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1 Parte I Habilitação técnica em

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InformticaHabilitao tcnica em

1

Sistemas Operacionais e Softwares AplicativosParte I

InformticaVolume 1

InformticaSistemas operacionais e softwares aplicativosParte ILuciene Cavalcanti Rodrigues Joo Paulo Lemos Escola

So Paulo 2010

Presidente Paulo Markun Vice-Presidente Fernando Jos de Almeida

GoVERnADoR Jos Serra VICE-GoVERnADoR Alberto Goldman SECRETRIo DE DESEnVolVIMEnTo Geraldo Alckmin

ncleo Cultura Educao Coordenador : Fernando Jos de Almeida Gerente: Monica Gardelli Franco Equipe de autoria Centro Paula Souza Coordenao geral: Ivone Marchi Lainetti Ramos Coordenao da srie Informtica : Luis EduardoFernandes GonzalezAutores: Carlos Eduardo Ribeiro, Evaldo Fernandes

Edio de texto: Marlene Jaggi Editores assistentes: Celia Demarchi

Ru Jnior, Gustavo Dibbern Piva, Joo Paulo Lemos Escola, Luciene Cavalcanti Rodrigues, Ralfe Della Croce Filho, Wilson Jos de Oliveira Reviso tcnica : Anderson Wilker Sanfins, Luis Claudinei de Moraes, Humberto Celeste Innarelli, Srgio Furgeri

Equipe de EdioCoordenao geral

Alfredo NastariCoordenao editorial

e Wagner Donizeti Roque Secretrio editorial: Antonio Mello Revisores: Antonio Carlos Marques, Fabiana Lopes Bernardino, Jos Batista de Carvalho, Lieka Felso e Miguel Facchini Direo de arte: Deise Bitinas Edio de arte: Ana Onofri Editoras assistentes: Nane Carvalho, Nicia Cecilia Lombardi e Roberta Moreira Assistentes: Ana Silvia Carvalho, Claudia Camargo e Felipe Lamas Ilustraes: Carlos Grillo Pesquisa iconogrfica : Completo Iconografia, Maria Magalhes e Priscila Garofalo Fotografia : Carlos Piratininga, Eduardo Pozella (fotgrafos) e Daniela Mller (produtora) Tratamento de imagens: Sidnei Testa Impresso em Vitopaper 76g, papel sinttico de plstico reciclado, da Vitopel, pela Grfica Ideal.

Presidente do Conselho Deliberativo Yolanda Silvestre Diretora Superintendente Laura Lagan Vice-Diretor Superintendente Csar Silva Chefe de Gabinete da Superintendncia Elenice Belmonte R. de Castro Coordenadora da Ps-Graduao, Extenso e Pesquisa Helena Gemignani Peterossi Coordenador do Ensino Superior de Graduao Angelo Luiz Cortelazzo Coordenador de Ensino Mdio e Tcnico Almrio Melquades de Arajo Coordenador de Formao Inicial e Educao Continuada Celso Antonio Gaiote Coordenador de Infraestrutura Rubens Goldman Coordenador de Gesto Administrativa e Financeira Armando Natal Maurcio Coordenador de Recursos Humanos Elio Loureno Bolzani Assessora de Avaliao Institucional Roberta Froncillo Assessora de Comunicao Gleise Santa Clara Procurador Jurdico Chefe Benedito Librio Bergamo

Mirian IbaezConsultor tcnico

Victor Emmanuel J. S. Vicente

Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Bibliotecria Silvia Marques CRB 8/7377) R696 Rodrigues, Luciene Cavalcanti Informtica, sistemas operacionais e softwares aplicativos / Luciene Cavalcanti Rodrigues, Joo Paulo Lemos Escola ; revisor Luis Claudinei de Moraes ; coordenador Luis Eduardo Fernandes Gonzalez. -- So Paulo : Fundao Padre Anchieta, 2010 (Manual de Informtica Centro Paula Souza, v. 1) ISBN 978-85-61143-46-6 1. Sistemas operacionais (Computadores) 2. Softwares de aplicao I. Escola, Joo Paulo Lemos II. Moraes, Luis Claudinei de, revisor III. Gonzalez, Luis Eduardo Fernandes, coord. IV. Ttulo. CDD 005.43

APRESEnTAoEste volume de Informtica o primeiro de uma coleo elaborada especialmente pelo Centro Paula Souza e pela Fundao Padre Anchieta para levar aos alunos das Escolas Tcnicas estaduais (Etecs) material didtico padronizado, gratuito e de qualidade. Os livros sero utilizados como pesquisa e apoio ao conhecimento terico adquirido em sala de aula, graas linguagem atraente e inovadora. mais uma ferramenta aliada preocupao do Governo do Estado com a qualidade do ensino pblico profissional. Disponvel em formato de pencard, esta publicao ganhar agilidade na atualizao de seu contedo, sempre que se fizer necessrio, o que possibilitar ao aluno consultar informaes atualizadas em consonncia com as novas tecnologias. Elaborado a partir de contedo preparado por professores do Centro Paula Souza, o material tambm facilitar aos alunos avaliar suas competncias profissionais exigidas pelo mercado de trabalho. A existncia de um material didtico unificado, capaz de traduzir a excelncia do nvel de ensino da instituio, contribuir para elevarmos ainda mais a qualidade do ensino oferecido pelo Centro Paula Souza. Que essa srie proporcione a busca constante e a atualizao do conhecimento de nossos alunos e estimule os professores ao aperfeioamento constante. LauRa Lagan Diretora Superintendente do Centro Paula Souza

PAlAVRA Do GoVERnADoRSo Paulo est promovendo uma ampliao muito grande na rea do Ensino Tcnico e Tecnolgico. Em apenas quatro anos, a rede estadual de Faculdades de Tecnologia Fatecs vai dobrar de tamanho, e o nmero de Escolas Tcnicas estaduais Etecs vai mais do que dobrar no mesmo perodo. O nmero de vagas passar de 170 mil at o final de 2010. So escolas e faculdades tcnicas e tecnolgicas cujos cursos so ajustados s demandas locais, abrindo imensas oportunidades de bons empregos para nossos jovens e impulsionando o desenvolvimento da nossa economia. um trabalho que ganha agora um reforo expressivo por meio da parceria com a Fundao Padre Anchieta para produzir esse material didtico. Bom trabalho. JOS SERRa governador do Estado de So Paulo

Sumrio26 Admirvel mundo novo 37 Captulo 1 Arquitetura geral de computadores1.1. O que um sistema operacional 1.2.1. Processador..................... ........

3.4. Software livre

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 .............................. ............................

3.4.1. Interfaces grficas

63 65

InformticaHabilitao tcnica em

Parte I Captulos 1 a 9

3.4.2. Distribuies Linux

1

Sistemas Operacionais e Softwares AplicativosParte I

39 39 40 42

1.2. Conceitos aplicados a sistemas operacionais

....................................

67 Captulo 4 Instalao e configurao do sistema operacional4.1. ubuntu Live-CD......................................

Capa: Fernanda Vendramel Ferreira Francisco, aluna da Etec do Centro Paula Souza. Foto: Eduardo Pozella Edio: Deise Bitinas

1.2.2. Memria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 1.2.3. Estrutura de armazenamento.................

68

4.1.1. Como utilizar um sistema operacional sem instal-lo no PC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 4.1.2. Vantagens e desvantagens de um Live-CD....

1.2.4. Dispositivos de entrada e sada . . . . . . . . . . . . . . . . 43

70

45 Captulo 2 Introduo a sistemas operacionais2.1. Tipos................................................. ........................ .........................

4.1.3. Instalao do Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 4.1.3.1. Inicializao do assistente 46 47 48 50 52 52 de instalao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 4.1.3.2. Em um PC com Windows. . . . . . . . . . . . . 71

2.1.1. Prprios para desktops 2.1.2. usados em servidores 2.2. Estrutura

4.1.3.3. Em um PC novo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 4.2. Instalao do Windows Vista Business . . . . . . . . . . . . . . . 78 4.2.1. Acessando o site do projeto MSDNAA . . . . . . . 78 4.2.2. Gravar uma imagem de CD ou DVD em uma mdia.................................. .................

..............................................

2.2.1. Ncleo (Kernel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 2.2.2. Modos de acesso.............................. ............................

2.2.3. Processos e threads

82 82 83

4.2.3. Backup dos dados do usurio

55 Captulo 3 Introduo a servios do sistema operacional3.1. Linux.........................................

4.2.4. Opes para cpia de arquivos, antes de formatar..............................

58

4.2.5. Instalao do sistema operacional Windows Vista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 4.2.6. Configuraes iniciais (ps-formatao)......

3.2. Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 3.3. Mac OS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

94

Sumrio4.2.7. Instalao do drive do dispositivo 4.2.8. Instalao de um antivrus 4.2.9. Atualizaes automticas.............

96 97 102

5.1.6. Gerenciador de processos no Linux (ps e top)............................

.....................

129

.....................

5.1.7. Msconfig (Windows) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 5.1.8. Regedit (Windows) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 5.1.9. Scripts de inicializao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 5.2. Gerenciador de servios (Windows e Linux) . . . . . . . 132 5.2.1. O que um servio...........................

4.2.10. Reparo na instalao do Windows Vista . . . . 103 4.2.11. Reinstalando o Windows Vista . . . . . . . . . . . . . . . 107 4.3. Configurao de dispositivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 4.3.1. Painel de controle do Windows . . . . . . . . . . . . . . . 109 4.3.2. Centro de controle do ubuntu . . . . . . . . . . . . . . . 115 4.3.3. Gerenciador de dispositivos.................. ............

132

5.2.2. No Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 5.2.3. No Linux. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134

116 116

4.3.4. Configurao de teclado e mouse

4.3.5. Configurao de idioma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 4.3.6. Configurao de monitor e resoluo de tela 119 4.3.7. Configurao de impressoras . . . . . . . . . . . . . . . . . 120

137 Captulo 6 Estrutura geral de compiladores 143 Captulo 7 Gerenciamento de arquivos e memrias7.1. Estrutura de diretrios do Windows . . . . . . . . . . . . . . . . 144 7.2. Estrutura de diretrios do Linux 7.3.1 Introduo....................

123 Captulo 5 Gerenciamento dos recursos do sistema operacional5.1. Gerenciador de Tarefas (Windows e Linux) . . . . . . . . . 124 5.1.1. Introduo a processos do sistema operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 5.1.2. Conceitos de tarefas e multitarefas . . . . . . . . . . . 125 5.1.3. Gerenciador de tarefas do Windowso ce o ss........

