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Universidade Camilo Castelo Branco Programa de Pós-Graduação em Produção Animal Campus Descalvado LUCIANO DUARTE SOUZA INFLUÊNCIA DO SUBPRODUTO DO TOMATE EM RAÇÕES PARA CODORNAS JAPONESAS SOBRE A QUALIDADE DOS OVOS INFLUENCE OF BY-PRODUCT OF TOMATO IN JAPANESE QUAILS FEEDING ON THE EGG QUALITY DESCALVADO, SP 2014

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Universidade Camilo Castelo Branco

Programa de Pós-Graduação em Produção Animal

Campus Descalvado

LUCIANO DUARTE SOUZA

INFLUÊNCIA DO SUBPRODUTO DO TOMATE EM RAÇÕES PARA

CODORNAS JAPONESAS SOBRE A QUALIDADE DOS OVOS

INFLUENCE OF BY-PRODUCT OF TOMATO IN JAPANESE QUAILS FEEDING

ON THE EGG QUALITY

DESCALVADO, SP 2014

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Luciano Duarte Souza

INFLUÊNCIA DO SUBPRODUTO DO TOMATE EM RAÇÕES PARA CODORNAS

JAPONESAS SOBRE A QUALIDADE DOS OVOS

Orientadora: Profa Dra. Márcia Izumi Sakamoto

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal da Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus de Descalvado, como complementação dos créditos necessários para obtenção do título de Mestre em Produção Animal.

DESCALVADO, SP 2014

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CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Valdir Lino de Souza e Irani Duarte Souza pelo carinho e

dedicação a família, pelos exemplos e pelo esforço na minha formação pessoal e

profissional, e a todos aqueles que buscam incessantemente conhecimento por novas

tecnologias.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, primeiramente, por minha vida e por me conceder mais uma etapa da minha

jornada e pela alegria que me presenteia todos os dias.

(Muitas foram às pessoas que colaboraram para a execução deste trabalho e

ajudaram a concluí-lo).

Aos meus pais, Valdir e Irani pelo apoio.

À minha orientadora, Professora Márcia Izumi Sakamoto, pela paciência e

compreensão nos momentos de dificuldades.

Aos meus professores do Programa de Pós-Graduação em Produção Animal e, a

todos os colaboradores na parte experimental que proporcionaram a execução deste

trabalho.

À Empresa Predilecta, contribuindo com a doação do resíduo de tomate utilizado

neste estudo.

Enfim, a todos que, direto ou indiretamente, contribuíram para a realização deste

trabalho, a todos vocês muito obrigado.

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"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que

ele possa ser realizado"

(Roberto Shinyashiki)

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INFLUÊNCIA DO SUBPRODUTO DO TOMATE EM RAÇÕES PARA CODORNAS

JAPONESAS SOBRE A QUALIDADE DOS OVOS

RESUMO

Um grande volume de subprodutos agroindustriais, de boa qualidade nutricional poderia

ser utilizado na alimentação animal, reduzindo assim, os custos de produção. Dessa

forma, o presente trabalho buscou avaliar o efeito de diferentes níveis do subproduto do

tomate (ST) nas rações de codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) sobre a

qualidade dos ovos. Foram alojadas 120 aves, em galpão convencional provido de gaiolas

de arame galvanizado e cortinas laterais móveis. O delineamento experimental foi

inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e cinco repetições, contendo seis aves

por gaiola. Os tratamentos consistiram de uma dieta referência, à base de milho e farelo

de soja, e três rações com níveis de 5, 10 e 15 % do ST em substituição ao milho moído.

Foram avaliadas as características de qualidade dos ovos (peso do ovo, porcentagem de

gema, albúmen e casca, espessura de casca, Unidade Haugh, índice e cor da gema). Os

dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias das características

significativas, analisadas por regressão múltipla. Pôde ser observado aumento no peso do

ovo e porcentagem da gema do ovo à medida que o ST foi incluído nas rações. Por outro

lado, houve uma redução na porcentagem da casca do ovo com a elevação do ST nas

rações, no entanto, sem alterar a espessura da casca. Concluiu-se que os níveis

avaliados do subproduto do tomate podem ser utilizados como ingrediente alternativo nas

rações para codornas japonesas proporcionando melhoria na qualidade física dos ovos.

Palavras-chaves: cor da gema, nível nutricional, Unidade Haugh

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INFLUENCE OF BY-PRODUCT OF TOMATO IN JAPANESE QUAILS FEEDING ON

THE EGG QUALITY

ABSTRACT

A great volume of by-products agroindustrial, of good nutricional quality could be used in

the animal feeding, thus reducing, the costs of production. Of this form, the present study

searched to evaluate the effect of different levels of the by-product of tomato (ST) in feed

of Japanese quail (Coturnix coturnix japonica) on the egg quality. 120 birds were housed

in conventional shed with galvanized wire cages side curtains and furniture. The

experimental design was completely randomized design with four treatments and five

replications, containing six birds per cage. The treatments consisted of a reference diet

based on corn and soybean meal, and three rations with 5, 10 and 15% levels of ST

replacing corn. Were evaluated the characteristics of egg quality (egg weight, percentage

of yolk, albumen and eggshell, eggshell thickness, Haugh Unit and egg index and yolk

color). Data were subjected to analysis of variance and averages of significant features,

analyzed by multiple regression. It was observed an increase in egg weight and

percentage of egg yolk as the ST was included in the rations. On the other hand, there

was a reduction in the percentage of the eggshell with the elevation of the ST in the

rations, however, without altering the thickness of the eggshell. It was concluded that the

assessed levels of by-product of tomato can be used as an alternative ingredient

Japanese quail feed providing improving in the egg quality.

