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Reconstrução e Adaptação Reconstrução e Adaptação Reconstrução e Adaptação Reconstrução e Adaptação de de de de Moínho para Bar/Esplanada Moínho para Bar/Esplanada Moínho para Bar/Esplanada Moínho para Bar/Esplanada Vilar de Perdizes, MONTALEGRE David Lopes, arq. [email protected] Agosto 2002 telm. 96 35 80 996 www.terravista.pt/AguaAlto/1239

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azenha

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  • Reconstruo e Adaptao Reconstruo e Adaptao Reconstruo e Adaptao Reconstruo e Adaptao de de de de Monho para Bar/Esplanada Monho para Bar/Esplanada Monho para Bar/Esplanada Monho para Bar/Esplanada

    Vilar de Perdizes, MONTALEGRE

    David Lopes, arq. [email protected] Agosto 2002 telm. 96 35 80 996 www.terravista.pt/AguaAlto/1239

  • MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVAMEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVAMEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVAMEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

    MONHO DE RODZIO

    Rio Assureira

    Lugar de Ramalhas Vilar de Perdizes

    Montalegre

    Este monho de gua, chamado de rodzio por ter a roda motriz na

    horizontal, compe-se de uma casa baixa onde funcionam duas ms, uma levada

    em perpianho e uma repreza ou aude do mesmo material.

    A gua trazida do rio pela levada de gua para dois grandes tanques de

    arranque, em perpianho, sendo daqui lanada sob presso sobre a roda de

    pernas que ao girar faz andar com ela a m andadeira.

    errado chamar construo azenha, uma vez que este nome aplicado

    aos monhos em que a roda motriz vertical.

    Pelas peas que se encontram guardadas em Vilar de Perdizes, o tipo de

    mecanismo tinha o seguinte funcionamento: Trazida pela levada, a gua, como

    disse, enche os dois grandes tanques de perpianho onde ganha PESO para ser

    lanada a partir do CUBO pela SETEIRA, que projecta em grande presso sobre

    as PENAS do RODZIO, provocando assim o movimento circular que faz girar a

    PELA que, da parte de baixo do RODZIO, se apoia por meio de um ESPIGO que

    se apoia na RELA que por sua vez est ligada ao ALIVIADOURO. Este o

    movimento dado M ANDADEIRA, atravs do LOBETE, onde est fixada a

    BUCHA.

    O gro que se encontra na noega vai caindo no OLHO DA M, pouco a

    pouco, devido aos movimentos da QUELHA so transmitidos pelo

    CHAMADOURO.

    Esmagado e modo o cereal entre a n andadeira e a pausa, a farinha cai

    directamente para o cho em madeira, sendo protegida por um pano de linho

    branco chamado TREMONHADO.

    O travo que se usa para parar o monho chamado de ALIVIADOURO.

  • ObjectivosObjectivosObjectivosObjectivos

    O presente projecto refere-se recuperao de monho de gua em

    runa para bar e aproveitamento do espao exterior para esplanada e

    recinto de espectculos musicais.

    Necessidades funcionaisNecessidades funcionaisNecessidades funcionaisNecessidades funcionais

    Pretende-se criar ao nvel do piso uma sala ampla com mesas e um

    balco, conservando a totalidade das caractersticas da construo

    original, tanto ao nvel dos acabamentos como de funcionamento do

    monho, restaurando-se as ms e respectivos acessrios bem como os

    canais de passagem de gua e comportas.

    Esta construo dar apoio a um espao exterior extenso delimitado

    pelo canal a sul (levada), pela ribeira a norte e pelo aude a nascente.

    Prope-se a criao de um pequeno palco e uma zona de mesas e

    cadeiras.

    Prev-se a instalao de casa de banho no exterior, executada com

    manilhas de beto de dois metros de dimetro dissimuladas por

    vegetao, e respectiva fossa sptica.