145 146 149

7.3. Prompt de comandos do Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146..................................... .............................

M em a ri ca si F

7.3.2 Comandos bsicos

7.3.3 Criando pastas pelo prompt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 7.3.4 Comandos de configurao e gerenciamento . 150 7.4. Prompt de comandos do Linux......................

125 128

00 c0 00 ab d0 00 12 ab e0 00 0x 12 ab f0 0x 12 ab 0x 12 0x

Pr

5.1.4. Processos em execuo e memria virtual . . . 127 5.1.5. Monitor do sistema (Linux)...................

150

7.4.1. Terminal, Shell e tty . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

Sumrio7.4.2. Comandos bsicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 7.4.3. Criao de arquivos texto no Linux, sem usar editores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 7.4.4. Comandos de configurao e gerenciamento. 159 7.5. Sistemas de arquivos.................................

8.1.2. Instalando programas a partir de sites de download . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 8.1.3. Gerenciador de pacotes do Linux (apt-get e synaptic)............................

167

161

8.2. Compactadores e backup . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169 8.2.1. Compactadores nativos do Linux . . . . . . . . . . . . . 170 8.2.2. Instalao de novos compactadores, usando o gerenciador de pacotes. . . . . . . . . . . . . 171 8.3. Arquivos de lote (batch) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 8.3.1. Criao de arquivos de lote usando comandos do prompt do Windows. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 8.3.2. Comandos adicionais aplicveis em arquivos de lote . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174 8.3.3. Funes avanadas aplicveis em arquivos de lote . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175 8.4. Arquivos de Lote no Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 8.4.1. Introduo aos shell scripts 8.4.2. Scripts bsicos utilizando...................

7.5.1. Sistemas de arquivos do Windows (NTFS e Fat32) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 7.5.2. Sistemas de arquivos do Linux (Ext3 e ReiserFS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 7.5.3. Sistema de arquivos para memria virtual no Linux (Swap) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 7.6. Montagem de dispositivos (parties e disquetes) no Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 7.6.1 uso de dispositivos de armazenamento no Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 7.6.2 Montagem de dispositivos (parties e disquetes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163

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165 Captulo 8 Administrao do sistema operacional8.1. Instalao de programas no Linux...................

comandos do Linux. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 8.5. Arquivos de lote no Linux 166 (estruturas de deciso, laos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177 8.5.1. Implementao de estruturas de deciso em scripts. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178

8.1.1. Instalando programas a partir do CD da distribuio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166

Sumrio8.5.2. Implementao de laos de repetio em scripts . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 9.4.3. Acessar um PC remotamente usando a tecnologia VNC (Linux x Windows) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 9.5. Acesso remoto via rede (modo texto)..............

196

181 Captulo 9 Administrao de redes9.1. usurios e grupos no Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182 9.1.1. Criando novos usurios no Windows Vista . . . 182 9.1.2. Criando novos grupos no Windows Vista . . . . 184 9.2. usurios e grupos no Linux (modo grfico e texto) 185 9.2.1. Criando novos usurios e grupos no Linux (modo texto)........................

9.5.1. Introduo ao Telnet e ao SSH . . . . . . . . . . . . . . . . 197 9.5.2. Acessar um PC remotamente utilizando Telnet (Windows) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 9.5.3. Acessar um PC remotamente usando SSH (Linux) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 9.5.4. Transferindo arquivos para mquinas remotas em modo texto (SCP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 187 9.6. Virtualizao de computadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 9.6.1. Softwares de virtualizao disponveis no mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202 9.6.1.1. Instalao do VirtualPC no Windows 202 9.6.1.2. Criando mquinas virtuais no VirtualPC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204 9.6.1.3. Configurao do VirtualPC . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207 9.7. Instalando novos sistemas operacionais em 194 195 mquinas virtuais virtuais.............................

9.3. Acesso remoto via rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 9.3.1. Introduo tecnologia VNC . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 9.3.2. Instalando o ultraVNC em um servidor de acesso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 9.3.3. Instalando o VNCViewer em uma mquina da rede (cliente). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 9.3.4. Acessar um PC remotamente usando a tecnologia VNC no Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 9.4. Acesso remoto via rede no Linux. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 9.4.1. Habilitando o PC para ser um servidor de conexo remota...............................

208 209

9.4.2. Acessar um PC remotamente usando a tecnologia VNC (Linux x Linux)..............

9.7.1. Configurao de rede entre mquinas...................................

Sumrio9.7.2. Backup e replicao de mquinas virtuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209 9.8. Servidor DHCP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210 9.9. Servidor Proxy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213 9.10. Servidor de arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216 10.13. Painel de controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240 10.14. Programas padro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241 10.15. Ajuda e suporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241 10.16. Executar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242 10.17. Desligar computador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243 10.18. Caixa pesquisar....................................

Parte 2 - Captulos 10 a 15Os captulos a seguir encontram-se na parte 2 do volume 1.

243

10.19. Windows Media Player . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243 10.20. Lixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245 10.21. Mouse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246 10.22. Organizao da rea de trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 10.23. Personalizar a rea de trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 234 10.24. Modificar exibio.................................

233 Captulo 10 Microsoft Windows Vista10.1. rea de trabalho....................................

249

10.2. Barra de tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234 10.3. Pasta com nome do usurio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235 10.4. Documentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 10.5. Imagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 10.6. Msica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 10.7. Jogos................................................ ............................................ ....................................... .......................................

10.25. Formatar discos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249 10.26. Arquivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250 10.27. Pastas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250 10.28. Manipular arquivos e pastas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251 10.29. Renomear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252 10.30. Ajustar data e hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252 10.31. Gadgets e barra lateral...............

236 236 237 238 239

10.8. Pesquisar

253

10.9. Itens recentes 10.10. Computador 10.11. Rede

10.32. Acessrios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254 10.33. Bloco de notas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255 10.34. Calculadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255 10.35. Paint . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255 10.36. Windows Explorer...................

................................................

10.12. Conectar a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240

257

10.37. WordPad . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258

Sumrio261 Captulo 11 Windows 711.1. Instalao do Windows 7. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262 11.2. Instalao do pacote de traduo para Portugus do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269 11.3. Novidades do Windows 7..........................

303 Captulo 13 Editores de texto13.1. Microsoft Word 2007 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305 13.2. BrOffice.org Writer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 13.3. Boto do Office . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 13.4. Funes bsicas do Word 2007. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 13.5. Incio: rea de transferncia, Fonte, Pargrafo, Estilo e Edico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316 13.6. Layout da pgina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331 13.7. Referncias..........................................

272

11.3.1. rea de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273 11.3.2. Personalizao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274 11.3.3. Caixa de Pesquisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273 11.3.4. Atualizao do Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274 11.3.5. Configuraes do usurio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274 11.3.6. Configuraes de rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275 11.3.7. Compartilhando uma pasta na rede . . . . . . . . . . 277 11.3.8. Acesso rede e internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280 11.3.9. Monitor de recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 11.4. Desempenho de Windows 7 em computadores com poucos recursos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

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13.8. Correspondncias: mala direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339 13.9. Reviso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343 13.10. Exibio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345

347 Captulo 14 Planilhas eletrnicas14.1. Microsoft Excel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348 14.2. BrOffice Calc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350 14.3. Boto do Office . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350

287 Captulo 12 Internet12.1. Navegadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289 12.2. Sites de busca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291 12.3. E-mails . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297 12.4 Segurana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300

Sumrio14.4. Incio: rea de transferncia, fonte, pargrafo, estilo e edio...........................

15.5. Design: configurar pgina, temas, 351 plano de fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 404 15.6. Animaes: visualizar, animaes, transio de slides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406 15.7. Apresentao de slides: iniciar apresentao, 372 configurar, monitores...............................

14.5. Tabelas, ilustraes, grficos, links, textos . . . . . . . . . 366 14.6. Layout da pgina: temas, configurar pgina, dimensionar para ajustar, opes de planilha, organizar..............................

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14.7. Frmulas: inserir funo, biblioteca de funes, nomes definidos, auditoria de frmulas, clculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 374 14.8. Dados: obter dados externos, conexes, classificar e filtrar, ferramentas e dados, estrutura de tpicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384 14.9. Reviso: reviso de texto, comentrios, alteraes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 387 14.10. Exibio: modos de exibio da pasta de trabalho, mostrar/ocultar, zoom, janela, macros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 388

15.8. Reviso: reviso de texto, comentrios, proteger . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 409 15.9. Exibio: modos de exibio de apresentao, mostrar/ocultar, zoom, cores, janela. . . . . . . . . . . . . . . . 410 414 Consideraes finais 415 Referncias bibliogrficas

391 Captulo 15 Editor de apresentaes15.1. Microsoft PowerPoint . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.2. BrOffice Impress . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.3. Boto do Office . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.4. Incio: rea de transferncia, slides, fonte, pargrafo e alinhamento, desenho, edio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 392 394 396

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Admirvel mundo novoDA ESQuERDA PARA A DIREITA: ACIMA @ OLEkSIY MAkSYMENkO/ALAMY/OTHER IMAGES; ABAIXO LINDLAR/AP PHOTO/IMAGEPLuS; HANk MORGAN/PHOTO RESEARCHERS/LATINSTOCk

clebre de Bill Gates, fundador da Microsoft, ilustrativa nesse sentido: Se a General Motors tivesse evoludo tecnologicamente tanto quanto a indstria de computadores evoluiu, estaramos todos dirigindo carros que custariam 25 dlares e rodando 420 quilmetros por litro.DA ESQuERDA PARA A DIREITA: EYESWIDEOPEN/GETTY IMAGES; ACIMA AP PHOTO/IMAGEPLuS; ABAIXO STR NEW/REuTERS/LATINSTOCk

A velocidade da evoluo da informtica cria uma sucesso de novidades e desaa o prossional da rea a um aprendizado contnuoEntre a inveno do baco, o primitivo instrumento de calcular desenvolvido pelo homem na Antiguidade, e a criao do primeiro computador eletrnico, em 1946, passaram-se mais de 5 mil anos. Desde ento, o ritmo de evoluo nessa rea da tecnologia vem se acelerando de tal modo que, em poucas dcadas, j representa a maior revoluo no estilo de vida do ser humano de que se tem notcia. A moderna Tecnologia da Informao e Comunicao (TIC), ou simplesmente TI, contudo, parece mal ter comeado, se considerarmos sua incrvel capacidade de inovao: desde que se consolidou no final do sculo passado, a informtica a rea que mais cresce, cria empregos e inova em todo o planeta. Uma frase 26

No comando e na retaguarda de tamanho desenvolvimento, esto verdadeiros exrcitos de cientistas, engenheiros e tcnicos, que desempenham um variado e instigante leque de funes. No existe um dia igual ao outro nessa rea, conta Edson Luiz Pereira, executivo de parcerias educacionais da IBM. Esse dinamismo permite ao tcnico em informtica algo que parece impossvel para a imensa maioria dos trabalhadores de outras reas: divertir-se enquanto trabalha. Infelizmente, porm, os mesmos jovens que usufruem diariamente as novas tecnologias no tm conscincia das possibilidades oferecidas por esse mercado de trabalho. H um certo preconceito. Ainda se acredita que informtica algo para nerds, diz Walter Jos Dias, gerente acadmico da Microsoft no Brasil. A figura do nerd, o gnio precoce de culos com lentes grossas e imbatvel no jogo de xadrez, que horrorizava a juventude rebelde dos anos 1970, permanece no imaginrio dos adolescentes at hoje. Mas no preciso ser genial para ser bom em informtica. Ao contrrio. A primeira condio simplesmente gostar de aprender. A segunda, ter um raciocnio lgico bem desenvolvido.