Keywords: yolk color, level nutritional, Haugh Unit

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

°C – Graus celsius

CA – Conversão alimentar

cm – Centímetro

CHOs – Carboidratos solúveis

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária

FDA – Fibra em detergente ácido

FDN – Fibra em detergente neutro

g - Grama

g/dia - Grama por dia

GP – Ganho de peso

ha - Hectare

IBGE – Instituto Brasileiro da Geografia e Estatística

Kcal/Kg – Quilocalorias por quilograma

Kg – Quilograma

m – Metro

mm - Milímetro

m² - Metro Quadrado

NDT – Nutrientes digestíveis totais

RIT – Resíduo industrial de tomate

RT – Resíduo de tomate

RSU – Resíduo de semente de tomate

ST – Subproduto do tomate

Ton - Tonelada

UH – Unidade Haugh

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Composição química do subproduto do tomate.................................................20

Tabela 2. Composição centesimal e calculada das rações com diferentes níveis do

subproduto do tomate para codornas japonesas em postura.............................................24

Tabela 3. Composição do subproduto do tomate utilizado da empresa

Predilecta............................................................................................................................25

Tabela 4. Valores médios do peso do ovo e suas proporções (gema, albúmen e casca) e

espessura da casca do ovo de codornas japonesas, alimentadas com ração contendo

subproduto do tomate.........................................................................................................27

Tabela 5. Valores médios da porcentagem de postura de ovos, do consumo de ração

diário (gramas/ave) e da conversão alimentar de codornas japonesas, alimentadas com

ração contendo subproduto do tomate ..............................................................................29

Tabela 6. Valores médios das características de qualidade interna dos ovos de codornas

japonesas, alimentadas com ração contendo subproduto do tomate.................................30

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Evolução do consumo de ovos de codornas per capta anual...........................17

Figura 2. Vista externa da Indústria Predilecta, Matão-SP................................................22

Figura 3. Colheita do subproduto de tomate na Indústria Preditecta.................................22

Figura 4. Secagem do subproduto do tomate ao ar livre...................................................23

Figura 5. Moagem do subproduto de tomate após secagem ao ar livre............................23

Figura 6. Valores médios do peso dos ovos de codornas alimentadas com rações com

diferentes níveis do subproduto de tomate.........................................................................28

Figura 7. Valores médios da porcentagem de gema dos ovos de codornas alimentadas

com rações com diferentes níveis de subproduto de tomate.............................................28

Figura 8. Valores médios da porcentagem de casca de ovos de codornas alimentadas

com rações com diferentes níveis do subproduto de tomate.............................................28

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................13

1.1. Objetivo geral.......................................................................................................14

1.2. Objetivos específicos............................................................................................14

2. REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................................15

2.1. Coturnicultura.......................................................................................................15

2.2. Consumo e produção de ovos de codornas........................................................16

2.3. Subproduto do tomate..........................................................................................18

2.4. Subproduto do tomate na alimentação avícola....................................................20

3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................22

3.1. Local do experimento............................................................................................22

3.2. Processamento do subproduto do tomate............................................................22

3.3. Animais e delineamento experimental..................................................................23

3.4. Métodos de análises da qualidade dos ovos.........................................................25

3.5. Analise estatística..................................................................................................26

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................27

5. CONCLUSÃO.............................................................................................................31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................32

ANEXO - Termo de aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Uso Animal ..........36

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1. INTRODUÇÃO

A coturnicultura é uma atividade avícola que vem crescendo no Brasil, como

atividade da avicultura industrial. O ovo de codorna, como produto, apresenta

uma alta demanda interna, e os avicultores tradicionais estão descobrindo na

criação de codornas uma forma de diversificação na criação e na oferta de

ovos no comércio.

Para a manutenção, como também expansão desta atividade é

necessária à realização de estudos científicos para melhor compreensão da

biologia das codornas japonesas e assim possibilitar um aperfeiçoamento das

técnicas empregadas seja no campo da genética, nutrição, manejo ou

reprodução.

O aumento da conscientização ecológica, iniciado no final do Século XX,

deixou claro que o grande desafio da humanidade para as próximas décadas é

equilibrar a produção de bens e serviços, crescimento econômico, igualdade

social e sustentabilidade ambiental (PELIZER; PONTIERI; MORAES, 2007). Na América Latina, são produzidos mais de 500 milhões de toneladas de

subprodutos e resíduos agroindustriais, tendo o Brasil contribuído com 50%

dessa produção, já que a suas agroindústrias representam mais de 30% da sua

economia e compreende a maior parte dos setores econômicos, onde o País

detém competitividade internacional, destacando-se os segmentos de abate e

preparo de carnes, fabricação e refino de açúcar, laticínios, panificação e

fabricação de massas, óleos vegetais e indústrias de sucos (ALVES et al.,

2007).

Dentro deste contexto alguns subprodutos da agroindústria, podem

ocupar um importante papel na alimentação na avicultura brasileira, pois, são

produzidos localmente, evitando, assim, o preço do frete como em outros

alimentos tradicionais, uma vez que apresentam uma composição de nutrientes

razoável e estão em grande disponibilidade para o produtor nas áreas onde

existem agroindústrias instaladas.

