEZES PARCIALMENTE

2.1.1. O LD contribui para a compreensão e atribuição de significados às noções, procedimentos e conceitos geométricos

2.1.2. O LD está adequado ao desenvolvimento cognitivo do educando 2.1.3. O LD valoriza o papel do educando na construção de significados

2.1.4. O LD estimula o uso de diferentes modos de representação, tais como linguagem oral e escrita, desenhos, esquemas

2.1.5. O LD estimula a construção progressiva de uma linguagem geométrica significativa

2.1.6. O LD estimula a construção progressiva da idéia de inferência em Desenho Geométrico

2.1.7. O LD estimula a manipulação de material concreto para a (re)descoberta de conceitos

2.1.8. O LD estimula e orienta para atividades que conduzam/possibilitem o aluno fazer conjecturas

2.1.9. O LD apresenta problemas que não tenham solução ou tenham mais de uma solução

2.1.10. O LD apresenta e/ou estimula que aluno desenvolva estratégias distintas para a resolução de problemas

2.1.11. O LD apresenta e/ou estimula resoluções aritméticas ou algébricas juntamente com a resolução geométrica

2.1.12. O LD favorece o desenvolvimento da capacidade do aluno para • Chegar à(s) resposta(s) mentalmente • Estabelecer relações • Formular e resolver problemas • Observar regularidades e generalizar

2.1.13. O LD estimula o desenvolvimento da capacidade de analisar, argumentar, de tomar decisões e criticar

OBSERVAÇÕES 3. ASPECTOS METODOLÓGICOS SIM NÃO ÀS VEZES PARCIALMENTE 3.1. O texto apresenta explicação dos símbolos e termos específicos 3.2. O tamanho das figuras facilitam o entendimento pelo aluno 3.3. Usa cores para favorecer a compreensão 3.4. Instrumentaliza o uso das ferramentas de construção (régua, compasso, etc.)

3.5. Permite estabelecer relações entre teoria e realidade 3.6. Há graduação de dificuldades 3.7. Há seqüência na apresentação dos temas 3.8. São estabelecidas relações com a álgebra 3.9. Existem justificativas para as construções geométricas 3.10. São citados teoremas 3.11. As construções geométricas são expostas apoiando-se na teoria da geometria

3.12. Permite integração com outras disciplinas 3.13. O LD apresenta abordagens históricas 3.14. O LD complementa e aprofunda os conhecimentos de grandezas e de medidas

3.15. O LD sugere o uso do computador, provocando exercício de análise e reflexão

3.16. O LD traz exercícios resolvidos com a explicação de todos os passos

3.17. O LD apresenta glossário sobre os termos usados com seu significado

3.18. O LD apresenta questões abertas e desafios, incluindo problemas cuja solução necessite da seleção e interpretação de dados

3.19. O LD possibilita o desenvolvimento do raciocínio geométrico e habilidades para identificar, caracterizar e classificar formas planas

3.20. O LD apresenta Bibliografia e Referências Bibliográficas

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OBSERVAÇÕES 4 . ATIVIDADES PROPOSTAS SIM NÃO ÀS VEZES PARCIALMENTE 4.1. São adequadas aos objetivos pretendidos pelo autor 4.2. Incentivam o trabalho em equipe, exigindo diferentes agrupamentos dos alunos (duplas, grupos), propiciando a convivência, cooperação, respeito e tolerância

4.3. Estimulam a prática da observação, investigação, análise, síntese e generalização

4.4. Estimulam e propiciam a auto-avaliação e autocrítica pelos alunos 4.5. Propõem interações entre teoria, prática e o cotidiano 4.6. Estimulam a validação pelos alunos dos seus resultados e processos

4.7. As respostas apresentadas para as atividades propostas aos alunos são corretas

4.8. Desenvolve estratégias que favorecem a: • Compreensão • Memorização • Análise • Síntese • Formulação de hipóteses

4.9. Favorecem o estabelecimento de relações com outras áreas do conhecimento

OBSERVAÇÕES

5 . FORMAÇÃO DE VALORES SIM NÃO ÀS VEZES PARCIALMENTE Construção da cidadania 5.1. O livro veicula preconceitos que levem a discriminações de qualquer tipo