Criados os primeiros computadores, bastaram poucas dcadas para que a informtica se infiltrasse em praticamente todas as reas sociais e econmicas e revolucionasse o estilo de vida do ser humano.

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Sem raciocnio lgico, fica difcil mergulhar no criativo mundo da informtica. Quem se aventura nessa rea, no entanto, garante que vale a pena. Entre seus pontos mais positivos est a abrangncia de diferentes temas, que possibilita ao profissional mudar frequentemente de funo e mesmo de especialidade. Isso sem falar em outro atrativo bastante valorizado nos tempos de hoje: os salrios.

Mercado promissorOs tcnicos em TI recebem, em mdia, salrios 80% mais altos do que os pagos no mercado formal de trabalho no Brasil. Nas empresas, algumas funes tcnicas so to bem remuneradas quanto altos cargos executivos. Isso porque a demanda por profissionais da rea ainda supera largamente a quantidade de tcnicos disponveis. Para se ter uma ideia, no ano 2008, apesar da crise financeira global, a demanda no atendida por profissionais de informtica no Pas chegou a 100 mil postos de trabalho. Um fenmeno que, em diferentes propores, ocorre no mundo inteiro. Deixamos de exportar servios de TI por falta de tcnicos capacitados, diz Pereira, da IBM. O mercado externo o grande gerador de empregos atualmente. Para programar aplicativos ou operar sistemas, j no preciso estar ao lado do cliente. Outra tendncia que vem se consolidando no setor a expanso mais acelerada na rea de desenvolvimento de softwares do que na de manuteno de sistemas. Programao o segmento que mais vai gerar emprego, em relao a qualquer outra rea da economia, diz Pereira, referindo-se aos prximos anos. Um efeito direto da internet em que as novidades se sucedem em velocidade quase inacreditvel bem como das diferentes aplicaes a ela associadas. Alm disso, computadores passaram a fazer parte de nossas vidas mesmo em lugares onde nem sequer percebemos sua presena: automveis, utilitrios domsticos, reparties pblicas etc. A microeletrnica comandada por softwares a alma invisvel no setor de servios em especial nos segmentos financeiro, comercial e de telecomunicaes ,

Era digital: a microeletrnica a alma invisvel do setor de servios, como os financeiros e de telecomunicaes, e torna inteligente uma gama cada vez maior de bens de consumo.

AFP/GETTY IMAGES

assim como na rea de educao, cultura e entretenimento. Na indstria, os processos produtivos h muito se tornaram automticos e os bens de consumo adquirem cada vez mais funes inteligentes. No por acaso que nossa poca recebeu o nome de era digital.

Formao prossionalAtender a todas essas necessidades do mundo moderno requer uma boa formao. Fazer um curso tcnico costuma ser o primeiro passo em direo a uma carreira em TI. Como so muitas funes e constantes novidades, o profissional deve procurar, primeiro, um segmento especfico de atuao e, depois, continuar se atualizando nele: preciso escolher uma especialidade ao concluir o curso tcnico ou faculdade. No existem no mercado vagas para tcnicos em TI,

SSPL/GETTY IMAGES

1943Criado o Colossus, na Inglaterra, sob a liderana de Alan Mathison Turing, para quebrar cdigos secretos dos alemes, produzidos pela codificadora Enigma, durante a Segunda Guerra Mundial.

DIVuLGAO

1944Lanado o Haverd Mark, primeiro computador eletromecnico, desenvolvido sob o comando de Howard Aikenm em parceria da IBM com a universidade de Harvard e a marinha dos EuA.

1946Surge o primeiro computador digital eletrnico de grande escala, o Eniac (Eletronic Numerical Integrator and Calculator). Concebido por John P. Eckert e John Mauchly para clculo de artilharia.

1957Chega o primeiro computador ao Brasil, um univac 1200, da primeira gerao de computadores, com vlvulas a vcuo, para calcular o consumo de gua na capital paulista.

1961 1959Segunda gerao de computadores, com transistores e circuitos internos, que revoluciona a eletrnica. Expanso da linguagem Assembly e dos sistemas operacionais multiprogramveis. Alunos do ITA criam o primeiro computador no comercial transistorizado 100% brasileiro o Zezinho.

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1964Terceira gerao de computadores a IBM lana a srie 360 e impulsiona a indstria do software.

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mas sim para programadores Java, Cobol, administradores de bancos de dados, explica Walter Dias, da Microsoft. Para o tcnico habilitado, as principais companhias de software, como IBM, Microsoft e Oracle, entre outras, emitem certificaes comprovando que o profissional conhece bem suas respectivas tecnologias e, portanto, ser capaz de desenvolver e criar aplicativos a partir dessas bases. Quanto mais certificaes de conhecimento de produtos e de experincia profissional o tcnico possuir, mais valorizado ser seu trabalho. Historicamente, a Informtica vem causando grandes transformaes no modo de vida do ser humano, cada vez mais dependente dessa tecnologia para trabalhar, divertir-se e se comunicar. Em breve, quem no conseguir operar um computador pessoal poder se tornar uma espcie de analfabeto: sua comunicao com o mundo ser restrita, uma vez que os contedos de todas as reas da cultura esto migrando velozmente para a internet. Assim, nem preciso aspirar a uma carreira tcnica para perceber o quanto til estudar Informtica. Com o advento da internet, todos tm de ter conhecimentos bsicos. Estudar recomendvel, inclusive, para poder aproveitar essa enorme gama de recursos da era digital, diz Luiz Eduardo Gonzalez, professor do Centro Paula Souza, que tem a formao profissional por competncias como uma das metas poltico-pedaggicas de sua Unidade de Ensino Mdio Tcnico CETEC (consulte o quadro Formao por Competncias).GETTY IMAGES

As novas geraes j incorporaram uma nova forma de construo e articulao de conhecimento, mas os jovens ainda resistem a seguir a carreira de informtica: preconceito.

as redes sociais (como Orkut e Facebook) e os sites de informao e contedo alimentados abertamente, como a Wikipdia, o YouTube, entre outros. Essa nova maneira de usar a internet foi sendo engendrada aos poucos por um grupo annimo de cientistas, pesquisadores e tcnicos do mundo inteiro. Eles foram aperfeioando as descobertas uns dos outros e quase nem perceberam como, num certo momento, no incio do sculo XXI, a sonhada Web 2.0 havia se imposto ao mundo de modo retumbante. No h um dono, um criador. Quando percebemos, a Web 2.0 era algo presente, diz Gonzalez. A rede mundial no apenas um depsito de contedos, como o livro, por exemplo. A grande diferena que possibilita a interao do usurio diretamente com a informao. Essa dinmica tecno-social comea a impactar de modo explcito a forma como estruturamos nossos pensamentos, ideias e percepes. Olhando para as novas geraes, possvel perceber que a internet j foi incorporada a uma nova forma de construo e articulao do conhecimento. Tudo o que se quer saber est l, em sistemas de busca cada vez mais inteligentes e eficazes, disponveis gratuitamente para consulta a apenas alguns cliques de distncia. E, o mais interessante, com milhares de pessoas dispostas a discutir os mais variados assuntos, sejam especialistas, leigos, sejam simplesmente curiosos.

Passado, presente e futuroNa opinio de diversos especialistas, uma das transformaes mais radicais nos modos de comunicao social do ser humano foi o advento da chamada Web 2.0, que nada mais do que o conceito que define a utilizao da internet de maneira colaborativa, dinmica, com trocas de arquivos e informaes diretamente entre os participantes. Foi ela que pavimentou o caminho paraDIVuLGAO

1965 Terceira gerao de computadores, com circuitos integrados. A velocidade de processamento salta para a ordem de microssegundos, os custos caem, os sistemas operacionais se sofisticam. Surge o Multics.

1971 Primeira verso do unix, em linguagem Assembly. Incio da quarta gerao de computadores, com microprocessadores, e da miniaturizao. Velocidade de processamento passa ordem de nanossegundos.

1972Estudantes da Escola Politcnica da uSP criam o Patinho Feio, primeiro computador com estrutura clssica desenvolvido no Brasil. Pesava mais de 100 quilos e podia armazenar 4.096 palavras.

1973Dennis Ritchie reescreve o unix em linguagem C, compacta e rpida, que revolucionou ao proporcionar portabilidade e interao total entre mquinas e sistemas operacionias.DAVID J. GREEN - ELECTRICAL/ALAMY/ OTHER IMAGES

1975

A MITS (Instrumentation and Telemetry Systems) lana nos EuA o Altair, primeiro computador pessoal. Bill Gates e Paul Allen criam a Microsoft e lanam uma verso de Basic para o Altair.

1977

A Apple, de Steve Jobs e Stephen Gary Wozniak, lana um computador para uso domstico com teclado e tela, o Apple II. AT&T, que monopolizava a telefonia nos EuA, autorizada a comercializar o unix.