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1.1. Objetivo Geral

Avaliar o efeito da utilização do subproduto do tomate nas rações de codornas

japonesas sobre a qualidade dos ovos.

1.2. Objetivos Específicos

A) Avaliar a influência de níveis crescentes do subproduto do tomate sobre o

peso médio do ovo, porcentagem de gema, porcentagem de albúmen,

porcentagem e espessura da casca, Unidade Haugh, índice de gema e

coloração da gema;

B) Determinar o nível de utilização do subproduto do tomate nas rações de

codornas japonesas em produção.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Coturnicultura

As codornas são originárias do norte da África, da Europa e da Ásia,

pertencendo à família dos Fasianídeos (Phasianidae) e da subfamília dos

Perdicinidae, sendo, portanto, da mesma família das galinhas e perdizes

(PINTO et al., 2002). A Coturnix coturnix coturnix, ou codorna europeia, foi

introduzida no Japão, no século XI. Os primeiros escritos a respeito dessa ave

datam do século XII, e registram que elas eram criadas em função do seu

canto. Os japoneses, a partir de 1910, iniciaram estudos e cruzamentos entre

as codornas, provindas da Europa, e espécies selvagens, obtendo um tipo

domesticado, que passou a se chamar Coturnix coturnix japonica, ou codorna

domestica. A partir de então, iniciou-se a sua exploração, visando à produção

de carne e ovos (REIS, 1980).

No Brasil, a codorna japonesa foi introduzida na década de 50. Embora

elas se pareçam com as codornas silvestres aqui existentes, não pertence à

mesma família, pois a Nothura boraquira (do Nordeste), Nothura minor (mineira

ou buraqueira) e a Nothura maculosa (comum ou perdizinho) pertencem a

família dos Tinamídeos (PINTO et al., 2002).

A criação de codornas de postura difunde-se favorecida pelos baixos

investimentos iniciais requeridos, pela necessidade de pequenas áreas para

desenvolvimento da atividade e pelo rápido retorno de capital (MASSUDA;

MURAKAMI, 2008).

O efetivo de codornas segundo o CENSO AGROPECUÁRIO (IBGE,

2012) foi de 16,4 milhões de unidades, apresentando aumento de 5,6% com

relação ao registrado em 2011. A Região Sudeste é a maior produtora nacional

de codornas, independentemente da finalidade, seja para produção de carne

ou de ovos. Esta região participa com 58,4% no cenário nacional, sendo São

Paulo, o estado mais importante.

De acordo com Silva et al. (2011), o Brasil é o quinto maior produtor

mundial de carne de codornas e o segundo de ovos, havendo crescimento nas

diversas regiões do país, com criações automatizadas e com novas formas de

comercialização do ovo e da carcaça.

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A procura do mercado consumidor atual por carne de qualidade junto a

outros fatores, como rápido crescimento dos animais, precocidade na

produção, maturidade sexual, alta produtividade, baixo investimento inicial e

rápido retorno financeiro, tornam a coturnicultura uma atividade altamente

promissora no país.

Oliveira (2007), baseado em dados do IBGE, observou que houve

aumento significativo da produção de ovos, sem grandes variações no tamanho

do rebanho. Esse aumento de produtividade pode ser atribuído ao uso de

tecnologias na atividade, ao melhoramento genético a que as aves estão sendo

submetidas e melhorias na nutrição, manejo e sanidade aplicadas nas

criações.

Em uma criação avícola, a alimentação representa em média 65% a

70% dos custos de produção. Medidas como a substituição dos produtos

convencionais, como milho e soja, por ingredientes alternativos nas rações tem

sido uma forma de redução dos gastos com alimentação (TOGASHI; SOARES;

MURAKAMI, 2008).

2.2. Consumo e produção de ovos de codornas

A criação de codornas na região Norte do país possui pouca expressão quando

comparadas às demais regiões, representando um total de 0,54% do efetivo do

rebanho (IBGE, 2012).

Segundo dados apresentados pelo mesmo órgão de pesquisa, para o

ano de 2012, foram observados um acréscimo no efetivo de codornas na

Região Norte na ordem de 9,21%, quando comparado com 2011, gerando um

aumento na produção de ovos de 6,26%. Somente os Estados do Acre,

Amazonas, Pará e Tocantins foram contabilizados para a região em questão.

Quando comparados com o ano anterior, o Estado do Acre foi aquele que

obteve o maior percentual de produção (45,16%), seguido pelo Estado do Pará,

com um pequeno aumento de 0,98%.

No Estado de Rondônia, há pequenos criadores destinados para a

produção de ovos, os quais atendem a demanda da população local. Porém,

de acordo com os pesquisadores do IBGE, os dados gerados por esses

empreendimentos não apresentam representatividade no efetivo de codornas e

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de produção, quando comparados aos demais Estados, sendo assim, omitidos

pelo órgão.

Considerando a produção de ovos no período, 2009/2010, os dados

mostram que foram produzidos no Brasil 232.398 milhões de dúzias do

produto, representando um aumento significativo de 20,80%. Os Estados de

maior produção de ovos foram: São Paulo (59,30%) e Espírito Santo (9,80%),

sendo que este último teve queda de participação em comparação a 2009

(IBGE, 2010).

