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apresenta L U C E N N E C R U Z

Lucenne Cruz

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Lucenne Cruz na Caza Arte Contemporânea

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apresenta

L U C E N N E C R U Z

Minha pesquisa em arte está voltada para a escrita. E para sua transposição em outros suportes plásticos, a palavra dentro do espaço aberto a inscrições, a extravios da própria escrita, à sua natureza.

Um dos suportes que encontrei para abrigar o alimento da minha escrita são os livros. eles me são guias de atuação quando desejo desdobrar uma ideia no papel: meus espaços de ficção. O livro coloca em linguagem uma teoria de artista. O livro é uma forma de pronunciar o mundo, o cavalete que carrega as visões de mundo, os conteúdos da vida. E é por meio das reflexões estruturais do próprio livro que o artista brinca com as convenções e expande o sentido da leitura para além do fosso da imagem escrita. Isto porque o trabalho do artista é esse: desregular a natureza das coisas.

Lucenne Cruz

alguns, 2009-2011livro, registro em gaze e papel carbono das cartas re-escritas e enviadas

"meus datiloscritos são cartas. Correspondências pessoais trocadas e reescritas e enviadas a diversas partes do mundo tecendo assim uma rede de comunhão de bens. O tecido é a linguagem e o registro é o livro alguns.”

circuncisão, 20108x8x3cmR$ 850,00

chaos II, 200818x17cm

tiragem de 7 livrosR$ 1500,00

"cinco placas de ferro costuradas – faz parte de uma série de livros onde a escrita (a ferrugem) se inscreve em uma das ideias de tempo: o caos."

sobrepele, 2006livro em aço rígido

dias escritos, início maio de 2009

"são cadernos costurados de jornais de outras partes do mundo e, em cada um, busco mudar o estado impermanente do jornal e indagar o que é o ato de escrever e de que forma ele se apresenta como uma paisagem plástica. O suporte é a própria escrita do jornal e sobre ela recoloco a minha linguagem, os caracteres de uma outra imagem escrita. conservar, criar, sinônimos."

personne, 2009

"ganhei este livro de um amigo. era um objeto-escrito sobre alguém. seu estado era de quase novo: não havia nenhuma rasura ou apontamento, nem dedicatória. pareceu-me de ninguém, de personne. [encontrei essa palavra na página 111] apaguei-o por inteiro para que lhe sobrasse, das ruínas, uma paisagem escrita, um chão onde eu depositei aguadas de nanquim que desenham o papel até sangrar pelas bordas. outra vez apaguei-o. não com uma borracha como Rauschenberg fez desaparecer o desenho de De Kooning, mas com uma lixa para parede que pôs a perder os registros sobre o papel. em algumas páginas, procurei iluminar não-apagando uma ou outra palavra que se aproximasse da nossa língua. Em sentido e sabor. tais palavras costumam ser reiniciações. de tanto eu lixar, romperam-se as fibras do papel – frente e verso – da folha 117 | 118 , e nela fiz uma cerzidura."

desejos, 200917 x 10 cm

"um missal para São Jorge, escrito sobre cinco placas de ferro cobertas de manchas de pigmento mineral com goma arábica. As preces são composições de várias crenças dirigidas ao santo guerreiro."

Rua do Rezende, 52.Lapa - Rio de Janeiro

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