1981

A IBM anuncia seu primeiro computador pessoal, primeiro com o sistema operacional MS-DOS, da Microsoft. Com teclado com maiscula e minscula, permitia expanso de memria e uso de perifricos.

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Mobilidade: tudo o que se quer saber est a apenas um clique de distncia, para qualquer pessoa, em qualquer lugar, por meio de aparelhos e sistemas de busca cada vez mais inteligentes.

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A importncia do inglsO Brasil considerado um pas competitivo em exportaes de servios de TI. Alm de criativa, a populao brasileira numerosa, e ter uma populao gigantesca foi um dos motivos que alaram a ndia liderana mundial desse mercado, que demanda todos os anos uma infinidade de novos profissionais. Mas o principal motivo para a liderana dos indianos nesse segmento a proficincia em ingls, uma herana da colonizao britnica no pas. Falar bem o ingls to importante em Informtica que, em alguns casos, as empresas at contratam profissionais sem conhecimento da rea, mas que sejam uentes em uma lngua estrangeira. Treinar uma pessoa em certas funes de TI, como a de administrador de banco de dados, pode ser bem mais rpido do que lhe ensinar uma outra lngua, ilustra Luiz Eduardo Fernandes Gonzalez, professor do Centro Paula Souza. simples entender a importncia do domnio do ingls. O problema de um computador pode ter origem, por exemplo, no seu sistema operacional desenvolvido nos Estados Unidos. Ou no aplicativo criado na ndia. Ou ainda na infraestrutura de telecomunicaes, concebida no Mxico. Numa situao dessas, todos os profissionais, em cada pas, tentaro se comunicar em ingls, diz Edson Pereira, da IBM, enfatizando que esse contexto transformou radicalmente a definio usual de trabalho em equipe: Em TI, tal habilidade passa necessariamente pela uncia em ingls.

Isso sem contar as novidades que esto chegando por a: redes Wimax e 3G, que permitem conexo sem fio em alta velocidade em locais pblicos; a IPTV, que o contedo de TV sob demanda, em que voc poder criar seu prprio canal; e o papel eletrnico, ou iPaper, uma superfcie fina como um papel que funciona como uma tela de computador, comenta Rafael Lamardo, professor de Tecnologia da Informao dos cursos de Ps-Graduao da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Outra novidade importante o conceito de Web 3.0, tambm conhecida como a web semntica, que para muitos representa a terceira onda da internet. Tratase de um novo modo de organizao e disponibilizao das informaes oferecidas na rede, mais gil e inteligente que a atual. Com tantas novidades e tecnologias em desenvolvimento, as possibilidades desse novo ambiente 100% conectado so incrveis. Aplicaes envolvendo localizao por GPS e base de dados da rede nos permitiro que encontrar o que desejarmos ao nosso redor, de um bom restaurante a um amigo, bem como acionar comandos e acessar arquivos remotos. Filmes e programas de TV no tero mais horrios, pois podero ser vistos na hora que quisermos. Poderemos acessar tudo o que o conhecimento humano j produziu com apenas um clique. E o melhor que isso ser possvel para qualquer pessoa, em qualquer momento, em qualquer lugar. nesse futuro assombroso que os profissionais de TI tero um papel de destaque, ajudando de maneira decisiva na construo de um mundo melhor.

AIJAZ RAHI/AP PHOTO/IMAGEPLuS

Richard Stallman lana o GNu, com a meta de criar um sistema operacional do tipo unix gratuito.

FINNBARR WEBSTER/ALAMY/OTHER IMAGES

Microsoft anuncia a primeira edio do Windows, instalado a partir do prompt do MS-DOS.

Lanado Macintosh, da Apple, que utilizava disquetes de 3 , o pioneiro com interface grfica.

Surge a Free Software Foundation (FSF), para promover softwares gratuitos e eliminar restries cpia. Chip Intel 386 com 275 mil transistores.

Windows 2.0, que aproveita os novos processadores 286 da Intel e inicia a tcnica de atalhos pelo teclado. Chip Intel 80486, com 1,2 milho de transistores.

Linus Torvalds aprimora o kernel do Minix e cria a primeira verso oficial do Linux (abreviao de Linuss Minix).

1992-93

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1983

1984

1985

1987

1991

1994

GNu integra o Linux, que comea a atrair programadores e usurios do mundo todo interessados em aprimorar ainda mais o kernel. Ian Murdock comea a desenvolver o projeto Debian.

Surge o Linux Red Hat, sistema comercial, mas de cdigo aberto, possibilitando o surgimento de outras distribuies, como o Mandrake (Frana), o Conectiva (Brasil) e o SuSE (Alemanha).

1997-98

Primeira verso do Conectiva Red Hat Linux Parolin. A companhia almeja personalizar o Linux para o mercado brasileiro. Windows 98 marca o incio da criao de interfaces focadas no usurio.

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A formao por competnciasUma das metas poltico-pedaggicas da Unidade de Ensino Mdio Tcnico (Cetec) do Centro Paula Souza a formao profissional por competncias, associada ao objetivo de adequar o ensino tcnico s demandas do trabalho e da vida cidad. Essas competncias so necessrias para o conhecimento, o desenvolvimento, a avaliao e o registro dos aspectos bsicos de cada formao, tanto para o corpo docente como para o discente e o administrativo. Existe uma sntese de todas as competncias que podem ser consideradas fundamentais para proporcionar uma viso completa dos objetivos do curso, ou seja, a sua essncia, que na educao profissional a tcnica aplicada na resoluo de problemas, englobando procedimentos de anlise, planejamento, execuo, controle e avaliao. Confira, a seguir, a sntese das mais relevantes para a habilitao de Tcnico em Informtica. 1. Analisar e montar componentes eletrnicos, de acordo com suas aplicaes. 2. Analisar e selecionar servios e funes de sistemas operacionais, utiliALEX SEGRE/ALAMY/OTHER IMAGES

D. HuRST/ALAMY/OTHER IMAGES

COLORBLIND IMAGES/ICONOCA/GETTY IMAGES

Formao por competncias facilita o acesso do aluno ao mercado de trabalho.

zando suas ferramentas e recursos em atividades de configurao, manipulao de arquivos, segurana e outras. 3. Analisar programas de aplicao a partir de avaliao das necessidades dos usurios. 4. Avaliar a orientao a objetos e sua aplicao em programao. 5. Avaliar caractersticas tcnicas e propor equipamentos e componentes de acordo com parmetros de custo e benefcios, atendendo s necessidades do usurio. 6. Avaliar e implementar projetos de sistemas. 7. Distinguir e avaliar linguagens de programao orientada a objetos, aplicando-as no desenvolvimento de softwares. 8. Elaborar cronogramas, oramentos, listas de materiais e de equipamentos da rea. 9. Especificar solues adequadas para corrigir falhas em funcionamento de computadores, de perifricos e de softwares. 10. Fornecer suporte tcnico e treinamento a usurios. 11. Identificar e utilizar processadores grficos. 12. Identificar e utilizar programas de aplicao, a partir da avaliao das necessidades do usurio. 13. Identificar os servios e funes de sistemas operacionais, utilizando suas ferramentas e recursos em atividades de configurao, manipulao de arquivos, segurana e outras. 14. Identificar os sistemas operacionais em redes e suas arquiteturas, avaliando suas possibilidades em relao a servios e restries. 15. Instalar, codificar, compilar e testar programas orientados a eventos. 16. Interpretar e analisar o resultado da modelagem de dados orientada a objetos. 17. Interpretar e desenvolver pseudocdigos, algoritmos, fluxogramas e outras especificaes para codificar programas. 18. Interpretar e documentar sistemas de aplicaes. 19. Modelar estrutura e operar aplicativos para bancos de dados.DEMAI, Fernanda Mello. Livro das competncias profissionais: a sntese dos 90 cursos tcnicos e das 115 qualificaes oferecidas pelo Centro Paula Souza. n 2. So Paulo: Centro Paula Souza/ Editora i9, 2009. 280 p. 2 fev. 2010.

2000-2002 Lanamento do Windows Millenium Edition e do Windows 2000 Professional, alm do Windows XP em vrias verses e do console de jogos Xbox Chegam ao mercado o Pentium 4, da Intel, e o iPod.

2003Incio no mundo das redes de hot spots (locais pblicos para acesso internet), num grande teste para a tecnologia sem fio Wi-fi.

2006 2005Chega o Google Earth, aplicativo que permite a visualizao de quase todas as regies do globo terrestre a partir de imagens de satlite.

2007 lanado o iPhone, da Apple, o primeiro celular com acesso web a utilizar telas sensveis ao toque.

2009Sai o Windows 7, que aproveita ao mximo os recursos dos micro de 64 bits, usa menos memria, entra e sai da hibernao e identifica dispositivos uBS mais depressa.

2010A Apple lana o iPad: com processador de 1 GHz, espessura de 1,5 cm e pesando em torno de 600 gramas, o aparelho permite acesso web e funciona ainda como plataforma de jogos, telefone, leitor de e.books.

Lanamento do Windows Vista com recursos avanados como a interface Aero, Flip 3D, e do Windows Media Center em vrias distribuies.

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Captulo 1

Arquitetura geral de computadoresSTEVE HORRELL/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOk

O que um sistema operacional Conceitos aplicados a sistemas operacionais

INFORMTICA 1

CAPTuLO 1

que faz a comunicao amigvel e segura entre o hardware e as aplicaes, e ainda fornece uma interface entre o computador e o usurio (figura 1). Sistemas operacionais podem ser encontrados em diversos dispositivos, como telefones celulares, computadores de bolso, pessoais ou de grande porte (mainframes) , smartphones, automveis, avies, aparelhos mdicos e hospitalares etc. Uma caracterstica interessante deles que podem assumir diferentes papis ao desempenhar tarefas. Assim, os instalados em computadores de grande porte (mainframes) fazem isso de forma muito diferente dos sistemas feitos para computadores pessoais. At porque os PCs so desenvolvidos para executar aplicativos comerciais, editores de texto, planilhas, jogos, entre outros. J os mainframes trabalham com um volume imenso de informaes, como o processamento de dados de instituies bancrias, s para citar um exemplo. A evoluo dos sistemas operacionais est diretamente ligada evoluo do hardware e vice-versa. Novos recursos de hardware s podem ser bem aproveitados se existir um sistema operacional que consiga gerenci-los de maneira eficiente. E, para que cada sistema operacional recente possa ser instalado, necessria maior capacidade de armazenamento e processamento. muito importante verificar quais so os requisitos mnimos de hardware a capacidade do disco rgido e da memria que um computador deve possuir para que seja instalada uma verso mais atual do sistema operacional. Essas informaes so sempre apresentadas pelos fabricantes.

inegvel a rapidez da evoluo da informtica nas ltimas dcadas. A capacidade de processamento dos computadores aumenta a patamares nunca antes vistos, enquanto o custo cai surpreendentemente. Hoje so comuns os computadores portteis com capacidade de processamento muito maior do que os servidores de grandes empresas de 20 anos atrs. Os custos dos processadores esto to baixos e sua performance to alta que os computadores entraram para o cotidiano da populao, seja para editar documentos, ouvir msica, jogar, navegar na internet, seja para gerenciar as finanas. A evoluo tecnolgica envolve os equipamentos portteis (laptops, PDAs, telefones celulares), a arquitetura de redes com e sem fio e a Word Wide Web. Essa grande capacidade de computao est modificando o funcionamento dos Sistemas Operacionais. E este o assunto que vamos estudar neste captulo.