De acordo com Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (2013) o

consumo anual per capita de ovos de codorna do brasileiro era de apenas 14

ovos em 2013 (Figura 1), concluindo ser um valor baixo quando comparado ao

consumo de ovos de galinha, que foi estimado em 162,59 unidades/ano ou

9,76 quilos/ano.

Figura 1. Evolução do consumo de ovos de codornas per capta anual. (Fonte: Abrasel, 2013)

Um ovo possui em torno de seis gramas de proteína e proporciona 12%

das necessidades diárias deste nutriente. Portanto, é uma fonte de proteína e

pode ajudar no aumento da massa magra em pessoas que praticam exercício

físico. Possui um composto de gorduras saturadas (3,1g - 37,4%) e um mistura

de gorduras monoinsaturadas (3,8g - 46%) e poli-insaturadas (1,4g - 16,5%)

que representam 62,5% de gorduras boas. Também contém vitaminas

lipossolúveis (A, D, E, K) e hidrossolúveis (tiamina, riboflavina, niacina, colina,

ácido fólico, vitamina B12, biotina), carotenóides (luteína e zeaxantina), além

de minerais como ferro, zinco e selênio. Um ovo de codorna possui 70 calorias,

promovendo saciedade (ENDRIUKAITE, 2014).

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2.3. Subproduto do tomate Espécie de origem andina, o tomate é denominado botanicamente de

Lycopersicon esculentum Mill, uma solanácea herbácea de ampla capacidade

adaptativa. O tomate é consumido nas formas in natura e industrializado, por

todos os povos e seus frutos possuem alto valor nutritivo (CATI, 1997).

Nutricionalmente, o tomate é constituído por aproximadamente 94,5% de

água, sendo fonte de vitaminas A, C e E, de minerais como potássio, fósforo e

cálcio, de carotenóides (licopeno e β-caroteno) e de compostos fenólicos

(DUMAS et al., 2003).

O tomate é uma das oleáceas mais difundidas, sendo cultivado nas mais

diferentes latitudes geográficas. Em 2011, a produção mundial foi de 159,02

milhões de toneladas, sendo China (30,55%), Índia (10,58%) e Estados Unidos

da América (7,94%) os principais produtores, correspondendo cerca de 49% da

produção mundial (FAO, 2014). Segundo a FAO, o Brasil esta como oitava

produtora mundial – produziu 4,42 milhões de toneladas, em 2011, em uma

área de 69,31 mil ha, com produtividade estimada de 63,85 Ton/ha,

contribuindo com 2,8% da produção mundial. O principal Estado produtor foi

Goiás, seguido por São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com Pessini (2003), o tomate é provavelmente, a hortaliça

mais conhecida e de maior consumo mundial, devido à multiplicidade de seu

aproveitamento na alimentação humana. Desta forma, a geração de resíduos

da indústria desse fruto é bastante significativa o que tem levado

pesquisadores a estudar alternativas que viabilizem a utilização do subproduto

do tomate (ST) na alimentação animal, sendo esse subproduto utilizado

principalmente para a alimentação de ruminantes (AMMERMAN; ARRINTON;

EPLOGGINS, 1963; OJEDA;TORREALBA, 2001).

O subproduto do tomate é composto de: fruto, casca do fruto, fração

fibrosa da polpa e semente, considerando que o percentual de cada

componente pode variar de acordo com o tipo de processamento do fruto. O

processamento consiste em pasteurização (80ºC), moagem e prensagem, o

que gera de 20,5% a 42% do peso do fruto em resíduo, dependendo do

processamento empregado (RIBEIRO et al., 2000).

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O subproduto do tomate é oriundo da indústria produtora de polpa ou

suco de tomate, a qual gera aproximadamente 8,1% do peso fresco em

resíduo, sendo este constituído basicamente de sementes e cascas, podendo

ainda apresentar pequena quantidade de polpa. A proporção de cada uma das

frações é variável de acordo com o produto final, ou seja, se for um produto

descascado, o resíduo será rico em cascas, em contrapartida, quando se

produz “Ketchup” ou molho de tomate, há maior presença de sementes no

resíduo (OJEDA;TORREALBA, 2001).

Para a produção de cada tonelada de extrato de tomate, molho

condimentado ou catchup produzidos restam, aproximadamente 420, 205 e

230 kg de resíduos, respectivamente. Vale ressaltar que uma indústria de

médio porte recebe cerca de 120 toneladas de tomates por dia (BERTOL;

LUDKE; BELLAVER, 2001).

Esse subproduto apresenta, ao sair da indústria, um alto teor de

umidade podendo ultrapassar 85% (COUTINHO, 1990), limitando o seu uso in

natura, porém, essa alta taxa de umidade é devido ao seu processamento na

indústria onde passa através das extratoras e refinadoras. Pode ser verificado

um teor de lipídeo acima de 5% no ST (ECKHARDT et al., 2008).

A composição química do subproduto do tomate pode ser observada na

Tabela 1. Em função do seu elevado teor de fibra, este ingrediente pode ser

classificado como volumoso. Ele apresenta um alto teor de proteína bruta,

sendo uma boa fonte de lisina (13% a mais do que o farelo de soja) e vitaminas

do complexo B. No entanto, boa parte da proteína pode estar indisponível para

a utilização pelo animal, tendo em vista que o tomate passa por um tratamento

térmico durante o processo de extração da polpa. Para se produzir o poupa de

tomate, os frutos são pasteurizados (80ºC), moídos e prensados (FONDEVILA

et al., 1994).