5.2. Ocorrem, no livro, propaganda ou doutrinação religiosas ou ideológicas

5.3. Há evidências de contribuições próprias do Desenho Geométrico, referentes aos conceitos, habilidades e atitudes, na construção da cidadania

OBSERVAÇÕES II. MANUAL DO PROFESSOR SIM NÃO ÀS VEZES PARCIALMENTE 1. Explicita os pressupostos teóricos e objetivos que nortearam a elaboração da obra

2. Há coerência entre os pressupostos teóricos explicitados e o livro didático

3. Contribui para a formação e atualização do professor 4. A linguagem é clara 5. Oferece informações adicionas ao livro do aluno 6. Sugere outras atividades, além das contidas no livro do aluno 7. Apresenta a bibliografia utilizada pelo autor 8. Sugere leituras complementares para o professor 9. Sugere leituras complementares para o aluno 10. Sugere filmes, vídeos para o professor 11. Sugere filmes, vídeos para o aluno 12. Sugere ou incentiva a valorização da experiência de vida dos alunos 13. Orienta o professor quanto ao processo de avaliação e apresenta sugestões adequadas

14. Apresenta a resolução de atividades propostas 15. Há sugestão e orientação para construção de material didático 16. Há sugestões e orientações do uso da tecnologia, para uso de softwares na área de Geometria

17. Contribui de forma efetiva para uma melhor utilização do LD

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OBSERVAÇÕES PARECER CONCLUSIVO SOBRE O LIVRO DIDÁTICO ANALISADO * É permitida a reprodução desta ficha de avaliação para fins pedagógicos, desde que seja citada a autoria, fonte e que a mesma foi desenvolvida a partir da ficha proposta para avaliação de livros didáticos de Matemática de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental, segundo o Guia de avaliação de livros didáticos de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental – PNDL/ 2002;

À guisa de considerações finais

É notório que na área da Matemática escolar ou do Desenho Geométrico,

professores e alunos necessitam de um texto escrito. Em nosso país, esse recurso se

concentra nos livros didáticos, já que materiais para o ensino/aprendizagem nessas áreas

são muito restritos. Daí a relevância de se analisar os didáticos com critério e seriedade

para que o corpo docente e o corpo discente possam se pautar em um material que

contribua para um ensino e aprendizagem efetivos.

É necessário destacar, igualmente, que concordamos com a proposta do MEC de

que seleção dos livros didáticos seja uma indicação coletiva por parte dos professores. É

de grande importância que esta escolha seja referendada pelo grupo de professores que

utilizará o livro, ou a coleção. O que o professor deve sempre ter como referencial é que

o livro didático escolhido possa servir a ele e a outros professores. Isto só será possível

a partir de uma discussão que tenha por base o projeto pedagógico da escola e que

suponha um trabalho coletivo. No entanto, em relação ao Desenho Geométrico, se esta

é uma matéria autônoma no currículo escolar, muitas vezes, apenas um professor é

responsável por ministrar a disciplina, não existindo um grupo de docentes para

proceder a seleção da obra a ser adotada. Entendemos que seria válido, nestes casos, que

o professor de Desenho Geométrico, contasse com o auxílio dos professores de

Matemática e que houvesse um trabalho integrado entre as duas disciplinas durante o

ano letivo. Lembramos que é necessário ter sempre em vista o projeto pedagógico da

escola.

Não pretendemos exibir uma ficha pronta e acabada, mas um modelo para a

avaliação de livros didáticos de Desenho Geométrico. Ressaltamos que a ficha

apresentada é apenas uma proposta, um modelo que tem o objetivo de orientar e auxiliar

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os professores no processo de escolha de um didático de Desenho Geométrico. Muitos

dos critérios são os mesmos adotados pelo PNLD, por os consideramos válidos e porque

atendem as propostas dos PCN de Matemática.

Esperamos que este artigo possa contribuir para que avancem os debates em torno

da avaliação dos livros didáticos, em geral, e dos livros de Desenho Geométrico, em

particular.

Palavras-chave: Livros didáticos – Desenho Geométrico – Ficha de avaliação

Referências Bibliográficas:

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