Hardware: parte fsica do computador, equipamento que pode ser tocado. Software: programa utilizado no computador.

1.2. Conceitos aplicados a sistemas operacionaisUm sistema de computao composto por uma CPU e vrios controladores de dispositivos conectados por um barramento, que, por sua vez, proporciona acesso memria compartilhada (figura 2). Cada dispositivo (udio, vdeo, drivers, mouse e teclado, por exemplo) possui um controlador que envia dados a serem executados pela CPU. Com o objetivo de orFigura 2Sistema de computao.

1.1. O que um sistema operacionalSegundo Harvey M. Deitel e Paul J. Deitel, na dcada de 1960, a definio de um sistema operacional como o software que controla o hardware estava de acordo com aquela realidade. Mas, como nos dias atuais o hardware executa vrias aplicaes concorrentes, podemos dizer que o sistema operacional o software, Figura 1Viso geral do sistema operacional.

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INFORMTICA 1

CAPTuLO 1

Um sistema computacional pode ser dividido em quatro partes: Hardware unidade central de processamento (CPU, sigla em ingls para Central Processing Unit), memria e dispositivos de entrada e sada (I/O, abreviao em ingls para Input/Output). Programas aplicativos processadores de texto, planilhas, compiladores, jogos e navegadores web. Sistema operacional controla e coordena o uso do hardware pelos diversos aplicativos para os usurios. Usurios pessoas que utilizam o computador.

DA MQUINA AO HOMEM

ganizar a execuo de vrios controladores e assegurar acesso ordenado memria compartilhada, existe um controlador responsvel por sincronizar o acesso memria. Para que comece a funcionar, o computador precisa de um programa inicial de execuo, conhecido por bootstrap. armazenado em memria de leitura (esta expresso, memria apenas para leitura, corresponde sigla ROM, de Read-Only Memory) ou em EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory, que pode ser traduzido por memria apenas para leitura programvel eletronicamente para apagar) e inicializa todos os aspectos do sistema. Para completar a tarefa, o programa tem de carregar o kernel (gerenciador) do sistema operacional na memria e executar o primeiro processo, conhecido por init. Dentro do sistema operacional ocorrem vrios eventos chamados de interrupo e que so disparados por um hardware ou um software. O hardware pode provocar uma interrupo a qualquer momento por meio de um sinal enviado CPU pelo barramento do sistema. O software pode faz-lo executando uma instruo especial denominada chamada de sistema. Outro tipo de evento que pode ocorrer dentro do sistema operacional a exceo. Trata-se de uma interrupo gerada por software e causada por um erro, como o caso da famosa tela azul do Windows (figura 3).

Figura 4Componentes de um processador.

DICA

Unidade de decodificao de instruo: interpreta as instrues carregadas

1.2.1. ProcessadorSegundo Deitel (2005), um processador um componente de hardware que executa um fluxo de instrues em linguagem de mquina. Pode se apresentar de diversas formas nos computadores. Por exemplo, uma unidade central de processamento (CPU) que executa as instrues de um programa, um coprocessador grfico ou um processador de sinais digitais (DSP sigla em ingls para Digital Signal Processor). O processador projetado para executar, com eficincia, um conjunto de instrues de finalidades especiais. De modo geral, o processador principal do sistema (CPU) executa a maior parte das instrues e pode aumentar sua eficincia enviando tarefas especficas a um coprocessador especialmente projetado para execut-las (udio e vdeo, por exemplo). Mesmo com a grande diversidade de arquitetura de processadores, h alguns componentes (figura 4) que so comuns a todos eles:

e envia para a unidade de execuo. Unidade de lgica e aritmtica (ULA): executa as operaes bsicas (soma, subtrao e comparaes lgicas). Registradores: guardam dados para uso imediato e so compostos por memrias ultrarrpidas. Caches: armazenam uma cpia dos dados da memria principal e possibilitam acesso rpido s informaes. Interface de barramento: permite a comunicao entre o processador e os dispositivos.

Em sistemas embarcados (aqueles que esto gravados dentro dos equipamentos), os processadores podem realizar tarefas especficas, como converter um sinal digital em sinal de udio analgico para telefone.

1.2.2. MemriaPara que seja executado, um programa de computador deve estar na memria principal (RAM, sigla para Random Access Memory, ou Memria de Acesso Aleatrio). Esse processo ocorre, por exemplo, quando o usurio d um clique duplo em um atalho para um programa ou em um arquivo executvel. Dessa maneira, parte do programa ser transportada da memria secundria (disco magntico) para a memria principal (RAM), para ser executada pelo processador (figura 5). O projeto de um sistema de memria completo faz uso de disFigura 5Transporte de dados para o registrador.

Unidade de busca de instruo: carrega instrues na memria de alta velocidade (registradores de instrues). Figura 3Erro do Windows.

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INFORMTICA 1

CAPTuLO 1

positivos com alta velocidade de acesso (registradores e cache) e de dispositivos com grande capacidade de armazenamento (memria secundria) (figura 6). A memria principal subdividida em clulas. Cada clula possui determinado nmero de bits (geralmente 8 bits) e, para que seu contedo seja acessado (para ler ou escrever um dado), o sistema operacional utiliza um nico nmero conhecido como endereo de memria. A memria principal do seu computador pode ser classificada em dois tipos: RAM, que so volteis, e ROM ou EEPROM, que so no volteis. Ela funciona como uma extenso da memria principal, pois capaz de armazenar grande quantidade de informaes e tambm mais barata.

Figura 7Mecanismos do disco magntico.

1.2.3. Estrutura de armazenamentoOs discos magnticos formam a estrutura de memria secundria dos computadores atuais (figura 7). Um cabeote de leitura e gravao fixado em um brao percorre a superfcie de cada bandeja dividida em trilhas circulares, que, por sua vez, so subdivididas em setores. Esses discos magnticos de dois tipos, os removveis e os flexveis possuem um controlador de disco inserido em cada driver, responsvel por executar as operaes de leitura e escrita de dados nos discos. Os removveis podem ser transportados e montados a qualquer momento. Os flexveis (disquetes), tambm removveis, porm baratos, so feitos de material plstico. Figura 6Hierarquia da memria.

1.2.4. Dispositivos de entrada e sadaSo dispositivos utilizados para a comunicao entre o sistema computacional e os usurios. Alguns caracterizam-se pela capacidade de armazenamento (como memria secundria); outros permitem realizar a comunicao entre o usurio e a mquina (como impressoras, scanners, mouse, teclado, placa de som, placa de rede, cmera digital etc.).

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Captulo 2

Introduo a sistemas operacionais Tipos Estrutura

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CAPTuLO 2

uando falamos da estrutura de algo, estamos nos referindo s suas formas e constituio fundamental que o sustenta. A estrutura do corpo humano o seu esqueleto, a estrutura de um prdio so os pilares, as vigas, as lajes. J a estrutura de um documento formada por tpicos (introduo, desenvolvimento e concluso).

Q2.1. Tipos

Para entender a estrutura de um sistema operacional, precisamos estudar cada item que o compe. Ou seja, temos de saber como o sistema funciona internamente, qualquer que seja ele. Para gerenciar todo o hardware do PC, um sistema operacional precisa compreender cada pea do computador e a funo de cada um dos componentes para poder fazer a conexo entre eles. Assim oferecer o melhor desempenho, com aproveitamento de todos os recursos disponveis. Basicamente, existem trs tipos de sistema operacional: monotarefa, multitarefa e mltiplos processadores. Figura 8Dona de casa dedicada a um s trabalho.

Monotarefa: so sistemas operacionais que conseguem processar apenas uma instruo de cada vez. No conseguem processar vrias informaes ao mesmo tempo nem executar mais de um programa simultaneamente. Um exemplo de sistema operacional monotarefa o MS-DOS. Com ele o usurio consegue executar somente um comando de cada vez e precisa esperar que esse comando seja finalizado para digitar outro (figura 8). Multitarefa: so sistemas operacionais que conseguem processar vrias instrues ao mesmo tempo e executar diversos programas simultaneamente. Nesse caso, podemos ter tambm sistemas operacionais multiusurios, que permitem que o usurio se conecte mquina e execute comandos de forma concorrente. Exemplos de sistemas operacionais multitarefas: Windows 95, 98, NT, XP e Vista, MacOS-X e Linux (figura 9). Mltiplos processadores: so sistemas operacionais que conseguem gerenciar mais de um processador ao mesmo tempo. Nesse caso, o sistema, necessariamente, tambm multitarefa, pois deve ter capacidade de processar vrias instrues ao mesmo tempo e, assim, poder envi-las alternadamente para cada processador. Esse terceiro tipo de sistema operacional o que possui melhor desempenho. Seus dois processadores permitem trabalhar com mais instrues simultneas do que conseguem os sistemas com um nico processador. Exemplos de sistemas operacionais com suporte a mltiplos processadores: Windows XP e Vista, MacOS-X e Linux (figura 10).

Figura 10O rendimento de um trabalho em grupo.

Figura 9Dona de casa dividida entre duas tarefas simultneas.