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Tabela 1 - Composição química do subproduto do tomate.

Nutriente (%) Média Mínimo Máximo Matéria Seca 20,4 6,5 35,0 Proteína Bruta 19,2 10,4 26,0 Extrato Etéreo 12,1 2,7 19,0 FDN 29,9 51,6 68,6 FDA 45,9 38,8 28,5 NDT 59,7 46,5 72,5 Cálcio 0,3 0,2 0,6 Fósforo 0,5 0,4 0,9 FDN=Fibra em detergente neutro; FDA=Fibra em detergente ácido; NDT=Nutrientes digestíveis totais. Fonte: Campos (2005) 2.4. Subproduto do tomate na alimentação avícola

Estratégias nutricionais com o objetivo de melhorar o custo, a composição e

qualidade dos produtos de origem animal destinado à alimentação da

população constituem-se em um elo entre a produção animal, a tecnologia de

alimentos e a nutrição da população humana (BARRETO et al., 2006).

A utilização de ingredientes alternativos visa à redução dos custos na

criação de aves em determinadas épocas do ano, ou em regiões onde exista a

dificuldade de aquisição de alguns insumos clássicos utilizados na alimentação

animal (CUNHA, 2009).

Nascimento et al. (2005) ressaltaram a contribuição das pesquisas, a fim

de determinar as melhores opções de alimentos alternativos, energéticos e

proteicos, os quais poderiam propiciar um bom desempenho produtivo e

reprodutivo das aves, reduzindo o custo de alimentação e resultando,

consequentemente, em maior lucratividade ao produtor.

A utilização de ingredientes alternativos tem sido constante em rações

para frangos de corte e galinhas de postura, mas, na alimentação de codornas,

pouco se tem estudado, considerando-se que essas aves apresentam

diferenças fisiológicas e comportamentais, diferenciando-se das demais em

eficiência alimentar e produtividade (MURAKAMI; FURLAN, 2002).

Com o objetivo de avaliar o efeito da inclusão (0, 5, 10, 15 e 20%) do

subproduto do tomate (ST) sobre o desempenho produtivo e as características

da carcaça e dos principais cortes de frangos de corte, Lira et al. (2010)

realizaram um experimento com 300 pintos machos. Os autores concluíram

que os rendimentos dos cortes não foram afetados pelo uso de ST, exceto os

rendimentos de coração e fígado. O uso de ST em rações para frangos de

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corte, durante o período de 1 a 28 dias de idade, pode diminuir o ganho de

peso (GP) e piorar a conversão alimentar (CA). Entretanto, o subproduto do

tomate pode ser utilizado em níveis de até 20% em rações para frangos de

corte, no período de 29 a 42 dias de idade, sem prejudicar o GP e a CA das

aves.

De acordo com dados de literatura, é sabido que os valores de energia

metabolizável do subproduto do tomate são de 2.806 kcal/kg de energia

metabolizável para poedeiras (LOUREIRO et al., 2006); 3.000 kcal/kg de

energia metabolizável verdadeira para galos e de 1.950 kcal/kg para frangos de

corte (PENZ JUNIOR; VIOLA, 1998); 2.351 kcal/kg para pintainho de 1 a 8 dias

de idade e, de 2.465 kcal/kg para frangos de 10 a 17 dias de vida (LIRA et al.,

2011).

Foram realizados experimentos com diferentes níveis de inclusão de

subproduto do tomate para poedeiras comerciais, e os resultados encontrados

por esses pesquisadores apontam um nível máximo de 15% de inclusão na

dieta de poedeiras, sem afetar os parâmetros produtivos na postura destas

aves (YANNAKOPOULOS; TSERVENI-GOUSI; CHRISTAKI, 1992; DOTAS;

ZAMANIDIS; BALIOS,1999).

Segundo Persia et al. (2003), utilizaram sementes provenientes do

beneficiamento do tomate, em experimento com frangos de corte, no período

de 8 a 21 dias de idade, incluindo níveis de até 20% do ingrediente em rações

à base de milho e farelo de soja e constataram que, se utilizar até 15%, não

existe interferência no desempenho das aves quando comparado à ração-

referência, promovendo, inclusive, melhora na pigmentação da carcaça das

aves.

De acordo com Loureiro et al. (2007), o farelo de tomate provocou

diminuição no peso e percentagem de gema, no entanto, até 15% de inclusão,

obtiveram-se gemas mais pesadas quando comparadas com as da ração-

referência. Segundo esse estudo o farelo de tomate pode ser utilizado como

ingrediente alternativo nas rações para poedeiras comerciais.

Trabalhos realizados com codornas japonesas evidenciaram que a

inclusão de 5% de polpa de tomate (principal fonte de licopeno) na alimentação

exerceu efeito antioxidante, enquanto que a adição de 10% desempenhou

efeito pró-oxidante (BOTSOGLOU et al., 2004).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Local do Experimento

O estudo foi conduzido nas instalações do Setor de Coturnicultura do Centro

Experimental da Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, campus

de Descalvado-SP, sob aprovação do Comitê de Ética em Uso Animal desta

Instituição.

As análises laboratoriais foram realizadas no Laboratório de Nutrição

Animal e Biogeoquímica da UNICASTELO, campus Descalvado-SP.

3.2. Processamento do subproduto do tomate

Foram obtidos 100 kg de subproduto do tomate na Indústria Predilecta,

localizada no distrito de São Lourenço do Turvo da cidade de Matão/SP

(Figuras 2 e 3).