    Articulao dos espaosArticulao dos espaosArticulao dos espaosArticulao dos espaos

    Dada a localizao, o acesso azenha e ao espao exterior a criar,

    coloca-se como uma questo crucial. Prev-se a recuperao do caminho

    cota do rio que liga directamente a Vilar de Perdizes, hoje em desuso, a

    partir do qual ser feito o acesso automvel para cargas e descargas. O

    acesso pedonal poder ser feito por esse mesmo caminho ou pelo monte,

    prevendo-se escavar escadas nas encostas sobranceiras estrada de

    ligao a Chaves, que passa cota alta. Entende-se manter ao mximo a

    configurao actual do terreno, deixando que a apropriao do espao se

    faa de forma natural, com o uso e o tempo. Relativamente construo,

    mantm-se os vos existentes, sendo o acesso feito pela porta existente.

  • ASPECTOS CONSTRUTIVOSASPECTOS CONSTRUTIVOSASPECTOS CONSTRUTIVOSASPECTOS CONSTRUTIVOS

    TRABALHOS DE RECUPERAO

    O monho encontrava-se num avanado estado de degradao pelo que

    veio a sofrer algumas obras de consolidao, neste caso pouco cuidadas, e a

    necessitar de serem demolidas, pois foi utilizada pedra pequena e as pedras

    antigas encontram-se cadas na rea envolvente.

    Pretende-se limpar e consolidar o aude de forma a poder ser usado

    convenientemente durante o Vero e no Inverno, regular o caudal do Assureira

    que muito aumentado na poca das chuvas e do degelo.

    No caso da levada, que est em muito boas condies, como se verificou

    depois da limpeza, apenas se ter de proceder colocao de algumas pedras

    que esto soltas.

    no monho que se tm de verificar mais obras de restauro, devido ao seu

    estado de abandono h algumas dcadas:

    1. Limpeza de interiores e zona envolvente.

    2. Restauro das paredes, derrubando o arranjo anterior e recolocando as

    pedras antigas.

    3. Refazer o telhado de quatro guas, com travejamento em madeira e

    telha de canudo.

    4. Recuperao de parte do cho em laje de granito.

    5. Recuperao dos dois mecanismos de madeira e reconstruo na

    totalidade dos dois rodzios e restantes peas.

    6. Montagem de todo o sistema de moagem.

    EstruturaEstruturaEstruturaEstrutura

    Prope-se a recuperao das alvenarias de pedra das paredes

    existentes, elevando-as de forma a conseguir um p-direito mnimo de

    2,40m. Sero utilizadas argamassas base de cal com junta afundada.

    A esplanada ser constituda por uma malha de pilares em beto

    com fundao (ou perfis de ferro enterrados) apoiando uma estrutura em

    ferro sobre a qual assentar um pavimento em madeira. Trata-se de

    libertar o espao inferior da esplanada de forma a prevenir os efeitos de

    eventuais cheias do rio Assureira.

  • CoberturaCoberturaCoberturaCobertura

    A estrutura da cobertura ser executada em madeira, ficando vista

    pelo interior. Ser assente telha de canudo sobre guarda-p em madeira,

    isolamento trmico e sub-telha em chapa ondulada.

    CaixilhariasCaixilhariasCaixilhariasCaixilharias

    Sero em madeira para pintar vermelho sangue de boi, estando

    prevista a utilizao de portadas de segurana pelo interior tambm em

    madeira.

    PavimentosPavimentosPavimentosPavimentos

    Ser recuperado o pavimento em lajes de pedra no interior da

    construo, devendo ser executada uma grade metlica para

    assentamento de vidro laminado apropriado, na zona prpriamente do

    monho, permitindo dessa forma a sua visibilidade e acesso, sendo alis a

    que estar localizado o balco, tambm ele executado em ferro e vidro.

    Nos aspectos omissos cumprir-se- o disposto nas normas

    regulamentares e segundo os preceitos da arte de bem construir.

    Agosto de 2002

    O arquitecto

  • 1

    Escoramentos

    Fundaes (Caboucos)

    Paredes / Cantarias

    Coberturas (estrutura e revestimentos)

    Rede de guas e gs

    Carpintarias / Serralharias / Vidros

    Rede elctrica e de telefones

    Pavimentos

    Pinturas / Limpeza das cantarias

    Equipamentos

    Rede de esgotos / Drenagem

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