2.1.1. Prprios para desktopsQuando falamos de sistemas operacionais, a primeira coisa que nos vem cabea so os programas instalados em computadores de usurios domsticos, ou seja, aqueles de que dispem os PCs ou laptops. 46 47

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CAPTuLO 2

Figura 11Diferentes sistemas e seus diversos aplicativos.

vantagens. O Software Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) o principal responsvel pelo gerenciamento de todas as Bases de Dados do servidor de banco de dados (figura 14). Servidor Proxy: como um gateway na rede, com alguns recursos a mais, como cache (armazenamento das ltimas pginas acessadas para melhorar o desempenho da rede) e registro (memoriza uma lista dos sites acessados pelos usurios, horrio, datas etc.) (figura 15). Ele faz a intermediaao entre o usurio e os sites que ele acessa. Servidor de arquivos: guarda todos os arquivos dos usurios (figura 16) e permite que essas informaes sejam acessadas quando necessrio, sem que seja preciso guardar tudo em CD ou pen drives. Servidor de backup: tem a funo de efetuar backup (cpia de segurana) dos arquivos e configuraes dos outros servidores (figura 17) e deve entrar em ao quando algum dos servidores sai do ar ou para de funcionar, por um evento como queda de energia. Servidor de domnio: controla usurios e senhas de uma rede. Permite que algum utilize uma mquina qualquer na rede e tenha disposio suas configuraes e arquivos salvos anteriormente (figura 18). Tambm possibilita bloqueio de recursos a usurios com menor privilgio, como estagirios ou atendentes, e libera os recursos aos administradores. Todo servidor precisa de um sistema operacional adequado, pois tem caractersticas diferentes dos computadores de mesa ou dos laptops. Normalmente os servidores tm processadores com mais ncleos Figura 12Servidores de rede de ltima gerao.

Significa cdigo aberto e se refere a sistemas como os softwares livres, Linux.

Ento, sistemas operacionais para desktop so aqueles desenvolvidos para facilitar a vida de usurios domsticos ou funcionrios de empresas, em suas estaes de trabalho. Entre suas caractersticas mais importantes est a de ter uma interface amigvel para o usurio, tentando deixar ferramentas e aplicativos a sua disposio. Exemplos de sistemas operacionais para desktop: Windows 95, 98, XP e Vista, MacOS-X e Linux (figura 11). A vida das empresas desenvolvedoras de sistemas operacionais e das comunidades OpenSource, porm, no se limita a orbitar em torno dos usurios domsticos, pessoas que utilizam o computador para digitar textos, navegar na internet, elaborar planilhas e jogar. Esse apenas um dos focos desses empreendimentos. O outro o ramo de sistemas para servidores de rede (figura 12).

2.1.2. usados em servidoresUm servidor de rede um computador em geral mais potente que os PCs de estaes de trabalho e que tem a funo de prover algum servio na rede. A expresso pode ser desmembrada em duas partes: a palavra servidor (dos verbos servir, tornar disponvel) e de rede (o que remete existncia de vrios computadores interligados figura 13). Um nico servidor pode ser responsvel por diversos servios. Por isso, normalmente fica ligado 24 horas por dia. H diferentes tipos de equipamento. Aqui esto alguns deles. Servidor de banco de dados: equipado com software gerenciador de banco de dados, esse tipo de servidor acessado por todas as mquinas da rede para consultas, alteraes e incluso de novos cadastros de clientes, produtos etc. Isso ajuda a evitar falhas como redundncias (o mesmo dado gravado mais de uma vez) e aumenta o desempenho (o sistema fica mais rpido), entre outras 48 49

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CAPTuLO 2

Figura 16Dados armazenados e acessveis.

Figura 17Servidor de backup

Figura 13Laboratrio com servidor de conexo.

Figura 14Interligao de computadores com um mainframe.

Figura 18 Figura 15Recursos de um servidor Proxy. Servidor de domnio que exige o logon de acesso.

Exemplos desse tipo de sistema operacional: Windows NT, 2000, 2003, 2008, Linux, FreeBSD, OpenBSD, NetBSD, MacOS-X Server, Solaris, SunOS etc.

e mais memria RAM. Ento, tm de ter um kernel (gerenciador) que atue da maneira mais adequada. Alm disso, servidores no so utilizados por pessoas diariamente, do modo como fazem os usurios domsticos. Eles so acessados remotamente pelos administradores da rede. Por isso, em geral no precisam de interface grfica, diminuindo, assim, a necessidade de recursos que seriam pouco usados. Como tm mais placas de rede instaladas, devem proporcionar um gerenciamento eficiente de conexes e oferecer ferramentas para que o administrador execute esse trabalho com eficincia. Sistemas operacionais para servidores de rede: tm caractersticas peculiares porque precisam gerenciar maiores quantidades de memria RAM e de perifricos, como placas de rede. Tambm devem oferecer suporte a auditorias (registrar o que cada usurio fez, em que dia e a que hora) e ao gerenciamento de usurios e grupos de usurios.

colunas de concreto. Mentalize, agora, o corpo de um ser humano que tem como estrutura o esqueleto. O sistema operacional tambm possui partes que formam sua estrutura, e vamos conhec-las agora.

2.2.1. Ncleo (kernel)A parte mais importante do sistema operacional o seu ncleo. A esto todas as instrues necessrias para o gerenciamento do hardware do computador e das tarefas que o usurio quer que o sistema realize. A maioria dos sistemas operacionais tambm vem acompanhada de outros aplicativos, como editores de texto e calculadora; de diferentes tipos de utilitrios, como compiladores ou configurao de som e de vdeo; e de outros comandos que podem ser utilizados para gerenciar o prprio sistema operacional. O ncleo tambm tem funo de gerenciar o uso da memria, do processador, da rede e dos dispositivos de entrada e sada (drives de disquete, CD, DVD e HD sigla em ingls para hard disk, ou disco rgido) pelos programas. Ns no podemos interagir diretamente com o ncleo do sistema operacional. Para solicitar qualquer atividade ao sistema operacional, temos de contar com algum programa (aplicativo ou utilitrio) ou com uma linguagem de comandos. 51

2.2. EstruturaTodo sistema operacional tem caractersticas comuns, independentemente do fabricante ou da verso. preciso conhec-las para entender o funcionamento do recurso. Imagine um prdio cuja estrutura formada por pilares e 50

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CAPTuLO 2

Figura 19O trabalho em grupo um processo e cada pessoa do grupo um thread.

realizar tudo: as pesquisas, os clculos, a digitao etc. Mas, se o professor pedir que o trabalho seja em grupo, o panorama fica bem melhor (figura 19). Significa que cada um dos componentes da equipe vai se responsabilizar por uma tarefa para que, no final, o resultado seja o trabalho pronto. Fazendo uma analogia, o trabalho seria o processo e cada pessoa do grupo, uma thread. Alguns sistemas operacionais utilizam, em vez de threads, subprocessos, o que seria quase a mesma coisa. A diferena que, nas threads, a mesma memria alocada para o processo compartilhada por todas as threads, independentemente do nmero delas. Isso no acontece com os subprocessos, que precisam pegar um pouquinho de memria RAM para cada um. Para entender bem esse diferencial, basta voltar mesma analogia do trabalho escolar. Se cada aluno do grupo precisa de um computador para fazer seu trabalho, h subprocessos. Mas, se todos utilizam o mesmo computador para fazer o trabalho todo, cada um na sua vez, temos threads.

2.2.2. Modos de acessoOs processadores permitem, basicamente, duas maneiras de acesso ao sistema operacional: o modo usurio e o modo kernel. Modo usurio: as aplicaes somente podem executar instrues no privilegiadas, ou seja, as mais simples e que no oferecem risco de prejudicar o funcionamento de outras aplicaes e do prprio sistema operacional. Modo kernel: as aplicaes tm direitos totais sobre o PC; portanto, podem executar todas as instrues disponveis, ou seja, todas as tarefas que o processador permite.

2.2.3. Processos e threadsO sistema operacional gerencia as aplicaes do usurio por meio de processos. Cada software que o usurio executa gera um ou mais processos dentro do sistema operacional. Essa a forma que o sistema operacional utiliza para controlar os programas em execuo no PC. Os sistemas operacionais modernos utilizam o conceito de threads (tpicos), que so divises dos processos para melhorar seu desempenho. Assim, em vez de o sistema operacional processar uma informao maior, ele a divide em partes menores e trabalha com cada uma por vez. Ao final, tem toda a tarefa igualmente processada. No entanto, teve menos dificuldades do que se fosse executar a mesma informao integralmente de um s golpe. Um bom exemplo disso imaginar que o seu professor lhe pediu que fizesse um trabalho escolar muito grande. Se for fazer sozinho, voc o processo. Ter de 52 53

Captulo 3

Introduo a servios do sistema operacional Linux Windows Mac OS Sistema Livre Interfaces grficas Distribuies Linux

INFORMTICA 1

CAPTuLO 3

Figura 22LuS AP PHOTO/ IMAGEP

Primeira verso do Mac.

K

eyboard not found. Press any key to continue. Esta uma frase to divertida quanto paradoxal. Em bom portugus, significa simplesmente: Teclado no encontrado. Pressione qualquer tecla para continuar. Ora, se o software no consegue localizar o teclado, no h onde pressionar. apenas uma introduo bem-humorada ao tema deste captulo, em que voc conhecer alm de um pouco mais sobre software livre as funes e os servios existentes nos sistemas operacionais Windows, Mac Os e Linux, para que possa utilizar suas ferramentas e seus recursos em atividades de configurao, manipulao de arquivos e segurana, entre outras (figura 20). Estamos acostumados a ligar o computador e aguardar alguns instantes para poder comear a utiliz-lo. Sabemos, por experincia prtica, que depois de pressionar o boto o Windows vai demorar um pouco para aparecer na tela. Isso o que os olhos constatam. Vejamos, ento, exatamente o que acontece nesse lapso de tempo inicial. Um computador um equipamento totalmente intil sem um sistema operacional instalado ou disponvel de alguma forma. Toda vez que ligamos a mquina, o sistema operacional carregado na memria principal (tambm chamada de memria RAM), a partir do disco rgido. Quando esse processo concludo, o usurio pode trabalhar normalmente (figura 21).