Figura 2. Vista externa da indústria Predilecta, Matão-SP

(Fonte: Arquivo pessoal, 2012)

Figura 3. Colheita do subproduto do tomate na indústria Preditecta.

(Fonte: Arquivo pessoal, 2012)

A B

A B

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Primeiramente, o subproduto do tomate foi submetido à secagem ao ar

livre, à sombra, sendo disposto homogeneamente em lona plástica, até a

retirada do excesso da umidade (Figura 4), em seguida sendo triturado em

moinho de martelo com peneira com crivos de 5 mm (Figura 5).

Figura 4. Secagem do subproduto do tomate ao ar livre. (Fonte: Arquivo pessoal, 2012)

Figura 5. Moagem do subproduto do tomate após secagem ao ar livre

(Fonte: Arquivo pessoal, 2012).

Posteriormente, procedeu-se à amostragem do subproduto do tomate e

as mesmas foram secas em estufa com circulação forçada de ar à 55º C, por

72 horas, e moídas em moinho do tipo Thomas-Willey providos de peneiras de

1 mm de abertura de crivo.

3.3. Animais e delineamento experimental

Foram utilizadas 120 codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica),

inicialmente com 35 dias de idade e peso médio de 126,18 ± 1,56 gramas.

Alojadas em galpão convencional (6,0 x 4,0 metros), provida de gaiolas de

arame galvanizado, dispostas em fileira única com comedouro tipo calha e

A B

A B

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bebedouros tipo nipple. O estudo teve duração de 84 dias, de agosto a outubro

de 2012.

As codornas foram vacinadas aos sete dias de idade contra as doenças

de NewCastle e bronquite infecciosa. A iluminação artificial foi realizada com

lâmpadas incandescentes de 100 watts, em um programa de luz com 16 horas

diária na fase produtiva.

As aves foram distribuídas em um delineamento experimental

inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e cinco repetições com seis

aves por unidade experimental. Os tratamentos consistiram em uma ração

referência à base de milho e farelo de soja e, três rações com os níveis de 5,

10 e 15% de subproduto do tomate em substituição do milho. A composição

centesimal e calculada das rações encontra-se na Tabela 2, de acordo com

Silva e Costa (2009).

Tabela 2. Composição centesimal e calculada das rações com diferentes níveis do subproduto do tomate para codornas japonesas em postura. Ingrediente Subproduto do Tomate T0 % T5 % T10 % T15 % Milho grão 63,52 59,24 54,96 50,52 Farelo de soja - 45% 20,40 21,40 22,40 25,24 Farelo de tomate 0,00 5,00 10,00 15,00 Calcário calcítico 6,56 6,52 6,48 6,48 Fosfato Bicálcico 1,60 1,64 1,68 1,68 Protenose 7,52 5,80 4,08 0,68 Suplemento Mineral e vitamínico1 0,40 0,40 0,40 0,40 TOTAL 100,00 100,00 100,00 100,00 Composição química calculada EM (kcal/kg) 2.570 2.570 2.570 2.570 Proteína Bruta (%) 19,10 19,10 19,13 19,15 Cálcio (%) 3,15 3,15 3,12 3,12 Fósforo total (%) 0,40 0,41 0,43 0,43 Lisina total (%) 1,20 1,20 1,20 1,20 Metionina total (%) 0,47 0,47 0,47 0,47 Met+cistina total (%) 0,80 0,80 0,80 0,80 Sódio (%) 0,20 0,20 0,21 0,21 Cloro (%) 0,26 0,25 0,25 0,24 Potássio (%) 0,82 0,81 0,80 0,80 BED2 (mEq/kg) 221,78 221,72 221,68 221,70

1. Composição do suplemento mineral e vitamínico (kg do produto): Vitamina A (min)12,000.00 UI/kg; vitamina B1 (min) 2,40mg/kg; vitamina B12 (min ) 20,00 mcg/kg; vitamina B2(min)11,00mg/kg, vitamina B6(min) 4,00mg/kg ; vitamina D3 (min) 2,400.00 UI/kg vitamina E(min) 24.000 UI/kg; vitamina k3 (min)3,00mg/kg; cobalto (min) 0,18mg/kg; cobre (min) 9,00mg/kg; ferro (min) 45,00mg/kg; iodo(min) 0,90 mg/kg; manganês(min) 54,00mg/kg selênio(min) 0,32 mg/kg; sódio (min)1,800.00 mg/kg; zinco (min) 45,00mg/kg; acido fólico ( min) 2,00 mg/kg; acido pantotenico (min)19,95mg/kg; biotina (min) 0,14 mg/kg; niacina(min) 48,00mg/kg; colina (min)180,00 mg/kg;

2. Balanço Eletrolítico da Dieta (Mongin, 1981) = [(%Na*10.000/22,990) + (%K*10.000/39,102)] - (% Cl*10.000/35,453). Fonte: Souza (dados não publicados)

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Na Tabela 3, encontra-se a composição química do subproduto do

tomate utilizado nas rações deste estudo. As análises foram realizadas de

acordo com Silva e Queiroz (2002).

Tabela 3. Composição* do subproduto do tomate utilizado neste estudo, da empresa Predilecta. Nutriente (%) Média Matéria Seca 96,69 Proteína Bruta 18,78 Fibra em Detergente Neutro 63,12 Fibra em Detergente Ácido 43,77 Celulose 17,92 Hemicelulose 19,35 Lignina 25,85 Energia Bruta (kcal/kg) 3.470 *Análises realizadas segundo Silva e Queiroz (2002). Fonte: Souza (dados não publicados)

A água e as rações foram fornecidas à vontade durante todo o período

experimental, sendo o alimento distribuído, duas vezes ao dia, as 8 e 17 horas.

3.4. Métodos de análises da qualidade dos ovos

As características avaliadas nos ovos foram: peso do ovo, porcentagens de

gema, do albúmen, e da casca, espessura de casca, Unidade Haugh, índice de

gema e cor da gema. As avaliações foram realizadas a cada 21 dias do período

experimental, em um total de 4 ciclos.

O peso médio dos ovos foi obtido por meio da pesagem, em balança de

precisão (x = 0,01g), de todos os ovos íntegros produzidos em cada repetição

dos tratamentos, durante os três últimos dias de cada período de 21 dias.

Após a pesagem total, foram retirados ao acaso, três ovos por repetição

para as avaliações da qualidade interna e externa dos ovos. Cada ovo foi

pesado individualmente e colocado em bandejas devidamente identificadas

pelas repetições. Os mesmos foram quebrados em uma superfície plana pra a

mensuração da altura do albúmen, cor da gema, altura e diâmetro da gema,

com auxilio de um paquímetro digital. A cor da gema foi obtida de acordo com o

leque colorimétrico da Roche®, em uma escala de valores de 1 a 15.

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As gemas foram pesadas individualmente em balança de precisão para

a mensuração das respectivas porcentagens em relação ao peso do ovo total.

O peso do albúmen foi obtido pela diferença do peso total do ovo, retirando os

pesos da gema e da casca.

A altura do albúmen foi utilizada para estimar, juntamente com o peso do

ovo, a característica Unidade Haugh (UH). A Unidade Haugh é uma medida da

avaliação da qualidade do albúmen. Para o cálculo da UH foi utilizado a

fórmula descrita por Brant e Shrader (1958):

UH = 100 log (H + 7,57 – 1,7 W 0,37)

Sendo, H = altura do albúmen (mm); W = peso do ovo (g); 7,57= fator de

correção para altura do albúmen; 1,7= fator de correção para peso do ovo.

O índice de gema foi obtido pela relação altura e o respectivo diâmetro

da gema (NESHEIM; AUSTIC; CARD, 1979).

A altura e o diâmetro da gema foram obtidos com auxílio de um

paquímetro digital, após a retirada total do albúmen do ovo.

As cascas dos ovos foram lavadas em água corrente para a retirada de

todo excesso de albúmen e mantidas em badejas devidamente identificadas

para secagem em temperatura ambiente por 48 horas. Após a secagem, as

cascas foram pesadas para calcular a porcentagem de casca em relação ao

peso total do ovo.

Após pesadas, as mesmas foram utilizadas para a mensuração da

espessura da casca, em milímetros, através da utilização de um paquímetro

digital, tomando-se três medidas na zona equatorial do ovo para obtenção de

uma média por unidade amostral.

3.5. Análise Estatística

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias das

características significativas, analisadas por regressão múltipla e teste de

Tukey, a 5% de significância, no software estatístico SAS (Version 9.0, Sas

Institute Inc., Cary, NC, EUA).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores médios da porcentagem de postura de ovos, consumo de ração, e

das características de qualidade externa e interna dos ovos estão

apresentados nas Tabelas 4, 5 e 6.

Houve efeito dos tratamentos (p<0,05) sobre o peso médio do ovo,

porcentagem da gema e porcentagem da casca (Tabela 4). O resíduo do

tomate influenciou linearmente o peso do ovo e a porcentagem da gema, à

medida que o resíduo foi incluído nas dietas, apresentando um aumento nos

respectivos valores (peso do ovo = 10,75972+0,05788*X (R2=0,87) – Figura 6;

porcentagem da gema = 31,30812+0,15952*X (R2=0,85) – Figura 7). Por outro

lado, houve uma redução linear na porcentagem da casca do ovo com o

aumento do resíduo do tomate nas dietas das aves (porcentagem da casca =

13,47467-0,05321*X (R2=0,62) – Figura 8). Entretanto, não foi observado

diferença na porcentagem de albúmen espessura da casca dos ovos, durante o

período de avaliação.

Tabela 4. Valores médios1 do peso do ovo e suas proporções (gema, albúmen e casca) e espessura da casca do ovo de codornas japonesas, alimentadas com ração contendo níveis crescentes do subproduto do tomate.