Um sistema operacional um software, ou seja, um programa que tem a funo de gerenciar o hardware do computador. Sem ele, a mquina no passa de um gabinete inerte. O sistema operacional administra todos os componentes fsicos do computador, como memria, discos, processador, alm de placas de expanso, de rede, de som, de vdeo etc. O sistema de vital importncia para o computador no por acaso considerado o seu principal software. Todo equipamento, tanto um PC (abreviao para Personal Computer ou computador pessoal), um laptop (computador porttil), quanto um celular ou uma geladeira inteligente, precisa de um sistema operacional instalado para funcionar. Quando digitamos um texto em um editor e salvamos o arquivo, executamos um jogo, escutamos msica ou navegamos na internet, precisamos de um software que faa todo o gerenciamento do disco (para que se possa salvar o arquivo), da placa de vdeo e do monitor (para poder jogar), da placa de som (para ouvir msica), da placa de rede ou de um modem (para navegar na internet). Esse software nada menos que o sistema operacional. Atualmente, o mais utilizado em estaes de trabalho, por usurios corporativos ou domsticos, o Microsoft Windows. Trata-se de um sistema disponvel no mercado na dcada de 1980 e que foi se popularizando com o tempo, graas a sua interface amigvel com o usurio. Isto , o Windows muito utilizado hoje em dia justamente por ser fcil de usar. Antes dele, tnhamos o MS-DOS (sistema operacional de disco), que tambm era um sistema operacional, s que mais difcil de usar, por ser baseado em comandos que os usurios tinham de conhecer muito bem. No MS-DOS havia apenas uma tela preta com caracteres brancos, na qual se precisava digitar um comando e pressionar a tecla Enter para poder visualizar o resultado da operao. O Windows um sistema operacional comercial. Para utiliz-lo necessrio comprar uma licena, cujo preo pode variar entre o equivalente a 200 dlares e 1.000 dlares. Presente em cerca de 94% dos computadores domsticos e estaes de trabalho em empresas, o Windows lder de mercado. Mesmo assim, a Microsoft, seu fabricante, vem amargando enormes prejuzos por

Figura 20Sem sistema operacional, a mquina perde a funo.

Figura 21Com sistema operacional, o computador cumpre sua funo.

A primeira verso, que os usurios demoravam para instalar, foi comercializada a partir de novembro de 1983, na forma de disquetes.

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CAPTuLO 3

A sigla Mac OS de Macintosh Operating System, o sistema lanado em 1984, como gerenciador das mquinas da Apple.

causa da pirataria, ou seja, a comercializao ilegal de cpias, sem que nada seja pago ao detentor dos direitos. Esse domnio de mercado cai bastante quando o tema que veremos mais adiante sistema operacional para servidores de rede. Ainda no comeo dos anos 1980, mais ou menos na mesma poca em que surgiu o Windows, foi lanado tambm o Mac OS, desenvolvido pela empresa Apple (figura 22). Vinha com uma interessante inovao: elementos grficos na tela, indicando ao usurio o que podia ser acessado. Trata-se de um sistema operacional comercial bastante utilizado por profi ssionais da rea de criao grfica. que o Mac OS oferece um desempenho melhor do que o Windows quando utilizado com aplicativos grficos, alm de excelentes ferramentas para a manipulao de imagens. Sua fatia de mercado limita-se a cerca de 4%, somando as aplicaes de trabalho e as domsticas. Essa participao modesta tem uma explicao: para utilizar esse sistema operacional, necessrio possuir um computador Apple ou compatvel. Portanto, no pode ser instalado em qualquer tipo de PC. Em compensao, essa restrio protegida por lei, o que inibe os usurios com licenas piratas.

O Linux desenvolvido em conjunto por pessoas do mundo todo, via internet. Esses internautas se renem e criam partes do cdigo do Linux, que, no final, so integradas e disponibilizadas para todos.

3.2. WindowsO sistema operacional Windows surgiu por volta dos anos 1980, quando a Microsoft desenvolveu uma interface grfica que seria executada sobre o MS-DOS, o sistema em uso na poca, mas que exigia um preparo especial do usurio, que tinha de digitar comandos especficos em uma tela preta. A juno do MS-DOS com uma interface grfica recebeu o nome de Windows. A partir do lanamento do Windows, uma nova categoria de usurios comeou a descobrir as facilidades da informtica. Tornou-se possvel visualizar cones que representavam funes e programas e bastava clicar sobre eles para executar a tarefa. A tela de comandos (preta) afastava usurios iniciantes que, muitas vezes, tinham medo de encar-la, achando que seria difcil sua utilizao. Ampla e rapidamente aceito pelo mercado, o Windows foi adotado em estaes de trabalho de diversas empresas. Muitos fabricantes de software viram a uma oportunidade de criar programas especficos e, claro, ganhar dinheiro com isso. O que, de fato, aconteceu. Surgiram muitos empreendimentos voltados para a diferentes aplicaes, desde a rea grfica at a de segurana. At mesmo as pequenas empresas se dedicaram a esse novo segmento, adotando o Windows como sistema-padro para o desenvolvimento de suas aplicaes.MS-DOS a sigla para Microsoft Disk Operating System, ou seja, Disco de Sistema Operacional Microsoft.

3.1. LinuxOutro sistema operacional bastante utilizado hoje em dia o Linux. do tipo OpenSource. Atualmente sua fatia no mercado de cerca de 1%. muito pouco se comparado com o Windows, mas a explicao est no fato de o Linux ser mais recente e, como no um produto comercial, no recebe investimentos macios.

O sistema Linux tem esse nome porque foi criado pelo nlands Linus Benedict torvalds, que se inspirou no Minix. Vamos conhecer suas vantagens. Desempenho: muito superior, em relao a outros sistemas operacionais, como foi comprovado por inmeras pesquisas. Esse fato tambm proporciona ao Linux uma fatia bem maior do mercado de servidores de rede. segurana: por ser desenvolvido em conjunto por pessoas do mundo todo, muitos acreditam que esse fator pode interferir na segurana do sistema. Anal, algum poderia adicionar um cdigo malicioso, fazendo com que o sistema operacional transferisse todo o dinheiro da conta bancria de algum para a sua s para citar um exemplo. Claro que se trata de um

mito. H muita gente desenvolvendo o cdigo, mas tambm existem aqueles que tm a funo de revis-lo e test-lo antes que esteja disponvel para o usurio nal. Portanto, se algum tentar inserir um cdigo no pertinente, haver interferncias no sentido de banir da comunidade, no mesmo instante, qualquer malintencionado. Outra questo importantssima em relao segurana o fato de o Linux ser totalmente livre de vrus. Isso signica que seus usurios, ao navegar pela internet, no precisam se preocupar com malwares, palavra originria da expresso em ingls MALicious softWARE, que literalmente signica software malicioso. At hoje, uma quantidade irrisria desses agentes infectantes foi criada para o Linux e, mesmo assim, incuos, pois no tm surtido nenhum efeito. O sistema praticamente imune.

Gratuidade: o fato de o sistema operacional ser gratuito atrai muitos usurios. Basta observar os preos que o mercado oferece para mquinas equipadas com Linux para perceber que so mais baratas do que as dotadas de Windows. Apesar de no ser to comum nos computadores domsticos e em estaes de trabalho, o Linux muito interessante para empresrios, principalmente os donos de pequenos negcios. Isso porque, ao trabalhar com esse sistema operacional, eles no precisam de licenas nem correm o risco de pagar multas, caso incorram no erro de utilizar softwares piratas. Fcil de utilizar: como o principal fator de sucesso do Windows tem sido a facilidade para o usurio, foram desenvolvidas diversas edies do Linux seguindo a mesma linha. Justamente para popularizar seu uso, pois a princpio era um sistema operacional muito mais usado por prossionais.

DIVuLGAO

Vantagens do Linux

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CAPTuLO 3

H uma enorme diferena entre o hacker e o cracker. O hacker um expert no assunto, o mocinho da histria. Ele descobre e compartilha o que descobriu. J o cracker o bandido, o que descobre e tira proveitos do achado. No tem tica. Comete crime.

Embora o Windows seja o sistema operacional mais utilizado do mundo, consagrado portanto , tambm tem seus pontos negativos. Entre os principais esto: Desenvolvimento lento: a equipe de criao est restrita aos empregados da Microsoft. Isso restringe muito a quantidade de profissionais disponveis para trabalhar na melhoria do sistema e na correo dos problemas que surgem diariamente. Malwares: a grande popularidade tem seu lado negativo, pois o Windows tambm o maior alvo de crackers, que vivem tentando atrapalhar a vida dos usurios, criando vrus, como os temidos trojans, palavra em ingls que evoca a histria grega do Cavalo de Troia, ou spywares vrus espies que copiam dados ou senhas e os enviam para um ambiente externo sem conhecimento nem consentimento do usurio. Existem, atualmente, mais de 600 mil vrus criados para o Windows, o que obriga os usurios a instalar softwares antivrus em seus computadores. Grande incidncia de bugs (insetos em portugus): um sistema operacional desenvolvido com foco comercial tende a apresentar grande quantidade de problemas de lgica durante a sua vida til. Esse entrave implica a necessidade de criao de utilitrios de correo, especialmente a cada nova verso lanada. No caso do Windows XP, a Microsoft lanou trs service packs (pacotes de atualizaes) para corrigir falhas de desenvolvimento que apareceram inesperadamente, falhas de execuo ou por causa de crackers procura de brechas para atrapalhar a vida dos usurios. Usurios comuns costumam adotar um sistema operacional especfico e chegam a repudiar quem utiliza outro, diferente. Mas quem deseja trabalhar com administrao de sistemas operacionais tem de conhecer a maioria ou mesmo todos os disponveis. Assim, ser capaz de resolver problemas e propor solues, seja qual for a escolha feita pela empresa ou pelo cliente que vai atend-la.

Richard Matthew StallmanNascido em 1953, em Nova York, Stallman um autodidata apaixonado por computadores. Desenvolveu seu primeiro programa de computador para o PL/I (Programming Language One), criado pela IBM para ser usado como inteligncia artificial. Por ser contrrio ao pagamento de direitos para o uso de software, Stallman tornou-se um dos hackers mais famosos do mundo e o grande defensor dos softwares livres. Na dcada de 1980, fundou o projeto GNU, voltado para o desenvolvimento de software livre UNIX, porm, com cdigo aberto com programas bem diferentes dos utilizados pelo UNIX, que todo mundo conhecia. O nome GNU refere-se ao mamfero que tem esse nome (smbolo do projeto) e tambm significa GNU is not UNIX (GNU no UNIX), segundo Stallman.

A expresso bug em informtica vem da poca dos primeiros computadores. Atrados pela temperatura elevada dos locais em que os famosos mainframes eram instalados, os insetos entravam e morriam entre as placas e vlvulas desses equipamentos, prejudicando seu funcionamento.

AIJAZ RAHI/AP PHOTO/IMAGEPLuS

3.3. Mac OSA Apple desenvolveu o Mac OS com base em um sistema operacional mais antigo, o UNIX. Fabricante de computadores e de outros equipamentos eletrnicos, a Apple se tornou famosa pela preocupao em criar um sistema operacional amigvel e bonito. Ou seja, o foco da Apple facilitar o trabalho do usurio, tambm com uma bela apresentao da interface. Isso poderia levar algum a pensar que, se o foco inicial do Mac no era bem a melhoria de desempenho, podia tratar-se de um sistema lento. A resposta a uma indagao dessas negativa. O Mac OS um sistema operacional adotado pela maioria dos designers, justamente por causa de seu alto desempenho aliado arquitetura focada em aplicaes desse tipo. O Mac OS foi o primeiro sistema operacional do mundo a permitir o uso de janelas grficas e de mouse. A histria da criao do sistema to interessante que retratada no filme Piratas do Vale do Silcio.

Campees de prefernciasymantec: desenvolvedora de softwares para administrao do Windows, como ferramentas de limpeza de arquivos inteis e registro, alm de antivrus. Corel: criadora do software de editorao grca mais utilizado do mundo, o Corel Draw.

CRDITO DOS LOGOTIPOS: DIVuLGAO

Adobe: responsvel pela criao de diversos softwares disponveis para Windows, como o Photoshop e o Acrobat.

3.4. Software livreSe sua inteno um dia se tornar um gestor de software livre, voc precisa conhecer em profundidade o Linux, um sistema operacional igualmente derivado do UNIX. Trata-se, justamente, de um software livre, ou OpenSource (cdigo aberto em portugus). Essas expresses se referem a sistemas desenvolvidos sem cunho comercial, ou seja, criados por programadores que no tm inteno de vend-los, e sim disponibiliz-los para qualquer pessoa que queira utilizlos. A vantagem deles que no preciso depender da vontade de uma empresa para melhor-los ou modific-los, ao contrrio do que acontece com os softwa61

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DIVuLGAO

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CAPTuLO 3

Disputa entre ferasSteve Jobs inovou ao criar a AppleROBERT GALBRAITH/REuTERS/LATINSTOCk

res comerciais. Qualquer pessoa com conhecimento de programao e capaz de dominar a linguagem de programao adotada pode fazer as alteraes, j que o cdigo-fonte da aplicao est disponvel gratuitamente.Bill Gates, fundou a Microsoft

QUANDO DIstRIBUIO

CHuCk BuRTON/AP PHOTO/IMAGEPLuS

Um nome respeitado no universo dos softwares livres Richard Matthew Stallman, fundador do projeto GNU, que tem como propsito desenvolver software para todos, de forma livre e gratuita. A comunidade GNU (GNU is not UNIX) formada por pessoas do mundo todo interligadas via internet. Todos que tm conhecimento em computao (programao de computadores) podem participar de qualquer projeto do GNU.

3.4.1. Interfaces grficasH algo de fundamental importncia que precisamos saber: o Linux um sistema operacional baseado em comandos, assim como o MS-DOS. Ou seja, se instalarmos somente o Linux em um computador, teremos apenas uma tela preta com caracteres brancos e um cursor piscando, aguardando o prximo comando. Mas no pense que isso ruim. Graas a muitos programadores dispostos a ajudar as comunidades de software livre na internet, temos tambm as interfaces grficas, isto so softwares que rodam sobre o Linux e possibilitam ao usurio utilizar janelas, mouse e outras facilidades, como fazemos no Windows. As interfaces grficas mais utilizadas atualmente so o Gnome (software livre do projeto GNU) e o KDE (sigla em ingls para K Desktop Environment, que se refere a um sistema que simultaneamente um ambiente grfico e uma plataforma de cdigo aberto e de desenvolvimento livre). O Gnome e o KDE oferecem diversos recursos importantes ao usurio, como utilitrios de configuraes diversas (som, vdeo, rede), janelas para visua-

AP PHOTO/IMAGEPLuS

Dirigido por Martyn Burke, o lme Piratas do Vale do Silcio (Pirates of Silicon Valley) mostra como Bill Gates fundou a Microsoft e os caminhos percorridos por steve Jobs para dar vida Apple. Lanado em 1999, o lme traz detalhes da feroz concorrncia travada entre ambos para ver quem alcanava o sucesso primeiro e apresenta as estratgias que utilizaram para criar suas empresas. Esto no enredo steve Wosniak, outra gura importante da Apple, e os dois outros nomes de peso da Microsoft, Paul Allen e steve Balmer. tudo comeou na dcada de 1970, quando o ento adolescente William Henry Gates, estudante de Harvard, desenvolveu com o amigo Paul Allen um sistema interpretador da linguagem Basic para computadores pessoais. Dessa iniciativa surgiria a Microsoft, que viria a ser a empresa de software mais famosa do mundo e tambm uma das mais valiosas. Graas iniciativa, Bill Gates se tornou um dos homens mais ricos do mundo (mais tarde divide o topo da lista com outros empresrios, mas sempre acaba voltando ao primeiro lugar). sua fortuna ultrapassou Us$ 58 bilhes (dados de 2008 da revista Fortune). steve Jobs considerado um dos empreendedores mais inovadores de todos os tempos, e tambm um dos homens mais ricos do mundo. Jobs fundou a Apple em 1976 e criou o computador Macintosh, o sistema operacional Mac Os e revolucionou o mercado da msica ao

lanar o tocador de msica MP3 iPod e o itunes, uma loja de msica online. E ainda, mudou o mercado dos telefones mveis, ao criar o iPhone. Assim como o Windows, o Mac Os um sistema operacional comercial. Isso signica que preciso pagar licena para utiliz-lo. Alm disso, o uso desse sistema se restringe a pessoas que tm um computador Apple ou Macintosh, como era conhecido antigamente. A inteno da Apple fazer com que o usurio compre no somente o seu sistema operacional, mas o equipamento completo: o computador j com o programa instalado. Provavelmente, esse seja um dos principais motivos pelos quais o Mac Os no tem tanto espao no mercado quanto seu concorrente. Nos servidores, o uso do Mac Os tambm pequeno, principalmente no Brasil, porque esse sistema operacional no roda em mquinas de arquiteturas diferentes. Mas o Mac Os tem uma grande vantagem em relao ao Windows. Existem pouqussimos vrus criados para ele. Consequentemente, os usurios no precisam instalar antivrus nas suas mquinas, que acabam tendo um pequeno aumento de desempenho se considerarmos a economia de memria RAM. importante registrar que, alm dos computadores, a Apple desenvolve outros equipamentos eletrnicos, entre os quais o iPod, um player porttil com diversos recursos e muito popular, principalmente nos Estados Unidos.

fundamental saber diferenciar as distribuies das verses de sistemas operacionais. Toda distribuio Linux do sistema operacional Linux. Ento, nesse caso, quando perguntarem qual o sistema operacional que voc utiliza, independentemente da distribuio que adotou, sua resposta deve ser Linux. No caso do Windows, diferente, j que o Windows 95, 98, NT, XP, 2000, 2003, 2008 so verses do sistema operacional Windows. Portanto, no correto falar de distribuies quando nos referimos a Windows.

Figura 23kDE: ambiente grfico com cdigo aberto.

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INFORMTICA 1

CAPTuLO 3

lizar arquivos, alm da possibilidade de personalizar a rea de trabalho de acordo com o seu gosto pessoal. Vrios temas esto disponveis para utilizao, e mais outros que podem ser baixados da internet e instalados no computador gratuitamente. Esses temas so desenvolvidos pelos prprios usurios e ficam disponveis em sites especializados. Outra facilidade que existem muitas interfaces grficas na internet para a instalao do Linux. Muitas mesmo! Ento, cabe ao usurio escolher a que melhor se adapta funo que pretende dar ao sistema operacional. possvel instalar diversas interfaces grficas no sistema. Entretanto, somente pode ser utilizada uma por vez. A Gnome a interface padro na distribuio Ubuntu (sistema operacional baseado em Linux). Alguns exemplos de interfaces grficas so: Gnome, KDE, Fluxbox, Blackbox, IceWm, Window Maker e AfterStep. Window Maker: tambm um software livre. Esse gerenciador de janelas inclui opes de compatibilidade que permitem ao usurio trabalhar com outros ambientes de desktop popular, ou seja, Gnome e KDE.

3.4.2. Distribuies LinuxQuando falamos do sistema operacional Linux importante levar em conta suas distribuies. So diversos softwares teis que formam um conjunto e so apresentados normalmente em um nico CD ou DVD. As distribuies tambm so desenvolvidas via internet por comunidades que elegem os melhores softwares para as mais diversas funes, a fim de agreg-los em forma de pacote. Alm disso, essas comunidades criam ferramentas de configurao para facilitar sua instalao e a utilizao. A distribuio Linux composta por um conjunto de softwares que incluem editor de textos, planilha eletrnica, programas de manipulao de imagens, vdeos, jogos, interface grfica, navegador de internet, e ainda o prprio sistema operacional. Exemplos de distribuies e interfaces grficas padro: Ubuntu (Gnome), Kurumin (KDE), Mandriva (KDE), Fedora (Gnome), Debian (Gnome), Red Hat (Gnome), Slackware (KDE).

Distribuio Linux, comparvel a um sistema operacional, desenvolvido de forma colaborativa pelos internautas. Pode ser utilizado em notebooks, desktops e servidores. Contm aplicativos que permitem navegar na internet, programas de apresentao, edio de texto, planilha eletrnica, comunicador instantneo.

DefiniesKDE: sigla em ingls para K Desktop Environment, referente a um sistema que simultaneamente um ambiente grco e uma plataforma de cdigo aberto e de desenvolvimento livre. Por oferecer esses recursos, bem mais pesado que o BlackBox e o FluxBox. IceWM: gerenciador leve semelhante ao Windows 95. Mas pode ser congurado para simular o aspecto de outras interfaces. AfterStep: um gerenciador de janelas para o X Window system do UNIX, que oferece exibilidade de congurao do ambiente de trabalho, permitindo melhorar a esttica e o uso dos recursos do sistema. BlackBox: gerenciador de janelas livre, do tipo leve (ocupa pouca memria), ideal para quem usa computadores com poucos recursos, mas que precisa de interface grca.

CRDITO D