Subproduto do Tomate (%)

Peso ovo (g)

Gema (%)

Albúmen (%)

Casca (%)

Espessura casca (mm)

0 10,67±0,88 b 31,06±3,62 b 55,35±4,89 13,59±1,69 a 0,260±0,056

5 11,21±0,78 a 32,42±3,90 a 54,58±5,94 12,99±1,80 b 0,253±0,056

10 11,25±0,78 a 32,96±3,97 a 53,83±4,94 13,20±1,63 b 0,257±0,046

15 11,64±0,79 a 33,55±4,13 a 53,88±5,75 12,20±1,96 b 0,261±0,057

Valor P 0,045* 0,029* 0,560 0,036* 0,136 CV (%) 8,54 9,07 7,03 12,21 14,85 1.Média ± desvio padrão; *Efeito linear (p<0,05); *Peso ovo (g) = 10,75972+0,05788*X (R2=0,87); Gema (%)= 31,30812+0,15952*X (R2=0,85); Casca (%)= 13,47467-0,05321*X (R2=0,62); Letras diferentes na coluna, diferem significativamente pelo teste de Tukey (p<0,05). Fonte: Souza (dados não publicados)

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Figura 6. Valores médios do peso dos ovos de codornas alimentadas com rações com diferentes níveis do subproduto do tomate. Fonte: Souza (dados não publicados)

Figura 7. Valores médios da porcentagem de gema dos ovos de codornas alimentadas com rações com diferentes níveis de subproduto do tomate. Fonte: Souza (dados não publicados)

Figura 8. Valores médios da porcentagem de casca de ovos de codornas alimentadas com rações com diferentes níveis do subproduto do tomate. Fonte: Souza (dados não publicados)

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Estudos com galinhas de postura, alimentadas com rações contendo

farelo de tomate em até 20%, não observaram efeito dos tratamentos sobre o

peso médio dos ovos (DOTAS; ZAMANIDIS; BALIOS,1999; LOUREIRO et al.,

2007). Estes mesmos autores, observaram uma diminuição no percentual da

gema à medida que aumentava a inclusão do subproduto do tomate às dietas

das aves, justificando um possível aumento da fibra nas dietas, interferindo

negativamente na absorção dos demais nutrientes.

Em relação à espessura da casca dos ovos, os resultados observados

corroboram com Dotas, Zamanidis e Balios (1999), onde constataram que a

utilização de até 12% do farelo de tomate na ração de galinhas poedeiras não

promoveu diferenças quanto à espessura da casca quando comparadas

àquelas aves que foram alimentadas com rações à base de milho e farelo de

soja.

O aumento no peso dos ovos à medida que foi incluído o subproduto de

tomate nas rações das aves, não apresentou o mesmo comportamento para o

percentual de postura dos ovos, como observado na Tabela 5. Dentre os

tratamentos com os diferentes níveis de ST não houve diferença na postura

das aves, no entanto, foram menores do que aves que receberam o tratamento

controle (isento do farelo de tomate). Não houve diferença no consumo médio

de ração diário para aves de todos os tratamentos.

Tabela 5. Valores médios1 da porcentagem de postura de ovos, consumo de ração diário (gramas/ave) e conversão alimentar (grama/grama) de codornas japonesas, alimentadas com ração contendo subproduto do tomate. Subproduto do Tomate (%) Postura (%) CRD (g/ave/dia) CA (g/g)

0 72,61 ± 1,40 a 28,65 ± 1,95 3,699 ± 0,072

5 66,93 ± 3,09 b 25,96 ± 1,03 3,482 ± 0,307

10 63,96 ± 3,01 b 25,12 ± 1,25 3,572 ± 0,219

15 68,57 ± 3,30 b 27,45 ± 1,36 3,527 ± 0,638

Valor de P 0,052 0,256 0,369

CV (%) 9,56 11,25 10,65 1.Média ± desvio padrão; Letras diferentes na coluna, diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05). CRD= consumo de ração diário; CA= conversão alimentar. Fonte: Souza (dados não publicados)

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Na Tabela 6 estão apresentados os valores médios das características

de qualidade interna dos ovos. Não houve diferença significativa (p>0,05) para

as características Unidade Haugh, índice de gema e cor da gema.

Tabela 6. Valores médios1 das características de qualidade interna dos ovos de codornas japonesas, alimentadas com ração contendo subproduto do tomate.

Subproduto do Tomate (%)

Unidade Haugh

Índice de gema

Cor da gema2

0 90,32±4,56 0,49±0,04 6,47±1,06

5 90,06±4,36 0,50±0,06 6,27±1,26 10 91,16±3,83 0,47±0,05 6,25±1,00

15 90,64±4,60 0,46±0,05 5,95±0,91 Valor P 0,341 0,628 0,290 CV (%) 4,22 27,58 17,43 1. Média ± desvio padrão; 2. Leque colorimétrico da Roche® (escala de 1 a 15). Fonte: Souza (dados não publicados)

Os resultados para a característica índice de gema apresentaram-se

acima do preconizado ideal (entre 0,39 a 0,45) de classificação como boa

qualidade (EISEN; BOHRE; MCKEAN,1962). Em relação à coloração da gema,

contrário do que se esperava do pigmentante natural presente no tomate em

aumentar a cor da gema, o licopeno no resíduo pode ter sido oxidado durante o

processamento (secagem e moagem) e desta forma, não diferenciando assim

a cor da gema dos ovos.

O mesmo não foi encontrado nos estudos realizados por

Yannakopoulos, Tserveni-Gousi e Christaki (1992), onde avaliaram níveis de 0,

8 e 15% de inclusão do farelo de tomate nas rações de galinhas de postura e

encontraram melhor coloração na gema dos ovos de galinhas poedeiras.

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5. CONCLUSÃO

Nas condições de realização deste estudo, os níveis avaliados do subproduto

do tomate podem ser utilizados como ingrediente alternativo das rações de

codornas japonesas em produção, sem afetar a qualidade dos ovos.

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ANEXO A: Termo de aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Uso

Animal

No. DO PROCESSO: 0008/2012 Docente/Pesquisador responsável: Márcia Izumi Sakamoto <aguardando o comprovante do termo de aprovação >